Arquivos Cultura e história - Página 321 de 354 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

Vitória, um case de sucesso no futebol feminino

A equipe pernambucana de futebol feminino que mais se destacou nos últimos sete anos foi o Vitória de Santo Antão. Segundo o Ranking Nacional de Clubes da CBF, o time é segunda melhor equipe do País: foi vice-campeão da Copa do Brasil por duas vezes, atual campeão pernambucano e heptacampeão estadual. Desde 2010 atuando, o tricolor das tabocas foi o responsável e organizador da Copa Libertadores da América, no Estado, a primeira fora de São Paulo. “Somos o clube que reestruturou o futebol feminino em Pernambuco, inaugurando uma nova era para o esporte. Nossas conquistas deram visibilidade à Federação Pernambucana e abriu vagas para outros clubes e competições nacionais”, destacou o assessor da equipe Luciano Abreu. O time é financiado por Paulo Roberto, presidente do clube e também maior acionista da Faculdade Escritor Osman da Costa (Facol), localizada em Vitória de Santo Antão. O time começou quando Paulo Roberto, após desestimular-se com o futebol masculino, se encantou com a possibilidade de investir na equipe feminina. “Decidimos entrar nesse negócio que exigia certo investimento e dava pouco retorno financeiro. Fizemos o nosso melhor, alçamos altos voos e criamos um novo paradigma”, contou Luciano Abreu. “No ano seguinte investimos em jogadoras de nível de seleção brasileira e internacional. Contratamos um ex-gerente de futebol do time masculino do Santos, Paulo Mayeda (responsável por revelar jogadores reconhecidos internacionalmente, como Robinho, Diego e Elano), o técnico Clayton Lima e junto veio a comissão da Seleção Brasileira”, explicou. Hoje o técnico é Beto Coelho, ex-jogador da equipe masculina. O time funciona com as mesmas condições e estruturas do masculino. Além de fazerem uso do campo e da academia, as jogadoras também ganham salários, acomodação gratuita e têm a opção de ingressarem em cursos superiores de educação custeados pelo Vitória. “Mesmo quando enceramos o vínculo com o futebol, buscamos estabelecer essa relação da atleta com a faculdade, pois entendemos que a formação é importante e está acima do fazer negócio”, relata Abreu. Quanto à exigência da Fifa, Luciano destaca a importância de dar visibilidade e mais espaço às mulheres. “Precisamos sair da retórica e passar a construir pontes para a efetivação de direitos. O futebol pode ser um meio de promoção do respeito e dignidade da mulher”, afirmou. Apesar dos investimentos e das vitórias conquistadas, o time apresenta dificuldades para encontrar outros patrocinadores. “Muitas marcas ainda não enxergam a equipe feminina como negócio. Estamos há quase uma década fazendo isso e bancamos todo o custo, mas é necessário novos parceiros que acreditem que associar suas marcas ao futebol feminino é sinônimo de visibilidade e investimento”, defende. (Por Paulo Ricardo) LEIA TAMBÉM Futebol feminino pode crescer com nova legislação para a modalidade

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Revista realizou o primeiro CAM - Cidades Algomais em Caruaru

Uma das novidades da Revista Algomais em 2017 é o projeto CAM - Cidades Algomais. A iniciativa consiste numa série de eventos de conteúdo que tem a proposta de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem sucedidas. O primeiro CAM teve como palestrantes a prefeita de Caruaru Raquel Lyra, o consultor Francisco Cunha e o empresário Gustavo Maia, fundador da Colab. O evento de estreia aconteceu na Caruaru, no Teatro Empresarial Difusora. Foram tratados temas como protagonismo cidadão, uso de tecnologia para promover a participação cidadã da gestão, cidades caminháveis e planejamento estratégico. O público teve oportunidade de fazer perguntas aos palestrantes ao final das apresentações. Empresários de diversos segmentos, acadêmicos, universitários, representantes de movimentos sociais, membros da gestão pública e jornalistas de diversos veículos estiveram presentes no CAM. Veja na próxima edição da Revista Algomais a cobertura do evento. Em breve você terá notícias dos próximos encontros promovidos pela Algomais e em parceria com a Mova. Alguns destaques da fala dos nossos palestrantes Francisco Cunha - "As cidades brasileiras não foram planejadas para as pessoas, mas para os carros. As cidades precisam ser caminháveis, pois todos somos pedestres" Gustavo Maia - "Nossa proposta é transformar a sociedade de dentro do governo, ajudando-o a fazer um País melhor para o cidadão e com o cidadão" Raquel Lyra - "O nosso desafio não é olhar a cidade apenas a partir da Av. Agamenon Magalhães, mas observar a realidade e as necessidades da periferia e do meio rural. A partir desse pensamento estamos desenvolvendo uma gestão orientada por territórios"  

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Cine PE divulga a lista de filmes selecionados

Definida a nova data para o Cine PE 2017. O festival, que este ano completa 21 anos, será realizado de 27 de junho a 3 de julho, no tradicional Cinema São Luiz, que voltou a sediar o evento há dois anos. Durante a data, o Recife irá receber diretores, produtores, atores, jornalistas e críticos de todo o país em torno do cinema brasileiro. Com o pedido de retirada de sete curtas e um longa da programação inicialmente divulgada, a grade precisou ser recomposta com a substituição dos títulos por outros que também fizeram suas inscrições de modo espontâneo, respeitando ordem classificatória da Curadoria.Longas de ficção e documentários estarão juntos na Mostra Competitiva de Longas-Metragens, que reúne seis filmes nacionais. A Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos apresenta oito títulos e a Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais, doze. Inscreveram-se este ano no Cine PE 473 filmes, sendo 398 curtas e 75 longas. Os seis longas nacionais selecionados para a mostra competitiva são: “O Crime da Gávea”, de André Warwar (RJ); “Borrasca”, de Francisco Garcia (SP);“Toro”,de Edu Felistoque (SP); “Los Leones”, de André Lage (MG);“O Jardim das Aflições”, de Josias Teófilo (RS); e, por último,“O Caso Dionisio Diaz”, de Chico Amorim e Fabiana Karla (RJ), que deixa a Mostra Hors-Concours e passa a fazer parte da mostra competitiva. Já os sete curtas que substituem os retirados da programaçãosão:“Dia dos Namorados” (RS), de Roberto Burd; “José” (DF), de Fernando Gutiérrez e Gabriel Ramos;“Mulheres Negras – Projetos de Mundo” (SP), deLucas Ogasawara; “Peleja do Sertão” (CE), de Fábio Miranda; “Sal” (SP), de Diego Freitas; “O Menino do Canto do Mar” (PE), de Ulisses Andradee “Soberanos da Resistência” (PE), de Marcus Paiva.(Veja abaixo a lista completa de filmes e detalhes) Além da mostra competitiva, compõem a Mostra Hors-Concours dois longas, a ficção “Real – O Plano por Trás da História”, de Rodrigo Bittencourt (SP) e o documentário “Atum, Farofa &Spaghetti”, de Riccardo P. Rossi (SP); além do curta pernambucano “Duas Mulheres”, de Marcelo Brennand. Realizado por Sandra Bertini, diretora da produtora BPE, o 21º Cine PE tem curadoria do ator, diretor e produtor de cinema Bruno Torres, da escritora e professora de cinemaAmanda Mansure do documentarista e professor do curso de Cinema e Audiovisual da UFPB Matheus Andrade. “Apesar de todos os atropelos ocorridos para celebrarmos a 21ª edição do CINE PE estamos firmes e fortes para realizarmos o festival. Saudamos a todos que contribuem com gestos e palavras para o engrandecimento e a sua renovação. Ratifico o compromisso com a pluralidade das idéias para a cultura e, em especial, para o audiovisual. Ratifico o nosso compromisso com os patrocinadores e com o público, presença sempre marcante em todas as edições” diz Sandra Bertini diretora do CINE PE. Todas as sessões e a cerimônia de encerramento serão no Cinema São Luiz, um dos últimos grandes cinemas de rua do país,construído em 1952 em Boa Vista, às margens do Rio Capibaribe. Tombado como patrimônio histórico e revitalizado em 2008, o cinema tem capacidade para mil pessoas. A bilheteria do festival será de responsabilidade do São Luiz, e o faturamento revertido para a manutenção do espaço. Para a abertura do evento, no dia 27 de junho, os filmes contarão com o advento da audiodescrição,um importante recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência visual. Além disso, todosos filmes exibidos no festival serão legendados para atender ao público com deficiência auditiva. O QG do festival será no Hotel Transamérica, em Boa Viagem, onde acontecerão os debates e seminários. O hotel também vai receber os convidados e a imprensa especializada de todo o Brasil. Os debates dos filmes serão sempre na manhã seguinte à exibição e os seminários/wokshops ocuparão o período da tarde, tratando de temas atuais que envolvem o setor do audiovisual. Júri – Os jurados das mostras competitivas de curtas nacionais e pernambucanos são: Emanoel Freitas, ator, diretor artístico, gestor e produtor de eventos; Indaiá Freire, jornalista, produtora cultural, mestra em literatura e cinema;e Tony Tramell, jornalista, ativista cultural e assistente de direção.Os jurados das mostras competitivas de longas nacionais são: Caio Cesár, Secretário Municipal de Cultura de Londrina, doutor em multimeios, mestre em Comunicação e Mercado; Naura Schneider, atriz, produtora e jornalista e Vladimir Carvalho, documentarista, cineasta e escritor. Troféu Calunga –O Troféu Calunga é oferecido aos vencedores das mostras competitivas de curtas e longas-metragens. A “Calunga” representa a boneca carregada pela sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros durante a apresentação do Maracatu. Ela faz parte das cerimônias religiosas, onde recebe o nome de uma princesa e representa uma divindade expressando um objeto de força e proteção. O Troféu Calunga é uma criação da artista plástica Juliana Notari. Os homenageados do Cine PE são contemplados com a Calunga de Ouro e os filmes vencedores, com a Calunga de Prata. Premiações– De acordo com o regulamento do Cine PE, são 12 categorias de prêmios para a Mostra Competitiva de Longas-Metragens: filme, direção, roteiro, fotografia, montagem, edição de som, trilha sonora, direção de arte, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, atriz e ator. Os filmes dasMostras Competitivasde Curtas-Metragens Nacionais e Pernambucanos serão julgados em dez categorias: filme, direção, roteiro, fotografia, montagem, edição de som, trilha sonora, direção de arte, ator e atriz.Além da premiação oficial, o Canal Brasil oferece o Prêmio Canal Brasil de Curtas - um júri composto por jornalistas e críticos de cinema escolhe o melhor filme de curta-metragem nacional em competição, que, além de ser exibido na grade de programação, recebe o Troféu Canal Brasil e R$ 15 mil. Ingressos–Os ingressos para as sessões do 21º Cine PE custarão meia entrada no valor de R$ 5,00(preço único). A bilheteria será de responsabilidade do Cinema São Luiz, e o faturamento revertido para a manutenção do espaço. Haverá vendas antecipadas, nas bilheterias do Cinema São Luiz. (www.cine-pe.com.br) SERVIÇO -21ºCine PE Festival do Audiovisual De 27 de junho a 3 de julho de 2017, a partir das 19h30. SESSÕES Local:Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175, Boa Vista, Recife-PE) Ingressos:Meia entrada R$ 5,00 (Preço único) Informações: 81-3461.2765 /festival@bpe.com.br  

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A voz que se alevantava (Por Marcelo Alcoforado)

Quando o Recife comemorou os 30 anos de existência do Salão dos Independentes, não se ouviu uma única voz, um sussurro sequer, a pronunciar o nome dele. Logo o nome dele, artista de méritos, um pintor, desenhista, ilustrador e, sobretudo, um escultor de especial talento. Estava configurada uma inominável injustiça, mesmo porque mais de que um artista, ele foi um defensor incansável da arte pernambucana. Já que se falou em injustiça, responda-se: o que é justiça? A resposta é relativamente simples: é o que está conforme o que é direito, o que é justo, incensurável. O reconhecimento do mérito de alguém faz, igualmente, parte do conceito de justiça. Então, pode-se dizer, sim, que justiça é a força moral de reconhecer o direito de cada um, vez que, somente através dela se alcançará a paz. Carlos de Hollanda, o injustiçado, ou para os que quiserem adocicar a verdade, o esquecido, organizou e participou do I Salão de Artes Independentes de Pernambuco, ocorrido em agosto de 1933. No Recife, era um tempo em que só se viam as ingentes dificuldades que dificultavam as atividades culturais, especialmente levar cultura ao povo. Os artistas ainda anônimos, muitos transbordantes de talento, existiam, como existem nos dias de hoje, mas se deparavam com obstáculos intransponíveis a vencer. Como mudar a ordem vigente, sem as armas do incentivo? Como tornar a arte um bem realmente acessível, tanto que estimule a sua produção? Ora, se desde as cavernas a arte se faz fundamental na vida das pessoas, por que não estimular esse fluxo? ─ ruminava Carlos de Hollanda, e a plenos pulmões deblaterava a falta de apoio e de oportunidades. Não se imagine, porém, que a vida de Carlos de Hollanda foi toda voltada para o exercício da política. Entre as batalhas, produziu quadros, desenhos, capas de livros e revistas, e duas esculturas. A primeira, um busto do maestro Carlos Gomes, em madeira de lei, com 65 centímetros de altura, que se encontra no teatro de Santa Isabel. A outra, por encomenda do governo pernambucano, representava a pujança da nossa indústria, foi exposta no Rio Grande do Sul, em evento sobre a revolução Farroupilha. Mesmo assim, a conduta de Carlos de Hollanda lhe traria dissabores. Quer ver um exemplo? A única vez que seus quadros mereceram uma visão de conjunto foi logo após ele haver morrido. Quer outro? De 1930 até hoje, não teve sua obra reunida para análise e reavaliação crítica!  Este outro é profundamente censurável: hoje em dia, apesar da importância de que se reveste, a sua obra não tem um lugar adequado para facilitar o acesso ao púbico. Vaga, vulnerável a danos, em casa de parentes e amigos, quando deveriam estar em mãos profissionais. Para a imprensa, Carlos de Hollanda era um talento insubmisso e quase louco. Para Aníbal Fernandes, no dia seguinte ao de sua morte, este Carlos de Hollanda, de quem os jormais noticiaram, ontem, a morte, era um artista que a cidade precisava conhecer para sentir o seu desaparecimento. Ainda sobre a morte do artista, comentou o teatrólogo Waldemar de Oliveira: morre com ele um dos muitos artistas que o Recife possui e o Recife mata. E refletindo o quanto Carlos de Hollanda houvera sido esquecido, disse, mais adiante, que o artista fora maisrado que anônimo: não passara das colunas amigas dos jornais e sua celebridade não foi além do Café Lafayette, uma antiga cafeteria existente na esquina da rua do Imperador com a Primeiro de Março. Carlos de Hollanda nasceu em 5 de maio de 1905, no Cabo de Santo Agostinho, conviveu com artistas do quilate de Percy Lau, Carlos Amorim, Bibiano Silva, Renato Silva, Augusto Rodrigues, Murilo Lagreca e Elezier Xavier, e morreu em 1938, aos 33 anos.

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Pessoas aderem ao consumo consciente para reduzir impacto ambiental

“Nós somos a cidade. Nós somos o trânsito, nós produzimos o lixo, a energia. Portanto, nós somos, ao mesmo tempo, o problema e a solução. A partir do momento em que eu sou sustentável, estou fazendo uma cidade mais saudável”. A provocação do arquiteto Roberto Montezuma sobre a participação cidadã nas transformações urbanas indica um caminho que passa pela conscientização popular e por atitudes transformadoras. E, de forma geral, elas começam em um novo modelo de consumo. De acordo com a vice-coordenadora do curso de Ciências do Consumo da UFRPE, Laurileide Silva, o incentivo ao consumismo que existia no mundo anos atrás começa a ser repensado. “A partir do início desta década, o mundo compreendeu que os nossos recursos são finitos e que o modelo de vida norte-americano é insustentável. Temos que repensar nossas formas de produzir e consumir, com ênfase para reaproveitar, reciclar e reutilizar”, sugere a acadêmica. O servidor público Sérgio Andrade Lima, 49 anos, é um adepto da permacultura. Esse sistema propõe a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza. “Estou preocupado com tudo o que consumo, seja roupa ou alimentos. Procuro saber de onde vem esses produtos”, explica. Na prática, ele prioriza adquirir alimentos que são produzidos regionalmente e, quando possível, consome produtos de feiras agroecológicas. Ele tem como costume comprar o tecido no mercado e encomendar as roupas por lá mesmo. “Isso não quer dizer que eu nunca compre em um shopping. Mas essa é uma forma de estimular um desenvolvimento local e sustentável, com menos gastos de energia e de combustíveis fósseis na sua cadeia de produção”, afirma Sérgio, que é agrônomo de formação. Outras práticas sustentáveis são a reciclagem e realização anual do plantio de árvores em um sítio que possui. Mestranda em Extensão Rural na UFRPE, Maria Clara Dias, 32, também mede sua forma de consumo e de usar a cidade a partir de princípios da sustentabilidade. Uma das práticas que entraram no seu hábito diário é o uso da bicicleta para a maioria dos seus deslocamentos urbanos. “Hoje vejo a bike como um meio de andar no Recife sem perder tanto tempo no trânsito. Conseguimos nos deslocar mais rápido. Além de garantir uma condição mais saudável de vida”, afirma Clara. Ela mantém algumas práticas de compras dentro do viés da sustentabilidade. “Procuro comprar em feiras e estabelecimentos próximos a minha casa”, afirma. Antes, quando morava em Mossoró (RN), Clara comprava produtos agroecológicos. Uma prática que ficou difícil na capital pernambucana, devido aos horários e à distância para as feirinhas. Além das compras conscientes, da reciclagem e do deslocamento com meios não poluentes, uma série de outras práticas tem sido introduzida no cotidiano da população. Para Laurileide, o avanço dessa atitude sustentável acontece pela própria necessidade de cada local enfrentar os seus problemas mais agudos. “Quanto mais o recurso é escasso, mais existe essa mudança no comportamento. No Sertão, por exemplo, várias metodologias para reaproveitamento da água estão em uso. Aqui no Recife há uma grande motivação em usar energia solar, porque o consumo da eletricidade é muito alto. Várias pessoas estão recorrendo a essa matriz energética porque a conta de luz é absurda”, exemplifica. A maior motivação cidadã pelas práticas sustentáveis tem sido o pontapé para o surgimento de vários negócios para atender essa demanda. A Less is More, por exemplo, nasceu com a proposta de ser uma loja virtual de moda que aposta no consumo consciente. “Nossa proposta vai de encontro ao fast fashion, que é aquele tipo de consumo de roupas legais, mas que não têm durabilidade nem qualidade, que são extremamente descartáveis”, afirma a proprietária Márcia Botelho. A loja comercializa roupas, bolsas, sapatos e outros produtos, em sua maioria de designers brasileiros, com perfil de médios e pequenos empreendedores. Ela aposta ainda numa seção chamada Armário Enxuto, que é um espaço de troca de peças. Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, introduzir o paradigma da sustentabilidade passa pela transformação do perfil econômico dos municípios. “É a economia que define os rumos da cidade. Nosso modelo é baseado na geração de muito resíduo, que desperdiça muita energia, emite muita poluição de gases. Sem mexer nesse modelo fica difícil buscar uma solução”, adverte. A economia do compartilhamento e as energias renováveis são algumas das tendências que estão se consolidando. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais

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Projeto Quartas da Dança anuncia selecionados

Realizado em parceria entre a Prefeitura do Recife e o Governo de Pernambuco, projeto disponibilizará pauta para espetáculos de dança nos teatros Barreto Junior e Arraial Ariano Suassuna Foi divulgada a lista dos selecionados que participarão do Projeto Quartas da Dança que acontece nos meses de junho e julho nos teatros Barreto Júnior e Arraial Ariano Suassuna. Nesta edição de 2017, o projeto é resultado de uma articulação entre a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, e o Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e da Fundarpe. O Quartas da Dança faculta a pauta desses equipamentos com condições especiais. Os grupos selecionados terão direito à bilheteria das apresentações, pagando apenas 10% da arrecadação pela ocupação dos teatros. A abertura acontece no dia 14 de junho às 20h, no Teatro Barreto Junior, com o espetáculo Luzes do Oriente Studio Dança Hanna Costa. A programação continua no dia 21 de junho, às 20h, com o espetáculo Fragmentos Clássicos, de Simone Monteiro Ballet, Grupo Endança e Ária Social. Em julho, o projeto continua no equipamento cultural da Prefeitura do Recife. Nos dias 12, 19 e 26 de Julho, às 20h, o espetáculo O Homem Sambaqui será apresentado no palco do Teatro Barreto Junior. Já no Teatro Arraial Ariano Suassuna, nos dias 14 e 21 de junho, o grupo de dança Riacho de Pedra sobe ao palco para apresentar o espetáculo Chetuá, sempre às 20h. Em julho, nas quartas-feiras 5, 12, 19 e 26, o Balé Afro Raízes apresentará o espetáculo Os Guerreiros, sempre às 20h.   Serviço: Teatro Barreto Junior 14 de junho, às 20h - Luzes do Oriente, Studio Dança Hanna Costas 21 de junho, às 20h - Fragmentos Clássicos, Simone Monteiro Ballet, Grupo Endança e Ária Social 12, 19 e 26 de julho, às 20h - O Homem do Sambaqui, Trapiá Cia de Dança   Teatro Arraial 14 e 21 de junho, às 20h - Chetuá, Grupo Riacho de Pedra 5, 12, 19 e 26 de julho, às 20h - Os Guerreiros, Balé Adro Raízes (PCR)

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Vôlei: Brasil vence primeiro teste do novo ciclo olímpico

A seleção feminina de vôlei bateu a Alemanha por 3x0 e venceu o Torneio Internacional de Montreux. Mais importante que o resultado, a competição foi o primeiro teste das novas comandadas de José Roberto Guimarães rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio. Com várias novatas em quadra, o time deixou a Suíça com alguns motivos para comemorar. Renovação Sem estrelas consagradas no vôlei internacional, como Sheila, Fabiana e Fabi, que se aposentaram da seleção e ainda sem contar com algumas peças-chaves que foram acionadas nos últimos anos, como Taísa (contundida) e as pernambucanas Dani Lins e Jaqueline, Zé Roberto pôde testar novas atletas. O volume de jogo - mesmo com momentos de instabilidade - e a capacidade de enfrentar pressão na competição (como enfrentar a China nas semifinais) foram alguns pontos a se destacar.   Consolidação Remanescentes de convocações passadas, Natália e Adenízia (que estiveram nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e de Londres) e Tandara (que esteve no time que jogou as Olimpíadas de Londres) assumem agora o papel de protagonismo no times mais jovem. Como no seu clube, Tandara foi a atleta de desafogo e de força no ataque. Natália, a capitã brasileira, foi escolhida como melhor atacante do torneio. Carol, que por pouco não chegou aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, foi eleita melhor meio de rede e melhor jogadora da competição. Roberta Na disputa com a jovem Naiane, Roberta se saiu melhor em Montreux. Apesar de ter sido convocada em poucas competições por Zé Roberto Guimarães, a levantadora do Rio de Janeiro tem toda experiência de atuar em um dos clubes mais vitoriosos do mundo. Em um eventual retorno de Dani Lins à seleção, Roberta tem grandes chances de disputar a segunda vaga do time. Na competição, ela foi eleita melhor levantadora. Rosamaria Sem dúvida a grande revelação da seleção brasileira no torneio. A atleta do Minas há algumas temporadas vem se destacando na Superliga, mas teve breves chances também na seleção e nessas ocasiões com passagens com pouco brilho. Na Suíça foi diferente. Começou como reserva, enquanto Drussyla e Amanda tiveram mais oportunidades. Ao assumir a titularidade, a ponteira teve um grande destaque no ataque da seleção feminina. Líbero Suelen teve a chance de atuar como titular durante o torneio. Mesmo sem ter sido diferencial na seleção, a líbero se saiu bem quando foi acionada no passe, além de ter um toque excelente para o levantamento. No novo ciclo olímpico, ela terá uma disputa intensa com Leia e Gabi (que até recentemente jogava como ponteira em Osasco). Nesta temporada Suelen joga no forte time do Praia Clube. Apesar do Torneio de Montreux não ser um parâmetro para o desempenho da seleção, visto que muitos países enviaram suas equipes reservas, do pouco que foi visto na Suíça, a nova geração promete manter o Brasil entre os melhores no voleibol internacional. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais

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Recife respira cinema (Por Wanderley Andrade)

Opções não faltam no Recife para aqueles que não dispensam um bom filme. Começou esta semana na cidade dois grandes eventos relacionados à sétima arte: o Festival Varilux de Cinema Francês e a Mostra Zezé Motta – 50 Anos de Cinema. A edição 2017 do Festival Varilux de Cinema Francês, que teve início no último dia 7, traz como ponto forte a diversidade em sua programação. Filmes autorais, comédias, filmes infantis: ao todo serão exibidas 19 produções, inéditas no Brasil, incluindo um documentário e um clássico. Grandes nomes do cinema francês serão vistos na tela grande, como Gérard Depardieu, Catherine Deneuve, Juliete Binoche e Marion Cotillard. Além de produções recentes como Rodin (filme exibido recentemente em Cannes, que conta a história do famoso escultor francês), será exibido o clássico Duas Garotas Românticas. A comédia-musical, indicada ao Oscar de melhor trilha sonora em 1969, chega em 2017 ao seu 50º aniversário. É dirigida por Jacques Demy e Agnès Vardia e traz no elenco a atriz Catherine Deneuve. O evento acontece em mais de 55 cidades do Brasil. Em Pernambuco, os seguintes cinemas recebem o festival: São Luiz, Cinema do Museu (Fundação Joaquim Nabuco), Moviemax Rosa e Silva, Cinemark Shopping RioMar, Cinépolis Guararapes e Cine Theatro Guarany, na cidade de Triunfo. A programação segue até o dia 21 de junho. A mostra Zezé Motta – 50 Anos de Cinema começou no último dia 6 na Caixa Cultural Recife. O evento faz uma mais que merecida homenagem a uma das grandes atrizes do cinema brasileiro. A mostra, idealizada pela filha de Zezé Motta, a produtora cultural Carla Barbosa, exibirá, ao todo, 20 importantes filmes da carreira da atriz, entre eles, Xica da Silva (1976), Para Viver Um Grande Amor (1983) e Bom Dia Eternidade (2010). Na programação paralela, o destaque fica para a palestra A Mulher Negra no Cinema Nacional, no dia 9, que trará uma importante e necessária reflexão sobre o papel da mulher negra no cinema brasileiro. Além da palestra, será realizado na terça (13) um debate que contará com a presença de Zezé Motta e do diretor Cacá Diegues. Programação Festival Varilux de Cinema Francês: http://variluxcinefrances.com/2017/programacao/ Mostra Zezé Motta - 50 Anos de Cinema: https://www.facebook.com/MostraZezeMotta50AnosDeCinema/

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Caminhada do Forró abre Ciclo Junino 2017 do Recife

Sob um céu claro e estrelado, foi aberta, na noite de ontem, a temporada de festejos juninos no Recife, com a 13ª edição da Caminhada do Forró. A partir das 17h, centenas de forrozeiros se concentraram na Rua da Moeda para sair em cortejo pelo Bairro do Recife, anunciando o São João. Animada pela Forrovioca, a caminhada encerrou na Praça do Arsenal da Marinha, por volta das 20h, onde 15 forrozeiros consagrados, como Irah Caldeira, Petrúcio Amorim, Terezinha do Acordeon e Nádia Maria colocaram todo mundo para arrastar pé num grandioso arraial a céu aberto. Na ocasião, os homenageados do São João 2017, Edmílson do Pífano e Cristina Amaral, foram saudados pelo público e receberam placas comemorativas das mãos do secretário executivo de Cultura, Williams Santana, e do presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha. “Depois de 45 anos de carreira, receber essa homenagem da Prefeitura do Recife é motivo de muita alegria”, disse Edmílson. Cristina Amaral também se declarou muito feliz com o reconhecimento ao seu trabalho e fez questão de estender a homenagem a todos os recifenses. “Compartilho essa felicidade com todos que são forrozeiros e fazem conosco essa festa linda que é o São João do Recife.” O forró mal começou na cidade e a animação do público já era grande. “Espero o ano todo pelo São João. Começo a festa na Caminhada do Forró, vou para o Baile dos Namorados, depois para o Sítio Trindade. Não perco nem um dia de programação. Essa é a verdadeira celebração do Nordeste e da nossa identidade”, disse, emocionada, a médica Isabel Rodrigues Alves, devidamente quadriculada para festejar bem muito os santos juninos. A técnica de enfermagem Jaqueline Ferreira, 50 anos, também faz questão de dar os primeiros passos de seu longo itinerário junino na Caminhada do Forró. “Venho todo ano, desde a primeira edição. Perco nada! Aliás, não perco nenhuma oportunidade de dançar forró”, disse, debaixo de um enfeitado chapéu de couro. As amigas Solange Ribeiro e Teresinha Moraes, ambas com 50 anos, e Eulina Lima, 78 anos, também eram só alegria na estreia do Ciclo Junino recifense. “A festa já começa muito animada”, celebrou Solange. Mas Eulina celebrou mais alto. “Onde tem forró eu vou. Adoro”, gritou, anunciando que ainda vai caminhar muito neste São João. “Só paro em Campinha Grande”, brincou. A mais emocionada do trio,Teresinha estava completamente à vontade na noite de ontem. “Sou sertaneja, mas moro na capital. No São João, me sinto em casa.” Já a família da professora e pesquisadora de turismo Yona da Silva, 41 anos, natural de Joinvile, Santa Catarina, fez questão de aproveitar a festa bem longe de casa. “Estamos achando fantástico. Uma emoção única. Estamos vivendo e sentindo a cultura”, disse a professora, que veio com o marido e os dois filhos conhecer o Recife e o São João recifense. “Como pesquisadora e como turista, acredito que essas legítimas manifestações populares têm que ser mantidas muito vivas, precisam mesmo ser celebradas.” BAILE DOS NAMORADOS - O calendário junino preparado pela Prefeitura do Recife segue com muito forró e animação até o próximo dia 1°, com mais de 20 dias de festa em 35 arraiais espalhados pela cidade. O próximo compromisso dos recifenses com o balancê junino é o Baile dos Namorados, na noite de hoje. Em sua 19ª edição, o baile vai colocar os recifenses para dançar de rostinho colado ao som de atrações como Elba Ramalho, Santanna, Eliane, além do Trio de Mala e Cuia. O baile é também uma celebração à solidariedade. O valor arrecadado com a venda de ingressos será revertido para a Casa do Amor e a Novo Caminhar, instituições de caridade. A festa começa às 21h, no Arcádia do Paço Alfândega, Bairro do Recife. Os ingressos estão à venda no Ticket Folia e em pontos de venda montados nos principais shoppings da cidade.

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Conheça os homenageados do São João do Recife 2017

O São João do Recife 2017 conheceu seus homenageados na tarde desta quarta-feira (7). A cantora Cristina Amaral e o músico Edmilson do Pífano receberam a notícia do prefeito Geraldo Julio, que estava acompanhado da primeira-dama, Cristina Mello, da secretária de Cultura, Leda Alves e do presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha. Os dois prometeram muita animação durante os festejos juninos da capital pernambucana. O prefeito Geraldo Julio lembrou que a escolha é uma homenagem do povo do Recife. “Vamos ter um belíssimo São João no Recife este ano, apesar das dificuldades que o Brasil está passando. E a escolha desses dois homenageados é muito justa. Cristina Amaral representa as mulheres, o forró e a música nordestina, e Edmilson do Pífano, representa a cultura popular, que é tão ligada ao nosso São João. Vamos fazer um São João valorizando os nossos artistas, a nossa cultura, e dando oportunidades para os recifenses”, destacou o gestor. Os dois artistas receberam a notícia com muita alegria e prometeram retribuir a felicidade para os recifenses e turistas que vão curtir a festa. “Estou muito emocionado e realmente eu não esperava por isso. Vamos fazer muito forró e muita coisa bonita para as pessoas que vierem aproveitar o São João do Recife, que é uma festa maravilhosa”, disse Edmilson do Pífano. O mesmo sentimento foi mostrado por Cristina Amaral, que afirmou que a ficha ainda “não caiu”. “A alegria é muito grande. Eu não consigo esconder o meu amor pela música e ser homenageada no São João do Recife é uma emoção enorme. Me sinto muito bem em tocar aqui, em tocar para as pessoas desta cidade. E as pessoas podem esperar muita música boa e alegria este ano”, acrescentou Cristina. EDMÍLSON DO PÍFANO - Nascido em Lajedo e morador de Caruaru, é um dos maiores tocadores de pífano do Nordeste brasileiro. Sua intimidade com o instrumento é tanta e tão antiga, que virou sobrenome de família: Edmílson é do pífano desde que se entende por gente, assim como muitos de seus familiares também foram um dia. O avô, Antônio Félix, era pifeiro requisitado na região. O pai, José Félix, os irmãos, além de muitos outros parentes, também são devotados ao instrumento. Com quase 50 anos de carreira e mais de 20 discos gravados, nunca chegou a cursar uma escola de música. Toca e compõe por intuição. E encontra inspiração nas coisas mais corriqueiras da vida. Poeta que é, gosta de dizer que quando anda de ônibus, vê as músicas “passando na janela”. CRISTINA AMARAL - Natural de Sertânia, Cristina Amaral cantou pela primeira vez em um grupo de jovens da Igreja Católica. De missa em missa, acabou sendo convidada para cantar na Orquestra Marajoara e depois passou a dividir o palco com Flávio José, no grupo Os Tropicais. A carreira solo começou em 1990, quando venceu o Festival Recifrevo. Do disco Arisca, lançado um ano depois, veio seu primeiro grande sucesso: a música Eu Sou o Forró, que celebrizou a cantora como intérprete do gênero. Além de uma dezena de CDs que consagraram sua carreira, gravou também os CDs Recifrevoé I e II e Forró Brasil, com artistas como Chico Buarque, Lenine, Gilberto Gil e Dominguinhos. Por diversas vezes representou Pernambuco em palcos europeus, tendo se apresentado na Holanda, Áustria, Suíça, Portugal e França. Só do Festival de Montreux, participou duas vezes. Embora se defina como uma artista eclética, seu nome é sinônimo de forró no dicionário da música brasileira. (PCR)

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