Arquivos Cultura e história - Página 336 de 354 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

MotorShow Pernambuco vai mostrar lançamentos em carros e motos

Algumas das novidades do mercado de carros e motos no Brasil estarão presentes no MotorShow Pernambuco 2016, que acontece de oito a 18 de dezembro, no mall do Shopping RioMar. Voltado para o varejo, o evento será uma oportunidade para fechar negócios e conhecer lançamentos que prometem encantar o público. Entre as marcas que já confirmaram presença estão a Jeep, Fiat, Hyundai Caoa, BMW, Ford, Volkswagen, Yamaha Motos, e Imbra Blindados. As empresas interessadas, ainda podem participar do evento. O MotorShow Pernambuco vai contar com mais de 40 veículos, alguns deles lançamentos. Será um salão com foco no varejo, realizado no melhor shopping da cidade, no período mais quente de vendas do ano e em um ambiente confortável e seguro. Algumas das marcas expositoras estarão disponibilizando test drive, no estacionamento D7 do RioMar. E o melhor: o cliente terá a chance de agendar o test-drive, para o horário e dia que achar mais conveniente. A expectativa dos organizadores é que mais de três mil pessoas visitem o evento por dia. O MotorShow Pernambuco tem promoção e organização da Libre Produções, dos empresários André Cavalcanti e Elias Cabus. “Quem visitar o evento, que acontece em um dos melhores shoppings do Brasil, vai encontrar sofisticação, conforto e os principais lançamentos de 2017, além de condições imperdíveis para adquirir seu carro ou moto nas revendas das marcas ali expostas”, diz André Cavalcanti. As empresas interessadas em expor no evento devem entrar em contato pelo telefone (81) 3035003 ou pelo e-mail: contato@librepromo.com.br

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Caboclinho pode se tornar Patrimônio Cultural do Brasil

O Caboclinho pernambucano pode se tornar Patrimônio Cultura do Brasil. O pedido de registro como patrimônio e o resultado da pesquisa e documentação sobre essa manifestação cultural serão analisados pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido em Brasília, na próxima quinta-feira ( dia 24). O pedido de Registro para o Caboclinho ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foi apresentado pela Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, com a anuência dos representantes e membros da comunidade desse bem cultural. A manifestação cultural dos grupos de Caboclos, ou Caboclinho – conhecida principalmente por suas atividades no Carnaval pernambucano – e datada desde o final do século 19, simboliza a memória do encontro cultural e da resistência sobretudo das populações indígenas e também dos povos africanos escravizados, que reverberam profundamente na história do Nordeste rural brasileiro. As estruturas dramáticas em sua performance artística, que reúnem elementos de dança e música, reelaboram narrativas de guerreiros e heróis, sendo capazes de conectar a vida cotidiana ao elemento mítico do caboclo brasileiro. A prática marcada por uma forte presença religiosa afro-indígena-brasileiras está ancorada principalmente no culto à Jurema, com entidades espirituais denominadas Caboclos. Os instrumentos musicais são outra singularidade da expressão cultural, sendo o Caracaxá e a Preaca, por exemplo, exclusivos dos Caboclinhos. A geografia do Caboclinho compreende uma área que vai de Pernambuco ao Rio Grande do Norte. A ocorrência dos Caboclinhos se estende pelos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, ficando como referência para proposta de Registro a Região Metropolitana de Recife e a Zona da Mata Norte de Pernambuco. Como entre tantas expressões da cultura popular, a transmissão de saberes no Caboclinho está atrelada à observação e à prática, orientada pela transmissão oral de conhecimentos dos mais antigos na manifestação para os mais jovens. A performance dos caboclinhos ocorre geralmente nas ruas com indumentária específica e sendo composta por dança e música características e singulares e, em alguns grupos, um recitativo ou drama, podendo essa estrutura variar a partir do tipo de apresentação – no desfile carnavalesco, nos ensaios, ou nos palcos e apresentações públicas. A dança, cujo movimento básico se denomina "manobra", é executada pelos participantes, que se apresentam, geralmente, em duas filas, cada um deles portando uma preaca (adereço/instrumento musical, em forma de arco e flecha), também denominado brecha ou flecha. A música apresenta uma sonoridade singular, tanto pelos instrumentos empregados – alguns exclusivos do Caboclinho – quanto pelos aspectos musicais (ritmos, melodias etc), propriamente ditos. A indumentária e os adereços dos caboclinhos são emplumados e ornamentados com muito brilho. O aspecto religioso dos Caboclinhos está muito vinculado aos fundamentos do culto da Jurema, e sua identidade associada às entidades espirituais dos "caboclos". Para a Superintendente do Iphan em Pernambuco, Renata Duarte Borba, os grupos de Caboclinhos integram um importante conjunto de formas de expressão características da Zona da Mata de Pernambuco, juntamente com o Frevo, o Maracatu Nação, o Maracatu de Baque Solto e o Cavalo-Marinho – estes já registrados como Patrimônio Cultural do Brasil. Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - Icomos, a Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus – Ibram, a Associação Brasileira de Antropologia – ABA, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.

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Ensino x Aprendizagem

*Por Armando Vasconcelos, diretor do Colégio Equipe No decorrer do segundo semestre um grande contingente de pais preocupados com a escola em que os filhos vão estudar no próximo ano letivo visitam as instituições identificadas previamente como boas e buscam informações sobre a proposta pedagógica, a qualificação dos professores, os resultados... Em síntese: a qualidade do ensino. Em recente conversa com um grupo de pais iniciei perguntando qual seria o diferencial para escolha da escola. As seguintes percepções foram mencionadas: qualidade do ensino, resultados no Enem, formação integral, boas informações dos alunos, acolhida na escola, que o educando aprenda a gostar de estudar, identificação dos estudantes pelo nome, o aluno ser tratado como pessoa e o número controlado de discentes em sala. Das percepções mencionadas faço as seguintes inferências. Antes de tudo, o que me parece crucial: a qualidade de ensino. É uma constante o foco ser o ensino. Ensino remete a professor. Focar em resultados hoje é muitas vezes um critério para matricular o filho na escola. Poucas pessoas se referem à aprendizagem. Proponho aos leitores e aos interessados no assunto que o foco seja a aprendizagem. A literatura educacional é rica em pressupostos e dados sobre a aprendizagem entendida como “Uma nova cultura de aprendizagem”. Os pesquisadores Douglas Thomas e John Seely Brown são os autores de um livro com este título. Focar na aprendizagem exige do professor postura de reconhecimento da autonomia e da liberdade dos estudantes em explorar sem limites. Nessa perspectiva Fernando Valenzuela, CEO da National Geographic Learning para a América Latina se refere ao professor como curador. A prestigiada revista The Economist, na edição de 11 de junho de 2016, publicou uma matéria sobre “Como formar um bom professor”. No texto lemos que “bons professores traçam objetivos claros, reforçando altos padrões de comportamento e gerenciando o tempo da sala de aula sabiamente. Eles usam técnicas instrucionais já testadas e praticadas para garantir que todos os cérebros estejam trabalhando o tempo todo, por exemplo, fazendo perguntas em sala de aula de maneira inesperada ao invés de se acomodar naqueles alunos que estão sempre levantando a mão para contribuir”. É animador constatar que as pesquisas em educação explicitam duas assertivas na perspectiva da formação do professor: bons professores não nascem prontos e as habilidades a serem conquistadas podem ser ensinadas. Os professores são os principais protagonistas da educação. As atitudes docentes precisam estar impregnadas de norteadores como o respeito à autonomia dos alunos, a mediação das aprendizagens e a criação de ambientes onde o conhecimento pode ser produzido, explorado e conectado. A conectividade implica necessariamente a existência de uma cultura digital na escola. O relatório da Unesco sobre educação para o século 21 – Um tesouro a descobrir – propõe que a educação deve se estruturar em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. A missão da escola é, portanto, envidar esforços para o desenvolvimento humano entendido como a evolução da “capacidade de raciocinar e imaginar, da capacidade de discernir, do sentido das responsabilidades”. Eis um bom paradigma para iluminar a escolha da escola para nossos filhos. *Todas as segundas-feiras estaremos publicando artigos sobre as transformações e tendências da educação Leia também: Educação Cidadã De olho na escola do futuro Escola deve focar na aprendizagem e não no ensino Alunos estão mais autônomos

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"Memórias de um Cão" abre Festival Recife do Teatro Nacional

  O Festival Recife do Teatro Nacional começa neste sábado (19). A produção paraibana "Memórias de um Cão", do Coletivo Alfenim vai inaugurar a programação. O espetáculo será às 20h, no Teatro Santa Isabel. Os ingressos custam R$10 (inteira) e R$5 (meia). A realização do festival é da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. O espetáculo parte do estudo da obra de Machado de Assis para propor uma abordagem crítica das estratégias de dissimulação, engodo e autoengano que marcam no campo subjetivo e político as relações sociais do Brasil. Durante a encenação é narrada a trajetória de ascensão e queda de Rubião, um mestre-escola interiorano que, às vésperas da abolição da escravatura, se muda para a Corte, após receber uma herança se seu benfeitor, Quincas Borba, um típico escravocrata. O espetáculo estreou em maio de 2015, em João pessoa. Quem assina a direção é o dramaturgo Mário Marciano. O festival acontece de 19 a 27 de novembro, com 17 espetáculos encenados nos equipamentos culturais da cidade. Além dos espetáculos, o festival também conta com uma programação formativa, que acontece de 16 a 26, com oficina, seminário, palestras e mesa de debates. A programação completa pode ser conferida no site http://bit.ly/2fGbfe7 . A classificação etária da peça é de 14 anos. Mais informações pelo telefone 3355-3137. Confira o teaser do espetáculo   SERVIÇO: Abertura do Festival Recife do Teatro Nacional com o espetáculo "Memórias de um Cão" Onde: Teatro Santa Isabel, Praça da República, s/n - Santo Antônio, Recife. Quando: Sábado (19) Horário: 20h Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia) ---

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FPS realiza Fórum pelo Dia Nacional da Consciência Negra

Discutir e promover a reflexão sobre a população negra na sociedade brasileira são os principais objetivos do I Fórum “Sou quem sou porque somos todos nós”. O evento, alusivo ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, será realizado pela Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) na próxima sexta-feira (18.11) a partir das 13h, por meio do Projeto UBUNTU. Uma mesa-redonda será montada com representantes de coletivos e professores para debater temas como cultura, saúde, genocídio e desigualdade da população negra no Brasil. O tema da abertura será “Aspectos Culturais da População Negra”, apresentado pelo professor convidado Marcelo Vilela, integrante de grupos de resistência cultural afro de PE e docente titular do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Pernambuco. No encerramento do evento haverá um debate promovido pelo Coletivo Negrex, que conduzirá a discussão sobre a experiência do estudante negro nas instituições de ensino superior. O I Fórum “Sou quem sou porque somos todos nós” acontecerá no auditório da Faculdade Pernambucana de Saúde, na Imbiribeira, com participação aberta ao público. As inscrições deverão ser feitas no site da FPS (www.fps.edu.br), com vagas limitadas. PROGRAMAÇÃO 13h às 13h20min – Credenciamento 13h20min – Composição da mesa – Mediador: Wellington Filho – Egresso da FPS – Graduado em Psicologia 13h30min – Aspectos Culturais da População Negra – Convidado: professor Marcelo Vilela - Integrante de grupos de resistência cultural afro de PE e professor titular do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Pernambuco 13h50 – Saúde da População Negra do Brasil Convidada: professora Angela Nascimento – Profª Universidade Federal de Pernambuco 14h10min – Debate 14h45min – Intervalo 15h - Genocídio da população negra do Brasil – Questão social? Convidado: Derson Silva – Assistente Social, coordenador e conselheiro estadual do Fórum de Juventude Negra e membro do Coletivo Cara Preta 15h25min – Implicações subjetivas da desigualdade Convidado: Lassana Danfá e Wellington Filho 15h50min – Estudante Negro nas instituições de ensino superior- Coletivo Negrex 16h20min – Debate 17h – Encerramento SERVIÇO I Fórum “Sou quem sou porque somos todos nós”. Data: 18/11/16 Horário: 13h às 17h Local: Auditório da Faculdade Pernambucana de Saúde - Av. Jean Emile Favre, n°422 - Imbiribeira

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Santa Isabel é eleito o melhor Teatro do Brasil pelo segundo ano consecutivo

Repetindo o feito de 2015, o Teatro Santa Isabel ganhou o Prêmio Cenym 2016 de Teatro Nacional e conquistou mais uma vez o título de melhor do Brasil. O Cenym é entregue anualmente pela Academia de Artes no Teatro do Brasil em reconhecimento à excelência de profissionais do teatro brasileiro. O Santa Isabel concorreu com outras quatro casas de espetáculos: Teatro Porto Seguro e Teatro Renoult (ambos de SP), Teatro Castro Alves (BA) e Teatro Amazonas (Manaus). Na 16ª Edição, além do prêmio pelo melhor teatro, Pernambuco ainda venceu em outras categorias. O Açougueiro, ganhou como Melhor Monólogo, Melhor Ator, para Alexandre Guimarães e Melhor Maquiagem. E não parou por aí. Na categoria Melhor Projeto ou Evento de Incentivo ao Teatro o prêmio também veio para Pernambuco com o Festival Janeiro de Grandes Espetáculos. Outros premiados foram: Ulysses Cruz (melhor diretor por "O Camareiro), Rosamaria Murtinho (melhor atriz, por Dorotéia), Rafael Maia (melhor ator coadjuvante, por Otelo) e Vilma Melo (melhor atriz coadjuvante, por "Amargo Fruto: A vida de Billie Holliday". Sobre o Prêmio - O Cenym é um prêmio entregue anualmente pela Academia de Artes no Teatro do Brasil, fundada em Sergipe, em 8 de janeiro de 2001, pelo ator, diretor e crítico, Tom Williamson. Criada para promover obras e artistas do teatro no estado, a instituição teve inicialmente o nome de Academia Sergipana de Teatro. Em 2006, a Academia decidiu criar um prêmio exclusivo para o teatro regional, o Anual Cit, e desde então o Cenym se tornou oficialmente uma premiação para o teatro nacional.

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Banda Sinfônica do Recife realiza concertos especiais com trilhas sonoras

Essa vai para os fãs da música e do cinema: o IX Concerto Oficial da Banda Sinfônica do Recife será dedicado inteiramente à trilhas sonoras de grandes sucessos da telona, como Star Wars, Harry Potter, Superman e outros. O concerto especial acontece em duas edições: uma nesta quarta (16) e outra na quinta (17), às 20h, no Teatro Santa Isabel. A entrada é franca com distribuição dos ingressos 1h antes do início da apresentação. A noite abre com um passeio pelas trilhas de dois grandes sucessos dos anos 80: Guerra nas estrelas (Episódio III), e Rocky on Broadway. Em seguida, a BSR executa a trilha de outro grande sucesso dessa época, Superman, seguido da trilha de Cinema Paradiso, com os solistas Mozart Ramos, na flauta, e Eliudo Pereira, no sax alto. Finalizando o concerto especial, a banda toca a trilha de dois grandes sucessos do cinema recente: Piratas do Caribe e Harry Potter.

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Educação cidadã

*Por Eduardo Carvalho, diretor da ABA Global Education/Harvard Advanced Leadership Fellow Cidadania envolve pessoas agindo juntas para resolver problemas que afetam a sociedade. A educação cidadã é fundamental para que o país seja considerado desenvolvido. Um indivíduo que seja um referencial em educação cidadã é um cidadão digno, bem  informado, ponderado, consciente dos seus direitos e deveres. Ele participa do processo democrático e está pronto para questionar leis e atos impostos pelos poderes, caso entenda que esses prejudicam o povo em benefício de uma minoria. O processo de educação cidadã deve compreender o aprendizado sobre o papel das instituições políticas, religiosas, sociais e econômicas e como esses sistemas influenciam a vida e o dia a dia da comunidade. Aprender sobre os sistemas tributários, trabalhista, previdenciário, orçamentário, político e como afetam o funcionamento da cidade, do Estado e da nação. A educação cidadã também compreende o zelo pelo espaço e dinheiro públicos e o respeito ao meio ambiente. Vários atos irresponsáveis cometidos pelos gestores públicos e cidadãos (corrupção, jogar lixo nas ruas, buzinar, desrespeitar a fila, falar alto em celular,etc.) precisam ser expostos e discutidos para o processo educacional acontecer. Decisões financeiras adequadas representam outro aprendizado essencial no exercício da cidadania: gastar menos do que ganha, poupar, analisar alternativas de compra com base em custo/benefício e não ser movido por impulsos de consumo. Faz também parte do aprendizado o desenvolvimento das habilidades de pensar criativa, crítica e imparcialmente; agir de forma colaborativa; capacitar-se a perguntar e a comunicar-se bem com audiências diversas; respeitar a diversidade; refletir sobre problemas; aprimorar a competência para decidir; e desenvolver e implantar planos coletivos. Sobre qualquer aprendizado deve ser estimulada a pesquisa sobre outros modelos mundo afora e dessa forma uma visão crítica estará sendo desenvolvida com o  objetivo de aperfeiçoar o sistema local. Fazer turismo é muito bom, mas aprender com o turismo e obter experiências de cidadania global agregam valor intrínseco que poderá ter melhor repercussão na sociedade. O programa de educação cidadã é apropriado para qualquer idade, aplicado ao longo do currículo ou de forma independente, e focado no processo de aprender a partir da observância, da pesquisa, do diálogo e do conscientizar. Vamos colocar o tema como prioridade. Certamente, teremos como resultado comunidades das quais orgulharemos. Teremos o povo educado. *Todas as segundas-feiras estaremos publicando artigos sobre as transformações e tendências da educação   Leia também: Escola deve focar na aprendizagem e não no ensino Alunos estão mais autônomos  

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O virtuose que nunca tocou

Faz pouco mais de dez anos. Foi em maio de 2006. Um violino Stradivarius foi arrematado em um leilão nova-iorquino por US$ 3,5 milhões. Não é engano, não. É o que você leu, mesmo! Três milhões e meio de dólares, um valor que jamais fora alcançado por um instrumento musical em leilão. Estimada pelos especialistas em US$ 2,5 milhões, a surpreendente valorização foi consequência de uma acirrada disputa entre dois milionários que deram seus lances por telefone. Relembre-se, desde já, que o instrumento leiloado não era um violino qualquer. Era nada menos do que um Stradivarius fabricado em 1707 pelo luthier italiano Antonio Stradivarius. Em maio de 2015, outro instrumento da mesma marca, fabricado em 1699, fora vendido por cerca de US$ 2 milhões. Por que, você pode estar perguntando, o violino de 1699, mais antigo, alcançou preço menor do que o de 1707? A resposta é simples. O de 1707 pertence ao período dourado de Stradivarius, que vai dos anos 1700 a 1720. Naqueles 20 anos ele produziu os violinos mais cobiçados pelos colecionadores de instrumentos musicais do mundo. Ademais, calcula-se que Stradivarius tenha feito cerca de mil instrumentos musicais, dos quais só existem cerca de 620 violinos, informam os analistas de Christie's, que realizou o leilão de 2006. É uma disponibilidade muito pequena, convenha-se, levando em conta a fascinação e o interesse mundial pelos violinos Stradivarius, devido a seu som único, alcançado com a precisão e a finura do grande mestre que lhes dá nome. Para lhe dar uma noção da obra de arte que é, dois pesquisadores universitários da Suécia utilizaram avançados modelos feitos em computador para analisar sua construção, esperando ver revelados os segredos daquele artesanato tão perfeito. Não viram. Algumas pesquisas sugerem que o segredo da rica ressonância dos Stradivarius pode estar tanto na idade da madeira como nos vernizes especiais ou ainda nos tratamentos aplicados ao material. Será? Será que, nestes tempos de tanto e tão vertiginoso progresso, de tanto saber, ainda não se sabe como obter o som de um Stradivarius? Eram as mais estapafúrdias explicações para tanta beleza, algumas dando conta de que o segredo de Antonio Stradivarius, o imortal fabricante de violinos, estava no verniz que, misturado a cinzas vulcânicas, ele passava nos instrumentos. Por que, então, os que assim pensavam não foram produzir violinos em Pompeia, que em 79 houvera sido destruída pelo Vesúvio? Decerto ali haveria muita cinza... Outra versão atesta que o artesão selecionava as madeiras que usava de navios naufragados. Elas teriam mais dureza e resistência por terem ficado em contato com a água salgada por muitos anos. Nenhuma dessas histórias foi comprovada, mas isso não importa. A sutileza do som dos instrumentos Stradivarius é inigualável e se perpetua. Pensando bem, isso só pode mesmo ser saboroso fruto do talento do luthier. Analise: criado pelo também italiano Gasparo de Saló, durante 200 anos a arte de fabricar instrumentos de primeira classe foi atributo das famílias Amati, Guarnieri e Stradivarius, mas foi esta que glorificou o instrumento e é glorificada como a produtora dos mais cobiçados violinos do planeta. O mais famoso entre os famosos Stradivarius e também o mais valioso violino do mundo é o Messias, que se encontra no Ashmolean Museum de Oxford, Inglaterra. Foi produzido pelo mestre em 1716 e até hoje é o violino antigo mais preservado do mundo. Pelo que dizem os que já o viram, ele aparenta ter acabado de ser feito. A propósito, foi o único violino que Stradivarius nunca vendeu, e que manteve em sua posse até morrer. Ele devia ter robustas razões para isso, concorda? Como outros instrumentos de cordas, os violinos são construídos pelos luthiers, artistas que produzem artesanalmente, com técnica, sensibilidade e apuro, instrumentos musicais de corda com caixa de ressonância. De modo geral, é uma profissão legada de geração para geração, de pai para filho. É atividade centenária, embora sejam poucas as oficinas que ainda existem no Brasil, e mesmo nas principais escolas de luteria do mundo, como Itália, França, Bélgica, Hungria, Holanda, Alemanha. Para ser luthier, impõe-se saber escolher a melhor madeira, submersa ou não, impregnada de cinzas vulcânicas ou não, estar atento às consequências da umidade, entender pelo menos um pouco da linguagem musical, e ter ouvidos sensíveis. São requisitos básicos da luteria, já que se constituem alguns dos fatores que favorecem a sonoridade de um violino, um violão e de outros instrumentos. Ou não. A grande diferença, no entanto, está no artista. “É um artesanato fino que requer muito conhecimento e estudo, e onde a evolução técnica se faz presente mais nos materiais usados, em ferramentas, do que no processo de fabricação propriamente dito, totalmente manual”, observa Nilton de Camargo, um dos mais renomados luthiers brasileiros. Mês passado, morreu aos 89 anos o luthier João Batista. Pernambucano de São José do Belmonte, João Batista era um dos raros fabricantes de violinos do Brasil. Havia mais de 60 anos que ele produzia e consertava instrumentos de corda. Autodidata, aprendeu vendo um tio trabalhar e produziu seu primeiro instrumento, uma rabeca, em 1948. Viúvo, João Batista se foi deixando centenas de filhos. Os quatro do casamento e os tantos órfãos da ajuda que ele sempre dava aos músicos que, necessitados de consertos em seus instrumentos danificados, corriam em busca do auxílio que ele jamais negou. Não foi, enfim, um virtuose como instrumentista, mas o foi como fabricante de instrumentos. João Batista, nome de santo, está no céu, e os anjos, alegres, estão dizendo amém. Afinal, com João Batista por lá, nunca mais suas harpas deixarão de soar harmoniosamente. *Por Marcelo Alcoforado

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18º Festival Recife do Teatro Nacional abre inscrições para oficina

Estão abertas as inscrições para os interessados em participar da oficina Teatro Épico-dialético. A atividade, destinada a atores, diretores e dramaturgos, acontece no período de 16 a 19 de novembro, das 9 às 13h, no Centro Apolo/Hermilo e integra a parte formativa do 18º Festival Recife do Teatro Nacional. A inscrição é gratuita e será feita mediante envio de carta de intenção, até o dia 14, para gerenciaartescenicas@gmail.com contendo informações dos interessados sobre suas trajetórias artísticas. O número de vagas é limitado a 20 participantes. O objetivo da oficina é promover uma introdução ao estudo do teatro épico e dialético com base na experiência do grupo teatral Companhia do Latão, de São Paulo, e será ministrada pelo dramaturgo, encenador e professor de dramaturgia da USP Sérgio de Carvalho. Os exercícios de atuação realista e narrativa crítica serão baseados na análise ativa de cenas de peças do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, com vistas à escrita de cenas em processo. As vagas serão preenchidas com a análise das cartas pelo próprio Sérgio Carvalho. Os selecionados serão comunicados por telefone, no dia 15 deste mês.

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