Arquivos Cultura E História - Página 346 De 375 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Recife integra o projeto “Ruas Completas”

Um ambiente urbano que seja acessível a todos, com sinalização clara, orientada ao pedestre, que contemple o nivelamento da via com as calçadas, e possua acesso facilitado aos pontos de parada do transporte coletivo, que apresente baixo nível de emissão de gás carbônico. Estes são alguns elementos que fazem parte do conceito do projeto Rua Completa e o Recife está entre os dez municípios brasileiros pré-selecionados para participar da experiência. O objetivo do projeto, que é promovido pela WRI Brasil em parceria com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), é o de mostrar em escala real a possibilidade da convivência harmoniosa e segura a partir de espaços urbanos melhor planejados. O Rua Completa foi apresentado em Brasília, na tarde da última quarta-feira (26), no IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável. Para estarem aptas a participar da seleção, as cidades concorrentes às dez vagas deveriam ter mais de 250 mil habitantes. Foram apresentados também detalhes como a capacidade de ser um disseminador em potencial para outros municípios do seu estado, capacidade técnica para o desenvolvimento do projeto e capacidade financeira do município para executá-lo. O Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), órgão de estudos e de planejamento urbano da Secretaria de Planejamento Urbano do Recife (SEPLAN), coordenará a experiência do Rua Completa na cidade. “Depois de nos habilitarmos a uma das dez vagas abertas para vivenciar essa experiência, entramos agora na fase de estudos que envolvem, por exemplo, indicação de possível local da cidade onde iremos desenvolver o projeto com os conceitos estabelecidos pela iniciativa. Vamos criar espaços de antecipação de futuro a partir de ambiente urbano planejado com qualidade e a partir daí mostrar na prática o quanto essa harmonia entre pedestres, ciclistas e modos motorizados é fundamental de acontecer nas cidades. O foco do trabalho são as pessoas, a partir da qualidade urbana”, pontua João Domingos, presidente do ICPS. Faz parte das próximas etapas uma capacitação a ser realizada pela WRI que compreenderá outras cidades próximas aos municípios selecionados no projeto; apoio técnico para a escolha do local onde a experiência será construída, bem como a realização dos projetos para a área e, por fim, a execução da intervenção urbana. As Ruas Completas visam ao desenvolvimento urbano orientado para a mobilidade de baixo carbono. Trata-se de construir cidades e espaços urbanos que priorizem os deslocamentos a pé e de bicicleta, que reduzam a emissão de gases de efeito estufa. Não existe um modelo de Rua Completa ideal, cada uma evolui a partir de uma série de fatores locais que influenciam o desenho final dos espaços urbanos, como tipos de usuários, uso do solo existente e planejado, desejos da comunidade e orçamento disponível. No Nordeste, além do Recife, participarão os municípios de Fortaleza (CE), Salvador (BA) e João Pessoa (PB). Da região Sul do país, foram contempladas as cidade de Porto Alegre (RS) e Joinville (SC). Do Sudeste brasileiro, participam da experiência: Niterói (RJ), São Paulo (SP), Campinas (SP) e Juiz de Fora (MG). Fechando a seleção, do Centro-Oeste participará do Rua Completa o Governo do Distrito Federal. Com isso, a iniciativa busca, por meio da toca de experiências, criar uma rede de cidades que venham a estimular o caminhar, o uso de bicicleta e do transporte coletivo a partir de vias e ambientes urbanos planejados. Sobre o WRI Brasil O WRI Brasil é uma organização sem fins lucrativos, focada em pesquisa e aplicação de metodologias, estratégias e ferramentas voltadas às áreas de clima, florestas e cidades. Atua em estreita colaboração com as lideranças locais, para proteger o meio ambiente e criar soluções que contribuam para a prosperidade do Brasil de forma inclusiva e sustentável. O WRI Brasil faz parte do World Resources Institute (WRI), organização global de pesquisa, presente em mais de 50 países, com escritórios no Brasil, China, Estados Unidos, México, Índia, Indonésia, Europa e África. (PCR)

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Orquestra de Câmara executa o concerto beneficente São João Sinfônico

São João Sinfônico é o concerto que a Orquestra de Câmara de Pernambuco executa, no dia 10 de junho, a partir das 21h, no Teatro de Santa Isabel. A apresentação arrecadará donativos para os desabrigados das chuvas em Pernambuco. Sob a regência do maestro José Renato Accioly, a orquestra relembra clássicos do forró, a exemplo de Baião, Asa Branca e Que Nem Jiló, que ganharam fama com Luiz Gonzaga, e de Sebastiana, de Jackson do Pandeiro. O acordeonista Beto Hortis será o solista da noite, numa seleção de composições de Dominguinhos. Participações de Quinteto Violado, Silvério Pessoa, grupo SaGRAMA e dos dançarinos Josy e Tico Caxiado. O São João Sinfônico tem direção de José Renato Accioly. A realização é do Conservatório Pernambucano de Música e Carla Navarro Produção Cultural, com apoio da Fundarpe e Cepe. A entrada será R$ 1 mais dois produtos de pronto-consumo (leite, suco, enlatados e biscoitos e bolachas). Retirada de ingressos a partir das 19h do dia 10 de junho, na bilheteria do teatro. Serviço: 10 de junho 21h Teatro de Santa Isabel - Praça da República, s/n, Santo Antônio, Recife. Fone: 3355-3323

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Concurso de Quadrilhas Juninas abre inscrições na próxima terça

Nesta terça-feira (2) começam as inscrições para o 33º Concurso de Quadrilhas Juninas do Recife e para a 4ª Mostra Recife de Quadrilhas Juninas infantil. As inscrições deverão ser feitas até o próximo dia 12 de maio, no Núcleo de Cultura Cidadã, no Pátio de São Pedro, nº 39, Bairro de São José, das 9 às 17h. Os concursos, realizados pela Prefeitura do Recife, são promovidos pela Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife e têm o objetivo de valorizar, difundir e incentivar uma das mais populares manifestações culturais do São João brasileiro. Os dois regulamentos estão disponíveis no site da Prefeitura do Recife (http://www2.recife.pe.gov.br/pagina/secretaria-de-cultura). 33º Concurso de Quadrilhas Juninas: Para se inscrever no 33º Concurso de Quadrilhas, os interessados devem entregar a documentação exigida no regulamento, além de resumo do tema a ser apresentado e relação das músicas que serão tocadas na apresentação. Ao todo, poderão participar do concurso 50 quadrilhas juninas. Cada quadrilha deverá ter, no mínimo, 20 pares. Menores de 18 anos só poderão participar mediante autorização dos pais ou responsáveis. As eliminatórias do concurso acontecerão no período de 11 a 17 de junho de 2017, a partir das 20h, no Sítio Trindade. Serão classificadas para a final as 12 quadrilhas que alcançarem melhor pontuação, sendo divulgado o resultado das eliminatórias logo após a última apresentação. A final também será realizada no Sítio Trindade, entre 20 a 22 de junho de 2017, a partir das 21h. Entre os critérios que serão avaliados, nas duas etapas do concurso, estão: o casamento, o marcador, coreografia, figurino, música e tema. As doze finalistas receberão prêmios de R$ 3 mil, cada. Na premiação final, as cinco vencedoras recebem, respectivamente: R$ 13 mil; R$ 9 mil; R$ 7 mil; R$ 6 mil; e R$ 5 mil. 4ª Mostra Recife de Quadrilhas Juninas Infantil: Para a inscrição da 4ª Mostra Recife de Quadrilhas Juninas Infantil, os interessados também precisam entregar a documentação exigida no regulamento, como a declaração dos pais ou responsáveis por cada menor, autorizando sua participação na mostra, além de resumo do tema e relação das músicas escolhidas. Poderão participar do concurso 12 quadrilhas juninas infantis, cada uma com, no mínimo, 16 pares. A idade máxima permitida aos componentes das quadrilhas será de 15 anos. Haverá uma concessão de no máximo 20% dos participantes com até 16 anos. As apresentações da 4ª Mostra Recife de Quadrilhas Juninas Infantis, acontecerão nos dias 24 e 25 de Junho de 2017, no Sítio Trindade, a partir das 17 horas. A ordem de apresentação será determinada através de sorteio, no dia 16 de maio, no Museu da Cidade do Recife, às 14h. Cada quadrilha infantil receberá o prêmio de R$ 3 mil, por sua participação, além de certificado pela presença no concurso e medalha para todos os integrantes.   Serviço: Inscrições para o 33º Concurso de Quadrilhas Juninas Onde: Núcleo de Cultura Cidadã, Pátio de São Pedro, nº 39, no Bairro de São José Horário: Das 9h às 17h. Período: De 2 a 12 de maio. Confira aqui o regulamento do concurso: https://goo.gl/jDQIbV   Serviço: Inscrições para a 4ª Mostra Recife de Quadrilhas Juninas Infantis Onde: Núcleo de Cultura Cidadã, Pátio de São Pedro, nº 39, no Bairro de São José Horário: Das 9 às 17 horas. Período: De 2 a 12 de maio. Confira o regulamento do concurso: https://goo.gl/KNRPgf (Prefeitura do Recife)

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Voos Panorâmicos e Paraquedismo no Aeródromo Coroa do Avião

Que tal passar o feriado pelos ares? Neste final de semana, 29 e 30 de abril, o Aeródromo Coroa do Avião, em Igarassu, vai oferecer voos panorâmicos para quem quer apreciar as belezas do litoral norte do alto. Baía de Maria farinha, Forte Orange e Ilha da Coroa do Avião são alguns dos lugares que estão no percurso. Os voos vão custar R$ 200 (um passageiro), R$ 300 (dois passageiros) e R$ 400 (três passageiros). Mais informações pelo telefone: (81) 9 8716-2251. Para quem gosta de mais adrenalina, ainda será oferecido salto de Paraquedas, de sábado (29/04) a segunda (01/05), no valor de R$ 690. O salto será feito com instrutor e não é preciso ter nenhum tipo de curso para se viver a experiência. Para obter mais informações, o telefone é o (84) 9 9710-4614. O voo panorâmico e o salto podem ser feitos a partir das 8h.

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Cinema Pernambucano: Camilo Cavalcante

Sua filmografia é composta por 14 curtas e um longa-metragem. Além de dirigir e produzir filmes, realizou o projeto “Cinema Volante Luar do Sertão”, levando sessões gratuitas de cinema para municípios do semiárido. Também é de sua autoria a série de TV “Olhar”, exibida pelo canal Brasil. O Cinema Pernambucano é destaque mais uma vez na Coluna Cinema e Conversa. Hoje, falo sobre um dos grandes nomes da sétima arte no Estado: Camilo Cavalcante. Atualmente, Camilo está produzindo o curta “Beco”, documentário sobre pessoas comuns que costumam passar pelo Beco do Inferno, localizado no mercado de Afogados, no Recife. No último dia 7, seguiu para a Bolívia para o início das gravações de seu segundo longa de ficção,“King Kong En Asunción”. O filme narra a história de um velho matador de aluguel que segue viajem para o Paraguai em busca de notícias de sua única filha. Compartilho agora com vocês minha impressão sobre dois curtas-metragens de sua filmografia. A História da Eternidade (2003) Curta - 35mm - 10 min.   Em 2014, Camilo lançou “A História da Eternidade”, seu primeiro longa-metragem. O filme conquistou diversos prêmios nos festivais por onde passou, não apenas no Brasil, mas também no exterior. Participou, inclusive, em 2014, do International Film Festival Rotterdam, Holanda. Mas antes de produzir o longa, o diretor havia realizado em 2003 um curta homônimo, também bastante premiado. A história é toda contada em um plano-sequência que se inicia com o registro de um parto em uma casa humilde do sertão e termina com a mesma cena, assistida na TV por um idoso. É uma história de ciclos, que passa pela vida e a morte. O curta é um misto de sonho e pesadelo. Trouxe a minha mente lampejos de alguns filmes de Fellini, conhecidos por sua poesia e mergulho no mundo dos sonhos.   Prêmios: Melhor Direção - 36o. Festival de Cinema de Brasília Melhor Direção de Arte - CINE PE Melhor Fotografia e Melhor Curta (Júri Popular) - Festival de Cinema de Cuiabá Melhor Direção - Festival de Cinema de Belém Prêmio Banco do Nordeste de Cinema e Prêmio Aquisição do Canal Brasil - Cine Ceará Prêmio da Crítica - Mostra Internacional de Curtas de Belo Horizonte Prêmio da Crítica - Festival de Cinema de Vitória Melhor Ficção - Grande Prêmio TAM do Cinema Brasileiro Rapsódia Para Um Homem Comum (2005) Curta - 35mm - 35 min. A história acontece no período da ditadura, mais especificamente na década de 70. Conhecemos Epaminondas, um funcionário público de classe média baixa, cuja vida é dominada pelo amargor da rotina. Como se tivesse bolas de ferro atadas aos tornozelos, ele se arrasta em direção ao ciclo diário casa-trabalho, trabalho-casa. A caminhada marcada pela presença do tédio e desânimo chega ao fim quando, sentado à sombra de uma árvore, ouve na residência a sua frente o som de uma bela canção. Através da janela, vê uma mulher tocando piano. Desde então, sua agenda diária ganha mais um compromisso: sentar à sombra da árvore e apreciar as belas melodias extraídas do piano por aquela desconhecida. Mas a alegria de Epaminondas dura pouco. Certo dia, presencia a mulher sendo espancada pelo marido. A cena que viu plantará em seu coração uma semente de ódio que o levará a tomar uma dura decisão. Considero este um dos melhores curtas realizados por Camilo. Uma história simples, é verdade, sem muitas surpresas, mas bem amarrada, sem pontas soltas, guiada por uma bela trilha sonora. O elenco é composto por atores da região, como os recifenses Cláudio Jaborandy (Velho Chico, Sete Vidas) e Magdale Alves (Justiça, Amores Roubados), além do já falecido ator, natural de Cortês, Jones Melo, que além de trabalhar em filmes como Amarelo Manga e Baile Perfumado, é também lembrado por sua atuação em comerciais de uma grande rede de farmácias. Prêmios Melhor Curta-metragem (Prêmio da Crítica), Melhor Direção, Melhor Ator e Prêmio Canal Brasil - Festival de Cinema de Brasília Melhor Ficção - Mostra Curta Cinema Melhor Direção de Arte – CINE PE Melhor Ator, Melhor Direção, Melhor Ficção e Melhor Curta-metragem – FAM (Festival Audiovisual Mercosul) Melhor Curta-metragem, Prêmio BNB de Cinema, Melhor Ator, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora Adaptada – 29º. Guarnicê de Cine e Vídeo Melhor Curta-metragem – Amazonas Film Festival Melhor Ator, Melhor Ficção e Melhor Curta-metragem – Cineamazônia 2006 Melhor Curta do Festival dos Festivais – 10° Festival de Curitiba Melhor Curta-metragem – 9° Mostra Brasil Plural *os curtas podem ser vistos no site da produtora Aurora Cinema. http://auroracinema.com.br/tags/curta *Por Wanderley Andrade é jornalista e crítico de cinema

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Maior diálogo entre os portos de Suape e de Koper (da Eslovênia)

As possibilidades proporcionadas pelo Porto de Suape são estratégicas dentro do mercado global. De olho nisso, o consulado da Eslovênia tem desenvolvido um projeto de cooperação entre o porto pernambucano e o de Koper, que é uma porta de entrada para a Europa Central. “Vislumbramos um maior diálogo entre os portos de Suape e Koper para a entrada na região dos Bálcãs. É uma estratégia que foi delineada não para que esses sejam portos fins, mas meios, para o escoamento das produções de Pernambuco e da Eslovênia”, detalha cônsul esloveno Rainier Michael. “Estamos levantando informações estratégicas para que o empresário pernambucano consiga enxergar a Eslovênia e vice-versa”. Para embasar essa proposta de cooperação, foi elaborado um estudo pela AD Diper (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco). O assessor técnico de gerência de comércio exterior da agência João Canto lembra que Suape tem um tratado com o Porto de Miami, que não gera negócios, é apenas formal. Mas a proposta do acordo com Koper é de dinamizar a circulação de mercadorias com o mercado europeu. “Pretendemos viabilizar negócios. Por pensarmos muito na Europa Ocidental não temos visto as oportunidades na Europa Central. Além disso, o Porto de Koper atinge os principais mercados internos nessa região que não tem acesso ao mar”. A exportação pernambucana de frutas, cachaças e dos produtos das indústrias farmacêutica e de autopeças são alguns dos potenciais apontados pelo estudo de viabilidade econômica. ARGENTINA O cônsul Jaime Beserman também está atento à possibilidade de aumentar o fluxo de importações e exportações para a Argentina via Suape. “O mercado da região é muito importante para nós. Mas percebemos que os nossos produtos chegam ao Nordeste por São Paulo, pelas rodovias. Isso aumenta o tempo, o custo, além de poder afetar as condições das mercadorias. Desembarcar aqui, a partir de Suape, é muito interessante para os produtos argentinos chegarem direto aos players locais, sem outros intermediários”. Ele calcula que um contêiner de São Paulo para o Recife custe entre US$ 3 mil e US$ 4 mil. Se viesse de Buenos Aires para Suape, o custo seria de US$ 1 mil. “Existe uma vantagem competitiva muito interessante nesse modal de transporte”, avalia Beserman. (Por Rafael Dantas, repórter da Algomais)

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Temporada do Projeto Hoje tem Espetáculo chega à última semana

Ainda dá tempo de aproveitar a primeira temporada de 2017 do Projeto Hoje tem Espetáculo no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu. Os quatro espetáculos selecionados por um edital lançado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, ficam em cartaz até o próximo dia 30. No segundo semestre, uma nova convocatória será lançada para disponibilizar a pauta do teatro para espetáculos de dança e teatro produzidos no Recife, com contrapartida de somente 10% da bilheteria. O projeto Hoje tem Espetáculo, iniciativa da Prefeitura do Recife, foi criado em 2014 e já levou 26 produções para o palco do Luiz Mendonça. Confira a sinopse, dias e horários dos espetáculos em cartaz e programe-se: A Gaivota -O texto, do dramaturgo russo Anton Tchekhov, é um clássico da dramaturgia mundial e aborda os conflitos de um jovem escritor sobre os conceitos de velho e novo. A adaptação é de Sandra Possani. Última apresentação: 27 de abril, às 20h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Ah! Se tu Soubesses - A Cia de Dança Ferreiras coreografa vida e obra do cantor Orlando Silva, numa fusão entre musicalidade e poesia, evocando momentos da carreira do artista, a paixão pelos fãs, os amores, a boemia e suas muitas desilusões. Última apresentação: 28 de abril, às 20h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). 15 para 11 - Dirigida e coreografada por Diego Magno, a peça trata de um romance clandestino. Última apresentação: 29 de abril, às 20h. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) Era uma Vez na Terra- Com direção de Alexandro Silva e dramaturgia de Dálviton Anelio, a peça infantil conta a história de um cientista que cria uma máquina do tempo e convida as futuras gerações de cidadãos a refletirem sobre a importância da preservação ambiental e sobre a relação do homem com o planeta em que vivemos. Última apresentação: 30 de abril, às 17h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Informações: 3355-8921 (Prefeitura da Cidade do Recife)

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Brasileiros frequentam mais teatros e cinemas, diz pesquisa

Pesquisa nacional divulgada na última segunda-feira (24) pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) sobre os hábitos culturais dos brasileiros revela que 56% dos entrevistados – o correspondente a cerca de 86 milhões de pessoas – frequentaram pelo menos uma atividade cultural no ano passado, com avanço de três pontos percentuais em comparação a 2015. Em relação a 2008, o resultado mostrou incremento de 13 pontos percentuais. A sondagem foi feita em parceria com o Instituto Ipsos, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro de 2016, com uma amostra de 1.200 pessoas, em oito capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília) e em mais 64 cidades do país. A principal atividade mencionada foi a leitura de livros, revelando a prática por 37% dos entrevistados e aumento de seis pontos percentuais comparativamente ao início da série histórica, em 2007. Cinema foi a segunda atividade citada, com 34% das respostas e o maior aumento comparativamente à pesquisa de 2007: 17 pontos percentuais. Pelo menos 29% dos entrevistados revelaram frequentar shows musicais, mostrando a expansão de nove pontos percentuais ante 2007 na prática. Os frequentadores de peças de teatro aumentaram 11%, com crescimento de cinco pontos percentuais. Os que assistem espetáculos de dança aumentaram 11%, um crescimento de quatro pontos percentuais; e os que vão a exposições de arte, passaram a 11%, com aumento de três pontos percentuais em relação a 2007. No caso de museus, que começaram a ser pesquisados em 2015, as respostas totalizaram 10%, mostrando avanço de três pontos percentuais. Avanços O gerente de Economia da Fecomércio-RJ, Christian Travassos, disse que são avanços significativos em relação à série histórica. “Há dez anos temos acompanhado os hábitos de lazer e culturais dos brasileiros. Não há ruptura de um ano para outro mas, gradualmente, vemos uma melhora significativa. Então, aos poucos, percebemos uma melhora na frequência de ambientes culturais por parte do brasileiro”, disse o economista. Desde o primeiro ano da pesquisa, a maior adesão a bens culturais continua sendo a leitura de algum livro ou e-book (livro digital). “É mais acessível, a gente toma emprestado. Na listagem, é o mais representativo, disse Travassos. Ele atribuiu a maior expansão do hábito de ir ao cinema nesta década (de 17% para 34%) não só ao desenvolvimento da linguagem visual, mas também ao boom (explosão) de filmes 3D. Em paralelo, ocorreram promoções e parcerias de salas de cinema com empresas de telecomunicações e bancos, que contribuíram para facilitar o acesso do consumidor, com ingresso mais em conta. A internet, também ajudou a dar maior visibilidade aos programas culturais. “É um complemento da atividade de lazer”, disse Christian Travassos,. Televisão Entre os 44% de brasileiros que não fizeram nenhum programa cultural no ano passado, a atividade mais procurada foi a televisão, com 80% das respostas. O gerente de Economia da Fecomércio-RJ destacou que o total de entrevistados que relataram não ter consumido nenhum bem cultural vem caindo de ano para ano. Em 2015, eram 47%; em 2008, 48%. Segundo Travassos, a não realização de uma atividade cultural se deve, historicamente, à falta de hábito. O desafio é despertar o interesse de pessoas que nunca tenham lido um livro ou ido ao cinema, afirmou o gerente. “Pode ser um fator de mudança trazer crianças e adolescentes para os ambientes culturais para que isso tenha efeito entre os mais velhos. O preço das atrações culturais é uma questão secundária, até porque há muitos shows, exposições e espetáculos gratuitos." As atividades mais procuradas pelos que não consomem bens culturais, ao contrário, vem se ampliando. Assistir televisão passou de 52%, em 2008, para 80%, em 2016. Na mesma comparação, ir à igreja ou a algum centro religioso subiu de 11% para 24%; fazer almoço ou churrasco com amigos, de 9% para 21%; ir a bares, de 10% para 15%; e jogar futebol, de 9% para 10%. Preços justos O economista avaliou que o cenário econômico ainda adverso acaba impactando o lazer do brasileiro em geral. Por isso, disse ser razoável que, para manter o padrão de consumo, seja reservado um valor menor para o lazer, que não é visto como atividade essencial como ir ao supermercado ou farmácia. Daí ser razoável que na passagem de 2015 para 2016 haja, para a maioria dos itens, uma redução de custo justo sugerido. A pesquisa revela que os consumidores declararam estar dispostos a pagar pelas atividades culturais listadas menos do que em 2015. Os preços considerados justos por eles variaram de R$ 13,31 para compra de CDs até R$ 35,61 para ingresso de shows musicais. No ano anterior, os mesmos itens tinham preços apontados de R$ 16 e R$ 41, respectivamente. (Agência Brasil)

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Reynaldo Fonseca comemora 75 anos de carreira artística com álbum de gravuras

Com 92 anos, Reynaldo Fonseca mantém, até hoje, a rotina de pintar todos os dias. Acorda por volta das 7h30, toma café da manhã e religiosamente sobe para o ateliê, na cobertura de seu apartamento em Boa Viagem, onde se entrega ao processo criativo até o meio-dia. No intervalo, almoça e descansa um pouco; depois volta a trabalhar até as 17h. À noite não pinta. Gosta de passar o tempo se dedicando aos estudos dos próximos quadros. Uma revista francesa que assina há 20 anos é uma de suas fontes de inspiração, a qual ele usa para fazer recortes, observar movimentos, posições, cores, formatos e se atualizar sobre o que se anda fazendo em Paris e mundo afora. O segredo: uma paixão inexplicável pelo que faz. Este ano, Reynaldo comemora 75 anos de carreira artística. O grande marco dessa trajetória vem em forma de álbum com dez gravuras selecionadas pelo marchand Sergio Oliveira, sendo quatro delas parte do acervo pessoal do artista plástico pernambucano. O coquetel de lançamento do álbum será no próximo dia 29 de abril, a partir das 10h, na Arte Maior Galeria. O pintor, muralista e ilustrador Reynaldo Fonseca desenha desde os 5 ou 6 anos de idade. Como ele mesmo conta, naquela época sua mãe fazia questão de guardar os desenhos, achava-os mais interessantes do que os das crianças em geral. Ali já se revelava um grande artista. Precocemente, ingressou aos 11 anos como aluno ouvinte na Escola de Belas Artes de Pernambuco, onde mais tarde estudou e virou professor. Em 1943 realizou a sua primeira exposição individual, no Saguão do Grande Hotel no Recife. Em 1944 foi morar no Rio de Janeiro e participou do Salão Nacional de Belas Artes. Um dos momentos mais importantes da temporada em que passou no Rio foi ter conhecido o mestre Portinari. “Lá no Rio, eu fui levar uma carta de apresentação de Aluísio Magalhães para Portinari e ele me recebeu muito bem em sua casa. Eu tinha uma prima que morava pertinho e de vez em quando eu o visitava. Levava meus quadros e ele fazia comentários. Aprendi muito com Portinari, ele me mostrou os melhores materiais de pintura, técnicas e me ensinou como lavar pincel”, lembra. Reynaldo Fonseca conta, ainda, que viajou para Europa com seu amigo Augusto Reynaldo, em 1948, quando conheceu o Museu do Louvre, em Paris, um dos maiores e mais famosos do mundo: “Fomos ao Louvre, vimos aqueles quadros maravilhosos. Foi ótimo porque eram dois pintores e, portanto, o interesse era o mesmo. Era museu o dia todo”. Com o tempo, o estilo singular e facilmente identificado pelos apreciadores de arte foi se desenvolvendo. O artista começou a pintar em aquarela, mas logo em seguida passou a pintar com bico de pena (nanquim), pincel seco e óleo sobre tela, sendo essa última técnica a que mais gosta de usar em suas obras. “Eu comecei a pintar com aquarela, hoje faz muito tempo que não uso essa técnica. Depois trabalhei muito com nanquim, inclusive tenho um álbum com uma série de desenhos a bico de pena. O pincel seco eu também já utilizei, é a tinta seca sem diluir. O problema é que não pode errar, não apaga. Já com óleo sobre tela eu posso apagar, pintar por cima, modificar. É a técnica que uso hoje”, explica Reynaldo. Primeiramente o artista rabisca o desenho no papel com caneta esferográfica, já na proporção que pode ser aumentada em cinco vezes. Depois vai dando forma ao desenho e passando para a tela. Ele define sua obra como uma pintura figurativa, inspirada em grandes artistas renascentistas como Leonardo Da Vinci e Michelangelo Buonarroti. “Eu gosto de pintar essas figuras, com movimento, seleção de cores mais escuras. O tempo que levo para terminar um quadro depende muito do tamanho e do próprio movimento. Às vezes é uma mão que é difícil de fazer, ai eu pinto, apago, não gosto, faço de novo, e assim acontece”, conta Reynaldo revelando que não gosta de assinar os quadros, só na parte de trás, e que as obras que mais gosta são as que possuem uma maior quantidade de figuras. O artista deixa um recado para a nova geração de produtores de arte: “O segredo de chegar aos 92 anos pintando, todos os dias, é a paixão. Tem pessoas que têm paixão por música e passam o dia tocando. No meu caso é pintura e eu também passo o tempo desenhando, fazendo estudos para os próximos trabalhos”. Reynaldo é caseiro e só sai de casa quando necessário. Quando perguntado o motivo, responde: “Eu não gosto de sair de casa porque gosto de pintar, me sinto bem pintando. Então, mesmo quando ainda não tinha dificuldades de locomoção, eu não me interessava tanto em sair quanto me interesso por trabalhar. Mas quando menino gostava muito de vir para a casa do meu irmão mais velho, aqui em Boa Viagem, para tomar banho de mar. Nadava bem, mergulhava”, rememora. O álbum de gravuras que será lançado pela Arte Maior Galeria tem tiragem limitada a 100 exemplares. As dez gravuras são das décadas de 70, 90 e 2000 e foram impressas em papel Markatto, 320 gramas, com medidas de 47 cm x 66 cm. Todas assinadas pelo artista. “É sempre agradável receber um convite como esse de Sergio Oliveira. Fico muito feliz com o lançamento do álbum de gravuras, pois mais pessoas vão ter acesso aos meus quadros. O álbum completo será vendido por R$ 18 mil e as gravuras individuais, com moldura especial, serão vendidas por R$ 2.700. “A técnica de impressão é conhecida como Fine Arts com serigrafia. As gravuras do álbum foram feitas a partir de uma seleção de obras de Reynaldo, considerando ano, tipo e quadros com várias figuras, duas e até apenas uma. Um conjunto que representa a obra de Reynaldo. Temos a expectativa de grande interesse do público por ser o primeiro álbum de Reynaldo neste estilo e por ter um preço atrativo para quem deseja ter uma obra

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Rogaciano Leite, a história de uma vida

Pergunta-se: qual é a probabilidade de dar certo um filho de agricultores nascido em 1920, em Itapetim, Sertão de Pernambuco? É bem pequena, admita-se, embora não impossível. Pelo menos não foi, quando nasceu Rogaciano Leite, no dia 30 de junho daquele ano. Quinze anos se arrastaram naquela cidade também conhecida por “Ventre Imortal da Poesia”, suscitando outra pergunta: o que poderia fazer naquele lugar modorrento o menino agora transformado em um rapazola magricelo? Fazer poesia, ora. Foi exatamente isso o que ele cuidou de fazer. E para dar início em grande estilo à carreira de poeta violeiro, desafiou, com apenas 15 anos de idade, recorde-se, o famoso e experiente cantador Amaro Bernardino. Ao final da cantoria conquistou o aplauso dos presentes, e sua fama começou a correr mundo, levando o dono com ela. No Rio Grande do Norte, ele fez uma sólida amizade com o poeta Manuel Bandeira, que lhe ensinou técnicas de poesia. Em Caruaru, apresentou um programa diário de rádio. Em Fortaleza, quem sabe em busca de uma vida mais segura para a família, tornou-se bancário, casou-se e teve seis filhos, cujos nomes, Rogaciano Leite Filho, Anita Garibaldi, Roberto Lincoln, Helena Roraima, Rosana Cristina e Ricardo Wagner muito dizem dos vultos que ele reverenciava. Em 1968 deixou o Brasil para cumprir uma temporada na Europa, deixando gravado em monumento da Praça de Moscou, na Rússia, seu poema Os Trabalhadores, um dos mais conhecidos de sua autoria, ao lado de Acorda, Castro Alves, Dois de Dezembro, Poemas Escolhidos e Eulália. Seu único livro editado, no entanto, é Carne e Alma, de 1950, prefaciado por Luís da Câmara Cascudo. Mas não foi só isso. O menino poeta cantador fez mais. Fez-se intelectual. Graduou-se em letras clássicas, advogou e como jornalista conquistou um cobiçado Prêmio Esso de Jornalismo, com reportagem sobre o Rio Amazonas. Mesmo assim, premiado com tanto sucesso, foi marcado pelo amargor, especialmente quanto à cidade em que nascera, que considerava ingrata. Basta dizer que um dia, em meio a um desafio com o conterrâneo Lourival Batista, ouviu dele estes versos acusadores: “Filho que fala da mãe,/Morrendo o diabo carrega!” A resposta foi pronta e à altura: De fato, caro colega, a sua razão não se some/ O diabo carrega o filho que da mãe manchar o nome/Mas também carrega a mãe que mata o filho de fome! Talento raro, na véspera do Natal de 1953, numa mesa de bar do Recife, bebia com o folclorista Aleixo Leite Filho que lhe propôs o tema “Na noite santa em que nasceu Jesus”. Ato contínuo, o poeta escreveu: Bebo. E, bebendo pela vida afora/Esqueço-me das mágoas torturantes/De hora em hora, de instantes em instantes,/De instantes, em instantes, de hora em hora./ Vejo as visões que já não tenho agora,/Visões e outrora que já vão distante./São fantasmas de amor extravagantes,/Extravagantes ilusões de outrora./ Bebo. E ninguém me culpe desse vício;/Se eu rolar, ou tombar no precipício,/ Conduzirei, sozinho, a minha cruz./ Porém, jamais, embora frente à taça/ Me esquecerei do amor, da luz, da graça,/Na noite santa em que nasceu Jesus. Rogaciano Leite morreu no Rio de Janeiro em 7 de outubro de 1969, mas voltou a Itaperim no documentário Reminiscência em Prosa e Versos em que seus contemporâneos contavam a história de sua vida. Entre eles estava Ariano Suassuna, com quem Rogaciano Leite fizera, nos anos 1940, o 1º Congresso de Cantadores Repentistas do Brasil. *Por Marcelo Alcoforado

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