Economia - Página: 23 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Economia

Oportunidades e desafios nos investimentos de descarbonização automotiva em PE

*Por Edgard Leonardo A Stellantis prevê investimentos da ordem de R$ 30 bilhões no Brasil para o período entre 2025 e 2030, destes, R$ 13 bilhões, 43% do total, deverão ser investidos diretamente na fábrica do grupo em Goiana, no estado de Pernambuco. Importante destacar que esse é o maior plano de investimentos já anunciado por uma montadora no Brasil e certamente com impacto significativo em nosso estado. A infraestrutura de recarga ainda é incipiente no Brasil e certamente isso contou na hora do grupo realizar seu planejamento estratégico, apontando na direção de investimentos em veículos híbridos e elétricos. Importante lembrar também que a montadora foi a primeira a lançar um carro com versão a álcool no Brasil, em 1979. O Fiat 147 Álcool foi lançado no contexto do Programa Nacional do Álcool (Proálcool) e desempenhou um papel crucial na popularização do etanol como combustível. O Brasil certamente é um país que apresenta uma vantagem competitiva em termos de descarbonização, pois tem a infraestrutura para etanol desde os anos 1980 e cultura de utilizar automóveis movidos a etanol ou flex, além do fato que nossa produção de etanol tem uma pegada de descarbonização maior que de outros países, pois no Brasil (ao contrario dos EUA) usamos biomassa para produzir a eletricidade e o calor necessário ao processo produtivo. Ao combinar a tecnologia dos carros flex associada aos motores elétricos, certamente a Stellantis está apostando na opção mais lógica.Para o Brasil como um todo temos um impacto positivo na manutenção do projeto do automóvel movido a etanol, uma solução mobilidade sustentável e que gera emprego e renda no país e, claramente, em nosso estado. Somos o segundo maior produtor mundial de etanol do planeta, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Outro ponto que merece destaque é a oportunidade para profissionais atuarem diretamente no que existe de mais moderno em termos de tecnologias do setor automotivo. Isso coloca o estado na frente e permite certamente o surgimento de uma nova geração de técnicos especialistas em automóveis elétricos/híbridos, seja pelos treinamentos oferecidos, seja pela atração de novos players pela oportunidade gerada em pesquisa e inovação nas universidades da região, além da própria atração de profissionais especializados. Isso acaba gerando maior difusão do conhecimento e qualificação da mão de obra. Importante que o estado possa finalizar o prometido anel viário que ajudaria a fabricante italiana a escoar sua produção local até o Porto de Suape, destacando que a contrapartida do estado para com a indústria está há pelo menos uma década atrasada. Melhorar a infraestrutura viária, facilitando o movimento não apenas das cargas, mas também das pessoas, certamente contribuirá para fixar os trabalhadores e as empresas fornecedoras e prestadoras de serviço em nosso estado. Estamos diante de uma ótima oportunidade para escolas técnicas e instituições de ensino superior, que precisam ofertar cursos na área de maneira a qualificar a oferta de mão de obra para o setor, lembrando que as oportunidades estão por toda a cadeia produtiva. Temos no estado, além de excelentes instituições de ensino, o Porto Digital, que possui uma miríade de empresas qualificadas e que certamente serão beneficiadas pelo direcionamento estratégico do polo automotivo como um todo. *Edgard Leonardo é economista e professor da Unit-PE

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Pernambuco garante investimento de mais de R$ 400 milhões para obras no Novo PAC Seleções

(Do Governo de Pernambuco) Durante participação na cerimônia de divulgação dos resultados do Novo PAC Seleções, nesta quarta-feira (8), em Brasília (DF), a governadora Raquel Lyra destacou os investimentos que o governo tem feito nas áreas de morros e encostas de Pernambuco. A gestora afirmou que todas as nove mil áreas de risco que existem no Estado têm sido mapeadas e monitoradas pela Defesa Civil estadual. Nesta nova fase do PAC, as novas cinco modalidades executadas pelo Ministério das Cidades somam R$ 18,3 bilhões em investimentos: Prevenção a Desastres Naturais: Contenção de Encostas; Abastecimento de Água – Rural; Periferia Viva - Urbanização de Favelas; Regularização Fundiária; e Renovação de Frota. As obras em Pernambuco somam R$ 418 milhões. "Nós apresentamos projetos da ordem de R$ 360 milhões daquilo que é essencial para Pernambuco, dos quais R$ 100 milhões para morros e encostas estão sendo contemplados pelo Novo PAC. Esse valor se soma aos investimentos que estão sendo aplicados pelo Governo do Estado, como por exemplo em Jardim Monte Verde, em Jaboatão dos Guararapes, que foi contemplado com R$ 60 milhões pelo PAC e já tem R$ 48,9 milhões licitados pelo Estado. Estamos comprometidos com a reestruturação da Defesa Civil, mapeando as áreas de risco para garantir mais qualidade de vida à população que vive na periferia, nos morros e encostas de Pernambuco. Agradeço ao governo federal pela capacidade de trabalhar junto conosco para superar as desigualdades", destacou Raquel Lyra, que prestou solidariedade ao estado do Rio Grande do Sul e a todos os gaúchos afetados pelas chuvas. Ao todo, o Governo de Pernambuco submeteu 80 propostas para o programa: Abastecimento de Água Rural (38); Regularização Fundiária (25); Prevenção de Desastres - Contenção de Encostas (13); e Urbanização de Favelas (04).  O presidente Lula afirmou que o governo federal tem atuado na questão ambiental. "Nós, quando anunciamos investimentos em obras nas encostas, estamos evitando que as pessoas morram em deslizamentos de terra. Assim como o financiamento em tratamento de esgoto significa cuidar da saúde e da qualidade de vida de toda a população. O desastre que tem acontecido no Rio Grande do Sul é uma demonstração de que o planeta está cobrando e ainda temos tempo para reverter o que temos visto por todas as regiões do país", afirmou. O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o Novo PAC Seleções tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida na cidade e também da população que vive no campo. "Nestas novas modalidades, as seleções priorizaram os cenários adversos da emergência climática. Pela primeira vez, estamos tratando do abastecimento de água rural, questão diretamente ligada aos eventos climáticos. Iremos atender as famílias afetadas pela seca, sobretudo no Nordeste, com importantes adutoras que irão democratizar o acesso à água tanto nos centros urbanos quanto nas áreas rurais da região", disse.

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Desemprego de jovens negras é 3 vezes superior ao dos homens brancos

(Da Agência Brasil) Em 2023, as jovens mulheres negras de 18 a 29 anos tiveram uma taxa de desemprego três vezes maior que a dos homens brancos no Brasil. Quando empregada, a juventude feminina negra tem uma renda 47% menor que a da média nacional e quase três vezes menor que a dos homens brancos. Além disso, as mulheres negras de 14 a 29 anos dedicam quase o dobro de horas aos afazeres domésticos quando comparado à media dos homens negros e brancos. A comparação foi realizada pela organização Ação Educativa, a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2023, e publicada no relatório Mude com Elas, divulgado nesta quarta-feira (8). A jovem negra Pamela Gama, de 26 anos, contou que vive na pele o que os números divulgados pela pesquisa evidenciam. Moradora da zona leste de São Paulo, Pamela decidiu retirar do currículo o link de uma rede social de empregos onde havia uma foto dela, na tentativa de ser chamada para mais entrevistas. “Eu coloquei o link do meu perfil e depois tirei porque eu não estava recebendo tantos convites para fazer entrevistas. Então eu pensei se não era melhor eu tirar, sabe?”, revelou a jovem formada em relações públicas, acrescentando que melhorou “um pouco” a convocação para entrevistas depois da mudança. Pamela trabalha desde os 19 anos e hoje atua em uma empresa na área de comunicação. De acordo com o projeto Mude com Elas, enquanto as jovens mulheres negras registraram, em 2023, uma taxa de desemprego de 18,3%, os homens brancos tiveram uma taxa de 5,1%. O desemprego geral do país terminou 2023 em 7,4%. Já o salário médio da população no ano passado foi R$ 2.982, enquanto o das jovens negras foi de apenas R$ 1.582. Se comparado com homens brancos, a diferença salarial é ainda maior. Como a renda média desse grupo foi R$ 4.270 em 2023, ela é 2,7 vezes maior que a das jovens mulheres negras. Pamela contou que conhece pessoas que recebem mais, apesar de mesma idade e formação semelhante. “Tem rapazes, até mesmo alguns conhecidos, que estão na mesma idade que eu e que ganham muito mais. Então, assim, eu sinto essa dificuldade até mesmo de me recolocar no mercado para procurar novas oportunidades”, afirmou. A informalidade também atinge mais as jovens negras, que registraram 44% com carteira assinada, porcentagem similar a dos jovens negros (43,3%). Já os jovens brancos, tanto mulheres quanto homens, ficaram em torno de 50% com carteira assinada (50,3% para jovens brancos e 49,8% para jovens brancas). Além da menor renda e do maior desemprego, o trabalho doméstico sobrecarrega as jovens negras de 14 a 29 anos que dedicam 22 horas, por semana, aos afazeres domésticos. Enquanto isso, a média dos homens negros e brancos é de 11,7 horas na semana. A jovem Pamela Gama conta que ajuda nos afazeres domésticos desde adolescente e que hoje se sente sobrecarregada porque o marido trabalha fora de casas e ela em teletrabalho. “Eu faço o trabalho e tenho que conciliar organizando a minha casa. Eu falo que eu tenho dois serviços”, completou. “O estudo mostra que, desde a pandemia, as condições de trabalho melhoraram, mas ainda assim, o Brasil não tem políticas públicas específicas para as jovens negras nem tampouco as empresas possuem um olhar direcionado a essas mulheres, que são frequentemente preteridas em processos seletivos”, afirmou a pesquisa. O grupo das jovens negras também chega menos ao ensino superior no Brasil. Enquanto as jovens brancas frequentando ou concluindo o ensino superior, em 2023, chegavam a 39,8% do total, as jovens negras na mesma situação eram apenas 23,4% do total. Herança escravocrata A pesquisadora Andreia Alves, advocacy do projeto Mude com Elas, destacou que existe uma cultura que coloca a juventude nos espaços mais precários do mercado de trabalho. Porém, há um agravamento desse quadro quando se considera raça e gênero. “É muito comum mulheres jovens negras que conseguem chegar a ocupar esse mercado de trabalho formal estarem em áreas que, na verdade, não vão aproveitar toda a sua capacidade. Então, normalmente, ela vai ocupar as piores áreas, os piores cargos, diferentes de pessoas não negras”, destacou. Andreia Alves acrescentou que há uma herança, que vem do período escravocrata, que costuma colocar as jovens mulheres negras fora do mercado de trabalho, ocupando-as com o trabalho doméstico. “Normalmente, os lugares onde essas mulheres moram são lugares muito distantes dos locais de trabalho. Então, essas jovens mulheres negras acabam sendo obrigadas a submeter aos cuidados, a fazer da casa, cuidar da alimentação e cuidar dos irmãos menores, porque os adultos da casa são também desses lugares de trabalho distantes”, completou. Para Alves, o fundamental é ouvir esse público antes de construir políticas que minimizem essa desigualdade no mercado de trabalho. A especialista acrescenta que o aumento da educação formal superior de mulheres negras nos últimos anos não tem se refletido em mais espaço no mercado de trabalho.  “Nos últimos 10 anos as mulheres negras ocuparam as universidades e têm se formado, têm se demonstrado, têm se estruturado, mas isso não tem sido suficiente para fazer modificações significativas no mercado de trabalho. Principalmente quando a gente fala sobre ocupação de cargos de liderança”, completou.

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

(Da Agência Brasil) Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz. De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.     "O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores", explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário. "Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação", acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado. Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. "Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável", garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro. Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária. O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

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Novo ciclo de investimentos do pólo automotivo acelera transição energética em Pernambuco

*Por Rafael Dantas Pernambuco pegou o “último carro” movido a combustíveis fósseis quando recebeu recursos bilionários para erguer o Polo Automotivo em Goiana, há quase uma década. No final de abril, a Stellantis, empresa âncora do cluster, anunciou um novo aporte de R$ 13 bilhões. O ciclo de investimentos atual aponta para a estruturação de uma plataforma de veículos híbridos e elétricos. Mais que produzir um bem industrial com alto valor agregado, o empreendimento coloca o Estado como um dos protagonistas no processo de descarbonização da frota no País. O movimento da empresa – e das dezenas de fornecedores que virão a reboque – promete abrir oportunidades para o desenvolvimento tecnológico local nessa cadeia que tem movido corporações globais para reduzir as emissões de carbono nos transportes. O Polo de Goiana receberá nada menos que 43% dos aportes do novo ciclo de investimentos da Stellantis para a América do Sul. Emanuele Cappellano, presidente da corporação para o continente, destacou que a empresa tem a expectativa de fechar esse ciclo com 100 fornecedores instalados no Estado até 2030. Atualmente 38 empresas integram o parque de fornecedores do setor em Pernambuco. “Desde que iniciamos as operações no Polo Automotivo Stellantis de Goiana, em abril de 2015, queríamos deixar um legado e fazer parte da trajetória de desenvolvimento de Pernambuco. Agora, nove anos depois, estamos novamente fazendo história ao anunciar mais um ciclo de investimentos de R$ 13 bilhões. Esse valor será direcionado para renovar nossa linha de produtos, desenvolver novas tecnologias, atrair fornecedores e gerar novos empregos”, destacou o executivo da empresa âncora do cluster. O anúncio não trouxe muitos detalhes desse investimento, especialmente sobre os novos modelos que serão fabricados em Goiana. Mas independente dos carros que sairão do polo automotivo, a informação de que o parque industrial produzirá veículos híbridos e elétricos é a informação que coloca Pernambuco num patamar estratégico. “Os investimentos anunciados pelo Stellantis, embora vultosos, não estão alocados apenas na expansão da capacidade produtiva mas, principalmente, no investimento em inovação, no desenvolvimento de novos produtos e, sobretudo, no processo de descarbonização. Isso tem impacto direto em toda a cadeia produtiva automotiva e gera também um efeito de liderança econômica. É exemplo para que outras indústrias possam vir a aderir a esse movimento", destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. Em sintonia com o anúncio, Guilherme lembra que o Estado lançou há poucos meses o PerMeie (Plano Pernambucano de Mudança Econômico-Ecológica). A iniciativa defende a chegada de investimentos sustentáveis por parte do setor privado mas, também, induz os aportes públicos na transição para o desenvolvimento de um tecido econômico que respeite o meio ambiente. Entre os esforços, o secretário destaca as iniciativas para tornar Suape um porto de carbono neutro. Para se ter uma ideia do volume de investimentos que essa transição do setor automotivo representa no Brasil, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) estima aportes entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões apenas em pesquisa e desenvolvimento nos próximos cinco anos. A medida é uma exigência para cumprir as obrigações impostas pelo programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) do Governo Federal para garantir incentivos fiscais. A tendência, no entanto, é no mundo todo e está sendo acelerada pela evidência do agravamento do aquecimento global e das mudanças climáticas. DESAFIOS PARA APROVEITAR AS OPORTUNIDADES Os bilhões de investimentos representam um grande pontapé inicial para Pernambuco avançar na cadeia industrial da descarbonização. “A disponibilização do investimento de R$ 13 bilhões na fábrica de Goiana vai trazer um grande ganho para a produção industrial de Pernambuco. Primeiro, a indústria automotiva local tem a grande oportunidade de se destacar como um polo de produção de veículos mais sustentáveis, contribuindo para a redução da emissão de poluentes e para a transição para uma economia mais verde. Como esse investimento visa à descarbonização, acaba abrindo portas para parcerias com outras empresas especializadas em tecnologias limpas e também pode colocar Pernambuco no mapa da indústria automotiva global”, avaliou o economista da Fiepe, Cezar Andrade. Com as altas expectativas da corporação para os próximos cinco anos, Cezar projeta para Pernambuco uma oportunidade de atrair mais empresas para se instalarem no Estado. “Nos próximos anos provavelmente haverá um boom no setor, com um crescimento grande na produção industrial de Pernambuco. Veremos a indústria pernambucana produzindo automóveis mas, também, teremos a produção desses vários fornecedores. Então, na minha opinião, o grande ganho da indústria pernambucana é justamente esse", completou o economista da Fiepe. O aporte da montadora revela a expectativa da vinda de uma cadeia de fornecedores nos próximos cinco anos. Diante do provável aumento da oferta de novos postos de trabalho e da chegada de novas empresas, a abertura de vagas deve acelerar os esforços em formação profissional. “Oportunidades de emprego para a região, mais oportunidade de desenvolvimento industrial mas, também, na parte de comércio e de serviços para Pernambuco. Além do que, deverá trazer uma vantagem competitiva, uma vez que será um dos primeiros Estados a produzir veículos com uma matriz energética mais limpa do que é produzido até então”, afirmou Cezar. OPORTUNIDADES PARA O PORTO DIGITAL Além da expansão direta em Goiana e da Mata Norte Pernambucana, sede industrial Stellantis em Pernambuco e dos principais sistemistas, o atual ciclo de investimentos interessa muito também ao Recife. É na capital pernambucana onde está instalado o Software Center da multinacional, dentro do território do Porto Digital. Mesmo antes do Next Level, vários modelos de carros fabricados pela empresa no Brasil e no exterior já utilizavam aplicações de software de propulsão de combustão desenvolvidas e validadas made in Recife. Com os novos investimentos, o Software Center, que é o único da corporação na América do Sul, promete ampliar sua competência para atender os veículos eletrificados. “A nossa perspectiva é de aumento das atividades unidade de software que a empresa tem aqui no Porto Digital. E temos muito orgulho em saber que os produtos feitos aqui atendem o mundo todo”, afirmou Pierre Lucena, presidente do Porto Digital. Ele ressalta que

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Pernambucanos já investiram R$ 1,9 bilhão em geração própria de energia solar

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Foto voltaica o acumulado investimentos em geração distribuída em Pernambuco ultrapassam impressionantes R$ 1,9 bilhão. O Estado agora ostenta uma potência instalada de 873,2 megawatts (MW), distribuídos em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Com mais de 83 mil conexões solares em domicílios e empresas, Pernambuco atende a mais de 146 mil unidades consumidoras em toda a região. O desempenho sinaliza o interesse da população na modalidade. Produtores rurais do Sertão ganham selo de inspeção sanitária municipal Produtores rurais que atuam nas regiões dos Sertões Central, Araripe e do São Francisco receberam nesta semana uma importante conquista: o Serviço de Inspeção Sanitária Municipal (S.I.M). Esse serviço emite um selo que atesta as boas condições sanitárias da produção, abrindo portas para o acesso a novos mercados. Essa iniciativa é resultado de uma parceria entre o Consórcio Público Intermunicipal do Sertão do Araripe Pernambucano (CISAPE) e o Sebrae/PE. O selo permite que os produtores rurais ingressem em mercados institucionais, como prefeituras e universidades, que exigem certificação de boas condições sanitárias na produção. No entanto, a implementação de um S.I.M representa um custo elevado quando feito individualmente. Neste momento, tornou-se viável graças aos esforços conjuntos dos 13 municípios do consórcio, com o apoio do Sebrae/PE por meio do Programa Líder Sertão Araripe. Esse programa mobiliza os setores público, privado e a sociedade civil organizada para promover o desenvolvimento territorial. Pitú projeta crescimento no mercado nacional A Pitú visa expandir ainda mais a sua presença nas demais regiões, além do Nordeste, e uma das ações será marcar presença em mais uma edição da Apas Show, maior feira de alimentos, bebidas e supermercadistas do País, que acontece neste mês. A cachaça ria pernambucana, hoje, já tem um mercado forte em São Paulo, ampliando também a cartela de clientes para outros Estados do Sudeste e Centro-Oeste.

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Com alta da dengue, setores econômicos de Pernambuco podem perder R$ 84,5 milhões

Até a 15ª semana de abril, o impacto na produtividade das indústrias de transformação já atingia a marca de R$ 35,5 milhões, e o absenteísmo já estava sendo identificado no chão de fábrica. Foto: Freepik Neste ano, o crescimento dos registros de dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em Pernambuco não apenas prejudica a saúde de muitos habitantes, mas também causa impactos significativos nas operações industriais do Estado. Segundo um estudo realizado pela Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), o prejuízo financeiro já atingiu a marca de R$ 35,5 milhões. Caso a tendência de aumento de casos persista, estima-se que a produtividade de todos os setores econômicos do Estado - indústria, comércio e serviços - sofrerá um impacto ainda mais severo, alcançando um total de R$ 84,5 milhões. Pernambuco figura entre os cinco estados com uma tendência crescente de casos, conforme dados do Ministério da Saúde. De acordo com o economista da FIEPE, Cézar Andrade, a incidência das arboviroses tem sido uma preocupação constante para as indústrias. “É que, com os casos, as empresas vêm enfrentando desde o aumento do absenteísmo devido às licenças médicas até a redução da eficiência do trabalho, em razão dos sintomas causados por essas doenças”, analisou.  Segundo os dados levantados, os empresários foram consultados sobre o principal impacto em suas indústrias, e os resultados foram os seguintes: 45,56% mencionaram a queda na produção como o principal impacto; 34,44% precisaram realocar sua mão-de-obra; enquanto 15,56% tiveram que arcar com horas extras para compensar o afastamento de colaboradores devido às doenças. Apenas 4,44% dos empresários industriais afirmaram a necessidade de novas contratações. Quanto às ausências dos trabalhadores, o estudo revelou um índice de absenteísmo de 8,34%, com uma perda média de produção de R$ 2.012,71 por trabalhador afastado devido às arboviroses, considerando um período de sete dias de afastamento. Além disso, quase 73% dos empresários entrevistados relataram ter empregados afetados por alguma doença transmitida pelo Aedes aegypti. Diante desse quadro, Fernanda Guerra, diretora de Saúde e Segurança da Indústria do SESI-PE, enfatiza a importância do diagnóstico precoce da dengue, chikungunya e zika, visando o tratamento imediato adequado para cada enfermidade. Ela destaca que os colaboradores podem confundir os sintomas com um simples resfriado ou virose, o que poderia mascarar um possível foco de dengue dentro da empresa. “Para isso, o SESI-PE, que integra o Sistema FIEPE, oferece exames de diagnóstico. Com a identificação da doença, o funcionário se trata da forma adequada e volta a trabalhar mais rapidamente, diminuindo o índice de absenteísmo e evitando o comprometimento da produtividade das indústrias”, explica. Além disso, Fernanda destaca que o SESI-PE também oferece um canal de telemedicina, desenvolvido pelo SESI Nacional, para atender os trabalhadores da indústria e seus dependentes que suspeitam estar com dengue. Os trabalhadores que apresentarem sintomas da doença podem acessar assistência e orientações em saúde especializada através do WhatsApp (61) 3317-1414.

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Cerca de 60% dos recifenses pretendem comprar presentes para o Dia das Mães

Pesquisa da Unifafire inidica que os itens mais procurados devem ser produtos de moda, roupas e calçados. Foto: Lucas Costa (Divulgação) O Dia das Mães, muitas vezes chamado de Natal do primeiro semestre, está se aproximando e é aguardado com grande expectativa pelo comércio varejista. Este ano, as perspectivas são mais otimistas em comparação com o ano passado, quando diversos fatores, como inflação, incerteza política e altas taxas de juros, tiveram um impacto negativo no consumo. Espera-se que a data impulsione um aumento nas vendas e contribua para o crescimento do setor em maio. De acordo com dados recentemente divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de negócios deve ser 3,5% maior do que no ano passado, alcançando um valor total estimado em R$ 13,2 bilhões. De acordo com a CNC, os itens de calçados, roupas e acessórios devem ser os mais procurados, representando 40% das vendas na data. Esses resultados são consistentes com os achados de uma pesquisa inédita conduzida pelo Núcleo Fafire Inteligência de Mercado do Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFAFIRE), que analisou o perfil de consumo dos recifenses na compra de presentes para o Dia das Mães. O estudo, realizado com 750 entrevistados em vários locais da Região Metropolitana do Recife, como Derby, Boa Vista e Jaqueira, revelou que 57,2% dos recifenses pretendem comprar presentes para suas mães. A maioria desses entrevistados, aproximadamente 60,14%, planeja gastar mais de R$ 100 com o presente. Presentes mais procurados Quanto aos tipos de presentes preferidos, a pesquisa indica um equilíbrio entre produtos de moda, roupas e calçados (28,50%), seguidos por produtos de beleza (23,83%). É interessante notar que 28,75% dos entrevistados na Região Metropolitana do Recife que planejam presentear ainda não decidiram qual presente comprar, o que provavelmente resultará em um aumento na busca por presentes nas vésperas do dia comemorativo. Investimento estimado para o presente A pesquisa realizada pela UniFAFIRE levou em consideração as intenções de compra, os valores investidos e os tipos de presentes preferidos. É importante destacar que a maioria dos respondentes é do sexo feminino. Além disso, uma parcela significativa dos entrevistados recebe até dois salários mínimos, o que reflete uma parte considerável da população pernambucana. Quanto ao valor a ser investido nas compras, foram estabelecidas faixas que contemplassem as diversas necessidades dos consumidores. A faixa mais baixa compreende valores de até R$ 50, seguida por uma faixa intermediária entre R$ 50 e R$ 100, e a faixa mais alta destinada a valores acima de R$ 100. João Paulo Nogueira, gestor financeiro e coordenador do Núcleo Fafire Inteligência de Mercado "De uma maneira geral, nossa avaliação está alinhada com o estudo divulgado pela CNC, já que o número de pessoas indecisas, ou seja, que ainda não sabem o que vão comprar, foi de 11,6% do total dos entrevistados. O que significa dizer que se excluirmos os indecisos, os  itens de calçados, roupas e acessórios fica com 37,2%, número bem próximo aos 40% da expectativa de vendas da Confederação Nacional do Comércio para o período".

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Governo do Estado cria o PE Produz Polo de Confecções

A governadora Raquel Lyra sancionou a Lei 18.531, que estabelece o Programa de Desenvolvimento do Polo de Confecções do Agreste - PE Produz Polo de Confecções, nesta sexta-feira (3). A nova política, publicada na edição de sábado (4) do Diário Oficial, visa à aquisição pelo Governo do Estado de fardamentos e determinados tipos de materiais escolares das empresas da área têxtil da região. Com a promulgação da legislação, o Poder Executivo Estadual poderá, por meio do Edital de Chamamento Público para os credenciamentos, reservar 50% do total de itens a serem adquiridos para aquisição preferencial de microempresas e empresas de pequeno porte do Polo de Confecções do Agreste. Além disso, será facultada a apresentação da certidão de regularidade fiscal estadual somente no momento da efetiva contratação. O programa sancionado visa alcançar diversos objetivos, tais como: reduzir as desigualdades sociais e regionais por meio do desenvolvimento econômico e sustentável; fomentar as atividades nos arranjos produtivos das áreas têxtil e de confecções da região; e incentivar a formalização e/ou regularização das Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) estabelecidas na região, contribuindo para a arrecadação de impostos. O PE Produz Polo de Confecções considera as empresas com matriz estabelecida nas cidades da Região de Desenvolvimento Agreste Central - RD 08 e da Região de Desenvolvimento Agreste Central - RD 09. Essas áreas incluem uma série de municípios que abrangem desde Agrestina até Tacaimbó, e de Bom Jardim até Vertentes, respectivamente. O Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco conta com mais de 2 mil empresas formalizadas, responsáveis pela produção de cerca de 50 milhões de peças anualmente. O destaque deste complexo é a presença significativa de pequenos e médios produtores, proporcionando um equilíbrio mais justo na distribuição de renda e um ambiente propício para o empreendedorismo e o surgimento de novos negócios. Raquel Lyra, governadora de Pernambuco "Esse projeto foi pensado para impulsionar o Polo de Confecções do Agreste e toda região no entorno, permitindo que a economia circule em todo Estado, com geração de emprego e renda e fornecendo aos alunos materiais de qualidade com preço justo. Agora, diversos itens usados pelos estudantes na rede estadual de ensino serão produzidos por empreendedores do interior de Pernambuco ou instalados lá, beneficiando o desenvolvimento econômico da nossa gente".

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Dias das Mães: bares e restaurantes esperam aumento de 20% nas vendas

(Da Agência Brasil) O Dia das Mães, que será comemorado no próximo dia 12, está animando os empresários do setor de bares e restaurantes do país, após um pior momento, atingido em fevereiro, quando 31% das empresas funcionaram no vermelho, com dívidas acumuladas, e 69% operaram sem lucro. “O setor está muito animado porque o Dia das Mães é o segundo melhor dia do ano. Só perde para o Dia dos Namorados”, confirmou à Agência Brasil o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci. O primeiro trimestre não foi bom como o setor esperava, mas houve recuperação a partir de março. “Agora, as empresas estão animadas para o Dia das Mães. Quatro em cada cinco empresários estão esperando um ano melhor do que no ano passado. A maioria, ou seja, 60%, já acham que o crescimento vai ser acima de 20% em relação a igual data comemorativa de 2023. A turma está bem animada com o Dia das Mães. As consequências disso são muito positivas. Reduz a situação dura que está todo mundo enfrentando”, disse Solmucci. Como o movimento esperado é muito acima do normal, há aumento de contratações pelos estabelecimentos. De acordo com pesquisa divulgada pela Abrasel e realizada com 3.069 empresários, entre os dias 22 e 29 de abril, 77% dos estabelecimentos estão planejando abrir as portas no segundo domingo de maio (12). Desses, 78% esperam superar o faturamento do ano anterior, com a maioria (62%) projetando aumento de até 20%. “Está todo mundo querendo aproveitar esse dia, que é muito especial”, comentou Paulo Solmucci. Recuperação A sondagem comprova a recuperação gradual do setor, que experimentou redução nos prejuízos e melhoria nas vendas, no último mês de março. Em fevereiro, eram 31% das empresas operando no vermelho; em março, esse índice caiu para 25%. Tiveram lucro 35% e 40% mantiveram-se equilibradas. O indicador de empresas que não fizeram lucro caiu de 69% para 65%. “O melhor é que caiu mais naqueles que estavam tendo prejuízo”, disse Solmucci. O aumento nas vendas foi de 5,2% em março, em comparação a fevereiro: 52% das empresas confirmaram que o faturamento foi maior que no mês anterior, contra 22% que afirmaram que as vendas caíram. O presidente da Abrasel afirmou que o setor de bares e restaurantes tem dificuldade de repassar preços da inflação “até porque o consumidor também está apertado”. De acordo com a pesquisa, cerca de 57% dos entrevistados não conseguiram acompanhar o aumento inflacionário, que foi 1,42% no primeiro trimestre deste ano. Desse total, 40% não conseguiram reajustar seus preços de cardápio, 17% fizeram ajustes abaixo da inflação, 34% conseguiram aumentar os preços conforme a inflação e apenas 9% ajustaram acima do índice. O setor registrou no período um dos maiores aumentos de salários em termos reais, isto é, descontada a inflação, da ordem de 4,7%. “O setor teve que aumentar os salários em termos reais para atrair mão de obra e reter, ao mesmo tempo que a gente está tendo dificuldade em repassar o preço para o consumidor. Por isso, as margens (de lucro) estão espremendo”, explicou. Desafio O grande desafio, segundo o presidente da Abrasel, diz respeito à mão de obra. “Está muito difícil. Nós promovemos um dos maiores aumentos de salário no país, no ano passado, e tivemos aumento de alimentos forte no início deste ano, além de uma dificuldade enorme de repassar a inflação média para o cardápio. Isso está comprometendo a rentabilidade do setor, que continua buscando a luz no fim do túnel, mas está muito apertado, desta vez por conta de aumento real de salário”. Solmucci destacou que, quando os empresários não conseguem repassar a inflação e o aumento salarial para os preços no primeiro momento, isso acaba diminuindo a margem “de um setor que tem margem muito apertada”. Para o ano, Paulo Solmucci acredita que o setor terá crescimento real de 3%, que é pelo menos 50% acima do que o país deve crescer. Salientou que a grande interrogação dos empresários é conseguir repassar o aumento de preços diante da pressão dos alimentos e do custo de mão de obra. Sob o ponto de vista do faturamento, reafirmou o otimismo do setor. “O pior momento já passou”. O endividamento, entretanto, continua em patamar elevado, com 40% das empresas apresentando pagamentos em atraso. Entre esses, 68% devem impostos federais, 46% devem impostos estaduais, 38% têm parcelas de empréstimos bancários em atraso, 29% devem encargos trabalhistas ou previdenciários e 27% estão em débito com serviços públicos como água, gás ou energia elétrica.

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