Entretenimento – Página: 7 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

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Orquestra Criança Cidadã apresenta 2º recital em homenagem aos professores

A Orquestra Criança Cidadã aponta, mais uma vez, os holofotes a seus mestres, no segundo recital online protagonizado por integrantes de seu corpo docente. A apresentação irá ao ar na próxima quarta-feira, dia 21 de outubro, às 20h, no canal da OCC no Youtube. Após a performance de professores de instrumentos de sopro, na semana anterior, agora o destaque são os de instrumentos de cordas. Primeiro, com os irmãos e violoncelistas Davi Christian e Diógenes Santos – antigos alunos do Núcleo do Coque e hoje monitores dos núcleos de Igarassu e do Ipojuca, respectivamente –, e, na sequência, com o violinista Gilson Filho, um dos atuais coordenadores pedagógicos do projeto. Davi Christian será responsável por interpretar o primeiro movimento, “Prelúdio-Fantasia”, da “Suíte para violoncelo” do compositor catalão Gaspar Cassadò. Já Diógenes Santos tocará o quarto movimento, “Sarabanda”, da “Suíte nº 2, em ré menor, BWV 1008”, de Johann Sebastian Bach. A apresentação de Gilson Filho, coordenador pedagógico do Núcleo do Coque, será a elaborada versão para violino do “Carinhoso”, de Pixinguinha, escrita pelo maestro e violinista Cussy de Almeida (1936-2010). Gilson conta que conheceu Cussy de Almeida em 2006 e este o convidou a ser seu aluno particular de violino. “No primeiro dia de aula, ele me presenteou com um livro contendo algumas músicas que eu deveria preparar em dois meses, entre elas o arranjo do ‘Carinhoso’, que era extremamente difícil de ser tocado, tecnicamente falando. Acabou se tornando uma das minhas músicas favoritas”, conta. Para Gilson, o contexto histórico e sentimental da peça vem à tona cada vez que ele a executa. “Me sinto lisonjeado em ter tido a oportunidade de aprender esta música com o próprio arranjador, sem falar que professor Cussy foi um dos responsáveis pela minha formação e iniciação musical, afinal ele idealizou o projeto social Suzuki do Alto do Céu, no bairro de Água fria, onde eu iniciei a minha trajetória. De todas as vezes que apresentei este virtuoso arranjo, sem dúvida a mais marcante foi no dia da inauguração da Orquestra Criança Cidadã”, recorda. “Naquele dia, eu consegui mostrar para todos os meninos que se tornariam meus alunos, que a música pode, sim, transformar vidas, assim como transformou a minha”. A transmissão dos concertos via internet é uma das maneiras de a Orquestra Criança Cidadã demonstrar gratidão aos seus mestres pelo importante papel desempenhado neste período de pandemia e ainda, com o incentivo da Caixa, levar ao público o trabalho do projeto, enquanto as opções de apresentações presenciais se mantêm restritas. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. SERVIÇO [MÚSICA] Recital online – Homenagem aos Professores da Orquestra Criança Cidadã – parte 2 Local: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada) Data: 21 de setembro de 2020 (quarta-feira) Horário: 20h Duração: 15 minutos Classificação: Livre Patrocínio: Caixa e Governo Federal

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A Revolução de 30 do ponto de vista nordestino

Até parece obra de ficção o drama de João Pessoa, assassinado pelo adversário político João Dantas, que foi morto na Casa de Detenção do Recife; e a morte de João Suassuna, acusado de cumplicidade no homicídio do então governador da Paraíba, vice na chapa de Getúlio Vargas à presidência da República pela Aliança Liberal. Os desdobramentos deste episódio levaram à deflagração da Revolução de 30, movimento que neste mês completa 90 anos. Oportunamente, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) publica Três homens chamados João ? Uma tragédia em 1930, da escritora Ana Maria César. O lançamento será nesta quinta-feira, dia 22, às 17h30, no canal da Cepe no YouTube, com bate-papo entre a autora e o editor Diogo Guedes. O livro traz um novo foco sobre o mais importante movimento revolucionário brasileiro, ratificando historicamente a vocação libertária de Pernambuco, que protagonizou a Revolução Pernambucana de 1817, a Convenção do Beberibe, a Confederação do Equador e a Revolução Praieira. Para escrevê-lo foram necessários quatro anos de dedicação ao tema, obedecendo à precisão historiográfica. Na pesquisa, a autora privilegiou os jornais locais a fim de captar o entusiasmo, a comoção, o desvario do povo vivendo um novo momento. Além da perspectiva nordestina da história, e da sacada dos três homens chamados João, um importante diferencial do livro está na riqueza da linguagem narrativa, que se assemelha ao que há de melhor em estilo literário. Essas características, aliadas à capacidade imagética da escritora, conduzem o leitor ao ambiente da época. É como se a própria Ana Maria tivesse vivido os acontecimentos de então. O teor passional e trágico dos acontecimentos também permitiram à autora uma construção mais despojada. Algumas vezes até mesmo poética. “Chego a ver o tumulto da Rua Nova na tarde de 26 de julho (data do assassinato de João Pessoa). Percebo a agonia de Augusto Caldas (preso injustamente com o cunhado João Dantas) na Casa de Detenção. Sinto o vento que dança nos cabelos de Ritinha (Rita de Cássia Dantas Villar, mãe do escritor Ariano Suassuna), no Porto do Recife, se despedindo de João Suassuna (que foi à capital, Rio de Janeiro, provar sua inocência, e lá foi morto). Ouço o martelar da máquina de escrever de João Dantas em Olinda, escrevendo mais um artigo contra João Pessoa. Acompanho a trajetória de desespero de Anayde Beiriz até o momento final. E então escrevo. Porque o que sou mesmo é escritora”, define-se Ana Maria. A fim de apreender armas e munições que pudessem ser usadas numa possível revolta, João Pessoa mandou a polícia revistar as casas dos suspeitos. No dia 10 de julho de 1930 invadiram o escritório do advogado e jornalista João Dantas. Embora a polícia não tenha encontrado armamento, com a intenção de desmoralizar e atingir a honra de João Dantas, o jornal estatal A União iniciou a publicação dos papéis ali apreendidos, cartas e telegramas de familiares e correligionários, peças de processos de constituintes, promissórias, um diário, “confidência da mais repugnante politicagem”, alardeava a folha. E no dia 26 de julho, o advogado entrou na Confeitaria Glória, no Recife, onde o presidente da Paraíba se encontrava, e matou João Pessoa com três tiros de revólver. A comoção popular levou ao movimento armado em 3 de outubro, considerado vitorioso em 24 de outubro. Fascinada pela história, a escritora recifense ressalta a ancestralidade paraibana e sertaneja. “Meus pais eram fervorosos adeptos da Aliança Liberal. Quando eu tinha 12 anos, na Praça João Pessoa, meu pai narrou para mim a Revolução de 1930. Claro que não lembro nada do que ele disse, mas possivelmente aquela narrativa ficou no meu inconsciente como uma epopeia do nosso povo. Agora me sinto em paz. É como se tivesse cumprido um pacto, contar a história do ângulo dos nossos dois Estados”, destaca Ana Maria. No prefácio, a professora e escritora pernambucana Margarida Cantarelli, ocupante da cadeira 9 da Academia Pernambucana de Letras, diz que muito já se escreveu sobre a Revolução de 30, mas que a autora conseguiu ir além do que já foi produzido sobre o tema. “Ana conseguiu trazer fatos e interpretações novos ao que se supunha definitivamente esclarecido ou adormecido”, diz. Sobre o teor dramático da história e sua semelhança com a ficção, a acadêmica lembra o filme da cineasta Tizuka Yamasaki, Parahyba Mulher Macho. Em 1983, quando Margarida era chefe da Casa Civil do Governo de Pernambuco, presenciou algumas cenas gravadas nas dependências do Palácio do Campo das Princesas. No elenco, Tânia Alves, como Anayde; Walmor Chagas protagonizava João Pessoa; e Cláudio Marzo, João Dantas. DESTAQUE “O subtítulo do livro – uma tragédia em 1930 revela o que penso do assassinato dos três homens chamados João. Nessa trajetória, me irmanei com o drama dos personagens e, sobretudo, com o povo, em seu entusiasmo mais verdadeiro e em sua comoção mais aterradora”, ressalta a autora. Alguns capítulos foram reticulados, a pedido da escritora, para diferenciá-los dos demais, que tratam de política, dissenções partidárias, processos judiciais. Nesses, cujas páginas receberam uma cor acinzentada, Ana Maria descreve as tragédias, individuais ou coletivas. Optou por enumerar os 40 capítulos nos quais usa epígrafes e frases icônicas tomadas de empréstimo a personagens do livro para servir de abertura de cada capítulo. Em relação à figura de Anayde, Ana Maria conta que pouco se sabia a seu respeito, apenas que havia morrido no Asilo Bom Pastor, no Recife, após ingerir veneno. “Falava-se de uma carta que teria endereçada à mãe, antes de morrer, mas que havia desaparecido. No entanto, ao tomar conhecimento do meu trabalho, Margarida Cantarelli disse que o inquérito sobre a morte de Anayde, inclusive a carta que escrevera à mãe, encontravam-se no cofre do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco. A importância desses documentos é trazer à luz da História um fato novo, até então desconhecido, prova de que a História não tem ponto final”, destaca a autora de Três homens chamados João – Uma tragédia em 1930. SOBRE A AUTORA Ana Maria César é pernambucana do Recife. Bacharelou-se em Direito pela

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As letras nômades de Davino Sena

*Paulo Caldas Ler Viagens do Conselheiro, crônicas de Davino Ribeiro de Sena é viajar com ele. Descobrir encantos em costumes bizarros gestados em culturas exóticas, tornar-se um britânico de cotidiano fleumático vestindo hobby de chambre e acariciando bichanos de estimação, sacolejar suado num tuk tuks no esquisito Sri Lanka. Cumprindo os desígnios da rosa dos ventos, entre aromas e brisas, sob sóis que se põem e se impõem, estrelas guias reluzentes e fugidias, o conselheiro mantém mãos dadas à cultura: música, literatura, filosofia… Empedernido leitor, foi sociólogo e antropólogo desde Riade, em 2010, primeiro porto do périplo que fez valer seu talento ao ritmo das correntezas por Londres, Colombo, Recife, São Paulo, Gravatá, New York, do frio natalino de Salt Lake City às areias molhadas Wadduwa ou nos admiráveis atóis das Maldivas. A narrativa leve, liberta de rigores academicistas, incita o leitor que de passaporte enriste vara fronteiras impeditivas, seguindo destino nômade do autor, um diplomata pernambucano escrevendo para o mundo. Davino Ribeiro Sena carrega na mochila participações literárias e escritos editados: Em 1991, Castelos de areia vence o prêmio nacional de poesia organizado pela Fundação Nestlé de Cultura, em São Paulo e abre as cortinas para Pescador de nuvens; em seguida O jaguar no deserto; Vidro e ferro Três Martes, Com Elizabeth Hazin; Lego & Davinovich; Expedição, O lento aprendizado do rapaz que amava ondas e estrelas e, em 2011, O rei das Ilhas. O livro pode ser adquirido pelo whats app (11)99133-3203 ou por email beatrizsenaart@gmail.com *Paulo Caldas é Escritor

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Tecnologia na arte se firma como alternativa pós Covid-19

A tecnologia chegou para ficar no mundo das artes plásticas. A primeira exposição virtual da Arte Plural Galeria (APG) – “Ressignificados” reunindo obras dos artistas Gabriel Petribu, Gustavo Bettini, Manoel Veiga, Antônio Mendes, Conchita Brennand, Gegê Pedrosa e Roberto Ploeg – registrou, em menos de um mês, mais de 6 mil visualizações. Além da exposição virtual, o acesso via site da APG permite um passeio 360 graus, no qual é possível visualizar também o tradicional bairro do Recife Antigo, com seu casario histórico e, claro o inigualável mar cercado de arrecifes que batizaram a terra do frevo e do maracatu. O projeto foi lançado no final de agosto, em paralelo com a plataforma de e-commerce da APG, disponível no site www.artepluralgaleria.com.br. A ideia já estava sendo planejada para comemorar os 15 anos do espaço, celebrados em 2020, mas foi adequado aos novos tempos pós pandemia, para aproximar e facilitar o relacionamento entre os amantes da arte e a APG.

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Muhne e Engenho Massangana promovem semana dedicada às crianças

A Coordenação de Ações Educativas e Comunitárias do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) e Engenho Massangana iniciou os preparativos para a Semana das Crianças, evento que integra o calendário de atividades dos equipamentos culturais da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Excepcionalmente este ano, o encontro com a criançada ocorrerá virtualmente, nos perfis do Instagram do Muhne (@museudohomemdonordeste) e do Engenho Massangana (@engenhomassangana), de 15 a 18 de outubro. Todo material produzido pela equipe do Educativo será publicado no feed (IGTV) de ambas as contas no Instagram e no YouTube da Fundaj. Dentro da programação da Semana das Crianças está a 2ª edição virtual do Domingo dos Pequenos, ação voltada para o público infantil que, antes da pandemia, ocorria de forma presencial no terceiro domingo do mês. O Domingo dos Pequenos acontecerá no dia 18 de outubro, das 10h às 13h, com publicações de oficinas – confecção de bola de meia, confecção de cavalo de pau e livrinho Pop-up. “Nesta edição do Domingo dos Pequenos, o fio condutor será brinquedos e brincadeiras populares, buscando assim introduzir a temática da próxima exposição do Muhne e do Engenho Massangana para o público de ambos espaços”, disse a coordenadora de Ações Educativas do Muhne, Edna Silva. Com a criançada de 4 a 12 anos como público principal, a Semana das Crianças terá uma variedade de atividades educativas, entre elas oficinas de confecção de tintas naturais, de origami e de pulseiras de lã/artesanato, além da dinâmica de construção de jogo da memória. Nas ações, o acervo do Muhne e do Engenho Massagana será explorado para o conhecimento do público e a valorização das peças. “Nossa ideia é reavivar e resgatar o brincar, ressaltando sempre a sua importância. Vamos trazer questões como a ludicidade e a brincadeira enquanto processo educativo e criativo. Usamos o mês dedicado às crianças para trazer referências por meio de atividades e brincadeiras”, destacou a educadora do Muhne, Jamille Barros. A equipe do Engenho Massangana, formada por monitores/as e educadores/as, dá uma atenção especial às crianças e aos adolescentes que moram na comunidade do entorno do Engenho por meio de ações educativas. As atividades estimulam a criatividade, a interação e o aprendizado da criançada, que é parte do equipamento cultural. Durante a Semana das Crianças, fotos de jovens brincando no espaço cultural e de brincadeiras populares com a participação das escolas serão postadas na rede social. Serviço Evento: Semana das Crianças Data: 15 a 18 de outubro de 2020 Plataforma: perfis do Instagram do Museu do Homem do Nordeste (@museudohomemdonordeste) e do Engenho Massangana (@engenhomassangana) – Feed (IGTV) Programação do Muhne 15/10: oficina Brincando no MuHNE: Vai e Vem de Material Reciclado 16/10: oficina Fantoches de Vareta; Brincando no MuHNE: carrinhos de material reciclado 17/10: oficina Brincando no MuHNE: Peteca; Teatro de sombras! A Cumadre Fulozinha e o imaginário popular 18/10 (Domingo dos Pequenos): oficina de confecção de bola de meia; oficina de confecção de cavalo de pau; oficina Livrinho Pop-up Programação do Engenho Massangana 15/10: oficina de confecção de tintas naturais 16/10: oficina de origami 17/10: oficina de confecção de pulseiras de lã/artesanato 19/10: oficina de construção de jogo da memória

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Grupo de 21 artistas e Galeria Amparo 60 lançam o projeto Enxertia

A Enxertia pode ser definida como um método utilizado por especialistas que trabalham com plantas e que consiste na união dos tecidos de duas de espécies diferentes. Enxertia é o nome do projeto capitaneado por um grupo de 21 artistas e pela Galeria Amparo 60, que começa a sair do papel no próximo dia 15 outubro. A ideia é, justamente, permitir o agrupamento de trabalhos e propostas po&ea cute;tic as distintas, numa conversa, numa nova possibilidade de trocas e sobrevivências. Foi assim, interessados nessas estratégias de fortalecimento mútuo, que biarritzzz, Caetano Costa, Clara Moreira, Célio Braga, Cristiano Lenhardt, Fefa Lins, Fernando, Augusto, Francisco Baccaro, Iagor Peres, Isabela Stampanoni, Izidorio Cavalcanti, Josafá Neves, José Paulo, Juliana Lapa, Kildery Iara, Lia Letícia, Lourival Cuquinha, Mariana de Matos, Marie Carangi, Ramonn Vieitez e Ramsés Marçal se juntaram para dar corpo ao Enxertia. O nome foi uma sugestão d a artist a Kildery Iara. As obras passam a ser parte de um enxerto, unem-se umas às outras, formando corpos híbridos que juntos ampliam suas possibilidades de discursos, de sobrevivência, além de compartilhar forças. Segundo a artista Juliana Lapa, o projeto começou a se desenhar em junho, durante o isolamento social, em conversas com outros artistas e com a galerista Lúcia Costa Santos. Inicialmente, a proposta era criar uma rede de apoio que pudesse garantir um suporte aos artistas durante a pandemia, mas que também gerasse diálogos, trocas, experimentações. Enxertia terminou desenhando-se como uma espécie de exposição virtual, com poéticas de artistas pernambucano s e de o utros estados que de algum modo se relacionam com a cena do Pernambuco. A exposição é costurada a partir do olhar apurado da curadora Ariana Nuala e tem uma proposta comercial colaborativa, na qual todos ganham. Neste mês, o grupo junto com a Amparo 60 lançam a primeira coleção do projeto — serão três até o final do ano — com sete conjuntos, cada um contendo o trabalho de três dos 21 artistas. A exposição vir tual pod e ser conferida nas redes e e-commerce da Amparo 60. A galeria ficou responsável pela logística comercial. O projeto está sintonizado com todo o trabalho que a Amparo vem desenvolvendo nos últimos meses, apostando em iniciativas que pretendem incentivar os jovens colecionadores e o colecionismo. Os conjuntos serão comercializados por R$ 7.000, sendo o valor dividido igualmente entre todos os artistas, a curadora, a galeria e o Sítio Ágatha (instituição escolhida pelo projeto para apoiar). A curadora Ariana Nuala se debruçou sobre os trabalhos disponibilizados pelos 21 artistas buscando pontos de convergência e também de divergência, criando uma narrativa e uma primeira junção de obras. “Pensar em enxertia, é pensar em um processo de frutificação, porque ela fala um pouco sobre uma pulsão de vida e morte entre dois corpos que estão em momentos distintos e a reunião desses corpos para criar um corpo híbrido. Ela se dá dentro de uma observação de elementos e se propõe a um agenciamento que é feito por uma criação de tecnologia. Essa criaç&at ilde;o d e tecnologia, enquanto processos de articulação entre corpos, se torna muito importante para a gente refletir sobre um projeto que está pensando o mercado e a venda de obras e como a gente pode trazer um caráter mais crítico para ele, uma perspectiva de fortalecimento, onde a gente consiga também discutir sobre território. Então, quando Iara traz para mim esse repertório e essa ideia de enxertia, eu acho que coloca a prova todas as nossas relações diante do projeto, a nossa distribuição e como a gente se relaciona entre si e quais são as disponibilidades realmente para uma troca mútua”, explica a curadora. A Força, o gesto, o corpo e o território terminaram desenhando-se como chaves para os diálogos propostos por Ariana. Nos meses de novembro e dezembro, o grupo deve lançar outras duas novas coleções, cada uma com sete conjuntos, trazendo novas obras ou mesmo novas combinações. Além do lançamento e comercialização dos trabalhos, o grupo pretende movimentar os canais de comunicação digital da Amparo 60 com a proposta de conversas entre os artistas e curadora.

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Orquestra Criança Cidadã homenageia professores em recital online

Mesmo durante a pandemia, a participação dos mestres na formação dos alunos da Orquestra Criança Cidadã segue indispensável. Por esse motivo, em outubro, mês em que é comemorado o Dia dos Professores, a OCC abre espaço, pela primeira vez, para um concerto dedicado a seu corpo docente. Um não: dois – e com transmissão pela internet. O primeiro deles irá ao ar na próxima quarta, dia 14, às 20h, no canal da Orquestra Criança Cidadã no Youtube (youtube.com/orquestracriancacidada), e terá a participação de três professores de instrumentos de sopro: Cláudia Pinto (clarineta), Eneyda Rodrigues (flauta transversal) e Thomas Barros (trombone baixo). A professora Cláudia interpretará três peças: o primeiro movimento de “Clari-vidências”, de Dimas Sedícias, intitulado “Quebranto”; o frevo “Brincando com o clarinete”, de Lourival Oliveira, e o “Aboio do Sol”, de Laila Campelo, que, além de compositora, é professora de Viola da OCC. Já a professora Eneyda Rodrigues irá tocar o quarto movimento, “Bourrée anglaise”, da “Partita para flauta solo, BWV 1013”, de Johann Sebastian Bach, e a “Improvisação nº 3 para flauta solo”, de Mozart Camargo Guarnieri. O professor Thomas Barros encerra a apresentação tocando uma transcrição do quarto movimento, “Sarabanda”, da “Suíte nº 5, em dó menor, BWV 1011”, também de Johann Sebastian Bach. Para Eneyda Rodrigues, professora de Flauta Transversa da OCC, as aulas online representam uma saída para a continuidade do ensino, apesar dos desafios que emergiram nessa nova modalidade. “Descobrimos novas ferramentas digitais para o ensino remoto e possibilidades de tornar o aprendizado mais dinâmico e próximo da realidade dos nossos alunos. Além disso, o contato com as mães ficou mais frequente: elas também participam das aulas e conhecem o conteúdo vivenciado pelos filhos”, diz. “Mesmo assim, sentimos falta dos ensaios para as audições, das aulas em grupo… enfim, desses momentos”, ressalta a docente. O segundo recital online em homenagem aos professores da Orquestra Criança Cidadã será divulgado no canal na OCC no YouTube na quarta seguinte (21), também às 20h. Os concertos transmitidos via internet foram uma das formas que a Caixa e a OCC encontraram para que o público possa continuar acompanhando as apresentações dos alunos do projeto enquanto presencialmente não é possível. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. SERVIÇO [MÚSICA] Recital online – Homenagem aos Professores da Orquestra Criança Cidadã – parte 1 Local: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada) Data: 14 de setembro de 2020 (quarta-feira) Horário: 20h Duração: 15 minutos Classificação: Livre Patrocínio: Caixa e Governo Federal

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Histórias de refugiados em debate no Circuito Cultural

Da Cepe Para falar sobre um tema complexo com o público infantojuvenil, como a questão dos refugiados, duas jornalistas escreveram um livro ilustrado, lançado este ano pela Editora Seguinte, o selo jovem da Companhia das Letras: Valentes: Histórias de Pessoas Refugiadas no Brasil. E por considerar este um tema tão necessário é que as escritoras do título, Aryane Cararo e Duda Porto de Souza, foram convidadas para integrar a programação da segunda edição do Circuito Cultural Digital, uma realização da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). O bate-papo com as escritoras será hoje, sexta-feira, às 15h, com mediação da jornalista Valentine Herold. O Circuito Cultural de Pernambuco é uma iniciativa da Cepe com curadoria da Fundação Gilberto Freyre. Toda a programação será ancorada no portal (www.circuitoculturalpernambuco.com.br) e nas redes sociais do evento. Esta segunda etapa começou no dia 7 e termina no dia 11 de outubro. Refúgio é caracterizado pela palavra perseguição. Por isso, nem todo imigrante pode ser considerado um apátrida, asilado, refugiado, migrante ou reassentado, isto deve ser esclarecido. Afinal, abordar o assunto é falar também de temas transversais, como racismo estrutural, exploração de crianças e adolescentes e as intersecções entre migração, trabalho e gênero. De acordo com Aryane Cararo, em média a população mundial está menos propensa a aceitar migrantes de outros países. A escritora cita o que mostra a atualização do Migrant Acceptance Index (Índice de Aceitação de Migrantes, em tradução livre), publicado pelo instituto de pesquisa de opinião Gallup. Três países latinos lideram essa queda: Peru, Equador e Colômbia. “O Brasil já contabiliza, por exemplo, um número estrondoso de refugiados do clima. Em escala global, esse número pode chegar a um bilhão em 2050, segundo projeção do Acnur (Agência da ONU para Refugiados)”, diz Aryane, que mora em Lisboa. Duda Porto, parceira no projeto de Valentes, também já passou longos períodos morando em diversos países. O Circuito Cultural Digital conta com a participação de 20 editoras, livrarias e instituições, como a Câmara Brasileira de Livros (CBL) e a União Brasileira dos Escritores. O evento tem apoio das secretarias estaduais de Educação, Cultura e Fundarpe. As próximas etapas serão em novembro (12 a 15) e dezembro (9 a 13). . ENTREVISTA Com a pandemia a situação dos imigrantes torna-se ainda mais complicada, não? ARYANE CARARO – Filhas e filhos de amigas de origem asiática passaram a sofrer bullying em diversos espaços com a chegada da pandemia, que trouxe aspectos diretos muito ruins para a questão dos refugiados. A primeira é que começamos a olhar o outro com desconfiança, até mesmo o nosso vizinho, como se fosse uma pessoa ameaçadora. Houve uma necessidade de isolamento e os países e as pessoas se fecharam. E a extrema-direita aproveitou para disseminar fake news com discursos contra refugiados e imigrantes como pessoas que poderiam trazer o vírus para dentro de nossas fronteiras. O risco é, depois que tudo isso passar, que a sociedade tenha erguido muros internos ainda mais intransponíveis. O segundo é o que já estamos enfrentando e que vai ser pior ainda no pós-pandemia: a crise econômica. Os deslocamentos humanos, motivados pela miséria, vão se intensificar muito mais e temo que possa haver ainda mais conflitos e restrições ao acolhimento dessas pessoas. E, para quem já é refugiado ou imigrante, e que vive normalmente uma situação de maior vulnerabilidade, tende a ser mais afetado pela crise sanitária e econômica, especialmente quando pensamos nas intersecções das pertenças de gênero, raça, classe. Como sobreviver a isso? ARYANE – “Eles são um de nós. E amanhã podemos ser um deles”. Esta é uma das principais mensagens de Valentes. Somos parte de uma grande nação chamada humanidade, de um só planeta chamado Terra. As fronteiras geográficas não são mais importantes que o que nos une enquanto seres humanos. Estamos todos conectados. Olhar e cuidar do outro é a única forma de sobrevivermos. Como dizemos no livro, “ou salvamos todos ou não restamos nenhum – e isso é mais do que sobrevivência da espécie, é a sobrevivência da nossa humanidade e do que entendemos por civilização”. O livro apresenta os desafios enfrentados por imigrantes no século XXI e também as opressões transversais e estruturais que afetam ainda mais essa população. Precisamos aproximar esse tema de todas as pessoas. E os imigrantes jovens, quais as maiores dificuldades deles? ARYANE – “Valentes” foi desenvolvido para dialogar com jovens leitores, mas não apresenta um recorte de faixa etária. São muitas as dificuldades enfrentadas por jovens imigrantes hoje, da onda crescente de xenofobia aos custos altíssimos para validar um diploma. Dedicamos um capítulo do livro ao combate às fakes news associadas aos refugiados e imigrantes. É importante lembrarmos que são pessoas que rapidamente dominam um novo idioma e possuem nível de escolaridade superior à média da população local. Aqui entram também as opressões transversais, como as muitas discriminações sofridas pela população LGBTQIA+. O que vocês acham da política de imigração do Brasil? ARYANE – A lei brasileira que define o conceito e as políticas de proteção a essas pessoas foi aprovada em 1997, sob o número 9.474, e é considerada uma das mais modernas do mundo. Ela diz que refugiado é aquele que sofre perseguição por raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas e que esteja fora de seu país natal. Uma pessoa também pode se enquadrar na Lei de Refúgio se foi obrigada a deixar seu país por grave e generalizada violação de direitos humanos, ou seja, se sua vida, integridade física ou liberdade estavam ameaçadas. Mas infelizmente direitos adquiridos não são direitos garantidos. A palavra-chave aqui é integração. O Brasil, país de proporções continentais, acolhe cerca de irrisórios 0,04% dos refugiados do mundo. Para além de acolher, é preciso integrar. Proporcionar oportunidades. E todas e todos nós precisamos ter participação ativa e diária nessa integração.

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Oficinas infantis no Circuito Cepe

Da CEPE A criançada contará com uma programação cheinha de atividades que vai preencher o tempo dos pequenos de forma educativa e lúdica. Tudo isso os pais encontrarão no período de 8 a 11 deste mês na segunda etapa do Circuito Cultural Digital de Pernambuco, promovido pela Cepe. Além de cineminha, contação de histórias e shows, haverá oficinas de estamparia, teatro de bonecos e literatura de cordel. Na próxima quinta-feira, dia 8, o artista plástico Emerson Pontes vai ensinar as crianças a arte da impressão em papéis, com recortes de emborrachado, tinta e rolinhos de espuma, papel toalha e pratos descartáveis para acompanhar a oficina Os bichos, à moda de Clarice. O título da oficina de estamparia faz referência a um conto de Clarice Lispector, cujo título é A fruta sem nome. Este ano comemora-se o centenário de nascimento da escritora e esta é uma introdução bem bacana ao seu universo. “Os bichos do conto A Fruta Sem Nome, de Clarice, são as figuras ideais para essa sessão de impressão. Na atividade que farei com as crianças, o quati, o jacaré, a anta e o jabuti viram imagens coloridas para impressão, do tipo carimbo, em papel de gramatura porosa. Além deles, o fruto misterioso, o muçá, aparece aqui e ali nos papéis, como repetidamente na história”, conta Emerson. Às 14h do dia 8 será a vez da oficina Teatro para crianças, em que será enfocado o teatro de sombras e o de mamulengos. A oficina acontecerá em dois módulos para ensinar como construir seu próprio teatro de sombras e executá-lo junto com a família. A professora e coordenadora da Escola de Teatro Fiandeiros, Dani Travassos vai mostrar o passo a passo de como criar um mamulengo, compondo o personagem e criando a história para contar. “A ideia é experienciar o teatro desde a construção até a apresentação. E ainda possibilitar brincadeiras lúdicas construídas e executadas pelas crianças em casa, junto com a sua família”, destaca Dani. Anotem aí o material necessário para confeccionar os bonecos e o teatro de sombras: uma bola de isopor pequena e outra média, tecido, cartolina, enfeites diversos (fitas, adesivos, etc), lã, tesoura, estilete, cola de silicone, tintas e pincel, miolo de papel higiênico, olhinhos de boneca, caixa de papelão, régua e lápis, cartolina marrom, palitos para churrasco, papel manteiga ou vegetal, lanterna e moldes dos personagens. Já a Oficina de cordel para crianças será às 10h do sábado, com a cordelista Mari Bigio. Ela busca aproximar a meninada da arte do Cordel, atuando também no despertar para a estética do poema. Além de promover a formação de leitores, a oficina tem como objetivo a valorização da literatura de cordel, Patrimônio Cultural Nacional. Para o Circuito Cultural Digital de Pernambuco a oficina terá em média 60 minutos de duração, e será apresentada em vídeo. A vivência mescla o lúdico ao aprendizado, numa espécie de aula-espetáculo, onde as características e técnicas abordadas serão ilustradas por textos em cordel, escritos e performados por Mari Bigio. A oficina parte das origens da Literatura de Cordel, passando pela rima, estrutura, ritmo e tipos de estrofes mais comuns, até a produção das xilogravuras sustentáveis (a professora não utiliza madeira), que poderão ser reproduzidas pelas crianças. Para participar da confecção da xilogravura sustentável, os pais poderão preparar o material: bandeja, pratinho de isopor, tinta guache preta, rolinho de tinta ou esponja de prato, cola de isopor, lápis, tesoura sem ponta e um pedaço de EVA. O Circuito Cultural de Pernambuco é uma iniciativa da Cepe com curadoria da Fundação Gilberto Freyre. Toda a programação será ancorada no portal (www.circuitoculturalpernambuco.com.br) e nas redes sociais do evento. Veja a programação do Circuito Cultural Digital de Pernambuco para as crianças: Dia 08.10, quinta-feira 8h30 – Ler, muito prazer! Exibição de vídeos de experiências de leitura de crianças na primeira e segunda infância. 9h – Senta, que lá vem história! Contação da história do livro A menina que engoliu um céu estrelado (Cepe), de Gael Rodrigues, com Tapete Voador. 9h40 – Dinâmica das letras Recriação de histórias, com Tapete Voador. 10h – Oficina Os Bichos, à Moda de Clarice Oficina de estampa com Emerson Pontes. 14h – Oficina Teatro para Crianças Produção de Teatro de bonecos, com Dani Travassos. 18h – Contação de história Contação da história do livro A menina que engoliu um céu estrelado (Cepe), de Gael Rodrigues, com Tapete Voador. 18h45 – Dinâmica das letras Recriação de histórias, com Tapete Voador . Dia 11.10, sexta-feira 8h30 – Ler, muito prazer! Exibição de vídeos de experiências de leitura de crianças na primeira e segunda infância. 9h – Senta, que lá vem história! Contação da história do livro A coisa brutamontes (Cepe), de Renata Penzani, com Érica Montenegro. 10h – Oficina Oficina de Literatura de Cordel para Crianças, com Mari Bigio 12h – Prazer de Ler Exibição de vídeos de experiências de leitura de jovens e adultos. 14h – Oficina Teatro para Crianças Produção de Teatro de sombras, com Dani Travassos 18h – Contação de história Contação da história do livro A coisa brutamontes (Cepe), de Renata Penzani, com Érica Montenegro. 18h45 – Dinâmica das letras Criação de poesias, com Érica Montenegro. 10.10, sábado 8h – Oficina Os Bichos, à Moda de Clarice. Oficina de estampa com Emerson Pontes 9h – Senta, que lá vem história! A história do Curupira (Além da Lenda) com Joanah Flor. 16h – Show Tio Bruninho 17h – Contação de história A história do Curupira (Além da Lenda) com Joanah Flor. 18h – Cineminha Pedrinho e a chuteira da sorte (Alisson Ricardo e Marcos França, 2018) 8h – Oficina Oficina de literatura de cordel, com Mariane Bigio. 9h – Senta, que lá vem história! A história da mula-sem-cabeça (Além da Lenda) com Joanah Flor. 16h – Show Infantil De conto a canto, com a Cia Meias Palavras, participação de Luciano Pontes e Samuel Lira 17h – Contação de história A história da mula-sem-cabeça (Além da Lenda) com Joanah Flor. 18h – Cineminha Vivi Lobo e o quarto mágico (Isabelle

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Em parceria da Fundaj e APL, José Mário recorda Joaquim Cardozo de A a Z

No ano em que nascia o jornalista José Mário Rodrigues, o engenheiro e poeta Joaquim Cardozo (1897—1978) lançava, por iniciativa de João Cabral de Melo Neto, seu primeiro livro: ‘Poemas’ (1947). Título que o sertanejo de Flores, no Pajeú, teve a honra de receber dedicado, direto das mãos de Cardozo, anos depois. Agora é o jornalista quem lhe devolve a dedicatória em mais uma edição do Celebrações da Memória, nesta quarta-feira (7), às 17h, via YouTube. A parceria entre a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e a Academia Pernambucana de Letras (APL) revisita a história de personalidades de Pernambuco. Detentor da cadeira nº 30, da APL, José Mário dividirá a apresentação em dois momentos, alternando entre aspectos biográficos do autor de O Coronel de Macambira (1963) e a sua poesia contada e cantada. “Musiquei dois poemas dele, mas só quem assistir verá”, adianta, ao falar da apresentação especial de Cantadeiras e Poema do Amor Sem Exagero. Autor do livro de poemas O voo da eterna brevidade (2014), ele promete revelar pequenos causos que acompanhou sobre o homenageado, como a resposta a uma pergunta extra-oficial que lhe fez durante entrevista. Natural do Recife, Joaquim Cardozo se tornou um dos maiores nomes no Século XX por transitar entre a poesia, a dramaturgia e o universo rígido das ciências exatas. Ainda assim, soube com naturalidade estabelecer uma relação entre ambos espaços. Ocupou a cadeira nº 39 da APL, foi professor universitário, desenhista, ilustrador, caricaturista, crítico de arte e editor de revistas de arte e arquitetura. Além da poesia, atuou como tradutor, escreveu contos e peças teatrais, como De uma noite de festa (1971), Os anjos e os demônios de Deus (1973), O capataz de Salema (1975), Antônio Conselheiro (1975) e Marechal, boi de carro (1975). “Ele poderia ser dito como um gênio, pois além de ser um grande poeta era o engenheiro calculistas preferido de Oscar Niemeyer”, aponta o jornalista. De fato, o arquiteto modernista tinha grande apreço por Cardozo e concordava que ele era “o brasileiro mais culto que existia”. Assim, o poeta pernambucano foi também o engenheiro responsável pela cálculos de inúmeros projetos de Niemeyer, dentre eles os palácios do Planalto, Alvorada e Itamaraty. “Há quem afirme que a maioria dos projetos bem sucedidos só foram possíveis graças à sua genialidade. Também por dera, o homem falava 15 línguas. Inclusive, chinês.” Rodrigues recorda que foi apresentado ao engenheiro, na década de 1970, pelo amigo jornalista José Condé. Na época, coordenava um dos suplementos literários dos jornais do Estado e acabou tendo a sorte de entrevistar o poeta em três ocasiões. Os textos podem ser encontrados na edição especial de Joaquim Cardozo – Poesia Completa e Prosa (Nova Aguilar e Massangana, 2007), volume único lançado em parceria com a Fundaj. “Joaquim era um poeta pós-22, pós-modernismo. Além de um matemático, era um poeta de muita doçura. Sua poesia era marcada pela delicadeza de quem vai de A a Z”, finaliza. Serviço Celebrações da Memória Palestra: Joaquim Cardozo, por José Mário Rodrigues Data: 7 de outubro Horário: 17h Transmissão no YouTube da Fundaj

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