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Salão de Noivas mostra que casar segue em alta

Casar não sai de moda! Prova disso é o que o Wedding Day, um dos maiores eventos da cidade no quesito casamentos, chega a sua 4ª edição, neste sábado (27) e domingo (28), das 14h às 21h, no Hotel Grand Mercure Recife Atlante Plaza, em Boa Viagem. Idealizado pela Classe A Agency, o evento traz novidades na área de tecnologia e tendências e destaca-se também pela sofisticação e glamour do local escolhido para sediar o encontro. De acordo com os organizadores Fernando Raphael e Fabiana Schreiner serão 50 expositores e a expectativa de geração de negócios deve girar em torno de R$ 2 milhões, nos dias do evento e em comercializações futuras. Este ano, além de um maior número de empresas participantes de segmentos diversos, uma novidade: workshops para profissionais ou interessados em atuar nessa área. Já estão confirmados como palestrantes do Workshop a jornalista, escritora e cerimonialista Cláudia Matarazzo e seu sócio, o consultor de eventos e também cerimonialista Mário Ameni, a assessora e cerimonialista Tarciana Moraes, o enólogo Gilvan Passos, a gastrônoma e sócia da Flor de Açúcar Patissérie, Lilian Vasconcelos, Celia Abreu e Lima, assessora de noivas e proprietária do Espaço La Salle, Paola Muniz e Fabiana Schreiner. Segundo Fernando Raphael, este ano, estão sendo esperados cerca de 3 mil pessoas, incluindo visitantes e alunos do workshop nos dias da feira. Entre os segmentos presentes no Salão de Noivas Wedding Day podemos destacar profissionais e fornecedores de doces, bolos, assessoria e cerimoniais, agência de viagem, filmagem, fotografia, lembrancinhas, aluguel de mobília para eventos, estrutura de iluminação, estilistas, lojas de vestidos e presentes, cabelo e maquiagem, cosméticos, decoração, jóias, convites finos, buffets e casas de recepções, entre outros. O pórtico de entrada da feira será assinado pelo arquiteto Guilherme Eustachio. Quem for ao evento poderá conferir a exposição fotográfica Casamentos Inesquecíveis, com cliques dos fotógrafos e expositores Fernando Raphael e Fabiana Schreiner. Eles apresentarão diversos serviços na área de fotografia como fotojornalismo de casamentos, books de noivas e ensaios fotográficos diferenciados. Uma das novidades nessa área, segundo Fernando Raphael será o lançamento de uma nova técnica fotográfica que se intitula de gigantografia para fotografias panorâmicas e em 360° de eventos sociais e corporativo, além e uma nova linha de álbuns fotográficos no padrão europeu. "Aproveitaremos a ocasião para expormos trabalhos na linha do fotojornalismo artístico e o Trash the Dress, que ao pé da letra significa jogar o vestido de noiva no lixo mas, é um ensaio com os noivos, vestidos para casar, em cenários inusitados como zoológico, praia, fazenda", salienta. Os preços dos trabalhos na agência variam de R$ 300,00 a R$ 10 mil. A empresa Eduardo Calado Fotografia e a Teik Brasil Filmes também prometem apresentar novidades nas áreas de fotografia e filmagem. Outra novidade da feira será a exposição de telas pintadas pela artista plástica Vânia Coutinho e que terá como foco principal o tema Maternidade. A ideia da mostra é associar o sonho do casamento com o desejo de muitas mulheres em ser mães. No quesito moda, o destaque fica por conta dos estilistas que exibirão suas criações em um glamoroso desfile nos dois dias da feira. O fashion design Jan Souza prepara o lançamento da coleção de vestidos de noivas Casando pelo Mundo. Ele quer mostrar a moda em cerimônias de diferentes países, enfocando uma tendência do momento: os casamentos na praia. Para isso, Jan foi buscar inspiração em praias famosas do mundo a exemplo da Saint Bart (Caribe), Lanikai Beach (Havai), Hamptons (Nova York/EUA), entre outras. Na linha de acessórios, a Braccialetto Jóias apresentará sua nova coleção, com as peças dedicadas às noivas. A feira também apresentará opções de espaços e buffets para que vai casar. A chef Ana Paula Góes, do Barrozo, por exemplo, vai lançar um novo cardápio voltado exclusivamente para casamentos e mini weddings. Ela também apresentará pacotes para deseja contratar o espaço para realizar cerimônias. Outras casas de recepções e buffets como o Les Anis, da empresária Sélia Dambros Brol, o buffet Cristal e o Akrópolis, de Verônica Rezende e o La Salle, de Celia Abreu e Lima também estarão presentes na feira com novidades. No quesito maquiagem e cabelo, os profissionais das empresas envolvidas repassarão dicas importantes para ajudar os noivos, padrinhos e madrinhas e os próprios convidados, a compor o look perfeito para a festa de casamento. A maquiadora Rosângela Mendes, do Bella Stúdio de Noivas, apresentará diversas sugestões para compor o cabelo e a maquiagem da noiva, mostrando o que é mais usado em casamentos pela manhã, no final da tarde e a noite. As noivas que forem visitar o estande dela no salão poderão concorrer a cursos de automaquiagem. Também participará da feira a empresa Divas Hair, especializada em mega hair e o SPA Hairdresser Collection que lançará pacotes exclusivos de SPA e de salão de beleza para noivos, madrinhas e outras datas especiais. A hair stylist Tatiane Cardoso dará dicas de cabelo e maquiagem para para quem for visitar o estande da marca no evento. Durante a feira haverá ainda exposição de bolos e doces. A empresa Flor de Açúcar Patissérie apresentará uma variada mesa de doces e bolos, com destaque para bem-casados, palhas, doces finos, entre outros. A Rio Sol também participará do evento levando seus últimos lançamentos em rótulos de vinhos e espumantes. Também participam as empresas Moving Show, especializada em iluminação e estrutura para eventos e a Loc Móveis, com serviços de aluguel de mobília para eventos. Já a Unipress apresentará inovações na área de convites finos e brindes para casamentos e outros eventos sociais. De acordo com Fabiana Schreiner, uma das coordenadoras do evento, o orçamento de um casamento tem a ver com a quantidade de convidados e também na qualidade dos profissionais contratados. "Neste caso podemos afirmar que o local escolhido pode pesar também no orçamento, pois o aluguel da casa varia bastante. Uma festa para 100 convidados, pode oscilar entre 80 mil a 1 milhão, e deve-se prezar pela qualidade de todos os profissionais contratados, em

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Geraldo anuncia R$ 105 milhões para calçadas

Em evento realizado ontem pela Rede Empresarial de Articulação da Construção Urbana, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, anunciou um investimento de R$ 105 milhões para requalificação de calçadas na cidade. Os recursos virão pela Caixa Econômica Federal. De acordo com o anunciado, a primeira fase das obras custaria R$ 11 milhões. O investimento será o maior realizado em melhoria nos passeios públicos da cidade. Os valores anunciados ontem são cinco vezes maiores que os de 2013, quando o prefeito completava seis meses de gestão e anunciava R$ 20 milhões para implantação e recuperação de 140 quilômetros de calçadas. Esse, na época, fora anunciado como "o maior investimento da história do Recife" em passeios públicos.

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Por que os escritores vão às salas de aula? (Por Paulo Caldas)

*Por Paulo Caldas Para a escritora Jussara Kouryh aproximar os autores do leitor, muitas vezes crianças e adolescentes, é fascinante. “Acham que somos pessoas distantes, que vivemos num mundo diferente, mas quando percebem que somos iguais, que possuímos os mesmos sonhos e inquietações, começa um processo de desmistificação. É muito interessante”. Ela acrescenta que outra motivação é constatar o quanto nossa presença nas salas de aula, além de provocar discussões produtivas sobre o texto, sua compreensão e interpretação, desperta interesse pela leitura, além de estimular a própria produção textual dos alunos. “Os estudantes e profissionais da educação, nos trazem elementos extraordinários para o enriquecimento de nossa escrita. São observações, exigências que acrescentam positivamente e abrem leques para nossas futuras produções. Em suma, é uma troca maravilhosa”. Garante. Perguntada sobre se a sua visita contribui para incentivar o hábito da leitura, Jussara Kouryh tem dúvidas. “Se os alunos são impulsionados cotidianamente à produção textual, nossa presença será mais um elemento motivador. Se, ao contrário, a nossa visita, ficará apenas a lembrança e sem maiores consequências. Nossa presença pontual não tem a força de operar um milagre que só acontece quando a escola compreende a importância do ato de ler”, afirma. Sobre os seus títulos mais indicados às escolas, ela detalha. “Alguns infantis como O Grande Festival das Cigarras, Biu – o passarinho maluco, Liberdade, o sonho dos Palmares... Os infantojuvenis como O dono dos pés, Desafio no asfalto, Jogo de máscaras... entre os romances Sophia e Na palma da mão”. Os livros de Jussara contemplam também outros temas. “Produzi duas coleções que estimulam discussões nas salas de aula: Conceitos sem preconceitos, em seis volumes nos quais podemos conversar com os adolescentes sobre uso de droga, internet e redes sociais, tráfico de pessoas, bullying, as doenças sexualmente transmissíveis e o HIV/aids. Na coleção Histórias do Brasil Afro-indígenas, formada por quatro volumes, atendendo exigências do Ministério da Educação, abordamos histórias e culturas afro-indígenas. O escritor Fernando Farias tem uma visão diferente dos seus colegas. “Faço um trabalho de militância literária, incentivando mais a arte de escrever do que motivando novos leitores. Tenho dito que lugar de escritor é nas escolas. São eles que podem falar sobre a importância da leitura e da arte de escrever. Mesmo que não sejam escritores de histórias infantis e para adolescentes”, define. O seu trabalho, praticamente, começou na Escola Estadual Rodolfo Aureliano, em Jaboatão, para fazer oficinas aos sábados, dentro do projeto Escola Aberta. “Isso sem qualquer remuneração; a experiência inicial não foi muito boa, pois eu apenas transferia o conteúdo das oficinas que eu assistia com Raimundo Carrero. A primeira turma durou mais de um ano e eles serviram como minhas cobaias. Tive que aprender empiricamente a fazer exercícios motivadores, buscar técnicas mais simples, textos leves e incentivar a leitura de livros da biblioteca. Tomei gosto e fiz proposta para a Prefeitura de Jaboatão, onde há mais de seis anos faço palestras e oficinas. Sou remunerado por este trabalho. Depois fui convidado pelo SESC onde já fiz oficinas e palestras em várias cidades. Também faço palestras em escolas do Recife e nas bibliotecas comunitárias”. Farias acrescenta que é bem recebido pelos alunos, “mas nem sempre pelos professores caretas que se incomodam com meu método descontraído que estimula a criatividade, a quebra de padrões e busca o pensamento livre. O aluno percebe que tudo é uma brincadeira, podem sair da sala, usar celulares e conversar. No estímulo à imaginação vem o debate de temas transversais: drogas, gravidez na adolescência, consciência da temporalidade e morte. O que sempre gera mote para os contos”, comenta. Ele observa que as oficinas e palestras só estimulam os alunos que possuem predisposição à leitura. “Não há mágica, é preciso um ambiente de leitura em casa. A experiência com adultos, das turmas do EJA, (Educação de Jovens e Adultos), durante dois anos, motivou mais retorno, criando-se até uma biblioteca no bairro de Barra de Jangada. Detectamos que houve um aumento de mais de 100 jovens inscritos na biblioteca quando as oficinas foram realizadas na Biblioteca Central de Jaboatão, ou seja, dentro do ambiente de livros. As escolas não têm bibliotecas, nunca vimos um professor de português que incentivasse a leitura, são poucos os que se aliam ao projeto das oficinas. A maioria aproveita para sair da sala nessas horas”, critica. “Há uma ideia falsa de que apenas quem escreve para crianças deve ir às escolas, na verdade, eles usam as escolas apenas para vender livros. Por outro lado, nem todos os escritores se comunicam com jovens, sabem escrever bem, mas são péssimos para falar com as turmas. Principalmente pela vaidade e egocentrismos, escritores que acham que são importantes e falam tudo de suas vidas e nada sobre a leitura e a arte”, conclui. *Paulo Caldas é escritor  

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Mais empregos para jovens até 24 anos

Diante da atual crise econômica enfrentada pelo país, o mercado de trabalho brasileiro vivencia um dos piores momentos das últimas décadas. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do trabalho, mais de 530 mil vagas com maiores salários foram descartadas no primeiro semestre do ano, e o levantamento mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, aponta que atualmente, 11,2% dos brasileiros estão desempregados. Apesar desse cenário o mercado se mostrou aquecido para os jovens nos últimos meses. O número de vagas para quem tem entre 14 e 24 anos aumentou. Mais de 180 mil empregos com carteira assinada foram criados no primeiro semestre para trabalhadores jovens. Parece uma boa notícia, principalmente considerando-se que essa faixa etária é a que mais sofre com a crise do emprego, porém, é importante analisa-la de um outro ângulo: em tempos de crise as empresas estão cortando gastos e oferecem postos de baixa remuneração para esses novos funcionários. Histórico Entre janeiro e junho desse ano, o saldo positivo na abertura de vagas só se concretizou na faixa etária mais jovem, enquanto para os mais velhos, o número de demissões ainda supera o de contratações. Mesmo que pareça um avanço, o mercado ainda está longe de se tornar convidativo ao candidato entre 14 e 24 anos: essa faixa é a mais afetada, são quase 4,8 milhões de desempregados de acordo com dados do CAGED. O cenário é preocupante pois estima-se que 1 em cada 4 trabalhadores com menos de 25 anos foi diretamente impactado pela crise, justamente num período no qual adquirir experiência e projetar a carreira é fundamental. Visão do mercado Se por um lado o número de postos de trabalho voltados para esses candidatos aumentou, por outro a remuneração ainda está aquém do esperado. Diversos fatores podem explicar esse cenário desfavorável "Muitas empresas tiveram que substituir trabalhadores por mão de obra mais barata e o jovem, por possuir pouca experiência, acaba sendo menos exigente devido a urgência em entrar no mercado de trabalho." - Analisa o gerente de Recursos Humanos Rafael Pinheiro. Considerando ainda que muitos jovens que antes dedicavam-se exclusivamente ao estudo precisaram se lançar no mercado de trabalho, seja para custear os estudos ou complementar a renda familiar, o próprio número de candidatos também aumentou, inflando o mercado. Diante disso as empresas podem aumentar o nível de exigência ou simplesmente baixar os salários, pois a oferta de profissionais segue ampla. Para Rafael, o mais preocupante nesse cenário é que, diante da necessidade, o jovem pode acabar arriscando a própria carreira, visto que muitas vezes essas vagas não condizem com seu perfil ou não vão de encontro com sua área de estudo. Esses fatores podem desmotivar o estudante, pois, atuar num período integral fora da área de formação, impede que o mesmo consiga aplicar os conhecimentos adquiridos no curso e obtenha experiência profissional em seu campo de trabalho, o que torna muito mais difícil conseguir uma colocação depois de formado. – Esclarece o especialista. Estágio é uma alternativa promissora Para especialistas, uma alternativa para driblar a crise, adquirir experiência profissional e aumentar a renda, é investir em qualificação e em programas de aprendizado. Vagas voltadas para jovens, como as vagas de estágio, proporcionam maiores oportunidades pois são flexíveis e permitem ao candidato conciliar os estudos com o trabalho. Além disso, por possuírem contratos e jornadas de trabalho mais brandas em relação a um trabalhador formal, conferem vantagens ao empregador, servindo como um estímulo à contratação de estagiários e aprendizes. E mesmo diante da crise, investir neste tipo de vaga é a melhor aposta para o jovem. De acordo com Tiago Mavichian, diretor da Companhia de Estágios, consultoria especializada na contratação de estagiários e trainees, apesar do mercado estar encolhido a evolução das vagas nos programas de estágio é contínua nessa época do ano "Nosso próprio levantamento mostrou que no último triênio a média de crescimento na oferta de novas vagas de estágio durante o segundo semestre foi de 7%. Esse é um resultado muito significativo considerando que o número de postos de trabalho formal vem caindo muito ao longo do último ano". Muitos estudantes que atuavam como estagiários se formam e ingressam no mercado de trabalho, e, para suprir essa demanda as empresas abrem novas vagas, explica o diretor. A jornada de trabalho reduzida, a possibilidade de aprendizado e o valor da bolsa auxílio são os maiores atrativos. Tantos benefícios oferecidos nesta modalidade. As vagas estão cada vez mais concorridas devido ao número de estudantes que priorizam o estágio. Dados da recrutadora apontam que mais da metade dos jovens já procuram uma oportunidade no início da formação. Segundo Mavichian mesmo as vagas de estágio com remunerações maiores não exigem experiência, mas requerem um bom perfil “Os estudantes que participam de iniciativas como trabalho voluntário, empresa Jr., além de possuir cursos de idiomas e bons conhecimentos de informática se destacam dos demais, pois esses fatores são um diferencial no currículo que se reflete no desempenho e desenvoltura do estudante no estágio” – finaliza. Qualificação é essencial Ainda que a crise seja a grande responsável pelo mercado de trabalho mais desafiador, outro fator extremamente relevante é que muitos candidatos, pela urgência em conseguir uma colocação, concorrem às vagas que não condizem com seu perfil. Com a concorrência acirrada os empregadores têm a possibilidade de ser mais criteriosos e podem fazer um filtro mais apurado, pois, a procura está maior do que a demanda de vagas. Segundo o diretor da Companhia de Estágios as vagas em empresas de médio e grande porte que oferecem mais benefícios, bolsa auxílio acima da média e possibilidade de efetivação são também as mais exigentes. De acordo com Rafael Pinheiro, hoje em dia é necessário complementar a formação básica, as empresas procuram, mais do que nunca, um currículo bem qualificado “Investir em cursos técnicos e de aperfeiçoamento é essencial para conseguir uma colocação em meio à crise, principalmente no caso dos jovens que buscam o primeiro emprego. Quando o

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As Imperial IPAs, o topo do amargor (por Rivaldo Neto)

A variação mais intensa das IPAs (Indian Pale Ale) são as Imperial IPAs, que possuem um consumidor extremamente segmentado deste estilo criado nos EUA. São cervejas com um grau potencialmente alto de amargor, fortes mesmo. O seu IBU - International Biterness Unit, medida que afere o grau de amargor – é alto. Porém essa medida não fornece informações sobre as sutilezas de sabor, mas serve como um guia geral e dá uma certa referência a quem se aventura em provar este estilo de cerveja, que têm como característica imediata ao experimentá-la a tônica de amá-la ou odiá-la. É bom dizer que o paladar humano é capaz de sentir até um determinado valor de IBU. Além desse valor a percepção é indiferente e isso fica em torno de 120/150 IBU, no máximo. Mas se você amar, isso se torna é um “casamento” sem crises. Essencial para o sabor da cerveja, o amargor é extremamente complexo, sendo decisivo para definir e caracterizar muitos estilos. E vai muito além do lúpulo, embora este ingrediente seja fundamental para sua existência, até porque são necessárias generosas quantidades para se chegar a uma Imperial IPA de respeito. Se você se enquadra no perfil dos hopmaniacs (lúpulomaníacos) é verdadeiramente amor ao primeiro gole. Infelizmente o clima no Brasil não é propício ao cultivo no lúpulo, por possuir em sua maioria o clima tropical. A planta se desenvolve melhor em climas frios. Mesmo assim já há sinais, estudos e experiências para que o cultivo de lúpulo vingue em solo nacional, talvez esteja aí um dos caminhos para a explosão definitiva da cena cervejeira brasileira, além de desonerar microcervejarias e cervejeiros em geral, já que ele é um insumo caro e importado. Mas vamos as cervejas. Se é pra falar das Imperial IPAs vamos com uma nacional produzida pela cervejaria Imigração de Campo Bom(RS), a Roleta Russa. Contendo 7,6%Vol e com 120 IBU é uma cerveja com notas cítricas e herbais. Retrogosto muito bom. Tem coloração alaranjada com reflexos âmbar e espuma branca com ótima persistência. É turva e um pouco adocicada no final. Para comer com uma linguiça alemã e mostarda de mel ou com um bom salame imperial. Tem uma garrafa bastante curiosa com uma tampa fliptop em forma de um tambor de revólver, contendo uma bala em alusão ao seu nome. Outra cerveja nacional que também vale muito a pena é a Vixnu, da cervejaria Colorado. Como não podia deixar de ser, a Colorado ousa em alguns dos seus rótulos com insumos diferentes como é o caso da Cauim, uma Lager que contém macaxeira. Mas na Imperial IPA foi posto rapadura. Isso deu um equilíbrio delicioso entre o malte e toques de caramelo e as notas cítricas de maracujá. Ela vem carregada de aromas cítricos de maracujá e no caso desta cerveja, contém os lúpulos Galena, Cascade, Simcoe, Amarillo e Citra. Os mesmos que são usados no seu Dry-hopping caracterizando este estilo. Com seus imponentes 9,5%Vol, 75 IBU, tem um tom acobreado, muito aromática e espuma persistente. É sem dúvida uma cerveja “extrema”. Experimente com um queijo gorgonzola. A cervejaria escocesa BrewDog é espetacular, e como não podia deixar de ser, fez uma Imperial IPA verdadeiramente sensacional. Realmente “Hard”, a BrewDog Hardcore IPA é um show de cerveja. Topando tomá-la com seus 9,2%Vol e 150 IBU (amargor nas alturas), frutada, com toque de caramelo. Ela realmente é “potente”. Os lúpulos Centennial, Columbus, Simcoe, dão um toque especial e único. Uma bebida para ser apreciada juntamente com sabores fortes e apimentados, queijos com cristais de sais, comida mexicana ou uma boa moqueca. É cerveja mais amarga produzida no Reino Unido. Momentos amargos nem sempre são ruins, no mundo da cerveja ela é tudo de bom! Pode apostar! MUNDO CERVEJEIRO A Amstel, quinta maior marca de cerveja do mundo, fez seu lançamento oficial no mercado pernambucano, com um evento no último dia 15 de agosto. A gigante holandesa, de propriedade da Heineken, vem com uma proposta de brigar com as cervejas comerciais mais populares com uma qualidade muito melhor que as que hoje se encontram no mercado. Feita com ingredientes naturais e sem conservantes, o produto realmente tem uma qualidade superior e com uma embalagem das mais bonitas. Segundo o gerente comercial da marca Luciano Gomes, a estratégia da cervejaria é bastante agressiva. “O preço é um diferencial, são realmente muito atrativos e competitivos”, afirma. A Amstel será comercializada em latas de 350ml, 473ml e garrafa de 600ml. O chope da marca já circula também em bares e restaurantes da capital pernambucana. *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas (rivaldoneto@outlook.com)  

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Tirando as dúvidas sobre a Chikungunya

Pernambuco tem mais de 40 mil casos de suspeita de chikungunya, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde. O incômodo com as dores intensas e constantes é a principal queixa dessa parcela de vítimas da doença causada pelo mosquito. O tratamento desses sintomas foi tema da nossa última edição da Revista Algomais Saúde. A matéria despertou grande interesse dos leitores a ponto de obter mais de três mil compartilhamentos nas redes sociais, além de mais de mil comentários, muitos deles referentes a dúvidas sobre a infecção. Voltamos a abordar o tratamento da chikungunya respondendo alguns dos questionamentos. Leia também: Dor da Chikungunya tem tratamento A relação entre a diabetes e a chikungunya foi a maior indagação dos leitores. Afinal, os pacientes de diabetes sofrem mais com a febre? A resposta do endocrinologista Luiz Griz é que não. Porém, se o quadro de dor é indiferente à diabetes, o tratamento da chikungunya demanda cuidados redobrados para esses pacientes, devido ao uso das medicações com corticoides. “ O protocolo indica apenas o uso de alguns analgésicos na primeira semana, mas caso não melhore o quadro de dor, os pacientes podem entrar em tratamentos com corticoides, que aumentam os níveis de glicose”, alerta Luiz Griz, que é professor de endocrinologia da UPE e médico preceptor da Unidade de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Agamenon Magalhães. Ele sugere que esses pacientes tenham um cuidado redobrado em monitorar a glicemia com o glicosímetro. “É importante fazer a medição pelo menos três vezes por dia, antes das refeições”, afirma. Sem uma boa orientação de um especialista, esse paciente poderá ter um quadro de descompensação do diabetes. E para evitar isso, o médico indica que seja realizado um planejamento de uso de insulinas de forma preventiva. Outra dúvida levantada pelos leitores foi referente aos hipertensos. A situação é semelhante. De acordo com o cardiologista Wilson Oliveira Júnior, o uso dos medicamentos anti-inflamatórios e corticosteroides podem dificultar o controle da pressão arterial. “Algumas das saídas encontradas para o tratamento da dor da chikungunya são de drogas que podem descontrolar a pressão. Não há uma contraindicação absoluta desses tratamentos aos pacientes hipertensos, até porque a dor intensa precisa tratar mesmo. Mas é preciso ficar mais atento para não haver um descontrole do quadro”, adverte. O médico indica algumas precauções que poderão ser tomadas por esses pacientes. “No caso da necessidade de usar medicamentos corticoides, a recomendação é basicamente usar o menor tempo possível. E em situações de descontrole da pressão, será necessário aumentar a medicação anti-hipertensiva”, afirma. Por isso, o hipertenso que sofre de chicungunya deve consultar também o seu cardiologista para orientá-lo sobre as doses dos seus remédios. Sobre a suspensão das medicações, no entanto, surge outra reclamação. Muitos pacientes têm relatado que as dores reaparecem com ainda mais força após a retirada dos remédios. A reumatologista do Real Instituto de Oncologia do Hospital Português e do Imip, Renata Menezes, faz uma recomendação para evitar esse efeito colateral. “Após a resolução do quadro articular e a suspensão dos medicamentos, pode haver recidiva dos sintomas musculoesqueléticos em alguns pacientes. Recomenda-se que a dose do corticoide seja reduzida lenta e gradualmente para evitar o retorno das dores e inchaços”. Leia Mais: Pacientes com chikungunya procuram fisioterapia A prática da hidroginástica no tratamento e a possibilidade de seguir fazendo musculação, mesmo com a doença, são alguns dos questionamentos. Segundo a professora do departamento de fisioterapia da UFPE, Maria das Graças Araújo, ambas as atividades podem ser feitas, mas com algumas precauções. “É importante que se faça atividade e a água facilita os movimentos, porém o uso de resistência (pesos) deve ser evitado ainda nessa fase, porque as condições físicas e reações variam de indivíduo para indivíduo ”, orienta a especialista. Sobre a musculação, Maria das Graças sugere que a atividade deva ser direcionada por algum especialista, porque a Chikungunya acomete as pequenas e grandes articulações desenvolvendo quadro inflamatório, por isso deve-se ter muita atenção na frequência dos exercícios e sua intensidade. DORMÊNCIAS. Uma reclamação que tem sido recorrente entre os pacientes com chikungunya é o surgimento de dormências nas articulações. Para esses pacientes Maria das Graças faz algumas sugestões: “Pode-se fazer atividades de massageamento com materiais diversos nas articulações, do tipo: flanela, algodão, esponjas, ou seja com texturas diversas”. Segundo a reumatologista Renata Menezes, do Real Hospital Português, as dormências têm sido queixas frequentes dos pacientes após infecção por chikungunya. Ela considera que esse sintoma pode ocorrer devido ao comprometimentos do sistema nervoso. (Por Rafael Dantas - repórter da Revista Algomais)

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Voos para Garanhuns e Serra Talhada à vista

A ampliação da malha aérea estadual como instrumento para a aceleração do desenvolvimento regional. Foi com esse objetivo que o governador Paulo Câmara assegurou, nesta quinta-feira (18.08), a estruturação dos aeroportos de Garanhuns, no Agreste, e de Serra Talhada, no Sertão. Os equipamentos estão sendo preparados para receber novos voos da Azul Linhas Aéreas, a partir do Recife. O anúncio da futura ativação das novas conexões foi feito durante o batismo da aeronave da companhia com a inscrição "Pernambuco, Coração do Nordeste", no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freire. Na oportunidade, o chefe do Executivo estadual ainda confirmou o início de uma nova operação que vai ligar Recife a Orlando, no Estados Unidos, a partir de dezembro deste ano. "Garanhuns e Serra Talhada são uma realidade. Agora, nós temos uma tarefa de garantir a infraestrutura necessária para receber esses voos da Azul", destacou Paulo Câmara. O governador adiantou que serão investidos R$ 5 milhões para a adequação da pista de Serra Talhada às normas exigidas pela Infraero e que o projeto de recuperação do equipamento de Garanhuns está em fase de conclusão. "Estamos investindo para que as pessoas que moram nessas duas cidades tenham mais facilidade de se deslocar", pontuou, lembrando que o início dessa operação depende de uma série de procedimentos que precisarão ser realizados pela empresa privada. Com relação aos investimentos feitos pela companhia aérea no Estado, Paulo voltou a salientar a importância das parcerias com diferentes agentes públicos e privados para o crescimento. "Os desafios devem provocar a busca por novas oportunidades. E foi isso que nós fizemos aqui no Estado", assegurou Câmara. O chefe do Executivo estadual destacou a confiança da empresa na estabilidade econômica e administrativa do Estado. "A Azul está centralizando suas operações em Pernambuco, e nós temos que incentivar esse tipo de iniciativa", frisou. A empresa Azul Linhas Áreas escolheu Pernambuco para se estabelecer. Além do anúncio das conexões com Garanhuns e Serra, a companhia implantou uma central que liga o Recife a 24 destinos dentro no Nordeste. O hub representa uma injeção anual de R$ 503 milhões na economia local. Para o presidente da companhia aérea, Antonoaldo Alves, a transparência do Estado foi fundamental para a consolidação do empreendimento e para os avanços no projeto local. "É gratificante trabalhar com um governo que cumpre o que faz. E nosso otimismo nos faz crescer. A gente acredita na conectividade", ponderou o executivo. Para o voo que vai ligar Recife a Orlando, nos Estados Unidos, a Azul Linhas Aéreas destinou um Airbus 330-20. Um avião moderno e confortável, com capacidade para 250 pessoas. Esse voo terá uma frequência semanal, a partir da segunda quinzena de dezembro. Com essa conexão, a Azul passará a ter 25 destinos saindo da Capital. Desde o início da operação desse hub, a companhia aérea registrou um incremento de 50% no número de passageiros. PERNAMBUCO, CORAÇÃO DO NORDESTE - Além de celebrar o batismo do novo jato Embraer 195 adquirido pela companhia, a cerimônia desta quinta-feira consolidou mais uma parceria entre o Governo e Azul Linhas Aéreas. Trata-se do início de uma campanha criada para divulgar o Estado como destino turístico. Além de cravar o slogan "Pernambuco, Coração do Nordeste" na aeronave, o Estado realiza ações em dez cidades brasileiras. Para ampliar o alcance da campanha, um caminhão vai rodar o País capacitando profissionais do setor, promovendo rodadas de negócios e divulgando Pernambuco. O secretário de Turismo, Esportes e Lazer, Felipe Carreras, afirmou que Pernambuco vai na contramão do resto do País, que registra uma queda no número de passageiros de avião. "O Estado está ampliando a sua conectividade, através dos últimos investimentos no setor, e segue se consolidando como um atrativo turístico", disse o auxiliar do governador Paulo Câmara. Também participaram da solenidade o secretário da Fazenda, Marcelo Barros; o secretário de Turismo, Esportes e Lazer do Recife, Camilo Simões; o gerente de aeroportos da Infraero, Leandro Magalhães; além de membros do trade turístico do Estado. (Do blog do Governo do Estado)

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Eleitores atentos a temas ligados à qualidade de vida

Os temas áreas verdes, energias renováveis, gestão de resíduos sólidos e mobilidade urbana podem fazer o eleitor mudar de voto nas eleições municipais de 2016, mostra o projeto apartidário Cidade dos Sonhos em pesquisa encomendada ao Datafolha. Esses quatro assuntos foram considerados importantes ou muito importantes por mais de 90% dos entrevistados, chegando a 96%, de acordo com o tema. O percentual dos que certamente mudariam de voto, caso o projeto de governo nessas questões não coincida com os seus ideais, é também significativo, variando entre 43% e 45%, dependendo do assunto. A mensagem dos eleitores é clara, de acordo com Gabriela Vuolo, representante do projeto Cidade dos Sonhos, e os candidatos precisam ir além de assuntos tradicionalmente tratados em programas e propagandas políticas. “Os dados a que chegamos são muito importantes. Estamos acostumados a ver candidatos falando sempre dos mesmos assuntos e essa pesquisa traz uma informação muito relevante que é: não basta falar sobre os temas a que estamos acostumados, não basta falar só sobre educação, saúde e moradia, vai precisar falar sobre mais coisas”, disse. “Quem falar sobre outros temas tende a ganhar uma parcela interessante do eleitorado”, acrescentou Gabriela. Ela explicou que esses aspectos são diretamente ligados à qualidade de vida das pessoas nas cidades e já são vistos como fatores de decisão do voto. “Fatias acima de 40%, como encontramos, podem fazer a diferença tanto na escolha dos candidatos que vão para o segundo turno, quanto no momento da decisão”, disse. “Lançamos, em junho, o projeto chamado Cidade do Sonhos, que permite às pessoas construir, por meio de uma plataforma online e também de algumas ações de rua, as cidades com as quais elas sonham a partir de alguns temas principais. Estamos trabalhando com quatro grandes temas, que são resíduos sólidos, áreas verdes, mobilidade urbana e energia”, contou Gabriela sobre o projeto. Dos temas apresentados na plataforma online – áreas verdes, gestão de resíduos sólidos, energia renovável e mobilidade urbana – os dois primeiros foram os mais indicados pelos eleitores. Resíduos sólidos são considerados importantes ou muito importantes por 96% dos entrevistados. Áreas verdes são importantes ou muito importantes para 94%. Mobilidade e deslocamento são importantes ou muito importantes para 92% da amostra e as energias limpas para 90%. A disposição para mudar o voto frente a propostas diferentes é de 45%, no caso de resíduos sólidos e de áreas verdes, de 44% em questões de mobilidade e deslocamento e de 43% para a área de energias limpas. Gabriela destaca que a pesquisa mostra que o eleitorado brasileiro é sensível e favorável a propostas inovadoras e que têm o potencial de revolucionar as cidades, o que poderia gerar empregos e economia de recursos públicos, melhora da qualidade do ar, mitigação das mudanças climáticas e o aumento da qualidade de vida. Soluções Sobre as energias renováveis, as propostas de instalar energia solar nas escolas públicas e reverter os recursos economizados na conta de luz para a educação, melhorar a eficiência da iluminação pública e reduzir o Importo Predial Territorial Urbano (IPTU) para construções que tenham placas solares aumentariam em 76% as chances de um eleitor escolher um candidato, concluiu o projeto Cidade dos Sonhos. Segundo Gabriela Vuolo, assuntos relacionados à energia correspondem normalmente à pauta de eleições para presidente, no entanto, o barateamento das tecnologias de fontes de energia renovável cria oportunidades para inovação também nas prefeituras. “Independentemente da esfera responsável, o eleitor brasileiro deixa claro que quer ver soluções locais para essa questão”. No caso de resíduos sólidos, oferecer a coleta seletiva para toda a cidade, inclusive com programas de inclusão de catadores, é a proposta com maior grau de influência sobre os eleitores, aumentando as chances do candidato em 76%. As propostas de proibir o corte de árvores e criar áreas verdes de fácil acesso para a comunidade em todos os bairros da cidade aumentariam as chances de votar no candidato para 70% da amostra. Na mobilidade, integrar o sistema de transportes públicos, aumentar as redes noturnas de ônibus, ampliar o uso de bicicletas, priorizar a mobilidade para pedestres e os modos de transporte coletivo são as propostas com maior grau de influência, chegando a 69% dos entrevistados. Com 67%, segundo o projeto, estão as propostas de reduzir os limites de velocidade para aumentar a segurança e o fluxo do trânsito e planejar a cidade de maneira a facilitar a locomoção de pessoas, com medidas que incluem a criação de zonas de uso misto, faixas exclusivas para ônibus e infraestrutura para bicicletas. A pesquisa Datafolha ouviu 2091 pessoas com mais de 16 anos, entre os dias 28 de junho e 2 de julho deste ano. Dessas, 36% têm ensino fundamental, 46% médio e 18% superior. Um quarto da amostra é de pessoas das classes A/B, 48% da classe C e 27% da D/E. A amostra abrangeu 132 municípios das cinco regiões do país, sendo 41% em regiões metropolitanas e 59% em cidades do interior. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. (Agência Brasil)

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O que é brega? (por Marcelo Alcoforado)

Brega, aprendemos desde as lições primárias, substantivo e adjetivo de dois gêneros, é termo pejorativo, aplicável a que ou a quem não tem finura de maneiras; é cafona, de mau gosto, sem refinamento, de qualidade reles, inferior... Você acabou de ver algumas definições do respeitabilíssimo dicionário Houaiss, demonstrando que o termo é bem servido de depreciações. Brega, pensando bem, é mesmo uma palavra sem categoria. Para começar, sua origem é obscura, ainda de acordo com o Houaiss. Tão obscura, aliás, que, segundo outra hipótese, brega teria vindo dos prostíbulos nordestinos em que esse tipo de música tão peculiar embalava os romances de vida tão breve quanto o tempo que transcorria do convite ao quarto e, por fim, ao gozo. Há mais hipóteses. Como esta, por exemplo, que atribui a derivação do termo ao "Nóbrega" que dá nome à rua Manuel da Nóbrega, em Salvador – que ficava na região de meretrício da capital baiana. Em algumas histórias licenciosas, aliás, pronunciava-se o nome do padre Nóbrega como palavra paroxítona. De Nóbrega para Nobrega, teria sido um pequeno salto, pois. O brega, contudo, continuava em busca de um lugar de destaque como manifestação musical. Se nas tertúlias a simples menção da palavra causava urticária, quem sabe seus intérpretes pudessem encontrar a aceitação nos saraus musicais... Estava surgido um novo gênero de música brasileira, embora não houvesse, asseguravam os especialistas, um ritmo propriamente brega. Existisse ou não, o fato é que o termo ganhou o status de gênero musical, marcado por romantismo, simplicidade, rimas e palavras fáceis, assim evoluindo e crescendo no gosto popular e produzindo variáveis como o brega pop e o tecnobrega. A música do meretrício pouco a pouco adquiria ares de dama, quase pudicos, deixando de frequentar exclusivamente os pecaminosos bordéis. Era o tempo dos boleros e sambas-canção trinados nas vozes suplicantes dos cantores do momento, como Orlando Dias, Carlos Alberto e Cauby Peixoto. A música pegou, e, para encurtar a conversa, a partir dos anos 1980, o termo brega passou a ser cunhado largamente na imprensa brasileira para designar, preconceituosamente, ressalte-se, música sem valor artístico. Assim, o termo designava música de mau gosto, destinada às camadas populares, com exageros dramáticos que beiravam o histrionismo. Era, por exemplo, o caso da interpretação de cantores da linha romântica como Amado Batista, Wando, Gilliard, Fábio Junior e José Augusto. Em tal cenário, um rapaz de nome artístico Reginaldo Rossi se destacou. Sem vez como imitador servil de Roberto Carlos, assumiu trono e cetro de o Rei do Brega, e o sucesso logo lhe bateu às portas. Dentro da tradicional linha romântica popular, Reginaldo Rossi manteve-se como uma espécie de contraponto nordestino para Roberto Carlos, inclusive se apropriando do título de rei que já acompanhava o monarca da Jovem Guarda. Os ventos benfazejos sopravam continuamente, e a canção Garçom fez do pernambucano uma sensação no Sudeste. O brega passou a ser reavaliado – inclusive gravado por estrelas de primeira grandeza da música nacional, como Caetano Veloso. O centro da atenção aqui, porém, é o Rei do Brega e é dele que se vai falar. Para começo de conversa, foi, orgulhava-se de dizer, o primeiro cantor de rock do Nordeste, no tempo em que comandava um grupo musical batizado The Silver Jets. Antes disso, no entanto, foi professor de física e matemática, e estudou engenharia durante quatro anos, tendo iniciado a carreira artística em 1964, por influência de Elvis Presley, dos Beatles e da Jovem Guarda, segundo disse. Além do mais, foi crooner em boates do Recife, e fez duas incursões na política. Na primeira, candidatou-se a vereador de Jaboatão dos Guararapes, mas conquistou apenas 717 votos. Na segunda, tentou se eleger deputado estadual, contudo, mais uma vez, não teve êxito. Conquistou 14 934 eleitores, contentando-se em ocupar a 93ª colocação no pleito. Mas de que importava o sucesso político se, como artista, o aplauso estava do seu lado?A partir do seu primeiro disco, O Pão, foi sucesso atrás de sucesso. Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme, por exemplo, foi regravada dezenas de vezes por vários artistas. E como isso fosse pouco, ele ressurgiu no Centro-Sul, o que provocou o relançamento de seus discos em CD. Logo ele passou a ser visto como cult e assinou contrato com a gravadora Sony. Foram cerca de 50 discos lançados, entre inéditos e coletâneas, mais de 300 composições gravadas e ele ainda encontrava tempo para fazer uma média de 25 shows por mês, em todo o Brasil. Ademais, ganhou o Prêmio da Música Brasileira 2000, 14 discos de Ouro, 2 de Platina, 10 Platina Duplo e um de Diamante. Foi um longo e alcatifado caminho para aquele rapazola que imitava Roberto Carlos, não é mesmo? O ignorado de ontem passara a ter, a partir do Recife, fã-clubes espalhados pelas principais capitais brasileiras, como Salvador, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Maceió, Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Manaus, entre outras, onde se fez conhecer por O Rei da MBB (Música Brega Brasileira). Bebedor contumaz, jogador compulsivo e fumante inveterado, Reginaldo Rossi baixou hospital no dia 9 de novembro de 2013. Retirou dois litros de líquido acumulados entre a pleura e o pulmão, mas o pior estava por vir. O resultado da biópsia confirmou o diagnóstico de câncer de pulmão, que o levou no dia 20 de dezembro de 2013. Nascido a 14 de fevereiro de 1944, Reginaldo Rossi vivera 69 anos. Com sua voz nasalada, fora, no começo, um improvável cantor que se liberara da imitação de Roberto Carlos para fazer sucesso como o Rei do Brega. Fez. Tanto que hoje, como ontem e como amanhã, em algum lugar do Brasil estarão sendo ouvidos muitos dos seus sucessos, como A Raposa e as Uvas, Garçom e tantas outras melodias, simples, é verdade, mas que embalaram tantos momentos de amor. Muitos dos que ouvem Reginaldo Rossi buscam, com gestos e palavras evasivas, fazer parecer que se trata de um simples momento exótico ou mero divertimento. É não. Na maioria das vezes, isso é só fingimento. Descabido, creia. Afinal, com sua

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Paulo cria Gerência para questão indígena

Disposto a encontrar alternativas que minimizem os efeitos gerados por anos de desigualdade social, o governador Paulo Câmara determinou, nesta quarta-feira (17.08), a criação de uma Gerência Especial voltada às questões das comunidades indígenas em Pernambuco. O anúncio ocorreu durante encontro do chefe do Executivo estadual com representantes de 11 tribos pernambucanas, no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Na oportunidade, Paulo também assegurou a construção do primeiro Plano Estadual de Políticas para a Comunidade Indígena. As duas ferramentas ampliarão o diálogo e o número de ações voltadas ao segmento. Vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, a Gerência Especial terá a função de dialogar com os demais setores do Governo de Pernambuco. O cargo será ocupado por um representante da comunidade indígena, e a estrutura dessa coordenação também será definida de acordo com as principais demandas auscultadas. A Secretaria Estadual de Educação já conta com uma superintendência para a educação indígena. Com relação à implantação do primeiro Plano Estadual de Políticas Públicas para a Comunidade Indígena, o mecanismo funcionará como uma orientação para a atualização das prioridades e para a consolidação de propostas voltadas ao segmento, no âmbito da administração estadual. A sua elaboração se dará em parceria com os demandantes, com o objetivo de atacar as principais necessidades observadas pelos índios pernambucanos. O secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Isaltino Nascimento, destacou que a reunião desta quarta-feira contribuiu para o avanço da discussão sobre questões importantes para a população indígena do Estado. "As lideranças vão se reunir para elaboração das propostas, muitas experiências já apresentadas por eles devem ser aproveitadas", completou. Isaltino disse ainda que o melhor método para a elaboração do novo plano estadual também será apresentado pelo segmento. "Eles é que vão nos dizer qual é o melhor processo", pontuou. EDUCAÇÃO - Na oportunidade, o secretário de Educação, Frederico Amâncio, ainda recebeu uma pauta de ações para a sua pasta. Alguns pontos abordados pelos integrantes da comissão tratam da contratação de professores, de auxiliares e a abertura de novas escolas no Estado. "São demandas que devem ser tratadas de forma detalhada. A gente vai solucionar, já nesse primeiro momento, as mais emergenciais. Após esse entendimento, nós vamos avançar em novos pontos", garantiu. Frederico salientou que será necessário um diagnóstico detalhado da situação das unidades localizadas em comunidades indígenas. "O nosso canal de comunicação está 100% aberto. E nós vamos trabalhar para concluir cada reivindicação", afirmou o secretário. A professora Sueli, representante do povo Pankararu Entre Serras, aprovou a postura do Governo de Pernambuco. "Eu penso que o governador conseguiu sistematizar uma forma de encaminhar essas questões. Foi uma reunião produtiva", ressaltou a professora, destacando a capacidade de ouvir de Paulo. "Acho que o diálogo constante é essencial para que essas sejam solucionadas",completou. Também participaram da reunião o secretário de Transportes, Sebastião Oliveira, o secretário de Agricultura, Nilton Mota, e o secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto.

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