Z_Exclusivas - Página: 354 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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O desafio de ser mãe e profissional

Um número cada vez menor de mulheres tem o luxo ou pretensão de serem classificadas como belas, recatadas e do lar na sociedade brasileira. O meme que se espalhou pelas redes sociais no último mês entra em confronto com o contexto social em que 37,3% das mulheres são as principais responsáveis pelo sustento da casa, de acordo com o IBGE. Muitas delas dividem a trajetória de crescimento profissional com a maternidade. Pesquisa do Instituto Sophia Mind indica que 91% delas acredita que é factível sim ser uma ótima profissional e mãe ao mesmo tempo. Na prática, com todo um malabarismo de atividades e gestão dos horários, elas têm mostrado que realmente é possível. Porém pagam um preço alto com a sobrecarga de tarefas e a falta de estruturas de creche. O suporte vez da famílias, em geral das avós. Segundo a consultora da ÁgilisRH, Eline Nascimento, existe uma percepção de que hoje há uma maior divisão nas atividades domésticas entre homens e mulheres. Mas quando se trata das responsabilidades com os filhos, o peso sobre a mãe ainda é grande. “Essa divisão entre o papel de mãe e trabalhadora gera um processo de angústia. Mas a vida profissional é parte da vida da mulher e ela tem que se desculpabilizar”, diz. Para gerenciar com qualidade a carreira e ter o tempo necessário para o cuidado dos filhos, Eline destaca a relevância de mobilizar uma rede de apoio familiar, negociar bem com o parceiro a divisão das atividades e, quando possível, na própria empresa por alternativas como horários mais flexíveis e a possibilidade de realizar parte da carga horária em casa. A boa gestão do tempo é uma das características das mulheres que conseguem crescer profissionalmente sem abrir mão de estar presentes no crescimento dos filhos. A médica Carla Núbia Nunes Borges, 45 anos, já viveu a experiência de amamentar os filhos nos intervalos dos plantões. “Eles me acompanharam muito nos hospitais, principalmente nos finais de semana. Desde pequenos sempre combinamos muito os horários. Eles sofreram muito com essa rotina, mas sempre foram parceiros nessa minha caminhada”, conta a médica. Nessa trajetória, além do trabalho nos hospitais, Carla ainda passou pelo divórcio quando os filhos Lucas, Lara e Luiz tinham respectivamente 10, 8 e 7 anos. Se as responsabilidades aumentaram, ela seguiu crescendo profissionalmente e fez duas especializações e um mestrado em ciência da saúde em paralelo aos empregos. “Foi bem difícil, mas fiz uma escolha. Sofri muito, pois me achava ausente. Mas investi em tempo de qualidade. A vida ficou dividida apenas entre eles e o trabalho. As festas e saída com amigas ficaram em segundo plano, mas não me arrependo”. Mesmo com o tempo restrito, ela se esforçou para fazer ao menos duas refeições por dia com a família, além de aproveitar os finais de semana com os filhos. Férias, aniversários e Dia das Crianças eram motivo de festa. Duas bases de apoio nessa jornada foram a sua mãe e o colégio. Outra profissional da área de saúde que divide trabalho, estudos e a maternidade é Gabriela Félix de Souza, 32. Hoje ela está em transição. É fisioterapeuta, faz faculdade de medicina e tem uma filha de 11 meses, Laura. A chegada da bebê foi planejada. A angústia veio quando voltou à rotina de trabalho e estudante. “Retornar às atividades foi o momento mais complicado de transição. Voltei às aulas quando Laura tinha dois meses. Não sabia se iria dar certo, a criança depende muito da mãe. No começo para sair de casa era bem difícil. Mas sempre deixei com alguma das avós”, conta. Com a volta ao trabalho em paralelo aos estudos, ela só fica com a bebê no começo da manhã e no período da noite. “Reduzi minha carga horária profissional, saí de um hospital, mas mesmo assim me cobro muito pelo fato de estar ausente. A cobrança é muito maior minha que de outras pessoas”. A rotina da pequena hoje é no hotelzinho das 7h às 18h. A mãe, além do emprego e do tempo na faculdade ainda se desdobra para manter os estudos em dia. Muitas vezes usando as madrugadas. As preocupações com os cuidados com os bebês nos seus primeiros meses, quando associados ao acúmulo das funções profissionais e de casa levam muitas mulheres a tensões emocionais mais intensas. “As mulheres entraram no mercado de trabalho, mas os homens não entraram em casa, no cuidado com os filhos, na mesma intensidade. Recebo nos consultórios muitas mulheres com depressão pós-parto ou vivendo muitos conflitos na volta ao trabalho. Elas têm uma sensação subjetiva de responsabilidade do cuidado com o filho que o homem não tem”, afirma o médico Amaury Cantilino, que é professor adjunto departamento de psiquiatria da UFPE e membro da Comissão de Saúde Mental da Mulher da Associação Brasileira de Psiquiatria. Além dessa preocupação com os filhos, o médico relata que a competitividade no mercado profissional, pouco flexível às mães, também angustia as mulheres. “O receio de ter seu espaço preenchido pelo profissional que a substituiu na gestação é muito presente. Nessa volta ao trabalho, com frequência há uma sensação de ameaça no emprego. A necessidade de se ausentar no adoecimento dos filhos, por exemplo, cria nas mães uma impressão de vulnerabilidade da sua empregabilidade”, explica Amaury. Esse dilema dos possíveis prejuízos na competitividade profissional feminina se aqueceu neste ano com declarações do polêmico parlamentar Jair Bolsonaro que defendeu que as mulheres recebessem menos por engravidar. Apesar da chuva de críticas recebidas pelo deputado federal, sua opinião segue sendo uma realidade no mercado de trabalho no Brasil, em que as mulheres ainda ganham 30% a menos que os homens, de acordo com pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Esse preconceito com as mulheres tem retardado as gestações e levado também à recusa da maternidade. Resultado disso é que no Censo 2010, 20% das famílias não tinham filhos. No Censo 2000 eram 14% das famílias nessa situação. MÃE E PARLAMENTAR. A deputada estadual Priscila Krause dividiu os últimos anos da sua vida parlamentar

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Venda de imóveis em queda do Nordeste

Os Indicadores ABRAINC-Fipe referentes a março revelam o total de 10.804 unidades vendidas, com queda de 14,8% frente às vendas de março de 2015. Nos primeiros três meses deste ano, as vendas somaram 23.460 unidades, o equivalente a um recuo de 16% frente ao volume observado no mesmo período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, o setor vendeu 105.020 unidades, queda de 15,8% frente ao período anterior. Em março de 2016 foram lançadas 9.534 unidades, o que mostra uma elevação de 22,1% face ao mesmo mês de 2015. Já no acumulado de 2016 (jan-mar), os lançamentos totalizaram 14.172 unidades, volume 18,2% superior ao observado no mesmo período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, o total lançado (65.740 unidades) ainda repercute queda de 6,0% face ao período precedente. O vice-presidente executivo da ABRAINC, Renato Ventura, avalia que a alta nos lançamentos no mês de março ainda não pode ser caracterizada como tendência, pois falta confiança do setor em retomar o crescimento diante do cenário econômico atual. "Ainda há dificuldade no cenário, com impacto no crédito e na confiança do comprador", ressalta ele. O levantamento mostra ainda que, em março de 2016, foram entregues 12.734 unidades, o que representa aumento de 14% em comparação ao número de entregas realizadas em março de 2015. As entregas totalizaram 29.505 unidades no acumulado de 2016, volume 4,2% inferior ao observado na mesma base de 2015. Nos últimos 12 meses, as entregas somaram 124.561 unidades, o que representa queda de 21,4% face ao período anterior. Em sua oferta final, o mercado imobiliário disponibilizou 113.022 unidades para compra ao final de março, No mesmo período, foi vendido o equivalente a 8,9% da oferta do mês, percentual que representa uma queda de 2,1 pontos percentuais face ao Venda sobre Oferta (VSO) estimado em março de 2015 (11%). Com isso, estima-se que a oferta atual seja suficiente para garantir o abastecimento do mercado durante 11,2 meses, se o ritmo de vendas de março de 2016 for mantido. Distratos Nos três primeiros meses de 2016, o total de distratos foi de 11.524 unidades, patamar 4,7% superior ao observado no primeiro trimestre de 2015. Já no mês de março, os distratos somaram 4.438 unidades, o que representa um aumento de 14% frente ao número absoluto de distratos observados em março de 2015. Nos últimos 12 meses foram 50.166 unidades distratadas, o que equivale a uma elevação de 6,6% face ao período anterior. Renato Ventura explica que a forma mais consistente de acompanhar o número este tema é realizando o cálculo por safra, com isso pode se ter um retrato mais preciso da ocorrência dos distratos no setor. Luiz Fernando Moura, diretor da ABRAINC, ressalta que o perfil dos compradores tem mudado, acompanhando o novo ritmo do setor. "Estão ficando no mercado mais pessoas que compram para morar ou que investem com expectativa de retorno a médio e longo prazos", conclui. Região Nordeste No mês de março, a região Nordeste contou com 2 mil unidades lançadas, tendo a sua participação em 21,8% no total nacional. No período, foram vendidas 1.300 unidades de novos imóveis, alcançando 11,8% do número vendido no Brasil pelas associadas ABRAINC. Em março foram entregues 1.900 unidades no Nordeste, 15,3% do total de entregas no Brasil. Os dados mostram que no Nordeste, em março, haviam disponíveis 17.800 unidades em oferta final, 15,7% do número nacional. Metodologia mensal Completados dois anos de estudo, os Indicadores ABRAINC-Fipe passam a ser divulgados no formato mensal por haver informações mais detalhadas e maior histórico do setor. Até o mês passado, os dados eram divulgados por trimestre móvel. O objetivo da mudança é facilitar o entendimento dos dados do setor imobiliário, alinhados com os outros indicadores da economia nacional, que também são calculados mensalmente. Os Indicadores ABRAINC-Fipe são elaborados pela Fipe com informações de 19 das 26 associadas da ABRAINC que atuam em todo o país. O estudo, lançado em agosto de 2015, vem sendo construído pela Fipe desde janeiro de 2014, é o primeiro conjunto de indicadores do setor imobiliário obtidos nacionalmente. Para a composição dos Indicadores são consideradas informações sobre lançamentos, vendas, entregas, oferta final e distratos do mercado primário de imóveis residenciais e comerciais. Divulgados mensalmente, os números são referentes ao mês de março de 2016. Os dados que compõem os Indicadores são fornecidos à Fipe mensalmente pelas empresas associadas à Abrainc. Após compilar os dados, é feita cuidadosa verificação para garantir a consistência das informações e, se for o caso, as empresas são contatadas para eventuais ajustes ou validação. Em seguida, com os dados validados, os Indicadores Abrainc-Fipe são calculados e, posteriormente, disponibilizados.

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Dor da chikungunya tem tratamento

Combater a dor. Esse é o principal desejo dos pacientes com suspeita de chikungunya que chegam diariamente aos serviços de urgência ou aos consultórios. Os analgésicos mais receitados pelos médicos, como dipirona ou paracetamol, na maioria dos casos, passam longe de aliviar o desconforto. Como a doença tornou-se um grave problema na saúde pública – até o início de maio havia quase 17 mil casos suspeitos e 371 confirmados – e alcança parcela significativa da população, surge neste momento uma série de indicações populares do que fazer para amenizar os sintomas. Cada um dá um pitaco. Entre os médicos, no entanto, foi desenvolvido um protocolo para orientar esse tratamento. Apesar do sofrimento que os pacientes passam nos primeiros dias da chikungunya, na sua fase inicial, há algumas restrições para o uso de medicamentos. “Não são recomendados os anti-inflamatórios nessa primeira etapa, pois caso esse paciente tenha dengue, e não a febre chikungunya, o uso desses medicamentos poderá desencadear uma reação hemorrágica. Os sintomas dessas duas doenças são bem semelhantes”, alerta o infectologista do Hospital Esperança, Moacir Jucá. Essa fase aguda dura de dois dias até duas semana. Leia mais: Pacientes com chikungunya procuram fisioterapia Enquanto as dores da dengue são consideradas leves e os sintomas da zika são classificados como de leves a moderados, a gravidade das sensações provenientes da febre chikungunya estariam entre moderadas e intensas, segundo os especialistas. Uma característica que acomete os pacientes desse quadro mais agravado é que a maioria segue para a fase subaguda da doença. “Cerca de 80% dos pacientes entram nessa fase, em que há uma piora das dores articulares, em geral nas mesmas regiões já acometidas no primeiro momento, apesar de não haver mais febre. Os pacientes que continuam por mais de três meses entram numa fase classificada como crônica da doença”, diz Moacir Jucá. De acordo com informações do Ministério da Saúde, os sintomas dessa última fase podem durar até três anos. A partir da fase subaguda e da fase crônica – já com um diagnóstico e um quadro clínico mais preciso da doença – são iniciados tratamentos com o uso de anti-inflamatórios esteroides ou não esteroides (estes últimos são conhecidos como corticoides). Aos pacientes que chegam à última fase é necessário acompanhamento de um reumatologista. Recentemente foi desenvolvido pela Secretaria de Saúde do Recife o protocolo "Manejo de Dor na Chikungunya", que designa qual o tipo de tratamento a partir da escala de dor do paciente, que é medida de 0 a 10. De acordo com a especialista em reumatologia e tutora de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Zelina Barbosa, que integrou a equipe de elaboração do protocolo, o nível da sensação dolorosa é medido durante as consultas médicas a partir de entrevistas com o paciente. “Identificamos algumas pessoas com graus 9 ou até 10. São casos mais intensos, que precisam de um acompanhamento de um especialista, pois pode haver a necessidade inclusive de usar derivados de morfina no tratamento”, afirma. Para as crianças, que também são vítimas frequentes da doença, o protocolo de tratamento é semelhante ao dos adultos, apenas considerando a ressalva das medicações que não são recomendadas para a fase infantil. “O quadro clínico dos pequenos é bem semelhante ao do adulto. Muitas manifestações cutâneas, além das dores nas articulares são muito presentes nas crianças. O tratamento também é muito parecido, respeitando drogas que têm restrições na infância. Buscamos os analgésicos, anti-inflamatórios e corticoides que são indicados para a idade”, ressalva Zelina. Com o desenvolver da doença alguns pacientes correm o risco de perder massa muscular ou até chegar a quadros de incapacidade funcional, de acordo com a médica. Nesses casos é possível fazer indicações de tratamentos alternativos com fisioterapia e até acupuntura. As indicações alimentares que têm sido propagadas pelas redes sociais, como o uso de sucos com inhame, não têm comprovação científica na literatura médica. RISCOS De acordo com a reumatologista do Real Instituto de Oncologia do Hospital Português e do Imip, Renata Menezes, os pacientes com maior risco de entrar na fase crônica, com comprometimento das articulações são as pessoas acima de 45 anos, portadoras de doenças articulares preexistentes. "O sintoma mais comum nessa fase é o acometimento articular persistente e semelhante à artrite reumatóide. Nessa fase podem ainda estar presentes a fadiga, rigidez matinal, artrite, tenossinovite e sintomas neurológicos", declara. Ela alerta que muitos pacientes estão se automedicando com corticóides, o que nem sempre é aconselhado, devido os riscos e contraindicações, além da volta dos sintomas após a suspensão da medicação (efeito rebote), que deve acontecer de forma moderada. Na fase crônica da artrite por chikungunya deve-se considerar, além dos corticóides, a possibilidade de uso de drogas usadas no tratamento da artrite reumatóide. (Rafael Dantas)

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Recife recebe maior evento hacker do continente

O ROADSEC, maior evento de hacking, segurança e tecnologia do continente, depois de dobrar de tamanho no ano passado, agora vai expandir seu público por meio da inclusão social. Na temporada 2016, que passará por 15 capitais brasileiras durante o ano - chegando em Recife no próximo sábado (21) - será inaugurado o programa RoadAccess-Morphus, que vai viabilizar a participação de surdos no evento. Em parceria com a Morphus Segurança da Informação, equipes de intérpretes de LIBRAS darão apoio para que, pela primeira vez, hackers e amantes de tecnologia surdos possam acompanhar as palestras sobre sobre tendências do universo hacker, participar de oficinas interativas e o principal: disputar os dois campeonatos de hacking mais relevantes da América do Sul: · O Hackaflag, maior campeonato brasileiro de hacking; · E a CryptoRace, maior gincana de criptografia do Brasil. Os melhores em cada competição ganharão uma viagem com tudo pago para São Paulo e poderão disputar a grande final, em novembro, e conseguir o título de melhor hacker do país. Os participantes também poderão testar novidades tecnológicas recentemente chegadas ao mercado brasileiro, como óculos de realidade virtual, impressoras 3D e drones pilotados por smartphones, além de uma série de atividades envolvendo tecnologia e criatividade. O evento ainda vai reunir os principais hackers da capital pernambucana com especialistas de todo o Brasil para debater, entre outros temas, a segurança do voto eletrônico no Brasil e quais são as falhas e ataques que estão em alta, com foco principal em redes sociais e smartphones. Confira a grade completa: http://roadsec.com.br/recife2016/ [3] SERVIÇO: Data: 21 de Maio das 10h às 18h Local: Faculdade dos Guararapes (Rua Comendador José Didier, 27 - Piedade) Ingressos: 80 inteira - 40 estudante (www.roadsec.com.br [4]) SOBRE O ROADSEC O Roadsec é um roadshow itinerante com palestras, oficinas e campeonatos com a temática hacker. Em seu quinto ano na estrada, passará em 2016 por 15 capitais durante o ano: - Conteúdo Ataques, teorias, defesa, carreira, pesquisas, empreendedorismo e guerra digital são alguns dos destaques na grade de palestras. - Oficinas Pilote e manobre um DRONE usando apenas o seu celular, monte um robô de LEGO MINDSTORMS e seja seu comandante, destranque cadeados sem usar as chaves na oficina de LOCK PICKING, faça seu próprio molde de arte 8-bits com os PIXEL BEADS, construa um circuito eletrônico inteligente com as peças do LITTLE BITS ou experimente a realidade virtual com o OCULUS RIFT!

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Mendonça afirma que Fies e Prouni continuam

Diante das informações falsas propagadas nas Mídias Sociais sobre o fim do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Programa de Financiamento Estudantil (Fies), o Ministério da Educação e Cultura esclarece que nenhum deles será descontinuado pela nova gestão da pasta. Na última sexta-feira, em contato com servidores da casa, o ministro da Educação, Mendonça Filho, destacou a importância de dar continuidade aos projetos mais importantes. “Nenhum dos importantes projetos, das importantes missões, nenhum deles será descontinuado. Nós teremos a responsabilidade de fazer com que sejam preservados, mantidos e aprimorados”, disse, pouco antes de confirmar Maria Helena Guimarães como secretária executiva. FIES – O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação de estudantes matriculados em cursos superiores de instituições privadas. Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. PROUNI - Criado pelo governo federal em 2004 e institucionalizado pela Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, o Programa Universidade para Todos (ProUni) oferece a estudantes brasileiros de baixa renda bolsas de estudos integrais e parciais (50% da mensalidade) em instituições particulares de educação superior que ofereçam cursos de graduação e sequenciais de formação específica. Podem fazer a inscrição os egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular, estes na condição de bolsistas integrais da própria escola.

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Mercado projeta queda econômica de 3,88%

A estimativa de instituições financeiras para o encolhimento da economia, este ano, foi levemente ajustada. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,86% para 3,88%. Para 2017, a estimativa de crescimento foi mantida em 0,50%. As projeções fazem parte de pesquisa feita todas as semanas pelo Banco Central (BC) a instituições financeiras. A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi mantida em 7%. Para 2017, a projeção foi reduzida de 5,62% para 5,50%, no sexto ajuste consecutivo. As estimativas estão acima do centro da meta de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, em 2017. É função do Banco Centra fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic. Inflação Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A projeção das instituições financeiras para a Selic, ao final de 2016, foi mantida em 13% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa passou de 11,75% para 11,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 7,03% para 7,10%, em 2016. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada 7,35% para 7,34%, este ano. A estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de 7,04% para 7,14%, em 2016. A projeção para a cotação do dólar segue em R$ 3,70, ao fim deste ano, e em R$ 3,90, no fim de 2017.

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A questão fiscal (maio/2016)

Quando uma família gasta mais do que a soma dos rendimentos dos seus membros ela incorre em déficit. Estando no vermelho, essa família pode recorrer a empréstimos para cobrir a diferença e/ou buscar reduzir drasticamente suas despesas ou ainda, se possível, trabalhar mais para elevar a renda familiar. Caso não faça nenhum ou pouco esforço para gastar menos ou se não puder ganhar mais por conta de um mercado de trabalho adverso, a família cobrirá seus gastos com empréstimos pagando juros altos, especialmente se recorrer ao cheque especial. Se insistir na prática do endividamento, essa família vai parar nos limites de crédito oferecidos pelos bancos ou vai pagar juros cada vez mais altos por conta do risco de, eventualmente, não saldar o débito. Além disso, ninguém vai querer ser parceiro de uma família endividada para nenhum negócio por medo de que ela não venha honrar seus compromissos. Os encargos da dívida (juros, correção monetária, multas etc.) irão ganhando espaço nas despesas da família e a relação entre o total da dívida e a renda da família irá se elevar rapidamente. Eventualmente essa família será financeiramente insolvente, tendo que se desfazer de patrimônio, se tiver algum, para pagar o que deve. Em tese essa família deveria gastar menos do que ganha e fazer uma poupança para pagar a dívida e seus encargos. Isso faria com que a relação entre o total da dívida e a renda familiar caísse e, eventualmente se estabilizasse. Essa descrição – guardadas as devidas proporções e conceitos – aplica-se ao caso brasileiro que está enfrentando uma grave crise fiscal. De fato, o descontrole das contas públicas está no cerne dos problemas econômicos enfrentados pelo Brasil. O desajuste fiscal gera inflação, eleva os juros, compromete a provisão de serviços públicos essenciais, abocanha parte da poupança do setor privado e trava os investimentos públicos – por falta de recursos – e privados, pois gera incerteza entre os empresários sobre a solvência financeira do País. Além disso, o setor privado não aceitará um parceiro para investimentos que esteja altamente endividado e que, eventualmente, possa se tornar insolvente. O fato é que por muitos anos o Brasil vem apresentando taxas de crescimento do gasto público acima do crescimento do PIB. Gasta-se mais do que se arrecada, daí decorrendo a necessidade de se endividar para cobrir a diferença. Quando isso ocorre o Estado brasileiro é obrigado a pedir dinheiro emprestado às pessoas, às empresas, aos bancos e aos fundos de investimento, nacionais e estrangeiros. Para tanto o Tesouro Nacional emite títulos da dívida pública que são remunerados com juros acrescidos da variação na inflação oficial ou da variação de outros indexadores. Para que o mercado os adquira, assim emprestando dinheiro ao governo, é necessário não só que os juros sejam atrativos e que se situem acima da inflação, mas que sejam também seguros, isto é, que o valor aplicado originalmente mais os encargos sejam, de fato, pagos pelo governo na data do resgate ou, fora dela, no dia em que o credor decidir recuperar o que aplicou de volta. Portanto, tem que haver segurança de que o dinheiro emprestado pelo credor seja pago pelo devedor, ou seja, pelo Tesouro Nacional. O grau de segurança do pagador é medido pelas agências de rating, sendo a melhor certificação a do grau de investimento, status que o País perdeu recentemente. O governo deveria fazer uma poupança para pagar os encargos da dívida. Essa poupança é definida como a diferença entre receitas e despesas não financeiras, ou seja, o superávit primário. Quando a poupança é negativa, o governo tem que pedir mais dinheiro emprestado, o que significa rolar a dívida aumentado, assim, o seu estoque. O descontrole se manifesta tanto pelo crescimento do déficit primário quanto pelo aumento da relação dívida bruta-PIB. Esta é a essência do problema fiscal brasileiro. O País apresenta desde 2014 déficits primários sucessivos, inclusive previstos para 2016, e uma elevação da relação dívida bruta-PIB. O déficit nominal - a diferença entre o total das receitas e despesas - vem também se elevando como uma proporção do PIB. Essa diferença aumentou de 2,96% para 10,38% do PIB entre 2013 e 2015. Por sua vez o superávit primário de 1,72% do PIB, em 2013, transformou-se em déficit primário de 1,88% em 2015. E a relação dívida bruta-PIB elevou-se de 53,8% para 67,6% do PIB entre 31/12/2013 e 31/12/2015. Essa trajetória é insustentável podendo chegar, em 2018, a R$ 4 trilhões, cerca de 80% do PIB. O ajuste fiscal não é um fim em si mesmo, mas um meio para se retomar o crescimento econômico e continuar com os programas de proteção e de desenvolvimento social de que o País tanto necessita. Famílias e governos precisam ser financeiramente saudáveis para dar conta de suas responsabilidades e propiciar bem-estar para todos. O ajuste das contas públicas não é uma questão ideológica como muitos dão a entender. É uma questão financeira. Se assim não for entendido enfrentaremos dificuldades crescentes.

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Museu Murillo La Greca inicia novos projetos

O Museu Murillo La Greca, no bairro do Parnamirim, no Recife, aproveita as celebrações da 14ª Semana Nacional dos Museus para estrear uma nova programação. De 18 a 22 de maio, exposições, seminário e novos projetos serão apresentados ao público de forma gratuita. A programação preza pelo dinamismo e participação da sociedade no equipamento cultural da Prefeitura do Recife. O Museu Murillo La Greca está localizado na Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, nº 366, bairro do Parnamirim, Recife. Informações pelo telefone: 3355.3126/3127 A programação começa na quarta-feira, dia 18, a partir das 19h, com a abertura de duas exposições: Sobre Monumentos e Vazios, de Erica Ferrari; e Murillo La Greca - Grandes Formatos, com curadoria de Bárbara Collier. A primeira, parte da pesquisa de Erica Ferrari acerca dos Palácios Nacionais, dos quais destaca os que guardam passagens de luta e violência e que hoje servem como museus e espaços culturais, além de funcionarem como monumentos. A segunda mostra traz para o museu um recorte da produção do patrono da casa, Murillo La Greca. A exposição abre diálogo com obras em grandes formatos e seu processo de criação e elaboração, com destaque aos afrescos da Basílica da Penha. Fotos do processo de execução bem como os rascunhos e esboços elaborados pelo artista estarão disponíveis ao público. A exposição reúne fotos, desenhos, rascunhos, cartas, objetos pessoais e materiais artísticos de Murillo. Na quinta-feira, dia 19, será realizado o seminário Proposições de Projetos e Eventos para o Museu Murillo La Greca em 2016. Aqui, a ideia é apresentar os novos projetos e modelo de trabalho, convidando artistas, produtores e público em geral para sugerirem novas ações para o ano de 2016. Essa é uma iniciativa que visa aproximar o espaço museológico e educativo da população. As sugestões e projetos também podem ser enviadas para o e-mail: murillolagreca@gmail.com. O seminário tem início às 19h. Na sexta-feira, dia 20, no horário das 20h às 22h, o Murillo La Greca inaugura um novo projeto: Cinema no Jardim – edição Discussões Urbanas. O evento será gratuito e traz a exibição de curtas-metragens, música com DJ no intervalo entre os blocos de exibição e barraquinha com bebidas e comidas. O sábado, 21 de maio, será dedicado a abertura de mais dois projetos. O primeiro, intitulado o Atelier Coletivo - edição serigrafia, acontece das 13h às 17h, onde artistas convidados vão montar seu ateliê no jardim do museu. Como o tema dessa edição é a serigrafia, serão disponibilizadas tintas e mesas para trabalho, além de varal para secagem das obras e exposição durante a tarde. O segundo projeto é o Roda de Fogueira: O resgate da conexão com o feminino e a mulher selvagem. Ele começa às 17h e vai trazer duas expositoras, a Kátia Brandão e a Júlia Santos, que irão tratar do tema circundado em diversas perspectivas, de forma dinâmica, em uma roda de conversas, construindo-se então um debate que estará aberto à participação de todos. O que é o sagrado feminino, o arquétipo da mulher selvagem, e a abordagem desse sagrado ligado à arte são alguns dos focos do encontro. E encerrando a programação da 14ª Semana Nacional dos Museus, o Murillo La Greca preparou para o domingo, 22 de maio, uma programação infantil que vai das 10h às 17h. Nesse dia haverá uma visitação às duas exposições em cartaz no museu com mediação especial para as crianças na parte da manhã. Das 12h às 13hs, o Museu faz uma pausa das visitações e disponibiliza o seu jardim para um picnic, onde além de frutas e águas disponibilizadas no local, o público pode levar sua própria comida. O momento de lazer e alimentação terá ainda o som dos Djs da casa. E das 13h às 17h, além do público espontâneo, o espaço vai receber as pessoas do circuito 1, do Circuito de Museus 2016. O circuito é realizado pelo OBSERVAMUS - Observatório de Museus e Patrimônio Cultural (PPGA - UFPE) em co-realização com o Fórum de Museus de Pernambuco e vai contar com uma visitação mediada a vários equipamentos, com transporte gratuito saindo dos shoppings Tacaruna e Rio Mar. As inscrições são feitas pelo e-mail: circuitodemuseusrecife2016@gmail.com. Informações: 2121.0354.

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Crise pernambucana no saneamento básico

Das 100 maiores cidades brasileiras analisadas no novo "RANKING DO SANEAMENTO NAS 100 MAIORES CIDADES" publicado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a com a consultoria GO Associados, seis estão em Pernambuco (Recife, Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Petrolina). Três deles - Jaboatão dos Guararapes (94º), Olinda (84º) e Paulista (81º) - estão entre os 20 piores do país em saneamento básico, segundo o ranking que é baseado em indicadores oficiais do SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico - do Ministério das Cidades - ano base 2014.  Outras três cidades, a capital Recife (73º), Caruaru (64º) e Petrolina (45º), estão na parte intermediária da tabela. Na capital, Recife, os indicadores de 2014 mostravam que  83,27% da população tinha acesso à água tratada, mas a coleta de esgoto estava acessível para apenas 38,69% da população. A cidade também ostentava um índice elevado de perdas na distribuição, de 51,88%. Olinda, cidade que é patrimônio cultural da humanidade, investiu pouco em saneamento básico no período de 2010 a 2014, apenas 6,03% do que arrecadou com os serviços de água e esgotos. O  atendimento de água tratada era disponibilizado para 84,64% da população e apenas 33,7% das pessoas tinham acesso às redes de coleta de esgotos em 2014. Já na cidade de Paulista, 84,71% da população era servida por água tratada e 37,52% com coleta de esgotos. Os investimentos em saneamento em relação à arrecadação em Paulista atingiu a média de 8,95%. Em Caruaru, 93,57% das pessoas tinham água tratada, mas apenas 43,4% tinham coleta de esgotos. A melhor situação entre as grandes cidades pernambucanas estava em Petrolina, onde 88,3% das pessoas tinham acesso à água tratada e 59,8% com coleta de esgotos. A situação mais crítica foi a de Jaboatão dos Guararapes, onde apenas 73,19% da população tinha acesso aos serviços regulares de água tratada. Mais grave foi ver que apenas 7% da população era atendida por coleta de esgoto, índice muito aquém da média nacional de 49,8%. Um indicador que ajuda a explicar o atraso do município em saneamento básico é a relação entre arrecadação com os serviços e os investimentos em saneamento. Nos 5 anos do estudo (2010 a 2014) a cidade reinvestiu nos serviços de água e esgotos, em média, 8,22% do que arrecadou (contra uma média de 23% nos 100 municípios). Uma outra situação crítica das grandes cidades pernambucanas são os elevados índices de perdas de água no processo de distribuição. Caruaru perdia 53,56%, Jaboatão 41,06 %, Olinda 59,24%, Paulista 65,37% e Petrolina 48,64%. Apesar dos grandes desafios do saneamento básico em Pernambuco, um ponto muito positivo é que no estado está acontecendo a maior Parceria Público-Privada em água e esgotos do País, avaliado em R$ 4,5 bilhões. O programa, segundo informações dos envolvidos e na imprensa local, abrange todos os 14 municípios da RMR e a cidade de Goiana, tendo como destaque na região metropolitana o Programa Cidade Saneada. Há, portanto, perspectivas de avanços significativos nos próximos anos.

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Mecanismos de apoio à produção das artes cênicas

*Por Romildo Moreira A cada dia que passa fica mais evidente a necessidade de se criar alternativas além das leis de incentivo para que não haja interrupção no processo criativo de grupos, companhias e artistas independentes na produção de seus espetáculos. Obviamente, os recursos advindos de Leis de Incentivo, como o Funcultura, são muito bem vindos, mas não podem tornar-se o único instrumento para tal. A Lei Rouanet, do Governo Federal, não tem demonstrado eficiência em sua aplicação às artes cênicas em Pernambuco e na Região Nordeste, no tocante a montagem de espetáculos, pelo seu caráter de Mecenato. Os poucos municípios que dispõem de Leis de Incentivo à Cultura, não funcionam regularmente, nem tampouco atendem as necessidades de seus próprios territórios. De forma que os projetos pernambucanos que não são aprovados no Funcultura, amargam a causticante peregrinação em busca de apoios, enquanto aguardam a nova convocatória do próprio Funcultura, na tentativa de aprovação. E essa insegurança não gera atmosfera sadia para o processo criativo de teatro, dança, circo e ópera. O fluxo de espetáculos montados em cidades como Caruaru, Olinda e Recife, antes da existência das leis de incentivo, comparado com o fluxo nos dias atuais nestas mesmas cidades, ver-se uma seta vertiginosamente em declínio, tanto em quantidade, quanto em qualidade dos espetáculos produzidos, possivelmente causados por duas acomodações que são: de um lado, a dos produtores (conjuntos artísticos e artistas individuais) aos mecanismos de leis de incentivo; do outro, a dos órgãos de cultura em reduzir a sua participação à Lei de Incentivo (com raras exceções). – Que não se veja, portanto, as leis de incentivo como vilãs, e sim como uma entre outras possibilidades de recursos para se levar novos espetáculos à cena. Também se faz necessário, e muito, que grupos e companhias mantenham os seus propósitos temáticos e de forma de produção, para que não se ausentem do público, mesmo que para isso voltem aos velhos tempos em que se recorria a fontes como: rifas, festas temáticas, feijoadas, bazares, vendas antecipadas de ingressos, etc. – Usar a criatividade também neste particular é fundamental, como fez o ator Tatto Medinni, em Recife, que lançou mão de uma campanha de doação espontânea na internet para por em cena o seu espetáculo “Jr.”, que estreou, com sucesso, no último Festival Janeiro de Grandes Espetáculos, no Teatro Hermilo Borba Filho. Um novo formato de organização artística, praticado na atualidade, denominado de “coletivo”, já se pronuncia de alguma maneira para escapar da nociva dependência das leis de incentivo, criando redes de ajuda mútua, para montagem ou circulação das obras, e assim ter liberdade total na criação dos trabalhos e na longevidade deles. Contudo, não podemos eximir o papel das instituições públicas em criar outras formas de incentivo à cultura, por estar ciente de que atores da arte e da cultura providenciam, a sua maneira, alternativas para continuar trabalhando. – Este esforço não pode ser unilateral. Em tempos transitórios de instabilidades política e econômica como esse que atravessamos no cenário nacional, exemplificando com a junção das pastas de Educação e Cultura em um só Ministério, esperamos que, pelo menos, sejam garantidos programas dedicados às artes cênicas, geridos pela Funarte, como o Klaus Viana, o Míriam Muniz e o Carequinha, por ser público e notório que tradicionalmente os orçamentos destinados à Educação não são parcos como os também tradicionalmente destinados à Cultura. – E que a Cultura retome seu status de Ministério o mais breve possível! DICA DE ESPETÁCULO PARA A INFÂNCIA E JUVENTUDE: “Vento Forte Para Água e Sabão”, da Cia. Fiandeiros. Local: Teatro Hermilo Borba Filho Dias: Sábado 14/05 e domingo 15/05, às 16h. Preços: R$ 10,00 e R$ 5,00. Informações: 33553319 / 33553320 *Por Romildo Moreira - ator, autor e diretor de teatro

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