Arquivos Z_Notícias Destaque Home - Página 7 de 60 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Z_Notícias Destaque Home

“Ter uma vice-presidente negra na maior potência mundial é extremamente importante”

“O fato de termos uma vice-presidente negra na maior potência mundial é extremamente importante e relevante para as crianças, para os jovens e para os adultos que estão em processo de formação da sua identidade e de ser negro e negra”. A análise é de Auxiliadora Martins, líder do Gepar (Grupo de Estudos e Pesquisas em Autobiografias, Racismo e Antirracismo na Educação) da UFPE. Auxiliadora, que é doutora em educação pela universidade, acredita também que a chegada de Kamala Harris à vice-presidência dos Estados Unidos vai fazer com que mais pessoas possam estar na luta de frente da educação das relações étnico-raciais e da mudança de política e de práticas racistas no Brasil e no mundo. A acadêmica, no entanto, ressaltou que a persistência do racismo estrutural ainda dita as relações humanas, sociais, políticas e culturais no Brasil e que as ações afirmativas adotadas no País são fruto da luta do movimento negro. “Ao mesmo tempo em que o movimento denuncia práticas racistas, também anuncia possibilidades de fazermos diferente e de viver de forma diferente, respeitando a todos os espectros de cores de pele da população e da sociedade brasileira”, afirma. Essa pressão social, segundo Auxiliadora, fez com que algumas leis que instituem ações afirmativas e políticas públicas racialmente equitativas fossem promulgadas no Brasil, como a que traça objetivos e metas de promoção da saúde da população negra, que possui doenças prevalentes como a diabete, a hipertensão a anemia falciforme. Outro marco de políticas públicas racialmente equitativas considerada importante pela educadora foi a promulgação da lei 10.639 que orienta escolas públicas e particulares de todos os níveis e modalidades de ensino, a ensinar a história e a cultura afro-brasileira e africana. “Na esteira dessas demandas do movimento social negro, em 2012, também foi promulgada a lei que institui as cotas sociais e étnico-raciais no ensino superior, fazendo com que hoje nós possamos ter 50,3% de estudantes pretos e pardos na universidade pública brasileira, o que é um feito histórico e importante no combate às desigualdades étnico-raciais que ocorriam nas universidades públicas que foram pensadas por uma elite para atender aos interesses da própria elite”, salienta Auxiliadora Martins. Ela também ressalta a importância das cotas nos concursos públicos e para as eleições proporcionais. Apesar dessas conquistas, Auxiliadora Martins frisa, porém, que ainda há muito o que ser conquistado por negros e negras no Brasil. Ela explica, por exemplo, que o Gepar realiza estudos, pesquisa e extensão no sentido da denúncia contra o racismo institucional no ensino superior e contra o chamado epistemicídio acadêmico (um conceito, elaborado pelo professor português Boaventura de Souza Santos, que trata da destruição de formas de conhecimento e culturas que não são assimiladas pela cultura do Ocidente branco). “Um exemplo é que a UFPE não incorporou nas suas teorias e metodologias a lei 10.639. A universidade forma professores e professoras, que farão concurso público e serão cobrados e cobradas acerca do que está disposto nas diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais”, alerta a acadêmica. Entretanto, ela também visualiza alguns avanços recentes em outas áreas, como a decisão do Magazine Luiza em instituir um programa de trainee só para negros. “Constitui-se num feito histórico que será lembrado e celebrado pela população negra no Brasil. É pioneiro e é importante que todas as empresas possam fazer políticas públicas racialmente equitativas semelhantes ao do Magazine Luiza”.

“Ter uma vice-presidente negra na maior potência mundial é extremamente importante” Read More »

Crítica| Os Espetaculares (Amazon Prime Video)

Quem costuma frequentar o metrô do Recife provavelmente já deve ter se deparado com uma campanha publicitária da Amazon Prime Video estampada nos trens e nas plataformas. De olho no grande público, o serviço de streaming está investindo em produções brasileiras de apelo mais comercial. Entre as apostas, a comédia Os Espetaculares. A história acompanha Ed Lima (Paulo Mathias Jr.), um comediante de stand-up egocêntrico que, na intenção de provar seu talento ao filho Theo (DJ Amorim), decide participar de um concurso de comédia. Para isso, fará parte de um grupo formado por um ator dramático (Rafael Portugal), uma comediante nerd (Luísa Perissé) e um atendente de padaria nada normal (Victor Meyniel). O filme é dirigido por André Pellenz, diretor do primeiro Minha Mãe é Uma Peça, longa recordista de público no Brasil. O roteiro, escrito por Sylvio Gonçalves (Confissões de Adolescente, S.O.S. Mulheres ao Mar) é raso e previsível. Em meio aos poucos momentos engraçados, destaque para uma sequência hilária de stand-up dentro de uma igreja evangélica.  Quanto ao elenco, Paulo Mathias Jr. não tem o carisma necessário ao posto de protagonista. Diferente de Luísa Périssé, que consegue imprimir na tela o mesmo talento e bom humor da mãe, Heloísa Périssé. Rafael Portugal fica aquém do bom trabalho que faz no Porta dos Fundos. Os Espetaculares estreou na Amazon Prime Video no início do mês ao lado do terror "A Gruta". A proposta é aumentar o número de produções brasileiras na plataforma. Mais dois filmes ainda estrearão em novembro: Carlinhos e Carlão (12/11) e No Gogó do Paulinho (19/11).

Crítica| Os Espetaculares (Amazon Prime Video) Read More »

Pernambuco registra 10 óbitos por Covid-19

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quarta-feira (11/11), 860 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 22 (2,5%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 838 (97,5%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 168.093 casos confirmados da doença, sendo 27.430 graves e 140.663 leves. Também foram confirmados 10 novos óbitos, registrados entre os dias 07/09 e 09/11. Com isso, o Estado totaliza 8.773 mortes pela Covid-19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

Pernambuco registra 10 óbitos por Covid-19 Read More »

Pernambuco registrou 807 novos casos de Covid-19 e 12 óbitos

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quarta-feira (28/10), 807 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 26 (3%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 781 (97%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 161.161 casos confirmados da doença, sendo 26.964 graves e 134.197 leves. Também foram confirmados 12 novos óbitos, ocorridos desde o dia 28 de maio. Do total de mortes do informe de hoje, três ocorreram nos últimos três dias, sendo uma em 27/10 e duas em 26/10. Os outros nove registros ocorreram entre os dias 28/05 e 24/10. Com isso, o Estado totaliza 8.587 mortes pela Covid-19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

Pernambuco registrou 807 novos casos de Covid-19 e 12 óbitos Read More »

Crítica| O Pequeno Refugiado

Começou na quinta (22) a 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Devido à pandemia do novo coronavírus, o evento acontece em plataformas digitais, além de ter exibições em dois cinemas ao ar livre na capital paulista. Alguns filmes já estão disponíveis gratuitamente na plataforma Spcine Play. Entre eles, a ficção turco-iraniana "O Pequeno Refugiado", uma interpretação aberta da comovente história de Aylan Kurdi, o menino curdo de três anos que foi encontrado morto em uma praia na Turquia, em 2015, após fugir com a família da Síria. O longa trata do drama vivido por famílias que, em busca de proteção, fogem de seus países arrasados pela guerra. Aylan entra na história como fio condutor da trama, que abraça o realismo fantástico ao mostrar o menino frente a frente com o próprio corpo estendido na praia. Sua morte marca o início da jornada. Aylan encontra no caminho figuras como o segurança de um estaleiro, desacreditado por causa do alcoolismo. Também tem um encontro com Nebvar (Farshid Gavili), homem que sofre com a morte do filho. Ainda que Aylan nomeie o filme, quem assume o protagonismo é Nebvar, personagem de grande importância para o desenrolar dos três atos. Dirigido por Batin Ghobadi, que em 2010 ganhou um Urso de Cristal no festival de Berlim pelo curta "Ask The Wind", "O Pequeno Refugiado" tem roteiro fraco, autoexplicativo, que subestima o espectador em alguns momentos. Porém nem tudo é ruim. Destaque para a boa direção de fotografia de Morteza Najafi, principalmente nas cenas que acontecem na praia. Além do streaming Spcine Play, é possível assistir ao longa no Looke, na sessão Spccine. Outros filmes da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo poderão ser vistos também nas plataformas Mostra Play e Sesc Digital. Mais informações: https://44.mostra.org/  

Crítica| O Pequeno Refugiado Read More »

Fernando Andrade: “Grupos econômicos enfrentam pedidos de responsabilidade tributária”

A receita bruta dos 200 maiores grupos empresariais brasileiros, segundo a Revista Exame, alcançou US$ 770 bilhões no ano de 2017. Fernando Andrade, advogado do Escritório Severien Andrade Advogados, acredita que em razão dessa pujança econômica, esses grupos passaram a despertar os interesses das autoridades fiscais brasileiras, que, cada vez com mais frequência, optam por atribuir responsabilidade tributária aos seus integrantes. Esses pedidos, segundo Fernando Andrade, em geral, partem de uma narrativa marcada pela criminalização dos grupos econômicos, em que se tenta atribuir uma conotação ilícita ou criminosa a inúmeros fatos e negócios jurídicos que, além de serem legítimos e lícitos, são corriqueiros e inerentes à própria essência dos grupamentos empresariais. Fernando Andrade é mestre em direito tributário pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, na qual defendeu dissertação sobre Responsabilidade Tributária de Empresas integrantes de Grupos Econômicos. Nesta entrevista ela detalha o assunto e aponta soluções. Que tipo de problema os grupos econômicos têm enfrentado nos casos de responsabilidade tributária? Segundo a Revista Exame, a receita bruta dos 200 maiores grupos empresariais brasileiros alcançou a impressionante cifra de US$ 770 bilhões no ano de 2017. Certamente por conta dessa pujança econômica e da sua popularização na dinâmica negocial, os grupos econômicos passaram a despertar os interesses das autoridades fiscais brasileiras, que, cada vez com mais frequência, optam por atribuir responsabilidade tributária aos seus integrantes. Mais do que a expressiva e crescente proliferação de pedidos de responsabilização de grupos econômicos, o que mais tem preocupado e assustado o meio empresarial é a agressividade e os excessos muitas vezes verificados nas investidas fiscais, tanto na narrativa desenvolvida, quanto nas drásticas medidas de constrição patrimonial pedidas, muitas vezes, de dificílima reparação. Isso porque, frequentemente, a fundamentação dos pedidos de responsabilização parte de uma narrativa marcada pela “criminalização” dos grupos econômicos, na qual se tenta atribuir uma conotação ilícita ou criminosa a inúmeros fatos e negócios jurídicos que, além de serem legítimos e lícitos, são corriqueiros e inerentes à própria essência dos grupamentos empresariais. É o caso, por exemplo, da identidade de sócios entre empresas controladas por uma mesma família, do compartilhamento de ativos, do oferecimento de garantias e de vários outros negócios jurídicos que, embora sejam lícitos e inerentes à dinâmica dos grupos empresariais, são qualificados, pelas autoridades fiscais, como “provas inequívocas” do uso abusivo da personalidade jurídica, de confusão patrimonial e de outras patologias jurídicas. Na verdade, quando se examina os pedidos de responsabilização formulados pelas autoridades fiscais, a impressão que se tem é que os grupos econômicos se tornaram sinônimo de algo ilícito, sobretudo nos casos dos chamados “Grupos de Fato”, que não são constituídos segundo a Lei das Sociedades Anônimas, mas que, frise-se, não são considerados ilícitos apenas pelo seu caráter informal. Obviamente, há situações em que a formação e a utilização de grupos econômicos realmente têm finalidade ilícita, voltada ao não recolhimento de tributos devidos ou à ocultação de patrimônio derivado de ilícitos tributários. Mas não é desses casos que estamos falando. O grande problema é que, frequentemente, os pedidos de atribuição de responsabilidade tributária não individualizam, de maneira circunstanciada e com provas contundentes, as condutas praticadas por cada um dos integrantes dos grupos econômicos. Aparentemente, é mais fácil “socializar” a responsabilidade tributária entre todos os participantes do grupamento, atribuindo-a indistintamente a todos os seus participantes, mas sem a necessária demonstração individualizada de que uma determinada empresa, por exemplo, participou da ocorrência do fato gerador do débito tributário objeto da responsabilização ou ao menos contribuiu para o seu inadimplemento. E, para piorar, é muito comum que os pedidos de responsabilização de grupos econômicos sejam acompanhados de requerimentos para que os ativos dos seus participantes sejam indisponibilizados ou penhorados até o limite dos débitos cobrados, que, em regra, são bastante expressivos. Essa questão foi agravada com a Operação Lava a Jato? Não me parece que tenha havido um agravamento do tema após e por causa da Operação Lava Jato, porque a proliferação de pedidos de responsabilização tributária de grupos econômicos é fenômeno que já ocorre desde antes do início daquela operação. Mas, por outro lado, me parece que, além da narrativa criminal já mencionada, há um ponto em comum entre a Lava Jato e os pedidos de responsabilização tributária: a profundidade e a sofisticação das investigações, sobretudo societárias e patrimoniais, feitas pelas autoridades. Usando tecnologia de ponta e profissionais altamente experientes e qualificados, os órgãos conseguem fazer uma reconstituição completa do histórico societário e das mutações patrimoniais das pessoas, físicas e jurídicas, que compõem ou são ligadas aos grupos empresariais. Quais as saídas para o problema, quando uma empresa está sendo alvo de um pedido de responsabilização baseada na sua alegada participação em grupo econômico? Há mais de 10 anos, tenho assessorado, com muita intensidade, diversas empresas em demandas, administrativas e judiciais, envolvendo a responsabilização de grupos empresariais nordestinos. Não foi por acaso que o nosso escritório criou uma equipe de advogados especializada, que, há um bom tempo, criou um know how específico e diferenciado para lidar com demandas sobre essa temática. Em linhas gerais, fazemos um exame aprofundado e personalizado de cada caso novo, a partir de uma análise individualizada dos históricos societário e patrimonial de cada empresa atingida pelo pedido de responsabilização tributária, com o objetivo de demonstrar que, na verdade, mesmo quando há de fato um grupo econômico configurado, sua formação e finalidade são lícitas e o patrimônio dos seus integrantes não é fruto do não recolhimento de tributos. A saída, segundo nossa experiência, é percorrer um caminho oposto àquele comumente adotado pelas autoridades fiscais e, por isso, ao invés de apresentarmos uma defesa única e conjunta para todas os supostos integrantes do grupo econômico, estrategicamente, optamos pela apresentação de defesas individualizadas para cada uma das pessoas físicas e jurídicas atingidas pela demanda, com o objetivo de demonstrar que essas pessoas não participaram do fato gerador dos débitos cobrados, não contribuíram para o seu inadimplemento e tampouco se envolveram em atos ilícitos ou denotadores de confusão patrimonial, desvio de finalidade e

Fernando Andrade: “Grupos econômicos enfrentam pedidos de responsabilidade tributária” Read More »

Crítica| O Dilema das Redes (Netflix)

Saia um pouco das suas redes sociais. Vá até a janela. Percebeu como está lindo o dia? Por que gastar, então, tanto tempo postando fotos ou conferindo o número de curtidas? Explico: difícil encarar a internet e as redes da mesma forma após assistir ao documentário O Dilema das Redes. É disso que fala a nova produção original Netflix. O doc aponta a internet como grande responsável pela polarização que vem tomando o mundo, principalmente na política. Fruto da personalização dos conteúdos que nos são apresentados conforme nosso histórico de busca, criando uma espécie de bolha. Entre os entrevistados, executivos e engenheiros que trabalharam nas gigantes da internet e redes sociais, como Tristan Harris, especialista em ética de design e ex-funcionário do Google e Tim Kendall, ex-diretor financeiro do Facebook. Revelam que sequer permitem aos filhos acessar as redes. Alguns, inclusive, confessam estar viciados nas próprias criações.     Intercalando os depoimentos, são introduzidas cenas do cotidiano de uma família fictícia que passa por uma crise em função do uso excessivo das redes sociais. Se por um lado o recurso ajuda no sentido de ilustrar o assunto tratado, por outro, quebra o ritmo da narrativa. Faltou ao longa apontar caminhos concretos e eficientes para uma possível solução do problema. Apenas frisar que é preciso excluir as redes sociais é o mesmo que limitar-se a aconselhar um dependente químico a largar o vício. O Dilema das Redes é dirigido por Jeff Orlowski, que tem no currículo outro documentário disponível na Netflix, Em Busca dos Corais, ganhador do prêmio de melhor documentário no Festival de Sundance em 2017.

Crítica| O Dilema das Redes (Netflix) Read More »

#Alive: filme sul-coreano de zumbi é o novo sucesso da Netflix

Fonte de inspiração para roteiristas e de lucro para grandes estúdios, os zumbis não perderam força, nem público. A prova disso é o sucesso da série The Walking Dead (desconsidere os últimos anos) e de filmes como Invasão Zumbi e a comédia Zumbilandia. O mais novo representante do subgênero estreou recentemente no catálogo da Netflix, o sul-coreano #Alive. Ele está atualmente entre as dez produções mais vistas do serviço de streaming. O longa acompanha Joon-woo, interpretado por Yoo Ah-In ("Em Chamas"), um gamer que tem a rotina virada ao avesso quando, sozinho em casa, descobre pela TV que um vírus está se espalhando rapidamente por sua cidade. Da janela do seu apartamento vê centenas de pessoas fora de controle, destruindo o condomínio onde mora. Isolado e com pouca comida, terá de lutar para manter-se vivo, nem que seja por mais algumas horas. Tudo acontece muito rápido em #Alive, não dá tempo do espectador se apegar a Joon-woo. Pouco se sabe sobre seu passado e família, no máximo alguns retratos e mensagens deixadas por seus pais. Essa falha na construção do personagem enfraquece a narrativa que na maior parte do tempo busca sustento na ação. A premissa inicial de um jovem sozinho em seu apartamento lutando pela vida enquanto o mundo lá fora se acaba em um apocalipse zumbi, abriria um leque de possibilidades. Joon-woo poderia encarnar o papel de um náufrago em seu apartamento-ilha e os zumbis serviriam de pano de fundo à trama. Mas logo a proposta se esvai ao serem introduzidos novos personagens à história, como a vizinha de condomínio Kim Yoo-bin (Park Shin-hye). O filme passa, então, a ser mais um entre tantos outros de zumbis. #Alive foca na ação vazia, desprovida de qualquer significado e mensagem. Bem diferente do que fez George A. Romero no clássico Noite dos Mortos Vivos e do também sul-coreano Invasão Zumbi, que por trás da superfície do terror propõem forte crítica social. A nova aposta da Netflix segue o grande fluxo de produções genéricas ligadas ao tema. Vale como bom passatempo ao público menos exigente. Apenas isso.

#Alive: filme sul-coreano de zumbi é o novo sucesso da Netflix Read More »

Mostra de Cinema de Ouro Preto estreia em versão totalmente online

Começa na quinta (03), a 15ª edição da CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. Realizada este ano totalmente em ambiente digital devido à pandemia do novo coronavírus, a mostra promoverá debates, masterclasses internacionais, shows musicais, fóruns e, claro, exibição de filmes. Mais uma vez o evento focará na preservação audiovisual, memória e história. Trará como tema “Cinema de Todas as Telas”, instigando discussão sobre a revolução da tecnologia da informação, a transformação dos hábitos culturais e a multiplicação de canais, como as plataformas digitais. “A TV se tornou um campo que absorve quase toda a produção audiovisual. A multiplicação de telas realizou uma parcial integração entre mídias e criou novas disputas entre o antigo formato televisivo, com canais de TV aberta e paga, e os serviços de streaming de grandes corporações internacionais”, aponta o curador da mostra, Francis Vogner.   A programação contará com 101 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens. As produções estarão distribuídas nas mostras Contemporânea, Preservação, Histórica, Educação, Mostrinha, Mostra Valores e Cine-escola. Dos filmes que serão exibidos, destaque para o clássico nacional Pixote - A Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco, que integrará a mostra Preservação. A Mostra de Cinema de Ouro Preto vai até o dia 7 de setembro. Mais informações no site oficial do evento: https://cineop.com.br/.

Mostra de Cinema de Ouro Preto estreia em versão totalmente online Read More »

Sistema monitora presença do novo coronavírus no ar

Tecnologia desenvolvida por meio de uma colaboração entre a startup Omni-electronica e o Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) permite capturar amostras do novo coronavírus no ar e, assim, monitorar a segurança de ambientes com grande concentração de pessoas. Os pesquisadores acreditam que o sistema poderá ser útil na retomada das atividades econômicas. A empresa é apoiada pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequena Empresa (PIPE) da FAPESP. Com o auxílio, a Omni-electronica – fundada por egressos da Escola Politécnica (Poli-USP) – já havia desenvolvido o sistema SPIRI, que integra diferentes sensores para monitorar a qualidade do ar em ambientes fechados. Agora, consegue detectar também o SARS-COV-2 (leia mais em: pesquisaparainovacao.fapesp.br/857). “Temos uma base de dados bastante robusta sobre a qualidade do ar em ambientes internos, sabemos como são transmitidos os vírus respiratórios e como as infecções se intensificam nos meses de inverno. Quando começou a pandemia do novo coronavírus, ficou bem claro para nós que a disseminação em ambientes internos era o cenário mais provável, embora isso ainda não fosse muito falado, nem mesmo pela Organização Mundial de Saúde [OMS]”, diz Arthur Aikawa, CEO da Omni-electronica e coordenador do estudo. A empresa oferece o SPIRI, serviço de monitoramento da qualidade do ar, por meio de uma assinatura. Um aparelho instalado no local com vários sensores integrados envia as informações para a central, que gera laudos on-line em tempo real. Os técnicos, então, podem instruir o cliente sobre a melhor forma de aumentar a circulação do ar quando ela não está adequada. Durante dois meses, o grupo de pesquisadores fez diferentes amostragens do ar no Hospital das Clínicas, com duas, seis e oito horas. A equipe utilizou, acoplado ao sistema SPIRI, um coletor que tinha, entre outros componentes, uma membrana filtrante de politetrafluoretileno (PTFE), capaz de reter unidades do vírus. A membrana era então enviada a um laboratório parceiro, que realizava os testes de PCR (que identifica o RNA viral) em tempo real, o mesmo feito em amostras coletadas da cavidade nasofaríngea de pacientes suspeitos de terem sido infectados. Mesmo em ambientes com alta incidência de bioaerossóis, como aqueles em que são realizadas traqueostomia e intubação, os pesquisadores só conseguiram capturar o vírus em amostragens acima de oito horas. A equipe contou ainda com os pesquisadores do Instituto Central do HC-FM-USP Alessandro Wasum Mariani, Renato Astorino Filho e Paulo Henrique Peitl Gregório. “O complexo do HC é antigo, com janelas em todos os ambientes. Mesmo sendo um local com alta incidência do vírus, a ventilação adequada faz com que ele não fique tanto tempo no ar”, diz Aikawa, que tem como sócios na empresa Matheus Manini e John Esquiagola, que também colaboraram na pesquisa. A empresa é residente na Incubadora USP/Ipen-Cietec. Indicadores de risco Os resultados do estudo estão sendo preparados para publicação em periódico científico. Além disso, a empresa desenvolveu um protocolo ainda mais completo de monitoramento da qualidade do ar. Apenas com o SPIRI, já era possível medir em tempo real a concentração de CO2, material particulado, temperatura e umidade. Esse protocolo inicial, por si só, já pode garantir a circulação adequada do ar e evitar a concentração de vírus respiratórios no ambiente. Agora, também é possível fazer testes regulares para detectar se houve circulação do novo coronavírus. “Os testes do SARS-COV-2 nesse protocolo são possíveis, mas difíceis de fazer em larga escala por questões de tempo e custo. São cinco dias apenas para o laboratório dar o resultado. O SPIRI sozinho, porém, é um indicador em tempo real para saber se estão sendo tomadas as precauções necessárias para que o ambiente fique menos propício para transmissão de vírus”, diz o empreendedor. Aikawa acredita que a integração do SPIRI ao monitoramento do vírus no ar de locais estratégicos, como estações de trem e metrô, pode contribuir para um retorno mais seguro às atividades econômicas. Baseados nos testes no HC, os pesquisadores criaram indicadores capazes de apontar diferentes graus de risco de contaminação de acordo com o que for detectado. Para mais informações sobre a empresa, acesse: https://en.omni-electronica.com.br/. André Julião | Agência FAPESP

Sistema monitora presença do novo coronavírus no ar Read More »