Arquivos Notícias - Página 592 de 648 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Candidatos discutem o Rio Capibaribe

O projeto O Recife que Precisamos, coordenado pela organização Observatório do Recife (ODR)apresentou nas eleições de 2012 cinco temas prioritários para os candidatos à Prefeitura da cidade. Após discussões com vasto uso das redes sociais, a conclusão é que o Rio Capibaribe, a mobilidade para todos, o ordenamento urbano, a história preservada e o planejamento de longo prazo eram questões cruciais para o futuro do Recife. Nos últimos meses, a Algomais fez a cobertura dos seminários promovidos pelo ODR com representantes do poder público para avaliar o que avançou em cada um dos tópicos. Os encontros serviram também para trazer novas propostas para serem apresentadas aos candidatos. Há menos de um mês da eleição, buscamos ouvir todos os prefeituráveis sobre esses temas. A seguir você acompanha um pouco do pensamento daqueles que nos responderam até o fechamento desta edição. Hoje o tema é Rio Capibaribe. Durante a semana você acompanhará os demais temas. O Capibaribe Vivo A cidade nas últimas décadas deu as costas ao Capibaribe. Com a provocação dos movimentos sociais, o rio ganhou espaço na agenda pública. Cuidar do rio é unanimidade, mas os caminhos para isso diferem entre os candidatos. O prefeito Geraldo Julio (PSB) afirma que em 2012 já tinha a convicção de que o Recife precisava se reconciliar com o Capibaribe. “Firmamos parceria com a UFPE e desenvolvemos um projeto que vai transformar as margens do Capibaribe num grande parque urbano linear, conectando a Zona Norte ao Centro. O Parque Capibaribe vai ser muito mais do que um espaço de lazer, integrando temas como mobilidade para as pessoas e preservação do meio ambiente”. Priscila Krause (DEM) propõe a adoção do Rio Capibaribe como elemento notável a ser protegido. "É preciso incorporá-lo plenamente à cidade, cuidando de suas margens, evitando o despejo de esgoto e do lixo urbano, promovendo sua navegabilidade e mobilizando o povo do Recife para cuidar, abraçar e viver o Rio Capibaribe. Neste sentido, a continuidade do Projeto Parque Capibaribe é relevante para o redesenho da cidade que se quer sustentável”. Daniel Coelho (PSDB) defende que a revitalização passa por melhorias no saneamento do Recife. “Nos últimos quatro anos a prefeitura saneou apenas 2% da sua área, saindo de 36 para 38% o percentual de residências com tratamento de esgoto. O resultado disso é um rio que está morrendo, uma cidade que vive de costas para o rio e não o percebe como parte de seu espaço urbano. Vamos virar a cidade do Recife para o Capibaribe fazendo com que ele volte a ter vida”, afirma. O ex-prefeito João Paulo (PT) relembrou o projeto Capibaribe Melhor e prevê a sua retomada com intervenções que passam pelo saneamento de comunidades pobres, ações de microdrenagem em 11 canais e córregos, implantação de vias marginais, além da retirada das palafitas. “Há ainda uma série de intervenções viárias, como o complexo viário do Monteiro, que abrirá uma importante ligação entre as zonas Norte e Oeste”. Ele defende que o ordenamento da bacia do rio dialogue ainda com temas como drenagem, saúde e lazer. Carlos Augusto Costa ressalta que o PV há muito tempo luta contra a contaminação dos cursos d'água. “Um programa amplo de recuperação da Bacia do Capibaribe é fundamental para melhorar a saúde e resgatar a autoestima da população”. Ele defende que as intervenções comecem pelos pequenos córregos e canais, com intensa participação dos moradores. Para Edilson(PSOL) antes de tratar sobre navegabilidade, é preciso criar uma cultura de cuidado com os recursos hídricos e priorizar o saneamento ambiental e a drenagem. “Defendemos ações de monitoramento e conscientização aliadas a um serviço inteligente de coleta de lixo que dê plenas condições à população de fazer o descarte correto de resíduos”. Confira a íntegra o posicionamento que cada candidato nos enviou por email sobre o tema Capibaribe Vivo:

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O que há de novo sobre o controle de insetos

Os mosquitos são insetos, geralmente, não muito queridos, porque picam as pessoas, fazem zumbidos desagradáveis e podem transmitir doenças. Embora estando relacionado à transmissão de doenças, os mosquitos são importantes para o ecossistema, pela sua participação na cadeia alimentar, servindo de alimentos para outras espécies, prestando serviços ambientais como a polinização realizada pelo inseto adulto e a liberação de nutrientes que acontece quando suas crias se alimentam de resíduos orgânicos. Nos últimos anos o mundo vem sendo acometido por doenças transmitidas por mosquitos, em especial, pelo Aedes sp. e muito se tem buscado medidas de extermínio e ou controle desses insetos nas áreas onde eles são prevalentes. Vários são os estudos em todo o mundo focados contra, principalmente, o Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, chinkungunya e zika. Duas novas abordagens de controle de doenças transmitidas por mosquitos ganharam uma atenção considerável no combate, particularmente, ao Aedes aegypti que são a sua modificação genética e a introdução de bactérias em populações de mosquitos. O efeito pretendido com esses métodos é reduzir a transmissão, e isso pode ser conseguido diminuindo o número de mosquitos fêmeas em uma área e ou reduzindo a sua capacidade para suportar o desenvolvimento do vírus. A modificação genética é uma estratégia de controle que envolve a criação de uma linhagem de mosquitos com um gene letal, que produz uma toxina que mata esses insetos. Machos de mosquitos geneticamente modificados podem  ser soltos na natureza para copular com as fêmeas. Seus descendentes não vão viver até a idade adulta, assim, a população deve diminuir. Outra metodologia é a de  utilizar bactérias endosimbióticas que vivem dentro de outros organismos, no caso as que vivem em insetos chamadas Wolbachia, que são retiradas de moscas de frutas e introduzidas em Aedes, podendo, assim,  inibir a replicação do vírus da dengue dentro do mosquito. A Wolbachia também reduz a capacidade desses mosquitos para abrigar e transmitir vírus da febre amarela e da chikungunya e, talvez também o vírus Zika. Mas existem limites nesta metodologia, pois ao longo do tempo, os vírus superam o efeito inibitório que a Wolbachia tem, transmitindo vírus novamente. Enquanto isso não puder ser facilmente testado, existem pesquisas preliminares, tentando gerar uma linha "superinfectada" de mosquitos, contendo duas cepas diferentes de Wolbachia, que poderia oferecer uma estratégia eficaz para ajudar a gerir a potencial resistência do  vírus. Mas, até  essas metodologias não estiverem disponíveis o que fazer? Em primeiro lugar saber que o combate ao Aedes e às doenças transmitidas por ele é responsabilidade dos órgãos públicos assim como  de toda população. É importante estar atento que o mosquito Aedes aegypti se reproduz em qualquer lugar que houver condições propícias (água parada limpa ou pouco poluída) e por isso é fundamental a conscientização da população e a tomada de medidas para a redução e, quem sabe, até a erradicação de doenças no Brasil. São medidas importantes: não deixar água parada sobre a laje das casas, em pneus fora de uso ou nas calhas. Vasilhas que ficam abaixo dos vasos de plantas não podem ter água parada, mas devem estar sempre secas e com areia. As caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para os poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água. As vasilhas que servem para animais (gatos, cachorros) beber água não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar, assim como as piscinas devem ter tratamento de água com cloro e quando não utilizadas devem ser desativadas (retirar toda água) e permanecer sempre secas. Deve-se ainda ter a atenção redobrada para garrafas ou outros recipientes semelhantes (latas, vasilhas, copos) que devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado). Também deve-se ter atenção com o descarte do lixo em terrenos baldios e mantendo as latas de lixo sempre bem fechadas, assim como para as bromélias que costumam acumular água entre suas folhas. O ideal é regar esta planta com uma mistura de 1 litro de água e uma colher de água sanitária. Ficar sempre alerta é fundamental! E, assim que for observada alguma situação diferente e de difícil controle, deve-se avisar imediatamente sobre o problema a um agente público de saúde para que medidas eficazes de prevenção sejam tomadas.

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O etanol injustiçado

*Por Jorge Cavalcanti de Petribu Diariamente a mídia de todo o mundo aborda sobre a importância do meio ambiente para nossa vida e pouco ou quase nada se fala sobre o renovável e limpo etanol. Dentre as nossas diversas necessidades naturais a mais essencial é o ar que respiramos, diferentemente da água e dos alimentos, dele não podemos prescindir por mais de alguns minutos e mesmo assim por sua natural abundância, relevamos a sua importância e o etanol pode vir a ser um excelente vetor de reparação para esse maltratado e indispensável bem. Um veículo movido a etanol equivale a cinco veículos movidos a gasolina, portanto podemos diminuir a emissão de gases em 80% por cento o que significa reduzir a fonte poluidora da frota para 20% da atual, caso todos os veículos da cidade passassem a usar o etanol, haja vista que os Estados Unidos iniciaram um programa de uso desse produto como aditivo ao querosene de aviação com intuito de diminuir em 10% a poluição do ar causada pelos aviões a jato. O mais impressionante é que a indústria de produção do etanol tem um balanço ecológico positivo, isto é, produz em toda sua cadeia produtiva, uma quantidade bem maior de oxigênio do que emite de CO2 para a atmosfera, fato incomum para o setor industrial. Mesmo com todos esses atributos o etanol é comparado injustamente com a gasolina unicamente pelo preço, sempre utilizando um depreciativo parâmetro de valor de 70% em comparação a este seu concorrente poluente, quando deveria ser tratado como um produto prêmio. Além do mais não é verídico afirmar que o consumo da gasolina seja equivalente a 70% do etanol, pois com as novas tecnologias já existem veículos a etanol com equivalência de até 82%. É muito fácil defender as diferenças entre os dois produtos, pois a gasolina vem do petróleo responsável por vários acidentes ecológicos ao redor do mundo inclusive no Brasil, enquanto o etanol é usado com produto esterilizante e que reage com a água em caso de um acidente, não deixando qualquer resíduo tóxico para a natureza. É um produto limpo que serve como matéria-prima para vários produtos potáveis. Muitos naturalistas pregam o consumo de produtos orgânicos que consideram mais saudáveis mesmo que custem bem mais caro, enquanto que na hora de abastecer o seu veículo optam por um produto cinco vezes mais poluente para não pagar um pouco mais. Sem querer buscar um responsável por essa distorção, acho que as companhias petrolíferas têm alguma responsabilidade por essa desinformação, uma vez que ganham muito mais com a comercialização dos derivados de petróleo do que com derivados orgânicos como o etanol. Uma solução para ganhar a simpatia do setor e baixar o custo do etanol seria permitir a comercialização direta dos produtores com os postos, os quais seriam tratados como franqueados das distribuidoras pagando um royalty pelo uso do nome, do marketing, da fiscalização da origem, etc. assim as distribuidoras poderiam incluir como royalty todos os seus custos bem como o lucro tão necessário para o crescimento das empresas estimulando-as a operar com o nosso ecológico combustível. Sem dúvida que a comercialização direta poderia gerar algumas fragilidades de controle sobre a qualidade do combustível, uma vez que para baratear o custo do etanol os produtores passariam a entregar diretamente aos postos evitando o passeio de ida e volta do combustível às bases impossibilitando às companhias o controle de qualidade das cargas. Isso é um problema muito simples de resolver, pois existem empresas privadas idôneas, fiscalizadoras e certificadoras que, indicadas pelas distribuidoras, poderiam certificar os seus fornecedores atestando para qualidade do produto fabricado e entregue dentro dos critérios estabelecidos pelas distribuidoras, até mesmo com possibilidade de adicionar os aditivos recomendados e no caso específico dos postos autônomos chamados de “bandeira branca”. Estes também seriam obrigados a ter um convênio com uma certificadora e possuir um termo de fiscalização mensal. Atitude ousada como essa criaria um novo conceito perante os produtores, obrigando-os a melhorarem seus controles e atualizarem suas certificações a fim de se credenciarem perante a todas as companhias distribuidoras, como de fato já é obrigatório para os fornecedores de açúcar para empresas como Coca-Cola, AmBev, Nestlé, Unilever e muitas outras empresas de ponta. Sendo assim, ganha o meio ambiente, o consumidor, o produtor, o posto de serviço, o distribuidor, o Brasil e ainda acaba com a injustiça histórica com o nobre combustível renovável nacional. *Por Jorge Cavalcanti de Petribu é empresário

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Cerveja com sobremesa. Já experimentou? (Por Rivaldo Neto)

Quando falamos em harmonizar pratos com cervejas o que vem logo à cabeça dos cervejeiros de plantão são sempre petiscos, pratos salgados e frutos do mar. Mas e as sobremesas? Como podemos deixar de fora esses momentos de puro prazer sem juntá-la a essa bebida que tantos amamos? Quais cervejas e com quais sobremesas podemos tirar o máximo de proveito nos seus mais variados sabores? Pois saiba que cerveja combina bem com várias iguarias podendo ser brigadeiros, trufas, tortas, bolos, sorvetes e muitas outras. Sempre é bom lembrar que a melhor forma de juntar os dois é por afinidades. Assim podemos usufruir ao máximo dos dois sem cortar o sabor de nenhum, até porque a cerveja possui ingredientes que se assemelham aos da sobremesa. Pra você entender melhor vamos aos exemplos. Vamos começar pelos chocolates. Um sorvete de chocolate amargo ou meio amargo com  cervejas escuras como as Porter e as Stouts é uma das experiência das mais prazerosas. Uma cerveja que se encaixa com autoridade nessa harmozinação é a ímpar cerveja inglesa Young`s Doble Chocolate. É a que chamamos de Sweet Stout, devido a presença de chocolate em sua fórmula. Tem um alto amargor (estamos falando de chocolate amargos não é?), tem o teor alcoólico de 5,2%Vol, com uma espuma média, e bem aromatizada. Dupla perfeita! Um petit gateau também se encaixa nesse contexto se juntarmos algo um pouco mais doce, com uma bela calda de chocolate amargo. Mas se você gosta de algo mais doce, ou realmente doce, como um cheesecake de frutas vermelhas com uma calda de amora, a parceira perfeita seria uma cerveja frutada, bem aromatizada como a Kriek Boon, belga, estilo fruit lambic, de cor avermelhada e com o teor alcoólico de 4,5%Vol. Portanto, leve e que contém cereja (que por sinal é posta inteira nesse processo) em sua fermentação. Aliás, essa é outra característica importante para podermos “casar” com as frutas vermelhas do cheesecake. Apresenta leve acidez, o que é ótimo com o doce, e suas garrafas são fechadas com rolhas. Um espetáculo! E um simples bolo de laranja? Ou de limão ou de maracujá? São sobremesas cítricas e portanto também um pouco mais ácidas. Podemos juntar uma Baden Baden American IPA, a cerveja ideal pra essa harmonização. Ela possui aroma intenso de maracujá, como se fosse um mousse, é acobreada, e na sua fabricação foi usada a técnica de Dip Hopping, que promove o que se chama de ‘chá de lúpulo’ para a maior exploração de aromas sem interferir no amargor e tem 6,4%vol. Com isso os sabores se intensificam trazendo uma leva de sensações Hambúrgueres, queijos e agora doces, o que vem mais por aí? A certeza é que cerveja abre inúmeras possibilidades e estamos apenas começando! Que bom! *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Luiz Marinho, Sá Nana e o teatro pernambucano (Por: Romildo Moreira)

Dentre tantos mistérios que o teatro incorpora e que nós, seus fiéis servidores, vez por outra, apenas descobrimos um deles. E isso, confesso, é um deleite quando acontece. Mas são tantos que, tantas vidas mais tivéssemos, tantos outros mistérios ocultos ficariam. – Talvez, um dia, alguém tenha a nobreza de coletar entre os artistas que já os descobriram, alguns para transcrevê-los em um livro, só para aguçar a curiosidade dos “teatreiros” em captar outros. – Seria um sucesso! Quanto ao mistério que vou discorrer aqui, não é fato desconhecido de alguns, mas certamente o é para muitos, motivo que me faz debruçar sobre ele. Aviso de antemão que se trata de um mistério emaranhado de três sujeitos, que são: um autor, uma peça e um personagem. O autor é o saudoso Luiz Marinho, a peça é “Um sábado em 30” e o personagem é Sá Nana. Agora necessito inverter a ordem dos tais sujeitos, porque tem um chamado Sá Nana, que se posiciona sempre na frente, deixando o autor e a própria peça em segundo plano. Ao contrário do que ocorreu com Pirandello, que seis dos seus personagens viviam em busca de um autor, Sá Nana esqueceu a paternidade e tranquilamente caminhou e caminha superior ao seu criador e a peça em que se encontra. Isso é tão verdadeiro que, por diversas vezes, o público esqueceu o nome do espetáculo e recomendou alguém ir assistir “Sá Nana”, no Teatro Valdemar de Oliveira, com o TAP.  Outros confundem o personagem com o autor ao perguntar: como é mesmo o nome daquela peça de Sá Nana? – ora, a peça é de Luiz Marinho. Outra transgressão de Sá Nana é que ela não se abate por não ser personagem título como foram “Medeia” de Eurípides, ou “Lisístrata” de Aristófanes, porque o público que a conhece, espontaneamente, intitula a obra do Marinho de Sá Nana. Tem mais, esse personagem é tão determinante na carreira de uma atriz, que é capaz de sombrear (nunca eliminar) muitos outros personagens impecavelmente interpretados por ela, como ocorreu com a grande atriz pernambucana Diná de Oliveira, do Teatro de Amadores de Pernambuco. Já ouvimos por ocasião de leituras da peça “Um sábado em 30”, por atores da nova geração, a seguinte exclamação: "adoraria ter visto a Sá Nana de Diná". Mais uma vez o personagem em primeiro lugar. Tem ainda a célebre frase “sananiana” que ninguém esquece: "ô mina fia, me diga cá uma coisa; você ainda é moça?" Parafraseando Caetano Veloso, pergunto: que mistério tem Sá Nana? A resposta todos nós temos na ponta da língua: a genialidade de um dramaturgo que a criou. Marinho fotografou em sua mente, detalhes de uma raiz cultural que lhe acompanhou desde a mais tenra idade na cidade de Timbaúba, onde nasceu e se criou. E suas peças são resgate da memória fotografica que o acompanhou. Falemos agora em Luiz Marinho, que ao contrário de sua criação Sá Nana, era tímido e por isso mesmo não gostava de falar em público. Mas gostava de ouvir e sempre se emocionava com o que ouvia a respeito de suas peças, quando dita por alguém da plateia após assistir a uma de suas criações. Também era atento às criticas e as considerava fundamentais para o seu exercício de autor teatral. Era desprovido de vaidades, a ponto de não eleger como trunfo absoluto o fato de ter sido o primeiro dramaturgo pernambucano a receber o Prêmio Molière (o mais cobiçado do teatro brasileiro), no Rio de Janeiro, com a montagem assinada por Luiz Mendonça do seu texto “Viva o cordão encarnado”, em 1975. Marinho, como era carinhosamente chamado pelos colegas do teatro, ficava envaidecido sempre que se falava em Sá Nana. – E o teatro pernambucano, sem dúvida, reconhece na obra de Luiz Marinho uma relevante parcela de qualidade na dramaturgia que produziu, e que certamente verá ainda muitas encenações de seus trabalhos como: “A incelença”; “Corpo corpóreo” e “A afilhada de Nossa Senhora da Conceição”, para citar apenas três outros dos seus conhecidos trabalhos. Quem sabe ainda teremos o prazer de vermos no Recife uma casa de espetáculos como o nome Teatro Luiz Marinho, contendo duas salas assim chamadas: Sala Sá Nana e Sala Sábado em 30. Ambos merecem. E vivam que sempre Sá Nana e  Luiz Marinho nos palcos pernambucanos! DICAS DE ESPETÁCULSO EM CARTAZ NO RECIFE: - Ossos, de Marcelino Freire, com o Coletivo Angú de Teatro Local: Teatro Barreto Jr. (Pina). Dias: sexta a domingo, às 20h.Informações: 3355-6399. - Vento forte para água e sabão, espetáculo para crianças de todas as idades, com a Cia. Fiandeiros de Teatro Local: Teatro Barreto Jr. (Pina). Dias: sábados e domingos, às 16:30h. Informações: 3355-6399.

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Chico César gravará DVD no Teatro Boa Vista dia 17 de setembro

Chico César continua a todo vapor comemorando o sucesso de seu oitavo álbum, Estado de Poesia. O músico levou a turnê de lançamento do disco às mais diversas cidades brasileiras em apresentações marcadas pela emoção. No dia 17 de setembro, às 21h, Chico sobe ao palco do Teatro Boa Vista para gravar o seu novo DVD, uma coprodução Canal Brasil e Chita Discos. A gravação faz parte de um ciclo comemorativo de sucesso e conta, pela primeira vez, com o encontro de todos os músicos que integram o CD, em sua maioria paraibanos. Num reencontro com a própria história do Estado de Poesia, Lazzo Matumbi, Simone Sou, Oleg Fateev, Seu Pereira, Luizinho Calixto, Escurinho, Xisto Medeiros, Helinho Medeiros, Gledson Meira e Michael Ruzitschka tocam ao lado de Chico nessa ocasião. No show, o artista cantará as canções registradas no disco e algumas composições marcantes de sua trajetória. Estado de Poesia une a riqueza dos ritmos brasileiros à sonoridade universal. Num mesmo registro fonográfico, samba, forró, frevo, toada e reggae se misturam e dão vida ao novo trabalho do artista. Das 14 músicas do disco, Chico assina 12 e conta com a parceria de Carlos Rennó em Reis do Agronegócio, além de musicar o poema inédito do tropicalista Torquato Neto, Quero Viver. O álbum tem produção do próprio artista, com o produtor Michael Ruzitschka.

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Com atuação de Ivo Müller, musical Caros Amigos chega ao Recife

Sucesso de público e crítica, a montagem Caros Ouvintes segue, a partir deste final de semana, em turnê pelo Recife, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu. Ivo Müller dá vida a Wilson Nelson, um locutor de rádio da década de 1960 que vive o conflito de ter que esconder sua homossexualidade em tempos de ditadura. “A peça diverte e também provoca as pessoas. A radionovela é interrompida pela notícia do AI-5, que cerceou diversas liberdades, como a de expressão. Remete também ao Golpe Militar, é extremamente atual”, conta Ivo. A peça será apresentada na sexta-feira, às 21h30, no sábado, às 20h, e no domingo, às 18h. Com texto e direção de Otávio Martins, o elenco conta também com as interpretações de Marcos Damigo, Camila Camargo, Natália Rodrigues, Oscar Filho, Nany People e Leo Stefanini. Caros Amigos é uma comédia sobre a época em que os aparelhos de televisão começaram a fazer parte do cotidiano das pessoas. Visto sob o olhar dos atores que faziam sucesso nas radionovelas, a peça retrata a ação de uma das últimas rádios a produzi-las, e como se deu esta transição para a TV. Sensível e inteligente, a história passa por momentos conflituosos na vida das personagens com muita leveza e humor.

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Paraolimpíadas: 4 medalhas em 1 dia

Com dois ouros, uma prata e um bronze conquistados no primeiro dia de competições dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já mostrou que #pódiotododia não é brincadeira. A primeira medalha chegou logo pela manhã, quando Odair Santos garantiu a prata ao completar os 5000m T11 em 15min17s55, atrás do queniano Samwel Mushai Kimani, que fez 15min16s11. Pouco depois, Ricardo Costa ultrapassou o recordista mundial Lex Gillette (EUA) em seu último salto, alcançando 6m52 e conquistando o ouro numa prova emocionante, que agitou torcida presente do Estádio Olímpico do Engenhão. À noite, Daniel Dias começou a aumentar sua coleção de medalhas no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. Até então, o nadador era dono de 15, sendo 10 de ouro, quatro de prata e uma de bronze, de edições anteriores de Jogos Paralímpicos. A 11ª medalha dourada – e 16ª no total – veio nos 200m livre S5, numa prova que foi dominada por Daniel do início ao fim. O astro brasileiro das piscinas ainda vai disputar outras oito provas na competição, podendo chegar a impressionantes 24 pódios paralímpicos. Para encerrar o dia, Ítalo Pereira foi bronze nos 100m costas S7, fechando uma noite empolgante. Esta sexta-feira, 9 de setembro, promete novas emoções. Para começar, logo às 9h, a seleção brasileira de futebol de 5, tricampeã paralímpica, estreia contra o Marrocos. Dono de sete ouros e três pratas em Pequim 2008 e Londres 2012, André Brasil estreia nas piscinas nos 50m livre S10. Após ser ovacionado na cerimônia de abertura ao acender a pira na quarta-feira, Clodoaldo Silva é uma das estrelas do revezamento 4x50m livre (20 pontos). No atletismo, o recordista mundial dos 400m rasos T20, Daniel Martins, busca seu ouro. Veja abaixo a programação brasileira neste dia 9 de setembro. (Do Comitê Olímpico Brasileiro)

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12 horas de trabalho: você concorda?

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, informou ontem (8), em reunião com sindicalistas, que a reforma trabalhista deve ser encaminhada ao Congresso Nacional até o fim deste ano. Entre as medidas em pauta, está a proposta que formalizará jornadas diárias de até 12 horas. Atualmente, contratos de trabalho com jornadas superiores a oito horas diárias são frequentemente questionados pela Justiça do Trabalho, que ainda não reconhece formalmente a jornada mais longa. O documento deve contemplar também a criação de dois novos modelos de contrato. A pasta avalia considerar o tipo que inclui horas trabalhadas e produtividade, além do modelo que já vigora atualmente, baseado na jornada de trabalho. O objetivo das medidas é aumentar a segurança jurídica de contratos que não estão estipulados pela legislação trabalhista, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ronaldo Nogueira ressaltou que não haverá retirada de direitos trabalhistas. “Não há hipótese de mexermos no FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], no 13º [salário], de fatiar as férias e a jornada semanal. Esses direitos serão consolidados. Temos um número imenso de trabalhadores que precisam ser alcançados pelas políticas públicas do Ministério do Trabalho”, disse Nogueira, em reunião da Executiva Nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). Em agosto, o ministro já havia anunciado que o governo mandará uma proposta de atualização da legislação trabalhista ao Congresso. Na ocasião, Ronaldo Nogueira garantiu que os direitos dos trabalhadores serão mantidos. Ele disse que “o trabalhador não será traído pelo ministro do Trabalho". Para Nogueira, a reforma vai criar oportunidades de ocupação com renda e consolidar os direitos. (Da Agência Brasil)

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RioMar exibe Museu de Cera partir do dia 20

O recifense não vai precisar ir até o famoso Museu de Madame Tussauds, em Londres, para conhecer os bonecos de cera. A partir do dia 20 deste mês, o RioMar recebe o Dreamland Museu de Cera, com 40 réplicas de personalidades que estarão expostas no shopping. A atração ficará no Piso L (próximo à entrada do Aquário B) e entre as peças de famosos estão Amy Winehouse, Barack Obama, Michael Jackson, Steve Jobs, Papa Francisco e o pirata do Caribe Jack Sparrow, entre outros personagens de filmes de Hollywood. Segundo João Paulo Silva, curador da exposição e representantes da empresa Dreams, que está trazendo o Museu de Cera, as figuras são produzidas na Inglaterra e na França nos mesmos ateliês que atendem aos museus de Londres e Nova Iorque. “Cada peça leva de 6 a 12 meses para ser concluída a partir de um processo artesanal, que envolve de 20 a 30 artesãos”, afirma o empresário. A exposição ficará aberta ao público no horário de 14h às 21h, de segunda a sábado e das 12h às 19h aos domingos e feriados. Os ingressos custam R$ 16 a meia-entrada às segundas-feiras, R$ 22 a meia-entrada de terça à sexta-feira e R$ 26 a meia-entrada aos sábados, domingos e feriados. Crianças de até 12 anos devem estar acompanhadas dos pais ou responsáveis. Menores de 4 anos não pagam.

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