Arquivos Notícias - Página 625 de 652 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Houve um empobrecimento da imprensa

Jornalista desde adolescente, Geneton Moraes Neto ficou conhecido na tv por suas entrevistas, nas quais sempre conseguia retirar declarações surpreendentes de personalidades. Egresso do movimento Super 8, enveredou para a produção de documentários abordando temas como o exílio de artistas brasileiros na ditadura ou a visão política de Glauber Rocha. Nesta entrevista ele fala de sua infância em Pernambuco, da carreira e do jornalismo na era da web. Como foi sua infância no Recife? Nasci no Recife, minha família inteira por parte de pai era de agrônomos, veterinários. Não tinha nenhuma relação com o jornalismo. Até hoje eu não sei como fui parar nesse negócio. Todos os filhos dos meus pais, que são cinco, nasceram no Recife e até quando eu tinha os 6 anos, moramos em uma escola de São Bento, que fica em um lugar que foi inundado depois para a construção de Tapacurá. Meu pai era professor da escola, que pertencia aos irmãos beneditinos. Tudo na infância parece maior do que realmente é, mas era uma casa bem grande, tinha uma igreja que, aliás, foi a única coisa que sobrou. Fui filmar lá e a igreja fica submersa a maior parte do tempo. Aos 6 anos, nos mudamos para a Torre, onde minha mãe mora até hoje. Como era o bairro da Torre? Quando a gente chegou lá, a rua não era nem calçada. Muitos pais dos meus amigos trabalhavam na fábrica da Torre. Mas minhas melhores lembranças são do Cinema da Torre. Assisti aos filmes de Elvis Presley, dos Beatles, um faroeste chamado O homem que matou o fascínora, que é um clássico. Um filme que me marcou pelo resto da vida foi um de guerra Fugindo do inferno, com Steve Mcqueen. Lembro que a plateia inteira estava torcendo por ele escapar do campo de concentração. Cinema de bairro naquela época era uma presença muito forte. Era um programa obrigatório ir ao cinema e, às vezes, ficar próximo à cabine para conseguir um frame do filme para ficar olhando na luz e levar para casa uma foto do artista. Também jogava futebol na rua e futebol de botão com os amigos. Tinha um campeonato na rua que era uma sensação, era super organizado. Eu estudava no São Luís e lembro que em 1969, quando eu estava no 3° ano, marcávamos para estudar lá em casa, fechávamos a porta do quarto, tirava os livros de cima da mesa, colocávamos os times de futebol de botão. Meu pai me deu uma bronca histórica. A primeira providência que tomei foi esconder meus times de botão. A primeira vez que fui em um estádio de futebol foi para ver Pelé. Foi na Ilha do Retiro, em um Náutico x Santos, que acabou 2 x 0 para o Santos. Meu pai era torcedor fanático do Sport, mas como era Pelé fomos assistir. Vi Pelé três vezes. Três ou quatro anos depois teve outro jogo contra o Náutico que, na época, disputava os grandes campeonatos. Em 1969, quando a Seleção Brasileira, que viria a ser campeã na Copa de 1970, veio participar de um amistoso contra a seleção pernambucana, fui ao treino no estádio dos Aflitos. Eram meus ídolos da infância. Quando o ônibus chegou, todos corremos atrás. A organização acabou liberando a entrada no estádio e teve uma cena de um vão que dava para ver o vestiário. O pessoal meio que fez uma fila para olhar os jogadores lá dentro. Na minha vez de olhar, Pelé estava nu tomando banho. Essa foi a cena que eu vi: Pelé ensaboado tomando banho (risos). Na infância o jornalismo já o instigava? Não tenho a menor ideia do que me instigou. Acho que é de vocação mesmo. Complicado pra mim seria estudar medicina, engenharia, física, química. Naquele tempo você terminava o ginásio e escolhia o curso científico para quem ia fazer medicina, engenharia, e e o clássico para quem fazia humanas. Por algum motivo achei que devia fazer o clássico. Eu não tinha muita vocação pra a carreira da família, um caminho normal era ser agrônomo ou veterinário, mas eu sempre preferi a cidade. No terceiro ano estava na dúvida entre história e jornalismo. Aí optei por jornalismo . Quatro anos antes, em 1970, quando tinha 13 anos, escrevi umas coisas em casa sem a menor pretensão. Aí uma prima do meu pai era jornalista e conhecia Fernando Spencer, do Diario de Pernambuco e perguntou se eu não queria escrever alguma coisa para o suplemento infantil chamado Júnior. Era feito com colaboração das crianças. Mandei e ela levou pro jornal e foi publicado. Depois eu fiz outras coisas com assuntos como a conquista da lua, a transamazônica. Uma vez fui para o treino do Náutico e tinha Bita que era um jogador super famoso na época e saiu a entrevista com ele. Dois anos jornalistas perguntar para Spencer quem era que escrevia. Disseram: deve ser o pai dele que escreve. Aí me chamaram. Fui pela primeira vez numa redação morrendo de vergonha. Uma das primeiras matérias que fiz o diretor do jornal Antonio Camelo disse você vai fazer uma matéria sobre as condições do Hospital da Tamarineira. Fui, o fotógrafo ficou do lado de fora, eu entrei sozinho. Os pacientes ficavam andando e eu fiquei no meio dos pacientes – e eu até brinco dizendo que ninguém notou que eu não era pacientes – aí perguntei como era a comida eles disseram que era horrível, vem pedra dentro da comida, que é sem gosto. Depois falei com a direção do hospital com o fotógrafo, me apresentei como jornalista, mas a deram outra versão, dizendo que o cardápio era muito bem preparado por uma nutricionista. Aí você já aprende que tem duas versões: a oficial e a dos fatos. A partir dali fiquei fazendo matérias. Não era brincadeira não. Eu era repórter como se dizia da editoria geral, chegava às 14h, o chefe de reportagem te dava uma pauta datilografada com quatro matérias em locais diferentes. Você pegava a kombi do jornal que ia distribuindo a gente. A

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Produzir teatro é preciso, sempre! (Por Romildo Moreira)

Por mais esforço que façamos para evitar o assunto “crise”, mas ele, sorrateiramente, chega e toma fôlego em qualquer roda de conversa. Seja no bar, no taxi, no ônibus, no metrô, na missa, no velório ou mesmo em casa, com a família, ele se faz presente. E com os artistas das artes cênicas não tem sido diferente. Enquanto uns lamentam não ter aprovado seus projetos para montar um novo espetáculo, o que possivelmente lhe garantiria trabalho e renda, outros encontram motivo na crise para não deixar a peteca cair e dar-lhe uma rasteira (na crise). – Ponderemos, portanto, aqui, uma questão: se um produtor depender de uma aprovação em Lei de Incentivo à Cultura para só assim ter o seu espetáculo em cena, quando isso não ocorrer, a crise será mais aguda pra ele, conforme já tratamos desse tema aqui. – Mas, graças a Baco e Dioniso (os deuses do teatro), boa parte dos produtores de teatro e dança, estão buscando alternativas para manter viva a sua arte, independente das leis de incentivo. – Outros, com parte dos recursos advindos do Funcultura, por exemplo, estão conseguindo driblar a famigerada crise para, com criatividade, complementar o orçamento da montagem e trazer à peça a público. Sabemos do espetáculo Angélicus, que fará apresentações em Portugal no segundo semestre, e que por falta de patrocínio para a viagem, o elenco e os produtores estão mobilizados neste intento (já realizaram uma feijoada dançante), levantando recursos para atravessar o Atlântico e levar uma mostra do teatro pernambucano para dialogar com o público português. – Em suma, os artistas estão fazendo a sua parte. Tratemos agora da relação da crise com o público. Para os que costumam investir no seu intelecto, a receita tem sido: diminuir sim, abandonar, jamais. Em momentos como esses de grana curta, é preciso ficar mais seleto no que consumir e não cortar, radicalmente, hábitos que lhes são favoráveis, e que irão lhes servir para todo o sempre, como livro, cinema, teatro... – Temos relatos de pessoas que iam duas vezes ou mais ao cinema por semana, e que agora estão indo uma vez a cada quinze dias, escolhendo atentamente o que realmente mais lhe interessa ver na telona. Com o teatro, o mesmo procedimento tem sido adotado, principalmente por quem tem o costume de levar suas crianças aos finais de semana para uma peça infantil. A cautela aí é verificar a procedência do espetáculo, o histórico dos artistas envolvidos e, em especial, as fontes que indicam, para decidir o que assistir em uma casa de espetáculos. – Atenção, este final de semana teremos estreia do novo trabalho do Coletivo Angu de Teatro (vide indicação abaixo). Sob a graça dos deuses acima citados, e a garra dos artistas que escapam da crise com trabalho e determinação, temos bons espetáculos em cartaz na capital pernambucana (e que por isso já merecem os nossos aplausos), mas que certamente merecerão muitos aplausos ao vivo, de um público que mesmo pensando em economia, sabe o quão importante é o investimento na formação intelectual, e sai de casa para vê-los, confiante na competência artística da produção local. Aos que acham que teatro é uma “diversão” cara, afirmamos aqui o contrário, se comparamos com os valores de ingressos cobrados para jogo de futebol, cinema em shopping, shows musicais em centros de convenções e casas noturnas, etc. – Observemos aqui que muitos dos espetáculos chegam ao público com ingressos a preços simbólicos, pelo fato de terem recebido algum patrocínio, mas que não eliminam todos os custos que uma produção tem em cada apresentação. Mas um motivo para economizar sem deixar de ir ao teatro, pagar o ingresso e aplaudir os artistas. DICAS DE ESPETÁCULOS EM CARTAZ: - “Ossos”, com o Coletivo Angu de Teatro Local: Teatro Apolo Dias: sábado 11/06 às 21h e domingo 12/06, às 19h. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 33553319 / 33553320 - “O Tempo Perguntou ao Tempo”; Espetáculo de dança para criança / Grupo Acaso Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Stº Amaro) Dias: sábado 11/06 e domingo 12/06, em dois horários: 11h e 16h. Preços: R$ 10,00 e R$ 5,00 – Informações: 32161728 - “LUIZ E EU? Ô viagem danada de boa”; Espetáculo de teatro para criança / Cia. Maravilha Local: Teatro Joaquim Cardozo Dia: 12/06, às 16h Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 21267388. *Romildo Moreira é ator, autor e diretor de teatro

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Pizza Hut inaugura loja no Shopping Recife

Os consumidores de Recife (PE) já podem comemorar a abertura de mais uma unidade da Pizza Hut na cidade. A operação, instalada na praça de alimentação da 3ª etapa, no 2º piso do Shopping Recife, abre as portas nesta sexta-feira, 10, e funciona no formato Express, garantindo rapidez e qualidade no atendimento. Segundo Agustin Dominguez, diretor de Expansão da Yum! Brands, empresa detentora da Pizza Hut, o crescimento no Nordeste é um dos principais objetivos da marca. "Nossa previsão é inaugurar, nos próximos três anos, cerca de 20 unidades da Pizza Hut na região", afirma. A operação pertence ao franqueado Victor Cantarelli, também à frente da primeira unidade da Pizza Hut em Recife, inaugurada no mês de abril no bairro Boa Viagem. "Estamos muitos felizes com mais esta conquista. Os consumidores da região gostam muito da marca e nos passam cada vez mais segurança de que estamos no caminho certo", diz Cantarelli. "Nosso objetivo é proporcionar a eles a melhor pizza, sempre mantendo o mesmo padrão de atendimento e qualidade da rede", completa. O franqueado ainda afirma que a unidade do Shopping Recife terá uma novidade. "Além das pizzas grandes, também ofereceremos fatias individuais". Para o segundo semestre, Cantarelli prevê a abertura de uma terceira unidade, que será instalada na Zona Norte de Recife. A Pizza Hut atualmente está presente em 100 países com 14 mil restaurantes. No Brasil, são mais de 120 unidades distribuídas em 18 estados. Serviço Pizza Hut Shopping Recife Endereço: R.PE. Carapuceiro, 777, Boa Viagem – Recife/PE Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 9h às 22h | Domingo, das 12h às 21h Cartões de crédito: todos Ticket: Ticket Refeição, Alelo e Sodexo

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Quer levar chope pra casa? Compre um Growler (Por Rivaldo Neto)

Growlers? Com toda certeza alguns amantes das cervejas não sabem do que se trata, mas com a expansão do mercado de cervejas importadas e artesanais, esse item vai começar a se popularizar. Mas o que é isso? Bem, vamos lá. Os Growlers são garrafas de porcelana ou vidro, de capacidade variada, sendo o de 2 litros o mais popular dentre eles, mas podendo chegar até a 5 litros. Servem para armazenar chope fresco, quando o bar oferece o sistema “On tap”, que são as torneiras com vários rótulos, e assim enchê-lo e levá-lo para a comodidade do lar. Alguns estabelecimentos já dão até desconto aos clientes que encherem seus recipientes. Os descontos são variados, mas não deixa de ser interessante para reuniões com os amigos e assim degustar variados estilos de cervejas. Eles possuem uma tampa que conserva o liquido em até uma semana na geladeira. Além do ecologicamente correto,melhor que latas e frascos, o Growler é um objeto bonito, e alguns são até personalizados e também são muito práticos. Se você resolver adquirir um, algumas medidas são importantes como: – Se o seu Growler estiver cheio, mantenha-o sempre refrigerado. – Se resolver abrir, melhor consumir o conteúdo em até 48 horas devido à gaseificação da bebida. – Não o exponha ao sol quando estiver cheio, isso afetará a qualidade do chope. -Depois do uso, lave-o bem e evite deixar restos de detergente para que na sua próxima compra de chope a bebida não se misture com resíduos de sabão. – Evite batidas forte, são recipientes que podem ser danificados facilmente. Você pode encontrá-los em lojas na internet e em alguns estabelecimentos aqui no Recife como as lojas do Mestre Cervejeiro, ao preço de R$ 159,90, ou na BeerDock por 114,90. Serviço: Beerdock – R. des Luís Salazar, 98 – Madalena. Fone: (81) 3236-2423 Mestre Cervejeiro – Av. 17 de Agosto, 1609 – Casa Forte. Fone: (81) 3040-3210 R. Ribeiro de Brito, 830, Loja 06 – Boa Viagem. Fone: (81) 3132-0680 *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas

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Galeria Janete Costa apresenta Inferno Ostentação

A Galeria Janete Costa, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, no Parque Dona Lindu, abre na quinta-feira (16), às 19h, a mostra Inferno Ostentação. A exposição de pintura tem curadoria da Casa Navio (Aslan Cabral) e conta com as principais obras do Coletivo Vacilante, além de uma programação cheia de encontros e atividades. A entrada é franca. O Vacilante é um grupo formado pela união de Alexandre Pons, Rafael Ziegelmaier, Heitor Pontes e Luciano Mattos com o propósito de experimentar criação coletiva em pintura. O nome escolhido pelo Coletivo faz referência à ideia de que os vacilos são tão importantes na vida quanto os acertos. Por isso, eles resolveram assumir a proposta de um processo artístico Vacilante, resultando quase sempre em pinturas carregadas de imagens, tempestades cerebrais, acumulo generoso de camadas e gestos. Tinta óleo, tinta acrílica, spray automotivo, abstração e figurativismos coexistem em suas telas e murais que assinalam a relevância da pintura contemporânea dentro da obra produzida pelo coletivo. Alguns locais da cidade já exibem permanentemente obras do Vacilante, como é o caso do skatepark Marcelo Lyra, localizado na praia de Boa Viagem e da fachada do Irak. Durante os finais de semana, a exposição vai proporcionar encontros em atividades relacionadas a arte e pintura para publico geral incluindo artistas, visitantes espontâneos, adultos e crianças. A mostra Inferno Ostentação fica aberta à visitação de 17 de junho a 31 de julho, nos seguintes horários: quarta à sexta-feira, das 12h às 20h; Sábados e Domingos, das 14h às 20h. Sempre com entrada franca. Serviço: Abertura da Exposição Inferno Ostentação, do Coletivo Vacilante Quando: quinta-feira, 16 de junho Horário: 19h Local: Galeria Janete Costa, Parque Dona Lindu, Recife Período de Visitação: 17 de junho a 31 de julho Horário: Quarta à sexta das 12h às 20h, Sábados e Domingos das 14h às 20h Entrada gratuita Da assessoria de imprensa

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IBEF discute redução de custos

O sócio de consultoria da Deloitte Edson Cedraz trouxe ao seminário do Instituto Brasileira de Executivos de Finanças (IBEF) a palestra “Os desafios das reduções de custos e ganhos de produtividade”. Em um período prolongado de redução do dinamismo da economia, a capacidade de reinvenção das empresas foi apresentado como o grande desafio para sobreviver no mercado. O evento aconteceu hoje (09) no Mercure Recife Mar Hotel. “Ter uma boa marca e uma cartela de clientes não é o suficiente para atravessar a crise. É preciso ser capaz de reagir. Quem sobrevive não é o mais forte, mas o que tem capacidade de fazer mudanças”, afirma o consultor. Edson Cedraz apresentou em primeira mão uma pesquisa da Deloitte sobre como as empresas pretendem enfrentar o momento adverso. A principal readequação é a reestruturação na área de treinamento (43%), seguida pelo redução de quadro (36%). Apenas 2% delas sinalizaram que não farão redução de quadro. Sobre as perspectivas para o ano de 2016, o setor mais pessimista é o de “bens e consumo”, enquanto que o mais otimista seria o “setor de saúde”. Edson Cedraz é graduado em Administração de Empresas pela Universidade Católica do Salvador (1998) e pós-graduado em Análise de Sistemas pela Fundação Visconde de Cairú, possui anos de experiência profissional concentrada em Auditoria Interna e Gestão dos Riscos empresariais, em termos estratégicos e operacionais. O IBEF é uma instituição com o objetivo de congregar executivos de finanças, promovendo relacionamento profissional e social, e proporcionando aprimoramento técnico

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Encontro estimula participação juvenil na defesa de direitos

Momentos de encontro, incentivo, partilha de experiências e uma juventude bem decidida a praticar a Justiça e a defesa de direitos sem abrir mão de sua fé, a partir dos seus espaços de atuação. Esta é apenas uma amostra do que foi construído no Encontro Interterritorial Proclamando Justiça, realizado no último fim de semana (3 a 5) no Centro Pastoral Diocesano Stella Maris, na cidade de Triunfo (PE). O encontro, realizado pela Diaconia com o apoio da Igreja da Suécia, reuniu 25 jovens de Igrejas e projetos apoiados na Região Metropolitana do Recife (RMR), Agreste e Sertão do Pajeú. Com o tema “Juventude, Qual é a Sua? Fé, Gênero e Defesa de Direitos”, a formação traçou inicialmente uma linha do tempo dos movimentos sociais de mulheres ao longo da história, e de como estes movimentos têm conseguido se inserir nos espaços dentro das igrejas, um desafio que se acentua diante de uma conjuntura de desconhecimento e até oposição às discussões sobre relações de gênero, sexualidade, violência, direitos humanos, dentre outros. Facilitando esta discussão, estiveram presentes a assessora político-pedagógica Risoneide Lima e a missionária Cristiane Sales, integrante do Fórum de Mulheres Cristãs e Políticas Públicas. Dentre as participações do público presente, os/as jovens se reuniram em grupos e construíram propostas concretas de ação em suas regiões, como oficinas em escolas e igrejas, formação de grupos de estudo, peças teatrais e outras iniciativas. Experiências também serviram de inspiração, como a do Coletivo Vozes Marias, grupo de mulheres cristãs da RMR que discutem os direitos da mulher na comunidade eclesiástica e sociedade em geral. O grupo contou com a garantia de apoio por parte da Diaconia para a realização das ações, e deverá apresentar os primeiros resultados já no próximo intercâmbio de experiências, no mês de agosto. Fortaleza - O encontro prossegue nos próximos dias 17 a 19, reunindo as juventudes da região metropolitana de Fortaleza e do Oeste Potiguar no Hotel Palácio Hebrom, na praia de Iguape (Aquiraz/CE). Durante a formação, o grupo contará com a parceria do Instituto Negra do Ceará (INEGRA) e Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), além das Coordenadorias da Mulher do Estado do Ceará e do Município de Fortaleza. Confira alguns depoimentos: “O que estimulamos aqui é a resposta à pergunta: na prática, como nós podemos utilizar a força da juventude para lutar e defender direitos? Nosso objetivo é de que esse potencial de criatividade, determinação e inquietação saia do campo dos desejos e vá para além da igreja, na participação político-social.” Joselito Costa, assessor político-pedagógico “Pra mim, o encontro foi libertador. Participo de discussões como essas desde o início da faculdade, e às vezes a gente se sente muito só, sem outras pessoas que tenham as mesmas preocupações e a mesma visão de Reino que você. E quando participamos de um espaço como este, vivenciamos a visão da Igreja além das quatro paredes.” Bruna Coelho, da 1ª Igreja Batista do Recife “Se a gente deixar as situações nos abaterem, vamos nos sentindo sem condições de vencer. Acho que o jovem tem essa capacidade de superar dificuldades e mostrar a si próprio que é capaz. Foi muito proveitoso encontrar pessoas que têm uma bagagem interessante, e assim a gente consegue se engajar e trazer ideias novas pra nossa comunidade.” Iraquitan, da Igreja Luterana em Gravatá * Carlos Henrique Silva é assessor de comunicação da Diaconia.

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Pernambuco no Oscar dos quadrinhos

Duas iniciativas da Faculdade dos Guararapes (FG), na área de quadrinhos e educação, são indicadas ao troféu HQ Mix deste ano, considerado o ‘Oscar dos Quadrinhos’. Um deles é o Jaboatão Pop, encontro que aconteceu ano passado e realizado pelo Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Histórias em Quadrinhos, Charges e Cartuns da FG – integrante da rede internacional de universidades Laureate. O encontro reuniu profissionais e estudiosos, inclusive de diversos estados, para debater História em Quadrinhos e cultura pop, por meio de palestras, minicursos, exposições, conferências e lançamento de cartilha. Outra indicação ao prêmio são livros da coleção Quadrinhos & Educação - primeira de uma série que reúne artigos inéditos de pesquisadores nacionais e internacionais sobre o assunto e é dividida em duas partes. A publicação é organizada pelos professores Amaro Braga e Thiago Modenesi – este último tem se especializado na publicação de livros sobre essa temática. O Troféu HQMIX, que chega a 29ª edição, é promovido pela Associação dos Cartunistas do Brasil e o Instituto do Memorial de Artes Gráficas do Brasil. Foi criado em 1988 pelos cartunistas Jal e Gual com a finalidade de premiar e divulgar a produção de histórias em quadrinhos, cartuns, charges e as artes gráficas como um todo no Brasil. A entrega do prêmio acontece no segundo semestre, em São Paulo. # Saiba mais: Criado em sala de aula, o Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Histórias em Quadrinhos, Charges e Cartuns é aberto ao público e acontece quinzenalmente no campus Piedade da FG para debater e produzir conteúdo sobre HQs, cartuns e charges. As atividades do grupo são coordenadas pelo doutor em Educação e professor de Sociologia Jurídica da FG, Thiago Modenesi. Thiago foi inclusive premiado em 2012 pelo troféu HQMix com a melhor tese de mestrado do ano, considerado o maior prêmio desse segmento. Ele também foi indicado ao prêmio pela segunda vez por sua coletânea "Quadrinhos & Educação" e é autor de quatro livros relacionados ao mundo dos Quadrinhos. Um deles é “Educação para abolição – charges e histórias em quadrinhos no segundo reinado”, que trata de charges e histórias em quadrinhos desenhadas na época da escravatura. A publicação é resultado da dissertação de mestrado que foi premiada nacionalmente com o troféu HQ Mix, pela Associação de Quadrinistas e Caricaturistas do Brasil.

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Mercado sinaliza menos demissões

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 3,8% em maio, indo a 79,4 pontos, o maior nível desde os 83 pontos de abril de 2014. Divulgado hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV), o resultado sinaliza “atenuação do ritmo de queda do número de pessoas ocupadas na economia brasileira nos próximos meses”. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 4,1% em maio, atingindo 99,5 pontos, o maior desde dezembro passado. Na avaliação da FGV, ao interromper uma série de quatro quedas consecutivas e indicar um aumento do desemprego, o resultado mostra que “a recuperação do mercado de trabalho tende a ser lenta e sujeita a contratempos”. Para o economista da FGV Holanda Barbosa Filho, é exatamente esta contradição entre os Indicadores Antecedente de Emprego e Coincidente de Desemprego que aponta visões contrárias para as expectativas no curto prazo e em um prazo maior. “Os resultados dos índices mostram uma melhora das expectativas com relação ao futuro bastante consistente, indicando um otimismo para os próximos meses. No entanto, a tendência de curto prazo permanece ruim. Ao mostrar forte aumento, o Indicador Coincidente de Desemprego, reflete, de certa forma, os aumentos recentes da taxa de desemprego divulgada pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]”, avalia o economista. Destaques As projeções da FGV indicam que os componentes que mais contribuíram para a alta do Indicador Antecedente de Emprego, em maio, foram os que medem a expectativa quanto a encontrar emprego, constatada na Sondagem do Consumidor, e o ímpeto de contratações nos próximos três meses, neste caso aferido na Sondagem de Serviços, com variações de 13,6% e 7,7%, respectivamente. Com relação ao Indicador Coincidente de Desemprego, todas as classes de renda do consumidor contribuíram para a alta, com destaque a dos com renda mensal entre R$ 4.800 e R$ 9.600. Neste caso, Indicador de Percepção de Facilidade de se conseguir emprego (invertido) variou 5,1%. (Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil)

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A rasteira da perda cabeluda (por Paulo Caldas)

“A rasteira da perna cabeluda” (Bagaço, 2015), livro em quadrinhos com roteiro de André Balaio, organização de Roberto Beltrão e ilustrações de Téo Pinheiro, está entre os lançamentos indicados do Troféu HQ Mix, maior prêmio do gênero, considerado o Oscar da HQ no Brasil, com julgamento marcado para o dia 30 deste mês. Enquanto o escritor André Balaio concorre na categoria "Roteirista Nacional”, Pinheiro espera ser eleito o vencedor da categoria “Desenhista Nacional”. Com eles Pernambuco está presente no tradicional concurso, criado desde 1989,  com intenção de divulgar, valorizar e premiar a produção de “quadrinhos”, cuja votação é feita por profissionais da área, editores, pesquisadores e jornalistas. Quem é André Balaio Observador arguto, roteirista, escritor de notório talento, dono de considerável bagagem nos campos da literatura e cinema, mantém ao lado do escritor Roberto Beltrão, o aplaudido o site O Recife Assombrado. Fiel depositário desse fenômeno, além dos seus escritos,e empreende também debates e espetáculos teatrais em torno desse tema. Balaio publicou contos nos livros “Histórias Medonhas D´O Recife Assombrado” e “Malassombramentos (onde assina como André Felipe de Andrade). e organizou o álbum de “Histórias em Quadrinhos D´ O Recife assombrado” e participou da coletânea de contos “Viva Carrero”. Perna Cabeluda ataca em HQ Álbum reconta a mais famosa lenda urbana do Recife Ela começou a habitar os pesadelos dos recifenses nos anos 1970. Muitos acreditaram que uma “perna cabeluda” perseguia e dava violentos chutes em quem se arriscava a sair à noite pelas ruas desertas. Os céticos disseram que não passava de um boato espalhado pelas rádios e até pelos jornais. Mas o pavor que se alastrou na época foi, sem dúvida, bem real. E, depois de tanto anos, a medonha volta a atacar em forma de história em quadrinhos. Balaio, que já produziu dezenas de contos de horror e roteiros de HQs de gênero fantástico, desta vez criou a trama a partir de uma especulação: o que aconteceria se a Perna Cabeluda voltasse a atormentar os viventes nos dias de hoje? E em meio ao clima sobrenatural da narrativa - feita de sustos, mistérios e reviravoltas - o autor também reflete sobre sentimentos muito humanos como o preconceito, a ambição e o desejo de vingança. O desenhista Téo Pinheiro, com larga experiência na arte especializadas dos quadrinhos, traduziu essas ideias em traços precisos que seguem a melhor tradição das HQs feitas para meter medo. A Rasteira da Perna Cabeluda é um produto desenvolvido pelo projeto O Recife Assombrado, criado no ano 2000 com o objetivo de preservar e divulgar os mitos mais assustadores do imaginário popular. Além do site com conteúdos diversos, já foram lançados quatros livros e uma coletânea de histórias em quadrinhos. “As nossas lendas malassombradas são um terreno fértil para a criação ficcional, tanto pelo que trazem de inusitado, de espantoso, quanto pela sua carga dramática”, teoriza André Balaio. “Não é por acaso que um dos romances pernambucanos mais lembrados é ‘A Emparedada da Rua Nova’, de Carneiro Vilela – enredo folhetinesco que expõe a hipocrisia da sociedade do velho Recife, mas que também leva à fantasmagoria”, conclui o roteirista. Serviço Preço: R$ 28,00, venda online no site da Editora Bagaço: www.bagaco.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=1041 Contato: André Balaio - andrebalaio@gmail.com   *Paulo Caldas é escritor

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