Arquivos Notícias - Página 637 De 675 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Lazer cultural para todos (Por Romildo Moreira)

Ainda trilhando no mote das férias, assunto do artigo anterior, ouso convidar os que assim se encontram em acrescentar um pouco aos seus hábitos após o período de férias, o lazer cultural. Com isso, além dos benefícios intelectuais que se adquire, como bem sabemos, há o benefício físico e mental que diminui, e muito, a carga de estresse em qualquer pessoa que assim agir. Ler, ir ao cinema, visitar exposições, assistir espetáculos de teatro, circo, dança, música, etc., são antídotos perfeitos contra o estresse. No Recife, encontramos equipamentos culturais perfeitos para tornar hábito o lazer cultura e sem ter que gastar muito, quando não for franqueado o acesso. E são vários os exemplos. Vejamos alguns: O Teatro de Santa Isabel, um dos mais antigos teatros monumento do país, mensalmente apresenta concertos gratuitos da Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência do Maestro Marlos Nobre e também da Banda Sinfônica do Recife, regida pelo Maestro Nenéu Liberalquino. O Cinema São Luiz, um patrimônio remanescente das casas luxuosas de exibições cinematográficas do Brasil, diariamente oferece uma programação de qualidade, com preços acessíveis. O Centro Cultural Correios, que além de exposições gratuitas de artes plásticas e visuais, mantém uma programação que reveza artes cênicas e musicais em um teatro aconchegante, a preços simbólicos. O Museu Cidade do Recife, instalado no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, que além da beleza arquitetônica, oferece exposições gratuitas de grande relevância para a cultura local. O Paço do Frevo e o Museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga, ambos nas imediações da Praça do Arsenal, no bairro do Recife, entre os mais novos equipamentos que a cidade dispõe, permitem ao visitante um mergulho prazeroso na história e nos costumes culturais do povo de Pernambuco. Lembremos ainda da Oficina de Cerâmica Francisco Brennad e do Instituto Ricardo Brennand, instalados na Várzea, que além de causar um verdadeiro deslumbramento pela grandiosidade dos espaços, há, sobretudo, o acervo criado por Francisco no primeiro e a coleção do Ricardo no segundo, ambos memoráveis. Cafés e livrarias interessantes espalhadas pelo Recife não são difíceis de encontrar em bairros como Casa Forte, Graças e Bairro do Recife (que o povo insiste em chama-lo de Recife Antigo, como se antigo no Recife fosse apenas aquela ilha. Mas como bem disse Coelho Neto, o povo é sábio e o que o povo diz, Deus assina em baixo) e também nos shoppings. Dados os exemplos, fica a confirmação de que é possível criar o hábito cultural em pessoas de qualquer realidade social, porque a capital pernambucana oferece arte e cultura para todos os gostos; é só procurar e desfrutar. Encerro este artigo externando o imensurável prazer que sinto em saber que a cidade do Recife já pode contar com o Teatro Barreto Júnior com seu sistema de ar condicionado perfeito, oferecendo ao público local espetáculos de artes cênicas em temporadas convencionais. Para isso, estão abertas inscrições de projetos de ocupação da pauta até o dia 1º de agosto, e o regulamento com seus respectivos anexos estão disponíveis no site da Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br), assim como na administração do próprio teatro, situado à Rua Estudantes Jeremias Bastos, S/N, no bairro do Pina. As pautas em licitação são para espetáculos adultos e infantis, nos meses de agosto e setembro. Mais informações poderão ser adquiridas através do telefone 81-3355- 6399.  Antes dos espetáculos da concorrência o Teatro Barreto Júnior vai oferecer uma programação especial de férias, iniciando com Angélicus (vide indicação abaixo), e na sequência dois espetáculos para o público infantil que são: Os Três Porquinhos, dias 23 e 24 e Vento Forte Para Água e Sabão, nos dias 30 e 31.     DICAS DE ESPETÁCULOS EM CARTAZ NO RECIFE: - “Angelicus”, com o Grupo Matraca de Teatro. Local: Teatro Barreto Jr. Dias: 16 e 17/07 às 20h. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 33556399. - Programação do XIII Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco - “Meu Reino Por Um Drama”, com a Métron Produções. Local: Teatro de Santa Isabel Dia: 16/07 – às 16h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00. – Informações: 33553322. - “Branca de Neve”, com o Humantoche Produções. Local: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu) Dias: 16 e 17/07, às 14h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 33559821. - “Malévola e Aurora em Uma Bela Adormecida”, com a Capibaribe Produções. Local: Teatro Experimental Roberto Costa (Paulista North Way Shopping) Dias: 16 e 17/07, às 16h30. Preços: R4 20,00 e R$ 10,00. – Informações: 988590777.

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Compras de roupas e calçados são as mais adiadas por falta de dinheiro

Com a maior rigidez para a concessão de crédito, comprar algum produto ou serviço pode ficar ainda mais difícil com menos dinheiro no bolso. Um levantamento nacional feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que os serviços e produtos que os brasileiros mais tem vontade de adquirir para ficar mais bonito, mas que não compram por limitação financeira são o clareamento dentário (21,0%) e a compra de roupas, calçados e acessórios (16,4%), especialmente entre as pessoas das classes C, D e E e residentes no interior. A pesquisa também procurou saber quais são os produtos ou serviços que os brasileiros têm a intenção de adquirir para ficar mais bonito nos próximos três meses e constatou que os cosméticos estão em primeiro lugar do ranking, com mais da metade das citações (50,7%), seguidos pelas roupas, calçados e acessórios (43,9%) e pelos cuidados com o cabelo, unha, barba e pelos (42,3%). Outras opções ainda mencionadas foram tratamentos odontológicos (24,4%), maquiagens (20,9%) e remédios e vitaminas (19,0%). Já com relação aos tratamentos de maior valor financeiro e de maior complexidade que os entrevistados têm a intenção de realizar pelos próximos 12 meses, os mais mencionados são clareamento dentário (20,9%), aparelho para correção nos dentes (14,8%) e a aplicação de porcelana nos dentes (10,4%). Para identificar o potencial de consumo no mercado de beleza, o estudo levantou os itens mais utilizados entre os consumidores entrevistados e os dividiu em cinco categorias. Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a análise permite construir um cenário mais preciso sobre os hábitos do consumidor em relação aos diversos produtos e serviços típicos do segmento de beleza e estética. “O levantamento pode ser bastante útil para os empreendedores que desejam investir, diversificando ou ampliando sua atuação neste mercado”, afirma. Entre os cosméticos mais utilizados no dia a dia pelos entrevistados estão o shampoo (75,2%), colônias e/ou perfumes (67,6%), condicionador (49,1%) e protetor solar (38,0%). As compras destes produtos são feitas principalmente com  evendedores de cosméticos (53,2%), em supermercados e/ou hipermercados (45,7%) e farmácias e drogarias (40,5%). O gasto médio com produtos desse segmento é de R$ 101 por mês. Fazer as unhas é o serviço mais utilizado do segmento (46,8%), seguido por hidratação capilar (35,7%) e depilação (34,2%). Os serviços mais complexos, como no caso de luzes (85,6%) e progressiva (81,3%) são os mais realizados com profissionais, tanto em casa quanto em espaços apropriados, seja por demandar maior qualificação dos especialistas que irão executar ou até mesmo pelas consequências que um serviço mal executado pode causar. A pesquisa ressalta também que milhões de brasileiros nunca realizaram vários destes procedimentos, como é o caso do design de sobrancelhas (63,1%), mechas (62,9%) e do alisamento/progressiva (61,2%). “A profissionalização é extremamente importante para aqueles que oferecem esses serviços. Os especialistas devem buscar, constantemente, o aprimoramento da técnica e a excelência no atendimento, bem como a incorporação de novos serviços que agreguem valor ao negócio e a adoção de uma política de preços atrativa, a fim de despertar o interesse de um número cada vez maior de consumidores”, indica Kawauti. Para a economista, vale a pena investir em recursos e estratégias para fazer deste local um espaço cada vez mais agradável, a fim de conquistar e fidelizar os consumidores. A média de gasto mensal com esses serviços é de R$ 78,00. O levantamento mostrou que na categoria “cuidados com rosto e corpo”, os serviços mais utilizados, independente da frequência com que são feitos são a limpeza de pele (41,2%, aumentando para 55,7% entre as mulheres) e a academia (33,1%). Grande parte dos tratamentos investigados ainda não têm uma utilização significativa entre os entrevistados: dos nove tratamentos e serviços pesquisados, seis nunca foram feitos por pelo menos 65% da amostra, principalmente peelings químicos (89,3%), drenagem linfática (89,1%), tratamentos para rugas e linhas de expressão (88,2%) e tratamentos para gordura localizada e celulite (88,2%). O gasto médio mensal com os tratamentos estéticos não invasivos é de R$ 90,00 e os locais mais procurados para a aquisição destes serviços são salões de beleza (59,9%), academias (28%) e clínicas especializadas (18,2%). Os resultados mostram que não é muito significativo o percentual de entrevistados que já fizeram algum tratamento invasivo, sendo os mais usuais o clareamento dentário (26,5%), uso de remédios para emagrecer (23,3%) e porcelana nos dentes (12,2%), além de cirurgias plásticas variadas. O principal impedimento para a realização dos procedimentos desejados é a falta de dinheiro (74,3%), principalmente entre os mais jovens e pessoas da classe C. Entre os entrevistados que já fizeram algum procedimento invasivo, 84,7% comentaram com conhecidos o que fizeram, principalmente porque não veem problemas em contar. Entre os serviços que ainda não fizeram mas têm vontade estão o clareamento nos dentes (47,5%), depilação definitiva (38,0%) e porcelana nos dentes / coroa dentária (33,9%). Entre os itens de vestuários mais comprados pelos brasileiros pensando em ficar mais bonitos, as roupas (87,3%), calçados (72,2%) e acessórios (50,1%) são os mais citados. De acordo com o levantamento, os locais onde os entrevistados mais compram estes produtos são: revendedores de cosméticos (37,6%), lojas de departamento (28,8%) e supermercados (26,2%). O gasto médio no mês anterior à pesquisa com estes itens foi de R$ 222 e maior entre as classes A e B (R$ 275). Para a economista Marcela Kawauti, a pesquisa evidencia boas oportunidades de investimento em categorias não apenas com itens financeiramente mais acessíveis, mas também de tratamentos invasivos e procedimentos cirúrgicos, que possuem um custo superior. “Para o mercado, este é um sinal de que é preciso pensar em estratégias financeiras que possam aproximar os consumidores aos produtos e serviços que eles desejam adquirir e que, frequentemente, não o fazem por falta de alternativas e de dinheiro”, conclui. A pesquisa ouviu 790 consumidores de ambos os gêneros, todas as classes sociais e acima de 18 anos nos 27 Estados e teve como propósito mapear o mercado de beleza a partir do consumo de produtos e serviços, investigando motivações e influenciadores no processo de compra. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.

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Insatisfação com valor de impostos

Sete em cada dez brasileiros concordam que a baixa qualidade dos serviços públicos se deve mais à má gestão dos recursos do que à falta deles. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 81% dos brasileiros acreditam que o governo já arrecada muito e não precisa aumentar os impostos para melhorar os serviços públicos. Para 84% das pessoas os impostos no Brasil são elevados ou muito elevados e 73% são contra o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Para 80% dos entrevistados, o governo deve reduzir as despesas atuais para diminuir os déficits orçamentários. Dos que acham que deve manter os gastos, a primeira opção para estabilizar as contas públicas deve ser a privatização de bens. "A população não quer pagar mais impostos e continuar tendo serviços de má qualidade. É preciso aumentar a eficiência do uso do dinheiro público, além de promover um debate que informe à sociedade a situação das contas do governo e explique a necessidade de reformas urgentes, como a da Previdência", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. A pesquisa foi feita em parceria com o Ibope e entrevistou 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 17 e 20 de março. O número de brasileiros que têm a percepção de que pagam caro por serviços ruins é cada vez maior. Considerado o elevado patamar de impostos pagos no país, 90% dizem que os serviços deveriam ser melhores. Em 2013, o volume era de 83%, e em 2010, de 81%. A saúde e a segurança têm as piores avaliações entre os 13 serviços analisados. Receberam os índices mais baixos - 20 e 22 pontos -, em uma escala em que valores superiores a 50 representam que a parcela da população que considera o serviço de alta ou muita qualidade é superior à que considera de baixa ou muito baixa qualidade. Nenhuma das opções alcançou índice acima dos 50 pontos. Os que tiveram a melhor avaliação foram o fornecimento de energia elétrica e os Correios, com 48 e 46 pontos, respectivamente. Entre os 13 serviços avaliados, seis tiveram queda em relação à pesquisa anterior, realizada em julho de 2013. Contra a volta da CPMF Apesar de 65% dos entrevistados não saberem o que é a CPMF, quando informados pelos entrevistadores, 73% disseram ser contra a cobrança. Para 70% dos que responderam à pergunta, a CPMF é um imposto injusto, que afeta as pessoas independentemente de seu nível de renda. A volta da CPMF poderá aumentar os preços dos produtos, na opinião de 59% dos entrevistados. O argumento de que o recurso do tributo será investido na Previdência Social e na saúde não convence os brasileiros a serem favoráveis ao seu retorno. Para 61% dos entrevistados, a recriação da CPMF não vai melhorar a vida dos brasileiros. Reequilíbrio das contas públicas Para 59% da população, os gastos públicos subiram muito nos últimos anos e 80% acreditam que o governo deve reduzir as despesas atuais para diminuir os déficits orçamentários. Entre os que recomendam o corte de gastos, a prioridade deve ser reduzir o custeio da máquina pública e os salários dos funcionários públicos, na opinião de 32% e 22%, respectivamente. Para os que acham que o governo deve manter os gastos, foram apresentadas três opções para estabilizar as contas. Do total, 42% disseram que o governo deve vender ou conceder bens e estatais à iniciativa privada, 17% defenderam a criação de impostos e 12% acham que é melhor aumentar a dívida pública. Outros 30% não souberam responder. Uso de recursos por instâncias de governo Quanto menor a instância de governo, maior a percepção da população de que o dinheiro é bem utilizado. Dos entrevistados, 83% consideram que os recursos federais são mal utilizados ou muito mal utilizados pelo presidente da República e seus ministros. O percentual cai para 73% quando se analisa o orçamento estadual e para 70% quanto se verifica o municipal.

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Recife recebe workshop sobre marketing político digital

Em um momento em que o universo da política está cada vez mais no foco de debates, o Recife recebe uma ação voltada para interessados no assunto, o Workshop sobre Marketing Político Digital - Oportunidades para as Eleições de 2016. O encontro acontece neste sábado, 16 de julho, das 9h30 às 18h, no Impact Hub, localizado na Rua do Bom Jesus, Bairro do Recife. Destinado a políticos, candidatos e coordenadores de campanhas eleitorais, assessores de políticos e de candidatos e profissionais de comunicação (publicidade, relações públicas, jornalismo, rádio e TV) o curso será ministrado pelo consultor e palestrante Leandro Rehem e pela especialista em inteligência, comunicação e monitoramento em mídias sociais Fátima Silana, com participação da advogada e blogueira Noélia Brito. As inscrições podem ser feitas por meio do link. A programação consiste em sete horas de treinamento intensivo sobre os principais aspectos que envolvem a criação de uma presença política na internet como Marketing Político Digital (MPD) na prática, Produção de conteúdo, Inbound Marketing, Conversão de Visitantes em Eleitores, Planejamento e Estratégia, Combate à guerrilha e Estruturação de equipe, além de algumas tendências e dicas práticas. No período da manhã, Fátima Silana fala sobre como as mídias sociais e o monitoramento podem fazer a diferença para uma campanha, abordando questões como identificação de militâncias, problemas da cidade, geração de insights para estratégias de campanha e diagnóstico da receptividade do programa eleitoral. No período da tarde, Leandro Rehem apresenta as principais técnicas disponíveis no mercado para criação de campanhas eleitorais na Internet. Neste contexto, será abordado o planejamento de uma campanha política digital, o perfil do eleitor conectado, a legislação eleitoral na web, marketing de conteúdo, marketing de atração, email marketing e dicas práticas. O curso termina com uma conversa com a convidada Noélia Brito sobre Expectativas e Perspectivas para eleição 2016. Noélia é jornalista, procuradora do Município do Recife e editora do Blog da Noélia Brito, de conteúdo político. Milita ativamente nas redes sociais e possui um perfil no Google+ que já obteve mais de 13,6 milhões de acessos. Fátima Silana é especialista em inteligência, comunicação e monitoramento em mídias sociais com mais de 12 anos de experiência profissional, além de Gerente de Projetos da E.life, empresa brasileira pioneira e líder na América Latina em monitoramento, análise e gestão do relacionamento nas mídias sociais. Leandro Rehem é publicitário especialista em marketing digital, conteúdo para web e novas mídias. Atualmente, é sócio da LeWay Marketing & Conteúdo.

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Anatomia dos juros altos

O Brasil pratica a maior taxa de juros real e nominal do planeta. A esse custo do dinheiro trava-se o consumo e o investimento. Ademais, o custo fiscal é muito alto. Em 2015, o governo pagou aos credores cerca de meio trilhão de reais de juros, equivalente a 8% do PIB. E entre dezembro de 2014 e de 2015, graças à elevação da taxa de juros, o País desembolsou R$ 190 bilhões a mais. Esse valor é muito superior à meta de déficit primário aprovado recentemente pelo Governo Temer para 2016. As razões para o Banco Central praticar eventualmente juros altos não residem apenas no seu objetivo de manter a inflação de demanda sob controle. Há outras duas razões macroeconômicas importantes. Até o início da década passada juros altos atraiam capitais de curto prazo que ajudavam a financiar o déficit de transações correntes. Historicamente, investimento direto e financiamentos externos não fechavam essa conta. Os capitais de curto prazo eram quase sempre necessários para bancar a diferença. Por conseguinte, quando o País não conseguiu gerar saldos crescentemente positivos na sua balança comercial e atrair novos investimentos e financiamentos de forma sustentável, juros reais elevados foram funcionais para atrair os dólares necessários para equilibrar o balanço de pagamentos. A outra razão - muito mais importante e atual- é o desequilíbrio fiscal do setor público. Este setor captura a poupança privada oferecendo taxas de juros atraentes para financiar o seu déficit. A irresponsabilidade fiscal do passado gerou enormes déficits internos que são financiados com poupança privada intermediada pelas instituições financeiras. Uma vez que o estoque da divida representa cerca de 68% do PIB, o mercado para cobrir a possibilidade do default incorpora aos juros um fator de risco. Para rolar essa divida, indexada parte a Selic e parte a índices de preço, a União precisa oferecer uma remuneração que, no fundo, estabelece uma rigidez para baixo na taxa de juros real. Esses são os fundamentos para o argumento de que a taxa de juros real no Brasil tenha um piso alto porque cumpre duas funções: a primeira, agora não mais existente, mas que foi importante no passado, é ajudar a financiar o déficit externo (transações correntes), captando poupança do resto do mundo e, a segunda, bastante atual, é financiar o déficit interno (divida pública), captando poupança doméstica através do sistema financeiro. Todavia, essas razões não são as únicas que explicam as altas taxas de juros. É necessário entender, também, como funciona a intermediação financeira no Brasil e porque esse mercado pratica spreads (diferença entre o custo da captação e da aplicação) tão elevados. Segundo o Banco Mundial, o spread, brasileiro é um dos mais altos do mundo (22,8% em maio de 2016, sendo 32% no segmento de pessoas físicas e 12,2% no de pessoas jurídicas). Por que essa diferença é tão alta? Em primeiro lugar, há um prêmio pela inadimplência. Na composição do spread, a inadimplência responde, por cerca de um quarto da diferença. Em segundo lugar, há o mark-up dos bancos constituído pela soma das participações no spread das despesas administrativas (9,2%), dos impostos diretos (25,4%) e dos lucros (37,75%; dados de 2014). Pergunta-se: Existe indício de cartelização por parte do sistema bancário? Os lucros dos bancos são exagerados? A teoria econômica ensina que, em mercados onde o produto é artificialmente escasso e muito caro em comparação com mercados onde há mais competição, existem fortes indícios de práticas monopolísticas. Existe, de fato, um poder de mercado que se manifesta pelo elevado spread, pela escassez relativa de crédito e por altos lucros. O spread bancário é uma medida da eficiência e da competitividade do sistema financeiro. Países mais desenvolvidos e com sistemas financeiros mais competitivos apresentam spread inferiores a 10% e volumes de crédito, medidos com relação ao PIB, relativamente elevados. Além disso, a concentração bancária está longe de ensejar uma saudável concorrência no mercado de crédito. No Brasil, os quatro maiores bancos- dois públicos e dois privados- respondem por 70% do volume de crédito. É importante estimular a competição entre os bancos. Mais competição amplia o crédito e reduz o seu custo. Isso significa maior desenvolvimento para o mercado financeiro e para a economia como um todo. Caso essas condições se estabeleçam, os juros irão cair até atingir um ponto de equilíbrio que sempre será testado pelo mercado. O importante é que a oferta de crédito aumente e o seu custo caia a níveis que permitam retomar o crescimento econômico.

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Conjuntura torna eleição imprevisível

Múltiplas candidaturas. Pelo menos cinco partindo com força - seja de estrutura, reconhecimento político ou tempo de TV. As eleições municipais do Recife sinalizam um cenário com toda tendência de segundo turno, após 12 anos. A última eleição na capital pernambucana que foi para o segundo turno foi entre João Paulo e Roberto Magalhães, no ano 2000. A deliberação oficial sobre as candidaturas e coligações acontece entre 20 de julho e 5 de agosto. Mas a disputa já começou há um bom tempo. O PT e DEM (na época ainda PFL), atores daquele embate voltam fortes nessa eleição, mas sem favoritismo. Os democratas representados pela pré-candidata e deputada estadual Priscila Krause. Os dois mais votados nas eleições 2012, Geraldo Júlio (PSB) e Daniel Coelho (PSDB) voltam a se enfrentar no pleito de outubro. O partido do prefeito apresenta recall maior que naquele embate, mas sem uma figura que foi fundamental para aquela decisão: Eduardo Campos. Junta-se a esse grupo o deputado estadual Sílvio Costa Filho (PRB), que sonhava até então com o apoio dos petistas e do PTB, do senador Armando Monteiro. Mais duas candidaturas com menor estrutura já foram postas: o deputado estadual Edilson Silva (Psol) e o presidente do PV Carlos Augusto Costa. “Podemos esperar uma eleição muito pulverizada. Muitos candidatos, muitos dos quais competitivos. O segundo turno é certo e o resultado é uma incógnita. Priscila agrega a bandeira da mulher, além de experiência no Legislativo. Ela tem capacidade de reunir as chamadas bandeiras de centro-direita. Daniel sempre teve excelentes performances devido a sua boa capacidade comunicacional”, avalia o cientista político e professor da Unicap, Thales Castro. Apesar do reconhecimento popular de João Paulo, o especialista acredita que o desgaste do impeachment no seu partido trará dificuldades para o ex-prefeito recompor sua base e reinventar o discurso. A participação do DEM e do PSDB no ministério do governo provisório de Michel Temer é visto pelo cientista político Túlio Velho Barreto como um fator que poderá resultar num empoderamento dos seus candidatos na disputa local. No caso, Priscila Krause e Daniel Coelho. No entanto, ele ressalta que horizonte político até outubro ainda não é claro. Um maior ou menor envolvimento dos atores políticos locais no governo e o desgaste das denúncias de corrupção poderiam tanto contribuir como prejudicar tais candidatos no Recife. “A morte de Eduardo Campos, único real líder do PSB no Estado, certamente, afetará a campanha. Não se sabe o que acontecerá com a disposição do PMDB de emplacar o candidato a vice na chapa, o que significaria o afastamento do atual vice- -prefeito Luciano Siqueira, do PCdoB”, avalia. Sobre o prefeito Geraldo Júlio, Thales destaca que o socialista entrará numa eleição na situação oposta a que enfrentou quatro anos atrás. Em 2012, a força e habilidade de costura política do ex-governador Eduardo Campos, aliado ao intenso desgaste interno do PT, que detinha a prefeitura, levou o então desconhecido secretário de desenvolvimento econômico, mas com rejeição baixíssima, a uma vitória no primeiro turno. “Geraldo Julio tinha Eduardo Campos como principal cabo eleitoral e ainda contava com uma aliança com Lula e Dilma. Há uma diferença brutal desse contexto de alianças”, afirma. Na ocasião, o atual prefeito contava com 12 partidos no seu palanque, que garantiu a eleição do então pouco conhecido secretário no primeiro turno. Daquela Frente Popular, ao menos o PRB e PV terão candidaturas próprias. Até o partido do vice-prefeito Luciano Siqueira, o PCdoB, não está garantido na coligação devido ao apoio socialista ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para Velho Barreto, as dificuldades da gestão socialista se agravaram com o afastamento das legendas do DEM e  do PSDB em Pernambuco e no Recife. “No plano local, o PSB parece ter se precipitado ao afastar ainda mais o DEM e o PSDB ao solicitar os cargos que esses partidos ocupavam na prefeitura e Estado. Tal fato pode ter sido resultado do açodamento dessas legendas em lançar os seus pré-candidatos, mas, fundamentalmente, parece ter resultado da inabilidade em costurar a manutenção da aliança ou de manter uma relação de proximidade que permitisse alguma composição na frente, ou seja, antes, durante ou depois da disputa eleitoral”, afirma. Além das múltiplas candidaturas fortes, a crise econômica e política torna a eleição ainda mais imprevisível. “O cenário nacional de incerteza, denuncismo e delações promove uma desorientação no eleitor. Em outubro ainda estaremos submersos nessa crise continuada. Uma eleição atípica e oposta ao quadro econômico de 2012, quando Pernambuco surfava numa onda de muitos investimentos e euforia. Hoje omomento é de esgotamento tributário e financeiro do País”, afirma Thales. Soma-se ainda a esse cenário turbulento a estreia de uma série de regras eleitorais que irão reduzir drasticamente o período de realização de campanha oficial, o tempo disponível em rádio e TV e uma queda no financiamento, devido à proibição da doação de recursos por parte das pessoas jurídicas. Em tese, o discurso de cada candidato ganha mais força frente as restrições. REJEIÇÃO. Estudo do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) realizado em Parceria com a Folha de Pernambuco no final de junho indicou um fato preocupante para todos os pré-candidatos à prefeitura: o índice de rejeição é muito elevado. O único pré-candidato ao pleito municipal com menos de 50% de rejeição é Carlos Augusto (?), que tem 48%. As maiores rejeições são dos deputados Edilson Silva (57%), Priscila Krause (54%), Sílvio Costa Filho (53%) e Daniel Coelho (52%). O prefeito Geraldo Julio e o ex-prefeito João Paulo ficaram empatados com 50%. (Por Rafael Dantas)

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O mal-estar da mobilidade (Por Gustavo Costa)

A expectativa era de padrão Fifa. A execução das primeiras concessões de serviço de transporte de passageiros da Região Metropolitana do Recife foi iniciada durante a Copa. Os dois primeiros lotes de linhas (sete licitados), beneficiados por BRTs, passavam a integrar a operação transitória dos Corredores Norte- -Sul e Leste-Oeste. Após dois anos, e três das “Jornadas de Junho”, grassa o mesmo mal-estar coletivo com o padrão do serviço de mobilidade. Apesar dos vultosos investimentos públicos e privados, a operação segue transitória; da boa aceitação dos BRTs, a infraestrutura de vias e terminais segue inacabada, travada e insegura; dos ganhos de escala e velocidade em algumas linhas, caras estações depredadas e dezenas de BRTs depreciando em garagem são o pior retrato da ineficiência, do desperdício e improviso. Afinal, o que deu errado? Seguramente, o impacto da maior crise econômica da história brasileira explica muito. Não tudo. Outra parte da explicação está em velhos e conhecidos gargalos da gestão pública, cujas soluções demandam diagnóstico, esforço e prioridade na agenda política metropolitana e local. Em primeiro lugar, há a secular cultura da insegurança jurídica nos contratos públicos. Não é eficiente licitar às pressas para fazer bonito na Copa. São indispensáveis planejamento e regras que projetem estabilidade, equilíbrio entre direitos e obrigações, proteção contra casuísmos burocráticos, além da garantia de retorno do investimento a taxas de mercado. Em síntese, expressivos investimentos público-privados em infraestrutura de mobilidade reclamam marco legal e contratual estável, equilibrado desburocratizado e previsível. A falta de concorrentes na recente licitação internacional, as prenunciadas dificuldades nos contratos em execução e o atraso dos contratos pendentes sinalizam que o gargalo da insegurança jurídica não tem sido bem compreendido pela gestão pública. O segundo gargalo é a ineficiência da gestão e regulação. Quando de sua criação (2007), o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, sucessor da extinta EMTU, era uma inovadora ideia no papel: a primeira empresa pública multifederativa destinada à gestão do complexo sistema de transporte metropolitano, com estrutura societária, organizacional e financeira. Quase 10 anos depois, a ideia não pegou: os municípios consorciados não compraram o projeto, o governo estadual banca sozinho o “consórcio”, com escassos repasses, e o Grande Recife, apesar do esforço de alguns técnicos abnegados, segue desestruturado, sem equipe e receitas à altura da sua missão. É uma grande ideia fora do lugar, a reclamar urgente simplificação. Por fim, o mais importante: o atual modelo de financiamento da mobilidade está esgotado. As “Jornadas de Junho” de 2013 deixaram claro que a sociedade não suporta mais expansão de tarifas sem contrapartida eficiente. Por outro lado, o retorno da inflação a partir daí, potencializada pelo represamento artificial de preços administrados, confirma que a alternativa não é o “lanche grátis”. No mundo rico, a sociedade financia boa parte da conta com subsídio público. No Brasil, e em Pernambuco, o sistema é dependente de tarifa, paga pelos pobres e sem subsídio eficiente. A conta da mobilidade é injusta e não fecha. A solução do complexo problema do financiamento passa pelo fim da dependência tarifária, com a ampliação das fontes de receita, inclusive subsídios orçamentários. Alternativas existem, algumas delas impopulares para a classe média, a exigir muita prioridade política. E há também alternativas mais sofisticadas, como os fundos de infraestrutura, tal como previsto na recente MP 727/2016. Pernambuco já ensaiou um fundo garantidor de mobilidade, mas abortou a ideia. É hora de retomá-la, agora com impulso federal. A mobilidade entrou na agenda política pelo grito das ruas de 2013. A Copa e a crise político-econômica secundarizaram sua pauta, mas o mal- -estar coletivo e silencioso continua. O silêncio das ruas acabará cedo ou tarde. Já passou da hora de os atores políticos locais e metropolitanos formularem respostas para um problema que também é seu.

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Sintomas de visão podem ser doença neurológica

A enxaqueca é uma das principais queixas nos consultórios oftalmológicos, mas se ela for causada por problemas relacionados à visão é indispensável procurar um neuroftalmologista. Essa subespecialidade da oftalmologia cuida de problemas no nervo óptico e nas vias ópticas, isto é, regiões do cérebro responsáveis pela visão. Além da dor de cabeça, dor ocular e retro ocular, outros sintomas podem indicar a presença de alterações neurológicas, dentre eles: baixa visão, diminuição dos campos visuais, alteração do tamanho da pupila, visão dupla, estrabismo, queda da pálpebra, sensação de blackout, fotofobia, balanço no olhar (nistagmo) ou, ainda, alteração na visão das cores. “Por isso, é indispensável que o paciente fique atento a esses sintomas, pois eles podem revelar outras doenças neurológicas”, explica a neuroftalmologista Marisa Kattah, do Instituto de Olhos do Recife. Segundo a médica, algumas doenças neurológicas podem incidir diretamente na visão e, por conta disso, o paciente também deve ser acompanhado por um neuroftalmologista. Tumores cerebrais benignos, por exemplo, podem comprimir as áreas nobres relacionadas ao sistema visual. “Aneurismas, adenomas de hipófise, suspeita de hipertensão intracraniana, infecções virais, bacterianas e parasitárias, e doenças autoimunes, como a esclerose múltipla, podem afetar o nervo óptico e outras áreas do sistema visual”, revela. Já acidentes vasculares cerebrais e tromboses podem causar perda súbita da visão e a miastenia grave (comprometimento da comunicação entre os nervos e os músculos) pode provocar visão dupla e queda das pálpebras. “Além disso, alterações nos campos visuais e na pupila, gerando dificuldade para enxergar de perto e fotofobia, podem ser originadas por doenças do sistema nervoso periférico ou autônomo, como Parkinson ou Alzheimer”, complementa a médica. CRIANÇAS – Quem tem filhos, especialmente bebês, deve ficar atento a certos comportamentos que podem ser indicativos de doenças neurológicas. “Se perceber, por exemplo, que a criança não fixa o olhar ao amamentar ou ao olhar para mãe, se apresenta estrabismo ou queda da pálpebra, se tem diferenças no tamanho da pupila e na cor da íris, se não acompanha objetos e não reage à luz, ou mesmo se sofre de convulsões, deve procurar imediatamente um neuroftalmologista”, indica a doutora Marisa Kattah. Antes mesmo de completar o primeiro mês de vida, é indispensável que o bebê faça exames de prevenção e de investigação, dentre os quais o exame oftalmológico completo, teste do olhinho e neuroftalmológico. “Esses testes incluem movimentação ocular, reflexos fotomotores da pupila e de convergência e mapeamento da retina, que ajudam a detectar qualquer anomalia”, explica. A neuroftalmologista, que atende no IOR, também chama a atenção para o fato de que, seja adulto ou criança, testes de prevenção e a indicação de exames eletrofisiológicos são indispensáveis para a eficácia do diagnóstico precoce e tratamento. “Os neurologistas, pediatras e, principalmente, os oftalmologistas devem encaminhar seus pacientes ao neuroftalmologista, em qualquer suspeita de alteração visual, para que ele possa ajudar a diagnosticar o quanto antes a patologia e saber lidar com ela”. Outro alerta feito pela médica é que todo paciente, após os 15 ou 20 anos de idade, deveria realizar um exame de campo visual, como parâmetro, e não somente após a suspeita de algo importante. “Isso preveniria muitas patologias neurológicas que porventura irão produzir alterações visuais”, complementa.

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Barreto Júnior, agora climatizado, apresenta "Angelicus"

Teatro Barreto Junior, no Pina, um dos mais tradicionais espaços do Recife, recebe em seu palco o espetáculo "Angelicus", da Cia. Matraca de Teatro, para apresentações de sexta (15) a domingo (17), no horário das 20h. No primeiro dia a entrada é franca, podendo o público retirar o ingresso uma hora antes do espetáculo. O Teatro Barreto Junior é um equipamento cultural da Prefeitura do Recife. O espetáculo "Angelicus" tem texto de Hamilton Saraiva e apresenta como tema central a prostituição. A proposta é fazer o público refletir que há várias maneiras de prostituir-se, seja através do território sexual - o mais convencional - ou outras maneiras impostas pelos aparelhos ideológicos, como: igreja, família, estado, escola ou polícia. A montagem flerta com várias propostas: metateatro, dramaturgia, farsa, comédia del'art, máscara, circo, música, e comédia buffo. Na sexta-feira (15) a entrada para 'Angelicus" será gratuita, já no sábado (16) e domingo (17) os ingressos custarão R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Ao longo do mês de julho, o Teatro Barreto Junior oferecerá ao público espetáculos de dança e teatro infantil, sempre aos finais de semana. Enquanto isso, a Fundação de Cultura Cidade do Recife está preparando o edital de utilização da pauta do teatro para os meses de agosto e setembro. Com novo sistema de climatização, junto com o Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, o Recife agora conta com dois espaços públicos culturais em pleno funcionamento na zona sul da cidade. Climatização – O Teatro Barreto Junior ganhou um novo sistema de climatização. Toda a sala de máquinas foi trocada, bem como, foi realizada a limpeza dos dutos. Uma novidade foi a instalação de um atenuador de ruídos nos dutos do ar, visando a melhoria da acústica do espaço. O serviço de requalificação contempla também a automação do sistema, o que possibilitará melhor controle da climatização do ambiente. O serviço teve custo total de R$ 235 mil com recursos da Prefeitura do Recife. Serviço: Espetáculo Angelicus, da Cia. Matraca de Teatro Quando: sexta-feira, 15 de julho Horário: 20h Local: Teatro Barreto Júnior, Rua Estudante Jeremias Bastos, 121, Pina, Recife Entrada Franca - Ingressos disponíveis na bilheteria do teatro uma hora antes da apresentação Dias: 16 e 17 de julho (Sábado e domingo) Horário: 20h Preço: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) Informações: 3355.6398 contra proposta do Ministro da Saúde

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Entidades na Justiça contra plano de saúde popular

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) anunciaram que pretendem mover ações judiciais caso o governo federal autorize a venda de planos de saúde de cobertura reduzida ou segmentada.  No dia 6 de julho, em audiência no Senado Federal, o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) poderá liberar nova modalidade de planos de saúde, de menor preço, mas com restrições de serviços e atendimentos, piorando a cobertura mínima atualmente exigida. As entidades afirmam ser falso o argumento do ministro de que a venda de planos populares  irá aliviar o Sistema Único de Saúde (SUS) . "Ele ignora que no momento de recessão, desemprego e inflação, o que a população mais precisa é de proteção social e, portanto, de mais investimentos no SUS. Ele também desconhece a triste realidade dos usuários de planos de saúde, em especial daqueles que hoje adquirem os planos 'falsos coletivos', os de menor preço e de rede credenciada restrita, que proliferam por causa da fraca atuação da ANS", critica o Idec  e a Abrasco em comunicado enviado à imprensa. O comunicado diz ainda que os os planos de saúde já cometem muitos abusos: negações e exclusões de cobertura, barreiras de acesso para idosos e doentes crônicos, reajustes proibitivos e rescisões unilaterais de contratos, demora no atendimento, número de médicos, hospitais e laboratórios incompatível com as demandas dos usuários, baixa qualidade assistencial e conflitos na relação entre planos e prestadores de serviços. Para Marilena Lazarinni, presidente do conselho diretor do Idec, os planos populares, de qualidade inferior, irão agravar essa situação "As ações judiciais contra planos de saúde, que tiveram crescimento exponencial nos últimos anos, irão aumentar ainda mais. Esses planos não irão cobrir os tratamentos mais caros e complexos, e irão excluir os doentes crônicos e idosos, que terão que buscar atendimento no SUS. Como os riscos de adoecimento são imprevisíveis, estarão em jogo a saúde e a vida de pacientes que necessitem de assistência além da cesta básica oferecida pelos planos populares" avalia Marilena. Segundo Marilena, a autorização da venda de “planos populares” visa apenas beneficiar os empresários da saúde suplementar, setor que hoje movimenta R$ 125 bilhões por ano e já é privilegiado pela renúncia fiscal no cálculo de imposto de renda, por isenções tributárias, créditos, empréstimos e parcelamentos de dívidas a perder de vista. O comunicado das entidades afirmam também haver conflitos de interesse. "O ministro interino teve sua última campanha a deputado federal em parte financiada por dono de plano de saúde. O atual presidente da ANS já presidiu entidade representativa dos planos de saúde, quando ajuizou ações contra o ressarcimento (o pagamento ao SUS toda vez que um cliente de plano de saúde é atendido na rede pública)", diz a nota. "Nenhum sistema público universal, em nenhum país do mundo, adota 'planos populares' privados como alternativa para a organização da assistência à saúde. Tal medida, juntamente com a redução e desvinculação do financiamento público, poderão inviabilizar o Sistema Único de Saúde (SUS) e o direito à saúde inscritos na Constituição Federal" alerta Mario Scheffer, vice-presidente da Abrasco e professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP.

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