Arquivos Notícias - Página 643 de 648 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Livros usados num click

Em tempos tecnológicos, comprar pela internet se transformou em uma ótima opção para quem busca comodidade e economia. Dentro da "lista online" dos consumidores, os livros também estão presentes. Se antes os sebos eram o destino certo para os que desejavam procurar obras literárias mais baratas e raras, nos últimos anos, os "endereços eletrônicos" especializados na venda de títulos vêm ampliando essas possibilidades. Com sites que congregam livrarias de todo o País, o leitor tem a apenas um click milhares de exemplares disponíveis. Mais facilidade, então, para achar aquela publicação esgotada e gastar menos. Uma economia que pode chegar a 84%, segundo o principal site do setor no Brasil, o Estante Virtual (EV). Com aproximadamente 1.350 sebos e mais de um milhão de títulos disponíveis em sua página, o maior acervo do mundo em língua portuguesa, revela o poder que o e-commerce de livros vem ganhado. No último trimestre, foi registrado um aumento de 19% nas vendas e, em janeiro, 13.544 obras foram vendidas em apenas 24 horas. Com números como esses, ficou difícil até mesmo para os livreiros mais tradicionais dizerem não à internet. "Primeiro, entraram os sebos mais tecnológicos, que há muito tempo estavam querendo um site como o nosso. Aos poucos, foram entrando os outros e, por último, até os mais desconfiados aderiram a essa forma de venda", conta o fundador do Estante Virtual, André Garcia. Formado em administração, André resolveu abandonar o emprego e seguir carreira acadêmica. Foi esse o "start" para criar a E.V ."Eu lia cerca de cem livros por ano e tinha muita dificuldade em encontrar alguns deles, pois apenas seis sebos estavam com seu acervo disponível na internet", lembra O EV começou a funcionar em 2005 e o livreiro Amauri Mapa foi o responsável pela primeira venda do site. Paulista, ele havia acabado de transferir o sebo da agitada Vila Mariana, em São Paulo, para o bairro da Torre, no Recife, e viu na plataforma uma maneira de conseguir clientes mesmo estando longe do centro da cidade. "Desde que eu decidi sair de São Paulo, eu tinha a intenção de desenvolver um site para poder fazer as vendas, mas era algo complexo. Foi quando o Estante Virtual surgiu", diz. Hoje, a página é responsável por 50% das vendas do empresário e Amauri comemora sua ida diária aos Correios para enviar os livros aos mais variados destinos do Brasil. Antes mesmo do "boom" dos sites de livros, um dos sebos mais tradicionais da capital pernambucana, a Livraria Brandão, já apostava na venda à distância. Se antes os catálogos foram responsáveis por tornar o estabelecimento conhecido nacionalmente, hoje portais ajudam no faturamento das lojas da marca. "Por causa da falta de tempo e dificuldade de estacionamento, muitas pessoas preferem comprar online. Às vezes, tem gente que paga frete para mandar livro aqui mesmo para a Boa Vista (bairro onde a loja fica localizada)", conta Martha Brandão. Para quem pesquisa pelas "prateleiras onlines", comprar pela internet pode sair uma verdadeira "pechincha". "Tem livro que você encontra por R$3", afirma a dona de brechó Ana Lúcia Cavalcanti, 68 anos. Ela é o que se pode chamar de uma devoradora de livros. São pelo menos 6 por mês. "O que mais gosto de fazer é comprar livros. Eu não sei viver sem ler." As páginas de venda de obras literárias foram, então, uma descoberta valiosa para Dona Ana. Depois de procurar nos sebos físicos e não encontrar, recebeu, então, a dica de pesquisar na web. Menos de dois anos se passaram e mais de 100 títulos já chegaram à correspondência da casa dela. Se os ambientes virtuais que reúnem sebos geralmente são associados à venda de livros usados, isso não significa que não se possa encontrar exemplares novos. Depois de passar por uma reformulação em 2014, o Estante Virtual oficializou a entrada no mercado de livros novos. "Há muitos anos, as livrarias convencionais estão se concentrando nos títulos mais vendidos. Isso cria uma demanda não atendida dos livros de catálogo", coloca André. Cliente antigo dos endereços eletrônicos de exemplares usados, o fotógrafo Eduardo Queiroga, agora também aproveita a web para encontrar obras recentes. "Mesmo que eu veja uma obra na livraria, eu prefiro comprar em sites especializados, porque eu acredito que eles ajudam a evitar o desaparecimento e até colaboram com o surgimento de outros sebos", reflete. MAIS OPÇÕES. Se o Estante Virtual foi pioneiro, já não está mais sozinho nesse nicho do mercado. O Livronauta é um dos mais antigos concorrentes e, ao longo dos anos, as opções para os consumires vem crescendo. Motivado tanto pelos índices positivos do segmento como pela insatisfação de clientes e vendedores com os sites até então existentes, o ex-livreiro do Estante, Julio Daio Borges, resolveu colocar no ar o Portal dos Livreiros. Com apenas 6 meses de funcionamento, a página já apresenta números expressivos. São cerca de 7 mil exemplares disponíveis e só no mês de setembro, foram mais de 200 mil acessos. O portal ainda não cobra mensalidade, apenas um percentual de 10% sobre a venda (incluindo a taxa da forma de pagamento). Enquanto, segundo ele, no Estante, os livreiros chegam a pagar 20% sobre o que vendem. "Os livros tendem, então, a ficar mais baratos, no Portal dos Livreiros, para o consumidor final." No endereço online, o leitor ainda pode vender ou trocar os livros que têm em casa e não usa mais. "Nós estamos abertos a esse tipo de vendedor, bem como a autores, pequenos editores e até pequenas livrarias", completa Julio. Outra alternativa para os amantes da literatura é o Sebos Online. Ativada desde 2007, a página foi formulada pelo analista de sistemas Alcir Teodoro apenas como um complemento de um software para livrarias desenvolvido por sua empresa. Nele, os livreiros expõem gratuitamente suas obras. "O site foi pensado como algo a mais para os nossos clientes, porque queríamos auxiliar nas vendas", explica Alcir. Se comparado a concorrentes como o Estante Virtual, o Sebos Online possui uma estrutura mais defasada, o que não deve continuar

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Casa de Paulo Freire será um memorial

Um laboratório de observação das desigualdades sociais, o qual daria origem, anos mais tarde, a um método de ensino assumidamente político. Talvez possa ser definida assim a modesta casa onde Paulo Freire morou durante parte da sua infância e juventude em Jaboatão dos Guararapes e que deve se transformar em um memorial da vida e obra do educador brasileiro. “Jaboatão era um lugar muito especial para Paulo, porque foi lá que ele começou a pensar nas diferenças das classes sociais no Brasil e foi nessa casa onde ele começou a entender a dinâmica da sociedade, a ambição dos poderosos e o maltrato dos oprimidos”, conta a viúva do pernambucano, Ana Maria Araújo Freire. O relato da esposa de Freire, conhecida comoNitaFreire, revela a influência daquele espaço na formação do patrono da educação brasileira. Foi justamente no sobe e desce de ladeiras no Morro da Saúde (onde o imóvel fica localizado) que ele teve o contado com as camadas mais pobres. Menino de classe média, nascido no Recife, ele vai morar nomunicípio vizinho em 1931, quando tinha 10 anos, e por lá permanece por mais 10. “Quando a família de Paulo perdeu tudo, eles decidiram ir para uma cidade mais pobre, em busca de uma vida melhor”, conta Nita. Mas não foi bem isso que aconteceu. Aos 13 anos, ele perdeu o pai e coube a sua mãe a responsabilidade de sustentar todos os 4 filhos. Passagem relevante da trajetória do filósofo e que foi retrata em seu livro Cartas a Cristina: reflexões sobre minha vida e minha práxis. Outros momentos de seu percurso em Jaboatão também aparecem na obra Pedagogia da Esperança. Por anos esquecida pelo poder público, a propriedade, enfim, deve começar a ser restaurada no início do próximo ano e deve ter as portas abertas à população em meados de 2016. Um passo que representa não apenas a preservação da memória de um dos principais pensadores da pedagogia, mas também da história da própria educação e do País. Afinal, além de ter revolucionado com seu método de alfabetização e ensino, Freire é o brasileiro com mais títulos de doutor honoris causa. São 41, ao todo Apesar de ser um ícone mundial, Nita acredita que a importância de Paulo Freire ainda é pouco reconhecida em seu Estado de origem. A perspectiva da construção do memorial chega, então, como uma boa notícia. “É uma oportunidade para que as pessoas que admiram Paulo possam ter acesso à obra dele”, afirma Nita. Atualmente a edificação está ocupada, mas a Prefeitura de Jaboatão negocia a aquisição do espaço. “Iniciamos o processo de tombamento municipal da casa e, até que ele seja concluído, ela não pode ser alterada”, afirma o secretário executivo de Cultura domunicípio, Isaac Luna. Um pedido para o tombamento estadual da edificação também foi protocolada na Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). O projeto de recuperação do imóvel foi elaborado por professores e alunos do curso de arquitetura da Faculdade Guararapes (FG). “Eles vão ter o cuidado de preservar os elementos da época, trazer os aspectos históricos e acompanhar a execução dos trabalhos de restauro”, explica a diretora acadêmica da instituição, Vanessa Piasson. Em maio, a FG assinou um termo de cooperação com a gestão municipal para desenvolver as coordenadas do memorial. A parceria, no entanto, não se restringe às intervenções arquitetônicas na casa, mas também inclui a transformação do espaço em um lugar de pesquisa e produção de conhecimento. Assim, o imóvel deve abrigar um ambiente memorial (com os objetos de Paulo Freire), uma biblioteca, cursos de formação, além de ter a colaboração de mediadores para contar a história do educador. A ideia é, então, que os estudantes da faculdade colaborem no desenvolvimento das atividades do museu. Assim, as graduações como a de pedagogia, turismo, gestão ambiental estarão envolvidas. Ainda está prevista a participação dos alunos da área de tecnologia, através da elaboração de aplicativos que auxiliem os visitantes. “Nós esperamos que esse seja um espaço de aprendizado para os nossos estudantes e um local de cidadania, onde eles possam ter uma atuação profissional que realmente contribua para o município”, coloca Piasson. Ainda segundo ela, a ideia é que no futuro as tarefas ultrapassem os muros da antiga casa de Paulo Freire, promovendo a interação com a comunidade local. “Pensamos em projetos interdisciplinares em parceria com escolas do entorno.” A proposta da prefeitura é que população tenha acesso a essas atividades gratuitamente. Planos que seguem os ideais de Freire, um pedagogo que propagou uma metodologia de ensino voltada aos mais pobres. Obras e partes do acervo também devem estar disponíveis à população. Para tanto, eles devem contar com a colaboração de Nita. É necessário, no entanto, que a prefeitura garanta a preservação e uso educativo das peças. “A casa deve funcionar como um museu moderno e esses objetos não devem servir apenas de enfeite, mas devem ser debatidos”, espera Nita. A prefeitura ainda pretende buscar outras parcerias para manutenção do espaço. A Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) é uma delas. De acordo com Isaac Luna, representantes da instituição já demonstraram interesse pelo projeto e aguardam o início do funcionamento do memorial para se posicionarem.

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UFPE desenvolve biossensor para detectar Zika e Chikungunya

“O nosso sonho é desenvolver um equipamento de biotecnologia que possa, a partir da coleta de uma gota de sangue, detectar cerca de 50 patologias e, assim, facilitar o diagnóstico precoce de muitas doenças”. É impulsionado por essa inspiração que o médico e pesquisador José Luiz de Lima Filho, diretor do Instituto de Imunopatologia Keizo Asami (Lika), da UFPE, vem desenvolvendo o Gensensor, instrumento que pode acusar a presença do vírus da Zika e da Chikungunya, doenças transmitidas pelo inseto Aedes aegypti. Hoje já utilizado para detectar a dengue, HPV e câncer de mama, o biossensor parte de um conceito relativamente simples para identificar a presença do agente infeccioso. “O equipamento é munido de uma ‘fita’ com os dados que caracterizam geneticamente o vírus procurado e, quando submetido ao contato com o sangue do paciente, caso haja na amostra sanguínea o mesmo DNA armazenado no equipamento, ocorre uma reação que comprova a presença do vírus”, explica José Luiz. À frente de uma equipe multidisciplinar de 13 pessoas, entre profissionais e bolsistas de Biologia, Biomedicina e Medicina, entre outros, que atuam no Laboratório de Biotecnologia do Lika, o professor José Luiz adianta que o Gensensor, nome de fantasia do produto, ainda tem um caminho relativamente longo a trilhar até que possa ser disponibilizado em escala comercial. “A depender do aporte financeiro que a pesquisa receber, estimamos entre três a oito anos o tempo necessário para cumprir todas as exigências de ordem técnica e da área de saúde”, avalia. Quanto à efetividade clínica do objeto, todos os testes laboratoriais já foram feitos. Agora é necessário desenvolver o protótipo do equipamento para torná-lo resistente, durável e com custo competitivo, segundo o pesquisador. Após esse processo, será necessário fazer os testes de campo, contraprovas e, então, submeter à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aprovação definitiva. Ao final, o Gensensor deverá ter a mesma funcionalidade dos equipamentos usados domesticamente para aferir o teor glicólico por pacientes diabéticos. Atualmente, os testes para a dengue são feitos apenas em laboratórios e o resultado demora cerca de uma hora e meia para sair, mas o paciente só os recebe, na maioria das vezes, 24 horas depois. Segundo José Luiz, por precisar de uma máquina específica e de técnicos profissionalizados, o processo é mais caro do que será a análise feita pelo biossensor. “Quem sabe, no futuro, os próprios agentes de saúde poderão carregar amostras da nossa tecnologia para testar as pessoas em suas casas e dar o resultado em até 20 minutos”, prevê José Luiz. (Ascom da UFPE)

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Coca-Cola traz mais magia e interatividade para o Natal

Como parte das suas ações de Natal, a Coca-Cola Brasil realiza suas tradicionais Caravanas Iluminadas, que percorrem 11 estados brasileiros e o Distrito Federal. Em Pernambuco, a Caravana de cinco caminhões termina nesta terça (22). Em locais específicos, são realizadas paradas para que as pessoas possam ver os caminhões de perto e tirar fotos com o Papai Noel e os demais personagens, oferecendo experiências memoráveis de felicidade para o consumidor. Neste momento ainda haverá a exibição, em uma estrutura de cinema a céu aberto, do Conto de Natal “Uma Ponte Para Noel”. O curta-metragem foi dirigido por Fernando Grostein Andrade, com trilha sonora assinada por Lucas Lima e tem Guilherme Ely, como o menino Matias, e Milhem Cortaz, ator de “Tropa de Elite”, como o pai do menino, no elenco. O filme fala sobre a mobilização dos habitantes de uma pequena cidade para a construção de uma ponte que permitirá a chegada do Papai Noel e da Caravana de Natal. Desta vez, as postagens de consumidores vão ser reproduzidas durante as caravanas. Para ter a mensagem publicada, o participante deve usar as hashtags #onatalvemvindo e #caravanarecife no twitter e sua mensagem será reproduzida em um Caminhão de LED. Para conferir todas as informações de rotas, horários e locais da caravana, os interessados podem acessar o site www.cocacola.com.br/natal. A programação em Pernambuco, elaborada pela Solar Coca-Cola, engarrafadora do Sistema Coca-Cola Brasil, contemplou, desde o dia 19, bairros como Janga, Recife Antigo, Boa Viagem, Pina, Prazeres e Coque. No último dia, terça-feira (22), a saída acontece às 18h, no Hiper Bompreço de Casa Forte, com a exibição do filme, às 20h, no Parque Santana, e encerramento, às 22h, nas imediações do Chevrolet Hall. Terça-feira, 22 Saída: 18h, Hiper Bompreço Casa Forte Exibição do Conto: 20h, Parque Santana Final: 22h, imediações do Chevrolet Hall

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TSE: jovens estão menos interessados na política partidária

O desinteresse do jovem brasileiro com a política apareceu forte nas últimas eleições. Entre 2012 e 2014, a quantidade de eleitores com 16 ou 17 anos – que não são obrigados a votar – caiu em 42,7%, em Pernambuco. Os números revelados pelo Tribunal Superior Eleitoral são uma sinalização de apatia que pode se repetir no processo eleitoral no próximo ano, frente à intensa agenda negativa dos parlamentares e dos poderes executivos no País. Um cenário de desvalorização da democracia brasileira, que vive uma crise de representatividade, que preocupa os tribunais eleitorais. Para o cientista político Túlio Velho Barreto, pesquisador da Fundaj, o cenário de crise política pode, sim, contribuir para a queda do interesse do eleitorado mais jovem nas próximas eleições. “É importante frisar que a crise política, que é também ou sobretudo uma crise de representação, atinge os atores políticos de modo geral, e não apenas os governantes ou representantes nas casas legislativas. Os partidos políticos estão extremamente desgastados e afastados dos chamados nativos digitais, ou seja, aquelas pessoas que constituem a geração nascida após 1990, 1992, quando a internet se popularizou de fato, mas, sobretudo, aqueles que cresceram sob as diversas redes sociais. Os atores políticos, quer sejam indivíduos ou partidos, não têm tido respostas para esse segmento”, avalia. Se a quantidade de eleitores nessa faixa etária não é tão significativa para a definição dos pleitos ao poder executivo, para as eleições proporcionais significa muito. Nas últimas eleições municipais, 177 mil jovens de 16 e 17 anos votaram. Os especialistas acreditam que a redução desse eleitorado pode reduzir a representação de vereadores jovens nas bancadas eleitas no próximo ano. A descrença desses mais jovens, no entanto, não significa uma negação ou neutralidade política. A rejeição da juventude está mais associada ao modelo de representação partidária e não a uma alienação acerca da sua participação política. Segundo dados do TSE, a quantidade de jovens (16 a 24 anos) filiados nos cinco maiores partidos do Brasil reduziram em 56% nos últimos 7 anos. Um raio-x oposto ao que é visto nas manifestações de protestos desde junho de 2013, bem como na participação dessa parcela da população nos movimentos sociais e ONGs como voluntários. “É importante reconhecer que tem havido, sim, crescimento de novas formas de participação política, mais direta, envolvendo jovens que não desejam se envolver tão diretamente com os partidos, embora isso não signifique que estes não tenham consciência que, assim mesmo, estão também fazendo política”, diz o cientista político. No entanto, ele avalia que há uma parcela da população dentro dessas manifestações que tem um comportamento prejudicial à democracia brasileira, que pedem inclusive a volta dos militares. “É necessário separar o joio do trigo, sob pena de colocar em um mesmo plano aqueles que desejam ampliar os mecanismos e instrumentos de participação política da democracia e aqueles que apostam em um retrocesso ao autoritarismo”. Educação Política. De olho nesse sentimento de desinteresse dos jovens no processo político, a Escola Judiciária Eleitoral de Pernambuco tem desenvolvido o projeto Eleitor do Futuro. Com a meta de contribuir para a conscientização política dos pernambucanos em idade escolar (dos 7 aos 17 anos), a iniciativa já alcançou aproximadamente 9,5 mil alunos só neste ano. “O eleitor precisa compreender que ele é o ator principal do processo político. Tudo depende do voto dele. É preciso ter sempre esperança. Votar é um ato de esperança. Nosso papel é incentivar e apoiar o jovem eleitor, declarou o presidente do TRE-PE, Antônio Carlos Alves da Silva. O projeto leva palestras de educação política para escolas públicas e privadas, realiza eleições com a urna eletrônica com os alunos (sejam de representantes de classe, grêmio estudantil ou apenas simuladas) e se propõe também a estimular o cadastramento eleitoral do eleitor facultativo. “Para melhorar o País, a educação é uma chave. Procuramos fazer com que os alunos experimentem o voto, conversamos com eles sobre democracia, sobre o que foi a ditadura militar. Desejamos fomentar um eleitorado mais consciente para o futuro. Nesses contatos buscamos também entender a ideia deles sobre política”, explicou Eduardo Japiassu, secretário da Escola Judiciária Eleitoral de Pernambuco. Uma das percepções dos servidores que trabalham na Escola Judiciária Eleitoral é que os jovens estão assustados com o atual momento econômico do País. Os profissionais identificam também um maior engajamento político dos alunos do interior em relação aos estudantes da capital e região metropolitana. O projeto Eleitor do Futuro, que nasceu em 2006, está em processo de expansão. Recentemente foram fechadas parcerias com a Unicef, IFPE e com a Secretaria de Educação de Pernambuco, que deverão impulsionar o número de visitas às escolas das redes municipais e estaduais de ensino, bem como com os alunos do instituto técnico. Em 2015, houve o lançamento do Sistema de Solicitação de Palestras e da Revista Coquetel, o qual contou com a participação do senador Cristovam Buarque. Outra novidade foi a criação do Fórum Permanente de Estudos Políticos, dentro do Projeto Eleitor do Futuro no município de Ibirajuba pelo multiplicador e chefe de Cartório da 138ª ZE Álvaro Pastor. Atualmente cerca de 500 jovens integram o fórum no Agreste pernambucano.

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Recife é o destino mais competitivo do NE

A capital pernambucana ficou com a melhor média do Nordeste no Índice de Competitividade do Turismo Nacional, ranking feito pelo ministério, Sebrae e Fundação Getúlio Vargas. Entre os destinos nacionais, é a sexta mais bem colocada. Justo quando a crise estimula os brasileiros a procurarem os destinos nacionais, o Recife desponta entre as melhores opções que o país tem a oferecer aos turistas. Depois de conquistar o terceiro lugar entre as cidades mais procuradas para o Réveillon no site de reservas Booking, a cidade agora subiu uma posição no Índice de Competitividade do Turismo Nacional 2015. No ranking, elaborado pelo Ministério do Turismo, Sebrae e Fundação Getúlio Vargas, o Recife é a cidade mais bem avaliada do Nordeste, ficando em sexta colocada na lista dos dez melhores destinos nacionais. A capital pernambucana ficou com média 77,2, passando na frente de Salvador e Florianópolis, entre outras. Ano passado, a cidade havia ficado no sétimo lugar dessa mesma lista, com 76 pontos. O ranking, criado em 2008, avalia 65 destinos nacionais, a partir de 13 critérios: Infraestrutura global, Acesso, Serviços e equipamentos, Atrativos turísticos, Marketing e promoção do destino, Práticas públicas, Cooperação regional, Monitoramento, Economia local, Capacidade empresarial, Aspectos sociais, Aspectos ambientais e Aspectos culturais. Destrinchando por critério, o Recife se destacou principalmente nos quesitos: Aspectos culturais, alcançando a terceira melhor média nacional (88,6), atrás somente de Salvador (91,8) e Rio de Janeiro (90,5); Serviços e equipamentos turísticos (83,2), sendo considerado o quinto melhor destino do País; e Atrativos turísticos (79,1), em que também ficou na quinta posição. Nos quesitos Capacidade empresarial e Acesso, a cidade ficou em sexto lugar, com médias 93,2 e 83,4, respectivamente. No critério Marketing e promoção do destino, o Recife conquistou a oitava posição, com média 70,6. Na lista dos dez destinos com melhores índices globais, que levam em conta todos os critérios, São Paulo aparece em primeiro lugar, com média 83,2, seguido de: Rio de Janeiro (81,1), Porto Alegre (81), Curitiba (80,4), Belo Horizonte (79,2). A lista segue com Recife (77,2), Salvador (77), Foz do Iguaçu (76,3), Florianópolis (75,9) e Vitória (75,2). "Esse índice é um reconhecimento muito importante do trabalho que vem sendo feito pela administração municipal e pelo trade nos últimos três anos. Depois de todo esse tempo investindo em equipamentos turísticos, como o Paço do Frevo e o Cais do Sertão, em estruturação do destino e em qualificação da mão de obra, agora chegou a hora de buscarmos o turista. E não poderíamos contar com respaldo melhor que essa pesquisa para atrair novos visitantes", avalia o secretário de Turismo e Lazer do Recife, Camilo Simões.

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Novos ares para o setor canavieiro

A cana-de-açúcar já foi o ouro branco da economia pernambucana e um dos principais produtos do País. Os tempos mudaram e ela perdeu sua importância na fatia de exportações e dava sinais de encolhimento nos últimos anos, com o fechamento de algumas usinas. No entanto, os ventos voltaram a soprar a favor do setor sucroalcooleiro. O aumento da demanda por etanol - provocado pela subida do preço da gasolina - e a reativação de três usinas movimentaram esse mercado. Outra novidade é o surgimento das primeiras cooperativas de produtores no Estado. Um panorama que de um lado sinaliza a retomada de crescimento, mesmo em meio à crise, mas por outro convive com uma ameaça natural: a seca. As vendas de etanol no País subiram em 42,5% nos 10 primeiros meses do ano. Em Pernambuco, o salto no consumo foi ainda maior, 86,4%. Esses dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelaram o maior consumo do combustível desde 2010. O preço da tonelada de açúcar também cresceu no ano. Em outubro chegou a R$ 82,85, com estimativa de ter chegado a R$ 90,20 em novembro, segundo a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco. No mesmo período de 2014 o valor variava entre R$ 61 e R$ 62. Foram esses números de consumo e preço que semearam as esperanças do setor sucroalcooleiro no Estado. Após uma década de redução do número de players - com o fechamento médio de uma usina por ano - o segmento produtivo mais tradicional do Estado comemorou em 2015 a reabertura de três usinas: Cruangi, a Pumaty e a Pedroza. As duas primeiras sendo administradas por um serviço de cooperativismo. Um modelo novo em Pernambuco, mas que já era praticado há nove anos no Rio de Janeiro. "Esse é um movimento construtivo, que agrega valor à atividade da indústria da cana-de-açúcar em Pernambuco e que se une aos demais modelos de sociedades anônimas existentes, beneficiando a renda de vários municípios, movimentando o mercado interno e contribuindo para as exportações", afirma Renato Cunha, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE). Além do momento do mercado favorável, a organização das cooperativas foi impulsionada por uma redução tributária por parte do Governo do Estado. Para estimular os produtores, foi instituído por lei o crédito presumido no ICMS de 6,5% sobre a produção de etanol nas usinas que trabalham nessa modalidade. Ao todo, essas cooperativas de agricultores terão um crédito total de 18,5% no ICMS estadual, visto que o Estado já disponilizara anteriormente uma redução de 12% do ICMS para todos as usinas em funcionamento. De acordo com presidente da Associação dos Fornecedores de Cana-de-Açúcar de Pernambuco e da Cooperativa dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, Alexandre Andrade Lima, 600 cooperados reativaram a Cruangi. A usina, que funciona em Timbaúba, na Zona da Mata Norte, deverá gerar quatro mil empregos diretos na região. O insumo para processamento da Cruangi é cultivado nos municípios de Nazaré da Mata, Aliança, Condado, Itambé, Ferreiros, Tracunhaém, Vicência e Macaparana. Os investimentos para reativação da usina foram em torno de R$ 2,7 milhões. "Recomeçamos agora a produção na Cruangi. Estamos num período de investimento. O primeiro ano é muito dificil, sendo agravado pela escassez de chuvas. Tivemos sorte com o momento do preço, que nos últimos 5 anos era muito ruim. Estamos qualificando o parque industrial para moer mais matéria-prima nas próximas safras e também iniciamos o plantio em algumas novas áreas", diz Alexandre Andrade. Para 2015, a usina deverá processar 400 mil toneladas de cana, tendo a capacidade de gerar no futuro uma produção de 1,5 milhão para açúcar e etanol. EMPREGO. Localizada na cidade de Joaquim Nabuco, na Zona da Mata Sul, a usina Pumaty é administrada pela Cooperativa do Agronegócio da Cana­-de- ­Açúcar (Agrocan). Menos impactada pela seca, após processar mais de 500 mil toneladas no ano passado, as expectativas de moagem da Pumaty para a safra atual são de 700 mil toneladas. Para alcançar esses números de produção, a usina recebe cana de 10 municípios do seu entorno. A previsão de geração de empregos é de 4 mil postos de trabalho. Os investimentos nessa reativação são em torno de R$ 10 milhões. A terceira usina que foi reativada, a Pedroza, opera no município de Cortês, também na Zona da Mata Sul. Ela foi arrendada pela empresa à Copersul, dos empresários Gerson Carneiro Leão e Reginaldo Moraes, e recebeu investimentos iniciais de R$ 3 milhões. Também há uma estimativa de 4 mil empregos para a safra 2015/2016. A produtividade estimada para o período é de 400 mil toneladas de cana. A reativação dessas empresas e o início da safra foram os responsáveis pela melhora nos números do mercado de trabalho em Pernambuco. Em setembro, as contratações de carteira assinada no Estado se aceleraram no setor devido à sazonalidade da safra. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, anotou uma expansão de 5.818 postos devido às atividades de cultivo da cana-de-açúcar e 2.061 postos nas atividades de fabricação de açúcar em bruto e refinado. Apesar dos investimentos, do aumento da demanda e geração de empregos, a tendência observada pelo setor é de redução da safra. A seca na região promete encolher a produção em 12%. (Por Rafael Dantas)

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Cultura popular na Avenida Rio Branco

Nos próximos dias 18, 19 e 20 de dezembro, a Avenida Rio Branco, no bairro do Recife se transformará em um grande "terreiro" recreativo a céu aberto, para receber as tradicionais brincadeiras de natal. Bandas, pastoris, mamulengos, cirandas e cavalos marinhos tomarão conta dos 240 metros da avenida, já decorada para o período de festas, em uma grande celebração da cultura popular que ganha espaço nos festejos de natal. A programação faz parte do calendário do Ciclo Natalino 2015, promovido pela Prefeitura do Recife, através das Secretarias de Cultura, Turismo e Lazer e da Fundação de Cultura da Cidade do Recife. Dando início aos três dias de festa e brincadeiras no clima da magia do natal, na sexta-feira (18) o público que comparecer à Avenida Rio Branco poderá conferir as apresentações dos tradicionais pastoris. A noite começa às 18h com um cortejo em que desfilarão onze grupos. Logo após, às 19h tem a Ciranda Mimosa convidando o público a entrar no ritmo pulsante desta tradicional dança pernambucana. O Cavalo Marinho Boi Matuto (um dos homenageados deste ano), vem para a avenida logo em seguida trazendo todo o legado cultural deixado pelo Mestre Salustiano, representado pela sua família. Encerrando a primeira noite de festa na Avenida Rio Branco, A Banda Sinfônica do Recife se apresenta às 20h, com o Concerto Natalino. No sábado (19), as atrações começam às 17h, com a Banda da Base Aérea do Recife, abrindo a festa com o Concerto de Natal. Em seguida, se apresenta o Mamulengo do Mestre Zé Bel. A festa segue até às 21h30 com apresentações de pastoris, reisados, cavalos marinhos e do Balé Deveras. O último dia, no domingo (20), também tem início às 17h, com o Coral do Conservatório Pernambucano de Música e mais apresentações culturais com várias brincadeiras de natal. Toda a programação dos três dias é inteiramente grátis e pode ser conferida no site da Prefeitura do Recife. HOMENAGEM Este ano os homenageados do Ciclo Natalino são: o Boi Matuto da família Salustiano, do Mestre Salu, patriarca que se estivesse vivo estaria completando 70 anos, a maioria deles dedicados à cultura popular pernambucana; e o Mestre Cirandeiro João da Guabiraba, natural de Aliança, interior do Estado, que em 1972 fundou a Ciranda Mimosa, e desde então, dedica-se às funções de músico e compositor do ritmo pernambucano. Serviço: O que: Brincadeiras de Natal – Av. Rio Branco Quando: de 18 a 20 de dezembro Horário: sexta (18) às 18h, sábado (19) e domingo (20) às 17h Entrada: Franca

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Saídas para crise

Os cenários socioeconômico e político são nebulosos para o Brasil. Mas há uma expectativa de encontrar uma luz no fim do túnel dessa conjuntura que combinou em 2015 a falta de crescimento associada à alta inflação e baixo investimento. Na palestra de lançamento da Agenda TGI 2016, o consultor Francisco Cunha fez uma análise crítica do atual momento e fez projeções sobre as saídas da crise. Afinal, qual o dever de casa dos brasileiros e pernambucanos para sobreviver às turbulências do contexto e chegar no final do próximo ano com um horizonte mais otimista? Francisco Cunha classificou o contexto atual como o pior desde o Governo Collor e apontou o momento como de ruptura do ciclo econômico (ancorado no consumo interno e na exportação de commodities) e político. Ele lembrou que o Brasil conquistou avanços relevantes nas últimas décadas: a reimplantação da democracia, como um legado do PMDB; a década da estabilização econômica, pelas mãos do PSDB; e o período de inclusão social, promovido pelo PT. Conquistas que tendem ficar parcialmente em xeque, com a crise de representatividade política, retração do PIB, além da alta do desemprego e descontrole inflacionário, que pode devolver para pobreza parte da população que ascendeu socialmente nos últimos anos. “As crises econômica e política geram uma crise de confiança, que tem um efeito paralisante no País, já que cria uma tendência de reduzir o consumo e os investimentos”, afirma. Apesar da conjuntura de crise, a economista e sócia da Ceplan Tania Bacelar aposta em um 2016 melhor. Ela ressalta que alguns fatores determinantes para os indicadores negativos de 2015 não se repetirão no próximo ano. “Tivemos uma inflação muito alta, por causa dos preços administrados, que em 2014 estavam represados, como energia, gasolina, transporte. Esse ciclo não vai se repetir, porque já absorvemos esse impacto em 2015. O segundo foi a desvalorização do real, também uma tendência antiga. Houve uma valorização muito forte do dólar. Dois componentes com alto impacto e que não tendem a se repetir”, explica. Para construir um cenário mais fértil para o investimento, ela acredita que a inflação menor poderá induzir o governo a reduzir as taxas de juros. “Se a inflação se atenua, a justificativa para o aumento dos juros perde força. Isso é positivo por duas razões, quando a taxa de juros cai tem um impacto no governo, já que diminui as despesas financeiras do Estado. E pode estimular os investimentos também do setor privado”, sugeriu a economista. Apesar desse panorama traçado pela economista, as expectativas dos entrevistados na pesquisa com empresários da Agenda TGI não é das melhores. Apenas 22% acreditam num 2016 melhor, enquanto que 43% estão pessimistas com o ano que se aproxima. O economista e ex-diretor do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Gustavo Maia Gomes, também vê com ceticismo o desempenho econômico no curto prazo. “Ficamos quatro anos seguidos numa trajetória insustentável de gastos públicos, sempre com a inflação acima da meta. Uma receita de desastre. No meio desse cenário houve uma paralisia. O governo federal anunciava o desejo de fazer cortes, mas ao mesmo tempo dizia que não se podia cortar. Uma postura contraditória que foi somada a um congresso que ainda promovia medidas para aumentar os gastos. E, evidentemente, fazer nada quando a coisa está ruim, só piora. Não me surpreenderia se o desempenho da economia do próximo ano seja pior do que este. Não vejo nada melhorando para acreditar que será apenas 1% negativo, como sinalizam algumas pesquisas”. O economista acredita que apenas uma mudança de governo poderia abrir uma janela de oportunidade para a retomada de crescimento do País. Ele julga que a ascensão de outro presidente da República teria o potencial de melhorar o humor do investimento privado no Brasil. “Se houver impeachment ou renúncia vai haver um momento em que o País terá uma nova chance. A depender de como isso ocorrer você pode começar a reverter uma trajetória negativa, mas definitivamente não salvará o próximo ano. No entanto, teria a capacidade de gerar uma visão menos pessimista, enquanto as coisas começam a se arrumar, atraindo investimentos que seriam muito relevantes para a dinamização da nossa economia”. A pesquisa com empresários apontou que 58% dos entrevistados acredita que Dilma Rousseff não terminará o seu segundo mandato presidencial. Quase 90% acreditam que as dificuldades políticas deste segundo governo serão maiores que as do primeiro. Na palestra, Francisco Cunha afirmou que é justamente a vertente política da crise que lança mais incerteza sobre a retomada do crescimento. O governo não consegue promover o ajuste fiscal conjuntural indispensável e não dispõe de capital político para fazer mudanças estruturais necessárias para a retomada sustentada do crescimento. SOLUÇÕES. Se o cenário político é determinante para mudar o desânimo do País, há uma necessidade de modificar as estratégicas econômicas, na opinião de Tânia Bacelar. Diferente da última década, quando o consumo interno foi o fator que impulsionou o dinamismo da economia brasileira, ela defende que o momento é de apostar em dois outros pilares: aumento das exportações e dos investimentos. “O Brasil precisa combinar melhor esses três grandes componentes do crescimento. Fizemos uma aposta muito forte do consumo interno na década passada. Isso chegou num certo limite. Podemos fazer do limão uma limonada, fazer do nosso déficit de infraestrutura uma oportunidade e frente de expansão econômica estimulando o investimento privado com juros mais baixos. O peso das exportações é pequeno, mas caso seja dinamizado será importante para o País”, avalia. Sobre as exportações, Bacelar aponta um cenário positivo, com um câmbio favorável e uma atuação ousada do ministro Armando Monteiro Neto. “A mexida do dólar favoreceu a nossa balança comercial. Não é algo que teremos que mudar, mas surfar nessa direção já construída. Armando Monteiro Neto se destacou pois, apesar da crise, foi um dos poucos ministros que olhavam para frente, enquanto o governo ficou preso numa agenda de curto prazo. Para mudar a dinâmica, é preciso sinalizar para onde a gente vai. Sem expectativa positiva, a economia continua patinando”. Projetando um cenário

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Clarrisa Assad em show de piano e voz

A CAIXA Cultural Recife encerra a temporada projeto Solo Música com o show piano e voz de Clarisse Assad, no dia 16 de dezembro de 2015. Clarice pertence à geração mais recente do sobrenome Assad, que realizam um trabalho musical que une respeito à tradição e, ao mesmo tempo, experimentalismo e virtuosismo. Internacionalmente conhecidos são o Duo Assad, de Odair e Sérgio, e a irmã deles: Badi. Todos ligados ao violão. A apresentação tem sessão única, às 20h, e os ingressos a R$ 10 e R$ 5 (meia) estarão à venda a partir 10h do dia do espetáculo. A Classificação Indicativa é 10 anos. A carioca Clarice, que está no Recife pela primeira vez, é filha de Sergio (Duo) e seus instrumentos são piano e voz. Suas influências, como as de Badi, passam do popular ao jazz, além da música clássica e da ópera. Pouco conhecida no Brasil, Clarice reside nos Estados Unidos, onde possui carreira em ascensão como compositora e musicista. Compositora, arranjadora, cantora, virtuose ao piano, Clarice faz uma música intensa e possui forte presença de palco. “Mesmo quando faz releituras da MPB, há um frescor em sua música, que soa sempre como nova, dadas às qualidades de pianista e cantora. É artista a ser descoberta pelo público brasileiro”, destaca o produtor Alvaro Collaço, curador da Série Solo Música. “É com muita felicidade e entusiasmo que volto ao Brasil para uma série de recitais do Projeto Solo Música. E, melhor ainda, fazendo uma das coisas que mais gosto dentro da música: tocar e cantar”, diz Clarice. A artista selecionou o repertório do show com base no próprio histórico musical de mais de 15 anos de estudo, dedicação e pesquisa do mundo sonoro, principalmente em técnicas vocais que abrangem variadas culturas, experimentos vocais e melodias. “Esse estudo do ‘scat singing’ me proporciona a mistura característica da minha música, as influências americanas e brasileiras, cantos do mundo árabe, entre outros”, explica. O setlist mescla clássicos da MPB e música internacional: canções de Milton Nascimento (“Cravo e Canela”, Ponta de Areia” e “Maria Maria” ), um pout-pourri de Tom Jobim, Egberto Gismonti (“Frevo”) e Heitor Villa-Lobos (“Trenzinho do caipira”). Mas terá também George Gershwin (“The man I love”), The Beatles (“Blackbird”) e Quincy Jones, Rod Temperton e Lionel Richie, a música “Miss Celie´s blues”, escrita para o filme “A Cor Púrpura”. SERVIÇO Solo Música - Clarisse Assad Local: CAIXA Cultural Recife, Avenida Alfredo Lisboa, 505 – Praça do Marco Zero – Bairro do Recife Antigo. – 3425-1900/1915 Data: 16 de dezembro de 2015 Ingresso: R$ 10 e R$ 5 (meia) [meia-entrada para estudantes, professores, funcionários e clientes CAIXA e pessoas acima de 60 anos]. Vendas a partir das 10h do dia 16 de dezembro. Acesso para pessoas com deficiência

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