Olhar Cristão – Página: 7 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

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Leonardo Gonçalves: para deixar saudades

O cantor Leonardo Gonçalves, no auge da sua carreira, está fazendo sua turnê de despedida. E a cidade escolhida para começar foi o Recife. Pernambucano de nascimento, Leonardo teve na platéia familiares e amigos. Em suas redes sociais ele classificou a apresentação da seguinte forma: Não tenho palavras pra descrever como foi ontem. Não poderia ter iniciado esta turnê de maneira melhor. Obrigado, Recife! Bendito seja o Eterno”. A vinda do cantor gospel movimentou o segmento evangélico na cidade. Os ingressos para o show no Teatro Riomar Recife (que tem capacidade para receber 696 espectadores) se esgotaram rápido. Foi aberta uma outra sessão para o mesmo dia, também com lotação máxima. Assim, ele apresentou seu repertório de “Princípio” duas vezes ontem. Foi perceptível o esforço no vocal na segunda apresentação, mas nada que atrapalhasse a execução das canções. Com um repertório que estourou nas igrejas e rádios, com músicas como “Sublime”, “Getsêmani” e “Ele Vive”, a platéia cantou junto com Leonardo Gonçalves a maior parte do show. Apesar das luzes (uma excelente iluminação, por sinal) e da apresentação não ter sido num templo, o clima de um culto cantado conduziu a apresentação. Uma mensagem breve mais impactante, oração e breves conexões entre as músicas costuraram as quase duas horas do concerto. Leonardo aproveitou a turnê para anunciar o lançamento de um selo, em que estará apresentando cantores para o segmento gospel no Brasil. Ontem (18), ele trouxe ao palco Estevão Queiroga. Paraibano de nascimento, mas criado no Amazonas, o cantor apresentou músicas de alta qualidade, além de uma presença de palco simpática e com uma narração bem poética nas suas falas. Quem foi não se arrependeu. Com um perfil mais suave e mais racional que a maioria do mercado gospel nacional, Leonardo Gonçalves deixou o público da capital pernambucana com vontade de seguir sua turnê pelo Nordeste. Com gosto de “quero mais” e inspirados a seguir em adoração. Ele ainda retorna ao Recife neste ano, mas não em uma apresentação solo. Em companhia de Guilherme de Sá, da Banda Rosa de Saron, e de Mauro Henrique, vocalista do Oficina G3, ele integrará o projeto Loop Sessions, no dia 15 de junho, no mesmo teatro. (Por Rafael Dantas, editor da Olhar Cristão)    

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Evangélicos pelo Estado de Direito

Pastores e grupos evangélicos do Recife criaram uma frente em defesa da democracia e realizam, hoje na capital pernambucana dois atos com presença confirmada do escritor Ariovaldo Ramos, ex-presidente da Associação Evangélica Brasileira (AEVB) e da Visão Mundial no Brasil. O mesmo ato, denominado Evangélicos pelo Estado de Direito, já passou pelos Estados de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. O primeiro encontro, um café-diálogo com Ariovaldo Ramos, acontecerá na Diaconia da Ilha do Leite, às 15h. Já à noite, será realizado um debate no Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), a partir das 18h. Um dos mobilizadores desse ato é o pastor José Marcos, da Igreja Batista em Coqueiral. Em suas redes sociais eles confirmou presença. “Sou pastor! Sou contra a corrupção! Sou apartidário! Sou contra o Impeachment! Estarei presente!”. A Frente se apóia em sete princípios: 1º – Somos Evangélicos/as; 2º – Não falamos em nome de nenhuma instituição; 3º – Somos contra a corrupção; 4º – Somos a favor do Estado Democrático de Direito; 5º – Somos apartidários; 6º – Reconhecemos o Impeachment como instrumento constitucional, porém; 7º – Reconhecemos que o atual processo de impeachment da Presidente da República está comprometido por interesses contrários à Democracia, logo, o reconhecemos como golpe. Perfil Ariovaldo Ramos, ou Ari, é escritor, articulista e conferencista com larga experiência na missão da igreja. Ariovaldo foi presidente da Associação Evangélica Brasileira (AEVB), Missionário da SEPAL, e presidente da Visão Mundial no Brasil. Atualmente, Ari ministra na Comunidade Cristã Reformada, que tem o objetivo de produzir conteúdo, principalmente, digital para a edificação da Igreja.

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MUR promove 1º Encontro

A Missão Urbana Recife (MUR) realiza o seu 1º Encontro nos dias 29 e 30 de abril e 1º de maio. O evento acontecerá no Espaço Rio e terá como tema A Cidade em Movimento. A proposta do evento é reunir grupos, pessoas, ministérios e igrejas que já realizam trabalhos em missão urbana na cidade para três dias de troca de experiências e crescimento mútuo. Em breve será divulgada a programação oficial. As inscrições custam R$ 25 e podem ser feitas no link: http://bit.ly/encontromur   Mais informações pelo email: missaourbanarecife@gmail.com —— SERVIÇO O Que | 1º Encontro MUR – A Cidade Em Movimento Quando | 29 e 30 de abril e 1º de maio Onde | Espaço Rio (Rua José Osório, 312 – Madalena – Recife) Quanto | R$ 25

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Deus Não Está Morto 2: elenco fala sobre o desafio de ser cristão

Em 2014 o filme Deus Não Está Morto levou mais de 290 mil espectadores aos cinemas do Brasil ao abordar a intolerância religiosa contra o aluno Josh Wheaton. Desta vez o tema se volta contra a professora cristã Grace (Melissa Joan Hart) que ao responder uma pergunta sobre Jesus em sala de aula de uma escola pública, acaba entrando em uma situação muito difícil, antes mesmo de ela terminar sua resposta. Este é o cenário instigante de Deus Não Está Morto 2, a nova produção da PureFlix, será distribuída pela California Filmes e estreia no dia 7 de abril nos cinemas do Brasil. O drama examina o alto custo de posicionar-se em favor de Deus em público, o que tem acontecido muito nos dias atuais. Para o professor e Apóstolo Walter Cristie, a intolerância religiosa sempre existiu e diz “o que vivemos hoje é a ‘ridicularização’ dos princípios e valores cristãos em todas as esferas da sociedade. A discussão do tema do filme vai ampliar a nível nacional a questão filosófica e educacional pertinente ao momento social no qual estamos imersos”. De acordo com os produtores de Deus Não Está Morto 2 a verdade também contribui para uma história mais convincente e dramática do que a ficção jamais poderia reunir. Segundo o Instituto Gallup, cerca de 50% dos jovens cristãos que entram na universidade abandonam a fé em Deus. “Quando você diz que é cristão protestante no meio acadêmico, algumas pessoas supõem que estaremos catequizando-os forçadamente em algum momento ao se falar do amor de Deus, nos comparando com fanáticos religiosos. Contudo sabemos que é algo espontâneo e que o amor que existe em nós vem de Deus”, contou Matheus Dias, de 20 anos, estudante de História da Universidade Federal Fluminense ao relatar situações desagradáveis que sofreu no ambiente acadêmico ao posicionar sua fé, cristã, em sala de aula. A expectativa de todos os envolvidos no longa metragem é exatamente mudar essa perspectiva. Hayley Orrantia, que interpreta Brooke Thawley, a aluna que faz a Grace a pergunta sobre Jesus e desencadeia o processo legal, disse que está satisfeita em tocar nesse assunto polêmico e indaga o porquê de não podermos falar sobre esses tipos de assunto em sala de aula. Segundo o escritor Rice Broocks, autor do livro “Deus Não Está Morto 2″ a ser lançado neste ano pela editora Thomas Nelson “para alguém que tem interesse em História, quero dizer historiadores reais, não há dúvida de que Jesus existiu. Há três vezes mais referências a Jesus historicamente do que ao imperador romano Tibério”. Para a professora de sociologia e conselheira educacional Camila Oliveira, o âmbito escolar deve ser um espaço de respeito à diversidade, principalmente a religiosa. “Um dos principais papéis da escola é formar cidadãos que respeitem o fato de sermos um país extremamente plural. Não considero como positivo o fato de radicalmente excluir referências cristãs do currículo escolar, pois se trata da maior matriz formadora da nossa cultura”. Referindo-se ainda a proposta de unificação do Plano Nacional de Educação via Base Nacional Comum Curricular que prevê a exclusão de alguns conteúdos da grade curricular, inclusive os de teor cristão. O diretor Harold Cronk, que também dirigiu o primeiro drama da sequência Deus Não Está Morto 2, disse que espera apresentar aos cristãos como defender sua fé de forma corajosa e eficaz no novo longa. Segundo ele “é uma caminhada com o personagem de Melissa do tipo: ‘Até onde você está disposto a ir, o nível de perseguição que você está disposto a enfrentar, para realmente mostrar ao mundo o que você acredita ser verdade?” Nessa produção, os exibidores abrirão ao público a possibilidade de fazer reservas de salas de projeções para grupos, com valores especiais.

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Cinema cristão: conheça Alex Kendrick

Talvez entre o público que costuma ver suas produções, ainda não seja tão conhecido. Não se pode dizer o mesmo dos filmes que dirigiu e atuou. Alex Kendrick tem no currículo produções de sucesso no segmento gospel, como Desafiando Gigantes (2006), Prova de Fogo (2008) e Corajosos (2011). Seu último trabalho, Quarto de Guerra (2015), que estreou em agosto de 2015 nos EUA, conseguiu ultrapassar em bilheteria seu orçamento (US$ 3 milhões) na semana de estreia. Alex Kendrick é pastor da igreja Batista Sherwood, na cidade de Albany, Geórgia. Seu primeiro projeto, A Virada, lançado em 2003, foi produzido pela Sherwood Pictures, uma empresa de produção cinematográfica cristã independente, ligada à própria igreja. O longa foi gravado com equipamentos amadores e o elenco todo formado por membros da Sherwood, além do próprio Kendrick que interpreta o protagonista. Na história, Jan Austin é um vendedor de carros desonesto, que terá a vida transformada após trabalhar na restauração de um carro clássico conversível. A ideia inicial era, após concluir o filme, distribuí-lo entre os membros da comunidade. Mas a produção alcançou sucesso tal que, até 2008, já haviam sido vendidas mais de 300.000 cópias. A experiência adquirida com A Virada, o levou ao segundo sucesso, o filme Desafiando Gigantes. A produção custou ínfimos US$ 100 mil e conseguiu atingir a marca de mais de US$ 10 milhões. Em 2008 dirigiu o longa Prova de Fogo. Desta vez escalou para o papel de protagonista o ator Kirk Cameron, da série Growing Pains. Mas o que seus filmes têm em comum? Um treinador de futebol americano que enfrenta grandes dificuldades na profissão e no lar. Um bombeiro admirado por sua coragem, mas que não consegue manter de pé seu casamento. Um policial que, após perder a filha, decide lutar por sua família. Essas são premissas de alguns dos principais filmes dirigidos por Kendrick. Trazem sempre uma mensagem de motivação relacionada à família. Conheça “Quarto de Guerra” Militares debruçados sobre um mapa, avaliando qual a melhor estratégia para avançar sobre as forças inimigas. É assim que começa Quarto de Guerra. Na trama, Tony (T. C. Satllings) e Elizabeth (Priscilla Shirer) formam um casal que passa por um momento de crise. Tony trabalha como representante de produtos farmacêuticos e investe a maior parte do tempo nas atividades da empresa, deixando a família em segundo plano. Elizabeth é corretora de imóveis e, durante uma visita de trabalho, conhece Clara (Karen Abercrombie), uma doce senhora que servirá de instrumento para uma grande mudança na sua vida. A guerra serve de metáfora para uma vida focada na oração. O filme tem personagens interessantes e complexos. Clara é um deles: uma mulher otimista, firme em suas convicções, que oculta um passado de traumas provocados pela morte do marido. Tony é outro personagem que chama a atenção, considerando a transformação que sofre na história. Alex Kendrick, além de dirigir, também assina o roteiro. Em Quarto de Guerra, Kendrick mostra que evoluiu bastante desde A Virada, seu primeiro trabalho. Em parceria com o irmão Stephen, vem acumulando grandes bilheterias com filmes de baixo orçamento. Só nos Estados Unidos mais de 12 milhões de pessoas já assistiram a suas produções. A boa recepção na estreia aponta Quarto de Guerra como mais um grande sucesso dos irmãos. No Brasil, após chegar a 46 salas de cinema, alcançou o 2º lugar na média de público por salas, na semana de estreia, perdendo apenas para o filme Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2. (Por Wanderley Andrade, do site Cinegrafando – www.cinegrafando.ne10.uol.com.br)

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Americano Batista celebra 110 anos

O colégio Americano Batista comemorou 110 anos de existência. Para celebrar a data, ações e festividades foram realizadas no dia 29 de março. Pela manhã, o Conselho deliberativo da instituição se reuniu em assembleia para tratar de temas de interesse do colégio e fazer um balanço das ações de sucesso. Já à noite, uma grande celebração foi organizada. Uma exposição para contar a história do CAB foi montada. Quem visitou, pode conferir um ambiente retrô, com peças e fotografias das décadas de 20, 30 e 40, além de registro de turmas antigas mostrando os fardamentos da época, troféus esportivos, artigos de cursos profissionalizantes, como datilografia e educação doméstica, placas em reconhecimento ao trabalho da Instituição, livros de registros históricos e recordação dos alunos que passaram pelo o colégio, alguns deles famosos, como o escritor Gilberto Freyre, que iniciou como aluno da instituição em 1908. Em seguida, um Culto de Gratidão, foi celebrado na Igreja Batista da Capunga e contou a presença da Diretoria do CAB, professores, alunos e ex-alunos, familiares, convidados e colaboradores. Representando a Convenção Batista de Pernambuco, estiveram presentes o Presidente, Pr. Emanuel Alírio de Araújo, o vice-presidente, Pr. Alberto Freitas e o Pr. João Marcos Florentino, secretário geral. Na ocasião, houve o lançamento de um selo comemorativo pelos 110 anos do Colégio Americano Batista, uma homenagem liderada pelos Correios. A reflexão foi trazida pelo Pr. Ney Ladeia, ex-Capelão do CAB. A noite também foi de homenagem aos professores, entre eles os que nos últimos 05 anos, foram diplomados em cursos de pós-graduação, como também profissionais que completaram 25 anos de atuação no colégio. A festa encerrou com alunos, professores e familiares se confraternizando. (Do site da Convenção Batista de Pernambuco)

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UFPE lança livro sobre lideranças protestantes

A Editora da UFPE lançou o livro Lideranças Protestantes do Brasil – Ensaios Biográficos. A publicação, disponível em formato digital, foi organizada pelos pesquisadores Ester Fraga Vilas-Bôas, Newton Darwin de Andrade Cabral e José Roberto de Souza. A história de diversos pastores e reverendos do meio evangélico brasileiro estão contadas nas páginas no livro. Destacamos alguns nomes nordestinos, como Robinson Cavalcanti e Jerônimo Gueiros. “As pessoas aqui reunidas, por mais diferentes que sejam umas das outras, têm como denominador comum, o situarem-se no mundo do protestantismo histórico. No Brasil, como lideranças que foram, importa suas experiências desenvolvidas como especialistas na administração do sagrado, bem como intelectuais que marcaram posição no âmbito das suas instituições religiosas”, afirmou no prefácio o sociólogo Drance Elias da Silva. Lideranças Protestantes do Brasil – Ensaios Biográficos tem textos de Emerson Silveira, Leonildo Campos, Sérgio Dusilek, Micheline Reinaux de Vasconcelos, Alderi Souza de Matos, Julio Cesar Tavares Dias, José Roberto de Souza, Ester Fraga Vilas-Bôas, Marco Ananias Ferreira, Maurício Amazonas, Newton Darwin de Andrade Cabral, Magali do Nascimento, Roberto Motta, Edjaelson Pedro da Silva e Alexander Fajardo.

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O que esperar de um político cristão?

Por Thiago Oliveira* Lugar De cristão é na política? E porque não seria? Uma das coisas que herdamos da reforma é que toda vocação, inclusive a política, glorifica a Deus. João Calvino dedica parte de sua obra máxima, as Institutas, para falar sobre política e enaltece o trabalho dos magistrados, isto é, os que integram o poder do Estado. O próprio apóstolo Paulo diz que os governantes são servos de Deus e que sua autoridade é derivada do próprio SENHOR. Ademais, os cristãos foram chamados para exercer o que na teologia chamamos de “mandato cultural”. Exercer este mandato é se integrar ao mundo criado por Deus e administrá-lo com excelência, observando as leis divinas para o louvor do Criador. O poder político está intensamente ligado ao mandato cultural dos homens. No entanto, precisamos ressaltar que a postura política de um cristão deve ser íntegra e se ele almeja participar do poder político, deve manter-se fiel a ética contida na Bíblia Sagrada e por ela se guiar. Infelizmente, muitos políticos que se denominam evangélicos, têm dado um mau testemunho, parecendo ignorar o preceito bíblico de que deveriam ser luzeiros deste mundo. Muitos, não todos, fazem das igrejas um curral eleitoral e cumprem seus mandatos beneficiando apenas os seus eleitores “crentes”. Eles promovem eventos como “marchas para Jesus” e “dia da consciência evangélica”. Fazem shows com os mais famosos artistas do segmento Gospel e elaboram projetos que não saem da órbita evangelical. Isso está errado e a Bíblia demonstra isso com exemplos. José quando esteve no Egito era autoridade destacada. Acima dele apenas faraó. Ao interpretar o sonho do soberano egípcio e prever que haveria sete anos de fartura seguidos de sete anos de seca, teve a ideia de estocar alimentos para que quando viesse o período das “vacas magras”, o povo egípcio tivesse como se alimentar. Além do mais, povos vizinhos também puderam comprar alimentos e assim ir sobrevivendo num período de imensa dificuldade. José, um hebreu, na posição política que exercia tratou de realizar um bem comum. Toda a população – e não um segmento dela – foi beneficiada com aquele empreendimento. De igual modo, Daniel foi um administrador politico do império persa. Ele se destacou sobre os demais ao ponto do rei querer elevar a sua posição e coloca-lo como administrador de todo o reino e não apenas de uma província. A Bíblia nos diz que o político Daniel era “fiel; não era desonesto nem negligente”(Dn 6:4). Outra passagem bíblica que não diretamente sobre governo, mas pode nos repassar um bom princípio, é Jeremias 29:7. O versículo diz o seguinte: “Busquem a prosperidade da cidade para a qual eu os deportei e orem ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela”. O contexto corresponde ao período do cativeiro da babilônia. O povo de Israel, deportado, teria de permanecer na cidade que não era a cidade santa de Jerusalém, mas a cidade de seus inimigos, e contribuir para a sua prosperidade. Foi uma ordem divina! Sabemos que para que um povo prospere, um cenário político favorável dá aquele empurrão para que as engrenagens da economia se movam a todo o vapor. Assim sendo, os judeus deveriam se envolver em toda e qualquer atividade que levasse a Babilônia ao caminho do progresso e da paz. Será que isso não envolve – em maior ou menor grau – um engajamento na esfera política? O que pretendo demonstrar citando tais exemplos escriturísticos é que aquele que ingressa na política deve exercer o seu papel sem segmentar o público alvo. Os benefícios derivados da atuação de um político cristão devem refletir em toda a sociedade. E dentro de nosso ambiente plural, um político cristão também governa para ateus e pessoas de outros credos. Ele tem que ser representante destes grupos também e atender as demandas mais urgentes da sociedade. Se um político é alguém que deveria, ao menos em tese, servir a população. Um cristão teria de ter uma atenção redobrada quanto a esta questão do servir, pois, este é o estilo de vida que o próprio Senhor Jesus adotou. O próprio disse que veio ao mundo para servir e não para ser servido (Mt 20:28). Além da Bíblia, podemos extrair da história bons exemplos de cristãos que foram excelentes políticos. Lord Shaftesbury (1801-1885) foi membro do parlamento inglês por mais de quarenta anos. Um homem dedicado às causas humanitárias. Ele criou lei em prol do bem estar daqueles que eram os mais explorados pela revolução industrial, sobretudo crianças e mulheres. Seus projetos de lei eram pensados para amparar os párias da sociedade. Embora conhecido como “o evangélico dos evangélicos”, teve uma atuação não segmentada e legislou para todo o povo, sem acepções. Que os políticos brasileiros que compõem a bancada evangélica (ou conservadora) sigam tais modelos de gestão e façam com que os seus mandatos sejam relevantes para a nossa sociedade como um todo. *Thiago Oliveira é historiador e especialista em ciência política

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Impulso na produção de famílias agricultoras

O ano de 2016 será de fortalecimento na convivência com o Semiárido para milhares de famílias agricultoras no Sertão pernambucano e região do São Francisco. As famílias, que já estão se beneficiando com as 3.975 cisternas construídas através do programa Pernambuco Mais Produtivo, agora poderão receber em suas comunidades outros dois tipos de tecnologias (implementações) de armazenamento de água e incremento à produção de alimentos. Ao todo, serão construídos 50 tanques de pedra e 20 barreiros lonados, além de 370 abrigos de armazenagem. Dos 19 municípios beneficiados pelas construções de cisternas, quatro já foram selecionados: Terra Nova, Salgueiro, Verdejante e Mirandiba. Uma das pessoas mais animadas é o agricultor e líder comunitário Reginaldo Daniel Damasceno, presidente da Associação do Assentamento Fênix (Sítio Tiririca), em Verdejante: “Na minha propriedade, eu já tenho tarefas de maracujá, sorgo, cana e outras, que só estão desenvolvendo por causa do sistema de gotejamento trazido com o projeto, já que o poço está com pouca água. Agora, nossa expectativa é a construção dos abrigos para armazenar a produção”, comemora Reginaldo, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Sintraf) local e vice-presidente do Conselho municipal. “Nesse momento, os sindicatos e lideranças comunitárias estão procurando em suas localidades as áreas mais propícias para receberem essas tecnologias. Após a indicação dos locais, a equipe técnica vai conferir de perto, fotografar e georreferenciar estes pontos para que se iniciem as construções”, destaca o coordenador do projeto, Salomão Jalfim. Ele ainda acrescenta que, com as chuvas que caíram no início do ano na região, praticamente todas as cisternas encheram e não houve reclamações de vazamentos, o que garantiu maior segurança às tecnologias construídas. O programa Pernambuco Mais Produtivo é desenvolvido através da Secretaria de Agricultura Familiar (SEAF) e Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (ProRural) do Governo do Estado de Pernambuco, com apoio da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA). Nas regiões do Araripe e São Francisco, a Diaconia executa a iniciativa em parceria com a ONG CAATINGA. Conheça um pouco de cada tecnologia: Tanque de Pedra ou caldeirão (foto): tecnologia de uso comunitário construída em áreas rochosas (lajedos). São erguidas paredes na parte mais baixa ou ao redor da área da pedra, que servem como barreira para captação e acúmulo da água de chuva. O volume armazenado depende do tamanho e da profundidade do tanque, e serve para o consumo dos animais, plantações e afazeres domésticos, como a lavagem de roupa. Barreiro Lonado: tanque longo, estreito e fundo escavado no solo, que armazena água por mais tempo, diminuindo a evaporação durante a estiagem. Diferente do barreiro comum, o tipo lonado tem o seu fundo e superfície cobertos por uma lona plástica, com capacidade de armazenar mais de 150 mil litros. Abrigos de Armazenagem: pequenas casas de alvenaria (medindo 5 m x 2,5 m) que servirão para estocagem da produção. Esta demanda surgiu a partir do uso dos calçadões como terreiros de secagem de grãos.

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Entrevista com o pintor e Pr. Paulo Roberto

Pastor da Igreja Presbiteriana em Prazeres, o pastor Paulo Roberto divide as atividades eclesiásticas com a sua produção nas artes plásticas. Amante da pintura desde a infância, ele fala para a Olhar Cristão sobre sua inspiração artística e seus planos. Formado em teologia, com pós-graduação em missiologia urbana, sua formação nas artes foi bastante empírica. Observando, admirando e testando. Até chegar as telas, tintas e pincéis demorou um longo tempo. Para futuro ele planeja criar uma escola de arte para crianças e adolescentes e em breve realizará um dia de exposição reunindo suas obras. Como começou o seu interesse pelas artes? Venho de uma família muito humilde do interior. Desde pequeno tenho essa veia artística. Quando ninguém tinha falado de arte ou pintura para mim eu já gostava e falava de arte. E na medida em que cresci fui desenvolvendo, mesmo sem nunca ter estudado formalmente. Mas sempre pesquisando e observando. Comecei pintando com barro no jornal. Depois passei para giz de cera, depois com tinta, assim que pude comprar tinta e pincel. Já adulto é que começo a pintar com tinta óleo sobre tela e acrílica sobre tela. Qual a sua cidade de nascimento? Nasci em Barra de Guabiraba, perto do município de Bonito. Na zona da Mata Sul. Vejo que a arte tem capacidade de transformar, mudar. Tirar as pessoas do lugar de pobreza e ignorância e levá-las a um lugar melhor. Ela abre a mente. Ela educa. Aconteceu comigo. A arte e educação. Apesar de muito pobre, meus pais que eram agricultores sempre me incentivaram a estudar. Consegui fazer faculdade, hoje faço pós-graduação. Fiz minha formação em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte (SPN) e pela Mackenzie. Estudo atualmente a especialização em RMI, que é Revitalização e multiplicação de Igrejas. Que fontes bebeu para formar sua arte? Sempre li e pesquisei bastante sobre artes. Sempre que viajo vou aos museus e galerias de arte. Mas não tenho uma pessoa com quem eu bebi. Acho que bebi de todas as fontes que se possa beber. As pessoas acham meu trabalho parecido com o de Romero Britto. Acredito que tem semelhanças devido as cores, mas os meus traços e minha caligrafia são totalmente diferentes. A maioria dos quadros são com animais? Estou numa fase de pintar pássaros. As pessoas gostam muito. Eu também. Nessa fase dos pássaros entram as corujas. Mas gosto de pintar rostos de pessoas também. Da minha maneira, do meu modo. Já passei por natureza, natureza morta, e as coisas do cotidiano da vida. Nessa fase atual, quanto mais pinto, mas tenho inspiração para pintar. Sua família sempre foi evangélica? Minha família não é de origem evangélica. Minha conversão foi aos 16 anos. Meus pais eram católicos. Sua formação cristã tem alguma influência na sua arte? Tem, sim. A arte é a representação do belo. A definição é essa. Pintar a natureza é pintar tudo o que Deus fez. Ele é o artista supremo. Minha visão cristã me faz ver a vida de uma forma mais diferente, reconhecendo na natureza a glória de Deus. Pintar uma tela é dar glória a Deus por tudo o que ele fez. A minha pintura é para a glória de Deus. Com a arte eu também evangelizo. Encontrei uma maneira de evangelizar personalidades, políticos, artistas. A arte abre portas para que eu entre em lugares em que poucas pessoas entram. Tive acesso a Roberto Carlos e Ivete Sangalo, por exemplo. São dois artistas de grande evidência. Consegui chegar até os dois e conversar com eles.  Com Roberto, inclusive, ficou uma ligação. Isso é algo que a arte pode me proporcionar. Já conheci através da arte também Miguel Falabela, Zeca Camargo, Elba Ramalho, Cristane Torlone, entre outros. Como é a sua rotina de produção? Geralmente eu pinto a noite. A inspiração vem e fica gravada na minha mente, como realmente está na tela. O silêncio da noite me dá inspiração e concentração. Quanto tempo o Sr. demora para fazer um quadro? Entre dois a três meses. Pinto com muito cuidado, com muita segurança. Meus traços procuro a perfeição. Não pinto por produção, mas por perfeição. Para fazer o melhor. Que artistas o Sr. admira? Frida Kahlo, que tem uma história de sofrimento, mas de superação. Já estive em uma exposição de suas obras. Admiro também Caravaggio. E entre os brasileiros gosto muito de Cândido Portinari. Ele chegou a pintar cinco telas com temas bíblicos. Essa série Bíblica foi feita entre 1942 e 1944 para a sede da Rádio Tupi de São Paulo a pedido de Assis Chateaubriand. Quais os projetos para o futuro nesse segmento artístico? Projeto ter uma escola de arte para jovens, crianças e adolescentes carentes. E levar para minha cidade também oportunidade para jovens e adolescentes terem contato com a pintura. Tenho esse sonho. No ministério, qual a área ministerial que o Sr. mais se identifica? Sou pastor na Igreja Presbiteriana dos Prazeres e já pastoreei na Igreja Presbiteriana Memorial, em Piedade. Minha veia mais forte na área ministerial é a área de missões. Sou formado e fiz pós-graduação em missiologia urbana. Também temos um trabalho forte na área de ação social, atendendo pessoas mais carentes com sopão tanto na comunidade vizinha como no Recife Antigo. Para conhecer o trabalho do pastor Paulo Roberto, acesse o site: http://artespaulo.blogspot.com.br/  

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