Arquivos Saúde - Página 17 De 37 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Saúde

Obesidade e varizes: relação e fatores de risco

Em tempos de cuidados cada vez mais minuciosos com a saúde, desleixar do peso vem na contramão da busca por uma vida cada vez mais saudável. Em um país onde a obesidade cresce a cada ano - pesquisa do Ministério da Saúde aponta que o número de obesos no Brasil aumentou 67,8% entre 2006 e 2018 – investir em medidas preventivas e estar em dia com os exames se torna essencial. É sabido que a obesidade é fator de risco para muitas doenças e pode, inclusive, afetar a saúde das pernas. A cirurgiã vascular Flávia Souza explica que pessoas com sobrepeso têm maior chance de desenvolver varizes devido à quantidade de volume sanguíneo na veia, o que prejudica a circulação. “Não é a obesidade que causa as varizes. O excesso de peso contribui para a dilatação dos vasos sanguíneos. Uma pessoa obesa possui mais gordura entre os órgãos, causando uma pressão interna sobre as veias pelas quais o sangue retorna ao coração. O sangue não consegue fazer o caminho de volta como deveria e parte dele fica retido na veia da perna, ocasionando a dilatação e formação das varizes”, explica. Flávia alerta ainda sobre uma outra complicação que pode ocorrer entre obesos: trombose em decorrência do mau bombeamento do sangue para o corpo, gerando doenças ligadas ao sistema vascular. A trombose venosa, por definição, é a presença de um coágulo dentro de uma veia. Pode ser superficial, no subcutâneo ou profunda, quando a veia acometida está no meio dos músculos das pernas ou dentro da barriga. Estima-se que cerca de 180.000 novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano. A formação deste coágulo dentro da veia ocorre por alguns fatores como lesão endotelial - da parede interna da veia -, dificuldade do sangue circular e, o aumento da viscosidade sanguínea, que é o sangue mais grosso. A cirurgiã complementa ainda que quem já tem predisposição genética para varizes desde cedo, precisa manter o peso equilibrado e ser acompanhado pelo angiologista, já que com o passar do tempo, a idade e o sobrepeso expõem essas pessoas a maior incidência do problema. Algumas dicas práticas, no entanto, podem evitar ou contornar o ganho de peso excessivo. Embora pareça óbvio, o controle da alimentação é fundamental; dormir bem, pois a falta do sono altera o metabolismo causando a sensação de fome. Quem dorme pouco também fica mais cansado, afastando as pessoas do exercício físico; e evitar o sedentarismo: manter-se ativo, seja praticando esportes, indo à academia ou adotar medidas simples como caminhar, nadar, correr e andar de bicicleta. SERVIÇO: Clínica Flávia Souza Fonseca Avenida Rui Barbosa, 715, sala 203 – Graças (81) 3082.3079 | 3105.9555 | 98161.9555

Obesidade e varizes: relação e fatores de risco Read More »

Torção de tornozelo pode causar danos para a vida toda

Quem nunca sofreu uma torção no tornozelo? É estimado que a cada 25 anos de vida, uma pessoa percorra o equivalente a uma volta ao mundo a pé. Sendo assim, a chance de pisar em falso em uma caminhada não é pequena. Na prática esportiva, então, a entorse, como também é chamado, é muito comum e considerada o motivo mais frequente para atendimentos emergenciais. A maioria das pessoas considera a torção um problema sem consequências e logo volta às atividades normais, mas o fato é que a entorse do tornozelo pode ser uma lesão grave e deixar sintomas para o resto da vida, como explica o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), Dr. José Antônio Veiga Sanhudo. “Estima-se que pelo menos 10% dessas lesões evoluam com sequelas, especialmente quando o tratamento é negligenciado”, ressalta. O tornozelo é a base do corpo e, ao torcê-lo, o ideal é passar por consulta com um especialista para uma avaliação correta da gravidade da lesão. “O médico vai avaliar a necessidade de exames complementares, como radiografias, para descartar fraturas e, eventualmente, ressonância nuclear magnética para quantificar a extensão da lesão ligamentar, a possiblidade de lesão tendinosa e/ou de cartilagem associadas”, explica Dr. Sanhudo. Graus da torção Quando uma entorse de tornozelo acontece, um ou mais ligamentos no lado interno ou externo (mais comumente) sofreram estiramento, ruptura parcial ou ruptura total. A gravidade da lesão varia de acordo com o grau de ruptura das estruturas ligamentares e é classificado de I a III. Grau I – leve (distensão): ligeiro estiramento dos ligamentos, com formação de edema e presença de dor. Grau II – moderado: ruptura parcial dos ligamentos e instabilidade da articulação, com presença de edema e rigidez na movimentação. Dor de intensidade moderada. Grau III – grave: ruptura total dos ligamentos e muita instabilidade no pé, com grande dificuldade para manter-se em pé e dor intensa. “A entorse do tornozelo compreende graus variados de lesão ligamentar, que via de regra cicatrizam bem, mas que se não imobilizadas e supervisionadas por um especialista, muitas vezes cicatrizam alongadas, sem a tensão adequada, o que, na maioria das vezes, provoca instabilidade articular, com perda da segurança, falseios e entorses de repetição”, fala o presidente da ABTPé. Dependendo do grau de instabilidade e sintomas residuais, uma cirurgia para reparo ligamentar pode ser necessária. A causa mais comum desse desfecho é o tratamento inadequado. “Muitas entorses são tratadas sem orientação médica adequada e o indivíduo acha que ficou curado até notar que o seu tornozelo não é mais o mesmo”, salienta o especialista. “O tratamento da lesão, que outrora envolvia longos períodos com bota gessada, hoje é, na maioria das vezes, realizado de forma funcional com imobilizações elásticas que bloqueiam alguns movimentos, mas permitem a deambulação com uso de calçados regulares”, conclui Dr. Sanhudo. A duração do tratamento é de 6 a 12 semanas, habitualmente e, quase sempre, envolve uma fase inicial de imobilização funcional – como explicado pelo especialista, seguida de reabilitação.

Torção de tornozelo pode causar danos para a vida toda Read More »

Sequenciamento identifica genomas diferentes nos dois casos brasileiros de coronavírus

Karina Toledo – O genoma do coronavírus (COVID-19) isolado no segundo paciente brasileiro diagnosticado com a doença no sábado, 29 de fevereiro, é diferente do encontrado no primeiro caso, confirmado em 26 de fevereiro. “O primeiro isolado se mostrou geneticamente mais parecido com o vírus sequenciado na Alemanha. Já este segundo genoma assemelha-se mais ao sequenciado na Inglaterra. E ambos são diferentes das sequências chinesas. Tal fato sugere que a epidemia de coronavírus está ficando madura na Europa, ou seja, já está ocorrendo transmissão interna nos países europeus. Para uma análise mais precisa, porém, precisamos dos dados da Itália, que ainda não foram sequenciados”, disse Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade de São Paulo (USP), à Agência FAPESP. O sequenciamento completo do segundo isolado viral foi concluído em apenas 24 horas por pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz e da USP. Os dados do estudo, apoiado pela FAPESP, devem ser divulgados em breve. Após a publicação da primeira sequência brasileira do COVID-19 no site Virological.org, no dia 28 de fevereiro, pesquisadores italianos entraram em contato com a equipe da USP para solicitar o compartilhamento dos protocolos usados. Os isolados virais dos dois pacientes brasileiros diagnosticados com COVID-19 foram sequenciados por um grupo coordenado por Claudio Tavares Sacchi, responsável pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz (LEIAL), e Jaqueline Goes de Jesus, pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP. O trabalho tem sido conduzido com apoio do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE) – uma rede de pesquisadores dedicada a responder e analisar dados de epidemias em tempo real, coordenada por Sabino e Nuno Faria, da Universidade de Oxford, no Reino Unido. O projeto, cujo foco principal é o estudo de arboviroses, como dengue e zika, tem apoio da FAPESP, do Medical Research Council e do Fundo Newton (os dois últimos do Reino Unido). “Nosso objetivo inicial era treinar a equipe do Adolfo Lutz e implementar a tecnologia necessária para o monitoramento em tempo real da epidemia de dengue em curso no Brasil. Quando foram divulgados os casos de coronavírus na China, em janeiro, começamos a nos preparar para também monitorar em tempo real essa nova doença”, contou Sabino. O grupo faz uso de um equipamento portátil conhecido como MinION, usado pela primeira vez no país em 2016 para traçar retrospectivamente a disseminação e a evolução do vírus zika nas Américas (leia mais em http://agencia.fapesp.br/25356/). “Essa agilidade só está sendo possível agora graças ao financiamento contínuo que nosso grupo no IMT-USP recebeu desde 2016. Os protocolos para sequenciamento foram desenvolvidos por uma aluna durante estágio de pesquisa em Birmingham [Reino Unido]. Conseguimos baixar o custo do teste molecular de US$ 500 [R$ 2,2 mil] para US$ 20 [R$ 89]. É um ganho tecnológico enorme para o país”, disse Sabino. Segundo a pesquisadora, a principal vantagem do monitoramento em tempo real de uma epidemia é a possibilidade de identificar de onde exatamente veio o vírus que chegou ao país. Tal informação pode orientar ações de contenção e ajudar a reduzir a disseminação da doença. “É uma nova ferramenta para vigilância epidemiológica, que por enquanto só foi testada na África, durante a epidemia de ebola”, disse Sabino. “Queremos divulgar logo esta segunda sequência para ajudar o pessoal da Itália a analisar seus dados. Compartilhamos com os italianos o protocolo usado por nossa equipe e os colocamos em contato com o grupo do CADDE na Inglaterra.” De acordo com Sacchi, enquanto forem confirmados apenas casos esporádicos de COVID-19 em São Paulo, todos os genomas serão sequenciados. Caso os testes positivos comecem a se multiplicar em larga escala, o trabalho passará a ser orientado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde, que também integra o Projeto CADDE. “Nesse caso o sequenciamento passará a ser feito por amostragem e com base em métodos estatísticos, de modo a garantir que os casos amostrados sejam representativos do total”, explicou o pesquisador do Adolfo Lutz. Caso seja possível sequenciar um grande número de isolados virais, diversos tipos de análise poderão ser feitos no futuro, como a evolução do vírus e a identificação de cepas de pior evolução clínica, por exemplo. Por  Agência FAPESP

Sequenciamento identifica genomas diferentes nos dois casos brasileiros de coronavírus Read More »

Técnica do Inseto Estéril reduziu 25% dos focos do Aedes aegypti em bairro do Recife

A utilização da Técnica do Inseto Estéril (TIE) reduziu em 25% os focos do Aedes aegypti no bairro Brasília Teimosa. Na ação, realizada em dezembro do ano passado, foram liberados 350 mil mosquitos. A técnica é uma ação pioneira no Brasil e reconhecida ao redor do mundo pela eficiência na erradicação e controle de vários insetos. O método consiste em aplicar, em laboratório, uma pequena dose de radiação ionizante no mosquito macho em fase de desenvolvimento. Em seguida, o mosquito fica estéril e é liberado no meio ambiente. O Secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, explica que a técnica é uma estratégia de controle de natalidade, pois as fêmeas do mosquito, são responsáveis pela transmissão da dengue, zika e chikungunya, recebem espermatozoides que não são capazes de reproduzir. “A experiência tem mostrado que com a liberação desses mosquitos no ambiente, com o passar de semanas e meses, a população global deles [mosquitos] diminui”, afirma. Os machos do Aedes aegypti soltos foram reproduzidos na biofábrica da Moscamed, em Juazeiro, na Bahia, levados para receber radiação no laboratório do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O próximo bairro a receber os mosquitos será o Mangabeira, na Zona Norte da capital. Jailson conta que a ação de liberação e recaptura serve para entender melhor o comportamento de voo e a colocação de ovos desses vetores. “Recife, hoje, quer se tornar um epicentro das ações. Nós temos buscado associações e parcerias visando que a cidade, região e seus cidadãos contribuam para o encontro de soluções que tenham impacto aqui, na região e até no país.” A Técnica do Inseto Estéril foi desenvolvido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e é acompanhado de perto por agências da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com dados da Secretaria de Saúde, até a segunda semana de janeiro deste ano, Recife já registrou 17 casos de dengue e 6 de chikungunya. No ano passado, foram mais de 6 mil casos de dengue, mil de chikungunya e 210 de Zika. Na tentativa de controlar a proliferação dos mosquitos, a cidade conta com 700 Agentes de saúde que atuam nas ações de controle em todos os bairros. Na capital, a ouvidoria municipal está disponível no 0800 281 1520 para todos os moradores que desejam tirar dúvidas, fazer denúncias ou até solicitar visita dos agentes de endemias. E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada Brasil.  

Técnica do Inseto Estéril reduziu 25% dos focos do Aedes aegypti em bairro do Recife Read More »

Em meio aos desafios, GAC-PE completa 23 anos assistindo crianças com câncer

Nesta terça, 03/03, o Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer Pernambuco (GAC-PE) comemora 23 anos em atividade. A entidade filantrópica funciona no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no bairro de Santo Amaro, assiste crianças, adolescentes e jovens com faixa etária entre 0 a 19 anos, que estão em tratamento contra o câncer. O GAC-PE oferece assistência social, conta com uma classe-hospitalar, onde as crianças continuam os estudos e também oferece atendimento médico de urgência através do Serviço de Pronto Atendimento, que atende 24 horas, pacientes encaminhados. “O GAC-PE surgiu para amenizar a dor e o sofrimento que as crianças passam quando estão em tratamento oncológico. Também atuamos para dar suporte ao Sistema Único de Saúde (SUS) através da humanização no atendimento. Pela nossa instituição, já passaram mais de 500 voluntários e já foram realizados mais de 300 mil atendimentos. Celebrar 23 anos é uma alegria imensa e também aumenta nossa responsabilidade com as crianças e suas famílias”, explica a médica fundadora do GAC-PE, Vera Morais. O GAC-PE conta com 35 colaboradores, 120 voluntários e depende de doações e parcerias para seguir atendendo cerca de 70 pacientes por dia. Para ajudar a instituição ou ser voluntário, as pessoas interessadas podem entrar em contato através do telefone (81) 3423-7633.

Em meio aos desafios, GAC-PE completa 23 anos assistindo crianças com câncer Read More »

Tratamento contra o câncer de mama pode ficar menos agressivo

Uma substância inédita desenvolvida no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP apresentou resultados promissores na busca por um tratamento menos agressivo para pacientes com câncer de mama. Após ser misturado com a Doxorrubicina – um dos quimioterápicos utilizados no combate à doença -, o novo composto permitiu que o medicamento tivesse 95% de sua concentração reduzida, mantendo a mesma eficácia. “Diminuindo a concentração do fármaco, é possível evitar uma série de efeitos colaterais, como queda de cabelo, náuseas, perda de peso, problemas cardíacos, entre outros. Muitas vezes, esses efeitos são tão fortes que o paciente precisa tomar outros remédios para conter os sintomas”, explica Andrei Leitão, professor do IQSC e orientador do estudo. Além de reduzir os efeitos colaterais, a utilização de medicamentos em menores concentrações no combate ao câncer de mama poderá baratear o custo de seu tratamento, possibilitando que mais pessoas sejam atendidas. Durante a realização do trabalho, que levou cerca de dois anos para ser concluído, os cientistas estudaram diversas substâncias criadas no Grupo de Química Medicinal & Biológica (NEQUIMED) do Instituto com o objetivo de combiná-las com fármacos já disponíveis no mercado para o tratamento do câncer. “Nós fizemos várias análises para entender os mecanismos de ação de alguns compostos e descobrir qual era o mais promissor para impedir a evolução da doença”, revela Talita Alvarenga, autora da pesquisa e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Bioengenharia, oferecido em parceria pelo IQSC, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). A substância selecionada pelos pesquisadores é constituída, basicamente, de aminoácidos quimicamente modificados. O novo composto tem potencial para “frear” uma eventual migração da doença pelo organismo (metástase) e foi combinado com a Doxorrubicina, quimioterápico conhecido por sua utilização no tratamento de vários tipos de câncer. “A pergunta que norteou nosso trabalho foi a seguinte: o que aconteceria se misturássemos um medicamento que, sabidamente, mata as células cancerosas com uma substância que inibe sua multiplicação? “, questiona Andrei. Após aplicarem a combinação desenvolvida em células humanas com câncer (testes in vitro), os cientistas foram surpreendidos pelos resultados. “Utilizando a nossa substância em conjunto com o medicamento, foi possível obter a mesma eficácia que ele teria se fosse aplicado sozinho, mas com uma concentração de quimioterápico 33 vezes menor, o que equivale a uma redução de 95%”, comenta Talita, que teve sua pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Outro resultado interessante observado pelos pesquisadores foi que o composto combinado passou a se comportar de forma mais seletiva, ou seja, atacando majoritariamente as células cancerosas e preservando as células saudáveis. De acordo com o professor do IQSC, a terapia combinada possui diversas funções dentro da medicina e tem sido amplamente adotada por profissionais da área da saúde, principalmente para aumentar a eficiência de alguns tratamentos. No caso do câncer, a utilização de substâncias em conjunto surge como uma alternativa interessante para conter a doença, que pode se tornar resistente a alguns medicamentos convencionais por se tratar de uma enfermidade que apresenta muitas variações, subtipos e reações dentro do organismo dependendo do fármaco utilizado para o seu controle. Outro exemplo citado pelo docente é a Aids, cujo tratamento demanda um coquetel de remédios combinados para combater os sintomas gerados pela ação do vírus HIV. “Essas combinações precisam ser testadas no laboratório, pois não há modelos computacionais suficientes que possam prever os efeitos de todas essas misturas”, complementa o docente. Vilão frequente – Segundo estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o Brasil deve registrar cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama em 2020, o que significa cerca de 61 ocorrências a cada 100 mil mulheres. A maior incidência da doença será no Estado de São Paulo, onde são esperados mais de 18 mil casos. Em 2017, o País registou 16.724 óbitos por câncer de mama, o segundo tipo que mais acomete as mulheres, perdendo apenas para o de pele não melanoma. No mundo, o câncer de mama é o mais comum entre o público feminino – só em 2018, foram registrados 2,1 milhões de casos. Fatores como obesidade, sedentarismo, menopausa tardia, além de questões genéticas, hereditárias e ambientais, contribuem para o aumento do risco de desenvolver a doença. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para mulheres afetadas pelo câncer de mama, com a realização de exames, cirurgias, radioterapia e quimioterapia. Como forma de estimular a prevenção e o diagnóstico precoce, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos, sem sintomas ou sinais da doença, façam a mamografia a cada dois anos e realizem regularmente o autoexame. Os próximos passos da pesquisa da IQSC serão os testes em animais, que devem começar neste primeiro semestre, no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em São Paulo. Se todos os resultados obtidos até o momento se confirmarem nas etapas seguintes do estudo, inclusive nos testes em humanos, a expectativa é de que a substância possa estar no mercado em alguns anos.

Tratamento contra o câncer de mama pode ficar menos agressivo Read More »

Fundaj promove palestra e lança grupo de trabalho sobre o coronavírus

Cinco foram os continentes atingidos, até o momento, pelo novo surto de coronavírus (CoV). Ásia, América, Europa, Oceania e África já registraram, juntos, mais de 80 mil infectados, apresentando sintomas de complicações respiratórias que variam de intensidade. O assunto, em destaque no mundo, levanta questionamentos por parte das populações. Como se proteger, agir em caso de suspeita de contágio ou se há um tratamento efetivo são as principais dúvidas. Nessa abordagem, a Fundação Joaquim Nabuco promove, na próxima quarta-feira (4), um debate sobre a doença. O evento, aberto ao público, está marcado para às 10h, no Cinema da Fundação/Museu, e contará com a participação do médico infectologista Moacir Jucá. “Esse é um momento para o esclarecimento. A Fundaj, com seus equipamentos abertos ao público, tem como dever realizar também a instrução da população, dos servidores da Casa, de funcionários e estagiários. É de suma importância que informações corretas se propaguem, e esperamos alcançar tal objetivo”, ressalta o presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Antônio Campos. Na última quarta-feira (26), o primeiro caso de coronavírus no Brasil foi confirmado, em São Paulo, pelo Ministério da Saúde. Há também suspeita de contaminação em outros seis estados brasileiros, são eles: Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Outros 59 possíveis casos já foram descartados. Apesar dos números, não se deve entrar em pânico. Segundo Moacir Jucá, o ideal é investir na prevenção. “Se perceber uma tosse, não levar as mãos à boca, nem soltar as partículas no ar. A chamada ‘etiqueta da tosse’ instrui para a utilização da região do cotovelo na proteção, evitando assim a contaminação de objetos que poderão ser tocados posteriormente. A higienização das mãos também é fundamental”. O médico ainda salientou que os sintomas do coronavírus não são precisos, mas que assemelham-se a uma gripe. “Tosse, coriza, dor no peito e no corpo podem aparecer em infecções mais simples. Porém, se a febre for percebida, deve-se procurar uma unidade de saúde próxima. Em caso de pessoas que tenham viajado para zonas de risco, ou estado em aglomerações, é necessário informar ao profissional de saúde”. Além da palestra, a Diretoria de Planejamento (Diplad) da Fundaj coordenará um grupo de trabalho sobre o coronavírus, com a participação de servidores da Casa. Dispositivos com álcool em gel também serão adquiridos e distribuídos em pontos estratégicos da Fundação, como a entrada de elevadores, cinemas, museu, biblioteca e Villa Digital. Confira dicas rápidas de como se proteger do coronavírus: · Lavar as mãos frequentemente, com água e sabonete, por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool; · Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; · Evitar contato próximo com pessoas doentes; · Ficar em casa quando estiver doente; · Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; · Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

Fundaj promove palestra e lança grupo de trabalho sobre o coronavírus Read More »

Coronavírus: máscaras e álcool em gel têm alta nas vendas em janeiro

Atentos ao alcance global do Covid-19, doença causada pelo coronavírus, brasileiros têm se mostrado preocupados com a epidemia chinesa e já buscam métodos de prevenção. De acordo com o Farmácias APP aplicativo de vendas online de saúde e beleza do Brasil, as vendas de máscaras e álcool em gel refletem essa tendência, com alta exponencial em janeiro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Nesse sentido, as máscaras de proteção tiveram destaque expressivo. A categoria registrou aumento de 117% no volume de vendas e de 113% no faturamento em relação a janeiro de 2019. Para o Farmácias APP, os resultados apresentados seguem a tendência de alta já registrada em 2019, acrescida do coronavírus. “No ano passado, esses itens registraram crescimento de 12%. Somando este dado com a epidemia do coronavírus, as vendas foram impulsionadas, atingindo este aumento tão significativo”, explica a companhia. Prevenção no dia a dia A compra dos itens é um passo importante para a prevenção do Covid-19, mas, para completá-la, o Farmácias APP destaca algumas ações simples para potencializar o cuidado com a saúde. “Lavar sempre as mãos ao longo do dia, cobrir o nariz e a boca ao espirrar e tossir, não compartilhar objetos de uso pessoal e manter ambientes bem ventilados são alguns exemplos já recomendados pelo Ministério da Saúde e que devem ser seguidos sempre”, finaliza a companhia.

Coronavírus: máscaras e álcool em gel têm alta nas vendas em janeiro Read More »

Casos de sífilis têm aumento no Brasil

As doenças sexualmente transmissíveis causam, desde sempre, transtornos na saúde pública e na vida das pessoas. Além das mais conhecidas, como o HIV, a herpes genital e a gonorreia, por exemplo, outras têm surgido ou evoluído com o passar do tempo. No Brasil, uma das DSTs que mais tem avançado é a sífilis. Segundo um relatório do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2018 a doença teve um aumento de 4.157% nos casos. De acordo com o estudo, só durante o ano de 2018, mais de 246 mil pessoas adquiriram a doença no Brasil. A sífilis tem como principal forma de transmissão as relações sexuais desprotegidas, ou seja, sem o uso de preservativo. A doença é considerada uma infecção sistêmica crônica, de transmissão sexual e vertical (quando é transmitido da mãe para o bebê), provocada pela bactéria espiroqueta Treponema pallidum. ‘‘A sífilis é caracterizada por quatro etapas: primária - quando ocorre de 10 a 90 dias após o contato sexual, formando-se uma úlcera indolor com base endurecida, rica em treponemas (um gênero de bactéria); secundária, quando surge de seis semanas a seis meses após o contágio, formando-se lesões doloridas na pele e mucosas em forma de roséola; sífilis latente, período no qual não há sinais clínicos da doença, mas há reatividade nos testes imunológicos que detectam os anticorpos, e sífilis terciária, ocorrendo cerca de 2 a 40 anos após o contágio, com lesões nodulares que podem provocar degenerações ósseas, cardiovasculares e neurológicas’’, diz o professor dos cursos de pós-graduação da Área da Saúde do Centro Universitário Internacional Uninter, Willian Barbosa Sales. A sífilis preocupa as autoridades por ser uma doença de fácil propagação e pelo aumento de contaminação nos últimos anos. Para evitar uma maior propagação, o Ministério da Saúde tem feito campanhas de prevenção e de alerta para a população. Para Sales, há uma forma de prevenção muito eficaz contra sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis. ‘‘A melhor maneira é o sexo seguro, com o uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina’’, conclui. Aos casos já confirmados, há esperança. A doença pode ser tratada e tem cura, mas, de acordo com o professor, é preciso que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível. Para identificar a doença, existem alguns sintomas que podem ser observados, por exemplo: Sífilis primária · Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias; normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. Sífilis secundária · Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. · Manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias; · Febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. Sífilis latente – fase assintomática · Não aparecem sinais ou sintomas; · É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção); · A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária. Sífilis terciária · Pode surgir de 2 a 40 anos após o início da infecção; · Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

Casos de sífilis têm aumento no Brasil Read More »

Glitter e pele: como evitar reações alérgicas no carnaval

A purpurina é consenso no período carnavalesco, o pó mágico abrilhanta as maquiagens, roupas e sobretudo, a pele dos brincantes. Contudo, o que poucos sabem, é que a procedência desse tipo de material deve ser observada com cuidado, para que não haja nenhum tipo de dano à pele. Afinal, gente é para brilhar e não para sofrer com alergias e irritações. Por isso, é muito importante verificar se o glitter passou por testes de controle de qualidade. “Todos os cosméticos devem ser submetidos aos testes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para saber se suas matérias-primas são adequadas para a pele” explica a dermatologista da Real Derma, Patrícia Guimarães. Além disso, muitos foliões aproveitam o carnaval nas altas temperaturas de Olinda, indo de bloco em bloco com a mesma make. Dessa maneira, para que a cútis não fique ressecada e sofra com reações atípicas, a dermatologista também sugere versões hipoalergênicas dos produtos, a combinação de protetor solar e base cosmética também faz sucesso, garantindo proteção e beleza. “Outra dica muito boa é experimentar tanto o glitter como as pedrinhas de strass uma semana antes da festa”, diz Patrícia. “O recomendado é aplicar na parte interna das mãos e verificar como a pele reage depois de algumas horas”, ensina. Na hora de retirar a maquiagem, é importante lembrar de nunca esfregar a pele para remover a purpurina. “Demaquilantes bifásicos e a água micelar, podem ser ideais para a retirada dos cosméticos” comenta. Basta usar um pouco de algodão úmido com um dos produtos e aplicar de maneira sutil, com movimentos circulares. “Pode repetir o processo até a pele ficar completamente limpa” complementa Dra. Patrícia Guimarães. No caso de reações alérgicas, lave a área afetada imediatamente com água fria. Um médico deverá ser consultado.

Glitter e pele: como evitar reações alérgicas no carnaval Read More »