Saúde - Página: 21 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Saúde

Pesquisa da Unicamp produz novo biomaterial para regeneração de ossos

Agência FAPESP – Pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pelos laboratórios de Ciência e Tecnologia de Polímeros e de Biotecnologia, conseguiu produzir e avaliar o grau de toxicidade de um novo biomaterial que apresentou resultados promissores para futuras aplicações na regeneração de tecidos ósseos. Com apoio da FAPESP e do Fundo de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão da Unicamp, o estudo foi publicado no artigo Polyurethane fibrous membranes tailored by rotary jet spinning for tissue engineering applications da revista Journal of Applied Polymer Science. O biomaterial desenvolvido é uma nova membrana de poliuretano produzida por rotofiação, técnica que produz as fibras por meio da aplicação da força centrífuga. A nova membrana não apresentou nível tóxico em contato com osteoblastos in vitro, ou seja, tem boa interação com células envolvidas na formação dos ossos do corpo humano. A membrana é um tipo de rede muito fina, estruturada para permanecer temporariamente no corpo. O biomaterial dá suporte para o crescimento de novas células até a completa regeneração do tecido e vai se degradando ao longo do processo, até desaparecer completamente. O projeto de pesquisa foi coordenado pelos professores Laís Pellizzer Gabriel e Augusto Ducati Luchessi, da Unicamp, e teve participação das orientandas, a mestranda Isabella Rodrigues e a doutoranda Letícia Tamborlin. Eles realizaram tanto as análises das propriedades morfológicas, térmicas e físico-químicas da nova membrana, quanto aquelas que determinaram o comportamento das células em contato com o biomaterial. Mais informações em: https://bit.ly/34S1cMh.  

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Seis dicas para progeter o Pet do barulho dos fogos no Reveillón

Infelizmente, soltar fogos de artifício ainda é uma forma de comemoração utilizada por muitos brasileiros. Se para muitos isso é sinônimo de alegria e diversão, para os animais de estimação representa agitação e ansiedade, já que o ouvido dos cães e gatos é mais sensível aos barulhos que, consequentemente, provocam medo e mudanças de comportamento. “Algumas técnicas como o adestramento ou o uso de medicamentos e coadjuvantes terapêuticos, como os florais, podem ajudar a aliviar esse estresse, mas é necessário uma consulta com um profissional especializado que ajudará a identificar o melhor tratamento para cada animal”, explica o veterinário e fundador da Animal Place, Jorge Morais que lista abaixo outras dicas para amenizar esse problema. Deixe que o animal de estimação fique no cômodo da casa que tenha menor ruído, e em segurança; Não deixe o cão ou gato preso em correntes ou caixas de transporte. Na hora dos fogos de artifício eles podem entrar em pânico e se machucar; Mantenha portas e janelas trancadas, evitando que o animal fuja e até mesmo se perca. Se morar em apartamento, verifique se as telas de proteção estão firmes; Tape os ouvidos do animal com um chumaço de algodão parafinado (hidrófobo). Não se esqueça de retirá-los assim que o barulho cessar, já que podem causar infecções caso fiquem por muito tempo; Existe uma técnica chamada de TTouch, que consiste em atar o cão com um pano para que a circulação sanguínea do corpo do animal seja estimulada, diminuindo assim, as tensões e a irritabilidade. Informe-se com seu veterinário; Nunca deixe o pet sozinho nesses momentos. A companhia do dono ajuda a passar mais segurança e amenizar esses momentos ruins.

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Desgaste no quadril está entre as principais queixas nos consultórios ortopédicos

Entre os problemas que afetam a qualidade de vida causados pela doença, o desgaste no quadril está entre os mais frequentes. O Dr. Marco Aurélio Neves, ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, comenta que esta é uma das principais queixas dos pacientes, devido à dor e impacto na realização de atividades diárias. O que é Artrose A artrose causa degeneração das cartilagens, sendo mais comum em pessoas com idade acima de 45 anos. “Embora também possa acontecer com os jovens, a doença tende a aparecer e aumentar com o avanço da idade e acomete as articulações em geral, sendo mais evidente no quadril por ser uma base de sustentação do corpo e dos movimentos das pernas”, revela o especialista. Ele explica que, quando há desgaste na cartilagem do quadril, os principais movimentos que fazemos com as pernas e com a coluna se restringem aos poucos. Os ossos do fêmur e da bacia começam a raspar. “Muitos pacientes contam que sentem esse atrito e, muitas vezes, um estalo a cada passo”, comenta. Sintomas O especialista recomenda procurar um ortopedista diante de sinais como estes: Dor no quadril, que piora ao andar ou ao passar muito tempo sentado; Mancar ao andar; Formigamento ou dormência nas pernas; Dor que percorre a perna na parte interna, do quadril até o joelho; Queimação na batata da perna; Mais dificuldade de movimentar a perna ao acordar; Sensação de ter osso raspando ao se movimentar; Dificuldade de calçar os sapatos ou levantar uma cadeira, por exemplo. Quanto mais a doença se agrava, mais restritos se tornam os movimentos, é aí que começam as dores e limitações. Dr. Neves conta que o paciente passa a ter dificuldade para andar, ficar de pé por muito tempo e realizar atividades simples do dia-a-dia, como calçar os sapatos ou dirigir. Nesses casos, o procedimento mais indicado é a Artroplastia Total do Quadril (ATQ), cirurgia de colocação de prótese. “Como não é uma cirurgia de urgência, nós avaliamos e indicamos para o paciente que tem desgaste avançado ou cuja dor esteja causando um impacto muito grande na sua vida”, explica o médico. Como funciona a ATQ A cirurgia consiste na substituição da articulação afetada por uma prótese. Realizada no Brasil desde a década de 60, atualmente a técnica sofreu atualizações importantes que impactam na recuperação dos pacientes. O ortopedista explica o que mudou: “ao invés de manipular os nervos e músculos, o médico apenas afasta o intervalo entre dois músculos na frente do quadril, para chegar no quadril e colocar a prótese”. Isso é possível porque a incisão é feita na parte da frente do quadril, e não ao lado ou atrás, como era realizando antes. Além disso, a técnica é feita com a ajuda de uma mesa cirúrgica especialmente desenvolvida para esse tipo de procedimento. Dessa forma, a operação tende a ser menos agressiva, com recuperação mais rápida e menos dolorosa, reduzindo também os riscos de complicações inerentes à cirurgia. “Pouco tempo após fazer a colocação da prótese, o paciente já consegue ficar de pé”, frisa. Além de reduzir o tempo de internação, que passa a ser de somente um dia, o número de medicamentos administrados também diminui. Dr. Neves ainda ressalta que o processo de reabilitação é menor, fazendo com que o paciente retorne às suas atividades normais rapidamente.

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Identificada nova assinatura genética para o prognóstico de alguns tipos de câncer de mama

Maria Fernanda Ziegler –  Pesquisadores identificaram uma assinatura genética com valor prognóstico capaz de prever a sobrevida de pacientes com certos tipos de câncer de mama. A descoberta leva também a uma melhor compreensão sobre os mecanismos moleculares de um processo de vascularização conhecido como angiogênese patológica, essencial para o desenvolvimento de diversas doenças. A pesquisa, publicada na revista PLOS Genetics, combinou estudo sobre genes envolvidos na retinopatia patológica – lesões oculares que também servem como modelo para o estudo de angiogênese – e dados da expressão gênica (transcritoma) de bancos de dados públicos sobre o câncer de mama. Realizado por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) em colaboração com o Instituto de Pesquisa do Câncer de Ontário (OICR, da sigla em inglês), no Canadá, o estudo contou com apoio da FAPESP . “Identificamos um conjunto de genes cuja expressão no câncer de mama se correlaciona com o grau de vascularização (angiogênese) patológica do tumor. Trata-se, portanto, de uma assinatura gênica para a angiogênese que é prognóstica e mais robusta que as assinaturas identificadas anteriormente, dada a correlação existente entre a angiogênese e os tumores de modo geral”, disse Ricardo Giordano , professor do IQ-USP e autor do estudo. No estudo, os pesquisadores brasileiros identificaram 153 genes alterados entre retinas normais e retinas patológicas em camundongos. A partir dessa lista foram identificados 149 genes humanos equivalentes. O resultado foi utilizado como base da pesquisa sobre a assinatura gênica, com a parceria do grupo canadense. Para isso o grupo utilizou um banco de dados com informações de pacientes com câncer de mama. Desse total, 11 genes-chave envolvidos na angiogênese patológica foram os que tiveram o melhor desempenho para uma assinatura de prognóstico. Câncer de mama e retinopatia têm em comum o processo de angiogênese. “O fato de essas duas doenças compartilharem esse processo e de a angiogênese ser fundamental para desenvolvimento de cânceres nos levou a tentar fazer a ponte entre retinopatia e câncer de mama”, disse João Carlos Setubal , coordenador do Programa Interunidades de Pós-Graduação em Bioinformática da USP, também autor do artigo. Segundo os pesquisadores, o motivo de o estudo ter sido feito especificamente com câncer de mama está na disponibilidade de dados dessa doença. “Precisávamos ter acesso a dados públicos em vasta quantidade, pois existe muita variação de pessoa para pessoa. E justamente para câncer de mama havia um conjunto de dados disponível para nosso estudo, com informações de 2 mil pacientes”, disse Setubal. De acordo com Setubal, para detectar a assinatura foi necessário realizar um sofisticado processamento computacional dos dados gerados em laboratório, uma área conhecida como bioinformática. O trabalho foi desenvolvido em parceria com os pesquisadores canadenses do OICR. O aluno de doutorado Rodrigo Guarischi de Sousa , também autor do estudo, criou o programa que testou os 149 genes humanos como possíveis componentes da assinatura para pacientes com câncer. Essa parte do estudo foi realizada por meio de bolsa estágio de pesquisa no exterior apoiado pela FAPESP, sob a coordenação de Paul C. Boutros, no OICR. Atualmente Boutros é pesquisador no Departamento de Genética Humana na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), e Guarischi de Sousa se formou e trabalha na empresa Dasa, em São Paulo. A partir dessa assinatura os pesquisadores pretendem encontrar aplicações, sobretudo em terapias contra o câncer de mama. “Nosso objetivo agora é dar continuação ao estudo da angiogênese no câncer. Estamos interessados em identificar genes nessa lista que possam ser alvo para o desenvolvimento de novas drogas ou reaproveitamento de drogas existentes”, disse Giordano. Da retinopatia ao câncer de mama A descoberta da assinatura de prognóstico para o câncer de mama é fruto de um longo estudo que teve início em 2010, por meio de uma bolsa de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), quando Giordano iniciou os estudos sobre transcriptoma (dados referentes a genes expressos) e proteoma (proteínas) da retina angiogênica. “Como resultado desse estudo, implantamos no laboratório um modelo em camundongos para o estudo de retinopatia. O modelo em camundongos é importante, pois é difícil estudar a formação de vasos sanguíneos fora de tecidos vivos. Portanto, só com este modelo é possível induzir e estudar em laboratório uma retinopatia, modulando o nível de oxigênio, e fazer estudos referentes à angiogênese”, disse Giordano. Com base em amostras dos camundongos, os pesquisadores puderam investigar as diferenças entre a formação de vasos em condições fisiológicas (que ocorrem normalmente) e em condições patológicas. “Verificamos quais genes eram expressos pelas células endoteliais (que cobrem os vasos sanguíneos) nas duas condições, sempre procurando por aqueles genes que são mais expressos numa condição em relação à outra ou vice-versa”, disse Giordano. Um elemento essencial no experimento foi a variação de oxigênio nas câmaras onde estavam os camundongos recém-nascidos. Nas câmaras com 75% de oxigênio os camundongos tiveram retinopatia, ao passo que no ar ambiente (20% de oxigênio) a retina se desenvolveu normalmente. A descoberta dos mecanismos que permitem às células detectarem a presença de oxigênio foi o tema do prêmio Nobel de Medicina de 2019, que agraciou os pesquisadores William G. Kaelin Jr., Peter J. Ratcliffe e Gregg L. Semenza. Assinatura de prognóstico referente a genes expressos É importante ressaltar que a assinatura gênica para a angiogênese poderá ter uma possível aplicação clínica muito diferente daquela do gene marcador BRCA1. O gene – assim como o BRCA2 – ficou conhecido mundialmente em 2013, quando a atriz norte-americana Angelina Jolie se submeteu a duas mastectomias após ter descoberto, a partir de um exame, mutações específicas neste gene, indicando que teria risco de 87% de desenvolver câncer de mama. “O BRCA1 é um gene do genoma. Uma mulher com mutações nesse gene tem maior risco de desenvolver a doença, porém ela não necessariamente vai desenvolver câncer de mama. Portanto a presença do gene com mutações serve para ajudar a prever o aparecimento da doença. A assinatura do nosso estudo se mostrou promissora para prever o desenvolvimento da doença depois que ela de fato apareceu”, disse Setubal. O

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Verão – Especialista alerta sobre cuidados com os olhos com as crianças na estação

Muito sol, mar, piscina. A combinação é perfeita, muito mais quando se fala na estação mais quente do ano. Apesar da diversão, é importante ficar alerta aos sinais que os olhos dão nesta época. Alergias e irritações oculares são incômodos bastante comuns, que podem ser evitados caso alguns cuidados sejam redobrados. Na lista, o primeiro item que muitos lembram são os óculos escuros. Mais que um acessório, os óculos escuros são um artigo de proteção. “É importante avaliar a qualidade, a durabilidade, mas o fundamental é que as lentes tenham proteção ultravioleta (UV), prevenindo assim os danos causados pela radiação solar. Etiquetas costumam indicar as certificações oficiais, como a da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”, indica a médica oftalmologista Aline Barros, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE). Essa proteção é importante, pois a exposição excessiva ao sol pode colaborar para o aparecimento de doenças como tumores da superfície ocular, a catarata e a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Também nessa estação aumentam as alergias e irritações oculares. Uma das maiores incidências de conjuntivite, por exemplo, ocorre no verão. “A exposição intensa ao sol, a água da piscina e locais aglomerados são fatores que contribuem para a disseminação do vírus”, explica Aline. Para evitar o contágio, a indicação é higienizar sempre as mãos, lavar bem o rosto para retirar resíduos das piscinas e evitar compartilhar toalhas de banho. A inflamação dura geralmente entre uma e duas semanas e é preciso consultar um médico oftalmologista para o correto diagnóstico e a prescrição de colírios. "Às vezes, as crianças têm uma tendência maior a alergias e apresentam sintomas, principalmente se forem sensíveis ao cloro ou à agua salgada, por exemplo. O ideal é ensinar primeiro que não se deve abrir os olhos embaixo d’água e, se o adulto perceber que, mesmo que a criança não abra, ela fica com o olho vermelho, a indicação é lavar com água gelada”, esclarece a médica.. Confira outras dicas: - Não utilize lentes de contato durante o banho de mar ou piscina; - Para abrir os olhos embaixo d’água, use óculos de natação; - Chapéus e bonés ajudam a diminuir a incidência dos raios solares no olho; - Lembre-se de ingerir água.

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Calçado do verão: uso prolongado de rasteirinha pode causar fascite plantar

O verão está chegando e, com ele, o vestuário fica mais leve, despojado e confortável. Para as mulheres, a rasteirinha é o calçado eleito para dar o toque final à composição do look. Mas o que parece sinônimo de conforto, se usado em excesso, pode causar transtorno futuro, com o desenvolvimento da fascite plantar. O problema é um processo inflamatório ou degenerativo que afeta a fáscia plantar, membrana de tecido conjuntivo fibroso e pouco elástico, que recobre a musculatura da sola do pé, desde o osso calcâneo, e que garante o formato do calcanhar, até a base dos dedos dos pés. A fáscia plantar auxilia a manter a curvatura do pé firme, graças à sua capacidade de amortecer e distribuir o impacto. “Se for caminhar muito, o ideal é utilizar calçados que protejam o pé. Com a rasteirinha, você joga o peso todo em cima do calcanhar, sem nenhuma proteção”, explica o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé). “Como não protegem a região, também aumentam o risco de dedos quebrados, torções, bolhas e arranhões”, acrescenta. O especialista esclarece que os melhores sapatos - quando se planeja fazer longas caminhadas durante o dia - são aqueles que dão apoio ao calcanhar, não comprimem os dedos e têm cadarços ou tiras que segurem o calçado no lugar. “Uma alternativa é usar sapatilha com sola um pouco mais grossa e também com um salto pequeno, de uns dois centímetros, para aliviar a pressão no calcanhar e na coluna”, pontua. Sintomas Dor intensa debaixo do pé, perto do calcanhar, é o principal sinal da fascite plantar. Geralmente, a dor é mais intensa pela manhã, mas alivia durante o dia com o caminhar. “Mas isso não impede que a dor apareça em qualquer ponto da fáscia, depois de longos períodos em pé, após subir escadas ou até mesmo depois de ter repousado um pouco”, fala o Dr. Marco Tulio. Inchaço e vermelhidão são outros sinais que podem aparecer. Tratamento A recuperação da fascite plantar costuma ser lenta. O tratamento pode ser realizado por meio de medicamentos antiinflamatórios e analgésicos, uso de palmilhas especificamente moldadas e fisioterapia diária, que pode ser realizada em casa, desde que haja orientação médica. A intervenção cirúrgica não é comumente indicada e ocorre apenas quando os tratamentos não trazem melhora aos pacientes. Existem algumas opções cirúrgicas que consistem em alongar a fáscia plantar ou a musculatura da panturrilha. O Dr. Marco Tulio ressalta a importância de procurar um especialista que possa dar a melhor orientação. “Dessa forma, será possível entender as causas reais da dor e o paciente receberá um diagnóstico correto, para iniciar um tratamento adequado”, conclui.

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Caminhada neste domingo celebra o título de Patrimônio da Humanidade de Olinda

O título de Patrimônio da Humanidade de Olinda, conferido pela Unesco, completa 37 anos neste sábado (14.12) e uma atividade pelas ruas históricas será realizada em comemoração. Apoiada pela Secretaria Executiva de Patrimônio, a Caminhada Domingueira sairá do Pátio do Mosteiro de São Bento, às 8h, neste domingo (15.12). Tendo como um dos organizadores o professor o Francisco Cunha, a ação já redescobriu diversos pontos de Pernambuco. No mês de novembro, por exemplo, mais de 100 caminhantes percorreram quatro quilômetros, saindo da Praça da República, no Recife. Patrimônio Cultural da Humanidade O título de Patrimônio da Humanidade foi concedido pela Unesco em 1982, depois de uma luta iniciada pela Prefeitura em 1978, com o apoio de personalidades como o embaixador olindense Holanda Cavalcanti, o então ministro Eduardo Portela, além de Aloísio Magalhães. Com esse título, Olinda inscreveu-se na lista de monumentos mundiais e figura ao lado de bens da humanidade como a Catedral de Notre-Dame, em Paris, o sítio arqueológico de Nemrut Dag, na Turquia, o Parque Nacional do Serengeti, na África, e a Cidade do Vaticano.

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Brasil tem o maior sistema público de transplantes do mundo

O Brasil é referência mundial na área de transplantes e apresenta o maior sistema público de transplantes do mundo. Cerca de 96% dos procedimentos realizados em todo o país são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Estatisticamente, o país é considerado o segundo maior transplantador do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Por meio do SUS, os pacientes recebem assistência integral e gratuita, desde os exames preparatórios, procedimento cirúrgico, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. Ainda assim, o assunto merece atenção, em 2018, aproximadamente 40 mil pessoas estavam na fila de espera por um órgão, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Cristiano Caveião, doutor em enfermagem e coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gerontologia do Centro Universitário Internacional Uninter, explica que o transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico para a retirada de um órgão (pulmão, rim, coração, pâncreas, fígado) ou tecido (ossos, córnea, medula óssea) de uma pessoa que está doente e substituição por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto. “Em grande parte das situações, a doação de órgãos é a única expectativa de vida ou até mesmo a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação”, comenta Caveião. O transplante de órgãos só pode ocorrer se tiver a doação, por isso é importante a conscientização da população, com o objetivo de reduzir a fila de espera e dar oportunidades de salvar vidas. O biomédico, doutor em química e biotecnologia e coordenador do Curso de Biomedicina da Uninter, Benisio Ferreira da Silva Filho esclarece as principais dúvidas em relação ao procedimento. Como funciona a doação pelo doador cadáver? Essa doação ocorre após a confirmação da morte encefálica, que é a perda total e irreversível das funções cerebrais, e após a parada cardiorrespiratória. A doação pode ser realizada somente com autorização do familiar, conforme previsto na legislação. O diagnóstico de morte encefálica é realizado pelo médico especialista em neurologia, com capacitação específica. Por que doar órgãos? E que órgãos podem ser doados? A doação de órgãos pode salvar várias vidas. Podem ser doados os seguintes órgãos: pulmões, coração, pâncreas, fígado, rins, intestino, vasos sanguíneos, pele, ossos e tendões. Assim, um único doador poderá salvar muitas vidas. Os doadores com parada cardiorrespiratória podem doar somente tecidos, como por exemplo: córnea, vasos, pele, tendões e ossos. E o doador vivo, o que pode doar? Considera-se doador vivo qualquer pessoa juridicamente capaz, que atenda todos os preceitos legais, e com condições plenas de saúde. Podem doar pela lei parentes de até quarto grau e cônjuges; no caso de não parentes, somente com autorização judicial. O doador vivo pode doar rins, parte do fígado, parte do pulmão e parte da medula óssea. Quem recebe os órgãos ou tecidos doados? Após a confirmação da doação, a Central de Transplantes do Estado é comunicada por meio do registro de lista de espera e seleciona os doadores compatíveis.

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Pesquisadores desvendam como bactéria oportunista derrota competidoras

André Julião   – Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descreveu um sistema presente em uma espécie de bactéria oportunista, encontrada em ambientes hospitalares, capaz de injetar um coquetel de toxinas e eliminar completamente outras bactérias competidoras. A descoberta pode ajudar, futuramente, no desenvolvimento de novos compostos antimicrobianos. O estudo, apoiado pela FAPESP, foi publicado na PLOS Pathogens por pesquisadores do Instituto de Química e do Instituto de Ciências Biomédicas, ambos da USP. Os pesquisadores descobriram que a bactéria Stenotrophomonas maltophilia, ao competir com outros microrganismos por espaço e alimento, utiliza um sistema de secreção que produz um coquetel de toxinas para ser injetado nas rivais. Além disso, os pesquisadores caracterizaram uma das 12 proteínas que compõem o coquetel – Smlt3024 – e observaram que a molécula, sozinha, é capaz de diminuir consideravelmente o ritmo de replicação de outras bactérias. “Acreditamos que essas toxinas possam ser exploradas como uma forma de tratamento no futuro. Como antibióticos podem vir de outras bactérias, estamos explorando esse arsenal que as próprias bactérias usam para matar outras espécies”, disse Ethel Bayer-Santos, pesquisadora do ICB-USP. O trabalho é parte do seu projeto de pós-doutorado no IQ-USP, que teve apoio da FAPESP. Atualmente, a pesquisadora conta com Auxílio à Pesquisa na modalidade Apoio a Jovens Pesquisadores. “O sistema de secreção do tipo 4 [T4SS, na sigla em inglês], como é chamado, é um dos existentes em bactérias e serve para secretar proteínas e DNA em outras células ou no meio extracelular. Recentemente, mostramos que ele está presente em um patógeno de cítricos, a Xanthomonas citri. Agora, o encontramos nessa bactéria, que originalmente vive no solo, mas pode se tornar um patógeno oportunista em ambientes hospitalares”, disse Shaker Chuck Farah, professor do IQ-USP e coordenador do estudo. A pesquisa está vinculada a dois Projetos Temáticos financiados pela FAPESP: “Sinalização por c-di-GMP e o sistema de secreção de macromoléculas do tipo IV em Xanthomonas citri” e “Estrutura e função de sistemas de secreção bacterianas”. A descoberta do sistema no patógeno de cítricos havia sido publicada na Nature Communications. Em 2018, o grupo publicou um outro artigo, na Nature Microbiology, em que descreveu a estrutura atômica de grande parte do sistema de secreção usando a técnica de criomicroscopia eletrônica (Cryo-EM) – que permite observar a estrutura de biomoléculas de forma tridimensional no estado em que se encontram. Guerra bacteriana A competição entre microrganismos determina qual espécie vai dominar ou ser erradicada de um hábitat específico. Para diminuir a multiplicação das competidoras, ou mesmo matá-las, as bactérias têm à sua disposição variados mecanismos. Um deles é o T4SS, composto ainda de mais de 100 componentes, provenientes das 12 proteínas diferentes encontradas na superfície da célula. Os pesquisadores observaram que, associados a cada um dos sistemas de secreção encontrados em X. citri e S. maltophilia, além das toxinas há seus respectivos antídotos – estes, para proteger o próprio organismo produtor das toxinas. Quando próximas de uma outra espécie bacteriana, as detentoras desse sistema injetam o coquetel dentro da competidora apenas pelo contato ou usando uma pilus, estrutura semelhante a uma agulha. Para testar a ação do sistema, os pesquisadores realizaram uma série de experimentos de competição entre bactérias. Em um deles, foram colocadas em um mesmo meio exemplares de S. maltophilia e de Escherichia coli, espécie bastante usada em experimentos laboratoriais. As E. coli mal começavam a se multiplicar e as S. maltophilia se aproximavam e as eliminavam. O mesmo efeito foi observado contra Klebsiella pneumoniae, Salmonella Typhi e Pseudomonas aeruginosa, esta última conhecida por infectar pacientes com fibrose cística. Outro experimento consistiu em testar o efeito da Smlt3024 sozinha em outras bactérias. Exemplares de E. coli expressando a toxina no citoplasma não tiveram seu crescimento alterado. No entanto, quando tinham, além do gene Smlt3024, uma chamada sequência sinal – alguns aminoácidos que alteram a localização da proteína –, a toxina foi direcionada para o periplasma (região localizada entre as membranas interna e externa das bactérias), exatamente como faz o sistema original de S. maltophilia e X. citri. Nesse caso, a divisão celular das E. coli foi reduzida consideravelmente, mostrando o efeito da proteína. Apesar de ambas possuírem o mesmo sistema, S. maltophilia e X. citri expodem matar-se uma a outra usando o T4SS, conforme revelou outro experimento. Os estudos mostraram ainda que componentes essenciais de um sistema podem ser substituídos por seus homólogos do outro e que o T4SS de uma bactéria pode secretar as toxinas de outra. São evidências de que há semelhanças nas estruturas que podem ser estudadas futuramente na exploração de T4SS similares (homólogos) identificados em dezenas de outras espécies bacterianas. Novos estudos podem permitir que outros pesquisadores desenvolvam moléculas com efeito de inibir a ação desse sistema, o que poderia ser explorado em novos medicamentos. “Podemos fazer triagens de drogas que possam se ligar nesse sistema e inibir alguma etapa importante da transferência das toxinas de uma célula para outra. Isso poderia diminuir a sobrevivência dessas bactérias em alguns ambientes”, disse Farah. “A própria toxina poderia ser usada como um agente antimicrobiano, mas outros estudos precisam ser realizados para testar essa possibilidade”, disse Bayer-Santos. O estudo tem ainda três outros autores apoiados pela FAPESP, todos no IQ-USP. Bruno Yasui Matsuyama, pós-doutorando, Gabriel Umaji Oka, também pós-doutorando, e William Cenens, que realizou estágio de pós-doutorado até 2019. O artigo The opportunistic pathogen Stenotrophomonas maltophilia utilizes a type IV secretion system for interbacterial killing (doi: 10.1371/journal.ppat.1007651), de Ethel Bayer-Santos, William Cenens, Bruno Yasui Matsuyama, Gabriel Umaji Oka, Giancarlo Di Sessa, Izabel Del Valle Mininel, Tiago Lubiana Alves e Chuck Shaker Farah, está disponível em: www.journals.plos.org/plospathogens/article?id=10.1371/journal.ppat.1007651. |  Agência FAPESP

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Canabidiol para o tratamento da dor crônica: realidade mais próxima dos pacientes

Com a recente regulamentação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (Anvisa) para a comercialização do canabidiol para fins medicinais, uma nova janela de oportunidades se abre para pacientes de dor crônica, cujas terapias convencionais não fazem mais efeito. Envolto em polêmicas, o uso do canabidiol para o tratamento da dor crônica e outras doenças ainda gera muitas dúvidas por parte da população. Segundo o neurocirurgião e coordenador do Centro de Dor do Hospital 9 de Julho, Dr. Claudio Corrêa, o esclarecimento é importante, começando por desassociar a relação da droga ilícita com a medicação. “É preciso entender que os componentes extraídos da planta, e concentrados no medicamento para uso medicinal, excluem os princípios ativos da droga alucinógena. Dessa forma, são direcionados para fins específicos dentro de diferentes doenças e seus mecanismos de ação”, contextualiza o especialista. Dr. Claudio ainda explica que o uso deste novo elemento para cuidar de quadros dolorosos atua no sistema nervoso central, especialmente no complexo supressor da dor, mudando sua percepção pelo córtex – onde é estabelecido o processo de comunicação deste estímulo. Dentre os perfis de pessoas que se beneficiarão com o fármaco, estão pacientes de dor neuropática, como os diabéticos, oncológicos, de doenças reumatológicas como artrites e artroses, entre outros. Como ter acesso ao canabidiol para a dor crônica Embora a regulamentação do canabidiol pela Anvisa represente um avanço importante, a medicação ainda não será de fácil acesso, seja pelo custo, pelo volume de fabricantes ou distribuidores disponíveis no mercado para atender a demanda. A próxima etapa da regulamentação é permitir o cultivo da planta para a extração da substância, mas a Agência julga ser um passo que depende de uma fiscalização que o Brasil ainda não tem estrutura para atender. “Também é importante explicar que o medicamento atual só poderá ser comprada mediante prescrição médica”, pontua o neurocirurgião. Para saber mais sobre dor crônica, acesse o eBook: http://bit.ly/tudosobredor Dr. Claudio Corrêa Com mais de 30 anos de atuação profissional, Dr. Claudio Fernandes Corrêa possui mestrado e doutorado em neurocirurgia pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. Especializou-se no tratamento da dor aliado a neurocirurgia funcional – do qual se tornou referência no Brasil e no exterior. É também o idealizador e coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, serviço que reúne especialistas de diversas especialidades para o tratamento multidisciplinar e integrado aos seus pacientes.

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