Arquivos Saúde - Página 35 De 37 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Saúde

Pernambuco ganha 22 mil hectares protegidos de Caatinga

O Sertão pernambucano ganhou mais 22 mil hectares de área protegida do bioma Caatinga. Nesta quarta-feira (05), o governador Paulo Câmara criou duas novas Unidades de Conservação: Serras Caatingueiras (entre Salgueiro e Cabrobó), e Serra do Giz (divisa de Afogados da Ingazeira e Carnaíba). O ato, que aconteceu no Parque de Dois Irmãos, na Zona Norte de Recife, marcou a comemoração pelo Dia Mundial do Meio Ambiente e garantiu a conservação de importantes espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção. No mesmo ato, foram assinadas a ordem de serviço para construção de um novo laboratório de análise de qualidade da água para CPRH e o decreto de corredores ecológicos na APA Aldeia-Beberibe. Também foi entregue a sede da Unidade Gestora do Parque. “Pernambuco teve um processo muito forte de industrialização, necessário porque estávamos atrasados. Mas, fizemos isso garantindo que o desenvolvimento fosse sustentável, tanto nos aspectos sociais como na proteção do meio ambiente. Garantimos que houvesse as devidas compensações ambientais. É com esse olhar que vamos continuar a fazer isso em todo o Estado. Não vamos admitir que retrocessos na área do meio ambiente, ameaças de alteração de legislação, ameaças de posturas e pensamentos, cheguem a Pernambuco e atinjam a preservação das nossas reservas e do nosso meio ambiente”, afirmou o governador Paulo Câmara. As novas UCs fazem parte da categoria de Refúgio de Vida Silvestre (RVS), que prevê a proteção integral do ambiente com o objetivo de assegurar condições de existência ou reprodução de espécies da flora local e da fauna residente e migratória. “Pernambuco tem mais de 90% do seu território suscetível a processos de desertificação por se tratar de áreas de clima semiárido. A preservação dessas UCs no Bioma Caatinga permite que os recursos da compensação ambiental possam ser usados nos cuidados desse conjunto de 22 mil hectares e ajudar a frear os efeitos das mudanças climáticas que tanto afetam essa região”, disse o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Bertotti. Localizado entre as cidades Salgueiro e Cabrobó, o Refúgio de Vida Silvestre Serras Caatingueiras conta com uma área de 21,6 mil hectares, abrigando mais de 420 espécies de plantas e 240 de animais (mamíferos, aves, anfíbios e répteis). Na composição da flora, segundo levantamento feito pela Univasf, existem 36 espécies de vegetação endêmicas da Caatinga. Destaque para a “cascudo” (Handroanthus spongiosus), presente na lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), na categoria em perigo de extinção. O local também possui uma rica fauna composta por 39 tipos de mamíferos, 202 de aves e 45 de répteis e anfíbios. Desses, seis mamíferos constam na lista de ameaçadas de extinção, como a onça-parda (Puma concolor) e ogato-vermelho (Puma yagouaroundi), ambos na categoria vulnerável. Já o RVS Serra do Giz abrange uma área de divisa dos municípios de Afogados da Ingazeira e Carnaíba. A UC tem 310,2 hectares e possui uma significativa composição de flora e fauna da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro. Segundo o levantamento florístico da área, há 66 espécies de 19 famílias botânicas na localidade. Chama a atenção a Aroeira do sertão (Myracrodruon urundeuva), que está elencada na lista de ameaçadas do MMA. A região ainda dispõe de fauna expressiva, com 116 espécies de animais elencadas em estudos. Entre eles, está o gato-do-mato (Leopardus tigrinus), que corre risco de extinção. Laboratório da CPRH - Com um investimento previsto de R$ 3,4 milhões, a nova unidade de análises laboratoriais da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) será construída no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. A previsão de entrega é de oito meses – ou seja , no primeiro semestre de 2020. A assinatura fez parte da programação conjunta comemorativa ao Dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de Junho. A gestão do contrato é da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos. Criado há 52 anos, o Laboratório funciona hoje na sede da CPRH, Casa Forte, numa área de 500 m². A nova unidade será construída em terreno cedido pela Compesa, na Praça Farias Neves, ao lado do Parque de Dois Irmãos. Terá quase o dobro de área e, com novos serviços, a expectativa é que traga novas receitas para o Estado. Contratada a partir de licitação pública nacional, a empresa Pollux Construções Ltda. será a responsável pela obra. “Será um investimento importante, inclusive para futura acreditação do Laboratório junto à Coordenadoria Geral de Acreditação do Inmetro. Busca-se otimizar as metodologias já existentes nas análises, implantar novas metodologias e investir na melhoria do nosso Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ), visando essa futura acreditação”, destaca o presidente da CPRH, Djalma Paes. O Laboratório da CPRH realiza o monitoramento da qualidade dos rios do Estado, dos reservatórios (em convênio com a Apac), análises que subsidiam o trabalho de fiscalização e licenciamento da Agência, e o monitoramento da balneabilidade de praias do Estado. Com a nova unidade, a agência voltará a atender demandas do público externo, gerando receita com análises de água bruta e de efluentes, principalmente para consumo (água de poço, caixas d’água), atendendo, por exemplo, conjuntos condominiais. Corredor ecológico - No evento, ainda aconteceu a assinatura do decreto de criação de áreas de corredor ecológico na APA Aldeia-Beberibe. Também foi entregue a nova sede da Unidade Gestora do Parque Estadual de Dois irmãos que possui uma área de 1.300 m2, distribuído em dois pavimentos e um terraço. O prédio da Unidade Gestora faz parte da primeira etapa de requalificação do Parque de Dois irmãos, que ainda prevê a construção dos setores de veterinária, biologia, quarentena, nutrição e clínica.

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Novo Método de tratamento do câncer

Elton Alisson, de São Carlos - Um método otimizado para o tratamento de tumores baseado no uso do calor produzido pela luz (fototermia) foi desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP). A técnica consiste em usar nanocápsulas feitas com membranas obtidas de células cancerosas para transportar antitumorais e materiais fotoativos (ativados pela luz) em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro) até um tumor. Ao serem irradiadas por luz infravermelha, as nanocápsulas de membrana se rompem e liberam o material presente em seu interior. O calor gerado pela luz promove o aquecimento do material fotoativo, induzindo a morte das células tumorais por hipertermia. O trabalho foi desenvolvido durante o doutorado de Valéria Spolon Marangoni, bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Resultados da aplicação do método no tratamento de câncer de bexiga em animais foram apresentados durante o Simpósio de Pesquisa e Inovação em Materiais Funcionais, promovido pelo Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) nos dias 23 e 24 maio na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O CDMF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP. “Desenvolvemos um nanocarreador que pode ser um potencial candidato para melhorar o transporte, a liberação e a ativação de fármacos usados no tratamento do câncer por fototermia”, disse Valtencir Zucolotto, professor do IFSC-USP e orientador da pesquisa, durante o evento. O novo sistema foi desenvolvido a partir de nanopartículas feitas de materiais chamados de teranósticos – com aplicações simultâneas em terapia e em diagnóstico – desenvolvidos pelos pesquisadores nos últimos anos. Ao serem colocadas no sistema circulatório, essas nanopartículas tendem a migrar e a se incorporar a células tumorais. Sua localização no organismo pode ser mapeada por meio de tomografia, ressonância magnética ou de espectroscopia fotoacústica, por exemplo. Uma vez visualizadas, é possível promover o aquecimento das nanopartículas por magneto – se possuírem um núcleo magnético, como a magnetita, por exemplo – ou por fototermia, a fim de promover a morte das células tumorais a que estão incorporadas por hipertermia. “Ao serem irradiadas por luz infravermelha, nanopartículas de óxido de grafeno incubadas em células Hela [tipo de célula ‘imortal’, que pode ser cultivada em laboratório indefinidamente], por exemplo, promovem um aquecimento de oito a 12 graus nessas células, induzindo-as à morte”, disse Zucolotto. Nanobastões de ouro Além do grafeno, os pesquisadores têm usado ouro para criar as nanopartículas teranósticas nas formas de estrelas e de bastões. Com esses formatos, explicaram, o nanomaterial se torna capaz de absorver luz no infravermelho e promover aquecimento. As nanopartículas de ouro com forma esférica, apesar de serem muito boas para aplicação em sistemas de entrega de fármacos [drug delivery], só absorvem luz na região visível do espectro eletromagnético. “Isso impede o uso em fototermia, pois a luz visível não atravessa os tecidos como a luz infravermelha”, comparou Zucolotto. Nos últimos anos, porém, engenheiros de materiais descobriram que ao “esticar” um pouco nanopartículas esféricas de ouro elas ganhavam a forma de bastões, o que lhes confere um modo vibracional eletrônico longitudinal que permite a absorção de luz no espectro infravermelho. Com base nessa descoberta, os pesquisadores do IFSC-USP começaram a produzir nanobastões de ouro e testá-los no tratamento de alguns tipos de câncer por fototermia. Para transportar esses compostos para as células alvos foram desenvolvidas nanocápsulas feitas de membranas celulares cultivadas em laboratório, obtidas de linhagens de tumor de pulmão, por exemplo. Hoje, a maioria das nanocápsulas para carrear fármacos e moléculas pelo organismo e entregá-los em regiões específicas ou dentro de células são fabricadas a partir de lipídeos e polímeros. Segundo Zucolotto, a entrega dos compostos por meio de nanocápsulas feitas com membranas de células é mais eficiente por serem constituídas do mesmo material das células-alvo. “Como as nanocápsulas de membrana celular têm composição muito parecida com as de células tumorais, com proteínas como as galectinas, o reconhecimento e a adesão entre elas é facilitado. Isso permite que as nanocápsulas tenham uma interação maior com as células-alvo e consigam entregar com mais eficiência o material que carregam”, disse. Por meio de melhorias na técnica de obtenção dessas nanocápsulas, os pesquisadores têm conseguido colocar uma maior quantidade de nanobastões de ouro e de antitumorais em seu interior. Em um estudo recente, publicado na revista Applied Bio Materials, eles usaram nanobastões de ouro e o quimioterápico betalapaxona, envoltos em nanocápsulas de membrana celular, para tratar tumores de bexiga induzidos em camundongos. Os resultados dos experimentos, feitos em colaboração com o professor Wagner José Fávaro, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostraram que as nanocápsulas se ligaram aos tumores. Ao serem irradiadas com luz infravermelha uma única vez, por dois minutos, as cápsulas de membrana se romperam e liberaram os nanobastões de ouro e a betalapaxona entre dez e 20 minutos depois de iniciado o processo. As análises dos tecidos também revelaram que nenhum dos tumores na bexiga dos animais cresceu e alguns até regrediram. “Constatamos que esse método de tratamento promoveu a destruição das células cancerosas por fototermia e por quimioterapia de foma sinérgica”, disse Zucolloto. O artigo Photothermia and activated drug release of natural cell membrane coated plasmonic gold nanorods and β-Lapachone (DOI: 10.1021/acsabm.8b00603), de Valeria S. Marangoni, Juliana Cancino Bernardi, Ianny B. Reis, Wagner J. Fávaro e Valtencir Zucolotto, pode ser lido na revista Applied Bio Materials em https://pubs.acs.org/doi/10.1021/acsabm.8b00603. Por Agência FAPESP

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Níveis elevados de colesterol são associados a maior risco de glaucoma

Um dos principais causadores de cegueira irreversível no País, o glaucoma consiste na morte progressiva das células ganglionares da retina. O desenvolvimento da doença se deve, principalmente, à elevação da pressão intraocular por acúmulo do humor aquoso, líquido que tem função de nutrição no olho – assim, podendo levar dano ao nervo óptico. Cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil têm glaucoma, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo estudo publicado na Ophthalmology, em 2 de maio de 2019, com 136.782 participantes, níveis mais elevados de colesterol no sangue foram associados com maior risco de Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (GPAA). “Nesse estudo, evidenciou-se que o uso de estatinas por cinco ou mais anos, quando comparado com nunca usar, foi associado com um risco menor de GPAA em pacientes com nível de colesterol alto. É interessante salientar que um dos pesquisadores acredita que esse estudo tinha limitações, por isso estudos adicionais são necessários para confirmar os resultados, especialmente devido ao uso generalizado de estatinas em idosos com risco particular de desenvolver GPAA”, afirma o médico do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE) Rodrigo Coêlho. A perda visual começa geralmente pela periferia, por isso não apresenta sintomas nos quadros iniciais. Muitos portadores de glaucoma acabam nem sabendo que têm a doença. Segundo Rodrigo Coêlho, alguns erros são cometidos por pacientes. “O primeiro é não aderir ao tratamento por não fazer consultas regularmente com o oftalmologista. Alguns pacientes já diagnosticados não usam colírios ou pingam fora do olho”, explica. É importante destacar que não é indicado tocar no dosador do colírio para não contaminar o medicamento. Outro erro frequente é trocar o frasco do colírio por medicação para uso oral em gotas, além de deixar de usá-lo no dia da consulta ou dos exames. Ainda de acordo com o oftalmologista, é importante atentar para o uso correto de colírios. Lavar as mãos antes de aplicar, colocar o medicamento sem tocar no bico dosador para evitar a contaminação, pressionar com um dedo o canto interno do olho para reduzir absorção sistêmica e efeitos colaterais, fechar os olhos por alguns minutos e esperar pelo menos 5 minutos para instilar outro colírio. O tratamento do glaucoma pode ser feito, além do uso de colírios, com aplicação de laser e cirurgias, a depender de cada caso.

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Acne é causada por herança genética, mas hábitos ruins agravam a doença

Uma das doenças de pele mais comuns, visto que atinge a maior parte da população em algum momento da vida, a acne acontece quando as glândulas sebáceas produzem uma quantidade excessiva de oleosidade que, ao se misturar com as células mortas da pele, acaba causando a obstrução dos poros, segundo a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “Logo, as bactérias que fazem parte da flora cutânea promovem uma inflamação na região, o que culmina na formação das espinhas”, explica. Suas causas são as mais variadas possíveis, incluindo desde alterações hormonais até o excesso de gordura nos alimentos. Porém, uma pesquisa publicada em abril de 2018 no Journal of Drugs In Dermatology (JDD) apontou que, embora os fatores externos influenciem a gravidade dos sintomas da doença, a acne pode ser causada principalmente devido a herança genética. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram a incidência de acne, o grau e os gatilhos para a doença em 139 pares de gêmeos idênticos e fraternos, além de um grupo de trigêmeos, levando em consideração dados como histórico médico, traços familiares, realização de exercícios físicos, endereço e altura e peso para cálculo do índice de massa corporal. “Com os dados coletados, os estudiosos procuraram identificar e separar qualitativamente fatores genéticos e ambientais que contribuem para a gravidade da acne, constatando que a quantidade de gêmeos idênticos com acne (64%) era significativamente maior do que em gêmeos fraternos (49%)”, destaca a dermatologista. Ao analisarem os gêmeos com acne em diferentes graus, os pesquisadores encontraram também fatores que podem servir como gatilhos para a doença, como uma dieta rica em açúcar, um IMC mais alto ou a prática reduzida de exercícios físicos. De acordo com a médica, a pesquisa mostra-se de extrema relevância pois promove uma compreensão maior dos motivos que podem piorar o quadro acneico, ajudando assim na prevenção, controle e tratamento da condição. “O estudo também auxilia no aconselhamento dos pacientes quanto as causas genéticas da condição. Dessa forma, os familiares podem agir na diminuição dos fatores que promovem a piora da acne, visto que, se um familiar sofre com a doença, há grandes chances de um parente próximo também vir a desenvolver a condição no futuro”, destaca a Dra. Valéria. Tratamento - O tratamento da doença consiste na higienização correta da área duas vezes por dia e no uso de cremes e loções receitados pelo dermatologista, com substâncias como o peróxido de benzoíla e ácido retinóico. “O dermatologista também pode recomendar secativos e cosméticos concentrados para o tratamento de áreas específicas. Estes normalmente contêm ingredientes que funcionam em nível celular profundo, absorvendo a oleosidade em excesso que causa as espinhas e comedões”, afirma a Dra. Valéria. Além disso, é essencial também o uso de hidratantes leves com ativos que atuem no controle da oleosidade e um fotoprotetor para evitar a formação de manchas e cicatrizes. “Em casos mais graves, o médico pode prescrever antibióticos orais e tópicos para o tratamento da condição, como a isotretinoína.” Por fim, é fundamental a ingestão de dois litros de água por dia e a adoção de uma alimentação saudável. Para quem sofre com quadro acneico, por exemplo, é importante evitar alimentos gordurosos, com farinha branca e derivados do leite, já que estes podem estimular as glândulas sebáceas a produzirem mais oleosidade e fazer om que sejam liberadas substâncias inflamatórias que podem estar relacionadas ao desencadeamento da acne. “O ideal então é apostar em alimentos que auxiliam no combate do quadro acneico e adotá-los em suas refeições. Agrião, espinafre, brócolis e couve, por exemplo, são ótimas opções, já que são ricos em clorofila, que ajuda a limpar bactérias e toxinas do trato digestivo e da corrente sanguínea. Além disso, alguns nutrientes são fundamentais no combate a acne, como o zinco, presente nos frutos do mar, frango, girassol e abóbora, nozes e leguminosas, e as vitaminas A, C e B5”, finaliza a especialista. Fonte: Dra. Valéria Marcondes – Dermatologista da Clínica de Dermatologia Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia com título de especialista e da Academia Americana de Dermatologia. Foi fundadora e é membro da Sociedade de Laser. Estudo: http://jddonline.com/articles/dermatology/S1545961618P0380X/1

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Campanha de conscientização sobre o perigo dos fogos de artifício

A fim de evitar o aumento de acidentes com fogos de artifício, a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), em parceria com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Ministério da Saúde, anunciam em mais um ano, esforços para a campanha de conscientização sobre o perigo dos fogos de artifício. Muito comum em festas e comemorações, os fogos de artifício trazem altos riscos de acidentes, dos mais leves aos mais graves, como casos de amputações de membros. Durante os meses de junho e julho, com as festas juninas espalhadas pelo Brasil, mas principalmente no nordeste do País, há uma preocupação maior dos órgãos de saúde em relação às possíveis ocorrências de acidentes e queimaduras “O manuseio inadequado de fogos de artifício é um dos graves problemas que enfrentamos todos os anos, e importante ressaltar que não existem fogos seguros para a exposição, e muito menos, manejo de crianças. Além disso, adultos também devem seguir à risca todas as orientações de segurança fixadas pelos fabricantes. A redução do número de acidentes depende, principalmente, do uso do produto com responsabilidade”, enfatiza o Dr. Marcelo Rosa de Rezende, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM). As entidades também reforçarão a campanha através de ações publicadas nas redes sociais durante os próximos meses.

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Exame de sangue pode avaliar eficácia do tratamento em pacientes com câncer de pele

O câncer de pele é um dos tipos mais recorrentes de câncer no Brasil, correspondendo a 33% de todos os diagnósticos desta doença no país, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Entre os tratamentos da doença estão a retirada cirúrgica do melanoma e, em casos mais graves, o uso de medicamentos que agem diretamente na destruição da célula cancerígena. O problema com esta segunda intervenção é a dificuldade de se monitorar o sucesso do tratamento e o retrocesso, ou não, da doença. Para resolver este problema pesquisadores da NYU School of Medicine and Perlmutter Cancer Center iniciaram estudos neste campo e chegaram à conclusão de que exames de sangue podem ser capazes de precisar o quão bem um tratamento contra o câncer de pele está funcionando. “Isso é possível devido ao fato das células cancerígenas, à medida que morrem, espalharem seu DNA pela corrente sanguínea, onde pode ser medido, o que permite melhor diagnóstico e direcionamento do tratamento com base no DNA de cada tumor individualmente”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Para o estudo, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 345 pacientes com melanoma de grau III e IV, quando o tumor já se espalhou da pele para outros órgãos, e que possuíam mutações do gene BRAF, que desempenha um papel fundamental em grande parte dos melanomas. Estes pacientes não podiam ser tratados cirurgicamente e eram parte de um grupo maior participando de testes clínicos de medicamentos desenvolvidos para atingir especificamente cânceres com mutações no gene BRAF. “Após análises, o principal achado do estudo foi o fato dos tumores com mutação do gene BRAF poderem ser detectados pelo exame de sangue em 93% dos pacientes antes do início do tratamento”, afirma a especialista. Além disso, os pesquisadores descobriram que os níveis de DNA dos tumores circulando pelo sangue não era mais detectável em 40% dos pacientes que tiverem um resultado clínico positivo após um mês de tratamento direcionado. Em contrapartida, os outros 60% dos pacientes ainda apresentavam níveis detectáveis do DNA de tumores circulando na corrente sanguínea após o mesmo período, indicando que não estavam respondendo bem ao tratamento. Estes sobreviveram, em média, apenas mais 14 meses. Segundo a médica, o método convencional de identificar a progressão da doença em pacientes com melanoma é através de tomografias e marcadores a cada três meses. “Sendo assim, a vantagem do exame de sangue proposto pelo estudo é o fato de poder ser realizado em um período de tempo menor e possuir uma janela de detecção maior dos índices do gene BRAF no sangue dos pacientes, o que pode ser de grande auxílio para os médicos, visto que estes podem realizar os exames de forma mais frequente e eficiente, com resultados disponíveis dentro de poucos dias”, destaca a dermatologista. O próximo passo dos pesquisadores agora é testar a eficácia do monitoramento das amostras de sangue dos pacientes em longos períodos de tempo. Além disso, eles pretendem determinar se as decisões de tratamento baseadas nos resultados dos exames de sangue podem realmente aumentar as chances de sobrevivência do paciente. “Se futuros estudos se provarem bem-sucedidos, os exames de sangue em pacientes com melanoma podem oferecer um indicio precoce da eficácia do tratamento contra a doença, oferecendo a possibilidade de o médico adaptá-lo ou não”, finaliza a Dra. Paola Pomerantzeff. Estudo: https://www.news-medical.net/news/20190516/Blood-test-can-assess-effectiveness-of-treatment-in-patients-with-skin-cancer.aspx

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Cuidado e atenção com o peso das crianças

Segundo dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, cerca de 15% das crianças no Brasil estão na faixa de sobrepeso e obesidade. No Nordeste, 28,15% das crianças entre 5 e 9 anos estão com excesso de peso. Na faixa de 10 a 19 anos, o índice é de 16,6%. A situação é preocupante em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 60 milhões de crianças podem ter sobrepeso ou obesidade até o ano de 2020. O dia 3 de junho é lembrado como Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil. A data é uma forma de conscientizar a população sobe o assunto. Para saber se a criança está no peso ideal, é preciso fazer um cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), com informações do peso de da altura. Com os números em mãos, o pediatra compara os dados com um gráfico. "É muito comum os pais ficaram surpresos ao olharem o gráfico. Às vezes acham que os seus filhos estão apenas um pouco acima do peso ou até um sobrepeso, porém obesidade, jamais. A prevenção com dieta adequada e atividade física é importante para que orientações e mudanças alimentares e comportamentais sejam feitas de forma mais precoce possível e dessa forma, facilitando a modificação do quadro", informa a endocrinopediatra do Hospital Esperança Olinda, Renata Mirelli. Nas crianças e adolescentes, a obesidade pode provocar a hipertensão, elevação do colesterol e triglicerídeos, resistência insulínica (que pode ser percebido pelo escurecimento na região cervical, axilas ou dobras) diabetes e esteatose hepática (gordura no fígado), entre outras. "Essas comorbidades devem ser investigadas, acompanhadas e tratadas o mais precocemente possível para melhorar a expectativa e a qualidade de vida futura dessas crianças”, acrescenta a médica Renata Mirelli. Por isso, o pediatra tem papel fundamental na orientação de medidas preventivas e hábitos de vida saudáveis, além da detecção e intervenção precoce do aumento de peso. Para evitar que se chegue a essa situação ou até contorná-la é preciso que os pais sigam as orientações repassadas pelo médico pediatra, como hábitos de alimentação saudável e prática de exercícios físicos. Os motivos que levam uma criança a engordar são os mais variados. "Nenhuma criança fica com sobrepeso ou obesidade de um dia para o outro. Tudo começa com alguns quilos a mais em relação à estatura, que é 'deixado passar' ou não é dado a orientação necessária. Até que se deparamos com uma situação com sobrepeso ou obesidade", explica a endocrinopediatra Renata Mirelli. A obesidade também está ligada a doenças como hipertensão arterial, aterosclerose coronariana, acidente vascular cerebral, diabetes, apneia do sono, doenças nas articulações e até câncer.

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Jovens brasileiros passam mais de 1h30 por dia no Instagram

Estar conectado nas redes sociais é sinônimo de estar atualizado e interagindo com o mundo todo através de um simples aplicativo. O Instagram, por exemplo, é o app queridinho do momento no Brasil, reunindo atividades de diversos outros aplicativos em um só. Por se tratar de uma rede com grande número de usuários, o Cuponation compilou uma média de quanto tempo os brasileiros costumam gastar na rede. De acordo com o relatório Digital in 2018, feito pelas empresas Are We Social e Hootsuite, o Brasil está entre os três primeiros países nos quais as pessoas costumam ficar mais de 9h do dia navegando na internet. Ao fazer a mesma pesquisa em cada país participante do estudo, o relatório apontou que o brasileiro está entre os dois primeiros no ranking da população que fica mais tempo nas redes sociais, sendo em média mais de 3h e meia por dia. O Cuponation realizou um levantamento com 329 jovens brasileiros de classe média entre 17 e 25 anos (público que mais utiliza o Instagram) e constatou que os jovens passam em média 1h e 32 minutos conectados à rede social por dia. Veja mais no infográfico interativo. O relatório Digital in 2018 ainda registrou que no ano passado 62% da população brasileira já estava conectada nas redes. No mundo, só em 2017 quase 1 milhão de pessoas começaram a usar as redes sociais todos os dias - o que representa mais de 11 novos usuários por segundo, segundo a última análise da eMarketer. Ao especificar a quantidade de usuários do Instagram, apesar de a rede ocupar o 6º lugar no ranking das redes mais usadas pelo mundo (Statista-2019), no Brasil o aplicativo está em 4º lugar com mais de 55 milhões de usuários e é a rede social preferida do brasileiro mensalmente ativo, ficando na frente até mesmo do Facebook, que é a principal mídia social do país, com mais de 130 milhões de usuários, segundo a Rock Content. Link da pesquisa completa: https://www.cuponation.com.br/insights/instagram-2019  

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Atenção auditiva é afetada por alteração do ritmo cardíaco causado por estresse

Elton Alisson - Em situações de estresse é comum a perda momentânea da capacidade de perceber sons do ambiente. Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em colaboração com colegas da Oxford Brookes University, da Inglaterra, fizeram uma descoberta que pode ajudar a compreender esse fenômeno. Segundo o estudo, publicado na revista Scientific Reports, a atividade cerebral relacionada à atenção auditiva acompanha o ritmo do coração. Dessa forma, a alteração na frequência cardíaca induzida pelo estresse compromete a percepção auditiva. A pesquisa, que abre novas perspectivas para o tratamento de distúrbios de atenção e de comunicação, teve apoio da FAPESP e contou com a colaboração de cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Faculdade de Medicina do ABC. “Constatamos que pequenos níveis de estresse já são capazes de alterar o ritmo do coração e, dessa forma, comprometer a atenção auditiva”, disse Vitor Engrácia Valenti, professor da Unesp de Marília e coordenador da pesquisa, à Agência FAPESP. De acordo com Valenti, estudos publicados nos últimos anos já indicavam que estímulos auditivos são capazes de induzir flutuações da frequência cardíaca e que o condutor dessas alterações é o nervo vago. Esse nervo, que percorre grande parte do corpo, indo do cérebro ao abdômen, desempenha funções motoras e sensoriais, diminui a frequência cardíaca ao ser ativado. Além disso, o nervo participa da atividade do sistema nervoso parassimpático – responsável, entre outras coisas, por desacelerar os batimentos cardíacos. Em estudos prévios com animais, observou-se que a atividade do nervo vago aumenta durante a estimulação auditiva relaxante e ativa a expressão de uma proteína chamada c-Fos no córtex auditivo. Essa constatação indicou uma associação entre o processamento do som no córtex cerebral e o sistema nervoso parassimpático, explicou Valenti. “Não estava claro, porém, a influência dos estímulos sonoros no controle da frequência cardíaca pelo nervo vago e se há interação entre o controle do ritmo do coração e a atividade cortical cerebral relacionada com a atenção auditiva em humanos”, afirmou. A fim de elucidar essas questões, os pesquisadores fizeram agora um experimento com 49 mulheres em que a regulação do ritmo cardíaco foi submetida a uma sobrecarga induzida por um teste de estresse leve. O teste consistia em falar o maior número possível de palavras em português que começassem com a letra A, sem repeti-las ou usá-las no aumentativo ou diminutivo, em até 60 segundos. O tempo foi limitado para que não houvesse interferência do sistema nervoso simpático – que estimula ações de resposta a situações de estresse, como a aceleração dos batimentos cardíacos, por meio dos efeitos da adrenalina – e da liberação de cortisol na atividade cerebral das voluntárias. Foram avaliadas, antes e depois do teste, a variabilidade da frequência cardíaca e a atividade cerebral das participantes por meio de um exame conhecido como potencial evocado auditivo de longa latência (P300). A variabilidade da frequência cardíaca permite mensurar o controle autonômico do ritmo cardíaco em níveis variados de estresse. Já o potencial evocado auditivo de longa latência possibilita analisar o nível de atenção auditiva a um estímulo sonoro por meio do monitoramento da atividade do córtex pré-frontal e do córtex auditivo por eletrodos colocados na região do osso frontal e na região das articulações dos ossos parietal e frontal. Os resultados dos testes indicaram que o pequeno nível de estresse a que as voluntárias foram submetidas foi suficiente para alterar o ritmo do coração, e que isso aconteceu paralelamente à atenuação da atenção auditiva medida pelo potencial evocado auditivo de longa latência. As análises estatísticas de correlação e regressão linear mostraram que o controle autonômico do coração por meio da atividade do nervo vago e o processamento cerebral dos estímulos auditivos trabalham em consonância. “Isso indica que, em situações de estresse, a informação auditiva é processada de um jeito pior do que seria se a pessoa estivesse em um estado mais tranquilo”, disse Valenti. “Dessa forma, em uma situação de estresse, ao se respirar mais lentamente, por exemplo, é possível ativar o sistema nervoso parassimpático e, com isso, diminuir o ritmo do coração e melhorar a percepção da informação auditiva”, explicou. Na avaliação do pesquisador, a descoberta abre novas perspectivas para o tratamento de casos relacionados com distúrbios de atenção e de comunicação com base na ativação do nervo vago por meio de estímulos elétricos na região auricular para controlar o ritmo do coração. Estudos que utilizam esse método, feitos por pesquisadores do Departamento de Fonoaudiologia da Unesp de Marília com crianças autistas, têm apresentado resultados promissores. “Os dados dos estudos mostraram que as crianças com autismo tiveram uma melhora significativa dos sintomas por meio desse método de tratamento”, afirmou Valenti. Por Agência FAPESP

Atenção auditiva é afetada por alteração do ritmo cardíaco causado por estresse Read More »

Brasil registrou um acidente de trabalho a cada 49 segundos entre 2012 e 2019

Entre 2012 e 2019, o Brasil registrou um acidente de trabalho a cada 49 segundos e uma morte decorrente deles a cada três horas e três minutos. O levantamento foi feito pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. “Podemos dizer que o número é ainda maior, pois algumas ocorrências não são notificadas. Geralmente ocorrem fora do ambiente de trabalho e, por alguma discrepância, não são devidamente classificadas”, explica o professor de direito do trabalho Ronald Silka, do Centro Universitário Internacional Uninter. Para ser caracterizado como acidente de trabalho, a ocorrência não necessariamente precisa acontecer no ambiente da empresa. Desde que o trabalhador esteja a serviço de seus empregadores, pode ser em qualquer lugar, até mesmo no trajeto entre a própria residência e o local de ofício. O professor lembra que os empregadores devem realizar exames médicos admissionais e demissionais, mas também periódicos para acompanhar a saúde de seus funcionários. “É preciso ter medidas de prevenção. Devem ser realizados treinamentos para todos os envolvidos nas atividades laborativas, bem como na preparação e orientação no uso de equipamentos de segurança”, defende. Direitos em caso de acidentes Segundo o professor, os funcionários têm direitos tanto por parte da empresa quanto por parte da própria Previdência Social. Ele explica, ainda, que os benefícios podem ser solicitados pela própria pessoa ou por seus dependentes, diretamente junto à entidade cabível. “Caso haja recusa em atender o pedido, é possível acionar meios judiciários”, esclarece. Quando a ocorrência é nas dependências da empresa, os empregadores devem prestar primeiros socorros. Se for comprovado que a empresa foi de alguma forma responsável pelo acidente, a mesma deve arcar com as despesas médicas e também pode responder por danos morais e estéticos, caso haja alguma sequela física. Mesmo que não seja responsável pelo acidente, a empresa deve se responsabilizar pelos primeiros 15 dias de afastamento do trabalhador, depositando seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) normalmente. Se o afastamento for maior do que 15 dias, deve-se garantir 12 meses de estabilidade do trabalhador a partir de sua data de retorno. Já em relação à Previdência Social, o funcionário pode solicitar auxílio-doença acidentário a partir do 16º dia de afastamento. Caso fique completamente incapacitado de exercer qualquer trabalho, pode pedir a aposentadoria. Se puder exercer alguma função diferente da anterior, é possível solicitar auxílio-doença para reabilitação profissional enquanto se prepara para uma nova atividade. Se conseguir voltar a exercer sua função, mas tiver sequelas, pode receber auxílio-acidente, além do próprio salário. Em caso de morte, quem recebe a pensão são os dependentes do trabalhador.

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