Urbanismo – Página: 3 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Urbanismo

Acordo entre AGU e Prefeitura sobre Pátio Ferroviário abre caminho para parque público

Decisão judicial encerra disputa sobre limites do terreno e garante recuperação de patrimônio histórico ferroviário no Recife Um acordo entre a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Prefeitura do Recife, homologado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), põe fim a uma disputa judicial envolvendo o Pátio Ferroviário das Cinco Pontas, no Cais José Estelita. A conciliação, realizada em 10 de setembro, permite a construção de um parque público no local e prevê a preservação do patrimônio ferroviário. O processo judicial, iniciado em 2022, envolvia os limites da área leiloada ao Consórcio Novo Recife. O acordo, homologado pelo corregedor regional da 5ª Região, desembargador federal Leonardo Carvalho, em conjunto com o juiz auxiliar Bruno Carrá, determina que o consórcio invista R$ 21 milhões na recuperação de estruturas históricas como oficinas de locomotivas, areeiro, caixa d’água e tanque de combustível. Além disso, o consórcio indenizará a União em R$ 900 mil, regularizando a área que será de uso público, mas de propriedade privada. A área em questão, com 55,6 mil metros quadrados, corresponde a um terço do antigo terreno da Rede Ferroviária Federal, extinta em 2007. O Pátio Ferroviário, que contém construções datadas de 1858, foi incluído em 2015 na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário pelo Iphan. Os outros dois terços da área foram leiloados em 2008, onde atualmente está em construção o projeto imobiliário Novo Recife. Segundo o procurador regional da União na 5ª Região, Jefferson Vieira, o acordo é uma solução equilibrada que atende “tanto aos interesses do patrimônio público quanto à preservação da memória ferroviária do país.” Com a homologação, as intervenções urbanísticas e a preservação do patrimônio devem começar nos próximos meses, transformando o Pátio Ferroviário em uma área de convivência pública no centro do Recife.

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12 anos de um projeto do qual o Recife mostrou precisar muito

Este ano, exatamente no período da campanha eleitoral, o projeto O Recife que Precisamos completa 12 anos de existência, perfazendo quatro edições sucessivas (2012, 2016, 2020 e 2024). Tudo começou quando a cidade do Recife inaugura o Século 21 como a capital mais violenta do País. Nós que militávamos na cidadania empresarial, mais precisamente no Instituto Ação Empresarial pela Cidadania, resolvemos fundar, em 2008, o Observatório do Recife (ODR) cujo lema foi “cidadania com atitude”. O objetivo do ODR era pesquisar e organizar os principais indicadores da cidade para tentar entender o que estava acontecendo. Enquanto promovia diversas rodadas anuais de indicadores, o ODR resolveu criar também as caminhadas Olhe pelo Recife com o objetivo de ampliar o conhecimento in loco dos problemas da cidade. Depois de várias rodadas de indicadores e diversas caminhadas realizadas, com a participação de centenas de caminhantes, o Observatório, em parceria com a revista Algomais, resolveu lançar o projeto O Recife que Precisamos e eu fui convidado para ser o seu relator. Começamos ouvido diversos especialistas sobre a realidade do Recife e debatendo com eles. O resultado de cada uma dessas discussões foi reportado pela Algomais de modo a que, quando do início da campanha eleitoral, foi possível apresentar aos candidatos à prefeitura do Recife a síntese do projeto que focava cinco eixos propositivos, para além dos inevitáveis Saúde, Educação e Segurança: 1. O Futuro (restabelecimento do planejamento de longo prazo da cidade para além do período de mandato de uma gestão, tirando proveito do fato de o Recife ser a primeira capital brasileira a completar 500 anos em 2037 – descoberta feita durante a discussão do projeto). 2. A Cidade (retomada do controle e do ordenamento urbano da cidade com qualificação do espaço público como ambiente privilegiado para a vida ao ar livre e para o enfrentamento da desigualdade). 3. O Caminho (inversão da pirâmide tradicional da mobilidade urbana, abrindo caminhos para os outros modos de deslocamento – a pé, de bicicleta e por transporte público – além da melhoria da engenharia de trânsito para o transporte motorizado). 4. A História (retomada da atenção da administração municipal para o centro da cidade com o objetivo de reverter o longo processo de decadência e degradação por intermédio de uma gestão territorial eficaz e de um plano estratégico de longo prazo). 5. O Rio (retomada da relação histórica da cidade com o seu principal rio, transformando suas margens em parques que possam ser usufruídos pela população favorecendo a mobilidade ativa – a pé e de bicicleta). Após a apresentação aos principais candidatos à prefeitura do Recife, o projeto recolheu contribuições da população por meio de uma animada consulta pelas redes sociais. Assim que o prefeito eleito assumiu, as instituições que participaram das discussões, com o Observatório do Recife e a Algomais à frente, marcaram uma audiência e entregaram o projeto atualizado em reunião com o secretariado recém-empossado. Ao longo da gestão que então se iniciava e nas seguintes, já que o projeto foi atualizado e apresentado nas campanhas eleitorais posteriores, várias das sugestões detalhadas foram sendo implementadas e acompanhadas pela coordenação, a exemplo do Plano Recife 500 Anos, da melhoria das calçadas, da expressiva ampliação da rede cicloviária, da implantação das faixas azuis (exclusivas para o transporte público), do projeto Parque Capibaribe, da gestão territorial do Centro do Recife. Inclusive, o próprio projeto inicial, quando da versão 2020, incluiu mais um eixo temático (o Mundo), levando em consideração a “descoberta” de que o Recife é o segundo maior hub diplomático do Brasil (depois da cidade de São Paulo) com a presença na cidade de mais de 40 representações diplomáticas, o que se constitui numa grande oportunidade de intercâmbio. Hoje, 12 anos depois, é possível dizer que o projeto O Recife que Precisamos cumpriu e continua cumprindo o importante papel de funcionar como instância repositória de conteúdo relevante para o futuro da cidade, acompanhado por uma instância de fora da administração pública municipal, chamando sua atenção para o que não deve deixar de ser lembrado. Na atual versão, o projeto conta, além da contribuição original do Observatório do Recife e do apoio editorial da Algomais, do suporte da Rede Gestão e da da CDL Recife que acolhe o projeto, apresentando-o na sua versão 2025, para os principais candidatos na eleição 2024. E aqui, para finalizar, aproveito para um spoiler: na edição da próxima semana, a reportagem de capa da Algomais, trará uma abordagem enfocando os conteúdos da mais recente versão do projeto O Recife que Precisamos e de sua recente apresentação aos candidatos a prefeito na sede da CDL Recife. Até lá! *Por Francisco Cunha, consultor da TGI e sócio da Algomais

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Diario de Pernambuco passará por restauração em edifício histórico

Fundarpe e governo do estado de Pernambuco iniciam projeto para revitalizar o patrimônio na Praça da Independência O governo do estado de Pernambuco, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), deu início ao processo de restauração do edifício histórico que abrigou a antiga sede do Diario de Pernambuco, localizado na Praça da Independência, no Recife. A empresa Jorge Passos Arquitetura e Restauração foi contratada para atualizar o projeto de preservação, que deverá ser concluído em até cinco meses. A iniciativa visa revitalizar o imóvel, respeitando e preservando seus elementos artísticos e arquitetônicos. A intervenção inclui a recuperação das fachadas, cobertura, e dos ambientes internos e externos do edifício, que é tombado pelo Governo de Pernambuco. Com um investimento de R$ 170 mil no estudo técnico, o projeto detalhará os materiais e equipamentos necessários para a execução das obras, que têm como objetivo devolver à população um patrimônio cultural significativo. A atualização do projeto é um passo essencial para garantir que o edifício seja restaurado de forma adequada, mantendo sua relevância histórica. Renata Borba, presidente da Fundarpe, ressaltou a importância da parceria com o governo estadual para a preservação do patrimônio. “A restauração do Diario de Pernambuco não só preserva a nossa história, mas também marca um importante passo para a revitalização do centro do Recife. Este projeto demonstra o compromisso do governo em dinamizar a capital pernambucana, unindo preservação histórica e desenvolvimento urbano”, afirmou Borba.

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O desafio para ofertar água e tratamento de esgoto em Pernambuco

Embora haja um consenso no Brasil de que o Marco Legal do Saneamento tenha como mérito estabelecer metas para a universalização dos serviços, há divergências sobre como a iniciativa privada deve atuar nesse processo. *Por Rafael Dantas O saneamento de Pernambuco vive uma situação dramática e crônica. Embora 96% da população esteja conectada ao sistema de abastecimento de água, 4,3 milhões de pessoas convivem há décadas com rodízios. Algumas cidades do interior, como Exu, no Sertão do Araripe, contam apenas com dois dias de água por mês. A cobertura de coleta e tratamento de esgoto no Estado é ainda muito pior: apenas 30%, segundo dados da Compesa. Esses números cobrem somente as áreas urbanas. Diante da escassez hídrica e das deficiências nas estruturas de distribuição de água, a situação de abastecimento é crítica mesmo em cidades com intensa atividade econômica. Segundo informações da Compesa, em Santa Cruz do Capibaribe, um importante centro de confecções, o fornecimento de água é limitado a apenas cinco a cada 25 dias. Da mesma forma, em São Bento do Una, um gigante polo avícola, com significativa produção de aves e ovos, a disponibilidade de água é restrita a quatro dias, enquanto as torneiras permanecem secas por 26 dias. “Esse é um drama com o qual o pernambucano aprendeu a conviver. As pessoas vivem em regime de conservação de água. Quase todo o Estado de Pernambuco está em regime de rodízio. Pouquíssimas cidades têm água 24 horas por dia”, afirmou o presidente da Compesa, Alex Machado Campos, em seminário realizado pelo Crea-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco). Enquanto a média nacional de disponibilidade de recursos hídricos é de 35 mil metros cúbicos de água por habitante por ano, em Pernambuco a média é de apenas 1.270 metros cúbicos por habitante por ano. “Estamos abaixo do que a ONU considera como índice aceitável que é 1.500 metros cúbicos por habitante por ano”, alertou Campos. Como a pressão social por acesso à água é muito maior do que pela estruturação das redes de esgoto, os investimentos ao longo dos anos foram mais focados em distribuição. Para se ter ideia, na Região Metropolitana do Recife, após 11 anos da PPP (parceria público-privada) do Saneamento, a cobertura de esgotos é ainda de apenas 38%. Em 2013, eram 30%. Após a aprovação do Marco Legal do Saneamento, em 2020, Pernambuco (e todo o País) começou uma corrida contra o tempo para atingir metas ousadas de universalização desses serviços até 2033. A lei estabeleceu como alvo atingir 99% do acesso à água – sem sistemas de rodízios – e 90% de conexão à rede de coleta e tratamento de esgotos. Entre 2019 e 2023, Pernambuco recebeu investimentos de R$ 11,6 bilhões no setor. Aproximadamente um terço desse valor veio da BRK Ambiental, na PPP do Saneamento da RMR (Região Metropolitana do Recife). Porém, o secretário-executivo de Parcerias e Projetos Estratégicos do Governo do Estado, Marcelo Bruto, revelou que para atingir a meta são necessários ainda R$ 30 bilhões de investimentos. “A Compesa só nos últimos anos captou mais de R$ 3 bilhões, de diferentes fontes, para executar nos próximos anos. Está estudando PPPs para o sistema de produção de água. Só na parte de produção e segurança hídrica, mais a PPP da RMR, temos mais de R$ 10 bilhões para serem feitos de investimentos nos próximos 10 anos. Além disso, há o desafio do saneamento rural, que é outro investimento forte que o Estado precisa continuar fazendo”, elencou Marcelo Bruto. Há cerca de R$ 900 milhões captados para o saneamento rural. O presidente da Compesa lembrou que os prazos e metas do contrato com o parceiro privado da PPP do Saneamento na RMR, assinado em 2013, não coincidem com aqueles estabelecidos no Marco do Saneamento. Nesse cenário, ele prometeu ir para uma “grande repactuação com a BRK a fim de que a gente possa restabelecer o reequilíbrio na PPP, uma vez que vai ter muito recurso público investido em esgoto”. MARCO DO SANEAMENTO ESTIMULA PRIVATIZAÇÕES O Marco Legal do Saneamento, elaborado em 2020, sendo uma atualização da Política Federal de Saneamento Básico, de 2007, recebe elogios e críticas dos especialistas do setor. A grande contribuição dessa lei, na avaliação do engenheiro Antonio Miranda, membro do Comitê Técnico Permanente do CREA-PE, foi o estabelecimento das metas. Antes, cada Estado ou município aportava investimentos nessas infraestruturas a depender da disponibilidade, sem parâmetros razoáveis ou prazos. “Esse marco legal estabeleceu metas porque, até então, as ‘Compesas’ e serviços municipais trabalhavam da seguinte forma: eu vou fazer o que eu posso, no prazo que eu conseguir e com o dinheiro que tiver. Não tinham obrigações. Era fazer o melhor possível e ponto final. Trazer uma obrigação com as metas é o lado bom”, afirmou Antonio. Por outro lado, a lei tem entre suas características o estímulo à privatização do saneamento. Se há um consenso da gravidade da falta de acesso à água e do insuficiente sistema de coleta e tratamento do esgoto, mas há um grande dissenso sobre a venda das companhias de saneamento estatais para a iniciativa privada. “A lei não foi pensada nos benefícios sociais, econômicos e ambientais. Ela tem o objetivo de estimular a participação do setor privado. Então, é uma lei voltada à privatização, muito mais do que à qualidade da prestação de serviços adequados à população”, afirmou o engenheiro. Após a aprovação do Marco Legal do Saneamento, vários Estados iniciaram o processo de entregar as empresas ou parte dos serviços para a iniciativa privada. Em São Paulo, por exemplo, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) foi privatizada por R$ 14,8 bilhões. A partir de setembro, a empresa terá a gestão já pela iniciativa privada. No Rio de Janeiro, o processo de venda da empresa pública que prestava o serviço, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), começou em 2021. Em Alagoas, a Casal (Companhia de Saneamento de Alagoas) ficou responsável apenas pela captação e tratamento da água,

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8 fotos da Rua Nova antigamente

Uma das mais tradicionais ruas do comércio recifense, a Rua Nova já abrigou até cinema e hospital. Ela já foi chamada de Rua Nova de Santo Antônio, de Rua Barão de Victória e de Rua João Pessoa, de acordo com a Fundaj. Apenas em 1937 é que retoma o nome antigo e que conhecemos atualmente. “Com fama de ser a mais importante rua comercial da cidade do Recife, compreende o trecho que vai da Praça da Independência (Pracinha do Diario) até a Ponte da Boa Vista. O surgimento do comércio a varejo, a presença de casas de modas e cinemas impulsionaram a atividade social na área. No dia 27 de julho de 1909, foi inaugurado o cinema Pathé, que possuía um salão de rosas e violetas. Comportava 320 pessoas e a entrada custava 1$000 réis. Existiam, ainda, os cinemas Royal e Vitória. Das 17h às 21h, funcionavam o Café Ruy e o Café Familiar, locais onde os estudantes se reuniam e iam tomar os famosos “sorvetes de neve”, na época em que o gelo vinha de fora”, escreveu Lúcia Gaspar, bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco. 1. Rua Nova, em 1910 (Acervo Benício Dias) 2. Rua Barão de Victória, antigo nome da via, repleta de bandeiras e com muitas pessoas (Acervo Josebias Bandeira) 3. Automóveis e guarda de trânsito na rua (Acervo Josebias Bandeira) 4. Destaque para o casario e sobrados (Acervo Josebias Bandeira) 5. Transeuntes e casa de comércio (Acervo Josebias Bandeira) 6. Postal com destaque para o transporte de tração animal e menção da Livraria Franceza (Acervo Josebias Bandeira) 7. Foto panorâmica da Rua Nova, 1910 (Acervo Benício Dias) 8. Destaque para o traçado da Companhia Ferro Carril e Pernambuco, em 1908 (Acervo Benício Dias)  

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Compesa anuncia investimento de R$ 650 milhões em obras de água e esgoto

O Governo do Estado, através da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), anunciou um investimento de R$ 650 milhões em melhorias no sistema de água e esgoto de Caruaru, no Agreste. Este aporte será aplicado ao longo dos próximos três anos, com o objetivo de garantir água de qualidade tanto para os residentes da zona urbana quanto para aqueles da área rural. No evento que marcou o anúncio do investimento, a governadora Raquel Lyra destacou que a chegada das águas do Rio São Francisco já trouxe benefícios significativos para Caruaru, incluindo a eliminação do rodízio para 60 mil pessoas na cidade. Esse avanço foi possível devido ao funcionamento da estação elevatória da primeira etapa da Adutora do Agreste, situada no distrito de Ipojuca, em Arcoverde, Sertão do Moxotó. O novo sistema de bombeamento triplicou o volume de água do São Francisco, beneficiando não apenas Caruaru, mas também seis outras cidades que anteriormente eram abastecidas pela Adutora do Agreste através do Sistema Moxotó, além de mais três municípios. Além dessas melhorias, está em andamento a construção de uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) em Caruaru, localizada no bairro Bela Vista, com uma capacidade de 200 litros por segundo. A conclusão da ETA está prevista para o segundo semestre deste ano e a nova unidade irá beneficiar os bairros de Cidade Alta, Adalgiza Nunes, Wirton Lira, Agamenon e Encanto da Serra, eliminando o rodízio e reforçando o abastecimento em Vassoural, Santa Rosa e Petrópolis.

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CREA-PE promove seminário sobre “O Futuro do Saneamento em Pernambuco”

O Crea-PE promoverá um seminário sobre “O Futuro do Saneamento em Pernambuco” no dia 13 de agosto, das 15h às 18h, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), no Recife. O evento, coordenado pelo Comitê Tecnológico Permanente (CTP) do Crea, reunirá profissionais, entidades e representantes da sociedade civil para discutir as metas e desafios do setor. O Governo de Pernambuco estabeleceu o objetivo de garantir 99% de cobertura de água potável e 90% de coleta e tratamento de esgotos até 2033, com investimentos significativos necessários para atingir essas metas. O seminário contará com palestras de especialistas que são referência na pauta, incluindo Leo Heller, ex-Relator Especial da ONU para Direitos Humanos à Água e Saneamento; Antonio Miranda, especialista em Gestão de Serviços de Água e Saneamento; Rodrigo Ribeiro, secretário de Projetos Estratégicos do Governo de Pernambuco; e Alex Campos, diretor-presidente da Compesa. A mediação ficará a cargo da engenheira civil e consultora Fernandha Batista. As discussões se concentrarão nos desafios e oportunidades da gestão do saneamento, especialmente considerando a possível privatização dos serviços. “A nossa expectativa é de que esse seminário seja de fato um marco no acompanhamento da modelagem, chamando a atenção de vários atores fundamentais que estão ausentes desse processo, contribuindo para a formulação desta política pública fundamental para a saúde e qualidade de vida da população pernambucana”, alerta Antonio Miranda, palestrante e coordenador do seminário. Segundo ele, “o Crea tem o máximo interesse em colaborar e em acompanhar de perto todo o processo”. No evento, o secretário Rodrigo Ribeiro vai trazer o posicionamento do Governo do Estado sobre esta questão. “O que o Governo está fazendo através da modelagem é manter a Compesa focada na produção e no tratamento da água, que carece de investimentos que se aproximam de R$ 10 bilhões para a universalização, e atrair a iniciativa privada privada para ampliar os investimentos na distribuição e na cobertura de esgotamento sanitário”, adianta Ribeiro. O presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, destaca que o seminário visa iniciar um movimento contínuo em Pernambuco, promovendo a participação ativa da sociedade e das entidades envolvidas no setor. A Compesa e o Governo do Estado enfrentam o desafio de investir R$ 23,6 bilhões para cumprir as metas estabelecidas, abrangendo todos os municípios e Fernando de Noronha. O evento é presencial, mas será transmitido também ao vivo pelo canal do YouTube do Crea-PE, TV Crea-PE.

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Semana Consciente promove debate e lançamento mural em Jardim São Paulo

A partir de hoje (7) começa a Semana Consciente. O projeto, idealizado pela artista plástica Beatriz Maciel, inaugura também o novo Mural da Praça do Cristo, no Bairro de Jardim São Paulo. A proposta nasceu do planejamento do seu projeto “Arte Consciente”, que contou com apoio da Associação dos Moradores da Praça do Cristo. O lançamento do mural, de 6 metros de extensão, representa os recifes de corais de Pernambuco, destacando a importância da reciclagem e conscientização ambiental. O painel utiliza materiais recicláveis doados pela própria comunidade para representar este cenário marítimo. O objetivo da artista com a instalação é fortalecer o debate ambiental e ressaltar a necessidade de finalizar as obras do canal de Guarulhos, localizado em frente a Praça do Cristo, para o bem estar das pessoas do bairro e da vida marinha. O evento foi contemplado nos Editais da Lei Paulo Gustavo Pernambuco e apoio financeiro do Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura do Estado via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal. O projeto oferecerá a seguinte programação: Quarta-feira (07/08)19h – Cine Consciência: Sessão debate com Documentário “Monte Verde é bem + que uma área de risco”Local: Rua Bragança 184- Jardim São Paulo Quinta-feira (08/08)19h – 21h: Oficina Sustentável:Confeccionar brincos feitos a partir de reciclagem com Tetrapack e retalhos de tecidosLocal: Rua Bragança 184- Jardim São Paulo Sexta-feira (09/08)16h- 17:30: Ação coletiva no MuralSerá realizada a pintura de garrafas que irão compor a estrutura do muralLocal: Praça do Cristo 19h- 21h: Oficina Sustentável UpcyclingConfecção de Ecobag feita com garrafa pet e crochê com Beatriz MacielLocal: Rua Bragança 184- Jardim São Paulo Sábado (10/08)Local: Rua Bragança 184- Jardim São Paulo16h – 21h: Exposição dos trabalhos feitos nas oficinas e sessões de cinema com filmes abordando meio ambientePara mais informações acessar: https://www.instagram.com/aguaviva.lpg

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Maior geomanta do Brasil ganha vida com arte urbana no Recife

A maior geomanta do Brasil, localizada na UR-1 no bairro do Ibura, Recife, está sendo transformada em um vibrante painel artístico através do Programa Mais Vida da Prefeitura do Recife. Com uma área de 10,2 mil metros quadrados, a geomanta protege cerca de 40 famílias e agora exibe uma obra que representa o dia e a noite, co-criada pela arquiteta Catarine Dias e o artista Almir Pedro. A intervenção, que inclui a revitalização de espaços de convivência, como a praça Criança Feliz e a criação de um novo mirante, visa reforçar o sentimento de segurança e pertencimento na comunidade, beneficiando diretamente 500 famílias. Além da arte urbana, o programa eliminou um ponto crítico de lixo na Travessa Dois Rios, substituindo-o por um espaço de convivência e lazer, próximo ao comércio local. A conscientização ambiental foi promovida com teatros educativos nas ruas, em parceria com a Unidade Socioambiental da Emlurb. A área também foi revitalizada com o plantio de árvores e a instalação de vasos com plantas ornamentais, tornando o ambiente mais agradável para todos. As intervenções contaram com participação ativa da comunidade e também com o apoio das Tintas Coral e Cimento Forte. O investimento total foi de R$ 488,7 mil. Além da execução do serviço, foram criadas ainda oficinas de cocriação e engajamento comunitário, como pintura, jardinagem e culinária sustentável.

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Velocidade no trânsito: quanto menor melhor, para todo mundo!

*Por Mário Neto Um dia desses, diante das imagens referentes a um acidente grave, registrado por câmeras de monitoramento na avenida Boa Viagem e que deixou seis pessoas mortas de forma violenta e instantânea, fiquei pensando o quanto a nossa vida está sempre por um fio. Nas imagens fortes, um veículo vem, em alta velocidade, em direção a uma árvore. Três segundos, todos vivos… dois segundos… ainda vivos e, provavelmente, em pânico… um segundo, último instante de vida… Colisão!… quase todos mortos e um agonizando (morreu em seguida)! Imaginei: “Meu Deus, como a velocidade pode ser fatal no trânsito!” Mas, vamos combinar, não é de hoje que todos nós sabemos que, quando o assunto é trânsito, não são apenas o álcool e a direção que não combinam. A velocidade também é inimiga do trânsito, em qualquer lugar do mundo. Não é à toa que a Organização Mundial da Saúde afirma que ultrapassar o limite de velocidade permitido é apontado como uma das principais causas de acidentes do mundo. O Relatório de Status Global de Segurança Viária da ONU, lá de 2018, já dizia que acidentes de trânsito eram a principal causa de morte de pessoas entre 5 e 29 anos e ainda, que perdíamos cerca de 1,35 milhão de vidas anualmente no trânsito mundial. E, isso deve ter crescido, já que o relatório apontava que não havia sido notado muito progresso na área. É fato que algumas exceções podem ser citadas, como um seleto grupo de cidades que, nos últimos anos, vêm adotando medidas para mudar essa triste realidade, procurando readequar os limites de velocidade em várias vias. Por exemplo, a partir de 2022, em países como o Reino Unido, todos os novos carros vendidos passaram a vir equipados com um dispositivo que impede que os motoristas excedam o limite de velocidade seguindo as regras de segurança viária da União Europeia. O limitador de velocidade, conhecido por ISA (Intelligence Speed Assistance), funciona por GPS e câmeras de reconhecimento de sinais que detectam o limite de velocidade do trecho que o veículo está percorrendo, emitindo um sinal para que o carro reduza a velocidade automaticamente. A expectativa é a de que, em 15 anos, o uso do novo dispositivo possa poupar cerca de 25 mil vidas no trânsito, por lá. Medidas semelhantes às tomadas na Europa vêm sendo experimentadas em diversas partes do mundo. Aqui no Nordeste brasileiro, por exemplo, em Fortaleza, no ano de 2018, foi implantada uma ação de readequação na Avenida Leste-Oeste, conhecida por ser a avenida em que mais ocorriam acidentes na capital. A velocidade máxima foi reduzida de 60 para 50km/h e, em apenas seis meses, o número de chamados para acidentes com vítimas foi reduzido em 84%. Além disso, verificou-se que o número de motoristas que excediam a nova velocidade era apenas de 2%. E, no Recife? Como está a questão do controle de velocidade, no trânsito? Uma nova fase de pesquisa iniciada em julho e que deve se estender até meados deste mês de agosto está (com radares móveis, aferindo a velocidade dos veículos), nas ruas, para entender o comportamento dos condutores. Nas fases iniciais, desde 2020, motociclistas são os que mais desrespeitam os limites de velocidade, no Recife, seguidos por veículos leves e pesados. Realizada em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, a pesquisa conta com metodologia da Johns Hopkins University, dos Estados Unidos, e apoio operacional da Universidade Federal do Ceará. A partir dos resultados obtidos será possível construir políticas públicas de segurança viária, baseadas em evidências para evitar os fatores de risco e, consequentemente, reduzir os sinistros de trânsito. Se faz urgente que a engenharia de trânsito trabalhe em torno de planejamento e implantação de projetos que levem à educação e respeito ao trânsito, induzam à adequação à velocidade, fiscalizem com rigor os abusos e punam de forma exemplar os infratores, criando uma cultura de disciplina, responsabilidade e obediência. E, em paralelo, quem tiver a consciência de quanto isso é importante, já praticar estas iniciativas, pelo bem de todos nós.

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