Arquivos Urbanismo - Página 3 de 92 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

Avançam obras de Estação de Tratamento de Esgoto no bairro do Cordeiro

Obra de saneamento beneficiará mais de 70 mil pessoas e contribuirá para o aumento da área saneada da cidade A prefeitura do Recife, através da Secretaria de Saneamento, segue em ritmo acelerado com as obras da estação de tratamento de esgoto (ETE) do Cordeiro, localizada na Avenida Maurício de Nassau, às margens do Rio Capibaribe. Com 40% dos trabalhos concluídos, o projeto faz parte do Sistema de Esgotamento Sanitário do Cordeiro (SES Cordeiro), que está recebendo um investimento de R$ 196 milhões. Além da estação, serão implantados 150 km de rede coletora e construídas seis estações elevatórias. “A implantação do SES Cordeiro vai aumentar a área saneada do Recife dos atuais 44% para 49%. A gente tá fazendo uma estação de tratamento, seis estações elevatórias e estamos assentando 80 km de tubo para conectar tudo que já tinha sido executado no passado”, explicou o secretário de Saneamento do Recife, George Scavuzzi. O projeto vai beneficiar mais de 70 mil pessoas em diversos bairros, como Cordeiro, Iputinga, Engenho do Meio, e outros. A ETE foi planejada para tratar até 410,6 L/s de esgoto doméstico. O esgoto gerado na área será coletado e bombeado para as estações elevatórias, que, por sua vez, enviarão os resíduos até o coletor tronco ou diretamente para a ETE Cordeiro. A obra da estação, juntamente com as seis estações elevatórias, está orçada em R$ 72 milhões. As obras do SES Cordeiro estão divididas em dois lotes. No Lote 1, com investimento de R$ 51,6 milhões, já foram concluídos 2,43 km de rede coletora. No Lote 2, que contempla outras unidades de esgotamento, foram executados 2,51 km de rede, totalizando um investimento de R$ 71,6 milhões.

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Candidatos mostram suas visões sobre o Recife que Precisamos

Série de encontros do projeto O Recife que Precisamos, promovidos pela CDL Recife, pela Rede Gestão e pela Algomais, recebeu os principais nomes do pleito municipal na capital pernambucana. *Por Rafael Dantas A capital pernambucana chega na reta final da campanha pela prefeitura. Nas últimas semanas, a Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife e a Revista Algomais receberam cinco candidatos, que fizeram suas propostas para os principais problemas da cidade e tiveram acesso às sugestões do projeto O Recife que Precisamos. Com perfis e trajetórias bem distintas, João Campos (PSB), Gilson Machado (PL), Dani Portela (PSOL), Tecio Teles (Novo) e Daniel Coelho (PSD) debateram nesses encontros sobre temas como a mobilidade, o Centro do Recife e a segurança pública. O projeto O Recife que Precisamos, uma iniciativa da Rede Gestão, da CDL Recife e da Revista Algomais, propõe desde 2012 prioridades estratégicas para o desenvolvimento da cidade, influenciando a implementação de importantes empreendimentos e políticas públicas municipais. Entre suas principais diretrizes estão: planejamento de longo prazo com foco nos 500 anos da cidade em 2037 (O Futuro), controle urbano e qualificação dos espaços públicos (A Cidade), melhorias na mobilidade urbana e incentivo aos deslocamentos a pé, de bicicleta e de transporte público (O Caminho), revitalização do Centro Histórico (A História), a transformação das margens do Rio Capibaribe em parques urbanos (O Rio) e o aproveitamento das oportunidades internacionais (O Mundo). SEGURANÇA PÚBLICA Uma temática que causa grande interesse dos candidatos foi a segurança pública. Dos cinco, apenas Dani Portela se posicionou contrária ao armamento da Guarda Municipal. O projeto O Recife que Precisamos apresentou dados que apontam a sensação de insegurança pública como um dos motivos que tornam o Centro menos atraente para a população. Tecio Teles afirmou ter sido o primeiro dos prefeituráveis a defender a pauta. Nessa agenda, ele sugeriu a separação dos agentes de trânsito e da guarda patrimonial. “Uma parte do efetivo fica dedicada a organizar o trânsito, enquanto a Guarda Municipal vai fazer a segurança do cidadão. Em recente decreto do Governo Federal, o Ministério da Justiça emitiu uma norma que aumenta a atuação da Guarda Municipal para que ela cada vez mais tenha o poder de polícia atuando como membro da segurança pública”, afirmou o candidato do Novo. Tecio disse ainda que a Guarda Municipal desarmada do Recife é motivo de chacota dos bandidos que circulam na cidade. O prefeito João Campos informou durante o evento o plano de promover treinamentos especializados e realizar o armamento do efetivo. “Fizemos um compromisso de começar o armamento gradual da Guarda Municipal, sem confundir o que é papel de polícia e o que é de guarda”. Ele sugeriu começar pelo Centro da cidade, com um Grupo Tático Operacional. “Faremos esse movimento, focando no patrimônio, olhando para as principais ruas, praças e corredores comerciais”. Em paralelo, o prefeito afirmou que avançará também no sistema integrado de videomonitoramento, com uso de inteligência artificial à disposição do efetivo que atuará na região. Além de também defender o armamento da guarda, como proposta adicional para combater a violência, Gilson Machado Neto destacou a necessidade de avançar no monitoramento por câmeras na cidade. O ex-ministro do Turismo prometeu ainda ampliar o efetivo da Guarda Municipal para 2,5 mil profissionais (atualmente é de 1,7 mil) e propôs um sistema tecnológico para mobilizar parte da sociedade no apoio à segurança. “Vamos criar um programa estratégico de qualificação dos profissionais que podem trabalhar nessa área e ajudar a prefeitura. Por exemplo, policiais aposentados, vigilantes, porteiros, motoristas de aplicativo serão todos cadastrados, terão um QR Code para ser fiscal da segurança." Dani Portela difere dos demais candidatos na pauta da segurança. Ela considera que combater a precariedade das condições de trabalho e melhorar a remuneração dos guardas municipais deve ser a prioridade. “Entendemos o conceito de segurança para além da atuação ostensiva. Armar uma parcela pequena da Guarda não resolve a questão. É um discurso fácil para uma questão complexa. A Guarda pode usar vários armamentos não letais. Ela tem um dos piores salários do País e não tem as mínimas condições de trabalho”. A candidata do PSOL propõe uma melhor estrutura para o trabalho da Guarda e uma ação integrada com o programa federal de Segurança Urbana. Daniel Coelho afirmou que entre todas as capitais brasileiras apenas o Recife não conta com guarda armada. Entre suas críticas, ele afirmou que os servidores concursados acabam deixando a atividade por ser pouco valorizada, tanto em termos de estrutura como de carreira. Sobre o Compaz, ele considera que não pode ser considerado como uma política de segurança. “O Compaz não funcionou como política de combate à criminalidade, mas como equipamento social, sim. A diferença da experiência de Medellín e do Recife é que o equipamento semelhante ao Compaz de lá foi feito com a reestruturação urbana das comunidades. No Alto Santa Terezinha [onde está localizada uma das unidades do Compaz], existem vários morros com lonas e toque de recolher. A intervenção urbana completa junto com ação social previne violência”. MOBILIDADE URBANA A requalificação da mobilidade urbana é uma das prioridades do projeto O Recife que Precisamos, invertendo a prioridade dos deslocamentos motorizados individuais para dar atenção aos pedestres, ciclistas e ao transporte público. Os candidatos mostram-se favoráveis ao estímulo do uso das bicicletas, mas abordaram propostas e preocupações bem distintas nos encontros. João Campos relatou os investimentos em calçadas, ciclovias e na entrega das primeiras pontes e pontilhões na sua gestão. Além de fazer esse balanço, o candidato do PSB à reeleição destacou que uma das prioridades será o avanço na integração da cidade com novas pontes, que ele considera ser um dos principais gargalos no trânsito da capital. Ele destacou ainda os aportes realizados em novas tecnologias na sinalização semafórica. Com o uso de semáforos adaptativos, as novas tecnologias em implantação devem beneficiar o fluxo dos veículos nos horários de pico. As intervenções na mobilidade, em especial na Avenida Agamenon Magalhães e na Avenida Conde da Boa Vista, foram criticadas pelo candidato do Novo. Ele avalia

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Crea Pernambuco realiza seminário sobre mobilidade e transporte público na RMR

O evento será realizado em 24 de setembro, das 14h às 18h, no auditório Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, com inscrições gratuitas e aberto ao público. Com o crescente congestionamento e desafios no transporte público, o Crea Pernambuco promove o seminário “Desafios da Mobilidade e do Transporte Público da RMR”. O evento contará com especialistas renomados, como Nazareno Affonso, do Instituto MDT, Matheus Freitas, presidente do Grande Recife Consórcio de Transportes, e a jornalista Roberta Soares. A proposta é debater soluções para o tráfego intenso e os problemas no sistema de transporte da Região Metropolitana do Recife (RMR), que recentemente foi apontada como a cidade mais congestionada do Nordeste. Nazareno Affonso apresentará o Sistema Único de Mobilidade Urbana (SUM), uma proposta que visa melhorar o transporte público com foco na mobilidade sustentável e de qualidade. Segundo o especialista, a falta de investimento adequado no transporte público tem agravado a situação nas grandes cidades. Roberta Soares, por sua vez, afirma que “é tão importante discutir esse tema e, principalmente, cobrar a prioridade viária para os ônibus nas ruas das cidades”, destacando o impacto do trânsito desorganizado no transporte coletivo. Matheus Freitas vai detalhar os investimentos em infraestrutura e tecnologia, que estão sendo utilizados para melhorar o transporte público na RMR, como o monitoramento em tempo real das rotas. O seminário será mediado por Oswaldo Lima Neto, especialista em mobilidade, que fará uma apresentação sobre os principais desafios enfrentados pelos usuários e operadores do transporte público na região. Serviço:

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O Recife que precisamos: caminhos para uma cidade parque sustentável

Projeto que propõe requalificação urbana, mobilidade humanizada e preservação histórica para enfrentar os desafios socioeconômicos e climáticos da capital pernambucana é apresentado aos prefeituráveis. *Por Rafael Dantas O que deve ser prioridade para a gestão da cidade nos próximos quatro anos? Essa é a pergunta que move diversos debates, pesquisas de opinião e a manifestação de muita gente a cada eleição. O Observatório do Recife e a CDL Recife, com apoio da Revista Algomais, têm promovido debates técnicos há mais de 20 anos para destacar propostas concretas e que estão além do tripé básico da educação, saúde e segurança, no projeto O Recife que Precisamos. No pleito municipal de 2024, os destaques estão para importantes intervenções urbanísticas e socioeconômicas nos bairros centrais e no aprofundamento do projeto Parque Capibaribe, com o objetivo de tornar a capital pernambucana uma Cidade Parque até 2037. O projeto tem sido discutido com candidatos à Prefeitura do Recife desde as eleições de 2012. Os cinco eixos iniciais foram o futuro (em referência à necessidade de planejamento de longo prazo), a cidade (destacando a urgência no controle urbano), o caminho (numa proposta humanizada de mobilidade), a história (propondo a preservação do nosso patrimônio) e o rio (sugerindo um olhar sobre o Capibaribe como um vetor fundamental para o desenvolvimento sustentável urbano). A partir de 2020 entrou nessa agenda o eixo mundo (diante do fato de o Recife ser um hub diplomático). Confira a seguir as principais propostas sugeridas nesses encontros com os prefeituráveis por O Recife que Precisamos. Essa agenda para o desenvolvimento sustentável da cidade foi construída a partir de workshops, caminhadas e estudos acadêmicos realizados nos últimos anos. GESTÃO DO CENTRO E INVESTIMENTOS OPORTUNOS Os bairros centrais e históricos do Recife sempre foram alvos de uma atenção especial do projeto. Com a criação do Gabinete do Centro, o Recentro, e com iniciativas de reativação desse território, como o Viva Guararapes e a requalificação de algumas vias e espaços notáveis, as propostas iniciais começaram a ser atendidas pelo poder público. “É preciso potencializar a experiência bem-sucedida da gestão territorial do Centro com a incorporação da dimensão do planejamento de longo prazo como direcionador da ação, inclusive com a definição de projetos estratégicos orçamentados a serem coordenados pelo Gabinete do Centro”, sugeriu o sócio da TGI Consultoria, Francisco Cunha, acerca do Recentro. Além dos investimentos municipais, nos últimos anos, os bairros do Recife, de São José e Santo Antônio começaram a receber empreendimentos privados de grande porte. Uma das âncoras desse novo ciclo de investimentos é o Novotel Marina Recife, que trouxe junto um Centro de Convenções para uma área amplamente degradada da cidade. As sugestões de O Recife que Precisamos dialogam com os avanços dos últimos anos e das oportunidades que esses novos empreendimentos estão trazendo ao território. Neste sentido, uma proposta objetiva do projeto é a requalificação da área que fica entre o novo Hotel Marina e o Centro de Convenções, de um lado, e do Mercado de São José, que já está em reforma. Nesse investimento estaria incluído o reordenamento do Mercado de Santa Rita, que foi desvirtuado de seus objetivos originais. Essa região entre as duas âncoras (o hotel e o mercado) hoje é ocupada principalmente por estacionamentos irregulares. AVENIDAS GUARARAPES, DANTAS BARRETO E CORREDOR DO COMÉRCIO Há um pedido da classe empresarial pela revitalização de outros eixos desses bairros centrais. O principal deles, atualmente, é a Avenida Guararapes. “No Centro tivemos um grande exemplo de reforma e requalificação que foi a Avenida Conde da Boa Vista. Hoje é uma via muito organizada. Foi feita a mudança e ela permaneceu. Atualmente, uma das regiões que nos preocupa é a Avenida Guararapes, que é um espaço público estratégico, mas mal utilizado”, afirma Fred Leal, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife. Antigo cartão postal da cidade, a Avenida Guararapes foi abandonada nas últimas décadas, perdendo seu protagonismo de centro econômico. Há importantes investimentos anunciados recentemente, como a chegada do IFPE ao Trianon e mesmo a prometida reforma do antigo prédio do Diário de Pernambuco. Há ainda importantes discussões de retrofit nas proximidades da avenida para uso de moradia, um antigo pleito para a região. A proposta registrada pelo O Recife que Precisamos é reabilitar a Avenida Guararapes e o seu entorno por intermédio da viabilização da moradia nos prédios desocupados, de modo a fazer retornar o dinamismo histórico da via e da região polarizada por ela. Em relação à moradia, um dos pontos de preocupação mais recente é o aumento da população em situação de rua. Uma das pautas do projeto é o avanço da política de acolhimento, considerando cada caso individualmente, com estreita articulação dos agentes envolvidos. Além da questão da habitação, há uma proposta pelo ordenamento da distribuição de alimentos. Em continuidade a essa reabilitação do Centro, Fred Leal destaca dois outros eixos de alto interesse do setor. “Associada à Avenida Guararapes, defendemos ser muito importante a abertura da Avenida Dantas Barreto até a Bacia do Pina, sem esquecer do Corredor do Comércio”, afirmou Fred Leal, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife. A abertura da Dantas Barreto até o atual Cais José Estelita é um projeto antigo que sempre esbarrou nas linhas da Rede Ferroviária. No entanto, neste ano, a Prefeitura do Recife conseguiu um acordo com a Advocacia-Geral da União para incorporar a área do desativado Pátio Ferroviário das Cinco Pontas ao projeto de requalificação do terreno dos armazéns no Cais José Estelita. “Essa abertura e a requalificação poderá transformar a Avenida Dantas Barreto, uma ‘ferida’ urbanística histórica, numa espécie de ‘sutura’ do território pela via da trajetória temporal dos séculos na cidade (Século 16 ao Século 21) até a sua ‘chegada’ na frente d’água da Bacia do Pina na Praça dos 500 Anos do Recife”, sugere o consultor Francisco Cunha. A praça é um projeto sugerido pelo O Recife que Precisamos. A referência dos diferentes séculos se dá pelo fato dessa via integrar diversos pátios e praças que dialogam com os principais momentos da história

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Mudanças climáticas podem agravar os problemas de segurança alimentar

A relação entre fome e mudanças climáticas foi aprofundada por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), durante debates recentes sobre segurança alimentar e nutricional. A professora Rosana Salles da Costa, coordenadora do Instituto de Nutrição Josué de Castro da UERJ, destacou como a insegurança hídrica, uma consequência das mudanças climáticas, pode diminuir o acesso a alimentos saudáveis. Segundo ela, a redução da qualidade e quantidade de água prejudica áreas de cultivo e, consequentemente, o abastecimento de alimentos para a população. Além disso, o aumento dos preços dos alimentos, causado pela diminuição da produção, também foi discutido. A professora enfatizou a necessidade de políticas públicas eficazes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e melhorar a segurança alimentar, através de ações coordenadas entre os diferentes níveis de governo. A segurança alimentar está relacionada ao direito a uma alimentação adequada, enquanto a insegurança alimentar se manifesta quando esse direito não é garantido em termos de quantidade ou qualidade. No Brasil, a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) classifica a insegurança em três níveis: leve, moderada e grave. A insegurança alimentar grave, que reflete a fome, é particularmente alarmante, afetando famílias que frequentemente passam o dia sem comer ou fazem uma única refeição diária. Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostram que 10,8% dos lares chefiados por mulheres enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave, em comparação com 7,8% dos lares chefiados por homens. A pesquisa também revela que 74,6% dos lares com insegurança alimentar grave são liderados por pessoas pretas e pardas. A professora Rosana Salles da Costa observou que os lares chefiados por mulheres, especialmente mulheres negras, são os mais afetados. O estudo incluiu a apresentação de dados preliminares de pesquisas da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), além de novas ferramentas como o aplicativo VIGISAN e a plataforma FomeS. Essas ferramentas, financiadas por diversas instituições, fornecem dados essenciais sobre mudanças climáticas, insegurança alimentar, insegurança hídrica, saúde e estado nutricional infantil.

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CASACOR PE 2024 abre no Edf. Palazzo Itália, no Bairro do Recife, neste sábado (14)

Maior mostra de arquitetura e design de Pernambuco reúne 34 ambientes e estará aberta ao público até 3 de novembro A 37ª edição da CASACOR PE começa neste sábado, 14 de setembro, no Edf. Palazzo Itália, localizado no Bairro do Recife. O evento promete atrair turistas e moradores da região ao apresentar 34 ambientes, entre quartos, salas, cozinhas e estúdios, todos distribuídos em uma área de 2.500m². Os ingressos já estão disponíveis e custam R$ 90 (inteira), com opções de meia-entrada e ingresso social. A mostra, que vai até 3 de novembro, funcionará de terça a sábado, das 14h às 22h, e aos domingos e feriados, das 11h às 19h. O tema deste ano, "De presente, o agora", convida o público a refletir sobre a importância de desacelerar e viver o momento. Carla Cavalcanti, uma das diretoras da CASACOR PE, destaca a relevância de movimentar o histórico Bairro do Recife mais uma vez. “Ficamos felizes em dar luz a outro prédio do nosso rico casario histórico do Bairro do Recife”, afirma. Além de explorar a exposição, os visitantes também poderão aproveitar operações de gastronomia e lazer, como o restaurante Cá-Já, o Kisu Sushi Bar e o Borsoi Café, com acessos gratuitos e independentes da mostra. Uma das grandes homenagens desta edição será à arquiteta Janete Costa, cujo ambiente foi projetado por seu filho, Mário Santos. Outras homenagens serão feitas ao pintor pernambucano Montez Magno e ao escultor Abelardo da Hora, que teria completado 100 anos em 2024. A curadoria da CASACOR PE 2024 traz uma mescla de talentos locais e nacionais, com a participação de jovens arquitetos e designers ao lado de nomes já consagrados do setor, criando uma diversidade de estilos e vivências. A CASACOR PE faz parte de um circuito nacional com edições em vários estados do Brasil, além de franquias internacionais. O evento é uma oportunidade única para quem deseja mergulhar no universo da arquitetura, decoração e paisagismo, além de oferecer uma rica experiência cultural no coração do Recife Antigo. Serviço – CASACOR PE 2024

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Acordo entre AGU e Prefeitura sobre Pátio Ferroviário abre caminho para parque público

Decisão judicial encerra disputa sobre limites do terreno e garante recuperação de patrimônio histórico ferroviário no Recife Um acordo entre a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Prefeitura do Recife, homologado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), põe fim a uma disputa judicial envolvendo o Pátio Ferroviário das Cinco Pontas, no Cais José Estelita. A conciliação, realizada em 10 de setembro, permite a construção de um parque público no local e prevê a preservação do patrimônio ferroviário. O processo judicial, iniciado em 2022, envolvia os limites da área leiloada ao Consórcio Novo Recife. O acordo, homologado pelo corregedor regional da 5ª Região, desembargador federal Leonardo Carvalho, em conjunto com o juiz auxiliar Bruno Carrá, determina que o consórcio invista R$ 21 milhões na recuperação de estruturas históricas como oficinas de locomotivas, areeiro, caixa d’água e tanque de combustível. Além disso, o consórcio indenizará a União em R$ 900 mil, regularizando a área que será de uso público, mas de propriedade privada. A área em questão, com 55,6 mil metros quadrados, corresponde a um terço do antigo terreno da Rede Ferroviária Federal, extinta em 2007. O Pátio Ferroviário, que contém construções datadas de 1858, foi incluído em 2015 na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário pelo Iphan. Os outros dois terços da área foram leiloados em 2008, onde atualmente está em construção o projeto imobiliário Novo Recife. Segundo o procurador regional da União na 5ª Região, Jefferson Vieira, o acordo é uma solução equilibrada que atende "tanto aos interesses do patrimônio público quanto à preservação da memória ferroviária do país." Com a homologação, as intervenções urbanísticas e a preservação do patrimônio devem começar nos próximos meses, transformando o Pátio Ferroviário em uma área de convivência pública no centro do Recife.

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12 anos de um projeto do qual o Recife mostrou precisar muito

Este ano, exatamente no período da campanha eleitoral, o projeto O Recife que Precisamos completa 12 anos de existência, perfazendo quatro edições sucessivas (2012, 2016, 2020 e 2024). Tudo começou quando a cidade do Recife inaugura o Século 21 como a capital mais violenta do País. Nós que militávamos na cidadania empresarial, mais precisamente no Instituto Ação Empresarial pela Cidadania, resolvemos fundar, em 2008, o Observatório do Recife (ODR) cujo lema foi “cidadania com atitude”. O objetivo do ODR era pesquisar e organizar os principais indicadores da cidade para tentar entender o que estava acontecendo. Enquanto promovia diversas rodadas anuais de indicadores, o ODR resolveu criar também as caminhadas Olhe pelo Recife com o objetivo de ampliar o conhecimento in loco dos problemas da cidade. Depois de várias rodadas de indicadores e diversas caminhadas realizadas, com a participação de centenas de caminhantes, o Observatório, em parceria com a revista Algomais, resolveu lançar o projeto O Recife que Precisamos e eu fui convidado para ser o seu relator. Começamos ouvido diversos especialistas sobre a realidade do Recife e debatendo com eles. O resultado de cada uma dessas discussões foi reportado pela Algomais de modo a que, quando do início da campanha eleitoral, foi possível apresentar aos candidatos à prefeitura do Recife a síntese do projeto que focava cinco eixos propositivos, para além dos inevitáveis Saúde, Educação e Segurança: 1. O Futuro (restabelecimento do planejamento de longo prazo da cidade para além do período de mandato de uma gestão, tirando proveito do fato de o Recife ser a primeira capital brasileira a completar 500 anos em 2037 – descoberta feita durante a discussão do projeto). 2. A Cidade (retomada do controle e do ordenamento urbano da cidade com qualificação do espaço público como ambiente privilegiado para a vida ao ar livre e para o enfrentamento da desigualdade). 3. O Caminho (inversão da pirâmide tradicional da mobilidade urbana, abrindo caminhos para os outros modos de deslocamento – a pé, de bicicleta e por transporte público – além da melhoria da engenharia de trânsito para o transporte motorizado). 4. A História (retomada da atenção da administração municipal para o centro da cidade com o objetivo de reverter o longo processo de decadência e degradação por intermédio de uma gestão territorial eficaz e de um plano estratégico de longo prazo). 5. O Rio (retomada da relação histórica da cidade com o seu principal rio, transformando suas margens em parques que possam ser usufruídos pela população favorecendo a mobilidade ativa – a pé e de bicicleta). Após a apresentação aos principais candidatos à prefeitura do Recife, o projeto recolheu contribuições da população por meio de uma animada consulta pelas redes sociais. Assim que o prefeito eleito assumiu, as instituições que participaram das discussões, com o Observatório do Recife e a Algomais à frente, marcaram uma audiência e entregaram o projeto atualizado em reunião com o secretariado recém-empossado. Ao longo da gestão que então se iniciava e nas seguintes, já que o projeto foi atualizado e apresentado nas campanhas eleitorais posteriores, várias das sugestões detalhadas foram sendo implementadas e acompanhadas pela coordenação, a exemplo do Plano Recife 500 Anos, da melhoria das calçadas, da expressiva ampliação da rede cicloviária, da implantação das faixas azuis (exclusivas para o transporte público), do projeto Parque Capibaribe, da gestão territorial do Centro do Recife. Inclusive, o próprio projeto inicial, quando da versão 2020, incluiu mais um eixo temático (o Mundo), levando em consideração a “descoberta” de que o Recife é o segundo maior hub diplomático do Brasil (depois da cidade de São Paulo) com a presença na cidade de mais de 40 representações diplomáticas, o que se constitui numa grande oportunidade de intercâmbio. Hoje, 12 anos depois, é possível dizer que o projeto O Recife que Precisamos cumpriu e continua cumprindo o importante papel de funcionar como instância repositória de conteúdo relevante para o futuro da cidade, acompanhado por uma instância de fora da administração pública municipal, chamando sua atenção para o que não deve deixar de ser lembrado. Na atual versão, o projeto conta, além da contribuição original do Observatório do Recife e do apoio editorial da Algomais, do suporte da Rede Gestão e da da CDL Recife que acolhe o projeto, apresentando-o na sua versão 2025, para os principais candidatos na eleição 2024. E aqui, para finalizar, aproveito para um spoiler: na edição da próxima semana, a reportagem de capa da Algomais, trará uma abordagem enfocando os conteúdos da mais recente versão do projeto O Recife que Precisamos e de sua recente apresentação aos candidatos a prefeito na sede da CDL Recife. Até lá! *Por Francisco Cunha, consultor da TGI e sócio da Algomais

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Diario de Pernambuco passará por restauração em edifício histórico

Fundarpe e governo do estado de Pernambuco iniciam projeto para revitalizar o patrimônio na Praça da Independência O governo do estado de Pernambuco, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), deu início ao processo de restauração do edifício histórico que abrigou a antiga sede do Diario de Pernambuco, localizado na Praça da Independência, no Recife. A empresa Jorge Passos Arquitetura e Restauração foi contratada para atualizar o projeto de preservação, que deverá ser concluído em até cinco meses. A iniciativa visa revitalizar o imóvel, respeitando e preservando seus elementos artísticos e arquitetônicos. A intervenção inclui a recuperação das fachadas, cobertura, e dos ambientes internos e externos do edifício, que é tombado pelo Governo de Pernambuco. Com um investimento de R$ 170 mil no estudo técnico, o projeto detalhará os materiais e equipamentos necessários para a execução das obras, que têm como objetivo devolver à população um patrimônio cultural significativo. A atualização do projeto é um passo essencial para garantir que o edifício seja restaurado de forma adequada, mantendo sua relevância histórica. Renata Borba, presidente da Fundarpe, ressaltou a importância da parceria com o governo estadual para a preservação do patrimônio. "A restauração do Diario de Pernambuco não só preserva a nossa história, mas também marca um importante passo para a revitalização do centro do Recife. Este projeto demonstra o compromisso do governo em dinamizar a capital pernambucana, unindo preservação histórica e desenvolvimento urbano", afirmou Borba.

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O desafio para ofertar água e tratamento de esgoto em Pernambuco

Embora haja um consenso no Brasil de que o Marco Legal do Saneamento tenha como mérito estabelecer metas para a universalização dos serviços, há divergências sobre como a iniciativa privada deve atuar nesse processo. *Por Rafael Dantas O saneamento de Pernambuco vive uma situação dramática e crônica. Embora 96% da população esteja conectada ao sistema de abastecimento de água, 4,3 milhões de pessoas convivem há décadas com rodízios. Algumas cidades do interior, como Exu, no Sertão do Araripe, contam apenas com dois dias de água por mês. A cobertura de coleta e tratamento de esgoto no Estado é ainda muito pior: apenas 30%, segundo dados da Compesa. Esses números cobrem somente as áreas urbanas. Diante da escassez hídrica e das deficiências nas estruturas de distribuição de água, a situação de abastecimento é crítica mesmo em cidades com intensa atividade econômica. Segundo informações da Compesa, em Santa Cruz do Capibaribe, um importante centro de confecções, o fornecimento de água é limitado a apenas cinco a cada 25 dias. Da mesma forma, em São Bento do Una, um gigante polo avícola, com significativa produção de aves e ovos, a disponibilidade de água é restrita a quatro dias, enquanto as torneiras permanecem secas por 26 dias. “Esse é um drama com o qual o pernambucano aprendeu a conviver. As pessoas vivem em regime de conservação de água. Quase todo o Estado de Pernambuco está em regime de rodízio. Pouquíssimas cidades têm água 24 horas por dia”, afirmou o presidente da Compesa, Alex Machado Campos, em seminário realizado pelo Crea-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco). Enquanto a média nacional de disponibilidade de recursos hídricos é de 35 mil metros cúbicos de água por habitante por ano, em Pernambuco a média é de apenas 1.270 metros cúbicos por habitante por ano. “Estamos abaixo do que a ONU considera como índice aceitável que é 1.500 metros cúbicos por habitante por ano”, alertou Campos. Como a pressão social por acesso à água é muito maior do que pela estruturação das redes de esgoto, os investimentos ao longo dos anos foram mais focados em distribuição. Para se ter ideia, na Região Metropolitana do Recife, após 11 anos da PPP (parceria público-privada) do Saneamento, a cobertura de esgotos é ainda de apenas 38%. Em 2013, eram 30%. Após a aprovação do Marco Legal do Saneamento, em 2020, Pernambuco (e todo o País) começou uma corrida contra o tempo para atingir metas ousadas de universalização desses serviços até 2033. A lei estabeleceu como alvo atingir 99% do acesso à água – sem sistemas de rodízios – e 90% de conexão à rede de coleta e tratamento de esgotos. Entre 2019 e 2023, Pernambuco recebeu investimentos de R$ 11,6 bilhões no setor. Aproximadamente um terço desse valor veio da BRK Ambiental, na PPP do Saneamento da RMR (Região Metropolitana do Recife). Porém, o secretário-executivo de Parcerias e Projetos Estratégicos do Governo do Estado, Marcelo Bruto, revelou que para atingir a meta são necessários ainda R$ 30 bilhões de investimentos. “A Compesa só nos últimos anos captou mais de R$ 3 bilhões, de diferentes fontes, para executar nos próximos anos. Está estudando PPPs para o sistema de produção de água. Só na parte de produção e segurança hídrica, mais a PPP da RMR, temos mais de R$ 10 bilhões para serem feitos de investimentos nos próximos 10 anos. Além disso, há o desafio do saneamento rural, que é outro investimento forte que o Estado precisa continuar fazendo”, elencou Marcelo Bruto. Há cerca de R$ 900 milhões captados para o saneamento rural. O presidente da Compesa lembrou que os prazos e metas do contrato com o parceiro privado da PPP do Saneamento na RMR, assinado em 2013, não coincidem com aqueles estabelecidos no Marco do Saneamento. Nesse cenário, ele prometeu ir para uma “grande repactuação com a BRK a fim de que a gente possa restabelecer o reequilíbrio na PPP, uma vez que vai ter muito recurso público investido em esgoto”. MARCO DO SANEAMENTO ESTIMULA PRIVATIZAÇÕES O Marco Legal do Saneamento, elaborado em 2020, sendo uma atualização da Política Federal de Saneamento Básico, de 2007, recebe elogios e críticas dos especialistas do setor. A grande contribuição dessa lei, na avaliação do engenheiro Antonio Miranda, membro do Comitê Técnico Permanente do CREA-PE, foi o estabelecimento das metas. Antes, cada Estado ou município aportava investimentos nessas infraestruturas a depender da disponibilidade, sem parâmetros razoáveis ou prazos. “Esse marco legal estabeleceu metas porque, até então, as ‘Compesas’ e serviços municipais trabalhavam da seguinte forma: eu vou fazer o que eu posso, no prazo que eu conseguir e com o dinheiro que tiver. Não tinham obrigações. Era fazer o melhor possível e ponto final. Trazer uma obrigação com as metas é o lado bom”, afirmou Antonio. Por outro lado, a lei tem entre suas características o estímulo à privatização do saneamento. Se há um consenso da gravidade da falta de acesso à água e do insuficiente sistema de coleta e tratamento do esgoto, mas há um grande dissenso sobre a venda das companhias de saneamento estatais para a iniciativa privada. “A lei não foi pensada nos benefícios sociais, econômicos e ambientais. Ela tem o objetivo de estimular a participação do setor privado. Então, é uma lei voltada à privatização, muito mais do que à qualidade da prestação de serviços adequados à população”, afirmou o engenheiro. Após a aprovação do Marco Legal do Saneamento, vários Estados iniciaram o processo de entregar as empresas ou parte dos serviços para a iniciativa privada. Em São Paulo, por exemplo, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) foi privatizada por R$ 14,8 bilhões. A partir de setembro, a empresa terá a gestão já pela iniciativa privada. No Rio de Janeiro, o processo de venda da empresa pública que prestava o serviço, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), começou em 2021. Em Alagoas, a Casal (Companhia de Saneamento de Alagoas) ficou responsável apenas pela captação e tratamento da água,

O desafio para ofertar água e tratamento de esgoto em Pernambuco Read More »