Arquivos Urbanismo - Página 51 de 93 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

Requalificação da Praça da Várzea começa nesta quarta

Da Prefeitura do Recife O prefeito Geraldo Julio autorizou o início das obras de recuperação da Praça Pinto Dâmaso, conhecida como Praça da Várzea, com orçamento de R$ 285 mil. Os serviços contemplam uma requalificação completa do espaço de lazer, que é um importante ponto de lazer e de exercícios físicos para os moradores, além de integrar o circuito de Jardins Históricos de Burle Marx, paisagista responsável pelo desenho de diversos espaços públicos da cidade. As obras serão iniciadas na próxima quarta-feira (5) e ficarão a cargo da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb). O prefeito aproveitou a visita para vistoriar três obras de contenção encosta na parte alta do bairro. “Será uma reforma grande aqui na Praça da Várzea, com quase R$ 300 mil de investimentos. Vamos recuperar toda a quadra esportiva, as calçadas, a iluminação, será uma transformação grande neste local. Esta é mais uma das 1.500 obras que vamos realizar neste ano de 2020 apesar da pandemia”, destacou o prefeito Geraldo Julio. Serão executados os serviços de recuperação do alambrado da quadra, além de pintura e demarcação; dos passeios e áreas comuns com piso em concreto; do playground; dos canteiros e gramado; redefinição do gradil; acessibilidade; colocação de protetor de gramado; e pintura geral, com impermeabilização do telhado do abrigo e parada de ônibus. ENCOSTAS - O prefeito aproveitou a ida à Praça da Várzea para também vistoriar uma obra de contenção de encostas na comunidade de Rosa Selvagem, no mesmo bairro. A localidade está recebendo serviços na rua João Carneiro da Cunha. Os trabalhos, resultado de um investimento na ordem de R$ 5 milhões, foram iniciados em novembro de 2019 e beneficiarão mais de 12 mil pessoas que moram no local, além das pessoas que circulam. “Essa é uma das maiores obras de contenção de encosta já executadas na cidade e de grande importância para Rosa Selvagem. Estamos aqui com estes serviços garantindo o acesso à comunidade, onde moram mais de 12 mil pessoas. Era uma obra que a população esperava há muito tempo e agora está se tornando realidade”, lembrou Geraldo. As obras incluem drenagem, tela argamassada, construção de muro de arrimo, escadaria e instalação de corrimão. A via também será beneficiada com serviço de pavimentação. Com isso, os moradores ganham em segurança e acessibilidade, já que uma parte da rua havia cedido por conta da erosão, impedindo a passagem de veículos de grande porte, como ônibus. A intervenção na rua João Carneiro da Cunha está sendo executada pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB) e conta com o trabalho de cerca de 50 colaboradores e tem previsão para ser finalizada no final de setembro deste ano. Um dos trabalhadores é Cícero José de Holanda, operador de trator, que está contratado há cerca de quatro meses e se diz muito satisfeito e orgulho em poder ajudar o Recife desta maneira. “Primeiro eu estou feliz porque estou trabalhando mesmo nesse tempo difícil, com esta pandemia. Isso é uma ajuda muito grande para mim e outros pais de famílias que trabalham aqui, porque se não fosse isso, não sei como seria”, disse. “Além disso, a gente tá fazendo essa obra com muito cuidado e carinho, já que a gente sabe que vai ajudar muitas pessoas nesse bairro”, acrescentou. O prefeito vistoriou ainda os trabalhos na rua Expedicionário Alcebíades da Cunha. O investimento na ordem de R$ 400 mil possibilitou serviços de drenagem, tela argamassada, construção de muro de arrimo e escadaria, que beneficiarão diretamente cerca de 40 famílias. A previsão para conclusão é a primeira quinzena de agosto. Outra importante intervenção vistoriada pelo prefeito na comunidade foi iniciada na semana passada, na rua Professor Otávio Tavares. As obras incluem drenagem, tela argamassada, muro de arrimo e pavimentação em paralelo e têm um orçamento de R$ 970 mil. Os trabalhos serão concluídos em novembro de 2020 e contemplação diretamente cerca de 50 famílias.

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Guilherme Leiva: "O transporte público é um instrumento de equidade social"

Em meio à maior crise dos transportes do Brasil, a pandemia apenas expôs as dificuldades crônicas do setor que é fundamental para uma mobilidade urbana mais saudável para as cidades e sustentável. O coordenador do departamento de Engenharia de Transportes do Cefet-MG, Dr. Guilherme de Castro Leiva, afirma que caso o País tivesse sistemas de maior qualidade, o poder público poderia ser mais assertivo no isolamento social, por exemplo. Para além do atual momento de enfrentamento do novo coronavírus, ele defende que o transporte público é um dos caminho para promover maior inclusão social, menor número de acidentes e desenvolvimento de economias locais. Confira a entrevista concedida ao jornalista Rafael Dantas. . Diante da Pandemia muitos problemas históricos se mostraram mais evidentes. Um deles foi o transporte público, com as aglomerações que dificultam o enfrentamento da atual crise sanitária. A partir dos problemas mais visíveis agora, você acredita em alguma transformação no transporte público?  Com a pandemia percebemos a necessidade de construir um transporte público de qualidade. O transporte público de qualidade permitiria aos gestores públicos ações mais assertivas de isolamento social, bem como de retomada das atividades. Enquanto um transporte público desvalorizado reduz a eficiência de intervenções e aumenta a dependência do automóvel. Isso reforça a exclusão social e prejudica a construção de uma cidade mais democrática. A prioridade ao transporte público liberaria parte considerável do sistema viário para consolidação de espaços públicos de convivência e circulação de modos ativos de transportes (a pé, bicicletas, patinetes etc.), bem como de áreas verdes para a população. Hoje, em período de isolamento, observamos a falta que esses espaços fazem para a saúde da população e da cidade. . Quais seriam as principais tendências? A tendência atual não é das mais animadoras. Observa-se uma busca por desqualificar os serviços de transporte coletivo, julgando-os inseguros quanto à contaminação da Covid-19. Essa postura promove uma supervalorização dos modos individuais motorizados, especialmente automóvel e motocicletas, que poderão no curto prazo aumentar o problema da mobilidade urbana nos centros urbanos. É preciso compreender que o transporte público é um instrumento de equidade social e, bem gerenciado, uma potente ferramenta no auxílio da gestão da pandemia. Transporte público de qualidade significa maior inclusão social, menor número de acidentes, desenvolvimento de economias locais, ou seja, cidades mais ativas e sustentáveis. . Para o melhor funcionamento das cidades uma das questões que estão sendo colocadas em relação ao transporte é a tentativa de flexibilizar de algumas atividades, reduzindo assim a pressão sobre os horários de pico. Isso contribuiria para uma melhoria na mobilidade? Há alguma experiência no exterior bem sucedida neste sentido? Essas ações são extremamente bem-vindas não somente pelo fato de evitar aglomerações, em especial no embarque de desembarque de passageiros, pois observa-se controle do número de passageiros dentro dos veículos em diversas cidades, mas também para a melhor utilização da capacidade do serviço. Em horários de baixa demanda o transporte público trabalha de forma ociosa, o que aumenta o custo do serviço, consequentemente, a tarifa. A flexibilização da jornada de trabalho, bem como de atividades, já ocorre em várias cidades do mundo. Experiências indicam que essas ações, além de melhorar a operação do transporte, garantem a vitalidade e a segurança do espaço urbano, uma vez que a cidade amplia a circulação de pessoas em períodos do dia, até então pouco aproveitados. Quais as possibilidades do poder público qualificar a mobilidade urbana das grandes capitais, de modo a construir um "novo normal" melhor que o antigo nesse setor? Há primeiro que compreender que o fenômeno que passamos reforçam a necessidade de se pensar no coletivo. Vivemos uma época de individualismo exacerbado, o que afasta as pessoas e polariza as relações. Esse processo de segregação impede que pessoas de diferentes classes sociais troquem experiências e criem oportunidades de melhoria de forma conjunta. Para romper com esse “ciclo vicioso” é preciso enfrentar a questão do financiamento do serviço. Durante a pandemia ficou escancarada a inviabilidade do modelo em vigor, em que somente os usuários que utilizam esses modos financiam o serviço (salvo alguns raros casos), o que penaliza o usuário, em geral de baixa renda, que tem que arcar com as altas tarifas. Municípios e empresas operadoras em momentos como este ficaram reféns do aspecto econômico e, consequentemente, limitados na oferta de um serviço de qualidade que garantisse a segurança dos usuários quanto ao contágio da Covid-19. Entendemos que a sociedade como um todo deve contribuir para a qualidade do transporte público. Um bom transporte público traz benefícios para todos, inclusive aos usuários dos automóveis, que passam a ter vias menos congestionadas e uma melhor gestão do sistema viário. . O segundo aspecto é pensar no planejamento associado à cidade. Pensar a partir das centralidades locais e regionais e somente depois na valorização das longas distâncias. É preciso conceber uma rede de transporte que garanta o acesso ao comércio local de bairros, com linhas circulares, de menores distâncias e mais baratas de forma a incentivar os usuários e promover a diversidade de atividades urbanas. Em seguida a relação dos bairros entre si, com linhas perimetrais, incentivando a economia e o desenvolvimento entre-bairros. Por último, em função da alta concentração e especialização do espaço urbano, pensar nas viagens de longas distâncias com destino ao centro principal. O objetivo é reduzir gradativamente a dependência da centralidade principal. Isso sempre dando prioridade ao transporte público no sistema viário. Ao conceber os serviços nessa estrutura, relacionando transporte e uso do solo, e com financiamento do serviço pela sociedade, permitindo o acesso do serviço a grande número de excluídos da mobilidade, acredita-se na viabilidade de construção de uma “nova mobilidade”. Uma mobilidade que devolva a cidade aos seus habitantes, garantindo a segurança de circulação e permanência, além de mais democrática, com a participação e utilização dos serviços por toda a sociedade. . LEIA TAMBÉM    

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Primeiro Laboratório de Inovação apresenta soluções para a cidade

O Laboratório de Inovação - Edição Julho sem Plástico, realizado pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria Executiva de Inovação Urbana do Recife, concluiu sua primeira etapa no último domingo (26/07). Após uma semana de Ciclos de Conversas sobre pautas como inovação, tecnologia, sustentabilidade e cidades; e uma Jornada de Trabalho que durou o final de semana inteiro com a participação de mentores convidados e da própria secretaria, o encerramento aconteceu com as apresentações das soluções encontradas pelas equipes através do canal do Mais Vida nos Morros no Youtube, onde a banca avaliadora revelou a equipe vencedora. Os vinte participantes foram divididos em quatro equipes, onde eles se uniram para pensar em soluções inovadoras que ajudassem a minimizar o impacto ambiental que a poluição do plástico provoca no planeta através de um protótipo de baixo custo e alto impacto. A ideia foi transformar o plástico que é descartado incorretamente em solução para os desafios urbanos das nossas cidades através da reciclagem criativa e de acordo com os três pilares do desenvolvimento sustentável: econômico, social e ambiental. A solução da equipe formada por Lacyjane Santos, Luiza Bandeira, Elder Vinicius, Bruna Albuquerque e Vitória Santiago foi a vencedora. Juntos, eles desenvolveram o projeto “Baronesa”, que é um protótipo de um jardim flutuante feito com material reciclado e plantas que filtram as impurezas da água. Eles cumpriram todos os critérios estabelecidos pelo desafio da proposta como: alinhamento com o desafio proposto; adaptabilidade e replicabilidade; escala humana; inclusão e; inovação social. A equipe será contemplada com incubação, mentoria e divulgação da solução. Para a participante da equipe vencedora Bruna Albuquerque, advogada e gestora ambiental, a experiência de participar do Laboratório de Inovação foi bem intensa. Eles tiveram dois dias para chegar a uma solução com a orientação dos mentores. “Nosso projeto se chama Baronesa, que é um grande símbolo dos nossos rios e que acabou sendo um indicativo de poluição, já que essa planta se alimenta da matéria orgânica no rio e, com o deságue de esgoto, a situação sai do controle. Nossa solução é um protótipo de jardim flutuante feito com plásticos reciclados para atuar na filtragem dos rios, começando pelo Rio Tejipió, que possui 20 km de extensão, sendo 18km em Recife, e é um dos mais poluídos”, destacou Bruna. A mentoria foi feita por uma equipe de especialistas que contou com a colombiana Mestre em Design, Inovação e Sustentabilidade (ED/UEMG) e Doutora em Desing (ESDI/UERJ), Cris Ibarra; o fundador do Projeto Ary Peter Cidadania na comunidade de Alto José Bonifácio, José Edson; a CEO&COO da Trêsbê Educação, Inovação e Eventos, Dani Bezerra; o Gerente de Inovação no Porto Digital, cientista de dados, Advogado e Gestor Ambiental, Caio Scheideggar e; a Empreendedora, Cofundadora da Ionica e Diretora de Impacto, Ushi Araújo. A banca de avaliadores foi composta pela Designer e Sócia do CTO do Fab Lab Recife, Cris Lacerda; o Arquiteto e Urbanista, Gestor de Prototipagem e Soluções Urbanas da Secretaria Executiva de Inovação Urbana do Recife, César Araújo e; Fundador e Idealizador do projeto Alto Sustentável, Hamon Dennovan. “Estamos muito satisfeitos com o primeiro Laboratório de Inovação e pelas discussões desenvolvidas, mas, principalmente, pelas soluções apresentadas pelas equipes. Todas tem potencial para serem implantadas pela cidade. Foi um grande passo para fomentar um ecossistema de empreendedorismo e inovação, voltado para upcycling. São soluções que podem transformar os problemas ambientais em oportunidade para a cidade”, destacou o Secretário Executivo de Inovação Urbana, Tullio Ponzi. Outra equipe participante desenvolveu o projeto “Jorema”, que teve como proposta promover ações de educação ambiental usando como ferramenta um mobiliário urbano feito de plástico reutilizado. A ideia é promover interação lúdica e educativa sobre o meio ambiente, em forma de jogo da velha e jogo da memória. Já o projeto “RecicloPark”, trouxe a ideia da implantação de ecopontos para descarte do plástico com um sistema de trituração mecânica ativado pela força motriz da bicicleta, em parques e escolas da cidade. E o projeto “Casa Composta” apresentou a criação de uma composteira feita a partir da reciclagem criativa do plástico, com o intuito de conscientizar as pessoas da necessidade do reaproveitamento. Você pode conferir todas as apresentações clicando aqui.

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Evento internacional de Arquitetura gratuito promovido pela UniFBV

Através do Escritório Modelo do Centro Universitário UniFBV, as professoras de arquitetura, Tatiana Fonseca e Kátia Alves, estarão realizando a partir de amanhã (quinta-feira, dia 30, às 19h30), uma série de lives (pelo zoom) com nomes em destaques na Arquitetura aqui do Brasil e da Europa. O evento será 100% online, gratuito e aberto ao público. O primeiro evento (nesta quinta, dia 30, às 19h30) será com uma referência na Comunidade Europeia, Pedro Januário, Doutor em Arquitetura da Universidad Politécnica de Madrid, e professor na Faculdade de Arquitectura de Lisboa. Pedro é hoje uma das referências da União Europeia quando o assunto é Reconstrução de Edifícios Históricos que já foram Demolidos através da Computação Gráfica. Participam ainda desses encontros nomes como Edson Souza, destaque no paisagismo do Nordeste e do Brasil, usando vegetação nativa, uma tendência mundial. Paulo Veloso, o mestre na arquitetura praieira no litoral do Nordeste do Brasil, fazendo uso de materiais coerente com o nosso clima e cultura. Finalizando, nada menos que Rafael Tenório, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de CAU /PE. As apresentações acontecem até a semana que vem, dia 7 de agosto. Confira a programação e mais informações através do instagram do UniFBV (@unifbvoficial).

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"Se nada for feito para socorrer o transporte coletivo haverá a quebra dos sistemas"

De acordo com o presidente-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Ubanos (NTU), Otávio Cunha, a pandemia provocou um prejuízo acumulado de R$ 3,72 bilhões até 30 de junho. Os sistemas perderam passageiros e agora têm a pressão de ter um número reduzido de usuários, devido os riscos de infecção do novo coronavírus. Conversamos com ele sobre os desafios desse setor e sobre as possíveis alternativas para solucioná-los. . Qual o tamanho do impacto da Pandemia no setor de transporte público?  A edição Semanal do relatório Impactos do coronavírus no transporte público por ônibus revela que ainda é forte o impacto da pandemia no setor. De 13 a 17 de julho, tivemos ao todo 169 sistemas com redução de oferta ou suspensão total do serviço e 163 sistemas com redução de demanda de passageiros. Nesse caso, a redução varia de 25% a quase 100%. Na média nacional a redução neste momento é de 60%, mas chegou a 80% no início da pandemia. O transporte público perdeu em média cerca de 30 milhões de passageiros ao dia em todo o país. Até 17 de junho o setor contabiliza 2.708 demissões, 9.235 suspensões de contratos trabalhistas. Os prejuízos acumulados foram da ordem de R$ 3,72 bilhões até 30 de junho. Há algum dado de Pernambuco que poderia destacar? No Recife, tanto no transporte municipal quanto no intermunicipal metropolitano, a redução de demanda chega a 60% e oferta do serviço é de 30%, com passageiros transportados somente sentados. . A aglomeração, principalmente no horário de pico, contribui para a sustentabilidade econômica do setor. Como o setor poderia atender a necessidade de distanciamento social tanto do aspecto operacional, como no aspecto econômico? Que alternativas de financiamento do setor estão em discussão? Essa é uma decisão do poder público local, que define os parâmetros da prestação dos serviços e quanto deve ser a tarifa correspondente. Um modelo baseado na aglomeração para atender a sustentabilidade econômica do setor não é mais viável hoje, com as regras sanitárias e os protocolos de prevenção do coronavírus. Mas é preciso definir quem paga a conta, porque uma oferta maior significa custo maior para as empresas operadoras. A única saída é contar com o auxílio financeiro do governo, que o setor está pleiteando desde o início da pandemia, sem resultado. Com o prejuízo acumulado de R$ 3,72 bilhões até 30/06/20, não há tarifa que resolva essa situação. Aliás, a ideia é que esse modelo de financiamento amparado somente pelo valor da passagem paga seja extinto, como tem sido proposto por várias entidades ligadas ao transporte público no país. Temos bons exemplos de modelos sustentáveis onde o usuário banca uma parte do custo do serviço, através da tarifa, e toda a sociedade, representada pelo poder público, entra com a outra metade. Nossa principal proposta de resgate do setor, formulada até o momento, é o projeto elaborado com base na proposta levada por entidades ligadas ao transporte público para o Governo Federal, ainda no início da pandemia. A sugestão é criar um programa que consiste na aquisição mensal de créditos eletrônicos de passagens, enquanto perdurar a crise do COVID-19, em volume suficiente para cobrir a diferença entre receita e despesa das empresas. O transporte público é atividade essencial e precisa continuar rodado mesmo com baixa demanda. Segundo a proposta, cada crédito eletrônico de passagem corresponde a uma tarifa pública vigente no sistema de transporte coletivo por ônibus de cada localidade. Assim, o Governo Federal poderia usar os créditos do programa Transporte Social como um estoque a ser empregado agora de depois da crise do coronavírus, para distribuir entre os beneficiários dos seus próprios programas sociais. A proposta é assinada pelo Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e NTU. Desde que foi proposto, o programa já serviu de subsídio para a criação de projetos de lei no Congresso. Infelizmente, ainda não teve o desfecho que o setor espera, porque não foi acatada pelo Governo Federal. Pelo medo (e desconforto) da aglomeração muitas pessoas tem deixado o transporte público para o individual mesmo antes da pandemia. Quais os impactos sociais e econômicos da fuga das pessoas do transporte público para os carros e motos? Em recente “Manifesto por um Transporte Público Digno, Econômico e Ambientalmente Sustentável”, a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) traz dados que ilustram bem essa questão. Informa que se nada for feito para socorrer o transporte coletivo urbano haverá a quebra dos sistemas organizados de transporte público, com perdas para a sociedade da ordem de R$ 320 bilhões por ano. Esse seria o custo da substituição do sistema público coletivo por opções individuais de transporte. Para se ter uma ideia do que isso significa, apenas 10% deste valor já permitiria reduzir a tarifa do transporte em 50% para todos os brasileiros. Também é importante ressaltar que a migração para o transporte individual vai promover um retrocesso, do ponto de vista urbano, social e ambiental, com aumento da poluição, dos congestionamentos. E mais, deixará desassistida a camada da população que hoje depende do transporte coletivo para se deslocar ao trabalho, por exemplo. Como vocês observam o surgimento dos serviços de aplicativo para atender o transporte coletivo sob demanda? Se os serviços sob demanda por aplicativos estiverem integrados à rede de transporte coletivo, como é o caso do CityBus 2.0, em Goiânia; do Ubus, em São Paulo; e do TopBus+, em Fortaleza (CE), que são serviços complementares à rede convencional de ônibus coletivo urbano da cidade, entendemos que são extremamente positivos, por serem um extensão do serviço público que podem atender gargalos de demanda específica que o ônibus convencional não está atendendo. Isso não vale para os aplicativos de transporte individual que oferecem serviços compartilhados, que não dão o mesmo atendimento e na verdade atuam de forma predatória, buscando apenas atender trechos de alta demanda e ignorando as premissas do verdadeiro transporte público, que é um serviço essencial e também um direito social do cidadão.

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Processo de tombamento da Fundaj é aberto

Da Fundaj O pedido de tombamento do campus Casa Forte da Fundação Joaquim Nabuco teve o processamento deferido pela Secretaria Estadual de Cultura. A partir de agora, até que a poligonal da área de proteção do conjunto arquitetônico a ser tombado seja delimitada, nenhuma construção poderá ser erguida no entorno. A solicitação da Fundaj é pela preservação de três edificações do campus: o Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães (imóvel já classificado como Imóvel Especial de Preservação IEP nº151), o Gil Maranhão e o Paulo Guerra. O mesmo pedido foi feito ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e aguarda liberação. “No momento em que o processo foi deferido pelo secretário Gilberto Freyre Neto, toda a área solicitada de tombamento está sob proteção prévia. Essa deliberação é um passo importante para garantir a preservação do patrimônio histórico desta Casa”, ressalta o presidente da Fundaj, Antônio Campos. A deliberação da Secult foi assinada pelo gestor da pasta, Gilberto Freyre Neto. No pedido, a Fundaj solicita o tombamento do conjunto arquitetônico em nível estadual, urbanístico, paisagístico e histórico. Em geral, os pedidos de abertura de processos de tombamento costumam ser deferidos em até seis meses. O da Fundaj levou 18 dias. A agilidade no despacho do processo resulta da documentação preparada pela instituição, enviada junto com o ofício à secretária. O processo demorou menos de um mês para ser iniciado. Em geral, o prazo é de seis meses.”O processo foi bem instruído. Foi realmente rápido de ambos os lados. A Fundaj juntou documentação que facilitou abertura e o andamento por parte da Secretaria”, comenta Antônio Campos, que aguarda a conclusão da ação em até seis meses. Para a abertura, foram levantados dados, documentos e imagens ilustrativas, todos de pública transparência e uso coletivo. O memorial descritivo foi assinado por Frederico Almeida, coordenador-geral do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), e Antônio Montenegro, arquiteto e servidor da Fundaj. Complexo Cultural Gilberto Freyre No campus em questão, será instalado o Complexo Cultural Gilberto Freyre. O Solar Francisco Ribeiro receberá a Pinacoteca, com espaço para exposições permanentes e de curta duração. Já nas edificações anexas ao casarão funcionam hoje a Galeria Mauro Mota e a Sala do Conselho Deliberativo (Condir), além de outros espaços utilizados como arquivo para o administrativo e para livros da Editora Massangana. Onde hoje funciona o Condir, será instalado o Memorial Gilberto Freyre. Era nesse espaço que o sociólogo fundador da Fundação Joaquim Nabuco despachava. Quando o Complexo for inaugurado, contará também com a Cinemateca Pernambucana, que está instalada provisoriamente no primeiro andar do Museu do Homem do Nordeste. Para garantir a acessibilidade, mas preservando as características do Solar Francisco Ribeiro, um elevador será montado na parte de trás do casarão. Nessa mesma área serão instalados os equipamentos de climatização que garantirão a preservação de todo o acervo. Erguido no século XIX, o casarão foi o marco zero para a criação do instituto de pesquisas que mais tarde se tornaria a Fundação Joaquim Nabuco. O anexo, onde será instalada a Cinemateca Pernambucana, também terá um elevador garantindo acessibilidade em ambos os prédios. O Edifício Gil Maranhão, prédio de 1960 projetado pelo arquiteto Carlos Falcão Corrêa Lima, tem área total aproximada de 1200 m², é um exemplar notável do modernismo brasileiro. Conta com pavimento térreo e superior e tem a estrutura em concreto armado. A fachada tem como destaque o painel cerâmico Canavial, do artista Francisco Brennand, com um espelho d`água. Também apresenta planos extensos de esquadrias em ferro e vidro e trechos revestidos com azulejos. O edifício está localizado mais ao fundo do terreno de modo a criar um amplo jardim voltado para a Avenida Dezessete de Agosto. Nele, estão instalados, no térreo, o Museu do Homem do Nordeste, o Cinema da Fundação/Museu e a sala de exposições Waldemar Valente. No piso superior funciona, provisoriamente, a Cinemateca Pernambucana, que será levada para o anexo do Solar Franscisco Ribeiro, dentro do Complexo Cultural Gilberto Freyre. Com a transferência, esse piso superior voltará a expor o acervo do Museu do Homem do Nordeste, que conta com uma reserva técnica de 16 mil peças. Por sua vez, o Edifício Paulo Guerra, da década de 1980 e projetado pelo arquiteto Wandenkolk Tinoco, tem 2.400 m² de área. É composto pelo pavimento térreo e mais duas torres articuladas, cada uma com três pavimentos. Sua estrutura é em concreto armado. Está localizado imediatamente após o conjunto oitocentista do Solar Francisco Ribeiro. Tem características da arquitetura modernista brasileira. No edifício funcionam hoje a Editora Massangana, a Sala Calouste Gulbenkian, a presidência e todo setor administrativo da Fundação Joaquim Nabuco.

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Metrô do Recife amplia horário de funcionamento nesta quinta

A CBTU Recife informa que, a partir desta quinta, dia 30/07, o Metrô terá seu horário de operação ampliado. As Linhas Centro e Sul funcionarão das 05h30 às 21h (segunda à domingo). A Linha Diesel (VLT) terá o ramal Cajueiro Seco/Cabo reativado, com funcionando das 5h30 às 20h (segunda à sexta; sábado até às 14h). Já o ramal Cajueiro Seco/Curado continuará sem funcionar. A ampliação no horário de circulação dos trens visa atender aumento da demanda após a implantação de novas etapas do Plano de Monitoramento e Convivência com a Covid-19 do Governo de Pernambuco.

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"Achatar curva de demanda do transporte traria mais conforto e fluidez do trânsito"

Um dos entrevistados da última edição da Revista Algomais foi o empresário Marcelo Bandeira de Mello, diretor executivo das empresas Pedrosa, Transcol e São Judas Tadeu, e membro do conselho de inovação da NTU (Associação Nacional de Transportes Urbanos). Fazendo uma comparação com a luta nacional contra à Covid-19, ele defende que é preciso "achatar a curva" a demanda do transporte público. Diante da queda abrupta de receita das empresas do setor de transporte público e da necessidade de melhorar o conforto dos passageiros, tendo menos pessoas por veículo, reduzir a pressão sob o sistema de ônibus nos horários de pico (com o escalonamento dos horários de entrada e saída das atividades produtivas) é a sua proposta. Essa mudança de comportamento da sociedade, que distribuiria melhor os usuários ao longo do dia, demanda de uma ampla participação da sociedade para poder funcionar com resultados.   Diante da necessidade de reduzir as aglomerações no transporte público, que medidas você defende que podem ser tomadas para aumentar a segurança dos passageiros e caminhar para uma solução viável para o setor? A preocupação com a saúde pública é um dever de todos e as empresas do setor estão muito engajadas nesta iniciativa, de maneira a proporcionar mais segurança aos nossos clientes e colaboradores. Por este motivo, antes mesmo da formalização de um protocolo para o setor por parte do Grande Recife, as empresas já haviam implementado diversas medidas, como forma de proporcionar um padrão de segurança sanitária ainda mais alto nas garagens e veículos. Entre as principais iniciativas adotadas podemos destacar o reforço da higienização dos veículos, com limpezas sendo realizadas ao longo do dia nos terminais no intervalos das viagens, instalação de anteparos de proteção para os motoristas e cobradores, pulverização do veículo com desinfetante de aplicação hospitalar e a diminuição da capacidade total de passageiros dos veículos. . Você poderia explicar como colocar em prática um "achatamento da curva do transporte público"? E quais os principais benefícios dessa medida? Em que pese a demanda de passageiros ainda estar 60% abaixo do patamar anterior à pandemia, observamos que a utilização dos veículos tem se dado em faixas de horários bastante reduzidas, de maneira que há uma sobrecarga no sistema nos horários de pico, enquanto que há capacidade de transporte não utilizada nas demais faixas horárias. A nossa proposta é, portanto, achatar a curva da demanda pelos serviços de transportes, observando a capacidade efetiva do sistema face à nova especificação de lotação adotada. Precisamos reunir o poder público, setores econômicos da sociedade civil e empresas de transportes na montagem de um comitê para discutir o ajuste dos horários das atividades, de maneira a distribuir a demanda de forma mais homogênea ao longo do dia, proporcionando uma taxa de ocupação inferior nos veículos e um melhor padrão de qualidade. Tal iniciativa repercutiria também na melhoria da fluidez do trânsito da cidade, o que geraria um segundo benefício para o passageiro, na medida em que melhoraria a velocidade comercial dos veículos, reduzindo o tempo de viagem. Toda a sociedade precisa estar em sintonia para construir o novo normal estabelecido após a pandemia.   Nas minhas leituras, encontrei o dado de que para viabilizar o transporte coletivo as empresas calculam uma média de 6 passageiros por metro quadrado. Essa estatística é real? Se considerar que a aglomeração é o que garante a viabilidade do serviço, quais são as alternativa para financiar o setor diante da necessidade de melhorar a segurança e o conforto dos passageiros com mais espaço nós coletivos? Não só no Brasil, mas em todo o mundo, o transporte de alta capacidade era planejado pelos órgãos gestores de maneira a considerar uma ocupação que chegava a 6 passageiros por metro quadrado nos horários de pico. Esta realidade fatalmente não é compatível com a necessidade de aumentar o distanciamento social e por este motivo toda a sociedade (e não apenas as empresas de transporte) precisa repensar o novo formato de transporte a ser adotado. Importante destacar que o achatamento da curva da demanda é um mecanismo que auxiliará nessa distribuição mais racional dos deslocamentos, mas um novo modelo de financiamento, que considere outras formas de arrecadação que não apenas a tarifa, se mostra mais do que nunca necessário. Precisamos encontrar alternativas que possibilitem a melhoria da qualidade dos serviços com uma tarifa socialmente justa e adequada e nesta equação é necessário identificar fontes de receitas extra-tarifárias. . Que inovações no transporte público no exterior poderiam servir de inspiração para uma qualificação do nosso modelo de mobilidade urbana? Temos acompanhado e avaliado a implantação de várias iniciativas de ampliação dos pagamentos eletrônicos, possibilitando a substituição do dinheiro não apenas pelo cartão de passagens, como também pelos cartões de débito e crédito, QRcode, carteiras virtuais, dentre outros. Outras tecnologias já existentes, como a contagem automática de embarques e desembarques através das câmeras instaladas nos veículos traduzem-se como importante aliado na gestão da demanda, como forma de determinar a lotação efetiva, em tempo real de cada veículo, possibilitando, inclusive a reprogramação das linhas ao longo do dia. Por fim, os já conhecidos corredores exclusivos para o transporte público precisam ser continuamente expandidos, como forma de possibilitar uma melhor eficiência nos deslocamentos da população. . No Recife, qual o cenário deixado pelo isolamento social para o setor de transporte? O cenário é muito preocupante e ainda incerto. Nosso modelo é baseado quase exclusivamente na arrecadação tarifária, tendo as receitas do sistema sido duramente impactadas a ponto de ameaçar a subsistência do setor. O colapso do transporte com o consequente retorno do transporte clandestino é o pior mal que pode ocorrer em uma cidade que pretende avançar com a pauta da mobilidade sustentável. O setor tem sobrevivido graças à postergação dos compromissos junto a agentes financeiros, bem como se socorrido das medidas de redução de jornada dos trabalhadores apresentadas pelo Governo Federal. O problema é que tais medidas possuem prazo determinado de duração e avaliamos que a demanda ainda levará um tempo de ao menos 6 meses para normalização.

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Suape implanta segundo Laboratório Vivo de Ecotecnologias no Engenho Massangana

Do Complexo de Suape O Engenho Massangana, localizado no território do Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca, ganhou um espaço especial. Trata-se do segundo laboratório vivo de ecotecnologias implantado na região pelo Serta (Serviço de Tecnologia Alternativa), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) reconhecida internacionalmente. A entidade foi contratada por Suape para levar a comunidades consolidadas no território metodologias sustentáveis, inovadoras e de baixo custo que promovem a segurança alimentar e geram renda. O projeto Comunidades Ecoprodutivas, lançado em março, precisou ter o formato reajustado, devido a pandemia da Covid-19, para garantir o distanciamento social. Em vez do mutirão utilizado no primeiro laboratório, implantado no Conjunto Habitacional Nova Vila Claudete, o de Massangana contou com apenas dois técnicos e cerca de três moradores por dia. “Levamos mais tempo, mas o importante é garantir a segurança de todos, ao mesmo tempo em que capacitamos essas famílias, contribuindo para que elas tirem o alimento e o sustento do próprio quintal, o que se tornou ainda mais relevante no momento atual, já que muitos são trabalhadores informais e estão sem fonte de renda”, declara Germano de Barros, diretor da Escola Técnica do Serta. O laboratório foi instalado em um terreno de 77,8 metros quadrados da Associação de Moradores de Massangana, que ganhou dez tecnologias: aquaponia, cisterna de ferro e cimento, sistema de captação de água, minhocário, compoteira caseira em balde, fechamento automático da porteira, farmácia viva, horta vertical em pallet, hidroponia de milho e o sistema agroflorestal, que já tem plantadas várias hortaliças, como alface, coentro, cebolinha, couve, berinjela e hortelã. Tudo para consumo próprio ou revenda das famílias do Engenho Massangana. O ambiente também recebeu pintura lúdica e plaquinhas indicativas. “Os próprios moradores escolheram as ecotecnologias que queriam implantar no terreno. Eles participaram de oficinas e ações pedagógicas de consciência ambiental em unidade do Serta, em Gloria de Goitá, no início do ano, onde puderam compreender a proposta e participar ativamente de todo esse processo, que é inspirador e desperta neles a vontade de cuidar do lugar onde moram”, observa o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, Carlos Cavalcanti. “ “É a primeira vez que temos uma oportunidade como essa. Antes, plantávamos no chão, sem estrutura. E hoje estamos muito satisfeitos e felizes com o quintal produtivo. Com apenas 30 dias, poderemos colher alimentos livres de agrotóxicos. Isso será a nossa mesa, o nosso almoço”, comemorou Vicente Luiz Aguiar, vice-presidente da Associação de Moradores do Engenho Massangana e morador do local há 45 anos. O próximo laboratório a ser inaugurado será no Assentamento Sacambu, no próximo dia 30. O programa tem investimento de R$ 1 milhão e alcançará dez comunidades, no período de um ano.

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Prefeitura do Recife investe R$ 30 milhões na proteção de 40 encostas

Da Prefeitura do Recife A segurança da população que mora nas áreas de morro da cidade é uma das prioridades da Prefeitura do Recife. Para garantir a tranquilidade dessas famílias, as obras da Operação Inverno não param e ganham um reforço de mais de 30 milhões de reais para a realização de trabalhos de contenção definitiva de encostas em cerca de 40 ruas que representam pontos de risco no Recife. O investimento vai beneficiar diretamente mais de seis mil pessoas que vivem em área de risco da cidade. O prefeito Geraldo Julio autorizou o início da primeira obra ontem (27), no Jardim Monte Verde, no Ibura. “Aqui em Jardim Monte Verde, no Ibura, estamos dando início a um grande pacote de mais de 40 obras de contenção de encostas, com mais de R$ 30 milhões de reais investidos e mais de 700 empregos gerados. Aqui, especificamente, são 80 famílias beneficiadas. Uma obra muito grande com um muro de contenção e toda a parte de preparação para o inverno. As pessoas daqui vão ficar seguras durante a chuva do inverno. É o benefício da obra da encosta e é o benefício do emprego que está sendo gerado”, avaliou o prefeito Geraldo Julio. Além do benefício direto às 1.660 famílias, o anúncio representa reforço na geração de renda com a profunda crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Ao todo serão gerados 700 empregos diretos com o investimento. Os serviços serão executados pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB), com verbas do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA). As 40 obras incluirão a drenagem, estabilização, contenção e construção de muro de arrimo, beneficiando 11 comunidades da cidade. São elas: Nova Descoberta, Linha do Tiro, Jordão Baixo, Beberibe, Dois Unidos, Brejo da Guabiraba, Bomba do Hemetério, Várzea, Vasco da Gama, Ibura e Alto José Bonifácio. Em Jardim Monte Verde, as famílias que moram nas ruas Maurício de Nassau, Monte Pascoal, Lírio dos Vales e Rosa de Saron, serão beneficiados. São mais de 300 pessoas que vão estar mais protegidas no inverno. As obras contemplam a instalação de tela argamassada, construção de escadarias e muros de arrimo. O investimento total é de R$ 2,7 milhões. Junto com os trabalhos já em andamento na cidade, as novas intervenções totalizam 47 obras. Atualmente, estão em fase de execução os trabalhos nos seguintes pontos da cidade: rua Empresário Ernesto Lundgren, em Lagoa Encantada, no Ibura, rua Córrego do Curió, em Dois Unidos, ruas João Carneiro da Cunha e Expedicionário Alcebíades da Cunha, em Rosa Selvagem, rua Córrego da Telha, no Passarinho, rua Benigno Jordão de Vasconcelos, no Ibura, e na Travessa da Diadema, no Vasco da Gama. Os serviços totalizam um investimento na ordem de R$ 8 milhões. Ao todo, a Prefeitura do Recife já realizou a proteção de mais de 400 pontos na cidade desde 2013, com 384 obras do Programa Parceria e 53 obras de encosta definitivas realizadas pela URB.

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