Da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco Junho de 2020 registrou o menor quantitativo de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) desde que essa modalidade delituosa começou a ser computada pela segurança pública de Pernambuco, em 2005. De lá para cá, houve 15 junhos, todos com registro de roubos acima das ocorrências do mês passado, quando ocorreram 3.490 casos. Nessa série histórica, o de 2010, com 3.908, era até então o junho com menos crimes patrimoniais. A cidade do Recife, com 1.097 CVPs, também teve a menor incidência nessa década e meia. O segundo resultado mais baixo da capital foi em junho de 2013, com 1.758 boletins de ocorrência. Em relação a junho de 2019 (6.684), Pernambuco apresentou uma redução de 47,79%. Com mais esse declínio, o Estado completou 34 meses consecutivos de diminuição dos CVPs, grupo de crimes que inclui assaltos, roubos e furtos de celulares, carros, a bancos, coletivos e outras modalidades. Foi em setembro de 2017 que esse conjunto de delitos iniciou a curva descendente. Considerando o 1º semestre de 2020 (28.087 queixas), a retração foi de 33,82% em comparação ao mesmo período do ano anterior (42.440). Foram os primeiros seis meses do ano com menor violência visando bens em seis anos, ficando acima apenas de 2013. Confira toda a linha do tempo, no mesmo recorte: 2019 (42.440), 2018 (50.680), 2017 (63.921), 2016 (54.786), 2015 (39.693), 2014 (32.169) e 2013 (26.129). “O planejamento operacional, sob coordenação do Pacto Pela Vida, evitou consequências negativas prováveis da pandemia e da crise econômica, a exemplo de arrastões, saques, vandalismos, aumento nos arrombamentos, furtos e assaltos. A população, nesse período, pôde ficar em casa e também se deslocar pelas ruas com tranquilidade. Foi um esforço grande feito pelos profissionais da segurança pública, divididos entre as fiscalizações e suas atividades ordinárias. Os resultados estão expostos e aproveitamos para agradecer pelo empenho de todos. Mas queremos avançar. É preciso asfixiar o crime e fazer os agentes da violência perderem terreno para os da paz”, analisa o secretário Antonio de Pádua. ROUBOS CAEM 55% NO RECIFE – Na capital pernambucana, as denúncias de crimes violentos contra o patrimônio caíram 55,37% no mês passado. Ao todo, foram 1.097 registros em junho último, contra 2.458 no sexto mês do ano passado. Quando se leva em conta o primeiro semestre, a redução chega a 41,34%. Se nos seis primeiros meses do ano passado notificaram-se 15.730 crimes do tipo, no mesmo período deste ano contabilizaram-se 9.227 - ou seja, 6.503 roubos a menos. Considerando todos os meses de junho da série histórica, a capital teve o sexto mês com menos crimes patrimoniais em 15 anos, ou seja, desde o início da contagem dos CVPs. Na sequência da linha do tempo, com menores estatísticas, vieram junho de 2013 (1.758) e junho de 2012 (1.956). Todos os outros ficaram acima de 2 mil registros. “Operações permanentes em áreas estratégicas da capital, como a Agamenon Magalhães, Boa Viagem e Cerne (no Centro), são fundamentais para prevenir os roubos e furtos. Nessas áreas, as diminuições ficaram entre 60% e 80%. Estamos, a cada dia, aprimorando a atuação para proteger trabalhadores, estudantes, comerciantes e moradores do Recife e do Estado como um todo”, complementa o secretário. ZONA DA MATA PUXA A QUEDA – Em junho, a redução dos crimes contra o patrimônio em Pernambuco foi liderada percentualmente pela Zona da Mata. A região somou 372 ocorrências do tipo no período, o que representa um decréscimo de 46,63% em relação a 2019 (697 CVPs). Ainda no último mês, a retração no Sertão e Agreste seguiu a tendência do Estado. Enquanto o Sertão apresentou diminuição de 45,4% (1.936 para 1.143), o Agreste teve -44,76% (de 1.278 para 706 crimes). A Região Metropolitana (exceto a capital) também demonstrou um importante desempenho, saindo dos 1.936 registros no ano passado para 1.143 neste ano (-40,96%). Na soma dos seis primeiros meses, é a Região Metropolitana (salvo a capital) que lidera a redução dos CVPs, com uma queda de 30,16% (de 12.987 para 9.070 crimes). Em seguida, vem a Zona da Mata, que retraiu 29,46% (saindo dos 3.995 para 2.818 casos). As regiões do Sertão, com decréscimo de 28,62% (de 2.142 para 1.529), e Agreste, com -28,25% (de 7.586 para 5.443), fecham a lista. ZERO ASSALTO A BANCO – No mês passado, não houve nenhum tipo de investida contra instituições financeiras, seja agência bancária, caixa eletrônico ou carro-forte. No mesmo mês do ano passado, duas acabaram consumadas, fazendo com que a queda em junho deste ano fosse de 100%. Já nos seis primeiros meses de 2020, somando 9 ocorrências, a redução é de 36%. No mesmo período do ano anterior, tinham acontecido 14. Só neste ano, 23 pessoas envolvidas com esse tipo de crime foram presas pelas forças de segurança pública, que atuam por meio da Força-Tarefa Bancos. ALERTA CELULAR RECUPERA 674 APARELHOS – Por meio do Programa Alerta Celular, só no mês passado 674 aparelhos telefônicos foram recuperados pelas forças policiais pernambucanas, o que leva à prisão dos receptadores e até dos criminosos envolvidos neste tipo de ação. Desde sua implementação, o Alerta Celular foi responsável por tirar das mãos de criminosos um total de 23.786 telefones. Com isso, esse tipo de crime continua a cair, no Estado, pelo terceiro ano consecutivo. Só no mês passado, a queda foi de 40,5%, saindo das 2.554 denúncias em junho de 2019 para 1.520 neste ano. Entre janeiro e junho de 2020, quando se computaram 11.766 roubos do tipo, a retração é de 30%. Ao todo, 16.811 ocorrências haviam sido anotadas no ano passado. ROUBOS DE VEÍCULOS REDUZEM 32% – Com um total de 740 casos no mês passado, os roubos de veículos apresentaram redução de 32,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 1.093 registros em 2019. No acumulado do ano, a retração chegou a 18,39%, saindo de 6.546 ocorrências entre janeiro e junho do ano passado para 5.343 este ano. MENOS INVESTIDAS CONTRA ÔNIBUS E CARGAS – As investidas contra transportes coletivos caíram