Urbanismo - Página: 58 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

Cúpula Hemisférica dos Prefeitos e Governos Locais acontecerá no Recife

Gestores municipais da América Latina vão se reunir em Pernambuco entre os dias 17 e 20 de março para a Cúpula Hemisférica dos Prefeitos e Governos Locais. Com o tema “Cidades inovadoras para as pessoas”, a Flacma (Federação Latino-americana de Municípios, Cidades e Associações de Governos Locais, a CNM (Confederação Nacional de Municípios) e a Amupe (Associação Municipalista de Pernambuco) têm a expectativa de receber autoridades de 24 países, além de representantes de várias agências da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo o presidente da Amupe, José Patriota, o evento tem como objetivo incentivar a construção de cidades que reconhecem o cidadão como o protagonista de suas decisões, o respeito às suas características e sua cultura e o uso de tecnologia e de novas ferramentas de gestão e participação social. A implementação de novas alternativas de financiamento das ações municipais e o fomento à criação de parcerias estratégicas com o setor privado, universidades e com a comunidade internacional são outros temas que o encontro pretende enaltecer. “Nossa expectativa é deixar um legado de boas práticas e experiências, além de modelos exitosos de desenvolvimento sustentável. Tem muita coisa boa no mundo e no Brasil acontecendo, mas que não são muito visualizadas. Existem municípios, por exemplo, que mesmo com pouco dinheiro, estão fazendo muito e conseguindo promover a reversão de seus indicadores negativos”, afirma Patriota. O caráter internacional do evento será reforçado com a participação de representantes da ONU. O prefeito de Al Hoceima, no Marrocos, e presidente da CGLU (Organização Mundial Cidades e Governos Locais Unidos), Mohamed Boudra, têm participação confirmada. De acordo com Patriota, é possível ainda a vinda do próprio secretário da ONU, o português António Guterres. Serviço: Informações e inscrições para participar da Cúpula Hemisférica dos Prefeitos e Governos Locais: www.cumbre.cnm.org.br.

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O mito da “indústria da multa” (por Francisco Cunha)

Há cerca de 15 anos voltei a caminhar regularmente no Recife, depois de ter passado 25 anos “fora da cidade”. Não propriamente fora do Recife, mas “fora da cidade” porque, depois que comecei a trabalhar, comprei um carro e passei a ver o mundo (e a cidade) de dentro de um cockpit (uma cápsula) que, mais tarde, viria, inclusive, a ser refrigerada e, portanto, mais segregada ainda do entorno. Só após ter começado a caminhar foi que percebi o que estava acontecendo. Quando me locomovia só de carro, não tinha percepção disso. A mudança que se operou na minha forma de ver a cidade (e o mundo!) foi tão intensa que no lançamento da Agenda TGI 2020, final do ano passado, cheguei a parafrasear o pintor Cícero Dias: “Eu vi o mundo e ele começava nas calçadas do Recife”. Pela minha contabilidade, nos últimos 10 anos foram, pelo menos, 15.000 km andados dentro do Recife, vendo o mundo, em especial o mundo do trânsito, de outra perspectiva que não de dentro de um carro e posso dizer, sem medo de errar, que a quantidade de infrações cometidas e não punidas é absolutamente colossal! Sobretudo aquelas que colocam em risco direto a integridade física do pedestre, o ator mais frágil do trânsito que todos os outros deveriam, por obrigação legal, proteger (garantir a sua “incolumidade”, conforme diz o Código de Trânsito). Exemplos cotidianamente abundantes dessas infrações não punidas são a prática de velocidade excessiva e o estaciomento proibido sobre a calçada. Em sendo assim, tenho muita dificuldade de entender a quase histeria em curso relativa a uma tal de “indústria de multas”. Pela minha percepção cotidiana, se indústria há é a das infrações não punidas. E isso sem falar num tipo de infração cuja prática é absolutamente disseminada e que se, de fato, fosse punida com multa, na razão direta de sua existência, resolveria a crise fiscal das cidades brasileiras e ainda sobrariam recursos para investimento: uso de celular ao volante. Num País onde morrem cerca de 40 mil e resultam feridas 300 mil pessoas por ano (das quais cerca de 11 mil e 85 mil pedestres, respectivamente), vítimas de eventos trágicos de trânsito, em sua maioria provocados por práticas infratoras, não temos o direito de nos envolver emocionalmente em falsas discussões nem na propagação de mitos como a tal da “indústria de multas”. As vítimas não merecem mais esta desconsideração! *Francisco Cunha é arquiteto e urbanista e consultor empresarial

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Nostalgia de uma cidade que não existe mais

*Por Rivaldo Neto Hoje ao acordar sentei-me na cama. Tentei lembrar de um sonho muito real. Não sei ao certo se era de todo um sonho. Acho que não. Eram lembranças guardadas na mente. Nesse labirinto cinza e misterioso que temos. Respirei fundo e fiz uma força para lembrar das coisas. Aos poucos o embaço foi dissipando e vi a cidade como era. O centro da cidade na verdade. Me vi ao lado de Dr. Rivaldo, meu avô. Caminhamos pela Rua do Imperador até a chegar próximo a rua primeiro de março. Lá existia um senhor que embalava amendoins com em papéis, daqueles de padaria muito parecidos com o de embrulhar pão. Eram meio rosas e marrons. Que os distinguia, se eram torrados ou cozidos. - Meu filho? Quer um? – perguntou ele. Prontamente respondi: - Quero o cozido. Sempre preferi cozidos. E lá fomos nós. Vovô de terno preto caminhando ao lado e nós dois devorando amendoins. Passos lentos, mas o olho atento do velho com a cara de riso, numa satisfação de viver aquele momento. Eu ia olhando para o chão, fazendo uns ziguezagues pelas pedras portuguesas e seus desenhos simétricos. Lá na frente fomos pela rua Nova, íamos caminhando e vovô falou: - A loja de papai era aqui, Bomachã (nem sei se escreve assim). Ele olhou para um prédio velho e sorriu. Talvez pela lembrança de um filme que passou em sua cabeça. Entramos na rua Camboa do Carmo. E logo percebi onde iríamos, Galo de Ouro. Entramos e prontamente já encosta o garçom, e nos leva até a mesa. - Como vai doutor? - Bem João! - Vovô, quero uma Fratelli Vitta. Fratelli era um refrigerante que não existe mais, mas ainda consigo sentir seu gosto refrescante e delicioso. - Quero um filé malpassado a portuguesa – Falou o velho. Engraçado, meu avô quase sempre pedia o mesmo prato. Sempre o mesmo filé cheio de verduras cozidas. A alimentação dele era uma coisa muito diferente. Sempre carne com verduras, saladas e muitas, mas muitas frutas. Não conheço ninguém que comia com tanta satisfação frutas de um modo geral. E eu gostava também desse filé. Vez por outra peço em algum restaurante que vejo, mas muito longe de ser no mínimo parecido. Já voltando, fomos pelo cine Trianon. Passamos na banca do Gasolina, que ficava embaixo da sacada do prédio onde ganhei dois novos “jogadores” para meu time de botão. Viemos pela Guararapes, li o poema de Carlos Pena Filho, na sacada do Bar Savoy. Já um pouco decadente, mas cheio de histórias. Tomamos um sorvete, e voltamos para o palácio da Justiça. E daí não lembro mais de como foi a tarde. As vezes não lembro o que houve ontem, mas lembro do que aconteceu há tantos anos atrás. Mais mistérios da mente, essa caixa que ativa memórias do nada da mesma forma que também apaga. A nostalgia de uma caminhada de um tempo de coisas e lugares que não existem mais... . *Rivaldo Neto é designer, cervejeiro e cronista nas horas vagas (neto@algomais.com)

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Coletivo artístico realiza intervenção urbana em Jaboatão

O Wà Coletivo (pronuncia-se “uá”), grupo de mulheres que realizou intervenções artísticas em áreas urbanas por meio de tecelagem e pintura, esteve em Piedade nesta segunda-feira (17) para fazer uma intervenção no muro externo do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG). O objetivo é de deixar uma mensagem que remeta ao respeito às mulheres tendo como gancho a proximidade com o carnaval. O coletivo foi criado no Ceará e já realizou intervenções em diversos lugares do Brasil e do mundo, sempre utilizando espaços públicos com o objetivo de revitalizá-los e de entregar mensagens positivas para a população que frequenta esses locais. Na ação, as integrantes do coletivo gravaram no muro externo da instituição a frase NÃO É NÃO, em referência aos casos de assédio que ainda não muito comuns durante o carnaval.

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Começam audiências públicas do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da RMR

A primeira de três Audiências Públicas Regionais do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Recife (PDUI-RMR) ocorrerá nesta terça-feira (04.02), em Ipojuca. O encontro reunirá representantes dos municípios da região Sul Metropolitana da RMR (do próprio município-sede e do Cabo de Santo Agostinho). As demais Audiências Públicas Regionais no Norte e Centro e Oeste metropolitanos serão realizadas sequencialmente nos dias 05 e 06, dentro de um cronograma de trabalho de elaboração do plano. A coordenação dos eventos é da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – Condepe/Fidem. O objetivo das audiências públicas regionais será o de apresentar as propostas de diretrizes e de ações estratégicas direcionadas à implementação das funções públicas: integração econômica, desenvolvimento humano, de ordenamento urbano metropolitano, de mobilidade metropolitana e da sustentabilidade ambiental e do saneamento. Estão sendo convidados representantes do poder público (gestores e técnicos das prefeituras e do governo do estado) e da sociedade civil, especialistas, entre outros. Em Ipojuca, o encontro começará às 8h30, no auditório do IFPE (em Ipojuca). No dia 05 (quarta-feira), será a vez da região Norte Metropolitana realizar a Audiência Pública Regional. O evento será realizado no auditório da Escola Técnica Estadual Jurandir Bezerra Lins, em Igarassu, também a partir das 8h30, com representantes de Abreu e Lima, Araçoiaba, Goiana, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Itapissuma e Paulista. No dia 06 (quinta-feira), no mesmo horário, a audiência pública da região Centro e Oeste Metropolitano, se dará na CTG/UFPE, na Cidade Universitária, no Recife, com a participação de representantes de Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Recife e São Lourenço da Mata. Em uma próxima etapa está prevista, ainda, a realização de um Seminário de Consolidação das propostas, a apresentação do documento com as diretrizes ao Conselho de Desenvolvimento Metropolitano para aprovação e, em seguida, encaminhamento, pelo Governador Paulo Câmara, do projeto de lei do PDUI/RMR à Assembleia Legislativa. SERVIÇO 1- EVENTO – AUDIÊNCIA PÚBLICA REGIONAL – SUL METROPOLITANO DATA – DIA 04 DE FEVEREIRO – TERÇA-FEIRA LOCAL - AUDITÓRIO DO IFPE - IPOJUCA HORÁRIO – A PARTIR DAS 8H30 2- EVENTO – AUDIÊNCIA PÚBLICA REGIONAL – NORTE METROPOLITANO DATA – DIA 05 DE FEVEREIRO – QUARTA-FEIRA LOCAL - AUDITÓRIO DA ESCOLA TÉCNICA JURANDIR BEZERRA LINS - IGARASSU HORÁRIO – A PARTIR DAS 8H30 3- EVENTO – AUDIÊNCIA PÚBLICA REGIONAL – CENTRO E OESTE METROPOLITANO DATA – DIA 06 DE FEVEREIRO – QUINTA-FEIRA LOCAL - CTG/UFPE - RECIFE HORÁRIO – A PARTIR DAS 8H3 (Do blog do Governo de Pernambuco)

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Grupo Caminhadas Domingueiras fará Circuito das Pontes

As pontes que conectam o centro do Recife e escrevem também parte da nossa história serão o tema do próximo passeio do grupo Caminhadas Domingueiras, que acontecerá neste domingo (02/02). O ponto de encontro será na Praça do Marco Zero, às 8h, ao lado do Bar do Armazém. Não é necessário fazer inscrição ou agendamento, apenas chegar no horário e integrar o grupo, que é conduzido pelo consultor e militante da caminhabilidade Francisco Cunha. A caminhada terá um roteiro de aproximadamente 5 quilômetros, passando, em sequência, pelas pontes Maurício de Nassau; Ponte Velha; Ponte da Boa Vista; Ponte Duarte Coelho; Ponte de Santa Isabel e Ponte Buarque de Macêdo. A previsão de término do passeio é às 11h, no Boulevard Rio Branco. Mais informações no grupo do Facebook das Caminhadas Domingueiras: https://www.facebook.com/events/181491649587111/ VEJA TAMBÉM 9 imagens das pontes do Recife no século passado Soluções para a caminhabilidade no bairro do Recife Por um Bairro do Recife “caminhável”

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Museu da Cidade do Recife lança Catálogo do Acervo Cartográfico

Um conjunto formado por 1.898 artefatos gráficos salvaguardados pelo Museu da Cidade do Recife - MCR, datados do final do século XIX ao século XX, será lançado em catálogo online e impresso, acompanhado por DVD, no dia 30 de janeiro, às 19h. O Catálogo do Acervo Cartográfico do MCR ficará disponível para download gratuito no site da instituição e será comercializado na loja do museu por R$ 30 reais, cuja venda será revertida para ações de preservação das coleções do MCR. O evento, aberto ao público e com acessibilidade em Libras, contará com a palestra “Cartografia do Recife: um acervo para a cidade”, ministrada pela equipe do museu e do projeto. Idealizado pelo pesquisador, fotógrafo e produtor cultural Josivan Rodrigues, o Catálogo do Acervo Cartográfico do MCR é fruto do incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura - FUNCULTURA, da Fundarpe, Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco. Além de mapas e cartas, compõem o conjunto projetos urbanísticos (a exemplo da Praça de Casa Forte e o Parque 13 de Maio), arquitetônicos (Teatro de Santa Isabel e Biblioteca de Casa Amarela) e de mobiliário, gravuras e cartazes, entre outras tipologias. A mídia DVD incorporada à publicação impressa trará consigo todas as 1.898 imagens digitalizadas no Inventário do Acervo Cartográfico do MCR, assim como os seus respectivos índices, organizados por número de tombo, descrição e autor. De acordo com Josivan Rodrigues, se trata de um convite à sociedade para conhecer mais essa coleção que apresenta testemunhos essenciais da história social e cultural do Recife. "O catálogo impresso reúne uma amostra da diversidade deste acervo, com cinquenta artefatos reproduzidos em suas 52 páginas; já o DVD vem com a coleção completa. Os documentos, já reconhecidos por pesquisadores, podem agora ter seu público ampliado. Esse projeto é importante pois promove o acesso remoto ao passo que resguarda os originais do manuseio constante. Através do catálogo, será possível filtrar quando é realmente necessário ter em mãos os originais", explica o pesquisador. No plano de ação do projeto, está prevista como contrapartida a distribuição gratuita de parte da tiragem para bibliotecas e instituições públicas de ensino. Betânia Corrêa de Araújo, diretora do Museu da Cidade do Recife, assinala: o catálogo deverá ser utilizado pela equipe educativa da instituição nos próximos anos. "Agora é hora de comemorar e compartilhar o resultado, e também de arregaçar as mangas para as futuras - e incontáveis - etapas!", explica. A publicação a ser lançada foi precedida pelo trabalho de inventário e catalogação dos documentos, projeto também idealizado por Josivan Rodrigues com incentivo do Funcultura, quando foram detalhadamente observadas, descritas e digitalizadas as peças da coleção. Esta fase, por sua vez, foi antecedida pelo trabalho de higienização, planificação e acondicionamento realizado com o apoio da Caixa Econômica Federal. "Esse acervo documenta a mentalidade de cada época e como a cidade era pensada em determinados períodos. A maioria do nosso acervo é do século XX, e através dele é possível perceber as inúmeras mudanças pelas quais a cidade passou em prol do melhoramento urbano", orienta Sandro Vasconcelos, historiador do Museu da Cidade do Recife, responsável por coordenar a classificação, o inventário e a catalogação de todo o projeto. O pesquisador salienta a extrema importância da parceria da instituição com a sociedade civil em trabalhos do gênero. "Resultados como esse contemplam cada vez mais o público em geral. A possibilidade de criar desdobramentos a partir do acervo demonstra a capacidade do museu em levar adiante o compromisso de manter, preservar e divulgar os acervos. Quanto mais projetos assim, mais oportunidades de devolver para a sociedade produtos utilizáveis tanto para conhecimento, quanto para ideias lúdicas". Vasconcelos é mestre em história e coordenador do Núcleo de Pesquisas José Antônio Gonsalves de Mello do MCR. MUSEU DA CIDADE DO RECIFE Em quase 400 anos de existência, o Forte das Cinco, além de fortaleza, foi depósito, prisão e quartel militar. Desde 1982 é o Museu da Cidade do Recife e, devido a indicação da Unesco, pode se tornar patrimônio cultural mundial da humanidade. O acervo cartográfico do Museu da Cidade do Recife abrange 1.898 peças, já o acervo fotográfico é formado por mais de duzentas mil imagens. A quantia de 9.875 itens compõe o acervo arqueológico e tridimensional do equipamento cultural enquanto 2.126 títulos, entre livros e periódicos, estão disponíveis para consulta presencial no Núcleo de Pesquisas José Antônio Gonsalves de Mello, cujo acervo bibliográfico relaciona-se à arquitetura, história, cultura, artes, etc. Com entrada gratuita, o museu funciona de terça a sábado das 9h às 17h e aos domingos das 9h às 16h. O agendamento de escolas, universidades, faculdades, ONGs e outros grupos distintos deve ser realizado através do telefone (81) 3355-9558 ou pelo e-mail educativomcr@gmail.com, com a observação de que as visitas de agrupamentos não são realizadas aos domingos. SERVIÇO Lançamento do Catálogo do Acervo Cartográfico do Museu da Cidade do Recife e palestra “Cartografia do Recife: um acervo para a cidade” Quinta-feira, 30 de janeiro de 2020, às 19h. Museu da Cidade do Recife (Forte das Cinco Pontas, s/n, São José) Informações: (81) 3355-3108 Acesso gratuito. Valor do catálogo: R$ 30. 52 páginas, 21 x 21 cm, com DVD anexo.

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Telhado Verde e proteção social para jovens do Centro

Quem atravessa apressado pela Avenida Sul, pode passar sem perceber pelo casarão onde funciona a Comunidade dos Pequenos Profetas (CPP). Em contraste com o aspecto abandonado e com pouca vida de tantos edifícios no seu entorno, essa construção traz um “respiro” social e ambiental ao Bairro de São José. Na estreia do selo “Soluções Urbanas Criativas”, em que a Algomais passará a destacar iniciativas de alto potencial para revitalizar espaços urbanos, destacamos o projeto Telhado Eco Produtivo – semeando novos horizontes, que desenvolve uma produção agroecológica para a organização. A experiência, já reconhecida internacionalmente, faz um mix da promoção da alimentação saudável com a preservação do verde na cidade e a recuperação de jovens em condição de altíssima vulnerabilidade social. A história desse projeto se confunde com a do seu presidente Demetrius Demetrio. Ainda na juventude, após conhecer Dom Helder Camara e um projeto de apoio a moradores de rua, ele decidiu se dedicar a uma comunidade com a finalidade de recuperar crianças e adolescentes que cometem atos infracionais nas ruas do Recife. Trabalhar com esse público, no entanto, atraiu preconceito e rejeição ao casarão. O local já foi alvo de sete arrombamentos, sem que nenhum objeto de valor tenha sido levado. “As pessoas não queriam entrar aqui. Tinham preconceito porque acolhemos um grupo de crianças que cometem atos infracionais no centro da cidade. Não percebiam que quando estavam aqui, não estavam nas ruas”, conta Demetrius. O resultado disso foram invasões noturnas, por pessoas que destruíram tudo o que havia na casa e ainda jogavam a comida armazenada no telhado. As denúncias contra esses ataques não surtiram efeito. O que interrompeu esse ciclo de violência, que tanto sofrimento causava aos integrantes da organização, foi o telhado verde. Demetrius conheceu na Espanha os jardins na parte superior dos prédios. “Para não ficar com a energia negativa aqui dentro dos assaltos, veio o insight de fazer uma produção orgânica no telhado”. Ninguém acreditou no primeiro momento. Com o apoio de uma empresa parceira, ele conseguiu parte dos recursos necessários via um projeto da Petrobras Socioambiental, com investimento de R$ 250 mil. “Quando o projeto foi concluído, ficou mais evidente o ambiental porque no Estado não tem nenhum telhado verde como o nosso. Aqui são 400 m² de horta orgânica. Isso chamou a atenção das pessoas. Estamos no Centro da cidade, mas aqui é um oásis”, conta. Alface, salsa, berinjela, pimenta, sapoti, laranja, limão, entre outras variedades são colhidas na comunidade e servem tanto para o alimento das crianças e adolescentes que frequentam o espaço, como para doação para as famílias de baixa renda que vivem na região. Antes mesmo do telhado ficar pronto, a CPP recolhia garrafas PETs do Rio Capibaribe e plantava nelas mudas para uma horta vertical. Desde a sua implantação, uma tonelada desse material plástico já deixou as águas do Recife. Hoje, essas mudas seguem para as casas dos alunos, como uma forma de estimular a agricultura urbana e orgânica no bairro. Após a instalação do telhado orgânico, as invasões ao espaço cessaram. Hoje, pelo contrário, a organização recebe visitantes de diversos lugares para conhecer a experiência. A iniciativa, focada na questão ambiental e na alimentação saudável, acabou sendo importante também para a comunicação institucional da CPP na busca de novos parceiros. Com a produção orgânica no telhado e o preparo dos pratos na cozinha da própria casa, a CPP tem incentivado jovens a atuar na gastronomia, no qual Demetrius tem formação. Daniela Rodrigues, 19 anos, participa há três anos das atividades da CPP. Moradora do bairro, ela passa a maior parte do tempo na cozinha da instituição. “Quero ser uma chef. Aprendo muito sobre culinária saudável aqui. Sonho em seguir essa carreira e trabalhar ou criar um restaurante”, afirma. Como Daniella, outros jovens do projeto têm seguido essa carreira. A iniciativa foi reconhecida em dezembro pelo Prêmio de Direitos Humanos Nacho La Mata, do Conselho Geral da Advocacia Espanhola. Quem desejar ajudar ou conhecer de perto essa experiência, pode agendar visita pelos telefones (81) 3424-7481, (81) 8863-7718 ou pelo e-mail: cppclarion@uol.com.br. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Governo de Pernambuco define aumento zero para tarifa de ônibus

O governador Paulo Câmara anunciou, nesta quinta-feira (16/01), que as tarifas de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) não terão reajuste em 2020. "O que vamos discutir este ano são as melhorias do sistema e não reajuste. Enquanto não tivermos avanços concretos no transporte público, não falaremos em aumento da tarifa", afirmou, completando: "Até o fim de janeiro, vamos lançar um plano de investimentos onde faremos a nossa parte com melhorias nos terminais, na segurança e na fiscalização." Com a decisão, as passagens do sistema de transporte de público da RMR permanecerão R$ 3,45 no Anel A; R$ 4,70 no Anel B; e R$ 2,25 no Anel G. Paulo Câmara destacou que o setor precisa de uma repactuação. "Com metas que sejam cumpridas pelos empresários. O governo fará a sua parte, sem abrir mão de direitos adquiridos pela população. O Passe Livre - que garantimos aos estudantes - será mantido, o Transporte Complementar Gratuito também continuará valendo e manteremos o subsídio ao diesel, porque é decisivo para que o sistema não entre em colapso", pontuou. O chefe do Executivo estadual ressaltou a diferença no olhar que Pernambuco está dando à área. "Não vamos agir como o Governo Federal, que fez vários reajustes na passagem do Metrô e nenhuma contrapartida na melhoria do serviço", registrou. Em um intervalo inferior a um ano, o valor da tarifa do Metrô passou de R$ 1,60 para R$ 3,70. E um novo aumento, que elevará para R$ 4,00, está programado para março. Na última segunda-feira (13/01), os empresários do setor de transportes de passageiros da RMR apresentaram uma proposta de reajuste médio de 14% na tarifa. O Anel A - o mais utilizado pelos usuários do sistema - passaria de R$ 3,45 para R$ 3,90. No mesmo dia, o Governo de Pernambuco foi a público para afirmar que não aceitaria a sugestão. (Blog do Governo de Pernambuco)

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Operação do sistema de esgotamento implantado pela Codevasf em Cabrobó (PE) deve ter início em breve

O município de Cabrobó (PE) contará em breve com os benefícios da entrada em operação de um sistema de esgotamento sanitário integrado que oferecerá cobertura de 50% na coleta e no tratamento de esgoto. A obra foi realizada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e mobilizou investimentos de aproximadamente R$ 14 milhões. A intervenção em Cabrobó integra os esforços da Codevasf de revitalização da bacia hidrográfica do São Francisco. Foram implantados 16 mil metros de rede coletora, 24 mil metros de ligações prediais e quatro estações elevatórias com dois mil metros de linhas de recalque até a estação de tratamento composta por lagoa facultativa e lagoa de maturação. As estruturas foram interligadas às já existentes no município para condução de efluentes. “O sistema tem capacidade para coletar, transportar e tratar quase 70 litros de esgotos por segundo e capacidade para atendimento a uma população urbana de quase 28 mil habitantes. A Codevasf tem se preocupado em realizar ações como essas, que melhoram a qualidade de vida da população e revitalizam o nosso rio São Francisco”, explica o superintendente regional da Codevasf em Pernambuco, Aurivalter Cordeiro. “Ao longo de 2020 daremos continuidade a ações semelhantes a essa de Cabrobó em outros municípios da bacia do rio São Francisco”, acrescenta. Após o término da obra, a Codevasf repassou o sistema para a prefeitura municipal, que, por sua vez, concedeu a operação à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Neste início de 2020 a Compesa está realizando pequenos ajustes – investimento de R$ 80 mil – para que a operação do sistema seja iniciada.  

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