Z_Destaque_culturaHistoria - Página: 16 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Santos mártires imolados pelos holandeses no Rio Grande do Norte em 1945

*Por Leonardo Dantas Silva Quando das Guerras com a Holanda (1630-1654), se transportou para o Nordeste do Brasil, os propósitos da Guerra Religiosa, que grassava em Flandres e nos Países Baixos, entre católicos, calvinistas e luteranos desde a segunda metade do Século 16. Em 16 de julho de 1645, na localidade de Cunhaú, no hoje município de Canguaretama, no Rio Grande do Norte, uma tropa holandesa de 200 homens, comandados pelo alemão Jacob Rabi, juntamente com um grande número de índios tapuias e potiguares, dizimaram 69 habitantes locais que assistiam à missa dominical na igrejinha de Nossa Senhora das Candeias. Matança semelhante veio se repetir, dias depois, no povoado próximo, Uruaçu. Ali também foram dizimados Mateus Moreira e dezenas de outros homens; repetindo os índios os mesmos atos de antropofagia de Cunhaú devorando, ainda vivos, os corpos de suas vítimas, retirando deles os olhos, a língua, o pênis e outras partes. Por causa de tais atrocidades, os portugueses passaram a fio de espada cerca de 200 outros índios que lutaram ao lado dos holandeses, quando da Batalha de Casa Forte (Recife), em 17 de agosto de 1645. Esses fatos motivaram um longo processo de canonização por parte da Igreja Católica, concluído recentemente pelo Papa Francisco, em solenidade acontecida no domingo 15 de outubro do ano de 2017, quando declarou santos os 30 Mártires de Cunhaú e Uruaçu, massacrados no Rio Grande do Norte em 16 de julho de 1645. A cerimônia de canonização foi presidida pelo Papa Francisco e contou com 450 concelebrantes, assistida por aproximadamente 50 mil pessoas, que lotavam a Praça de São Pedro em Roma. Na ocasião, o Papa Francisco declarou santos os mártires potiguares, após o pedido oficial durante a cerimônia celebrada pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da congregação da Causa dos Santos. “Que estes que agora são santos indiquem a todos nós o verdadeiro caminho do amor e da intercessão junto ao Senhor para um mundo mais justo”, declarou o Papa Francisco, em sua homilia. Por causa desses episódios, a história nos relata o sentimento de abandono que veio a tomar conta dos habitantes de Pernambuco que, em outubro de 1645, resolveram redigir um longo manifesto narrando o clima de terror que estavam vivendo sob o domínio holandês. Manifesto dos cidadãos de Pernambuco publicado para sua defesa sobre a tomada de armas contra a Companhia das Índias Ocidentais, dirigido a todos os príncipes cristãos e particularmente aos Senhores Estados dos Países Baixos Unidos. Numa das versões do documento, escrito em espanhol, como se depreende da cópia original, pertencente ao Instituto Ricardo Brennand do Recife, são descritas algumas das atrocidades perpetradas pelos holandeses e índios antropófagos, seus aliados, que a eles eram entregues, para alimentação, os corpos das vítimas dos seus soldados. "Sendo bem servidos pelos selvagens tapuias a quem animavam [os holandeses] como a tigres e lobos sangrentos, que diante dos seus olhos comiam os corpos mortos daqueles que haviam matado, feito tão abominável que nem os antigos tiranos cometeram tal crueldade. Nas praças onde paravam para repousar e comer os que os recebiam amigavelmente em suas casas eram mortos e como recompensa da sua cortesia e pagamento pela comida que aqueles cristãos haviam dado a cristãos, davam-se seus corpos como comida para os selvagens." No ano seguinte (1646), o embaixador Francisco de Souza Coutinho, de posse de cópia desse manifesto, bem como dos relatórios de funcionários da Companhia, descontentes com o clima de terror insuflado pelo Governo do Recife, fez publicar uma série de panfletos, traduzidos para o holandês, denunciando a triste situação em que viviam os habitantes de Pernambuco. "Não há infâmia tão grande nem descortesia que não tenham usado contra as mulheres; depois de terem abusado delas desonestamente, e as filhas aos olhos dos pais e as mulheres casadas na presença de seus maridos as davam como regalo aos selvagens, que depois de satisfazerem seus intentos bestiais, as matavam e comiam. É verdade que não era a maior crueldade matá-las, porque depois da infâmia de desonrá-las e violá-las, elas mesmas prefeririam a própria morte por acharem- -se privadas de sua honra. Os ouvidos humanos têm horror de escutar tais coisas, mas os da Companhia tiveram olhos para vê-las e permitir tais crueldades, não apenas a um, mas a muitas de nossas pequenas crianças arrancaram os selvagens dos seios de suas mães. Assados e guisados como prato muito delicado. Comum entre eles um provérbio que dizia que os holandeses vieram ao Brasil para castigar os pecados dos portugueses, no que também concordamos e confessamos diante de Deus que bem merecemos tal castigo por nossos pecados, mas que tenham conosco segundo sua grande misericórdia e como um pai benigno que após haver castigado seus filhos lança o açoite ao fogo. Nossa perdição não foi apenas termos caído nas mãos de senhores cruéis e que tinham ódio mortal contra a nação [portuguesa], mas também extremamente apegados ao dinheiro; e passada toda a fúria sangrenta dedicaram-se com afinco a tomar-nos nossos bens justa ou injustamente." Esses panfletos eram impressos em oficinas apócrifas e distribuídos nas ruas, de modo a levantar a opinião pública contra os dirigentes da Companhia das Índias Ocidentais, com sede em Amsterdã. Esta, por sua vez, incomodada com tamanho noticiário, veio à forra [levar a efeito uma vingança; desforrar-se, vingar-se], denunciando, pela imprensa, a deslealdade de Portugal e a duplicidade de D. João IV ao apoiar, de forma escusa, o movimento separatista de Pernambuco.

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Olinda: do retorno da agitação cultural aos desafios na segurança

*Por Rafael Dantas Entre ladeiras, bares e ateliês, Olinda é o recanto de muitos artistas, foliões e amantes da cultura. Para além dos dias festivos do Carnaval, a vida cultural da cidade tem seus encantos, mas divide opiniões. A percepção de quem vive a cena olindense é de que as expressões culturais brotam quase que espontaneamente das suas esquinas. Todo esse potencial, no entanto, carece de maior organização e comunicação. Além disso, há um fantasma que tem assombrado moradores e turistas: a segurança. Quem vive Olinda há mais tempo registra o fechamento de muitos ateliês e espaços de cultura que marcavam a vida da cidade. Alguns mestres das artes plásticas faleceram, como Tereza Costa Rêgo, outros deixaram o município. Um dos lugares que ficou na lembrança dos moradores, por exemplo, foi a Casa do Cachorro Preto. Mas novos points da música e demais manifestações artísticas também surgiram, como a Casa Criatura e a Casa Estação da Luz. Nesse novo ciclo, também houve a revitalização do Mercado Eufrásio Barbosa e de bares com forte programação musical. Novas veias por onde pulsa essa economia criativa local. NOVOS ESPAÇOS A Casa Estação da Luz tem sido um empreendimento de destaque ao longo dos últimos cinco anos, embora tenha oficialmente aberto suas portas como centro de cultura há três, devido às restrições da pandemia. A ideia original foi concebida por Alceu Valença e sua mulher Yanê Montenegro, que embora passem a maior parte do tempo no Rio de Janeiro, são proprietários do espaço. Natália Reis foi convidada a se tornar sócia e gestora do projeto que transformou a casa em um centro cultural. “Desde a abertura pós-pandemia em 2021, a Casa Estação da Luz tem trabalhado para cumprir sua visão cultural, abrangendo diversas áreas como artes plásticas, dança, música, literatura e culinária. Hoje estamos operando em quase 100% do que a gente pode fazer na casa”, afirmou a gestora. Do movimento cultural sonhado para o espaço, ela diz que só não aconteceu ainda o teatro. Em breve acontecerá também a abertura de uma exposição permanente de Alceu Valença. “Um dos nossos objetivos é que num futuro próximo a casa abrigue a exposição permanente que conta a trajetória e poética de Alceu Valença. Um ponto cultural e turístico, pois Alceu é uma atração turística da cidade”, afirmou o curador Bruno Albertim. Na dinâmica atual da casa, ele destaca duas preocupações: a maior visibilidade de novos artistas e a preservação das raízes olindenses. “Um dos eixos curatoriais que tenho tentado imprimir é reinserir atores e autores de uma prática artística que eram relegados ao segundo plano, sem acesso aos mecanismos de produção de hegemonia e poder, ao coração de Olinda. Outro aspecto é que a casa trabalha muito a memória artística da cidade, dentro de um panorama da arte modernista brasileira, da exposição do modernismo tardio que se manifestou na cidade” Outro novo endereço da cultura olindense é a Casa Criatura. Idealizado por Isac Filho. O projeto completou quatro anos de existência, dois dos quais no atual espaço, situado no Sítio Histórico de Olinda. Concebida na pandemia, a casa começou a ganhar vida em 2021 na Rua do Amparo, mas cresceu substancialmente desde então, agora ocupando um espaço dez vezes maior. Isac e sua companheira Juliana, ambos arquitetos, tiveram a visão de revitalizar o patrimônio e construir um ambiente de criação e inovação em Olinda. A casa funciona como um centro de trabalho colaborativo durante a semana e se transforma em uma galeria de arte gratuita nos fins de semana, com exposições, shows e eventos culturais que valorizam a diversidade e a pluralidade de usos. Isac enfatiza que há um esforço para unir artistas consolidados com iniciantes, homens e mulheres, buscando sempre a diversidade e valores que reflitam o espírito do espaço cultural. Ele projeta que a Casa Criatura se consolide como um centro de arte, influenciando positivamente a cultura e a economia criativa em Olinda e na região. O idealizador da casa lembra que o projeto não se limita a suas instalações, mas abraça o entorno urbano, ativando espaços menos explorados. Um exemplo foi a ideia de criar em Olinda um "Beco do Batman", uma referência a um local em São Paulo que ganhou uma nova vida a partir de uma intervenção urbana com muita arte e criatividade. A percepção de Isac sobre a cultura de Olinda é repleta de entusiasmo e um senso de missão. Ele descreve o momento pós- -pandêmico como uma oportunidade de reconexão local. “Eu vejo como um momento de estruturação. Mais bandas se desenvolvendo, mais orquestras se destacando. Não destacaria só música mas, também, os movimentos voltados à arte. Vejo mais efervescentes as artes visuais, um número crescente de grafites, exposições e colabs surgindo. Aqui tem uma mistura do grafite, da arquitetura, da fabricação digital, das figuras a laser. Uma conexão de diversas linguagens. Isso é uma coisa nova. Vejo um momento bom para isso”. Isac acredita que Olinda possui um potencial criativo poderoso, capaz de atrair artistas e criativos de diversas áreas, a partir do fomento de uma política cultural local que consolide a cidade como um polo de criatividade e inovação. BOEMIA OLINDENSE Morador e também trabalhador de Olinda, Márcio Valença aprecia a cena que se constrói nos bares da cidade. Tanto novos endereços, como alguns já tradicionais abrigam a diversidade musical local. “Gosto de desfrutar a boemia da cidade. Frequento bares, principalmente à noite, numa cidade que acontece após às 18h, quando escurece”, afirma Márcio, ressaltando que os vestígios do período carnavalesco são interessantes para os moradores e visitantes. “São blocos fora de época, orquestras passando, um boneco gigante perdido. São resquícios do Carnaval que vivem durante o ano”. Como um bom boêmio, ele lista uma série de espaços tradicionais, como o Bar do Peneira, a Bodega do Veio, o Recanto do Ingá, entre outros por onde ele caminha. “Existem bares mais novos, como o Bar do Amparo e o Fogo de Oca, que são a cara de Olinda, antenados com a cultura da cidade. Ainda

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Recife recebe a primeira edição do FAM Festival: Música, Arte e Gastronomia

O Recife, cidade que pulsa com música, criatividade artística e gastronomia , se prepara para receber, pela primeira vez, o FAM Festival. Nos dias 23 e 24 de setembro, o Parque Santana se tornará o palco do evento. Após cinco edições bem-sucedidas em São Paulo, uma no Rio de Janeiro e outra em Salvador, o evento idealizado pela agência @scheeeins, com o incentivo da Eletrolux, do Ministério da Cultura e o apoio da Secretaria de Turismo e Lazer do Recife, desembarca na capital pernambucana para um final de semana repleto de efervescência cultural. Com entrada gratuita e programação voltada para toda a família, o FAM Festival incorpora os três grandes pilares em seu nome: Food (gastronomia), Art (arte) e Music (música). Artistas, coletivos e bandas locais se unirão às atividades do festival, cujo conceito é inspirado nos icônicos festivais de verão da Europa, com o propósito de permitir que as pessoas desfrutem dos espaços verdes da cidade entre amigos e em família. O acesso a toda a programação, que será divulgada em breve, é gratuito, e os ingressos já estão disponíveis para retirada no site www.famfestival.com.br.

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Guerreiros do Passo: maioridade com sinônimo de resistência

Há 18 anos, o grupo representa uma trincheira na salvaguarda do frevo pernambucano, mas carece de políticas públicas estruturadoras, assim como o próprio ritmo De forma datada, o frevo é nosso desde 1906. Veio ao mundo no meio do intenso processo de urbanização e industrialização que o Recife vivia no início do século 20. Esse ritmo que “entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba no pé” ganhou novos reflexos há 18 anos com um grupo que faz questão de manter essa tradição que, em sua essência, nada mais é do que uma manifestação musical e corporal urbana. O grupo Guerreiros do Passo chega à maioridade ressente de políticas públicas estruturadoras, assim como o próprio frevo. Enquanto luta, resiste com dança, pesquisa e por conta própria. Sem nenhum auxílio do poder público.   Procurei Eduardo Araújo, pesquisador da história do frevo e um dos fundadores dos Guerreiros, pelo Instagram. Fui em busca do seu contato para entender a realidade do grupo atualmente. Liguei algumas vezes. Sem sucesso. Depois, recebi de Eduardo o retorno de que o grupo estava numa apresentação no lançamento de editais culturais lançado pela ministra da Cultura Margareth Menezes, na última sexta (1°), com a presença do prefeito do Recife, João Campos (PSB), secretários de Cultura do estado e da capital e outros convidados. Por coincidência ou precisão do destino, dia em que o grupo completou 18 anos de fundação. “Não dá apenas para vender o frevo como atração turística em propagandas governamentais, colocar passistas fazendo acrobacias no aeroporto e em eventos e passar a imagem para quem vê de fora de que Pernambuco é um paraíso para o artista popular, o que na prática não é a realidade. São 18 anos resistindo sem apoio direto, apenas com a seleção de editais de cultura. Então, a gente tira do nosso próprio bolso, na luta de dar continuidade ao legado do nosso Mestre Nascimento do Passo. Tocamos um movimento que chamamos de resistência, de luta. Queremos continuar lutando para que a sociedade possa continuar aplaudindo as nossas atividades”, contou Eduardo Araújo por telefone. História – O grupo nasceu em 2005 dentro da Escola de Frevo Maestro Fernando Borges, no bairro da Encruzilhada, quando o espaço estava sob a gestão do Mestre Nascimento do Passo, falecido em 2009. Sua partida deixou um vasto legado e fez com que seus seguidores criassem uma identidade própria, vivendo o frevo para além da sazonalidade. “A gente sempre achou que o Carnaval era um momento de culminância e não de iniciar o contato com o frevo. O frevo precisa se libertar dessa pecha de só ser música de folia”, disse Araújo.  Para ele, o ritmo tem que ser vivido o ano todo, como ginástica, terapia e lazer.  A escolarização foi o caminho encontrado para a transmissão do passo e é onde a maioria dos amantes do frevo encontram apoio para manter viva sua paixão. Mestre Nascimento do Passo desenvolveu uma metodologia de ensino sistematizando os movimentos e as técnicas que até hoje são repassadas para as novas gerações. Depois da saída da Escola de Frevo por não concordarem com a decisão da diretoria da instituição de mudar o método de ensino da dança, Eduardo Araújo e os professores Lucélia Albuquerque, Valdemiro Neto e Laércio Olímpio decidiram concentrar as atividades na Praça do Hipódromo, na zona norte, com o projeto Frevo da Praça, dando aulas às quartas, às 19h, e aos sábados, às 15h, com uma média de 40 a 50 alunos. No entanto, devido à pandemia, precisaram encerrar as aulas, que foram retomadas no início deste ano, mas a falta de apoio para a compra de materiais não permitiu o grupo voltar às atividades. “A Prefeitura fez uma reforma na praça, retirou todas as tomadas e ficamos sem ter como ligar o som. Conseguimos um caixa recarregável emprestado, mas como dependia muito da disponibilidade de terceiros, não foi possível continuar”, falou Eduardo, acrescentando que desenvolveu um outro projeto, o Quintal do Frevo, também no Hipódromo, com o objetivo de promover oficinas, encontros e aulas. As obras foram iniciadas com recursos garantidos por meio da Lei Aldir Blanc, mas ainda dependem de apoio para a conclusão. O grupo conta os dias para voltar com o projeto Frevo da Praça. Após participação no filme “Retratos Fantasmas”, longa-metragem do cineasta e roteirista Kleber Mendonça Filho, os Guerreiros firmaram uma parceria com a produtora do filme na missão de comprar um som recarregável para retomar as aulas no Hipódromo, que deve acontecer após a liberação dos recursos. Seja com espetáculo nostálgico que remete às icônicas figuras retratadas pelo fotógrafo franco-baiano Pierre Verger em sua passagem pelo Recife nos anos de 1940 ou por meio das aulas de dança com traçados e trejeitos do frevo nas ruas e nos palcos, o que os Guerreiros do Passo querem é ampliar o conhecimento para manter vivo o ritmo que pertence a todos os pernambucanos.

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Pernambuco Centro de Convenções recebe 18 eventos em setembro

O Pernambuco Centro de Convenções receberá 18 eventos neste mês de setembro, um a mais que em agosto. São apresentações musicais, encenações de teatro, feiras e convenções. No Teatro Guararapes Chico Science, a programação inclui nomes de peso como Flávio Venturini, Melim, Zé Ramalho, Nando Cordel e o ídolo da garotada Luccas Neto. Na área externa, shows de grandes proporções o TBT do WS (Wesley Safadão) e o consagrado Samba Recife. Já o pavilhão de feiras recebe o Recifitness e a maior feira de tecnologia automotiva do Nordeste, a Autonor. Até o final de setembro passam pelo Guararapes a banda Melim na véspera do feriado (6), o stand up do Afonso Padilha (15), Zé Ramalho (16), Rogério Skylab (22), o espetáculo infantil “Saltimbancos” e “A Noviça Rebelde” (24), além do Encontro de Cantadores com Nando Cordel, Renato Teixeira e Xangai (29) e Luccas Neto (30) em duas apresentações. Para o CEO do Consórcio CID Convenções, Cláudio Vasconcelos, é um compromisso com a sociedade pernambucana atrair cada vez mais eventos de qualidade para a Região Metropolitana do Recife. “Estamos permanentemente em contato com os melhores produtores de shows e eventos locais e nacionais para apresentar o que há de melhor em entretenimento bem como em termos de eventos, feiras e convenções”, assegura. Na área externa, Wesley Safadão traz o seu projeto TBT no dia 16 de setembro com um super time de convidados com Limão com Mel, Saia Rodada e Walkyria Santos para reviver sucessos que marcaram época e um clima de forró e alegria. Nos dias 23 e 24, a festa fica a cargo do Samba Recife, um festival que já é tradição na cidade nesta época do ano. No primeiro dia, a programação contempla Belo, Sorriso Maroto, Alexandre Pires, Ferrugem, Pixote, Tiee, Turma do Pagode, Kamisa 10, Marvvila, Grupo Clareou e Envolvência. No dia seguinte, Leo Santana, Ludmilla, Menos é Mais, Dilsinho, Mumuzinho, Xande de Pilares, Thiago Soares, Gica, Pique Novo, Cajú pra Baixo e É o Tchan. FEIRAS - De 13 a 16 de setembro, o pavilhão será totalmente ocupado pela feira de grande porte Autonor – Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste, que atrai mais de cem caravanas de toda a Região. A feira tem entrada gratuita e tem como público-alvo profissionais e proprietários de casas de reparação automotiva, o comércio varejista de peças, sendo aberta também aos consumidores finais. Há uma grande expectativa para o retorno do evento após a pandemia. Confira abaixo a programação completa do mês de setembro no Pernambuco Centro de Convenções.  SERVIÇO: Shows Teatro Guararapes: MELIM Data: 06/09/2023 Local: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 65, à venda no Sympla. STAND UP DO AFONSO PADILHA Data: 15/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 40, à venda no Sympla. ZÉ RAMALHO Data: 16/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 110, à venda no Sympla. ROGERIO SKYLAB Data: 22/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 70, à venda no Sympla. ESPETÁCULO INFANTIL SALTIMBANCOS Data: 24/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 16h Ingressos: a partir de R$ 25, à venda no Sympla. ESPETÁCULO A NOVIÇA REBELDE Data: 24/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 18h30 Ingressos: a partir de R$ 35, à venda no Sympla. ENCONTRO DE CANTADORES (NANDO CORDEL / RENATO TEIXEIRA E XANGAI) Data: 29/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 87,50, à venda no Sympla. Evento: LUCCAS NETO Data: 30/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 13h (1ª Sessão) 18h (2ª Sessão) Ingressos: a partir de R$ 80, à venda no Sympla. Área externa: TBT WS Data: 16/09/2023 Locais: Área Externa Horário: 20h Ingressos: a partir de R$ 100, à venda no site www.virtualticket.com.br e nos pontos físicos da Ingresso Prime e Ticket Folia. SAMBA RECIFE Data: 23/09/2023 – 16h 24/09/2023 – 14h Locais: Área Externa + Pavilhão de Feiras Ingressos: a partir de R$ 140, à venda na Bilheteria Digital. Feiras e eventos: AUTONOR – FEIRA DE TECNOLOGIA AUTOMOTIVA DO NORDESTE Data: 13 a 15/09/2023 – 15h às 21h 16/09/2023 – 14h às 20h Local: Pavilhão de Feiras + Mezanino Informações e inscrições: https://autonor.com.br SUPER ENCONTRO BOSCH ELÉTRICA Data: 14/09/2023 Local: Auditório Brum Horário: 19h JORNADA BETT NORDESTE Datas: 27 e 28/09/2023 Local: Pavilhão de Feiras Horário: 9h às 18h Informações e inscrições: https://brasil.bettshow.com/jornadabettnordeste

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Monólogo homenageia 100 anos de morte do escritor Lima Barreto no Teatro Apolo

Em celebração ao centenário do falecimento de Lima Barreto, o coletivo OPTE (Operários de Teatro) traz ao palco do Teatro Apolo, hoje, dia 31 de agosto, às 20h, o monólogo "Quaresma". Inspirado no romance "Triste Fim de Policarpo Quaresma", do escritor carioca, a peça traz à vida um dos personagens mais emblemáticos da literatura brasileira. O ator pernambucano Alexsandro Souto Maior não apenas interpreta o papel, mas também assina a adaptação desse quixotesco subsecretário que propõe a língua tupi-guarani como oficial do Brasil, em uma trama que aborda temas atemporais como identidade nacional e saúde mental. A direção de Quiercles Santana conduz o público por um cenário despojado, onde o metateatro dialoga harmoniosamente com a cenografia e dramaturgia. Referências diversas, como a pintura "O Quarto de Arles", de Van Gogh, e manifestos culturais como o Pau-Brasil, enriquecem a encenação. A luz criada por Luciana Raposo evoca o universo de Van Gogh e a intimidade da vida solitária do protagonista, enquanto a trilha sonora de Kleber Santana entrelaça erudição e brasilidade. Em pouco mais de uma hora, a plateia é convidada a explorar as reflexões, drama e comicidade de Quaresma, ao mesmo tempo em que reflete sobre o Brasil contemporâneo, unindo-se à esperança diante do caos. Os ingressos promocionais estão disponíveis por R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), podendo também ser adquiridos antecipadamente pelo site da Sympla. Serviço: Monólogo "Quaresma" Dia: 31 de Agosto (Quinta-feira) Horário: 20h Local: Teatro Apolo Ingressos: Inteira R$ 40,00 | Meia R$ 20,00 Ingressos também disponíveis no site da Sympla.

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"A volta cinema de rua tem o potencial de ativar o Centro da cidade"

Priscila Urpia e Bárbara Lino, do Coletivo CineRuaPE (foto Eduardo Cunha) A lembrança de frequentar as sessões nos antigos cinemas de rua – como o Trianon, no Recife, o Iracema, em Vitória de Santo Antão ou o Cine Olinda – traz nas pessoas uma forte emoção nostálgica. Um sentimento compartilhado pelos que assistiram a Retratos Fantasmas, novo filme de Kleber Mendonça Filho, que trata do tema. Essa memória afetiva tem sido a força propulsora para as ações do coletivo CineRuaPE, que atua para salvaguardar e recuperar esses equipamentos. Mas, nessa empreitada, seus integrantes perceberam que, embora seja importante e louvável a recuperação das salas de exibição pelo poder público, é preciso também recuperar o seu entorno. Algo que é perceptível nas regiões centrais. “O Centro do Recife e de outras cidades do Estado são lugares que cresceram e foram fomentados junto com essas salas. Quando esses lugares prosperaram, os cinemas cresceram. Quando o território entra em decadência, os cinemas entram também", analisa a cientista social e urbanista Bárbara Lino, que integra o coletivo. Bárbara e Priscila Urpia, outra componente do grupo, conversaram com Cláudia Santos sobre as ações do coletivo. Uma delas aconteceu na pré-estreia do filme de Kléber, quando promoveram uma visita dos espectadores à bela arquitetura art-nouveau do Cineteatro do Parque. Quais os propósitos do coletivo CineRuaPE? Bárbara: Ele foi fundado em 2015, é uma organização da sociedade civil composta por um corpo técnico e artístico que trabalha para salvaguardar o patrimônio dos cinemas de rua de Pernambuco, para recuperar não apenas a forma física do equipamento mas, também, entender que tipo de relações com o entorno essas edificações estabelecem. Pensamos como esse cinema pode voltar a fazer sentido com as relações que existem hoje nesses territórios. Além disso, fazemos um trabalho de articulação multissetorial entre as entidades competentes de cada cinema, monitoramos os equipamentos no que se refere à gestão, aos recursos que podem ser destinados a eles e tentamos aproximar as entidades responsáveis que podem fazer as coisas acontecerem nos equipamentos. O coletivo tem uma gama de projetos, como o Cineclube Cine Rua, em que fazemos sessões no cinema e nas fachadas para sensibilizar o poder público e a sociedade para a importância daquele cinema de rua. Outro projeto é o Cine Rua Itinerante, em que promovemos mostras e visitas guiadas. Priscila: O coletivo trabalha com cerca de 22 cinemas de rua de Pernambuco, distribuídos entre o Recife, Região Metropolitana, Agreste, Zona da Mata Sul e Norte e Sertão. O coletivo trabalha com a proposta de salvaguardar esses espaços, como equipamento, mas também como preservação, memória e programação regular. O que levou esses os cinemas de rua a fecharem? Priscila: O advento do videocassete e dos DVDs foi crucial para que fossem sumindo e virassem salas fantasmas. Muitos desses equipamentos se transformaram em igrejas ou mercados. Vemos essa dinâmica também hoje em dia pela quantidade de streamings existentes. E, aí, essas salas foram sumindo. E olhe que Pernambuco foi considerado uma Hollywood do Nordeste quando tinha mais de 100 salas de cinema de rua. Bárbara: A própria TV surge como esse equipamento novo nos anos 1950. Os cinemas chegam antes disso. Em Pernambuco em 1909/1910 já havia salas que eram privadas, porque todas eram empreendimentos para ganhar dinheiro como qualquer outro negócio. Havia muita demanda. As pessoas, realmente, consumiam muito cinema. As salas que sobreviveram são as que o poder público passou a ser o proprietário. Gostaria de falar um pouco sobre a história de onde esses cinemas se localizavam. Se a gente for pensar o Centro do Recife e de outras cidades do Estado veremos que são lugares que cresceram e foram fomentados junto com essas salas. Quando esses lugares prosperaram socioeconomica, cultural e simbolicamente, os cinemas cresceram também. Depois chegaram os shoppings centers. No Recife construímos esses equipamentos perto do Centro, que passou a ser abandonado pelas pessoas, em razão do discurso da violência, da decadência do velho contra o novo. O território, então, entra em decadência e os cinemas entram também. A causa do fechamento dos cinemas, portanto, é multifatorial. O que a gente vê neste momento é uma tentativa institucional de vários movimentos, também multifatorial, de retomar esse território. E imaginamos que se isso acontece, vai impulsionar a retomada do cinema. E se o cinema volta, ele impulsiona a retomada desse território, novamente um influenciando o outro. Qual a importância de resgatar o cinema de rua, em pleno século 21, diante de uma nova realidade de Pernambuco e do Brasil? Bárbara: E do mundo também, onde vemos essa retomada das salas de cinema. Esse equipamento ancora uma gama de atividades ao redor dele, não só de cultura, mas também econômica. Antes havia a sala de exibição, mas também tinha o encontro das pessoas, a referência de consumo ao redor do cinema, seja antes ou depois da sessão, seja de apreciação de um barzinho, de um restaurante ou uma livraria. O equipamento promovia o contrário da segregação urbana porque aglomerava pessoas com perfis e interesses diferentes no mesmo território. E isso é o objetivo da democracia. A volta cinema de rua tem o potencial de ativar o centro socialmente, mas também economicamente, porque as pessoas passam a transitar mais por ali e, obviamente, a consumir mais naquele local. A falta de salas influencia a decadência do centro e o contrário também. Hoje, alguns cinemas estão abandonados, mas têm uma capacidade para voltar a funcionar, porque a estrutura física ainda existe. Temos os do poder público que já voltaram, e o Recife é uma cidade muito consumidora de filmes, e também produzimos muito cinema. Tínhamos uma enorme quantidade de salas que eram associadas à grande produção de filmes, seja para o consumo deles, seja para cineclubes que já existiam na metade do século passado. Percebemos que o Estado continuou produzindo muito cinema e hoje é difícil assistir a essa produção. A ausência das salas de cinema pode vir a fazer com que essa produção tenha uma baixa e a gente sairia desse lugar

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Estreia nacional do documentário sobre Assange no Cinema da Fundação

A Sala Derby do Cinema da Fundaj apresenta "Ithaka, a Luta de Assange", com sessão debate na próxima quinta-feira (31) às 19h30, em presença do ativista e pai de Julian Assange, John Shipton. No dia 31 de agosto, às 19h30, o Cinema da Fundação/Derby realizará a estreia nacional do documentário "Ithaka, a Luta de Assange". O filme dirigido por Ben Lawrence explora o encarceramento de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, e aborda temas cruciais como democracia e liberdade de imprensa. A exibição contará com a participação do ativista John Shipton, pai de Julian Assange, para um debate pós-sessão. Coordenador do Cinema da Fundação, Luiz Joaquim reforça a importância do documentário ao escolher seguir a luta de John Shipton e Stella Devant para mostrar que Julian Assange é vítima, não algoz. "Ter a presença de John Shipton no Recife na data de estreia de Ithaka, a Luta de Assange e a confirmação de sua participação no debate após a sessão promovida pelo Cinema da Fundação é um presente o qual todos os locais que prezam por esses dois pilares da justiça moderna - a liberdade de imprensa e a democracia - deveriam prestigiar", conclui o coordenador Luiz Joaquim. Serviço: Pré-estreia "Ithaka, a Luta de Assange" no Cinema da Fundação Sessão debate com John Shipton, pai de Julian Assange 31/08, às 19h30 Ingressos: R$7 (meia) / R$14 (inteira) Sala Derby - Rua Henrique Dias, 609

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Triunfo realiza Festival de Cinema nesta semana

Exibições de longas, curtas e médias-metragens pernambucanos e nacionais, além de oficinas e debates compõem a programação do 14º Festival de Cinema de Triunfo, que acontece de hoje (28 de agosto) a 2 de setembro na cidade sertaneja. Promovido pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secult-PE e Fundarpe, o evento acontece no belo Theatro Cinema Guarany que festeja este ano o seu centenário. Entre os longas estão Terruá Pará (de Jorane Castro), Diaspóricas (de Ana Clara Gomes), Marcos (de Filipe Codeço), Rama Pankararu (de Pedro Sodré), Além da Lenda (de Marília Mafé e Marcos França) e Fim de Semana no Paraíso Selvagem (de Severino). As programações de curtas e médias dividem-se nas categorias curta e média-metragem pernambucano, dos Sertões, nacional e infanto-juvenil. A oficina Outros Sertões e o Minuto, ministrada pela produtora cultural, poeta e cineasta, Mila Nascimento, fará uma imersão para jovens de Triunfo em cinema, trazendo reflexões teóricas e práticas do fazer audiovisual para lançarem novos olhares sobre o Sertão. Será de 28 de agosto a 2 de setembro na Fábrica de Criação Popular, no Sesc. A programação ainda conta com uma visita guiada ao Theatro Cinema Guarany, realizada pelo coletivo CineRuaPE, e a Mostra Judith Quinto, realizada pelo Sesc/Fecomércio/Senac, ambas no sábado. No dia seguinte, também haverá debates com os realizadores, na Praça do Avião.

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Espetáculo "Rock Para Crianças - A História do Rock" acontece neste domingo

No próximo dia 27, o Teatro RioMar recebe o espetáculo musical infantil "Rock Para Crianças - A História do Rock", que leva ao palco atores e banda para contar a trajetória do rock desde a década de 1950. Patrocinado pela BB Seguros através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o musical já conquistou sucesso nacional em sua primeira temporada e chega a Recife para uma única apresentação, trazendo imagens em telões de LED que enriquecerão a experiência. Com direção, roteiro e autoria de Ana Ferguson e Solange Bighetti, a peça é conduzida pelos protagonistas Duda (Mika Alves) e Kiko (Jardel Sodré), acompanhados pelos cantores Fernanda Abi-Ramia e Victor Hugo, além de uma banda ao vivo. Ao todo, são apresentadas 27 músicas clássicas do gênero, que contam a evolução do rock ao longo dos anos, desde ícones como Elvis Presley até nomes como Guns N’ Roses e Bon Jovi. “A proposta é proporcionar um entretenimento para toda a família, permitindo que pais fãs de rock introduzam o gênero aos seus filhos”, explica Ana Ferguson. A turnê, que já teve início em Natal (RN) e conta com o apoio da BB Seguros, visa não apenas divertir, mas também educar através da música, promovendo a conexão entre gerações e fortalecendo laços familiares. O espetáculo seguirá para outras quinze capitais brasileiras, abrangendo diferentes regiões do país. Percurso Musical pela História do Rock O espetáculo apresenta um percurso musical pela história do rock, desde seus primeiros momentos na década de 1950 até os dias atuais. Ícones como Elvis Presley, Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin e outros nomes marcantes deixaram sua marca na música e continuam sendo celebrados. A experiência emocionante de conectar crianças com esses clássicos é partilhada pela atriz e cantora Fernanda Abi-Ramia, que expressa a alegria de ver as novas gerações se divertirem e aprenderem com as mesmas músicas que influenciaram sua trajetória artística.

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