Z_Destaque_culturaHistoria – Página: 8 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

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Museu da Academia Pernambucana de Letras ganha painéis com acessibilidade

A partir de agora, a visita à Academia Pernambucana de Letras (APL) se torna mais inclusiva, graças a novos recursos acessíveis para pessoas com deficiência visual e auditiva. Fundada em 1901, ela está situada em um casarão neoclássico do século XIX, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), no bairro das Graças, oferecendo aos visitantes uma imersão histórica na trajetória da APL e e no seu extenso acervo museológico. Projeto de Acessibilidade Comunicacional O projeto “Museu da Academia Pernambucana de Letras – Um passo em direção à Acessibilidade Comunicacional”, realizado pela produtora Arkhé Cultural com o apoio do Funcultura, visa tornar acessíveis as informações imagéticas dos painéis que representam os espaços do museu. A exposição permanente inclui obras de arte, peças decorativas e mobiliário doados à Academia ao longo dos anos, oferecendo uma rica experiência cultural e histórica. Tecnologia Assistiva no Museu da APL O Museu da APL, com visitação aberta ao público, agora conta com intervenções que possibilitam a acessibilidade comunicacional. Cada um dos dez cômodos da casa possui painéis informativos equipados com QR-codes. Esses códigos direcionam os usuários a traduções em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e audiodescrição, promovendo a democratização do acesso ao patrimônio cultural e garantindo uma experiência inclusiva para todos os visitantes.  O horário de visitação do Museu da APL é de terça a sexta-feira, das 10h às 16h. É possível realizar agendamentos para grupos através do telefone (81) 3268-2211. Jamille Barbosa, produtora cultural responsável pela Arkhé “A intervenção visa dar um primeiro passo em direção a um patrimônio cultural mais acessível às pessoas com deficiência. É um projeto importante para lançar luz ao tema, encontrar cada vez mais apoio do poder público e, consequentemente, possibilitar a fruição do acervo do Museu ao maior número de pessoas possível”. Lourival Holanda, presidente da APL “Certamente, esse passo em direção à acessibilidade inclui a APL num rol ainda muito enxuto de instituições culturais que aproximam pessoas com deficiência de atividades culturais e literárias. Pretendemos ainda ampliar o leque de iniciativas neste sentido e tornar a Academia um ambiente cada vez mais acessível e visitado pela sociedade”.

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Estação Ferroviária é revitalizada em Caruaru

Com os prédios históricos reformados, as estruturas funcionarão com projetos culturais A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, inaugurou no último sábado (18) a Estação Ferroviária completamente restaurada. As obras incluíram a manutenção das fachadas dos edifícios históricos, a implementação de um novo projeto paisagístico em harmonia com as construções originais, a adaptação dos ambientes de acordo com as normas de acessibilidade e a consolidação do espaço para atividades culturais, turísticas e recreativas. Com um investimento de pouco mais de R$ 8 milhões, a reforma visa proporcionar mais qualidade de vida, emprego e renda, além de promover cultura e informação para a comunidade. Todas as restaurações necessárias foram concluídas, incluindo o reboco, revestimentos externos e internos, portas metálicas, portas de madeira, janelas e a cobertura dos dois prédios, que agora apresentam o mesmo aspecto da época em que foram construídos. Todas as infraestruturas necessárias para o funcionamento dos edifícios também foram finalizadas, incluindo a instalação dos circuitos elétricos, pintura, acabamentos em vidros e instalações das louças sanitárias. O espaço totalmente restaurado agora conta com diversas novas funcionalidades, como a implantação de um palco escola, salas para oficinas, uma sala multiuso para exposições e uma loja colaborativa, um teatro de mamulengos, áreas destinadas a atividades comerciais da casa de cultura (comboio da cultura), um memorial ferroviário, o Instituto Histórico de Caruaru, a sede do Conselho de Políticas Culturais, além de uma sala para patrimônios da cultura, uma área de alimentação e a criação do Museu do Espaço Ferroviário. Rodrigo Pinheiro, prefeito de Caruaru “Ver o brilho nos olhos dos caruaruenses nesse dia memorável, nos faz ter mais vontade de continuar avançando, trabalhando e arregaçando as mangas. Por isso, iremos desenvolver ações que promovam a nossa cultura. Iremos ocupar esses espaços com oficinas, apresentações culturais e projetos de sustentabilidade, com uma modelagem denominada de Estação Criativa”. Raquel Lyra, governadora de Pernambuco “Caruaru só é um país porque mantemos a nossa cultura, de forma extraordinária, mantemos a preservação do nosso patrimônio e por isso estamos entregando esse espaço que reflete a nossa história, a história dos caruaruenses. Esse é mais um presente que a capital do Agreste ganha nesse dia tão especial”.

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Festival Palco Giratório do Sesc traz 46 espetáculos para o Recife Com 46 espetáculos e expectativa de presença de mais de 11 mil pessoas, o Festival Palco Giratório retorna, após 10 anos, ao calendário cultural do Recife no próximo dia 16. O projeto, criado e realizado pelo Sesc, é o maior de artes cênicas em circulação no país e chega a 26ª edição com programação para todas as idades com opções gratuitas e a preços populares na capital pernambucana. A programação completa está disponível no https://palcogiratorio.sescpe.com.br/. Até o dia 1º de junho, a programação vai ocupar teatros e espaços públicos do Centro do Recife e da zona Sul. Ao todo, serão 30 peças pernambucanas no palco e mais 16 nacionais, vindas de diversos estados brasileiros e do Distrito Federal. Durante os 17 dias de realização, haverá atividades nos teatros Capiba, Marco Camarotti, Hermilo Borba Filho, do Parque, Apolo, Santa Isabel e Luiz Mendonça. Também vai circular por espaços alternativos e sedes de importantes coletivos, como Rede Moinho da Ilha, O Poste, Teatro André Filho (Cia Fiandeiros) e Espaço Cênicas, e em lugares abertos ao público, como a Praça do Campo Santo, no bairro de Santo Amaro. Entre os destaques, estão “Zaratustra: uma transvaloração dos valores”, do diretor, ator e criador cultural Amir Haddad, e “Herança”, do cantor e diretor musical Maurício Tizumba. Os dois são os homenageados desta edição e virão ao Recife, ainda em maio, para apresentação. Neste ano, quem vai representar Pernambuco no circuito nacional é O Bando Coletivo de Teatro. O grupo terá temporada do espetáculo “Quatro Luas” em mais de 25 cidades do país, além de se apresentar, no dia 17 de maio, no Teatro Marco Camarotti. Para o público infantil, as opções giram em torno de espetáculos com elementos de musicalidade e trazendo temas como consciência ambiental, autismo, como lidar com os sentimentos e outros, sempre através da ludicidade. Serão 14 espetáculos voltados para este público. Serviço – Festival Palco GiratórioData: de 16 de maio a 1º de junhoInformações: https://palcogiratorio.sescpe.com.br/Ingressos: vendas antecipadas pelo site e, no dia do evento, na bilheteria de cada teatro (sujeito à disponibilidade) 1º Festival Literário das Periferias ocupa espaços culturais e escolas do Recife com rodas de conversa, oficinas e recitais O Festival Literário das Periferias (Fliperifa) estreia no Recife com “O Direito à Literatura” como tema da 1ª edição, em homenagem às escritoras nordestinas Inaldete Pinheiro, do Rio Grande do Norte, e Odailta Alves, de Pernambuco, ambas mulheres periféricas que atuam na literatura brasileira. A programação do Fliperifa ocorre em três datas e locais, ocupando espaços culturais nas comunidades da Torre (Rioteca), Pina (Livroteca Brincante do Pina) e Ibura (Associação da Tancredo Neves) nos dias 18 de maio, 25 de maio e 1º de junho, sempre aos sábados, respectivamente. O projeto também vai até as escolas municipais das respectivas localidades. Confira o perfil (@fliperifape – bit.ly/3JUQN8t).  Convenção Nerd de PE reúne legiões de fãs Geeks Legiões de Nerds vão se encontrar nos dias 24, 25 e 26 de maio, das 11h às 20h, no Centro de Eventos do Home Center Ferreira Costa, na Tamarineira, será a 12ª edição do Dia do Orgulho Nerd de Pernambuco. Nerds, Geeks, Gamers, adeptos de Quadrinhos realizarão a convenção anual para perpetuar o fascinante mundo da Cultura Pop entre as novas e futuras gerações. Dez estandes (locais e nacionais) de cultura geek estarão expondo seus produtos, entre camisas, chapéus, vinis, jogos, miniaturas, livros, gibis, com preços a partir de R$ 5. Além de desfile de cosplays, festival de animes e performance de k-pop, atrações musicais dos anos 60, 70, 80 e 90, exposição de carros antigos. Destaque também para o Painel sobre a série Star Wars e seus desdobramentos ao longo das várias gerações. São esperadas 5 mil pessoas em três dias de convenção com entrada gratuita. Plaza Shopping e a volta do Ilustra Plaza Para a alegria dos geeks e amantes de ilustrações, HQs, Action Figures e Mangás, o Ilustra Plaza, projeto realizado desde 2017 pelo Plaza Shopping, está de volta. A quarta edição do evento será promovida entre os próximos dias 16 e 19, e 23 e 26 de maio, de quinta a domingo, no piso L4, durante o horário do mall e com acesso gratuito. Diversos artistas, ilustradores, designers e quadrinistas pernambucanos estão confirmados e irão expor e comercializar revistas, prints, artes originais, entre outras produções no Artist’s Alley (corredor de artistas, em tradução livre). O Ilustra Plaza é uma pré-celebração do Dia da Toalha, comemorado no dia 25 de maio, que popularmente também é conhecido como Dia do Orgulho Nerd. A data foi criada para homenagear Douglas Adams, criador do ‘Guia do Mochileiro das Galáxias’, e recebe o curioso nome em referência ao objeto mais importante do turismo espacial, a toalha – segundo a obra do aclamado romancista. Orgulho Nerd e saga Star Wars são celebrados em evento gratuito Em comemoração ao Dia do Orgulho Nerd, celebrado em 25 de maio, a escola de inglês ABA, no bairro dos Aflitos, realiza o ABA Geek, que acontece no próximo dia 18 de maio (sábado), das 9h às 12h, e é aberto ao público. O evento também celebra o Star Wars Day, festejado por fãs do mundo inteiro no dia 4 de maio. Dentro da programação haverá oficinas com assuntos pertinentes ao universo geek. Uma delas é a “Buzzer Wars: oficina de Arduino para Melodias Galácticas”, em que os participantes irão conhecer princípios de programação para a plataforma Arduino, usando a trilha sonora da saga Star Wars. Para participar dos cursos, é preciso se inscrever no link https://www.sympla.com.br/produtor/estudenaabaAlém disso, haverá um bate-papo com Raphael Fraeman, autor da série de livros de fantasia Krystallo, uma Feira de Empreendedores Geek, que vai estar aberta durante todo o evento, com oferta de roupas, livros, miniaturas de personagens, entre outros produtos. Maciel Salú revive tradição do teatro de bonecos com Mamulengo Azougue Referência da cultura popular pernambucana, cantor, artesão, mestre de cavalo marinho e maracatu, Maciel Salu estreia o espetáculo infantil Mamulengo Azougue próximo domingo, 19 de maio, em

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10 imagens da Praça Maciel Pinheiro Antigamente

*Por Rafael Dantas O Recife comemorou nos últimos dias a revitalização da Praça Maciel Pinheiro, no bairro da Boa Vista. O local, que ficou por anos num estado de degradação e acumulando muita sujeira, recebeu investimentos da Prefeitura do Recife de quase R$ 500 mil. O projeto paisagístico contemplou a utilização de espécies arbustivas e forrações coloridas, com destaque para as ixoras nos canteiros que circundam o chafariz central, crinos com flores brancas e zebrina roxa nos dois maiores canteiros. A coluna Pernambuco Antigamente faz um passeio pelas imagens antigas da praça, que é parte de um conjunto de quinze jardins históricos que contam com o renomado projeto paisagístico de Burle Marx. Praça Maciel Pinheiro, com destaque para a Igreja Matriz da Boa Vista(Biblioteca do IBGE) De acordo com Semira Adler Vainsencher, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco: “A atual Praça Maciel Pinheiro foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1876, no coração do bairro da Boa Vista, em comemoração à vitória das tropas brasileiras na guerra do Paraguai (1864-1870)”. Registro do fotógrafo Marc Ferrez, ainda no final do século 19 Praça Maciel Pinheiro, em 1900(Manoel Tondella, Acervo da Brasiliana Fotográfica Digital) Praça Maciel Pinheiro, em 1905(Acervo Benício Dias, na Villa Digital) A Villa Digital guarda alguns postais da coleção de Josebias Bandeira. O postal abaixo é datado de 1908 Praça Maciel Pinheiro, em 1950(Página Recife de Antigamente) Abaixo, mais três fotografias do acervo do IBGE, mas sem identificação de data Abaixo uma imagem bônus, uma pintura da praça. Antes da inauguração da praça já havia um largo na região. Na pintura de Luis Schlappriz, de 1863, é possível ver o local, que já teve vários outros nomes antes também. De acordo com o Guia (co)Memorativo da Boa Vista, o antigo Largo do Aterro ganha o nome de Praça da Boa Vista ainda em 1831. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais e assina as colunas Pernambuco Antigamente e Gente & Negócios (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Festival RioMar de Literatura recebe nomes nacionais consagrados em sua 10ª edição

O Festival RioMar de Literatura chega à sua 10ª edição com uma celebração especial no Teatro RioMar, em 16 de maio. Este ano, o evento presta homenagem a escritores e artistas negros, reunindo renomados nomes do cenário nacional. Sob a curadoria da jornalista Carmen Peixoto, a programação inicia às 16h, destacando a presença da autora e filósofa Djamila Ribeiro, o ator e escritor Lázaro Ramos, além do show do cantor Chico César. O público terá a oportunidade de mergulhar na obra de Machado de Assis durante a abertura do evento, com uma apresentação especial da escritora pernambucana Flávia Suassuna, membro da Academia Pernambucana de Letras. Em seguida, Lázaro Ramos conduzirá uma conversa direcionada ao público infantojuvenil, explorando suas incursões na literatura, que vão desde obras infantis até reflexões em sua autobiografia “Na minha pele”. Djamila Ribeiro compartilhará suas experiências e perspectivas em um bate-papo mediado pela jornalista pernambucana Fabiana Moraes. Reconhecida como uma das vozes mais importantes na defesa dos direitos negros e femininos no Brasil, Djamila é autora de obras como “Pequeno manual antirracista” e “Quem tem medo do feminismo negro?”. O encerramento do evento fica por conta do talentoso Chico César, que promete envolver o público com seus sucessos, como “À primeira vista” e “Mama África”. Os ingressos já estão à venda por R$ 20 (meia entrada) e R$ 40 (inteira), disponíveis no App do RioMar Recife, no site e na bilheteria do Teatro RioMar.

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10 fotos do Rio Capibaribe Antigamente

Publicamos hoje uma série de 10 imagens do Rio Capibaribe. São as águas do principal curso d’água pernambucano que inspiraram poemas do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, como “Cão sem plumas” e “O Rio”, e que são a paisagem diária de milhares de pernambucanos. Morando na infância numa casa próxima ao Rio Capibaribe, a dinâmica dessas águas o fascinaram. O relato da vida animal, vegetal, da lama e da poluição estão presentes na sua obra. Confira abaixo algumas fotos e postais que garimpamos na Biblioteca da Fundaj e do IBGE, além de alguns trechos escritos pelo poeta. Entre a paisagemo rio fluíacomo uma espada de líquido espesso.como um cãohumilde e espesso.(Trecho de Cão sem Plumas) Margens do Rio Capibaribe, trecho entre Jaqueira e Poço da Panela (Fundaj, Acervo Benício Dias).Igreja da Jaqueira (Fundaj, Acervo Benício Dias) .Maré do Capibaribe,em frente de quem nasci,a cem metros do combateda foz do Parnamirim.Na história, lia de um rioonde muito em Pernambuco,sem saber que o rio em frenteera o próprio-quase-tudo.Como o mar chega à Jaqueira,e chega mais longe, até,no dialeto da famíliate chamava de “a maré”(Trecho de Prosas da maré na Jaqueira ).Rua da Aurora (Alexandre Berzim/Museu da Cidade do Recife) . Porto do Recife (Biblioteca do IBGE) .Vista para a Rua do Sol (Biblioteca do IBGE) .Na paisagem do riodifícil é saberonde começa o rio;onde a lamacomeça do rio;onde a terracomeça da lama;onde o homem,onde a pelecomeça da lama;onde começa o homemnaquele homem.(Trecho de Cão sem Plumas).. Cais Martins de Barros (Fundaj, Acervo Josebias Bandeira).Cais do Capibaribe (Fundaj, Acervo Josebias Bandeira).Rio Capibaribe, trecho da Maternidade Escola de Medicina e Quartel da Polícia (Fundaj, Acervo Josebias Bandeira)..Rio Capibaribe, com vista para Ponte Maurício de Nassau (Biblioteca do IBGE).Postal impresso na Inglaterra intitulado View Of Old Town Recife (Fundaj, Acervo Josebias Bandeira).*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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O assassinato do Padre Antônio Henrique durante a Ditadura Civil-Militar em Pernambuco

*Por Carlos André Silva de Moura “PROVA DE AMOR MAIOR NÃO HÁ QUE DOAR A VIDA PELO IRMÃO!” A lista de perseguidos, presos, torturados e mortos durante a ditadura civil-militar (1964-1985) no Brasil é extensa. Muitos jovens perderam as suas vidas na luta pela liberdade e democracia. Outros passaram anos presos, resultado da militância política contra o sistema opressor. Os chamados “crimes” eram classificados como terrorismo, subversão ou atentado contra a soberania nacional. Durante os 21 anos do regime, diferentes ordenamentos jurídicos, a exemplo do Ato Institucional nº 5, garantiam a “legalidade” das atrocidades cometidas pelos militares. Os assassinatos de militantes políticos como Edson Luís de Lima Souto (1950-1968), Fernando Santa Cruz (1949-1974), Vladimir Herzog (1937-1975) ou Manuel Fiel Filho (1927-1976) deixaram marcas profundas na História do Brasil. As circunstâncias dos acontecimentos, a falta de informação para as famílias ou a repercussão internacional direcionaram os olhares do mundo para as violações dos direitos humanos realizadas após 31 de março de 1964. Na longa lista dos crimes políticos, membros da Igreja Católica não estiveram distantes das perseguições e atentados contra a vida. Mesmo após o apoio inicial às propostas da ditadura civil-militar, algumas lideranças católicas se destacaram na oposição ao regime. Dom Aloísio Lorscheider, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Helder Camara, Dom Luciano Mendes de Almeida, Dom Waldyr Calheiros, Dom Pedro Casaldáliga e Dom José Maria Pires são alguns nomes de religiosos que se opuseram às atrocidades dos militares e defenderam a democracia e os direitos humanos. Proibidos de se posicionarem nos meios de comunicação do Brasil, muitos religiosos utilizavam eventos internacionais para denunciar “os clamores do seu povo”. Mesmo que os órgãos ditatoriais não tenham imposto limites para as práticas dos seus servidores, os dirigentes sabiam que prender, torturar ou assassinar uma liderança religiosa provocaria grande repercussão internacional. Por este motivo, instituições e colaboradores dos eclesiásticos foram alvos dos ataques, com o objetivo de silenciar os “bispos vermelhos”. Entre os eventos que marcaram a prática está o assassinato do Padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto (1940-1969), ocorrido na cidade do Recife, em 27 de maio de 1969. O religioso era coordenador da Pastoral da Juventude, com atividades que buscavam a inclusão social, recuperação de jovens em situação de rua e debates sobre os problemas econômicos. Auxiliar de Dom Helder Camara, realizava denúncias sobre a violência praticada pelos militares no cenário nacional. Como posicionamento político, em 1968 celebrou uma missa em memória do estudante Edson Luís de Lima Souto. As suas ações contribuíram para que se tornasse alvo do monitoramento dos militares, inclusive por meio de escutas telefônicas. Com o objetivo de atingir Dom Helder Camara e silenciar as suas denúncias, o Padre Antônio Henrique foi sequestrado na noite de 26 maio de 1969, torturado e morto na madrugada do dia 27 de maio por membros do Comando de Caça aos Comunistas e agentes da Polícia Civil de Pernambuco. O assassinato tinha o objetivo de atingir o arcebispo de Olinda e do Recife e impor o medo entre os seus colaboradores. Durante o período ditatorial, a morte do Padre Antônio Henrique foi tratada pelas autoridades como crime comum. No entanto, com os trabalhos da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Camara, novas interpretações foram apresentadas, com a indicação dos responsáveis pela execução. Para os membros da comissão, durante a década de 1970, os integrantes do SNI (Serviço Nacional de Informação) foram avisados que o crime foi realizado por um grupo de extrema direita em conjunto com a Polícia Civil de Pernambuco. Em parecer enviado ao Ministério Público, constava que participaram do crime os investigadores Rível Rocha, Humberto Serrano de Souza, José Bartolomeu Gibson, Jerônimo Gibson e Rogério Matos. As informações contribuíram para um processo de (re)escrita da História. Com o trabalho de pesquisadores e o acesso às fontes foi possível demonstrar como o religioso se constituiu em mais uma vítima das atrocidades da ditadura civil-militar. Sessenta anos após o início de um dos períodos mais conturbados da História republicana, ainda existem mortes que precisam ser investigadas e famílias que buscam informações sobre seus parentes, tidos como “desaparecidos” políticos. Em um momento que lembramos daqueles que tombaram na luta pela democracia, que possamos continuar exigindo informações sobre um período que marcou negativamente o nosso passado. *Carlos André Silva de Moura é doutor em história e professor da UPE

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Cerâmicas dos oleiros expostas em fotografias na Semana Nacional dos Museus 

A exposição fotográfica “Os Vasos e o Oleiro – Ceramistas de Tracunhaém – Memória Visual da Arte Popular” apresenta em 50 imagens a beleza plástica e pictórica da cerâmica utilitária produzida pelos oleiros da cidade de Tracunhaém, situada na região da mata norte de Pernambuco. As fotografias capturadas pelo jornalista Júlio César de Araújo estarão em exibição no Museu Regional de Olinda (MUREO) de 3 de maio a 2 de junho, como parte da Semana Nacional dos Museus, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Localizada em uma casa de estilo colonial, construída entre 1745 e 1749, que anteriormente serviu como residência episcopal, o MUREO abriga um rico acervo de móveis, louças, pinturas e outros objetos de arte. Os visitantes poderão apreciar as imagens na Sala Laura Nigro do museu, enquanto ouvem em formato de podcast as entrevistas realizadas por César com os oleiros, permitindo uma imersão completa nas obras e na cultura local. A mostra recebeu o incentivo da Lei Paulo Gustavo no edital Ações Criativas do Governo de Pernambuco. Julio Cesar, que também é o curador da exposição, ressalta a importância do benefício para a realização do projeto. “O trabalho dos oleiros tem uma representatividade marcante na vida social do Brasil, sobretudo na historicidade mundial, aqui em Pernambuco as olarias são verdadeiros santuários dessa arte milenar resistente e significativa para a cultura humana, o apoio da Lei Paulo Gustavo para a sustentabilidade de ações de valoração e valorização das artes é fundamental para todas as classes artísticas”. A exposição retrata a rusticidade das olarias e dos oleiros em atividade, assim como suas cerâmicas em forma de jarras, quartinhas, panelas, filtros e outros objetos. As fotografias convidam a um reencontro afetivo com os artefatos de barro, destacando seu valor social, econômico e cultural, e buscando transmitir esse conhecimento às novas gerações. O projeto “Os Vasos e o Oleiro” ressalta a cerâmica utilitária como uma arte presente nas práticas religiosas de matrizes africanas e indígenas, além de sua importância na gastronomia tradicional regional e na ambientação arquitetônica. Tracunhaém, reconhecida como a Capital Estadual do Artesanato de Barro, destaca-se como um dos principais centros de produção de cerâmica do país, conhecida nacional e internacionalmente pela diversidade estética de seus artistas. Serviço: Exposição fotográfica: Os Vasos e o Oleiro – Ceramistas de Tracunhaém – Memória Visual da Arte Popular. Local: Museu Regional de Olinda ( MUREO) Endereço: Rua do Amparo,128, – Amparo -Olinda – PE. Quando: De 03 de maio a 02 de junho. Aberto: Terça a Sexta – 09h às 17h – Sábado e Domingo 14h às 17h. Acesso: gratuito

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RioMar Jazz Fest chega à 10ª edição celebrando e democratizando o estilo musical

No mês em que se comemora o Dia Internacional do Jazz, em 30 de abril, chega à 10ª edição o RioMar Jazz Fest, um evento já consagrado no calendário cultural da cidade, que busca democratizar esse estilo musical. O festival acontece entre os dias 28 e 30 de abril, apresentando mais de 20 artistas nacionais e internacionais do gênero. As performances acontecem no palco instalado na Praça de Alimentação do RioMar Recife, no Piso L3, com entrada gratuita. O RioMar Jazz Fest é um evento aberto ao público, que atrai uma ampla audiência, desde apreciadores da boa música até conhecedores mais experientes do gênero. Com curadoria da Uptown Band, a programação é diversificada, contando com artistas renomados de Pernambuco, do Brasil e do exterior, abrangendo diversos estilos, como blues, soul music, rock clássico e bossa nova. Domingo (28/04):O festival começa no domingo, dia 28 de abril, com o show de Regis Paulino (SP), às 18h, líder de uma banda que mescla soul music e funk e participante do programa SuperStar da Globo. Em seguida, às 19h, a Uptown Band, de Pernambuco, divide o palco com Ivan Barreto (RJ), vencedor da última temporada do The Voice em 2023. Segunda (29/04):No segundo dia, segunda-feira, dia 29 de abril, o Clube do Jazz de Maceió (AL), com um repertório clássico do Jazz e da Bossa Nova, se apresenta ao lado de Ana Gal (SP), que já fez shows pela Europa, Estados Unidos e Japão, homenageando as divas do jazz, às 18h. Em seguida, às 19h, será a vez da Lady’s Guitar Night, com Larissa Livier (MG), Isa Nielsen (SP) e Rayane Fortes (CE). Terça (30/04):O festival se encerra no Dia Internacional do Jazz, com uma programação intensa celebrando o ritmo no RioMar Recife. Eric Assmar (BA), vencedor do Prêmio Caymmi de Música como melhor instrumentista, se apresenta junto com Cacá Magalhães (BA), uma jovem cantora e compositora de 17 anos considerada uma promessa da música nacional. Para encerrar, o cantor norte-americano Karl Dixon faz uma passagem pelo Brasil exclusivamente para o RioMar Jazz Fest, prometendo animar o público com jazz, R&B e soul.

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Recife anuncia programação de São João com 20 dias de festa e 1,2 mil apresentações

Festejos realizados pela Prefeitura do Recife tomarão conta do Sítio Trindade, Avenida Rio Branco, Pátio de São Pedro e mais 11 bairros da cidade, entre os próximos dias 11 e 30 de junho, reunindo artistas como Alceu Valença, Elba Ramalho, Lia de Itamaracá, Mariana Aydar e Mestrinho, além dos homenageados Assisão e Nádia Maia A Prefeitura do Recife anunciou os festejos de São João para o período entre 11 e 30 de junho. O balancê vai tomar conta da capital pernambucana, com concursos de quadrilhas adultas e infanto-juvenis, procissão para os santos juninos, cortejo de sanfoneiro, exposição e muitos shows em mais de 1,2 mil apresentações artísticas espalhadas por 14 polos na cidade. Entre os artistas que convidarão o Recife a arrastar pé junho adentro e arraiais afora, a Prefeitura do Recife confirma a participação de grandes nomes como: Alceu Valença, Alcymar Monteiro, Anastácia e Daniel Gonzaga, Beto Ortiz, Bia Marinho, Cascabulho, Cristina Amaral, Dorgival Dantas, Dudu do Acordeon, Elba Ramalho, Eliane – Rainha do Forró, Fim de Feira, Flavio José, Geraldinho Lins, Jorge de Altinho, Josildo Sá, Lia de Itamaracá, Maciel Melo, Mariana Aydar e Mestrinho, Mestre Galo Preto, Mestre Gennaro, Muniz do Arrastapé, Nando Cordel, Novinho da Paraíba, Petrúcio Amorim, Santanna, Silvério Pessoa, Terezinha do Acordeon, além dos homenageados e cicerones da festa, Nádia Maia e Assisão. Muitos outros nomes subirão aos palcos da festa. A programação completa de todos os polos será anunciada após a conclusão do edital de habilitação artística para o ciclo, que teve inscrições encerradas e segue na etapa de análise de propostas. Além do Sítio Trindade, cenário infalível da brincadeira junina autêntica e popular, que só o Recife sabe promover, a Avenida Rio Branco também volta a ser palco para a festa, enfeitando-se toda, com sala de reboco, cidade cenográfica e barraquinhas de comidas típicas e artigos juninos, para celebrar, com todas as cores e ritmos do ciclo, uma programação intensa e extensa. Vai ter festa ainda para todos os santos e gostos na Praça do Arsenal, no Pátio de São Pedro e em 11 polos descentralizados: Lagoa do Araçá, Barro,Totó, Campo Grande, Cordeiro e Graças, que celebrarão São João, nos dias 22 e 23 de junho; além de Brasília Teimosa, Bongi, Ibura, Vila Tamandaré, Poço da Panela, que irão arrastar pés em devoção a São Pedro, logo em seguida, entre os dias 28 e 29. “A Prefeitura do Recife, enquanto curadora e organizadora do nosso São João, faz questão que ele seja totalmente voltado para a nossa tradição. E fazemos questão de deixar claro que é um ciclo junino que começa em Santo Antônio, passa pelo São João e é culminado em  São Pedro. Não só porque é melhor ter a celebração por mais tempo, mas porque quanto mais a gente defender e acender a chama da cultura, melhor. Lembramos também que esse ciclo não representa apenas a força imediata da cultura, mas as pessoas que trabalham com ela e fazem uma movimentação econômica muito importante na cidade”, ressaltou o prefeito João Campos, durante o anúncio dos festejos na cidade. 

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