Arquivos Z_Destaque_culturaHistoria2 - Página 13 de 46 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Z_Destaque_culturaHistoria2

“Existe um homem selvagem”, de Hugo Dubeux, questiona o patriarcado

O mais novo livro do escritor e poeta Hugo Dubeux "Existe um Homem Selvagem" busca resgatar a essência de um ser humano decolonial, desconstruindo o significado colonial de “selvagem” como violento e agressivo. O livro é uma poética de denúncia, enfrentamento e proposição, dividido em quatro capítulos e um epílogo. do asfalto saem mostrosdos mesmos pedaços da terraonde esguiam-se as mais sábias raízes se punhamentrelaçadas entre grãos e minhocashoje corroem os corpos transeuntes enfadados em seu centro No primeiro capítulo, "O ar de pulmão meu", a narrativa enfoca a importância da encarnação na própria existência, promovendo uma poética decolonial que busca a essência individual além das normas e tabus sociais. Este capítulo estabelece a fundação para uma autogestão da vida, onde cada ser se reconecta com sua verdadeira natureza. O segundo capítulo, "Exílios", aborda a reprodução do papel masculino dominante no discurso hegemônico colonial, explorando as opressões e toxicidades das masculinidades impostas. Em "Um garotinho alado, de tocha acesa", o terceiro capítulo, discute-se a influência do patriarcado e da colonialidade nos corpos, propondo uma libertação poética das repressões para um fluxo livre de energia. No quarto capítulo, "Amores e Utopias", o livro argumenta contra os rótulos patriarcais e coloniais, defendendo o amor como força de luta e enfrentamento decolonial. O epílogo, "Aceno", conclui a obra com um poema onde um adulto bissexual e emocionalmente maduro dialoga com sua criança interior, refletindo sobre a jornada de aceitar e expressar sua sensibilidade masculina. Enraizado no Recife, o poeta Hugo Dubeux propõe questionamentos profundos sobre o patriarcado em sua obra "Existe um Homem Selvagem". Ele se interroga sobre o processo de formação dos homens, o papel que desempenham na sociedade e as feridas internas que carregam, mesmo enquanto opressores. Além de escritor e poeta, Dubeux é arteterapeuta e produtor cultural, vendo a arte como um meio essencial de digestão e reflexão sobre a vida. Seu trabalho envolve a facilitação de oficinas que exploram o processo criativo e a interrelação entre corpo e escrita, bem como grupos de homens que debatem masculinidades e patriarcado através da expressão artística. Dubeux recita e escreve seus poemas com um propósito político e filosófico, buscando reencantar o mundo com beleza e justiça. Suas oficinas e produções culturais não apenas incentivam a criação artística, mas também promovem discussões significativas sobre os impactos do patriarcado e as masculinidades tóxicas. Assim, ele utiliza a arte como uma ferramenta poderosa para a transformação social, ajudando a redefinir as identidades masculinas e promover uma maior equidade e compreensão na sociedade.

“Existe um homem selvagem”, de Hugo Dubeux, questiona o patriarcado Read More »

obra cleriston

Inauguração da Galeria RAIZ com a Exposição Coletiva "Identidades"

O Coletivo de Arte RAIZ anuncia a inauguração oficial da sua Galeria, marcada para o dia 20 de junho de 2024, às 17h50, no espaço localizado na Rua da Moeda, 71, Recife Antigo. No evento, será apresentada a primeira exposição coletiva intitulada "Identidades", que celebra a diversidade e a autenticidade dos artistas do coletivo, trazendo à tona suas raízes, pesquisas e conceitos. A Galeria RAIZ se propõe a ser mais do que um espaço expositivo. Ela promete ser um ponto de encontro da economia criativa e de convivência para todos os amantes das artes visuais. A exposição "Identidades" permitirá aos visitantes apreciar obras contemporâneas que capturam a essência da cultura local, expressas através de diversas técnicas e estilos. Integram o coletivo Alexandre Freitas, Abraão Figueiredo, Aa Maria, André Luiz Santana, Clériston, Camilo, Camila Brito, Cláudia Matos, Diana Tenório, Clélia Barqueta, Elielce Soares, Gabriela Dias, G Castro, Heleno Neves, Inês Castro, Jenner Albuquerque, Paulo Profeta, Mauricio Figueiroa, Zé Monteiro, Ceça Nunes, Teatreiros, Robertson Rodrigues, Rodrigo Ferrario Costa, Ricardo Artes Impressionistas, Sandra Buarque de Macêdo, Vânia Notaro e Victor Dreyer e Passavante. Além da exposição, os artistas expositores estarão presentes para conversar sobre seus trabalhos e processos criativos, proporcionando uma oportunidade única de interação com os criadores e um aprofundamento na arte que pulsa no Estado.

Inauguração da Galeria RAIZ com a Exposição Coletiva "Identidades" Read More »

livro assombracao

Profissão assombrólogo

*Paulo Caldas O Nordeste não se atrela a outras culturas. No quesito mal-assombro como fonte das formas de expressão das artes, por exemplo, aqui temos fardos e fardos, carros de boi carregados de histórias, casos, lendas, cenas, protagonistas, personagens e figurantes que ocupam mais espaço no trato do tema que os nascidos nos castelos medievais da Europa. Se alguém duvida, espie as caminhadas de Roberto Beltrão, expert no mundo das assombrações e por longo tempo condutor do site "O Recife (capital dessas esquisitices) Assombrado". Já com a patente de assombrólogo, espanta o povo dando luz às entranhas do imaginário popular e da literatura fantástica. Este "Geografia dos sítios insanos" que reúne os textos "Lajedo Santo", "Sétimo Dia", "Rasga mortalha", "São Bartolomeu", "Maré cheia" e "Cruz das almas", vem se somar à família dos horrores já formada por "Histórias medonhas do Recife assombrado” ( 2002), "Malassombramentos" (2010),  e ao livro de crônicas "Estranhos mistérios do Recife assombrado" (2008). Em 2013 lançou a primeira edição de "Na escuridão das brenhas", reunião de sete contos de assombração e lendas do interior de Pernambuco e em 2014 criou o "Almanaque pernambucano de causos, mal-assombros e lorotas", escrito a quatro mãos com a folclorista Rubia Lóssio. Os exemplares podem ser adquiridos pelo Instagram: https://www.instagram.com/beltraobeto?igsh=MTlmbHp5em1uanoydQ== *Paulo Caldas é escritor

Profissão assombrólogo Read More »

Isaias Belo ARTPE Salao de Fotografia

Feira ART.PE abrigará Salão de Fotografia com temática voltada para o Nordeste

A terceira edição da ART.PE – Feira de Arte Contemporânea de Pernambuco – incluirá o Salão de Fotografia, apresentando obras de cerca de 20 artistas. Com curadoria de Gustavo Bettini, diretor do Ateliê de Impressão, o salão contará com fotografias de artistas nordestinos ou que tenham o Nordeste como tema de suas pesquisas, ou ainda, que residam na região. Cada fotógrafo exibirá uma obra ou um conjunto de duas ou três peças complementares (díptico ou tríptico). A ART.PE será realizada de 26 a 30 de junho no Terminal Marítimo de Passageiros, no Porto do Recife, com visitação aberta das 14h às 21h. “Buscamos mesclar nomes já consolidados no mercado de fotografias artísticas e outros que são promessas do gênero. A ideia é apresentar ao público a fotografia como arte, mostrar as possibilidades da imagem”, explica Gustavo Bettini. O Salão de Fotografia visa mesclar nomes já consolidados no mercado de fotografias artísticas com promessas do gênero, destacando a fotografia como uma forma de arte e suas inúmeras possibilidades. Gustavo Bettini enfatiza que a exposição incluirá obras de artistas independentes, inclusive de periferias urbanas, mostrando como intervenções artísticas podem se conectar. As fotografias variam em tamanho, desde 30 cm x 45 cm até 160 cm x 100 cm, todas em impressões de alta qualidade. Entre os artistas participantes estão Alcir Lacerda, Akira Cravo, Alexandre Severo, e muitos outros. Outros Atrações da ART.PE Além do Salão de Fotografia, a ART.PE contará com diversos outros espaços especiais. Na Arena Arte e Mercado, haverá palestras, rodas de conversas, lançamentos de livros e temas voltados ao mercado de arte, com participações de museus presentes na Feira. Uma exposição intitulada “Hora, substantivo feminino”, com seis esculturas de Abelardo da Hora, retratará a presença da mulher em suas obras, com curadoria de Carlos Melo. Esta exposição será realizada no bairro da Várzea em parceria com a Iron House, do Grupo Cornélio Brennand. Os visitantes também poderão explorar o Salão de Design, que contará com lojas como Na Rosenbaum, Na Foz, Desenho Design e MV Cerâmica, todas com curadoria especial da ART.PE. A Área Gastronômica incluirá o Restaurante Cá-Já, um lounge para 30 pessoas, além do bar Liamba, a sorveteria Degusta, a cafeteria Um Certo Café e o Wine Bar com vinhos da WineConcept Brasil. A Iquine, uma das patrocinadoras do evento, terá um espaço exclusivo de 60 m² assinado pela arquiteta Cláudia Buchholz, inspirado na campanha publicitária comemorativa de 50 anos da marca, com paletas de cores especiais criadas para cada região do Brasil, proporcionando uma atmosfera lúdica e leve para os visitantes. Participam do Salão de Fotografia da Feira ART.PE os artistas Alcir Lacerda, Akira Cravo, Alexandre Severo, Antônio Melcop, Aslan Cabral, Ashlley Melo, Caio Danyalgil, Claudio Maranhão, Coletivo Encruzilhada, Evandro Teixeira, Flora Negri, Fred Jordão, Géssica Amorim, Geyson Magno, Hélia Scheppa, Heudes Régis, Isaias Belo, Júlio Jacobina, Leo Caldas, Miva Filho, Priscilla Buhr, Rafael Martins, Roberta Guimarães, Rodrigo Braga e Yeda Bezerra de Melo.

Feira ART.PE abrigará Salão de Fotografia com temática voltada para o Nordeste Read More »

O ULTIMO CIGARRO 3 FOTO GABRIELLE PIRES

Akasha de Teatro estreará dois espetáculos no Recife

Após o espetáculo da estreia de “Dona Carola”, o coletivo pernambucano independente Akasha de Teatro organiza dois encontros culturais em junho. As apresentações das peças “O Último Cigarro” ocorrerão em 16/06 e “Eu Matei Nelson Rodrigues” nos dias 28 e 29/06, ambas às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho, localizado no Recife Antigo. Fundado em setembro de 2021 pela atriz, produtora, diretora e jornalista Rafaela Quintino, o Akasha de Teatro foi concebido como um espaço experimental dedicado à pesquisa e prática teatral. O projeto vai além das montagens teatrais, oferecendo oportunidades a novos talentos da cena artística local e realizando oficinas gratuitas para as comunidades de Recife e Olinda, promovendo ações sociais através da arte. “Quando resolvi colocar esse sonho em prática, eu só tinha algumas anotações e muita vontade de realizar. Estudei, estruturei as ideias e movimentei muita energia com os meus amigos e familiares, até que outras pessoas foram chegando e somando também. Ainda é um processo muito difícil, mas tudo é possível com o trabalho coletivo dessa equipe maravilhosa que tenho hoje”, destacou a diretora. A classificação das peças é 14 anos. Os ingressos estão disponíveis no Sympla, custando R$40 (inteira) e R$20 (meia). Mais informações através do Instagram @akashadeteatro ou pelo whatsapp (81) 98878-5228. Os interessados podem acessar o link: www.sympla.com.br/produtor/akashadeteatro

Akasha de Teatro estreará dois espetáculos no Recife Read More »

gravata

Gravatá promove cortejo de forró na abertura dos festejos juninos

Em 2024, o Arraiá da Felicidade, tradicional festa de São João de Gravatá, expande sua programação nos dois principais polos juninos, iniciando nesta sexta-feira com shows de artistas regionais e nacionais. Para celebrar a abertura, um cortejo de quadrilhas e sanfoneiros sairá da Praça da Matriz às 18h, seguindo até o Polo da Sanfona. Esse local, que inclui uma cidade cenográfica, restaurantes e um palco, receberá atrações como Leleka Costa e Ivan Gadelha. No Pátio de Eventos, a maior área do São João de Gravatá, a festa começará às 19h. Na primeira noite, o público poderá assistir a apresentações de Geraldinho Lins, Wallas Arrais, Vilões do Forró e Danilo Henrique. A programação diversificada promete atrair visitantes e moradores, oferecendo uma celebração rica em cultura e tradição, com diversas atividades e shows para todos os gostos. O terceiro ano do Arraiá da Felicidade confirma Gravatá como realizadora da terceira maior festa de São João de Pernambuco. Com extensa programação, com atrações como Xand Avião, Bell Marques, Márcia Felipe e Jorge de Altinho, além das já citadas, a temporada junina da cidade foi iniciada no dia 25 de maio, com edição especial do projeto Tardes no Polo, no Polo Moveleiro. Até 30 de junho, serão promovidas em torno de 300 apresentações de artistas, grupos, quadrilhas e brincantes.

Gravatá promove cortejo de forró na abertura dos festejos juninos Read More »

memorial caruaru

Memorial Mestre Manuel Eudócio é reinaugurado após reforma

 Reforma foi realizada pela Manifesta, marca que se inspirou na arte da família Eudócio para dar vida à sua nova coleção Em junho, durante as festividades juninas, Caruaru reabre um ponto turístico importante para os amantes da arte do barro: o Memorial Mestre Manuel Eudócio. Após estar fechado por cinco anos, o espaço será reinaugurado nesta terça-feira, 11, às 19h. A reforma do museu foi conduzida pela Manifesta, que recentemente lançou uma nova coleção inspirada nas obras de Manuel Eudócio e seus filhos. O projeto é assinado pelo arquiteto Carlos Plácido, do Plácido Arquitetura. Manuel Eudócio, um dos mais renomados mestres do barro no Brasil, nasceu e viveu no Alto do Moura. Dedicou sua vida à criação de peças que retratam a cultura e o cotidiano nordestino. Discípulo de Mestre Vitalino, Eudócio perpetuou a tradição do Alto do Moura como um dos maiores centros de artesanato em barro do mundo, sendo reconhecido nacionalmente por sua arte. O Memorial Mestre Manuel Eudócio é dedicado a preservar a memória e o legado do renomado artesão. O espaço abriga suas obras, documentos e objetos pessoais que contam a história de sua vida e trabalho. Com a recente reforma, o memorial foi revitalizado e ampliado, proporcionando uma experiência ainda mais rica e imersiva para os visitantes.  Sendo uma marca de moda pernambucana que desenvolve coleções inspiradas em obras e artistas pernambucanos, a Manifesta esteve em contato direto com registros de Manuel Eudócio durante o processo de desenvolvimento da nova coleção e, por isso, liderou a iniciativa de restauração do memorial. “Nosso objetivo é valorizar a cultura local e oferecer um espaço onde as pessoas possam conhecer mais sobre a história e a obra de Manuel Eudócio”, afirma Beatriz Soares, diretora da Manifesta.  A reinauguração do Memorial Mestre Manuel Eudócio coincide com o período de maior fluxo de turistas em Caruaru, atraídos pelo maior São João do Mundo. Visitantes de todo o Brasil terão a oportunidade de explorar um novo espaço cultural que homenageia um dos maiores ceramistas do país. Serviço: Reinauguração do Memorial Mestre Manuel Eudócio Data: 11 de junho de 2024  Local: Alto do Moura, Caruaru, PE  Horário: 19h 

Memorial Mestre Manuel Eudócio é reinaugurado após reforma Read More »

Cordel do Amor Sem Fim Foto Talles Ribeiro

Ocupação Espaço O Poste realiza três ações culturais em junho

Ao todo, serão três ações culturais em junho: o início da Escola O Poste de Antropologia Teatral; o projeto Gira de Diálogo, com as convidadas Inaldete Pinheiro e Ceça dos Prazeres; e a apresentação do espetáculo “Cordel do amor sem fim” O Grupo O Poste Soluções Luminosas divulga a programação do mês de junho da Ocupação Espaço O Poste. Com incentivo do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 - Espaços Artísticos, o grupo teatral realizará, ao longo do mês, três ações culturais em sua sede, localizada no bairro da Boa Vista, centro do Recife. As atividades pautam e lançam reflexões sobre visões de mundo contra coloniais, valorizando expressões socioculturais afropindorâmicas. GIRA DE DIÁLOGO - Abrindo espaço para conversas sobre vivências socioculturais afroindígenas, O Espaço O Poste recebe na sexta-feira, 14/06, às 19h, o projeto Gira de Diálogo, com as convidadas Inaldete Pinheiro, escritora e uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado em Pernambuco (MNU-PE); e Ceça dos Prazeres, produtora cultural e ativista, uma das lideranças do Quilombo dos Prazeres. Com entrada gratuita para o público, o encontro tem por objetivo visibilizar o protagonismo de mulheres negras ativistas que trazem em seus trabalhos práticas e posturas de vida contra coloniais, se destacando por divulgarem e exaltarem a cultura afroindígena em Pernambuco de forma singular e inspiradora.  “Nessa conversa, queremos compartilhar conhecimento e inspirar pessoas a entenderem o pensamento de mundo contra colonial, mostrando que é possível colocá-lo em prática mesmo no sistema colonizado no qual ainda nos encontramos”, comenta Naná Sodré, uma das integrantes do Grupo O Poste. ESPETÁCULO “CORDEL DO AMOR SEM FIM” - Na quinta-feira, 20/06, às 19h, o Espaço O Poste recebe a apresentação do espetáculo teatral “Cordel do amor sem fim”, uma das mais aclamadas e premiadas montagens do grupo pernambucano. Os ingressos custam R$ 30 inteira e R$ 15 meia, podendo ser adquiridos antecipadamente pelo Sympla, em link disponível no Instagram do grupo @oposteoficial.  Inspirada na poética da literatura de cordel, o espetáculo conta a história de três irmãs que vivem às margens do Rio São Francisco, no Sertão pernambucano. Após se apaixonar por um forasteiro, uma das irmãs decide esperar a volta do amado, impactando radicalmente a vida da família. A montagem tem direção de Samuel Santos e foi feita a partir do texto da baiana Claudia Barral, premiado pela Funarte no ano de 2003, na categoria Teatro Adulto – Região Nordeste. A aclamada montagem de “Cordel do amor sem fim” pelo grupo O Poste estreou em 2009, sendo apresentada nos anos seguintes em espaços alternativos no Recife, em festivais pernambucanos e também em outros estados, vindo a circular por Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Ceará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pará, Maranhão e até no Uruguai, nas cidades de Pedra, Montevidéu e Punta del Leste.  A montagem, inclusive, foi vencedora de diversos prêmios, entre eles três prêmios na Bienal Nacional Potiguar de Teatro (RN) (2010); cinco prêmios no Janeiro de Grandes Espetáculos (PE) (2011); além do Prêmio de Teatro Myriam Muniz 2011 e do Pro Cultura 2010, ambos concedidos pela Funarte. ESCOLA DE TEATRO - Ainda em junho, o grupo O Poste dá início às atividades da Escola O Poste de Antropologia Teatral. Alunos inscritos por meio de convocatória realizada em maio passado experimentam práticas teatrais ancoradas em manifestações culturais afroindígenas, como Caboclinho, Maracatu Rural, Capoeira, além de treinamento de voz e corpo para a cena a partir de dispositivos do Teatro Antropológico e Ancestral, tendo a cultura dos povos originários e do povo africano como referência. As aulas ocorrem nas segundas e quartas, das 19h30 às 21h30, de junho até dezembro, com professores convidados e também com os integrantes do Grupo O Poste, que vão compartilhar técnicas teatrais próprias contidas na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea”, desenvolvida pelo grupo há 15 anos. Ao término do curso, os alunos ganham certificado e participam de um espetáculo de conclusão dirigido por Naná Sodré com assistência de Samuel Santos e Agrinez Melo. SERVIÇO: Programação Ocupação Espaço O Poste - Junho de 2024Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 641 - Boa Vista, Recife/PE) Mais informações: https://www.instagram.com/oposteoficial/  >> Início das atividades da Escola O Poste de Antropologia TeatralSegunda, 03/06, duas vezes por semana, até dezembroPara público previamente inscrito >> Gira de Diálogo, com Inaldete Pinheiro e Ceça dos PrazeresSexta-feira, 14/06, às 19hEntrada gratuita Espetáculo “Cordel do amor sem fim” (Grupo O Poste Soluções Luminosas)Quinta-feira, 20/06, às 19hIngressos: R$ 30 inteira / R$ 15 meia Venda antecipada pelo Sympla (link no Instagram @oposteoficial)

Ocupação Espaço O Poste realiza três ações culturais em junho Read More »

bloco camaragibe

Documentário conta a história do bloco fundado na primeira vila operária da América Latina

O curta, dirigido pelo cineasta pernambucano Matheus Rocha, é um dos projetos selecionados pelo edital da Lei Paulo Gustavo de 2023 Com a crescente elitização do carnaval pernambucano, marcada por eventos privados com artistas que não fazem parte da tradição carnavalesca do estado e pelo aumento dos trios elétricos que muitas vezes ignoram as raízes culturais do carnaval, torna-se essencial valorizar os blocos de rua, símbolos de resistência. Em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, o Bloco Foiará é um exemplo notável, reunindo a comunidade do bairro Vila da Fábrica em torno da autêntica tradição carnavalesca. A história do bloco é apresentada no documentário "Eu quero é botar meu Bloco na rua", dirigido pelo cineasta pernambucano Matheus Rocha. Este projeto foi financiado pelo edital da Lei Paulo Gustavo, com recursos do Governo Federal repassados para a Prefeitura de Camaragibe. O lançamento do curta está previsto para julho e agosto, durante um festival organizado pela Fundação de Cultura de Camaragibe, no Teatro Bianour Mendonça Monteiro. O Bloco Foiará, fundado em 1957, tem 67 anos de história. Surgiu no bairro Vila da Fábrica, a primeira vila operária da América Latina, quando os trabalhadores, após terem seu pedido de folga de carnaval negado pelos patrões, organizaram um protesto e criaram o bloco. A criação do bloco representa a resistência da classe trabalhadora e evidencia a disputa de classes na sociedade. “Eu achei interessante porque é uma iniciativa da classe trabalhadora, é um bloco simples, de rua, raíz, que abrange e une todas as pessoas daquela região. A gente vê que o carnaval está passando por um processo de elitização, mas o bloco de rua continua sendo resistência, perpetuando a tradição de um carnaval mais democrático”, explica o diretor.  Além de estar profundamente ligado à luta dos trabalhadores, o Bloco Foiará simboliza a união comunitária através do carnaval de rua. Desde a década de 1950, o bloco mantém um ritual tradicional: os foliões se reúnem na "boca da mata" de Camaragibe, uma área onde a vegetação da Mata Atlântica é preservada. Nesse local, eles aguardam a saída do Foiará, personagem principal do bloco, coberto de folhagens e reverenciado como o "herói" da mata camaragibense. Ele defende a flora local e escapa do caçador, outro personagem integrante do bloco. “A gente esperava a saída do Foiará na boca da mata. Quando a gente ouvia os fogos dentro da mata, era porque estava anunciando que o Foiará foi encontrado pelo caçador e estava saindo. A gente ficava aguardando com galhos de mato e com apitos, para fazer a folia”, é o que relata Enilde Barros, uma das foliãs mais antigas do bloco. “Quanto mais barulho, mais emocionante e bonito ficava”, complementa. O objetivo era unir os foliões, que, a cada ano, aumentavam em números. Na “boca da mata”, os moradores faziam uma mesa com frutas, feijoada e chá. “Eu ajudava na preparação da mesa e todo mundo podia se servir, era um momento de união”, afirma Enilde.  Após a saída do Foiará e do caçador da mata, os foliões seguiam em cortejo pelas ruas da Vila da Fábrica ao som de uma orquestra de frevo tradicional. São seis décadas de histórias e encontros em torno de um carnaval feito por gente humilde, que, inclusive, não possuía muitos registros na internet. “O Foiará não tinha nenhum documento escrito na internet, somente uns vídeos antigos de desfiles passados, mas não tinha registros da história do bloco que, inclusive, é bastante interessante e tem relação com a luta dos trabalhadores daquela fábrica, com a simplicidade e resistência do carnaval de rua e com o verdadeiro carnaval tradicional pernambucano. Além de valorizar as raízes camaragibenses”, finaliza o diretor Matheus Rocha. 

Documentário conta a história do bloco fundado na primeira vila operária da América Latina Read More »

as aventuras nicolau

Uma verve precoce

*Por Paulo Caldas “As aventuras do Nicolau”, publicação assinada por Anita Farias Braga, entra para o naipe de histórias de bichos humanizados, um dos segmentos mais aplaudidos no mundo maravilhoso dos títulos voltados para o público infantil.  Na composição do conteúdo, a narração cabe ao protagonista, coelho Nicolau e aí a autora se esmera enfileirando letras a conceber palavras nascidas de uma verve precoce.  O universo  criado é compatível com os tempos de agora e visto aos olhos espertos de Anita nos seus nove anos de idade. Pela voz de Anita, Nicolau mostra total descontração, intimidade com o leitor compondo um texto à vontade, leve, solto e até as queixas são educadas, mostradas com naturalidade espontânea: “Agora tenho que virar um coelho no charme! Não posso nem encostar um tiquito de lama no meu pelo que já vão reclamar para minha dona, Anita. Já cansei”. As aventuras do Nicolau é uma trela sublime compartilhada pelas ilustrações caprichosas de Geovana Letícia do Carmo Lima, a diagramação de Marcelo Farias Juliano e a revisão de Carmen Roselaine de Oliveira Farias. O espectro gráfico tem  a impressão em papel couchê com imagens em policromia. Os exemplares podem ser adquiridos pelo email ricardopessoabraga@gmail.com. *Paulo Caldas é escritor

Uma verve precoce Read More »