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Ibovespa alcança marca histórica e ultrapassa 133 mil pontos pela primeira vez

Em um feito inédito, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) ultrapassou a barreira dos 133 mil pontos pela primeira vez em sua história, encerrando o pregão desta terça-feira (27) na B3 com uma pontuação de 133.532,92. No primeiro dia útil da última semana do ano, o índice registrou uma valorização de 0,59% em comparação com o resultado da última sexta-feira, acumulando uma variação de quase 23% ao longo do último ano. As ações mais movimentadas durante o pregão desta foram as da Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Itaú (ITUB4). Notavelmente, a ação que obteve a maior valorização foi a LWSA3, pertencente à empresa Locaweb. O cenário positivo reflete a dinâmica e a atratividade do mercado de ações. Procura por carros elétricos cresce em Pernambuco O Grupo Parvi, responsável pela gestão da marca chinesa BYD em cidades como Recife (PE), João Pessoa (PB), Boa Vista (RR), Salvador (BA) e Manaus (AM), encerrará o mês de dezembro com a entrega de mais de 130 veículos elétricos na capital pernambucana. É relevante destacar que mais de 20 desses veículos foram entregues em um único evento, em um período de apenas 2 horas. Em setembro, a montadora chinesa assumiu a liderança nas vendas de veículos eletrificados no Brasil. Em março de 2022, a BYD conquistou destaque ao se tornar a primeira empresa automotiva do mundo a interromper oficialmente a produção de veículos movidos apenas a combustão. Atualmente, a empresa conta com mais de 600 mil funcionários em todo o mundo, incluindo 90 mil engenheiros de diversos segmentos, e possui 11 centros de pesquisa em diferentes regiões do globo. O aumento expressivo na entrega de veículos elétricos em Pernambuco indica uma crescente aceitação e interesse dos consumidores locais por essa tecnologia mais sustentável. Escritório comemora crescimento de 40% Os sócios do escritório Portela Soluções Jurídicas, André Portela, Adriana Jansen, Pedro Príncipe e Tatiane Carvalho comemoram o ano de 2023 com um crescimento de 40% do escritório, com ampliação de clientes no direito imobiliário e início de atuação no direito de infraestrutura e energia.

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Empresas buscam economia de até 40% na conta com o Mercado Livre de Energia

Às vésperas da abertura do Ambiente de Contratação Livre (ACL) no Brasil, mais conhecido como Mercado Livre de Energia, a perspectiva de uma economia de até 40% na conta de luz está atraindo a atenção de empresas dos mais diversos setores, incluindo supermercados, hospitais, hotéis, escolas, padarias e indústrias. Embora a mudança esteja iminente, a falta de conhecimento sobre o tema ainda persiste entre os consumidores. MIGRAÇÃO A partir de janeiro de 2024, conforme estabelecido pela Portaria Normativa Nº 50/2022 do Ministério das Minas e Energia, será permitida a migração de todos os consumidores classificados como Grupo A (alta e média tensão) para o ambiente de contratação livre. “O Mercado Livre de Energia é um ambiente de negociação onde o cliente possui a liberdade de escolher quem vai fornecer sua energia”, explica o CEO da Kroma Energia, Rodrigo Mello, uma empresa pernambucana pioneira na comercialização do Nordeste. Os consumidores de média e alta tensão que estão no Grupo A são empresas de grande e médio porte, entre comércios e indústrias, que utilizam voltagem acima de 2,3 kV (quilovolts), ou seja, que geralmente possuem uma conta de luz média superior a R$ 10 mil mensais, de acordo com estimativas da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). EXPERIÊNCIAS Empresas que já adotaram a energia limpa estão colhendo os benefícios. Antônio Jayme da Fonte, superintendente do Hospital Jayme da Fonte, relata uma economia mensal de cerca de 19% desde 2020, representando R$ 1 milhão ao longo desse período. A gerente de Suprimentos do Grupo Iquine, Natália Andrade, destaca uma economia superior a R$ 3,5 milhões desde março de 2020. No Cesar School, a economia chega a 30% nos gastos com a conta de luz, conforme Júlio Glasner, engenheiro eletricista da instituição. À medida que o Mercado Livre de Energia se torna uma opção mais acessível e atrativa, as empresas estão explorando essa oportunidade para otimizar seus custos e contribuir para práticas mais sustentáveis no setor energético.

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Empresas de sucesso: trajetória das empresas familiares pernambucanas

*Editorial de Cláudia Santos Dados do IBGE comprovam a importância das empresas familiares no Brasil: elas representam 90% das organizações empresariais, respondem por mais da metade do PIB e empregam 75% da mão de obra no País. Diante da dimensão que representam na economia brasileira, nós, da Algomais, acolhemos a ideia da consultora da TGI, Georgina Santos, que propôs contarmos a trajetória de algumas empresas familiares bem-sucedidas de Pernambuco. Daí, surgiu a seção História de Sucesso, publicada uma vez por mês, que trouxe entrevistas com empresários de diferentes setores econômicos que nos contaram como eles e seus familiares ergueram seus empreendimentos. No depoimento dos entrevistados é possível perceber a correlação entre os fatos que marcaram a economia do País e os momentos decisivos vividos pelos gestores. Seja durante o aumento da inflação e dos juros, ou no surgimento da pandemia, eles souberam superar as situações problemáticas e até encontrar oportunidades para alavancar os negócios nesses períodos turbulentos. São relatos que também mostram a relevância do exemplo do fundador, a sabedoria de equilibrar a experiências das primeiras gerações com a inovação dos mais jovens e a compreensão de como fazer um processo de sucessão e de profissionalizar a administração. Esse último tema, inclusive, é abordado por Georgina (que é especialista em gestão de empresas familiares) num artigo que escreveu para esta edição especial da Algomais, que traz uma compilação das histórias de sucesso publicadas durante o ano de 2023. Esperamos que a perseverança e a inteligência dessas famílias, que souberam conciliar, muitas vezes, diferentes visões entre seus integrantes sobre como gerir os negócios, possam nos inspirar para termos um final de ano de congraçamento. Boa leitura!

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Copom reduz juros básicos da economia para 11,75% ao ano

(Da Agência Brasil) O comportamento dos preços fez o Banco Central (BC) cortar os juros pela quarta vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros . Em comunicado, o Copom informou que continuará a promover novos cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões, mas não detalhou quando parará de reduzir a taxa Selic. Segundo o BC, o momento dependerá do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. O comitê enfatiza que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária”, ressaltou o Copom. A taxa está no menor nível desde maio do ano passado, quando também estava em 11,75% ao ano. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. Inflação A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em novembro, o indicador ficou em 0,28% e acumula 4,68% em 12 meses . Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada pelos economistas. O índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação. Para 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,75% nem ficar abaixo de 1,75% neste ano. No Relatório de Inflação divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a estimativa de que o IPCA fecharia 2023 em 5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista para baixo na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de dezembro. As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,51%, abaixo portanto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,59%. Crédito mais barato A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central aumentou para 2,9% a projeção de crescimento para a economia em 2023. O mercado projeta crescimento semelhante, principalmente após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 0,1% no terceiro trimestre , enquanto havia expectativa de queda. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,92% do PIB em 2023. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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"Mercado de imóveis econômicos está otimista com os programas habitacionais"

Presidente da Ademi-PE, Rafael Simões, analisa como as novas políticas voltadas para a habitação de interesse social podem solucionar os problemas de acesso ao crédito para a população de baixa renda. Afirma também que o segmento de médio e alto padrão pode aquecer com a melhora da economia em 2024. Pesquisa da FipeZap revela que dos 10 bairros mais caros para morar de aluguel no Nordeste, sete estão no Recife. Segundo o presidente da Ademi-PE (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco), Rafael Simões, isso acontece em razão da baixa oferta de imóveis na cidade e de dificuldades no acesso ao crédito, o que afeta, em especial, a população de baixa renda que se vê obrigada a morar fora da capital. Apesar dessa situação, Pernambuco tem um orçamento de R$ 2,3 bilhões ao ano, proveniente do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), para investir no Minha Casa Minha Vida. Mas o Estado só executa R$ 1,7 bilhão desse total. Uma contradição que se explica, de acordo com Simões, pela incapacidade dessa parcela da população de arcar com o valor da entrada, que não é financiada pelo programa. Mas o presidente da Ademi-PE diz estar otimista com a implantação do programa Morar Bem Pernambuco, que subsidia até R$ 20 mil para complementar o financiamento do Minha Casa Minha Vida. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele afirma que esses subsídios estaduais trazem boas perspectivas para o mercado imobiliário em 2024. Rafael Simões também comenta as iniciativas para incentivar a moradia no Centro do Recife e as ações da sua gestão à frente da entidade. Assistimos a uma melhora da economia, com inflação menor, a Selic em queda lenta e gradual, além de uma estabilidade política. Esse cenário ajuda o mercado imobiliário? Os ciclos são muito longos no nosso setor, por isso temos que ler o cenário a partir de quatro anos para trás e quatro anos para frente. Nos últimos quatro anos, saímos daquela crise de 2017, dos distratos, quando as empresas tiveram que devolver boa parte do seu faturamento. Isso balançou o mercado nacional inteiro, várias empresas entraram em recuperação judicial, algumas ainda estão. Hoje, isso já mudou o cenário, temos uma lei dos distratos de 2018. Depois, veio a pandemia. Contratamos uma pesquisa e ela reforça o número que eu sempre repito muito: em 2017 tínhamos 10.500 unidades novas para morar em estoque e hoje temos pouco mais de 4 mil. Houve uma redução de 60%. E habitação é uma demanda inelástica, é igual à comida, as pessoas vão comer de todo jeito, ninguém adia um casamento ou deixa de ter um filho porque está esperando licenciar uma obra ou lançar naquele terreno um apartamento de três quartos. Quando há uma redução brusca no estoque de unidades novas, isso vai refletir, sobretudo, nos preços do aluguel. A pesquisa da FipeZap mostra que dos 10 bairros mais caros para morar de aluguel no Nordeste, sete estão no Recife. Quando a gente olha a oferta de imóveis econômicos, a Região Metropolitana do Recife produz 6.500 unidades habitacionais/ano, sendo que a capital faz apenas 300 mas tem quase metade da população da RMR. As pessoas de baixa renda enquadradas no Minha Casa Minha Vida são obrigadas a morar fora da cidade porque não tem oferta. Quando pensamos em política habitacional, após superadas questões de serviços, como mobilidade, nós dependemos de: crédito, que são juros e funding (captação de recursos financeiros para aplicação em um investimento), de demanda, que é demografia e renda, e do item mais importante e um dos mais subestimados que é a política urbana. Ou seja, se tenho um baita estímulo da política urbana, existe o potencial desse terceiro fator superar as dificuldades que o crédito e a demanda oferecem. Qual a análise que o senhor faz desses três itens? O crédito é um problema, o mercado não entende que a Selic baixando de imediato vai respingar nos juros baratos da pessoa física, porque existe uma regra do Banco Central que obriga que 65% do dinheiro da caderneta seja destinado ao crédito imobiliário. Se a Selic baixa, naturalmente a poupança também baixa? Não é bem assim, porque o estoque de poupança já está esgotado e a oferta de crédito imobiliário hoje é uma mistura de recursos da poupança com LCI (Letra de Crédito Imobiliário), outros instrumentos mais modernos que têm juros mais altos. Essas questões são relativas ao mercado de médio e alto padrão. Já o Minha Casa Minha Vida trabalha com recursos do FGTS. Essa montanha de dinheiro, que está em torno de R$ 700 bilhões, é destinada, principalmente para habitação de interesse social. Esse dinheiro a Caixa empresta a 4% e paga 3% para o dono do capital. Está em discussão no STF o ajuste desses 3% para pagar igual à poupança, que hoje daria 6,17%. Então, vai dobrar a remuneração do dono do capital e o custo de aquisição da Caixa. O mercado está um pouco apreensivo com essas questões em relação ao crédito. Vamos agora para a segunda variável, a demanda. Estamos otimistas quanto ao governo. Estamos saindo de crises, fala-se da retomada de Suape em várias obras que podem aumentar a renda. Em relação à demografia, não temos saída e a chegada de pessoas na cidade, não é uma coisa que influencia. Talvez sim do ponto de vista turístico; as passagens estão muito caras e há uma explosão de ofertas de imóveis na área turística. Ninguém sabe o que vai acontecer quando as passagens voltarem aos preços normais. É um ponto a ser observado. Quanto à terceira variável, a política urbana, é importante que sejam criados instrumentos que estimulem a produção de habitação. Um exemplo: até 2016 não existia oferta de apartamentos econômicos na cidade de São Paulo. Quando verificávamos quantos andares tinha o Programa Minha Casa Minha Vida, era zero. Hoje é metade da produção, sem reduzir o que já era produzido de médio e alto padrão. O que aconteceu de 2016 para cá? Simplesmente a prefeitura de São Paulo

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Se o modelo de desenvolvimento de PE está esgotado, o que colocar no seu lugar?

*Por Francisco Cunha Na apresentação que fiz no final de novembro no Teatro RioMar, quanto do 25º lançamento anual da Agenda TGI, tive oportunidade de dizer que, ao que as evidências começam a apontar com mais clareza, estamos às voltas com o esgotamento do modelo de desenvolvimento de Pernambuco, gestado em meados do século passado. De fato, este modelo foi esboçado pela Comissão de Desenvolvimento de Pernambuco (Codepe, precursora do Condepe – Instituto de Desenvolvimento de Pernambuco), criada em 1952 pelo governador Agamenon Magalhães, e contou com a contribuição vital do padre dominicano francês Louis-Joseph Lebret, fundador do movimento Economia e Humanismo, conhecido como Padre Lebret, que esteve no Estado em 1954 e produziu o clássico Estudo sobre Desenvolvimento e Implantação de Indústrias, Interessando a Pernambuco e ao Nordeste. No lendário estudo, o Padre Lebret reconhece a inequívoca vocação portuária de Pernambuco e recomenda a ampliação do porto do Recife para o sul, dada a impossibilidade de sua expansão a norte e a leste do local onde surgiu (atual Bairro do Recife). Além disso, recomenda também a articulação do porto com um complexo industrial que comportaria refinaria, montadora de automóveis, estaleiros e outras indústrias “leves”, tudo suportado pela malha rodoferroviária (com destaque para o futuro traçado da Transnordetina). Com isso, lança as bases do complexo industrial-portuário de Suape, iniciado na década de 1970 e, hoje, um sucesso como um dos melhores portos do Brasil e vocação inequívoca como hubport internacional. Exceto pelo trecho pernambucano da transnordestina, ainda numa pendenga construtiva sem fim, praticamente todo o “desenho” esboçado pelo Padre Lebret foi executado com as derradeiras “peças” sendo implantadas (estaleiros, refinaria, montadora e inúmeras indústrias “leves”) nos governos Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos, no início do Século 21. Coincide com a finalização da implantação do “desenho” do padre, típico da era da industrialização ancorada na economia do petróleo, a emergência de duas importantíssimas tendências de peso: as aceleradas mudanças climáticas e a disrupção digital que trazem em seus bojos, respectivamente, as ameaças do aquecimento global e a da Inteligência Artificial destruidora de empregos. Sendo um Estado que foi dramaticamente mutilado pelo Império Brasileiro no Século 19, em represália às revoluções de 1817 (com a perda da Comarca das Alagoas) e de 1824 (com a perda da Comarca do São Francisco), Pernambuco tem hoje um território mais de 80% incrustado no semiárido nordestino, o mais populoso do mundo, profundamente impactado pelas mudanças climáticas, com temperaturas mais altas e quantidades mais baixas de água. Por outro lado, essa escassez de recursos naturais foi historicamente compensada pela qualidade dos recursos humanos que, agora, encontram-se sob a séria ameaça da disrupção digital. Isso só para falar em apenas duas tendências de peso contemporâneas… Por outro lado, podem ser observadas oportunidades que os novos tempos colocam como é o caso das energias renováveis, do hidrogênio verde, da conectividade internacional, da diversidade bioclimática, da capacidade instalada de inovação tecnológica, dentre outras. Todavia, não vemos nenhum tipo perceptível de preparação para o aproveitamento dessas oportunidade em moldes semelhantes àqueles praticados pela Codepe e pelo Padre Lebret em meados do século passado, diante dos desafios então contemporâneos da sobra de energia elétrica gerada pela Chesf e da industrialização para o desenvolvimento ancorada na era do petróleo.

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8 em cada 10 moradores da favela pretendem empreender

Segundo o estudo Data Favela 2023, que mapeou 11.403 favelas em todo o Brasil, abrigando 16 milhões de pessoas em 6,6 milhões de domicílios, empreender é o maior sonho profissional de 8 em cada 10 moradores de favelas. O desejo de ter um negócio próprio (21%) ocupa um lugar de destaque entre os principais anseios, ficando atrás apenas do sonho de ter uma casa própria (27%). O estudo, apresentado na Expo Favela Innovation Brasil 2023, revela que o empreendedorismo nas favelas está ligado à responsabilidade familiar e comunitária, além de ser visto como uma via para a independência financeira. Apesar do desejo empreendedor, a pesquisa destaca desafios significativos. A falta de apoio e a responsabilidade em relação à família e ao lar muitas vezes se sobrepõem aos sonhos de empreendedorismo, dificultando sua concretização. A pesquisa revela que 56% dos moradores de favelas acreditam que projetos governamentais de apoio ao empreendedorismo nas favelas teriam impacto positivo em sua qualidade de vida. Entre aqueles que já empreendem ou desejam empreender, 58% compartilham dessa opinião. O estudo também traça o perfil dos moradores de favelas, destacando que a maioria é jovem, com 56% até 35 anos. A população infantil representa 23% do total, equivalente a 3,7 milhões de crianças de até 14 anos. A população idosa é de cerca de 13%, totalizando 2 milhões de pessoas. A maioria dos moradores de favelas é negra, representando 67% (quase 11 milhões de pessoas), superando a média nacional de 55%. Quanto às classes sociais, 96% pertencem às classes CDE, enquanto apenas 4% estão nas classes AB. Renato Meirelles, fundador do Data Favela “A favela é a concentração geográfica das desigualdades sociais e muitas vezes o morador não encontra no emprego formal a oportunidade para desenvolver toda sua potencialidade. Por isso vemos que o sonho em ter o negócio próprio está entre os principais do morador da favela, porque só empreendendo dentro da favela vai conseguir ganhar mais do que dois salários mínimos. Assim, pode usar o seu potencial e fazer com que o dinheiro das favelas fique dentro das próprias favelas”.

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Estabilidade na confiança empresarial em Pernambuco contrasta com queda nacional

O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec/CNC), divulgado pela Fecomércio Pernambuco, manteve-se estável no estado no mês de novembro, contrariando a tendência de queda no Brasil. Enquanto o mercado de trabalho no estado teve uma influência negativa, reflexo do terceiro trimestre, o avanço nos investimentos das empresas contribuiu positivamente para a estabilidade. ONDE ESTÃO OS OTIMISTAS O cenário otimista acontece principalmente no setor de bens não duráveis, segundo dados da Fecomércio Pernambuco. De acordo com a pesquisa, 49,7% dos comerciantes desse segmento expressaram otimismo, indicando uma melhoria nas condições atuais do setor. Os dados revelam que gestores de empresas menores, com até 50 funcionários, estão otimistas em relação à contratação de colaboradores nos próximos meses, com 74,5% planejando aumentar o quadro de empregados. No setor de semiduráveis, como vestuário, calçados e perfumes, 86,2% dos empresários acreditam que haverá um aumento nas contratações, impulsionado pelo incremento de mão de obra temporária devido às festas de fim de ano. SETOR DE BENS DURÁVEIS ESTÁ PESSIMISTA Entretanto, o Icec/CNC indica que os grupos que comercializam bens duráveis mostram pessimismo em relação às condições econômicas do Brasil. Empresários desse segmento apontaram que as condições econômicas do país pioraram, alinhando-se à percepção dos consumidores, sendo que a maioria (50,8%) considera um mau momento para adquirir bens duráveis. Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE “A estabilidade do Icec/CNC em Pernambuco indica que a confiança dos empresários do setor comercial permanece em processo de estabilização. Na região, seis em cada dez empresários observam uma deterioração na atividade econômica nacional, refletindo as incertezas macroeconômicas como risco fiscal e elevado endividamento. Em contrapartida, o otimismo no segmento de semiduráveis - como vestuário e calçados -, em novembro ainda é impactado pelas sazonalidades de Natal e Ano Novo”.

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Francisco Cunha aponta o desafio de superar os extremos na Agenda TGI 2024

Com o Teatro Riomar lotado, o consultor e sócio da TGI Francisco Cunha conduziu a 25ª edição da Agenda TGI na noite de ontem (29). Inspirado do clássico A Era dos Extremos, do historiador britânico Eric Hobsbawm, a tradicional palestra de final de ano pontuou fatos marcantes do Mundo, do Brasil, de Pernambuco e do Recife sobre os extremos ambientais, econômicos, políticos e tecnológicos que atravessamos. Episódios climáticos catastróficos, as grandes guerras que acontecem pelo mundo - não apenas os conflitos Rússia/Ucrânia e Israel/Palestina - e o atentado de 8 de janeiro foram alguns dos inúmeros cenários apresentados e comentados na apresentação que sinalizam o desafio mundial de superar a era dos extremos, que já estamos vivendo. Apesar de fatos complexos e extremamente tensos para o mundo, como a própria guerra fria entre Estados Unidos e China, o tom da apresentação não foi pessimista. Pelo contrário, em meio ao contexto conflitivo, Francisco Cunha destacou que existe um otimismo por parte da população com a melhora da economia, em vários indicadores. A aprovação do arcabouço fiscal, o programa Desenrola Brasil e a melhoria dos indicadores de emprego e inflação foram alguns dos critérios mencionados pelo consultor para explicitar a recuperação econômica do País. Para Pernambuco e para o Recife, há 3 grandes destaques na apresentação do consultor. O primeiro é que o Estado precisa retomar uma visão de futuro e construir um novo planejamento de longo prazo de desenvolvimento para o Estado. Ele avalia que o contexto político é favorável para isso. Para a capital, ele voltou a ressaltar a relevância do Parque Capibaribe, com o conceito de cidade parque, como um caminho de redenção para a cidade que foi desfragmentada ao longo das últimas décadas. Tanto para o Estado, como para a cidade, os desequilíbrios provocados pelas mudanças climáticas tem impactos muito relevantes e que precisam ser acompanhados e enfrentados. A cobertura completa da Agenda TGI 2024 estará na última edição do ano da Revista Algomais.

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A chegada da era dos extremos é o destaque da Agenda TGI hoje (28)

Empresários têm a chance de avaliar os impactos globais em seus negócios na 25ª edição da Agenda TGI | Painel 2024, promovida pela TGI Consultoria em parceria com a revista AlgoMais. Com o tema "A Era dos Extremos chegou. Como atravessá-la", o evento ocorrerá hoje (28), às 19h, no Teatro RioMar, Pina, com inscrições gratuitas. O consultor e sócio fundador da TGI, Francisco Cunha, apresentará uma análise abrangente dos acontecimentos marcantes de 2023, projetando as principais tendências econômicas e políticas para 2024. O foco abrange o cenário global, nacional e local, com destaque para Pernambuco e Recife. Cunha inspirou-se no ensaio clássico "A Era dos Extremos" de Eric Hobsbawm, mas ressalta que, na sua opinião, as contradições do século XXI são ainda mais desafiadoras. O evento conta também com a participação do sócio da TGI Fábio Menezes. ERA DOS EXTREMO CHEGOU Neste ano, no Painel Mensal da Agenda TGI, em que os assinantes da Algomais tem acesso, Francisco Cunha trouxe em todas as edições uma atenção especial aos eventos extremos que aconteciam no mundo e no Brasil. A atualidade dessa agenda é de grande preocupação para Pernambuco - que convive com regiões em processo de desertificação - e, especialmente, para o Recife, que possui uma vulnerabilidade mais intensa com os episódios de fortes chuvas e da elevação dos oceanos. Apesar das análises dos maiores impactos estarem ainda no longo prazo, a agenda ambiental se impõe na preocupação do poder público e da iniciativa privada para ontem, visto a recorrência de episódios catastrófios promovidos pelas mudanças climáticas em todo o País. Além das mudanças climáticas, o debate político nacional após o traumático 8 de janeiro, a turbulenta conjuntura internacional e as grandes oportunidades da nova economia global deverão ser alguns dos destaques da palestra do consultor, no evento empresarial mais prestigiado de final de ano em Pernambuco. FRANCISCO CUNHA “A era dos extremos está realmente sendo vivida agora, com impactos nunca antes vistos no clima, na área de tecnologia e também na política. Estamos vivendo o ano mais quente de toda a nossa história, as pessoas estão vendo as mudanças climáticas e nada fazem, sem pensar nos impactos gigantescos."

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