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IBGE: Pernambuco foi um dos Estados que menos cresceu em 2021

Os dados consolidados do PIB, publicados nesta semana pelo IBGE, apontaram que Pernambuco esteve entre os Estados que menos cresceu em 2021. Enquanto a média nacional foi de 4,8%, os dados do Estado apresentaram uma elevação de apenas 3%, ficando na 24ª posição no País. No Nordeste, a média foi de 4,3%. PANDEMIA Os números são de crescimento, pois são comparados ao ano do auge da pandemia, quando o PIB pernambucano tinha encolhido 4,1%, igual ao do Nordeste. No mesmo ano, o PIB nacional apresentou um resultado negativo de 3%. O relatório revelou que o desempenho da economia Pernambucano em 2021 ainda não superou o alcançado em 2019, último ano antes da chegada da Covid-19 ao Brasil. Os dados do IBGE apontam que o Estado teve em 2021 um percentual relativo à 98,7% do PIB alcançado dois anos antes. Apenas a Bahia esteve numa situação pior (com 98,5% do PIB de 2019). Completando o trio dos piores esteve o Ceará, com desempenho muito parecido ao pernambucano (98,8% do PIB pré-pandemia). SETOR Quando observamos os dados setoriais, o desempenho da indústria (-2,9%) foi o destaque negativo em Pernambuco. Os serviços apresentou um avanço de 4,4%, enquanto a agropecuária obteve um crescimento de 3,9%. Apenas a agropecuária conseguiu ter um desempenho acima da média brasileira e da região em 2021.

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Contratação temporária na indústria e logística está em alta no final do ano

A demanda por mão de obra temporária aquece diversos setores no último trimestre de 2023, indo além do tradicional aumento de contratações temporárias no varejo. Cargos como auxiliares de logística e produção, operadores de máquinas e assistentes administrativos estão entre os mais procurados nesse período. A flexibilidade proporcionada pela "nova" lei da terceirização abre oportunidades para profissionais desempregados reintegrarem-se ao mercado de trabalho. Além do varejo, os setores de indústria e logística lideram a geração de postos de trabalho, com uma intensa contratação de funcionários temporários até o final do ano. A expectativa do mercado é que as vagas temporárias sejam abertas principalmente nos setores da Indústria (55%), Serviços (30%) e Comércio (15%), segundo dados da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem). Fábio Renaux, estrategista em gestão de serviços e CEO da Renaux Service "A contratação e a gestão inteligente da mão de obra terceirizada permitem que as empresas contem com o reforço da sua equipe e melhorem sua produtividade, tendo como foco suas atividades-fim e não a operação". O executivo destacou que entre as funções de mão de obra temporária mais requisitadas neste período destacam-se não apenas vendedores, mas também auxiliares de produção, operadores de máquinas, auxiliares de logística e assistentes administrativos. INDÚSTRIA E LOGÍSTICA Se em outubro, a expectativa da Asserttem foi da indústria liderar as contratações temporárias, no mês novembro destaca-se o setor de Serviços, especialmente em empresas de e-commerce e logística, devido à mudança nos hábitos de compra dos brasileiros, com aumento das compras online e a proximidade da Black Friday. O aumento na produção industrial e o considerável crescimento no envio de produtos para diferentes localidades impulsionam a terceirização de mão de obra temporária nessas áreas.

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Pernambuco: Em busca de uma perspectiva de futuro

*Por Rafael Dantas Na década de 60, o pastor estadunidense Martin Luther King pronunciou o famoso discurso em que dizia ter um sonho: que seus filhos vivessem em uma nação onde não seriam julgados pela cor da pele. Um olhar potente e sintético para o futuro que sobreviveu mesmo à morte do seu autor e que influencia até hoje o movimento anti-racismo no mundo. Poucos anos antes, no Brasil, Juscelino Kubitschek sonhou com uma capital e lançou o desafio de fazer o País avançar 50 anos em 5. Em Pernambuco, nessa época, chegou o padre francês Louis-Joseph Lebret, especialista em planejamento econômico e urbano. Ele projetou para o Estado um caminho de desenvolvimento que passaria pela construção de um grande Porto no Litoral Sul e pela atração de uma refinaria ou estaleiro, além de um ramal ferroviário. Décadas depois, com o Complexo de Suape, a maioria das projeções também se tornaram reais. Nos três casos, a criação de uma visão mobilizadora rendeu frutos e marcou a história. A visão é uma declaração que sintetiza o futuro que um país, um estado ou organização pretendem alcançar. Trata-se, portanto, de uma imagem inspiradora e mobilizadora a ser atingida. Em Pernambuco, os especialistas avaliam que a visão proposta por Lebret já foi atingida – mesmo que a ferrovia Transnordestina, também citada pelo pensador, por exemplo, não tenha saído ainda do papel. Para desenhar um novo ciclo de desenvolvimento para o Estado, conectado com os novos desafios do mundo contemporâneo e com as tendências do novo século, é preciso a projeção de novos horizontes de longo prazo a serem alcançados. "As formulações do Padre Lebret já deram os frutos que poderiam dar. A provocação dele antecipou o Porto de Suape, a refinaria, os estaleiros e até montadora de automóveis, além do ramal da Transnordestina. Mas tudo isso são realizações da era do petróleo, rigorosamente do final do Século 19. Esse ciclo se encerrou. Colocam-se diante de nós os desafios de desenvolvimentos do Século 21", afirma o consultor Francisco Cunha. A visão é um dos passos iniciais do processo de planejar o desenvolvimento. Essa prática, no entanto, foi perdida no País e em Pernambuco ao longo das últimas décadas. De acordo com o professor da UFPE, Roberto Montezuma, entre os anos 1930 e 1960, o Brasil tinha um projeto, que colocou o País na vitrine do mundo, de uma forma criativa e inovadora. O docente afirma ainda que houve um segundo ciclo de planejamento nos anos da ditadura militar. No entanto, após a redemocratização, as estruturas governamentais que atuavam nesse campo foram consideradas como burocráticas e, aos poucos, desmontadas. "Em alguns momentos da história brasileira, tivemos avanços icônicos. Um deles aconteceu dos anos 1930 aos 1960, quando tínhamos um projeto de País. Um grande desafio do Século 20 era a construção das nações. O Brasil partiu de uma visão de que era possível formar a nação brasileira, o País do futuro", afirmou Montezuma. Desse impulso nasceram a arquitetura moderna brasileira, a Bossa Nova, o Cinema Novo, a ascensão da literatura e do teatro, entre outros marcos. A construção da capital federal, Brasília, está incluída nesse grande conjunto de realizações do País. Montezuma cita o livro Brazil Builds, lançado em meados do século passado pelo Museu de Nova York, para explicar como o País conseguiu dar um salto. "Há uma máxima na abertura do livro, que é uma publicação fruto de uma exposição feita em Nova York. Ela pergunta como é que esse país, que sempre foi periferia do mundo, pode, de repente, ser uma vanguarda do mundo? Será que foi o talento dos profissionais? Ele diz que não. Na verdade, isso só foi possível porque existia uma força política para que isso ocorresse. Mas, no final do Século 20 foi desmontada toda estrutura construída na época que valorizava o planejamento e a projeção do futuro do País", analisa Montezuma. A exemplo do Brasil, Pernambuco também teve os dias áureos de projetar os grandes de - safios de longo prazo e construir projetos a partir da visão de futuro construída para o Estado. No centro desse período estavam instituições fortes como a Sudene (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste), o Condepe (Instituto de Desenvolvimento de Pernambuco) e a Fidem (Fundação de Desenvolvimento Municipal). As três instituições foram enfraquecidas nas últimas décadas. UMA TENTATIVA DE RETOMADA DA VISÃO DE LONGO PRAZO Pernambuco teve durante o Governo Eduardo Campos a possibilidade de retomar a construção de uma visão de longo prazo. No ano de 2014, a partir do consórcio entre a TGI, a Ceplan e a Macroplan, com apoio do Governo do Estado e do Movimento Brasil Competitivo, nasceu o Pernambuco 2035. Além de traçar uma visão para o futuro, foi desenhada também uma Carteira com Projetos Estruturantes do Setor Público, que norteariam o Estado por duas décadas. Mas o documento não foi absorvido pela sociedade, nem pelo poder público estadual. Com o falecimento de Eduardo Campos, o Pernambuco 2035 foi esquecido. “Uma novidade desse documento é que era um Plano de Estado e não para o período de um governo. Trazia orientações estratégicas para o governo, para a sociedade, para os empresários, para as organizações da sociedade”, explicou Sérgio Buarque, coordenador técnico do plano, em reunião mensal da Rede Gestão, lamentando a descontinuidade da inserção deste norteador nas ações traçadas pelo poder público. O economista Sérgio Buarque, apontou que poucas metas previstas para essa primeira década foram atingidas no Estado. Algumas, inclusive, pioraram, como a competitividade, por exemplo. “Sobre a posição de Pernambuco no ranking de competitividade, a ambição que se tinha era que em 2035 a gente chegasse a ser 7º lugar no País. Em 2011 estávamos em 14º. A meta era reduzir à metade essa posição, ficando atrás apenas dos estados do Sul e do Sudeste. O que é que aconteceu? Os dados de 2021 apontaram que caímos para 15º lugar. Estamos atrás de estados como Ceará, Alagoas e Pará”, lamentou o economista. Se na competitividade, o Estado esteve distante de avançar nas metas,

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"Tem que ter gestão, tem que delegar e fiscalizar"

Alfredo Luciano, gestor da Top Mix, conta como saiu do interior de São Paulo até erguer a empresa que atua no setor de esquadrias de alumínio em Pernambuco, fala da participação dos filhos e da mulher nos negócios e do desempenho do empreendimento que tem uma fábrica em Vitória de Santo Antão. Alfredo Luciano expressou desde muito jovem o tino de empreendedor. Aos 19 anos, quando repentinamente se viu na necessidade de ser o esteio familiar, em razão da morte do pai, atuou como gestor da Santa Casa, em Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo. Poucos anos depois, passou a trabalhar numa empresa de componentes plásticos na capital paulista, onde gradativamente galgou vários cargos até se tornar sócio. Ao ser transferido para o Recife, a vontade de empreender não permitiu se acomodar. Em 2001 fundou a Top Mix Metais, revenda de perfil, acessórios para vidros e esquadrias, que fica no bairro da Imbiribeira, e a Top Mix Metais e Esquadrias, fábrica localizada em Vitória de Santo Antão que, atualmente, corta 30 toneladas de alumínio por mês para produção de esquadrias. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Alfredo Luciano conta a sua trajetória, fala da participação dos três filhos, que hoje são seus funcionários, e como suas empresas têm mantido um bom desempenho ao longo dos diferentes momento econômicos do País. Como começou a sua carreira de empreendedor? Perdi meu pai quando tinha 19 anos em 1969. Eu tinha terminado de servir o Tiro de Guerra lá na minha cidade, Santa Rita do Passa Quatro, em São Paulo. Aí eu assumi minha mãe, que ficou viúva, e quatro Irmãos mais novos. Passei a ser "esposo" da mãe e "pai" dos irmãos. Em seguida, eu trabalhei como gestor da Santa Casa, ainda muito jovem. No dia 5 de janeiro de 1973 eu fui para São Paulo e no dia 10 de janeiro comecei a trabalhar na empresa Tiletron. Eu fui para São Paulo e deixei minha mãe e meus irmãos em Santa Rita. Depois levei os dois irmãos para trabalhar comigo em São Paulo e dali eles alçaram voos próprios. Em 1975 fui nomeado diretor comercial. Fiquei por 30 anos nessa empresa. Sou paulista e estou no Recife desde março de 1980. Vim para cá transferido pela Tiletron. Em 1982 entrei na sociedade da empresa. Éramos três sócios, eu era o diretor comercial. A empresa atuava no ramo da construção civil, comercializava componentes plásticos, tubos de PVC, caixa de descarga etc. Em 2001 fundei a Top Mix com meu filho, o Murilo. Foi mais uma brincadeira no começo porque meu filho fazia o curso de administração e queria trabalhar. Então montei a Top Mix em 10 de janeiro de 2001. No dia 26 de abril, aluguei um galpão no bairro da Imbiribeira e começamos a trabalhar. Eu me lembro dessa data porque é dia do aniversário da minha esposa. Eu trabalhava na Tiletron e na hora do almoço ia para a Top Mix, onde eu almoçava com Murilo, minha esposa trazia almoço para nós. Ela também trabalhava lá e eu ficava na hora do almoço trabalhando com eles. Quando foi no dia 10 de setembro de 2001 a gente abriu ao público. Trabalhavam meu filho, uma pessoa que eu tinha contratado e minha esposa que vinha ajudá-lo. Eu vinha sempre na hora do almoço. À noite, Murilo estudava administração, chegava em casa por volta das 10 da noite e a gente ficava conversando no quarto, trocando ideias sobre o negócio. Eu tinha colocado um capital, separei em duas partes e falei para meu filho: olha, isso aqui você compra de material para a empresa, esse outro, você deixa como uma reserva técnica. Quando você vender, repõe. Se errar numa compra é normal, você tem essa reserva técnica financeira. Se amanhã você precisar, você para de comprar tudo, reveja, faça girar e retorna esse capital para o reservatório. Ele nunca precisou fazer isso. Como o senhor chegou à ideia de comercializar esquadrias? A Tiletron fazia um produto chamado chapa plástica de box para banheiro. Eu era diretor comercial e tinha cliente no Brasil todo, a maior parte era de distribuidores de perfis de alumínio. Começamos revendendo acessórios para esquadria e perfil de alumínio, não tínhamos o intuito de vender esquadrias. Só que eu tinha contratado uma pessoa que atuava nessa área. Ele organizou uma bancada e começou a montar as esquadrias num galpão de 300 m². E fomos crescendo com o negócio, a esquadria foi tomando corpo, eu aluguei um galpão na frente com 2.100 m² para a fábrica de esquadria, que era a Top Mix Esquadria Limitada. Então havia a Top Metais que era revenda e a Top Esquadria que era a fábrica de esquadrias. O negócio começou a tomar corpo, cresceu tanto a revenda quanto a fábrica. Aluguei um outro galpão ali próximo do mesmo tamanho. Como tudo cresceu, precisámos de espaço. A partir de entendimentos com a Prefeitura de Vitória de Santo Antão, conseguimos a doação de um terreno naquela cidade de 31.000 m². Fizemos terraplanagem, com uma luta danada, pois choveu muito aquele ano. Em um ano e meio mais ou menos de construção, erguemos um galpão, separei 15 mil m² para a fábrica de esquadria e área de manobra, além de construir refeitório, portaria etc. Temos hoje uma área construída de 4,5 mil m². E em 28 de fevereiro de 2016, transferimos a fábrica de esquadrias da Imbiribeira para Vitória. Eu entreguei os dois galpões e trouxe o estoque de perfil e acessórios de esquadria para o galpão onde estava a fábrica que tinha os 2.100 m². Atualmente temos a Top Mix Metais que é a revenda de perfil, acessórios para vidros e esquadrias, que fica na Imbiribeira e temos a Top Mix Metais e Esquadrias, localizada em Vitória. Nesse interim, conseguimos a distribuição da PPA, uma empresa de equipamentos para segurança, motores elétricos, fotocélulas, cancelas, que fica na Avenida Caxangá. É uma empresa menor. E vocês viram uma oportunidade para entrar nesse novo setor?

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Intenção de consumo em Pernambuco permanece estável em outubro

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou variação zero em Pernambuco durante o período de setembro a outubro. Embora não tenha havido mudança significativa no ICF, há indícios de melhora relacionados às perspectivas profissionais e à renda atual no estado. Em relação ao emprego, 39,5% daqueles com renda superior a 10 salários-mínimos afirmam estar em uma situação favorável, enquanto 38% dos entrevistados com renda de até 10 salários-mínimos compartilham dessa visão. Quanto às perspectivas profissionais, 55,1% acreditam em melhorias em sua carreira nos próximos seis meses, enquanto 36,7% preveem uma piora em suas perspectivas de emprego. Notavelmente, a população com rendimentos mais altos expressa um otimismo maior em relação à sua carreira, com 57,9% esperando boas oportunidades profissionais. RENDA E CRÉDITO No geral, houve uma percepção de aumento na renda, especialmente entre a população de renda mais baixa, em que 20,8% relataram uma depreciação de sua situação financeira em comparação ao ano anterior. Quando se trata de acesso ao crédito, 48,6% das famílias com renda acima de 10 salários-mínimos consideram que ficou mais fácil em comparação com o mesmo mês do ano anterior, enquanto 30,4% das famílias com renda mais baixa acham que o acesso ao crédito ficou mais difícil. Essa disparidade na percepção do crédito entre diferentes estratos de renda reflete não apenas diferenças econômicas, mas também a influência de fatores externos, como endividamento familiar e as condições do mercado de trabalho. GASTOS A pesquisa mostrou que 48,1% das famílias com renda de até 10 salários-mínimos estão gastando menos em comparação ao ano anterior, enquanto 49,1% daquelas com renda superior a 10 salários-mínimos aumentaram seus gastos em relação ao ano anterior. Em Pernambuco, 36,1% das famílias com renda de até 10 salários-mínimos esperam um menor consumo em comparação ao ano anterior, enquanto 45,5% das famílias com renda superior a 10 salários-mínimos acreditam que o consumo será semelhante ao ano anterior. Essas perspectivas de consumo antecipam desafios para as empresas do setor de comércio e serviços em Pernambuco. EXPECTATIVA DE COMPRAS Cerca de 50,6% dos entrevistados acreditam que este não é um momento adequado para comprar bens duráveis, como televisões, geladeiras e fogões. A insatisfação é ligeiramente maior na faixa de renda mais baixa, onde 52,4% concordam com essa afirmação. No entanto, na faixa de renda mais alta, 55,9% consideram que o momento é favorável para adquirir bens duráveis. Essa melhora se deve, em parte, à redução das taxas de juros e às políticas de renegociação de dívidas, que atraíram novamente os consumidores para esse segmento. O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, comentou: “O Índice de Confiança do Consumidor (ICF) evidenciou uma evolução na percepção da renda disponível da população pernambucana. Este avanço pode ser atribuído, em parte, à deflação registrada nos setores de alimentos e bebidas em todo o Brasil. Além disso, observou-se uma breve, porém promissora, recuperação nos índices de empregos formais em Pernambuco, conforme indicado pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esses sinais de retomada no mercado de trabalho contribuem para elucidar a melhoria na perspectiva profissional no estado.”

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Programa PE Produz destina R$ 15 milhões para arranjos produtivos locais

O programa PE Produz, lançado pela governadora Raquel Lyra, destinará R$ 15 milhões para o fortalecimento de arranjos produtivos em Pernambuco. O programa possibilita que entidades e associações sem fins lucrativos que se dediquem à produção de diversos setores submetam seus projetos através de edital para receber até R$ 800 mil. A expectativa é que mais de 50 projetos em mais de 20 setores econômicos sejam beneficiados, gerando renda adicional para cerca de 1.500 famílias. O programa visa impulsionar setores como confecção, apicultura, fruticultura e bacia leiteira, proporcionando qualificação, aquisição de equipamentos e implementos agrícolas, entre outros. INTERIORIZAÇÃO Os critérios de seleção dos projetos envolvem empoderamento econômico feminino, inovações tecnológicas, vocações econômicas e vulnerabilidades. A iniciativa busca interiorizar o desenvolvimento, fortalecer o coletivismo e promover a inovação dos processos produtivos, visando a melhoria dos arranjos produtivos locais (APLs). Além disso, o programa irá operar em cinco etapas, incluindo a submissão de projetos, seleção, repasse de investimentos, execução dos planos e prestação de contas. O PE Produz é um esforço conjunto entre o governo e entidades como o Sebrae, com o objetivo de impulsionar a economia de Pernambuco. RAQUEL LYRA “Pernambuco é um estado cheio de força na sua economia em cada região e o edital do PE Produz dialoga com todas as áreas de produção. O programa, em parceria com o Sebrae, garante R$ 15 milhões para que os projetos possam ser fortalecidos, desde a capacitação e qualificação, até a compra de equipamentos e insumos para fazer com que a produção seja mais eficiente e possa alcançar mais mercados. Vamos poder depositar o dinheiro nos arranjos para que eles possam fazer esse trabalho”.

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Impacto da reforma tributária assombra o setor de tecnologia no Recife e no País

A Federação Nacional das Empresas de Tecnologia da Informação (Fenainfo) fez uma apresentação durante uma audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal nesta semana. A entidade divulgou um manifesto que aborda a Reforma Tributária e seus possíveis impactos no setor de serviços, com foco especial no segmento de Tecnologia da Informação (TI). IMPACTOS E ARTICULAÇÃO PARA PROMOVER MUDANÇAS NO TEXTO O presidente da Fenainfo, que representa mais de 121 mil empresas de TI, Gerino Xavier, destacou durante a reunião, presidida pelo senador Eduardo Braga, a preocupação com o impacto negativo que o atual texto da reforma pode ter no setor. A mudança resultará em uma perda de competitividade, na saída de empresas do mercado e em um aumento no desemprego, caso as alíquotas de impostos subam de 5,65% para mais de 25%, como está sendo proposto. Hoje (10), a Fenainfo e as demais entidades que representam o setor (ABES, ABRANET,  ASSESPRO, BRASSCOM , ACATE e SEINESP) promovem, no Restaurante dos Senadores, um café da manhã com parlamentares para discutir o documento. PRESIDENTE DA FENAINFO "No setor de TI, a competição global é fortíssima. Nós concorremos com o mundo inteiro. Nosso maior insumo é a mão de obra especializada e acreditamos que este aumento significativo na nossa carga tributária inviabiliza muitos negócios e pode gerar desemprego no setor e aumento nos preços dos serviços" Gerino Xavier

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Energias renováveis em novo período de expansão dos investimentos

*Por Rafael Dantas O Nordeste segue a passos largos na liderança da produção e atração de novos investimentos em energias renováveis. Com o maior potencial do País para instalação de sistemas eólicos e solares, a região vive a expectativa de uma nova onda de projetos para a geração de hidrogênio verde. Pernambuco está em todas essas cadeias, mas um pouco atrás de outros estados vizinhos, como a Bahia, o Rio Grande do Norte e o Ceará. Entre essas três modalidades de investimentos no setor, o eólico é o que está mais amadurecido na região e no Estado. “Atualmente, Pernambuco possui 41 parques eólicos operacionais, totalizando uma capacidade instalada de 1086,4 MW, representando um investimento acumulado de mais de R$ 7,6 bilhões na região”, afirma Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica. Além do que já está instalado, Pernambuco tem a perspectiva de construção de 12 novos parques até o ano de 2028, com uma capacidade prevista de 520,9 MW. Isso significa um investimento estimado superior a R$ 3,6 bilhões nos próximos cinco anos. Mesmo com os recursos bilionários, Pernambuco produz hoje apenas 5% da energia eólica do Nordeste. “O futuro será muito promissor para Pernambuco quando olhamos para o mercado de energia eólica. O que o setor precisa para crescer, não só em Pernambuco, mas também para todo o Nordeste e o País, é a criação de um marco regulatório para a energia eólica offshore, o hidrogênio verde e o mercado de carbono. Com isso, a economia vai incrementar novas tecnologias e novas modalidades de fontes renováveis. É o que estamos chamando de reindustrialização verde que será capaz de fazer todo o Brasil crescer com esse foco em transição energética”, afirmou Elbia. A geração solar hoje é responsável por 9,97%, em média, da demanda por eletricidade no País. Nesse setor existem duas modalidades principais. A geração centralizada, ancorada em grandes usinas para alimentar o sistema elétrico, e a geração distribuída, em geral projetos menores, instalados próximo ou no próprio local de consumo. Na geração centralizada, Pernambuco possui uma capacidade instalada, já em operação, de 514 MW. Em construção existem outros 643,4 MW, segundo dados da Absolar. Há ainda um conjunto grande de projetos com construção não iniciada, que serão responsáveis pela geração de 4.269,4 MW. Nesse tipo de geração, o Estado ocupa a 7ª posição nacional, estando atrás de estados como Ceará, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte. A liderança, com folga, é de Minas Gerais. Já na geração distribuída, Pernambuco é o 12º colocado no País, sendo responsável por 3% da produção do segmento. O Estado fica atrás da Bahia e do Ceará, mas nessa categoria a liderança ainda é do Sul e Sudeste, sendo capitaneada por São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. MAIS DIVERSIDADE E INVESTIMENTOS “Nossa matriz tem diversidade. Antigamente dependíamos muito do regime de chuvas no País (para atender as hidrelétricas), mas hoje temos uma dependência menor em função da entrada das energias provenientes da eólica, e agora, a bola da vez, a fotovoltaica. A matriz brasileira já é formada por 85% de energia limpa. Um percentual elevadíssimo”, destacou o diretor-presidente da Eletrobras Chesf, João Henrique Franklin Neto, durante a 1ª Conferência dos Guararapes, organizada pelo Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia). O executivo destacou também o montante de investimentos que está a caminho para a região, que é um dos polos de maior potencial de energias renováveis. “Nos últimos tempos, no Nordeste, tivemos investimentos de R$ 30 bilhões nesse tipo de geração de renováveis. Se a gente olhar para os próximos anos, temos na prateleira da região R$ 150 bilhões de investimentos, por causa dessa vantagem que temos da presença de ventos e sol. Hidrelétrica não está nessa conta”, destacou João Henrique. O SALTO DA ENERGIA SOLAR O doutor em engenharia elétrica professor da UFPE, José Filho Castro, destaca que além do crescimento exponencial nos últimos anos, as energias renováveis têm um futuro ainda de avanço contínuo. No próximo ciclo de investimentos, no entanto, ele aposta que a energia solar será o principal foco do Nordeste, em especial no Estado. “A gente teve uma onda muito forte de energia eólica e agora o que a gente está vendo é que a solar está chegando com força. Já nos próximos anos vai ser uma fonte muito importante. A região assumiu um protagonismo nesse crescimento das fontes renováveis. O sol é o vilão que sempre castigou a Caatinga e está se tornando herói”. Ele avalia que, no Sertão, a geração solar está se tornando um caminho para o desenvolvimento, que hoje já tem produção, inclusive, para exportar para as outras regiões do País. Um dos investimentos em andamento, prestes a ser inaugurado no Sertão do Pajeú está localizado no município de Flores, a partir de uma parceria entre a empresa pernambucana Kroma Energia com a paulista Eletron Energy. “Somos pernambucanos e a primeira comercializadora do Nordeste. Já temos alguns projetos de geração em operação e a gente está agora entregando um projeto na cidade de Flores de 101 MWp (megawatt pico)”, afirmou o presidente da Kroma Energia, Rodrigo Mello. Só esse empreendimento tem capacidade de atender todas as residências do Sertão do Pajeú, segundo o empresário. O investimento no projeto foi de R$ 380 milhões e atualmente está mobilizando 500 profissionais na cidade do Sertão pernambucano. A previsão de entrega é em dezembro. O executivo lembra que em torno de 80% dos profissionais atuando nas obras são de moradores locais, deixando uma marca forte de qualificação e treinamento. Além desse, a mesma empresa está desenvolvendo um parque de menor porte na cidade de Bezerros. O investimento é de R$ 12 milhões e tem capacidade de geração de 3 MWp. O empresário afirma que a empresa tem em projetos, prontos para serem desenvolvidos, mais 6 GW de potência. Ele afirma que os preços de equipamentos solares estão caindo também e que a velocidade de construção desses parques é mais rápida que a dos eólicos. HIDROGÊNIO VERDE Segundo o relatório intitulado

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Avanço da reforma tributária ameaça o futuro do Porto Digital

Que o País precisa de uma reforma tributária é um consenso. A complexidade do nosso sistema tributário gera uma insegurança jurídica que afugenta investimentos e demanda muito esforço das corporações para cumprir todas as regras. Porém, há muita preocupação do setor de serviços com o avanço do atual projeto que está em tramitação no Congresso Nacional. Com uma carga tributária maior no País, a indústria terá um alívio nas alícotas após a aprovação. Porém, essa conta tende a sobrar para os demais setores. E nesse ponto, Pernambuco e o Porto Digital podem perder muito. Esse foi o tema do almoço da Assespro (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação) que aconteceu na última sexta-feira (29), no Bairro do Recife. MULTIPLICAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA O setor de TI publicou um manifesto com um alerta muito significativo. A carga tributária atual de até 8,65% pode chegar ou até ultrapassar os 25%. É um pesadelo para o Porto Digital e para todas as empresas de tecnologia do País. "Tal medida inevitavelmente resultará no fechamento de empresas, um aumento significativo nas demissões, uma perda alarmante de competitividade e um retrocesso prejudicial à economia nacional frente ao cenário global". Alerta o documento. ESTRATÉGIAS E AMEAÇAS O debate da Assespro contou com a presença do economista Ecio Costa, do ex-presidente da Assespro Ítalo Nogueira e do cientista político com MBA em Relações Governamentais e em Gestão de Negócios Renato Roll. A mesa foi conduzida pela presidente da Assespro-PE, Laís Xavier. Os representantes setoriais explanaram o impacto dessa mudança na competitividade dos negócios do parque tecnológico recifense e descreveram uma série de ações junto aos senadores para uma maior sensibilização para a causa do setor, que é estratégico para o desenvolvimento do País. Com a facilidade de migrar os negócios para outros Países, em pouco tempo muitas empresas poderiam sair para vizinhos da América Latina que têm políticas de fomento às novas tecnologias. Após anos sem avançar nessa reforma, as expectativas de aprovação neste trimestre no Congresso Nacional são grandes. Um calendário que impõe pressa na mobilização empresarial e política para evitar um prejuízo de décadas para o Recife e para Pernambuco. GERINO XAVIER, presidente da FENAINFO "Que nação a gente quer sem tecnologia? Vamos ficar a reboque? A hegemonia política do mundo vai passar por informação".

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