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Mulheres ocupam mais de 80% dos cargos de liderança da maior fábrica de confecções de PE

A força feminina na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, já é conhecida. Foram as mulheres costureiras e empreendedoras que lideraram historicamente a transformação da cidade no coração do polo de confecções. Na maior fábrica da região, a Rota do Mar, não é diferente. A força feminina está presente em todos os setores e prevalece na gestão. Dos 28 cargos de liderança, 23 são ocupados por mulheres (82%) e os demais (13%) por homens. Elas ocupam cargos de presidência, direção, gerência, subgerência e coordenação. A empresa hoje conta com 380 colaboradores, dos quais 170 são mulheres. Os desafios em busca da equidade de gênero em geral ainda são enormes. O relatório Women in Business 2022, da consultoria Grant Thornton, revela que 38% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres. Em 2019, apenas 25% das posições de liderança estavam sob o comando feminino. Apesar do avanço, as mulheres ainda não desfrutam da justa representatividade do seu desempenho no mercado. Empresas como a Rota do Mar são exemplos de como é possível transformar esse cenário ao entender o perfil de cada mulher e ajudar a desenvolver o potencial de cada uma em particular. Na opinião de Ana Carolina de Lima, coordenadora de check- list/corte, as mulheres podem ser tudo que quiserem ser. “Tudo depende do valor que damos aos nossos esforços e sonhos. O que digo para outras mulheres: faça acontecer! Não espere para amanhã, faça hoje. Você não faz ideia do quão longe pode chegar e tudo começa quando você tenta. Se fizer tudo com amor e lealdade você pode ir muito longe”, declarou. Já Renata Balbino, gerente de loja em Caruaru, ressalta a cobrança por perfeição na conciliação de papéis da vida pessoal e profissional. “Podemos errar, temos defeitos, mas não precisamos dar conta sempre de tudo. Mulheres devem inspirar, liderar, mostrar que são verdadeiras heroínas, não das histórias em quadrinhos, mas da vida real. O fato de sermos mães, donas de casa, esposas e filhas muitas vezes nos sobrecarrega. Porém, isso não pode nos impedir e nem limitar as conquistas em qualquer área de nossas vidas”, ressalta. Para Marta Ramos, sócia-fundadora e presidenta da Rota do Mar, ter maioria feminina na liderança da Rota do Mar é motivo de orgulho e uma conquista feita a partir de um olhar atento para a potência que tem o feminino. “Ser líder, enquanto mulher, em um ambiente corporativo é um verdadeiro desafio. Quantas vezes somos colocadas em pequenas caixas? Não podemos nos conformar em ser apenas o que nos ensinaram historicamente a ser. Fazemos questão de lembrar às nossas e a todas as mulheres que elas podem ser o que elas quiserem e estar onde elas desejarem”, comentou. Segundo Marta, as mulheres contratadas pela Rota do Mar recebem o apoio e o estímulo necessário para se desenvolverem. A área de Gestão de Pessoas promove sistematicamente capacitações que buscam não apenas prover formação técnica, mas dar voz, fortalecer as lideranças e empoderar as colaboradoras. “Nosso objetivo é fazer com que enxerguem o seu potencial individual e construam o protagonismo das suas histórias”, comenta. Ao longo dos seus quase 27 anos de mercado, a empresa vem dando espaço naturalmente às mulheres para ocupar o lugar que quisessem, pois acredita que um mundo melhor vai ser construído através das mãos femininas. “Estimulamos esse protagonismo naturalmente e ficamos felizes em saber que elas estão em maioria nos nossos cargos de liderança. Elas são o coração pulsante da nossa indústria, os nossos braços fortes e o nosso olhar para o mundo”, declara Arnaldo Xavier, presidente da empresa. Fundada em 1996, a Rota do Mar é a maior indústria de confecções de Pernambuco e está entre as maiores do Nordeste. A empresa tem sede em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, e produz cerca de 150 mil peças por mês comercializadas em seis lojas próprias, situadas em Santa Cruz do Capibaribe (2), Toritama (2) e Caruaru 2), por meio de revendedores, aplicativo ou e-commerce. Atualmente, conta com 380 colaboradores em suas quatro fábricas, três em Santa Cruz do Capibaribe e uma em Brejo da Madre de Deus.

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Novo título do Tesouro Direto vende R$ 211 milhões em 30 dias

Investimento que complementa aposentadoria custa a partir de R$ 30 Lançado no fim de janeiro como instrumento para complementar a aposentadoria, o título Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra (RendA+) vendeu R$ 211 milhões nos 30 primeiros dias, divulgou o Tesouro Nacional. Se for considerado apenas o primeiro mês, de 30 de janeiro a 28 de fevereiro, as vendas somaram R$ 189 milhões. O valor equivale a 11% do volume vendido em todo o Programa Tesouro Direto nesse período. Mais de 20 mil investidores compraram o RendA+, dos quais 23% (4,6 mil investidores) entraram no Tesouro Direto exclusivamente por causa dos novos papéis. Com um ritmo médio de venda de R$ 10 milhões por dia, o Tesouro calcula que o novo instrumento atingirá um estoque de R$ 2,5 bilhões nas mãos dos investidores em um ano. Segundo o Tesouro Nacional, os papéis preferidos pelos investidores até 1º de março foram os títulos com vencimento em 2030, o mais curto, com R$ 80,3 milhões em compras liquidadas (39% do total). Em seguida, vêm os papéis com vencimento em 2035, com R$ 38,1 milhões (18% do total), e em 2040, com R$ 27,5 milhões (13% do total). Na divisão por faixa etária, dois grupos se destacam: entre 25 e 39 anos (48% do total) e na faixa etária entre 40 e 59 anos (43% do total). Os investidores acima de 60 anos representam apenas 3%. Entre os mais jovens, o grupo de 19 a 24 anos é responsável por 5% e abaixo de 18 anos 2% do total de investidores do produto. A faixa entre 40 e 59 anos concentra 65% de todo o estoque do RendA+. No recorte por gênero, 68% dos títulos foram adquiridos por homens e 32% por mulheres. Complemento Com valor inicial de R$ 30, o RendA+ é oferecido pelo Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internet. O papel permite que o investidor planeje uma data para a aposentadoria e receba uma renda extra mensal por 20 anos. O valor investido será corrigido mensalmente pela inflação mais uma taxa de juros que varia conforme as condições da economia, garantindo o poder de compra do investidor. O valor investido será sempre devolvido em 240 prestações mensais que amortizarão todo o dinheiro investido no produto. O Tesouro Nacional espera a adesão de até 3 milhões de trabalhadores, o que ampliaria o público do Tesouro Direto para cerca de 5 milhões de investidores. Acumulação O período de acumulação de capital, equivalente à vida desse título, é de 7 a 42 anos, dependendo do vencimento escolhido pelo investidor. Existem oito datas de vencimento do papel, de 15 de janeiro de 2030 a 15 de janeiro de 2065, sempre com intervalos de cinco anos entre um título e outro (2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065). O Tesouro Nacional esclarece que os títulos públicos funcionarão como um complemento para a aposentadoria e não substituirá o regime de Previdência por repartição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nem o regime especial de Previdência para o funcionalismo público.

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Cézar Andrade: "A inflação que estamos vivendo hoje não é de demanda e sim de custos"

Cézar Andrade, economista da Fiepe, foi um dos entrevistados da reportagem de capa da semana da Algomais. Ele destacou os impactos da taxa de juros elevada no desempenho da economia e, em especial, no setor industrial. Ele avalia que a inflação vivida pelo País não é de demanda, mas de custos, e defende que são necessárias medidas para incentivar os empreendedores a aumentar a produção. Existe um intenso debate no cenário nacional sobre o índice de juros. O percentual de 13,75% praticado atualmente é razoável para o cenário de inflação vivido pelo Brasil? Quais os fatores que precisam ser considerados para definição dessa taxa? O principal objetivo do Banco Central com a manutenção da taxa SELIC em 13,75% é o de conter o avanço da inflação, como sugere a teoria monetária. O grande problema, é que a inflação que estamos vivendo hoje não é de demanda e sim de custos, ou seja, a os preços não estão elevados porque a população está consumindo muito e sim porque os custos de produção estão altos. Então, acredito que há mais de um ano, a SELIC já se encontra num patamar suficiente para inibir a atividade econômica e contribuir para desaceleração da inflação. Como as expectativas de inflação tanto para 2023 quanto para 2024 estão acima da meta do Banco Central, é natural essa manutenção da taxa neste patamar, já que este é o principal fator utilizado para definir o valor do índice. Quais os efeitos econômicos da manutenção de uma taxa de juros elevados para o setor industrial? A taxa básica de juros no patamar atual foi um dos fatores determinantes para a desaceleração da atividade econômica no segundo semestre de 2022 e seguirá sendo um limitador significativo para o crescimento da atividade em 2023, quando as previsões para o PIB indicam alta de apenas 0,76%, segundo o Boletim Focus do BC. Além disso, a alta taxa de juros também torna o crédito mais caro, ou seja, no longo prazo, o aumento da taxa pode inibir o investimento produtivo, a taxa mais alta também impede que pessoas que gostariam de investir no lado produtivo o façam, porque elas vão pagar um custo maior de pegar um empréstimo desse capital. Outro fator, é que a elevação da taxa de juros pode influenciar negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos, impactando assim, o emprego e a renda.O aumento da taxa de juros também afeta negativamente o PIB do Brasil, uma vez que pressiona o mercado de crédito e ajuda a desaquecer a economia. Empresas, por exemplo, passam a pensar duas vezes antes de fazer novos investimentos. A taxa de juros e a inflação são alguns dos indicadores na formação da confiança empresarial. Qual o cenário atual de confiança do empresário da indústria? Essas são as maiores preocupações do setor ou outras? Tendo em vista que a alta da SELIC encarece o preço do crédito e que o crédito é um dos fatores necessários para destravar os investimentos dos empresários industriais, essa questão pode sim afetar a confiança. Hoje a confiança do empresário industrial no cenário atual está abaixo do 50 pontos, o que indica uma desconfiança que pode estar alinhada a essa questão. No entanto, existem outras preocupações além dessas no setor, como por exemplo, a dificuldade em conseguir matéria-prima, o alto custo da matéria-prima, demanda interna insuficiente, alta carga tributária, câmbio elevado, entre outros. De forma geral os juros mais elevados são usados como um remédio contra a inflação, mas tem como efeito direto a diminuição da atividade econômica. Existem outros remédios ou eles podem ser desenvolvidos? De fato, a alta da SELIC trata-se de um remédio amargo para conter a inflação, pois exige sacrifício de curto prazo, como por exemplo, baixo crescimento e alta do desemprego. Como boa parte da inflação é de custos, o governo deve agir por meio de suas políticas econômicas e monetárias, a fim de equilibrar a oferta e demanda dos bens, dessa forma, diminui-se a inflação e o preço dos bens passam a diminuir. Uma das formas de controlar a Inflação de custos é criar medidas que visam incentivar os empreendedores a aumentar a sua produção. Dessa forma a oferta volta aos níveis anteriores à inflação, e segundo a lei da oferta e demanda, os preços retornam à normalidade. Esses incentivos podem se dar como diminuição de impostos, ou outras medidas que busquem diminuir o custo de produção dessas empresas, motivando as empresas para que aumentem sua produção.

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Gasolina subirá até R$ 0,34 e etanol, R$ 0,02 com reoneração parcial

Governo elevará Imposto de Exportação sobre petróleo por quatro meses (Da Agência Brasil) A gasolina subirá até R$ 0,34 nas bombas; e o etanol, R$ 0,02 com a reoneração parcial dos combustíveis, disse há pouco o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os valores consideram a redução de R$ 0,13 para o litro da gasolina e de R$ 0,08 para o litro do diesel anunciados mais cedo pela Petrobras. Para manter a arrecadação de R$ 28,88 bilhões prevista até o fim do ano caso as alíquotas dos combustíveis voltassem ao nível do ano passado, o governo elevará o Imposto de Exportação sobre petróleo cru em 9,2% por quatro meses para obter até R$ 6,6 bilhões. Uma nova medida provisória será editada ainda nesta terça-feira (28) para que os novos preços entrem em vigor a partir desta quarta (1º). A nova medida provisória (MP) tem validade até o fim de junho. A partir de julho, informou Haddad, o futuro da desoneração dependerá do resultado da votação no Congresso. Caso os parlamentares não aprovem a MP, as alíquotas voltarão aos níveis do ano passado, com reoneração total. No ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro zerou as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para a gasolina, o etanol, o diesel, o biodiesel, o gás natural e o gás de cozinha. Em 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória 1.157, que previa a reoneração da gasolina e do etanol a partir de 1º de março e a dos demais combustíveis em 1º de janeiro de 2024.  Antes da desoneração, o PIS/Cofins era cobrado da seguinte forma:  R$ 0,792 por litro da gasolina A (sem mistura de etanol) e de R$ 0,242 por litro do etanol. Entre as possibilidades discutidas entre o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, e a Petrobras, estão a absorção de parte do aumento das alíquotas pela Petrobras, porque a gasolina está acima da cotação internacional, e a redistribuição de parte das alíquotas originais da gasolina para o etanol. Galípolo e representantes da Petrobras se reuniram nesta segunda-feira (27).  Com a reoneração parcial, as alíquotas de PIS/Cofins, que hoje estão zeradas, subirão para R$ 0,47 para o litro da gasolina e para R$ 0,02 para o litro do etanol. Por força de uma emenda constitucional, a diferença dos tributos entre a gasolina e o etanol deve ficar em R$ 0,45. O impacto para o consumidor ficará menor justamente porque a Petrobras usará parte do “colchão”, reserva financeira constituída pela companhia porque a gasolina e o diesel estavam acima do preço médio internacional, para absorver parte do aumento do impacto. Impacto fiscal Haddad disse esperar que a petroleira pudesse reduzir o preço em ritmo maior que o anunciado. “Nossa expectativa era maior. Não se está discutindo a política de preços da Petrobras. Aguardamos a decisão da empresa sobre os preços dos combustíveis em março para decidir sobre a reoneração”, explicou. Em relação ao impacto sobre as contas públicas, o ministro disse que o compromisso assumido no início do ano para reduzir o déficit primário está mantido. “A meta estabelecida pelo Ministério da Fazenda em janeiro é de déficit inferior a 1% [do PIB]. E de ter um novo arcabouço fiscal aprovado para estabelecer o equilíbrio necessário para o país voltar a crescer”, declarou Haddad. Com o aumento do imposto sobre as exportações de óleo cru, o governo continuará a reforçar o caixa com os R$ 28,88 bilhões anunciados em janeiro. O ministro também rejeitou as alegações de que a reoneração signifique aumento da carga tributária. “Não estamos pensando em aumento da carga tributária. Estamos pensando na recomposição do Orçamento em relação à receita e à despesa, em manter a arrecadação e os gastos dentro da média histórica”, declarou. Ele ressaltou que a tributação das exportações de petróleo impactará a Petrobras e as demais exportadoras de óleo cru em 1% do lucro do setor. "Esse valor [de 1%] está na medida provisória", destacou. Haddad disse esperar que a medida ajude o Banco Central a reduzir os juros no futuro. Segundo ele, as taxas atuais estão altas e prejudicam a retomada da economia brasileira.

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Baixar ou não baixar as taxas de juros: Eis a questão

Enquanto as prévias carnavalescas já ferviam em Olinda, na passarela do debate econômico nacional e do Painel Mensal da Agenda TGI estava em destaque a taxa de juros do País. Com a manutenção da Selic no patamar de 13,75%, o Banco Central passou a receber críticas duras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Usada como um remédio para ajudar no combate à inflação, a taxa tem como efeito adverso o esfriamento das atividades econômicas. Passada a Quarta-Feira de Cinzas, o embate, que transita entre o feeling político e as doutrinas da economia, volta ao palco. Afinal, os juros do Brasil estão adequados ou não para o momento em que vivemos? Puxado pelo presidente Lula, as discussões sobre a Selic e, em paralelo, a meta de inflação do País, colocou em lados opostos referências do mercado financeiro, da classe empresarial e política. Enquanto o Governo Federal por um lado luta para dinamizar a economia e conseguir a almejada retomada do crescimento, por outro, o Banco Central usa as ferramentas que têm em mãos para conter a inflação e levá-la à meta de 3,25% em 2023. “A definição da taxa de juros de referência (Selic) é essencialmente técnica. O Copom (Comitê de Política Monetária), composto pelo presidente e pela diretoria colegiada do Banco Central, estipula qual a taxa que pode empurrar a inflação para dentro da meta, analisando o comportamento de um conjunto de variáveis econômicas, fiscais e até políticas”, explicou o economista Sérgio Buarque. Leia a reportagem completa na edição 206 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Gasolina e etanol voltarão a ter impostos a partir do final do mês

Uma das grandes bombas deixadas para a transição será sentida no bolso dos brasileiros a partir de março. A desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que começou às vésperas do processo eleitoral de 2022, terminará no próximo dia 28. Com o retorno de cobrança das alíquotas, a expectativa é de que seja acrescentado R$ 0,792 por litro da gasolina A (sem mistura de etanol) e de R$ 0,242 por litro do etanol. O repasse aos consumidores depende do valor definido pelas distribuidoras e dos postos. O aumento do preço dos combustíveis tem um impacto direto e indireto na inflação, visto que deve incidir em algum grau sobre a maioria dos produtos, visto que atinge o custo de logística das mercadorias. Aos cofres públicos, no entanto, a medida deve render R$ 28,88 bilhões ao caixa do governo em 2023. É importante observar o real efeito que a medida terá nas bombas de combustíveis a partir de 1º de março, além do tamanho do impacto inflacionário geral.

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"Os assistentes virtuais serão a próxima grande onda de aplicativos"

Como toda nova tecnologia que surge, o aplicativo ChatGPT tem suscitado muita discussão tanto sobre seus benefícios, quanto seus efeitos negativos. Há temor de que ela seja empregada para facilitar a divulgação de fake news, favorecer o plágio nas teses acadêmicas e até ser usada por hackers. Ao mesmo tempo, o ChatGPT abre uma série de possibilidades de usos para auxiliar o dia a dia de pessoas e empresas. “Assim como toda ferramenta com grandes potencialidades, essa tecnologia pode ser utilizada para o bem ou para o mal”, adverte João Paulo Magalhães, professor da CESAR School. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Magalhães afirma que o primeiro impacto do uso do aplicativo ocorrerá nas áreas de atendimento ao cliente e suporte técnico, proporcionando menos tempo de espera e menores custos. Ele acredita que assistentes virtuais, como Alexa, passarão a utilizar os modelos de linguagem semelhantes ao do ChatGPT para potencializar as suas funcionalidades e, em breve, ele prevê o surgimento de uma segunda onda desses aplicativos. “Todos nós aprenderemos e faremos o nos- so trabalho acompanhado de um assistente profissional digital”, projeta o professor. O que é o ChatGPT? Estritamente falando, ChatGPT é um aplicativo de mensageria, ou chat, no qual os usuários conversam não com uma pessoa, mas com uma inteligência artificial baseada em um grande mo- delo de linguagem natural, o GPT-3, que tem como objetivo che- gar o mais próximo possível de uma conversa com um humano. O seu grande diferencial é que esse modelo aprende a partir de uma quantidade gigantesca de dados, em sua maior parte oriun- da da internet, como notícias, livros, sites, artigos de revistas, etc. Isso faz com que o ChatGPT entenda perguntas complexas e gere respostas em uma linguagem muito natural para nós, humanos. Além disso, o ChatGPT é capaz de armazenar o contexto de uma conversa, então, se você estiver perguntando sobre um determi- nado assunto, o aplicativo manterá este assunto e tudo que foi perguntado em sua memória, assim como nós fazemos, o que torna a conversa muito mais fluida. De forma mais ampla, ChatGPT é a ponta de um iceberg de possíveis aplicações extraordinárias a partir dos grandes modelos de linguagem natural. Isso é possível porque a linguagem é, por si só, talvez a ferramenta mais poderosa já desenvolvida pois, por meio dela, podemos descrever e transmitir todos os outros co- nhecimentos, bem como imagens, vídeos e praticamente tudo o que existe. Se conseguirmos criar uma ferramenta que se aproxi- ma de nossa linguagem, muito provavelmente, os impactos em todas as áreas em que atuamos pode ser potencializado. Isto já está ocorrendo na criação de imagens e vídeos, bem como na programação de computadores, por exemplo. Você poderia dar exemplos de aplicações que essa nova tecnologia pode proporcionar? A primeira leva de aplicações vai ser um salto de melhorias nos assistentes digitais como o Alexa, a Siri e o Assistente do Google, além dos chatbots em geral, que encontramos em sites diversos. Uma segunda onda será marcada pelo que estou chamando de assistentes digitais profissionais e educacionais, um assistente digital que vai ajudar os profissionais e estudantes em suas tarefas do dia a dia, potencialmente em qualquer área, como por exem- plo, para fazer pesquisas em grandes bases de dados de conhecimento e conteúdo. Neste sentido, saem na frente as profissões que fazem uso maior da escrita, como o jornalismo, a escrita de livros ou criação de resumos e conteúdos diversos, bem como a programação de computadores, que poderá ser feita por meio de uma linguagem mais próxima do natural. A tradução entre idiomas também vai dar um salto de qualidade e rapidez, eventualmente chegando a ferramentas de tradução simultânea. O ChatGPT foi baseado em redes neurais e machine learning, o que isso significa para o público leigo em tecnologia? No geral, a parte mais técnica das tecnologias não deveria significar muito para o público leigo em geral. Assim como não precisamos nos preocupar em como a energia elétrica é produzida e transmitida para nossas casas, mas sim que a luz ligue quando tocamos no interruptor. O mais importante é entender os seus potenciais usos em nossas áreas de atuação, bem como os ris- cos decorrentes de toda ferramenta poderosa. Entre esses riscos, precisamos entender que toda ferramenta que tem como base machine learning é treinada a partir de dados e vai reproduzir e potencializar os conceitos e preconceitos ali presentes. Além disso, por não se tratar de uma ferramenta algorítmica, o seu comportamento pode se tornar catastrófico em situações limítrofes. Poderia nos exemplificar situações em que o Chat GPT usará machine learning? O ChatGPT é uma ferramenta baseada no modelo de Machi- ne Learning GPT-3, pois se caracteriza por aprender (fazer relações entre perguntas e respostas) a partir de grandes bases de dados, sem a necessidade de ser explicitamente programada para cada pergunta. Desta forma, o ChatGPT faz uso de machine learning desde o seu aprendizado (processo em que armazena essas relações), passando pela forma com que gera um texto fluido e também quando corrigimos alguma informação, que passa a fazer parte de sua base de conhecimentos, pelo menos para a conversa atual. Leia a entrevista completa na edição 205 da Algomais: assine.algomais.com

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Na Geração Z, 80% querem mudar de emprego em 2023, diz relatório do LinkedIn

Pesquisa da consultoria Korn Ferry mostrou que profissionais de todas as idades veem os jovens mais otimistas do que os Millenials A Geração Z, aqueles nascidos 1997 e 2012, e que hoje tem entre 18 e 24 anos, tem se mostrado inquieta no mercado de trabalho e ansiando por novos desafios. De acordo com relatório do LinkedIn, quatro em cada cinco profissionais (80%) desta faixa etária pretendem encontrar um novo emprego em 2023 em busca de melhores salários, mesmo diante do boom de desligamentos dos setores de tecnologia e bancário. A pesquisa, que foi realizada com jovens do Reino Unido, mostrou que eles consideram seus trabalhos insatisfatórios e que não geram contribuição direta para a sociedade. E muito mais do que a remuneração salarial, está a valorização do propósito que a Geração Z tem sobre o próprio trabalho e sua visão positiva em relação ao futuro. Em uma nova pesquisa da consultoria organizacional Korn Ferry, 60% dos profissionais de todas as idades dizem que a Geração Z é mais otimista em relação ao futuro do que os Millenials. Mais da metade dos profissionais diz que estes jovens trarão mais motivação para seu trabalho do que a geração anterior e que eles darão mais ênfase ao fato de seu trabalho ter um propósito. Para Fernando Guimarães, Líder de Estratégia Organizacional, Sul-América da Korn Ferry, a realidade está distante de quando os Millenials começaram a entrar na força de trabalho no início dos anos 2000. "De fato, se especulava muito sobre como os trabalhadores mais velhos viam os Millenials como autoritários, preguiçosos, egocêntricos e desleais a seus empregadores. Esses estereótipos foram dissipados”, diz. Guimarães observa que a qualificação parece diferente para a Geração Z do que para as gerações anteriores, e os talentos da Geração Z estão adotando uma abordagem mais holística para escolher onde querem trabalhar. “Muito mais alunos da Geração Z estão se afastando dos bacharelados tradicionais e optando por certificações específicas baseadas em habilidades ou programas de credenciamento”, comenta o líder da Korn Ferry. Acompanhar o mercado para seguir obtendo sucesso em aquisição de talentos, especialmente com as novas gerações, é um dos pontos cruciais do RH atualmente, segundo Fernando Guimarães. “Os líderes de gestão de talentos de hoje precisam entender não apenas como a composição do talento está mudando, mas também como combinar melhor as habilidades com as oportunidades para que os jovens funcionários possam se desenvolver em suas carreiras”, explica o especialista. Do recrutamento à relação com as novas gerações Guimarães explica ainda que muitos empregadores terão que olhar além das práticas tradicionais de recrutamento para contratar talentos da Geração Z e levar em consideração a autenticidade de suas marcas conectadas aos valores da empresa, que são muito importantes para a contratação mais jovem de uma empresa. A chave para os gerentes é entender o que motiva todos os funcionários a darem o melhor de si em seus trabalhos todos os dias e criar uma cultura em que todos os funcionários se sintam apoiados e valorizados, finaliza o especialista. Pontos-chave para empresas, segundo a Korn Ferry: A qualificação para um profissional em início de carreira parece diferente para a Geração Z do que para as gerações anteriores, com muito mais pessoas da Geração Z optando por certificações baseadas em habilidades específicas ou programas de credenciamento em vez de programas de graduação tradicionais. Os empregadores precisarão ajustar sua abordagem para considerar talentos não tradicionais e trabalhadores ocultos se quiserem aproveitar toda a capacidade da Geração Z. As organizações precisarão entender os valores da Geração Z e operacionalizar sua estratégia de marca para corresponder.

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O avanço da economia circular: sem resíduos e sem desperdício

*Por Rafael Dantas Você já imaginou o dia em que o planeta já não terá mais petróleo, madeira ou mesmo água para atender as demandas globais? A velocidade e o modo tradicional de produção de mercadorias e bens caminha para esse fim, em razão do modelo que extrai da natureza mais do que ela consegue renovar. Para inverter essa lógica linear (de extrair, produzir e descartar), tem crescido no mundo, no País e em Pernambuco a economia circular. A partir de princípios sustentáveis, ela propõe o reúso e a reciclagem, além da própria redução do consumo de alguns itens que podem ser abandonados. Além dos benefícios ambientais, muitas empresas estão enxergando também o valor comercial de entrar nessa nova tendência. Quando um copo de vidro de um extrato de tomate é reaproveitado na sua residência, a economia circular ganha um ponto. Quando uma latinha é reciclada e volta à linha de produção para a mesma ou outras finalidades, outra vitória desse conceito. Práticas domésticas simples, como a compra de refil, evitando o consumo de novas embalagens plásticas, ou a opção por uma garrafa retornável de uma bebida, integram também essa cadeia que se propõe a ampliar o tempo de vida das mercadorias ou garantir o seu reaproveitamento por meio da reciclagem. Experiências exitosas de economia circular, que combinam o respeito aos recursos naturais e atividades sustentáveis economica e socialmente, têm brotado em vários setores. Seja na cadeia automotiva, na área de moda ou de embalagens, há projetos de sucesso de grandes empresas ou mesmo negócios que nasceram das sementes desse conceito. Entre as inúmeras ações de sustentabilidade da Stellantis, âncora do polo automotivo de Goiana, o trabalho em parceria com a Roda tem promovido o reaproveitamento de resíduos da linha de produção. Airbags reprovados nos testes, ao invés de irem para o lixo, viram bolsas ecológicas. Os refugos do corte dos “couros” sintéticos que cobrem os bancos dos veículos e mesmo os fardamentos que integram os equipamentos de proteção individual dos funcionários também ganham novos usos, a partir da manufatura de mulheres capacitadas para atuar com upcycling (reaproveitamento) e são vendidas com um valor agregado maior, devido a seu processo de responsabilidade socioambiental. “Recebemos os resíduos, os que são transformados e colocamos no mercado. Pessoas físicas e também algumas empresas compram nossos produtos em sites ou na loja física. São materiais bastante resistentes que usamos em mochilas, bolsas, necessaire, proteção de laptops. Já fizemos sandálias. Funcionamos em parceria com a indústria, procuramos entender os resíduos que eles têm para encontrar a destinação mais ecológica”, afirmou Mariana Amazonas, co-fundadora da Roda. Diante da tendência de crescimento das práticas da economia circular no mundo, Mariana acredita que esse movimento deve alcançar outros setores e deixar de ser algo apenas do futuro. “A economia circular surge como uma resposta à crise climática. Neste momento esse conceito vive um boom em todas as cadeiras produtivas, como uma resposta inteligente, viável economicamente e ao mesmo tempo faz muito sentido para uma lógica de produção. Às vezes, inclusive, entrega mais valor econômico para a empresa que é ambientalmente mais responsável”, afirma Mariana. REFERÊNCIA NA MODA E NA SUSTENTABILIDADE Caminhando no trajeto oposto da indústria rápida da moda, que descarta as peças da coleção anterior, a empresa pernambucana Refazenda tem uma trajetória longa e já reconhecida mundialmente na economia circular, desde a concepção dos seus produtos até os serviços oferecidos pela marca. A Refazenda oferta, por exemplo, peças dupla face que podem ser usadas em momentos diferentes. Algumas opções são de multiuso, como uma saia que vira vestido tomara-que-caia, ou um macacão que vira calça. A experiência de produção da empresa também tem um cuidado especial na escolha dos materiais, com matérias-primas de origem natural e certificadas. Com esses materiais, a marca consegue fazer o upcycling, desenvolvendo algum produto a partir daquele tecido, por menor que seja o tamanho, sem destruí-lo ou sem a necessidade de transformá-lo num processo tradicional de reciclagem. “A economia circular é o paradigma em que não existe um começo/meio/fim ou pelo menos ele não é tão rápido, principalmente com foco nos produtos. Tem uma extensão do tempo de vida útil, com soluções e design de criatividade que fazem com que os produtos não sejam tão efêmeros. Eles passam a ter, no mínimo, um segundo e terceiro uso a partir da própria matéria-prima. Essa é a principal mudança de paradigma, pensar soluções de design e criatividade em produtos que tenham multifuncionalidades e não sejam só fashionistas”, afirma Marcos Queiroz, diretor da Refazenda. Ele conta que o conceito de ter lixo zero, aproveitando todas as matérias-primas adquiridas vem desde a fundação da empresa. “Essa noção começou há 32 anos, quando Magna Coeli (fundadora) já era do ramo de confecções e estava pensando em criar a Refazenda. Ela queria fazer algo que não gerasse lixo. Ou seja, todo tecido novo que fosse comprado para ser cortado e confeccionado deixaria lixo zero. Ela começou prototipando com sobras de matéria-prima de outras confecções e logo conseguiu chegar a essa fórmula por conta própria”. Os retalhos dos tecidos, então, se tornaram bolsos, golas, punho, acabamentos internos ou mesmo acessórios das peças. Nos esforços da empresa de garantir maior vida útil dessas matérias-primas, a marca desenvolveu soluções de pós-consumo, com o Realce. Trata-se de um programa de upcycling para peças já usadas, em que a empresa cria um novo produto a partir do já existente, faz pequenas modificações ou até produz peças novas a partir da matéria-prima já existente. “O foco do Realce é no pós-consumo, naquelas peças que eventualmente iriam ficar abandonadas no armário, ou iriam para aterros sanitários, brechós e etc”. Tanto a Roda como a Refazenda têm no seu DNA a formação de comunidades, principalmente de mulheres, para atuar nesse segmento de negócios sustentáveis. CASE GLOBAL DA RECICLAGEM DAS LATINHAS Aproximadamente 99% de todas as latinhas de alumínio do Brasil em circulação voltam para a reciclagem e seguem para fabricação de novas latas ou até de produtos das cadeias produtivas de celulares ou mesmo de

O avanço da economia circular: sem resíduos e sem desperdício Read More »