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Novo ciclo de investimentos do pólo automotivo acelera transição energética em Pernambuco

*Por Rafael Dantas Pernambuco pegou o “último carro” movido a combustíveis fósseis quando recebeu recursos bilionários para erguer o Polo Automotivo em Goiana, há quase uma década. No final de abril, a Stellantis, empresa âncora do cluster, anunciou um novo aporte de R$ 13 bilhões. O ciclo de investimentos atual aponta para a estruturação de uma plataforma de veículos híbridos e elétricos. Mais que produzir um bem industrial com alto valor agregado, o empreendimento coloca o Estado como um dos protagonistas no processo de descarbonização da frota no País. O movimento da empresa – e das dezenas de fornecedores que virão a reboque – promete abrir oportunidades para o desenvolvimento tecnológico local nessa cadeia que tem movido corporações globais para reduzir as emissões de carbono nos transportes. O Polo de Goiana receberá nada menos que 43% dos aportes do novo ciclo de investimentos da Stellantis para a América do Sul. Emanuele Cappellano, presidente da corporação para o continente, destacou que a empresa tem a expectativa de fechar esse ciclo com 100 fornecedores instalados no Estado até 2030. Atualmente 38 empresas integram o parque de fornecedores do setor em Pernambuco. “Desde que iniciamos as operações no Polo Automotivo Stellantis de Goiana, em abril de 2015, queríamos deixar um legado e fazer parte da trajetória de desenvolvimento de Pernambuco. Agora, nove anos depois, estamos novamente fazendo história ao anunciar mais um ciclo de investimentos de R$ 13 bilhões. Esse valor será direcionado para renovar nossa linha de produtos, desenvolver novas tecnologias, atrair fornecedores e gerar novos empregos”, destacou o executivo da empresa âncora do cluster. O anúncio não trouxe muitos detalhes desse investimento, especialmente sobre os novos modelos que serão fabricados em Goiana. Mas independente dos carros que sairão do polo automotivo, a informação de que o parque industrial produzirá veículos híbridos e elétricos é a informação que coloca Pernambuco num patamar estratégico. “Os investimentos anunciados pelo Stellantis, embora vultosos, não estão alocados apenas na expansão da capacidade produtiva mas, principalmente, no investimento em inovação, no desenvolvimento de novos produtos e, sobretudo, no processo de descarbonização. Isso tem impacto direto em toda a cadeia produtiva automotiva e gera também um efeito de liderança econômica. É exemplo para que outras indústrias possam vir a aderir a esse movimento", destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. Em sintonia com o anúncio, Guilherme lembra que o Estado lançou há poucos meses o PerMeie (Plano Pernambucano de Mudança Econômico-Ecológica). A iniciativa defende a chegada de investimentos sustentáveis por parte do setor privado mas, também, induz os aportes públicos na transição para o desenvolvimento de um tecido econômico que respeite o meio ambiente. Entre os esforços, o secretário destaca as iniciativas para tornar Suape um porto de carbono neutro. Para se ter uma ideia do volume de investimentos que essa transição do setor automotivo representa no Brasil, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) estima aportes entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões apenas em pesquisa e desenvolvimento nos próximos cinco anos. A medida é uma exigência para cumprir as obrigações impostas pelo programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) do Governo Federal para garantir incentivos fiscais. A tendência, no entanto, é no mundo todo e está sendo acelerada pela evidência do agravamento do aquecimento global e das mudanças climáticas. DESAFIOS PARA APROVEITAR AS OPORTUNIDADES Os bilhões de investimentos representam um grande pontapé inicial para Pernambuco avançar na cadeia industrial da descarbonização. “A disponibilização do investimento de R$ 13 bilhões na fábrica de Goiana vai trazer um grande ganho para a produção industrial de Pernambuco. Primeiro, a indústria automotiva local tem a grande oportunidade de se destacar como um polo de produção de veículos mais sustentáveis, contribuindo para a redução da emissão de poluentes e para a transição para uma economia mais verde. Como esse investimento visa à descarbonização, acaba abrindo portas para parcerias com outras empresas especializadas em tecnologias limpas e também pode colocar Pernambuco no mapa da indústria automotiva global”, avaliou o economista da Fiepe, Cezar Andrade. Com as altas expectativas da corporação para os próximos cinco anos, Cezar projeta para Pernambuco uma oportunidade de atrair mais empresas para se instalarem no Estado. “Nos próximos anos provavelmente haverá um boom no setor, com um crescimento grande na produção industrial de Pernambuco. Veremos a indústria pernambucana produzindo automóveis mas, também, teremos a produção desses vários fornecedores. Então, na minha opinião, o grande ganho da indústria pernambucana é justamente esse", completou o economista da Fiepe. O aporte da montadora revela a expectativa da vinda de uma cadeia de fornecedores nos próximos cinco anos. Diante do provável aumento da oferta de novos postos de trabalho e da chegada de novas empresas, a abertura de vagas deve acelerar os esforços em formação profissional. “Oportunidades de emprego para a região, mais oportunidade de desenvolvimento industrial mas, também, na parte de comércio e de serviços para Pernambuco. Além do que, deverá trazer uma vantagem competitiva, uma vez que será um dos primeiros Estados a produzir veículos com uma matriz energética mais limpa do que é produzido até então”, afirmou Cezar. OPORTUNIDADES PARA O PORTO DIGITAL Além da expansão direta em Goiana e da Mata Norte Pernambucana, sede industrial Stellantis em Pernambuco e dos principais sistemistas, o atual ciclo de investimentos interessa muito também ao Recife. É na capital pernambucana onde está instalado o Software Center da multinacional, dentro do território do Porto Digital. Mesmo antes do Next Level, vários modelos de carros fabricados pela empresa no Brasil e no exterior já utilizavam aplicações de software de propulsão de combustão desenvolvidas e validadas made in Recife. Com os novos investimentos, o Software Center, que é o único da corporação na América do Sul, promete ampliar sua competência para atender os veículos eletrificados. “A nossa perspectiva é de aumento das atividades unidade de software que a empresa tem aqui no Porto Digital. E temos muito orgulho em saber que os produtos feitos aqui atendem o mundo todo”, afirmou Pierre Lucena, presidente do Porto Digital. Ele ressalta que

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Aço Verde do Brasil anuncia base comercial no Recife após vendas crescerem 39% no NE

A Aço Verde do Brasil (AVB), siderúrgica fabricante de aços longos, anunciou a abertura de uma nova base comercial na capital pernambucana já a partir deste mês. Após registrar um crescimento de vendas de 39% no ano passado na Nordeste, a companhia projeta um novo saldo nas comercializações na região, impulsionado pela nova estrutura de vendas, novos produtos e pela demanda por aço.  Leandro Vasconcelos, Diretor de Vendas e Logística da Aço Verde do Brasi “Vemos no Nordeste um local com perspectivas de crescimento. A abertura de uma base comercial nos permitirá estar mais próximos dos nossos clientes e potenciais clientes, oferecendo um atendimento personalizado e soluções sob medida para suas demandas. Um dos principais fatores que nos levaram a escolher essa cidade foi a localização privilegiada. Recife é um importante centro econômico da região, com uma grande infraestrutura e um mercado em expansão”. Desempenho em 2024 Em 2024, a empresa já comercializou 405 mil toneladas de aço na região, o que representa um aumento de 15,1% comparado ao ano anterior, alcançando R$ 1,7 bilhão de receita.

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Novo condomínio logístico fará investimento de R$ 300 milhões em Pernambuco

Com um investimento total de R$ 300 milhões, a Proxxima Empreendimentos e a HSI anunciam a construção do Syslog Recife, um novo condomínio logístico em Pernambuco. Com uma área locável de 127 mil m², distribuída em três galpões, o empreendimento está localizado no bairro de Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, oferecendo fácil acesso à rodovia BR 101 e ao Porto de Suape. Primeira etapa ainda em 2024 Com previsão de conclusão da primeira etapa até o final deste ano, o Syslog Recife proporcionará benefícios para seus locatários, como melhores prazos de entrega, maior precisão nas vendas e diminuição de custos logísticos. O Syslog Recife representa um marco para a HSI, sendo seu primeiro empreendimento no Nordeste, indicando o interesse da corporação na região. Romero Maranhão Filho, sócio e diretor da Proxima “O Syslog Recife é um empreendimento last mile (último processo na etapa de entrega de uma encomenda) por sua localização privilegiada e muito próxima ao principal polo consumidor do Nordeste. Será um marco para o desenvolvimento do setor no Estado com impacto para toda a Região”

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Stellantis anuncia novo ciclo de investimentos de R$ 13 bilhões para Goiana

O polo automotivo de Goiana tem novos motivos para comemorar. A Stellantis irá aumentar o volume de investimentos previstos para o cluster automotivo. Os aportes integram o plano estratégico Next Level para a América Latina e só no Brasil alcançarão a marca dos R$ 30 bilhões. O investimento promete atrair a um considerável aumento no número de fornecedores locais nos próximos anos. Estima-se que a cadeia de valor contará com mais de 100 fornecedores estabelecidos em Pernambuco, responsáveis pelo desenvolvimento e produção de componentes e soluções para a propulsão híbrida e elétrica. Isso contribuirá para a descarbonização da mobilidade e a geração de novos empregos na região. Emanuele Cappellano, presidente da empresa na América do Sul, destaca que investimento será superior à construção da fábrica "Esse, com certeza, é o maior investimento da indústria automotiva aqui no Nordeste, superando todo o investimento que foi aplicado para construir o Polo entre 2012 e 2015. Com isso, iremos renovar nossa gama de produtos, trazer novas tecnologias e atrair novos fornecedores para a cadeia produtiva". Raquel Lyra comemora o novo anúncio da empresa "Hoje é um dia de celebração. Esse novo ciclo de investimentos feito pela Stellantis garante mais tecnologia, sustentabilidade e ainda a geração de novos sonhos para quem vive na Zona da Mata Norte do Estado. A presença do Polo Automotivo estimula a diversidade da nossa matriz econômica, atraindo novas indústrias de fornecedores se instalando aqui no Estado, e estimulando a criação de mais emprego e renda para a população."

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Engajamento dos profissionais pernambucanos é maior do que a média nacional

Os profissionais em Pernambuco demonstram um nível de engajamento superior à média nacional, revelado pela primeira edição do Engaja S/A - Índice Nacional de Engajamento de Funcionários no Brasil. O estudo, conduzido pela Flash em colaboração com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) e o Grupo Talenses, entrevistou 1.732 trabalhadores de todas as regiões do país, entre agosto e outubro de 2023. O engajamento se destacou entre os profissionais da geração Z e aqueles que trabalham no setor de tecnologia, com índices de 75% e 74%, respectivamente. Comparativamente, as empresas do setor tecnológico em Pernambuco demonstram um envolvimento 14% maior do que as do setor de serviços e 38% superior ao setor industrial. Esses achados reforçam a importância do engajamento na produtividade e clima organizacional, além de destacarem a relevância do estado no cenário das startups, com 759 ativas em 2023, consolidando sua posição como líder no Nordeste. Uma característica distintiva do engajamento dos colaboradores em Pernambuco, em comparação com o cenário nacional, é o impacto positivo das oportunidades de crescimento. Esta dimensão impulsiona um engajamento de 71% entre os profissionais pernambucanos, contrastando com os 46% a nível nacional, onde fica apenas à frente da remuneração. Em segundo lugar, o ambiente de trabalho positivo é o principal motivador para os profissionais do estado, ao passo que a confiança na liderança completa o trio de fatores mais engajadores. No entanto, a remuneração emerge como um ponto crítico em todo o país, evidenciando uma insatisfação generalizada com o pacote de benefícios.

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Mulheres sertanejas cultivam inovação e sustentabilidade no campo

*Por Rafael Dantas Samila Macedo, Auricleia Gomes e Tatiana Melo têm alguns pontos em comum em suas trajetórias. São três mulheres sertanejas, empreendedoras e inovadoras no setor agropecuário. O Vale do São Francisco, já é um case pernambucano conhecido pela sua internacionalização e pela modernização das cadeias produtivas do agronegócio. A experiência recente, porém, tem indicado que a economia do campo tem-se movido com experiências corporativas em direção à sustentabilidade, agregando mais valor aos seus produtos. A associação entre as inovações no campo e o protagonismo feminino está relacionada com o posicionamento ousado e conectado com as tendências que estão transformando o mundo. "As mulheres que estão à frente dos negócios rurais têm tido uma visão atenta às inovações no mercado. É fácil associar o empreendedorismo feminino à inovação, pois elas buscam ativamente novas soluções e têm a proatividade de implementá-las na prática", afirma Heloísa Nóbrega, analista do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa) em Petrolina. A diversidade na composição das equipes e das gestões é um fator percebido há algum tempo no meio corporativo como um valor de qualquer empresa. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres estão à frente da gestão de 8,4% das áreas rurais no no Brasil. Em Pernambuco, segundo dados do RAIS, o número formal de mulheres no setor agropecuário em 2022, em cargos de direção ou gerenciamento, foi de apenas 174 profissionais. Apesar do número ainda reduzido, ele é crescente. “Diferentes estudos sobre a diversidade nos ambientes de trabalho já indicam valiosos ganhos para as organizações e para os profissionais, independentemente do setor. Quando falamos de inclusão de mulheres, estamos também falando de dar espaço à diversidade. Organizações ganham com aumento de produtividade, melhoria do clima organizacional, multiplicidade de habilidades na tomada de decisão estratégica. Porém, é importante ressaltar que ainda existem muitos desafios quando falamos das mulheres na gestão das empresas. Ainda há muita dificuldade para assumirem cargos de liderança e apesar de desempenharem um papel significativo na agricultura, ainda são a minoria no campo”, afirma Luciana Almeida, consultora e sócia da TGI. Se as mulheres são minoria na administração no campo, a agropecuária permanece como um dos protagonistas da economia nacional, com 23,8% na participação do PIB, segundo cálculo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP. Sem considerar os agrosserviços e a agroindústria, o setor representa 15,1% da atividade econômica brasileira, de acordo com dados IBGE. ORGÂNICOS DO VALE Em Pernambuco, com mais de dois terços do seu território no semiárido, o primeiro setor tem uma participação menor nessa composição, de apenas 5,17%, segundo os números da Agência Condepe Fidem. Uma das exceções é justamente Petrolina, em que a indústria, agroindústria e os agroserviços jogam um papel mais relevante na atividade econômica. A cidade é onde Tatiana Melo apostou em uma produção orgânica para se diferenciar no mercado. Formada em tecnologia da informação, a empresária optou por abandonar a sua rotina urbana e o promissor setor tecnológico para voltar ao campo. Filha de um produtor de frutas, ela comprou uma propriedade na área rural do município para investir na fruticultura irrigada, atividade que atrai pessoas de todo o País para o Vale do São Francisco. Os primeiros passos foram no cultivo de goiaba, logo após direcionou seus esforços para a manga e a acerola. Sua diferenciação no mercado agrário, com o suporte do Sebrae Pernambuco, foi a adoção de práticas orgânicas e a busca por selos de certificação. “Quando mudei de setor, percebi que precisava fazer algo diferente, não poderia ficar como todo mundo. Então percebi que a produção de orgânicos era a melhor saída. É para onde o mundo está caminhando. A Europa já bateu o martelo de que, até 2030, os supermercados terão metas para oferta de produção orgânica. Hoje eles compram para atender o mercado, mas serão, pelo menos, 25% da composição das prateleiras. Isso para a Europa é muita coisa”, vislumbra Tatiana. Ela começou esse processo com a acerola, vendida para a empresa de origem japonesa Niagro, que tem uma unidade em Petrolina e, recentemente, começou a trabalhar também com mangas. Neste ano, as primeiras vendas orgânicas do produto estarão no mercado nacional e internacional. "Quanto mais certificações temos lá fora, o preço sobe. Lá dão valor à certificação", conta a empresária. Sua produção de acerola está planta- da numa área de 3,5 hectares, sendo 1,8 hectares de produção já efetiva da fruta, que é transformada em pó pela Niagro para atender setores industriais de cosméticos, medicamentos, alimentos, entre outros. Após ter expertise nesse produto, ela começou a investir na manga, que é o carro-chefe da atividade na região. Ela possui 4,6 hectares plantados com a fruta, sendo 3 hectares já mais consolidados para produção, que seguirá para os Estados Unidos e para São Paulo. O quilo de manga convencional, por exemplo, é vendido por R$ 5, enquanto o da fruta com certificação orgânica está por R$ 6 no mercado. O quilo da acerola convencional custa R$ 3,50, enquanto a orgânica é comercializada por R$ 4,30. Além da melhora no preço, ela revela que a produção orgânica reduz a incidência de pragas. A produtora enfatiza que há um mito de que a fruta orgânica é feia e não tem produtividade. Ela esclarece que isso depende do manejo produtivo. "São frutas bonitas sim, mais saudáveis e com mais tempo de prateleira. Esses são alguns diferenciais da fruta orgânica. Hoje nosso grande desafio para essa produção tem sido a mão de obra escassa na região ". PETROLINA ALÉM DAS FRUTAS Ainda na principal cidade do Vale do São Francisco, outro produto que vai ganhando espaço é o mel. Apesar de a apicultura não se comparar com o porte e a produtividade da fruticultura, a atividade tem-se adaptado à Caatinga, alimenta circuitos curtos de comercialização e promete alcançar novos mercados com as experiências de produção orgânicas. Além de mais produtivas, elas têm melhor receptividade do consumidor

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Bolsa Família chega a 1,5 milhão de beneficiários de Pernambuco

Desde a última quarta-feira, 17 de abril, mais de 1,5 milhão de pernambucanos estão recebendo o Bolsa Família. Este programa de transferência de renda do Governo Federal está sendo distribuído em 185 municípios do estado, com um total de R$ 1,07 bilhão sendo repassado. O valor médio do benefício para os residentes de Pernambuco é de R$ 673,64. O cronograma de pagamento segue até o dia 30, considerando o final do Número de Identificação Social (NIS) de cada beneficiário. Na lista de beneficiários, a capital Recife lidera com o maior número de famílias contempladas em abril, totalizando 146,7 mil. Isso representa um investimento de R$ 98,5 milhões, com um valor médio de repasse de R$ 672,15. Nos cinco municípios pernambucanos seguintes com maior número de beneficiários neste mês, encontramos Jaboatão dos Guararapes (96.860), Olinda (56.802), Caruaru (49.970) e Petrolina (48.748). Em Pernambuco, o município de Terezinha se destaca com o maior valor médio de repasse do Bolsa Família neste mês, totalizando R$ 712,08 para suas 1.478 famílias atendidas. Em seguida, vêm Ouricuri (R$ 708,22), Ipubi (R$ 706,68), Toritama (R$ 706,19) e Buíque (R$ 706,05). Quanto aos benefícios, 604,9 mil crianças em Pernambuco estão recebendo o Benefício Primeira Infância, que garante um adicional de R$ 150 para cada membro da família na faixa etária de zero a seis anos. Além disso, outros quatro benefícios variáveis foram incluídos no programa em março de 2023, proporcionando um acréscimo de R$ 50 para 831,2 mil crianças de sete a 16 anos, 197,6 mil adolescentes de 16 a 18 anos incompletos, 38,5 mil gestantes e 27,5 mil mulheres em fase de amamentação.

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FMI projeta crescimento de 3,2% do PIB mundial e avanço de 2,2% para o Brasil

Mesmo ainda abaixo da média mundial, aumento previsto para o Brasil vem crescendo (Da Agência Brasil) O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta crescimento de 3,2% para o Produto Interno Bruto (PIB)mundial, tanto em 2024 como em 2025. O percentual é o mesmo observado também em 2023. De acordo com o informe Perspectivas da Economia Mundial, divulgado nesta terça-feira (16) pela entidade, o Brasil crescerá 2,2% em 2024 e 2,1% em 2025. Segundo o informe, colaboram para o resultado mundial a desaceleração das economias emergentes e em desenvolvimento (4,3% em 2023 a 4,2% em 2024 e 2025), associada à “ligeira aceleração” das economias avançadas (1,6% em 2023; 1,7% em 2024 e 1,8% em 2025). O país com projeção de maior crescimento é a Índia (6,8% em 2024; e 6,5% em 2025). Para a China, a previsão é de crescimento econômico de 4,6% este ano; e de 4,1% em 2025. A Rússia deverá crescer 3,2% em 2024 e 1,8% em 2025. Já os Estados Unidos têm um crescimento projetado de 2,7% em 2024, e de 1,9% em 2025, enquanto a Zona do Euro devera colher um crescimento econômico de 0,8% em 2024 e de 1,5% em 2025. Inflação Sobre a inflação mundial, o FMI explica que a previsão é que caia de forma constante: 6,8% em 2023; 5,9% em 2024 e 4,5% em 2025. “A atividade econômica foi surpreendentemente resiliente durante a desinflação mundial de 2022 e 2023. Conforme a inflação caía de seu pico em 2022, a atividade cresceu de forma constante, apesar dos índices de estagflação [termo utilizado para descrever cenários de estagnação com inflação] e recessão mundial”, detalhou o informe. Entre os motivos apontados para o crescimento lento que vem sendo observado estão os efeitos a mais longo prazo da pandemia, a guerra na Ucrânia, o baixo crescimento da produção e a divisão geoeconômica. Segundo o levantamento, o crescimento do emprego e dos rendimentos mantém-se constante, devido a uma “evolução positiva do lado da procura” – em especial relativa ao gasto público, aos consumos locais maiores que o previsto e à expansão da oferta. Apesar de ver equilíbrio para as perspectivas mundiais, o FMI pondera que há riscos de uma nova escalada de preços por causa de tensões geopolíticas, como a da guerra na Ucrânia e o conflito em Gaza e Israel. Na avaliação da entidade, esse cenário, associado à persistência da inflação em países de onde há fuga de mão de obra, pode refletir em aumento das expectativas de taxas de juros, bem como na redução de preços de ativos.

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Transição energética no mundo, oportunidades locais para Pernambuco

Aceleração da produção de hidrogênio verde e da geração de energias eólicas e solares representam um horizonte de desafios para Pernambuco. Tema foi discutido na reunião do projeto Pernambuco em Perspectiva, organizada pela Rede Gestão e pela Revista Algomais *Por Rafael Dantas O combustível que move o mundo literalmente deve mudar em poucas décadas. Os de origem fóssil devem, enfim, perder o protagonismo para os veículos elétricos. As matrizes eólicas e solares seguem na rota de expansão e captação de investimentos. E nesse novo planeta, menos poluente, o hidrogênio verde é outra matriz que está no horizonte, principalmente da indústria e já arremata projetos bilionários. Pedro Jatobá, engenheiro eletricista, ex-diretor da Eletrobrás, destacou, na última reunião do projeto Pernambuco em Perspectiva, organizada pela Rede Gestão e pela Algomais, que o Estado tem gargalos importantes a serem vencidos para poder aproveitar as oportunidades da transição energética. No entanto, ele é otimista diante dos potenciais de Pernambuco e, especialmente, da capacidade instalada industrial e da expertise da mão de obra local para atuar no novo contexto energético do planeta. O especialista afirma que a humanidade vive uma transição de fontes de energia desde que o homem descobriu o fogo. Só que neste momento há alguns aspectos direcionadores que são diferentes. O principal deles é o fato de a preocupação ambiental ter entrado no radar das grandes decisões políticas e econômicas do mundo. “Enfrentamos o aumento da demanda [de energia], que sempre preocupou a humanidade, porque estamos sempre consumindo mais. Agora, temos fatores como a inovação tecnológica e as mudanças geopolíticas. Esses três aspectos, de alguma maneira, sempre permearam a nossa história. Só que a preocupação ambiental é uma questão nova”, afirmou Jatobá. “A nossa fase atual não é só de expandir para atender a demanda, mas a de substituir a matriz existente. O Século 21 será das energias renováveis”. A decisão por uma transição que tenha como elemento central a busca por energias renováveis beneficia muito o Brasil, que já é um dos líderes globais na geração por matrizes limpas. Mas não é somente esse fator. Há diferenciais competitivos no Nordeste que podem reposicionar o País e a região em um novo patamar no cenário energético global. A JANELA DE OPORTUNIDADES LOCAIS Um relatório recente da Absolar indicou que Pernambuco já tem R$ 4 bilhões investidos só em geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Apenas nesse segmento, que não é o maior, já foram gerados 24 mil empregos, segundo os dados da associação. Grandes empresas locais têm apostado também nos painéis solares, inclusive indústrias, para limpar sua matriz energética e conseguir custos mais competitivos. O setor eólico tem levado investimentos bilionários, especialmente para o Sertão pernambucano. Mas, no radar de oportunidades para atender o mercado global de energias, é o atendimento à demanda de hidrogênio verde que tem mobilizado os investidores. Jatobá destaca que Pernambuco não partiu na frente mas pode ter os melhores projetos. De acordo com o engenheiro, há dois grandes polos mundiais que vão demandar muito a importação de hidrogênio verde ainda nesta década: a Europa e a China. “Os estados membros da União Europeia devem garantir que 42% da demanda industrial de hidrogênio existente seja suprida de forma renovável até 2030, subindo para 60% até 2035”, exemplifica Jatobá. “Até 2050, a demanda total de hidrogênio da China chegará a 83 milhões de toneladas anuais, incluindo 63 milhões de toneladas de hidrogênio verde”, acrescentou o engenheiro. É para os europeus que os Estados do Nordeste têm uma janela de oportunidade de avançar na internacionalização da economia, conforme o gráfico abaixo da agência Bloomberg. Um estudo da Bloomberg indicou que o Brasil é o país com maior competitividade de atender a demanda de exportação do hidrogênio verde, por ser onde será possível produzir o combustível de forma mais barata. “O Brasil tem um enorme potencial competitivo a ser explorado. Os recursos naturais existentes para a produção de energias limpas e renováveis permitem produzir excedentes exportáveis para o mercado global de commodities energéticas verdes e obter uma cota relevante no suprimento a essa demanda. O resultado terá impactos positivos na balança comercial bem como atrair investimentos e gerar empregos”, afirmou Jatobá. O engenheiro explica que a Europa tem a meta de até 2030 introduzir 20 milhões de toneladas de hidrogênio, porém eles têm capacidade de produzir apenas 10 milhões de toneladas. “Com isso, todo mundo está se organizando para atender essa demanda” PASSOS PARA PERNAMBUCO AVANÇAR NO HIDROGÊNIO VERDE Para aproveitar essa oportunidade internacional, ele sugere que haja uma posição proativa do Estado para criar um roadmap (um roteiro de ações de desenvolvimento) para promover uma estrutura robusta capaz de atender as demandas vindas dessa virada energética, com uma nova commodity que o Estado tem capacidade de fornecer. “Pernambuco precisa criar um roadmap para a transição energética estadual, contemplando o hidrogênio verde e seus derivados. As estratégias de transição energética podem sinalizar para produtores e compradores que um estado está organizando seu ambiente propício para receber os segmentos industriais relacionados à transformação do seu setor produtivo”, afirmou Jatobá. Ele enfatiza que a definição de metas e a elaboração desse roteiro de ações são indicadores da ambição do governo em torno da escala, demanda ou foco da indústria, sendo que os mecanismos de estímulo à demanda interna e à exportação são instrumentos eficazes para consolidar esses novos segmentos. Se Pernambuco e o Nordeste já se destacam na produção de energias renováveis e da biomassa, o engenheiro entende que o próximo passo fundamental para o Estado entrar nessa cadeia é investir na tecnologia. “Se há geração de eletricidade e biomassa, precisamos investir agora na eletrólise (processo de quebra da molécula da água – H2O –, para separar o hidrogênio do oxigênio) e na hidrogenação para poder gerar essa cadeia do combustível verde. Essa é uma das linhas que acho que Pernambuco deveria investir, pode ser uma forma interessante de potencializar esse processo”. Há, entretanto, gargalos relevantes a se considerar, como a disponibilidade hídrica, visto que o hidrogênio

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