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Mercado eleva para 2,09% projeção de expansão da economia em 2024

(Da Agência Brasil) A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu de 2,05% para 2,09%. A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (13), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) é crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro também projeta expansão do PIB em 2%, para os dois anos. Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a taxa de crescimento havia sido 3%. A previsão de cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,05. Inflação Nesta edição do Focus, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – em 2024 subiu de 3,72% para 3,76%. Para 2025, a projeção da inflação ficou em 3,66%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,5% para os dois anos. A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância. Em abril, pressionada pelos preços de alimentos e gastos com saúde e cuidados pessoais, a inflação do país foi 0,38%, acima do observado no mês anterior (0,16%), mas abaixo do apurado em abril do ano passado (0,61%). De acordo com o IBGE, em 12 meses, o IPCA acumula 3,69%. Taxa de juros Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e o aumento das incertezas fizeram o BC diminuir o ritmo do corte de juros, que vinham sendo de 0,5 ponto percentual, para 0,25 ponto. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9,75% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9% ao ano, se mantenha nesse patamar em 2026 e caia para 8,63% em 2027. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

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Associação Nacional das Entidades de Energias Renováveis será criada em PE

Recife sedia evento de formação da Associação Nacional das Entidades de Energias Renováveis (ANER) nesta quarta-feira (15/05). Na foto, Rudinei Miranda, presidente da Aperenováveis Desde março, presidentes de associações que representam empresários do ramo de energias renováveis em nove estados brasileiros assinaram uma carta de intenção para a fundação da Associação Nacional das Entidades Representativas de Energias Renováveis (ANER). Sob a liderança da Associação Pernambucana de Energias Renováveis (Aperenováveis), que mantém diálogo há um ano com lideranças nacionais, o grupo volta a se reunir amanhã (15), no auditório do Observatório da Indústria - SENAI Pernambuco, no Recife, para oficializar a nova entidade. O objetivo da iniciativa é fortalecer os movimentos estaduais, estabelecendo um modelo de gestão, planejamento e crescimento baseado em trabalho de médio a longo prazo. "As empresas continuarão a fazer parte das associações em seus respectivos estados, mas propomos a união dessas entidades para desenvolver uma agenda conjunta, impulsionando o crescimento dos negócios e fortalecendo o mercado, com respaldo jurídico, político e social", explica Rudinei Miranda, presidente da Aperenováveis. Fundadores da Aner A formalização da ANER reunirá representantes da matriz energética do Brasil, lideranças do poder público de cada estado que pactuaram a criação da entidade - Pernambuco, Maranhão, Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte -, além de instituições bancárias, distribuidoras de energia limpa, economistas e outros atores do setor em ascensão. No dia 16 de maio, está prevista a primeira reunião de planejamento de ações, com a presidência eleita no dia anterior. "Acreditamos que a ANER já nasce robusta, reunindo quase 800 empresários, liderados por seus representantes estaduais, contribuindo para o crescimento das fontes renováveis e a geração de empregos e renda, na meta de descarbonização no Brasil e, claro, em benefício do meio ambiente", ressalta Rudinei Miranda. Força do segmento em Pernambuco Segundo um estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em 2023, o Brasil alcançou um recorde de geração de energia limpa, com 93,1% provenientes de fontes renováveis. Juntos, os estados do Nordeste são responsáveis por produzir 82,3% da energia solar e eólica do país. Com mais de 10,2 mil registros na Junta Comercial (Jucepe), Pernambuco vê um aumento no número de investidores em negócios relacionados a fontes de energia renováveis. São 2.546 empresas e outros 7.682 microempreendedores individuais (MEIs) atuando na comercialização e instalação de equipamentos, com destaque para os painéis fotovoltaicos. O estado conta com mais de 76,5 mil usinas solares espalhadas desde a capital até o Sertão.

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Inflação em alta: IPCA de abril e impactos na Região Metropolitana do Recife

Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação de 0,38%, ficando 0,22 ponto percentual acima da taxa de março, que foi de 0,16%. No acumulado do ano, o IPCA apresenta uma alta de 1,80%, enquanto nos últimos 12 meses a alta é de 3,69%, abaixo dos 3,93% observados no período imediatamente anterior. Em comparação com abril de 2023, quando a variação foi de 0,61%, este ano apresentou um resultado mais contido. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta em abril. Os maiores impactos no índice do mês vieram dos grupos de Saúde e cuidados pessoais (1,16%) e Alimentação e bebidas (0,70%), contribuindo com 0,15 ponto percentual cada. Na sequência, os grupos de Vestuário (0,55%) e Transportes (0,14%) contribuíram com 0,03 ponto percentual cada. Os demais grupos variaram entre -0,26% em Artigos de residência e 0,48% em Comunicação. Na Região Metropolitana do Recife, após registrar o menor resultado do ano em março (0,33%), o IPCA apresentou um aumento em abril, atingindo 0,55%. Dos nove grupos de produtos pesquisados, quatro apresentaram deflação, ainda que muito próximos da estabilidade: Habitação (-0,13%), Despesas Pessoais (-0,06%), Vestuário (-0,06%) e Educação (0,05%). O grupo de Saúde e cuidados pessoais teve o maior aumento percentual no mês, com uma variação de 1,13%, fortemente influenciado pelos produtos farmacêuticos, destacando-se os produtos dermatológicos com uma alta de 5,20%. Outros grupos que apresentaram aumento foram Alimentação e Bebidas (1,07%), Transportes (0,64%), Comunicação (0,50%) e Artigos de Residência (0,30%). No grupo de Transportes, o aumento de 0,64% foi fortemente influenciado pelo reajuste de 4,84% nas tarifas de táxi, além do aumento nos preços do etanol (4,62%) e dos ônibus interestaduais (3,07%). Já o grupo de Alimentação e Bebidas, de maior peso no índice e com maior impacto no consumo das famílias de renda mais baixa, segue acima de 1% pelo terceiro mês consecutivo. Destacaram-se os produtos com maiores variações na Região Metropolitana do Recife, com alta de 22,48% no melão, 21,17% na batata doce, 20,95% no tomate, 15,40% na cebola e 12,82% no mamão. No acumulado do ano, a variação é de 2,26%. O grupo de Educação segue como o de maior variação, com 4,96%, seguido por Alimentação e Bebidas (4,13%) e Saúde e cuidados pessoais (3,25%).

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Empresário Bruno Veloso é eleito o novo presidente da Fiepe

O empresário Bruno Veloso foi eleito para a presidência da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) para o período de 2024 a 2028. A escolha unânime ocorreu durante a eleição realizada nesta quinta-feira (9) na Casa da Indústria, em Santo Amaro, com a participação dos 32 sindicatos votantes. Ricardo Essinger, que serviu dois mandatos consecutivos, passa o cargo para Veloso, mas permanece como delegado representante junto a Bruno Veloso no Conselho da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Bruno Veloso, novo presidente da Fiepe “Me sinto honrado e feliz por ter sido escolhido pelos meus pares para representar o setor industrial nos próximos anos. Posso garantir que a confiança que a mim foi depositada será retribuída com trabalho em defesa do nosso segmento, com a certeza de que vamos fazer o possível para dar continuidade aos projetos construídos até aqui. Ricardo Essinger foi um exemplo de integridade, retidão e gestão. Então, inspirados nisso, queremos dar prosseguimento ao que está sendo feito e também construir novas iniciativas".  Nova diretoria da Fiepe Além de Bruno Veloso, a chapa inclui os empresários Massimo Cadorin como 1º vice-presidente, José Antônio de Lucas Simón como 2º vice-presidente e Renato Cunha como 3º vice-presidente. Também ocupam cargos de vice-presidentes Alexandre Valença, Alfredo Salazar, Anísio Coelho, João Bezerra, Luiz Grimaldi, Milton Reis, Paulo Pereira e Renato Celso. Sebastião Pontes assumirá como 1º diretor Administrativo, enquanto Ricardo Heráclio será o 2º diretor. Caroline Souto Maior e Hugo Gonçalves desempenharão os papéis de 1º e 2º diretores Financeiros, respectivamente. Armando Monteiro Neto e Jorge Côrte Real serão os delegados suplentes junto ao Conselho da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Quem é Bruno Veloso? Nascido no Recife em 1959, Bruno Veloso é um engenheiro civil formado pela Universidade Católica. Ele é sócio da Goiana Pré-moldados, uma indústria de concreto que fundou em 1998, após adquirir experiência em grandes empresas do setor de construção civil. Casado, pai e avô, Veloso ingressou na FIEPE após se associar ao Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento de Pernambuco (Sinprocim-PE), anteriormente conhecido como Sindocal, há 15 anos, período em que também ocupou a presidência da entidade por dois mandatos. Sua atuação na FIEPE inclui passagens pelas diretorias administrativa e financeira durante os mandatos de Jorge Côrte Real e Ricardo Essinger, além de ter sido conselheiro do SESI-PE.

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Pesquisa: 89% das mães são responsáveis por custear os gastos da casa

Pesquisa também mostrou que 87% fecharam o primeiro trimestre do ano endividadas, e 75% acreditam que os benefícios corporativos são um importante complemento de renda Uma pesquisa da Ticket, marca de vale-refeição e vale-alimentação, com quase dez mil pessoas revelou que, entre as mulheres que têm filhos (cerca de três mil respondentes), 89% são responsáveis por custear a maior parte dos gastos da família e que 87% delas fecharam o primeiro trimestre de 2024 endividadas. “Esses números revelam um cenário desafiador para as mães, e essa sobrecarga, agravada por questões financeiras, é um alerta para as empresas, já que pode resultar em desgaste físico e mental e impactar seu desempenho profissional”, comenta Natália Ghiotto, Diretora de Produtos da Ticket. Ainda segundo o levantamento, 65% das mulheres disseram que a alimentação é um dos gastos que mais pesam no orçamento e 75% revelaram que as dívidas impactaram a qualidade das refeições. “A mesma fatia, de 75%, acredita que os benefícios corporativos são muito importantes, pois o salário não cobre completamente os gastos mensais. Os vales alimentação e refeição são um apoio adicional para que mães trabalhadoras mantenham uma alimentação saudável e proporcionem mais qualidade de vida também às suas famílias”, avalia a executiva. A pesquisa mostrou, ainda, que 69% das respondentes recebem vale-alimentação e 51% são beneficiadas com vale-refeição por parte das empresas em que atuam.

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Pernambuco garante investimento de mais de R$ 400 milhões para obras no Novo PAC Seleções

(Do Governo de Pernambuco) Durante participação na cerimônia de divulgação dos resultados do Novo PAC Seleções, nesta quarta-feira (8), em Brasília (DF), a governadora Raquel Lyra destacou os investimentos que o governo tem feito nas áreas de morros e encostas de Pernambuco. A gestora afirmou que todas as nove mil áreas de risco que existem no Estado têm sido mapeadas e monitoradas pela Defesa Civil estadual. Nesta nova fase do PAC, as novas cinco modalidades executadas pelo Ministério das Cidades somam R$ 18,3 bilhões em investimentos: Prevenção a Desastres Naturais: Contenção de Encostas; Abastecimento de Água – Rural; Periferia Viva - Urbanização de Favelas; Regularização Fundiária; e Renovação de Frota. As obras em Pernambuco somam R$ 418 milhões. "Nós apresentamos projetos da ordem de R$ 360 milhões daquilo que é essencial para Pernambuco, dos quais R$ 100 milhões para morros e encostas estão sendo contemplados pelo Novo PAC. Esse valor se soma aos investimentos que estão sendo aplicados pelo Governo do Estado, como por exemplo em Jardim Monte Verde, em Jaboatão dos Guararapes, que foi contemplado com R$ 60 milhões pelo PAC e já tem R$ 48,9 milhões licitados pelo Estado. Estamos comprometidos com a reestruturação da Defesa Civil, mapeando as áreas de risco para garantir mais qualidade de vida à população que vive na periferia, nos morros e encostas de Pernambuco. Agradeço ao governo federal pela capacidade de trabalhar junto conosco para superar as desigualdades", destacou Raquel Lyra, que prestou solidariedade ao estado do Rio Grande do Sul e a todos os gaúchos afetados pelas chuvas. Ao todo, o Governo de Pernambuco submeteu 80 propostas para o programa: Abastecimento de Água Rural (38); Regularização Fundiária (25); Prevenção de Desastres - Contenção de Encostas (13); e Urbanização de Favelas (04).  O presidente Lula afirmou que o governo federal tem atuado na questão ambiental. "Nós, quando anunciamos investimentos em obras nas encostas, estamos evitando que as pessoas morram em deslizamentos de terra. Assim como o financiamento em tratamento de esgoto significa cuidar da saúde e da qualidade de vida de toda a população. O desastre que tem acontecido no Rio Grande do Sul é uma demonstração de que o planeta está cobrando e ainda temos tempo para reverter o que temos visto por todas as regiões do país", afirmou. O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o Novo PAC Seleções tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida na cidade e também da população que vive no campo. "Nestas novas modalidades, as seleções priorizaram os cenários adversos da emergência climática. Pela primeira vez, estamos tratando do abastecimento de água rural, questão diretamente ligada aos eventos climáticos. Iremos atender as famílias afetadas pela seca, sobretudo no Nordeste, com importantes adutoras que irão democratizar o acesso à água tanto nos centros urbanos quanto nas áreas rurais da região", disse.

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Desemprego de jovens negras é 3 vezes superior ao dos homens brancos

(Da Agência Brasil) Em 2023, as jovens mulheres negras de 18 a 29 anos tiveram uma taxa de desemprego três vezes maior que a dos homens brancos no Brasil. Quando empregada, a juventude feminina negra tem uma renda 47% menor que a da média nacional e quase três vezes menor que a dos homens brancos. Além disso, as mulheres negras de 14 a 29 anos dedicam quase o dobro de horas aos afazeres domésticos quando comparado à media dos homens negros e brancos. A comparação foi realizada pela organização Ação Educativa, a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2023, e publicada no relatório Mude com Elas, divulgado nesta quarta-feira (8). A jovem negra Pamela Gama, de 26 anos, contou que vive na pele o que os números divulgados pela pesquisa evidenciam. Moradora da zona leste de São Paulo, Pamela decidiu retirar do currículo o link de uma rede social de empregos onde havia uma foto dela, na tentativa de ser chamada para mais entrevistas. “Eu coloquei o link do meu perfil e depois tirei porque eu não estava recebendo tantos convites para fazer entrevistas. Então eu pensei se não era melhor eu tirar, sabe?”, revelou a jovem formada em relações públicas, acrescentando que melhorou “um pouco” a convocação para entrevistas depois da mudança. Pamela trabalha desde os 19 anos e hoje atua em uma empresa na área de comunicação. De acordo com o projeto Mude com Elas, enquanto as jovens mulheres negras registraram, em 2023, uma taxa de desemprego de 18,3%, os homens brancos tiveram uma taxa de 5,1%. O desemprego geral do país terminou 2023 em 7,4%. Já o salário médio da população no ano passado foi R$ 2.982, enquanto o das jovens negras foi de apenas R$ 1.582. Se comparado com homens brancos, a diferença salarial é ainda maior. Como a renda média desse grupo foi R$ 4.270 em 2023, ela é 2,7 vezes maior que a das jovens mulheres negras. Pamela contou que conhece pessoas que recebem mais, apesar de mesma idade e formação semelhante. “Tem rapazes, até mesmo alguns conhecidos, que estão na mesma idade que eu e que ganham muito mais. Então, assim, eu sinto essa dificuldade até mesmo de me recolocar no mercado para procurar novas oportunidades”, afirmou. A informalidade também atinge mais as jovens negras, que registraram 44% com carteira assinada, porcentagem similar a dos jovens negros (43,3%). Já os jovens brancos, tanto mulheres quanto homens, ficaram em torno de 50% com carteira assinada (50,3% para jovens brancos e 49,8% para jovens brancas). Além da menor renda e do maior desemprego, o trabalho doméstico sobrecarrega as jovens negras de 14 a 29 anos que dedicam 22 horas, por semana, aos afazeres domésticos. Enquanto isso, a média dos homens negros e brancos é de 11,7 horas na semana. A jovem Pamela Gama conta que ajuda nos afazeres domésticos desde adolescente e que hoje se sente sobrecarregada porque o marido trabalha fora de casas e ela em teletrabalho. “Eu faço o trabalho e tenho que conciliar organizando a minha casa. Eu falo que eu tenho dois serviços”, completou. “O estudo mostra que, desde a pandemia, as condições de trabalho melhoraram, mas ainda assim, o Brasil não tem políticas públicas específicas para as jovens negras nem tampouco as empresas possuem um olhar direcionado a essas mulheres, que são frequentemente preteridas em processos seletivos”, afirmou a pesquisa. O grupo das jovens negras também chega menos ao ensino superior no Brasil. Enquanto as jovens brancas frequentando ou concluindo o ensino superior, em 2023, chegavam a 39,8% do total, as jovens negras na mesma situação eram apenas 23,4% do total. Herança escravocrata A pesquisadora Andreia Alves, advocacy do projeto Mude com Elas, destacou que existe uma cultura que coloca a juventude nos espaços mais precários do mercado de trabalho. Porém, há um agravamento desse quadro quando se considera raça e gênero. “É muito comum mulheres jovens negras que conseguem chegar a ocupar esse mercado de trabalho formal estarem em áreas que, na verdade, não vão aproveitar toda a sua capacidade. Então, normalmente, ela vai ocupar as piores áreas, os piores cargos, diferentes de pessoas não negras”, destacou. Andreia Alves acrescentou que há uma herança, que vem do período escravocrata, que costuma colocar as jovens mulheres negras fora do mercado de trabalho, ocupando-as com o trabalho doméstico. “Normalmente, os lugares onde essas mulheres moram são lugares muito distantes dos locais de trabalho. Então, essas jovens mulheres negras acabam sendo obrigadas a submeter aos cuidados, a fazer da casa, cuidar da alimentação e cuidar dos irmãos menores, porque os adultos da casa são também desses lugares de trabalho distantes”, completou. Para Alves, o fundamental é ouvir esse público antes de construir políticas que minimizem essa desigualdade no mercado de trabalho. A especialista acrescenta que o aumento da educação formal superior de mulheres negras nos últimos anos não tem se refletido em mais espaço no mercado de trabalho.  “Nos últimos 10 anos as mulheres negras ocuparam as universidades e têm se formado, têm se demonstrado, têm se estruturado, mas isso não tem sido suficiente para fazer modificações significativas no mercado de trabalho. Principalmente quando a gente fala sobre ocupação de cargos de liderança”, completou.

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

(Da Agência Brasil) Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz. De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.     "O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores", explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário. "Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação", acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado. Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. "Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável", garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro. Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária. O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

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Com alta da dengue, setores econômicos de Pernambuco podem perder R$ 84,5 milhões

Até a 15ª semana de abril, o impacto na produtividade das indústrias de transformação já atingia a marca de R$ 35,5 milhões, e o absenteísmo já estava sendo identificado no chão de fábrica. Foto: Freepik Neste ano, o crescimento dos registros de dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em Pernambuco não apenas prejudica a saúde de muitos habitantes, mas também causa impactos significativos nas operações industriais do Estado. Segundo um estudo realizado pela Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), o prejuízo financeiro já atingiu a marca de R$ 35,5 milhões. Caso a tendência de aumento de casos persista, estima-se que a produtividade de todos os setores econômicos do Estado - indústria, comércio e serviços - sofrerá um impacto ainda mais severo, alcançando um total de R$ 84,5 milhões. Pernambuco figura entre os cinco estados com uma tendência crescente de casos, conforme dados do Ministério da Saúde. De acordo com o economista da FIEPE, Cézar Andrade, a incidência das arboviroses tem sido uma preocupação constante para as indústrias. “É que, com os casos, as empresas vêm enfrentando desde o aumento do absenteísmo devido às licenças médicas até a redução da eficiência do trabalho, em razão dos sintomas causados por essas doenças”, analisou.  Segundo os dados levantados, os empresários foram consultados sobre o principal impacto em suas indústrias, e os resultados foram os seguintes: 45,56% mencionaram a queda na produção como o principal impacto; 34,44% precisaram realocar sua mão-de-obra; enquanto 15,56% tiveram que arcar com horas extras para compensar o afastamento de colaboradores devido às doenças. Apenas 4,44% dos empresários industriais afirmaram a necessidade de novas contratações. Quanto às ausências dos trabalhadores, o estudo revelou um índice de absenteísmo de 8,34%, com uma perda média de produção de R$ 2.012,71 por trabalhador afastado devido às arboviroses, considerando um período de sete dias de afastamento. Além disso, quase 73% dos empresários entrevistados relataram ter empregados afetados por alguma doença transmitida pelo Aedes aegypti. Diante desse quadro, Fernanda Guerra, diretora de Saúde e Segurança da Indústria do SESI-PE, enfatiza a importância do diagnóstico precoce da dengue, chikungunya e zika, visando o tratamento imediato adequado para cada enfermidade. Ela destaca que os colaboradores podem confundir os sintomas com um simples resfriado ou virose, o que poderia mascarar um possível foco de dengue dentro da empresa. “Para isso, o SESI-PE, que integra o Sistema FIEPE, oferece exames de diagnóstico. Com a identificação da doença, o funcionário se trata da forma adequada e volta a trabalhar mais rapidamente, diminuindo o índice de absenteísmo e evitando o comprometimento da produtividade das indústrias”, explica. Além disso, Fernanda destaca que o SESI-PE também oferece um canal de telemedicina, desenvolvido pelo SESI Nacional, para atender os trabalhadores da indústria e seus dependentes que suspeitam estar com dengue. Os trabalhadores que apresentarem sintomas da doença podem acessar assistência e orientações em saúde especializada através do WhatsApp (61) 3317-1414.

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Cerca de 60% dos recifenses pretendem comprar presentes para o Dia das Mães

Pesquisa da Unifafire inidica que os itens mais procurados devem ser produtos de moda, roupas e calçados. Foto: Lucas Costa (Divulgação) O Dia das Mães, muitas vezes chamado de Natal do primeiro semestre, está se aproximando e é aguardado com grande expectativa pelo comércio varejista. Este ano, as perspectivas são mais otimistas em comparação com o ano passado, quando diversos fatores, como inflação, incerteza política e altas taxas de juros, tiveram um impacto negativo no consumo. Espera-se que a data impulsione um aumento nas vendas e contribua para o crescimento do setor em maio. De acordo com dados recentemente divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de negócios deve ser 3,5% maior do que no ano passado, alcançando um valor total estimado em R$ 13,2 bilhões. De acordo com a CNC, os itens de calçados, roupas e acessórios devem ser os mais procurados, representando 40% das vendas na data. Esses resultados são consistentes com os achados de uma pesquisa inédita conduzida pelo Núcleo Fafire Inteligência de Mercado do Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFAFIRE), que analisou o perfil de consumo dos recifenses na compra de presentes para o Dia das Mães. O estudo, realizado com 750 entrevistados em vários locais da Região Metropolitana do Recife, como Derby, Boa Vista e Jaqueira, revelou que 57,2% dos recifenses pretendem comprar presentes para suas mães. A maioria desses entrevistados, aproximadamente 60,14%, planeja gastar mais de R$ 100 com o presente. Presentes mais procurados Quanto aos tipos de presentes preferidos, a pesquisa indica um equilíbrio entre produtos de moda, roupas e calçados (28,50%), seguidos por produtos de beleza (23,83%). É interessante notar que 28,75% dos entrevistados na Região Metropolitana do Recife que planejam presentear ainda não decidiram qual presente comprar, o que provavelmente resultará em um aumento na busca por presentes nas vésperas do dia comemorativo. Investimento estimado para o presente A pesquisa realizada pela UniFAFIRE levou em consideração as intenções de compra, os valores investidos e os tipos de presentes preferidos. É importante destacar que a maioria dos respondentes é do sexo feminino. Além disso, uma parcela significativa dos entrevistados recebe até dois salários mínimos, o que reflete uma parte considerável da população pernambucana. Quanto ao valor a ser investido nas compras, foram estabelecidas faixas que contemplassem as diversas necessidades dos consumidores. A faixa mais baixa compreende valores de até R$ 50, seguida por uma faixa intermediária entre R$ 50 e R$ 100, e a faixa mais alta destinada a valores acima de R$ 100. João Paulo Nogueira, gestor financeiro e coordenador do Núcleo Fafire Inteligência de Mercado "De uma maneira geral, nossa avaliação está alinhada com o estudo divulgado pela CNC, já que o número de pessoas indecisas, ou seja, que ainda não sabem o que vão comprar, foi de 11,6% do total dos entrevistados. O que significa dizer que se excluirmos os indecisos, os  itens de calçados, roupas e acessórios fica com 37,2%, número bem próximo aos 40% da expectativa de vendas da Confederação Nacional do Comércio para o período".

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