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Recife capta mais R$ 300 milhões para investir prioritariamente em infraestrutura

Recurso foi captado e liberado via operação de crédito junto ao Banco de Brasília, em condições favoráveis de financiamento (Da Prefeitura do Recife) A Prefeitura do Recife viabilizou o montante de R$ 300 milhões a serem aplicados em obras de infraestrutura para minimizar os impactos causados pelas fortes chuvas, além de novos projetos e ações de prevenção. O recurso chega ao cofre municipal via operação de crédito assinada junto ao Banco de Brasília (BR), nesta quinta-feira (28), pelo prefeito João Campos. Mais de 65% do território da cidade são compostos por áreas de morros e a Prefeitura vem impulsionando os trabalhos e as obras de contenção de encostas, uma importante intervenção que tem por objetivo a estabilidade das construções em regiões de morros e a prevenção contra deslizamentos. A prioridade da Prefeitura é garantir a segurança da população e, assim, melhorar a acessibilidade e a mobilidade dos que residem nas áreas de risco. “Seguimos reforçando a capacidade de investimento do Recife. Acabamos de assinar o contrato da operação de crédito, no valor de R$ 300 milhões, que firmamos com o Banco Regional de Brasília (BRB), para o financiamento de um grande conjunto de obras na nossa cidade. Muitas dessas intervenções serão realizadas nas áreas mais atingidas pelo maior desastre climático da história da nossa cidade, ocorrido em maio”, explicou o prefeito. “Já nos primeiros meses da nossa gestão, iniciamos uma série de ajustes fiscais que nos permitiram melhorar a nota de crédito do Recife. Isso nos deu a possibilidade de buscar recursos para o enfrentamento dos maiores desafios que precisamos encarar. Quero agradecer ao presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, pela celeridade que conduziu todos os trâmites para que essa operação possa ajudar a tirar do papel projetos tão importantes para o Recife”, continuou João Campos. De acordo com a secretária Maíra Fischer, trata-se de um recurso importante, que vai permitir intensificar os trabalhos que vão garantir a segurança das pessoas em suas moradias. “Captar recursos para este fim tem sido um caminho buscado desde o início da gestão do prefeito João Campos. Mesmo com projetos aprovados e licitados, os repasses federais não chegaram e exigiu da nossa parte um esforço ainda maior para buscar operações de crédito para viabilizar as atividades nos morros. Agora, a gente consegue mais um gás financeiro para entregá-las”, destaca. MAIS RECURSOS - Em visita ao ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, em junho deste ano, o prefeito e a secretária de Finanças Maíra Fischer reforçaram o fato de o Recife possuir recursos autorizados, frutos de convênios antigos com a pasta, mas que ainda não chegaram. São montantes relevantes, na ordem de R$ 74 milhões, destinados a um objetivo necessário, como obras de infraestrutura, de contenção de encostas, além de projetos habitacionais na cidade. Além do pedido de liberação desse recurso, foram solicitados mais R$ 500 milhões, sendo R$ 300 milhões para trabalhos em áreas de risco e R$ 200 milhões para a construção de unidades habitacionais. São 9 mil pontos de risco no Recife atualmente, que exigem uma permanente força-tarefa do Município. EQUILÍBRIO FISCAL - O equilíbrio fiscal e o rigor aplicado nas contas públicas do Município têm garantido o acesso do Recife a importantes linhas de crédito em instituições financeiras nacionais e internacionais. O Recife atingiu a nota B na Capacidade de Pagamento (Capag) na avaliação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão do Governo Federal que analisa o comportamento fiscal de estados e municípios. A pontuação é resultado de um esforço que integrou diversas secretarias da gestão municipal, capitaneado pela Secretaria de Finanças (Sefin). O Recife se credenciou para realizar operações de crédito em bancos nacionais e internacionais, acessando linhas de financiamento com juros mais baixos e prazos vantajosos.

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Suape recebe porta-contêiner de maior comprimento de toda a sua história

A embarcação MSC New Haven, com 333,99 metros e capacidade para transportar até 8.643 TEUs, movimentou 388 contêineres em sua passagem pelo atracadouro pernambucano (Do Complexo de Suape) O Porto de Suape recebeu um dos maiores navios que já aportaram em terras pernambucanas. Trata-se do MSC New Haven, embarcação de bandeira portuguesa que chegou ao atracadouro pernambucano para descarregar 391 contêineres no Tecon Suape. É o navio de maior comprimento já recebido por Suape, com 333,99 metros de comprimento. Tem também 42 metros de largura e capacidade de transportar até 8.463 TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Após a operação, na semana passada, seguiu com destino ao Porto de Salvador, na Bahia. A chegada de gigantes como o MSC New Haven tornou-se uma realidade para Suape desde que, em dezembro de 2019, foi assinada a portaria nº 136/19, estabelecendo os parâmetros operacionais e requisitos para manobras de navios tipo porta-contêiner. A partir de então, Suape pôde receber embarcações com comprimento total entre 306 e 336,99 metros, e largura máxima entre 46 e 48,99 metros. Em julho de 2020, por exemplo, um navio conteineiro da classe Sammax, com 330 metros de comprimento e capacidade para transportar até 12 mil TEUs, atracou no Cais 2 para realizar a operação no Tecon Suape. Já em abril de 2021, a Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE) deu aval para o porto receber navios porta-contêineres da classe New Panamax, a de maior dimensão disponível na América Latina, que mede 366 metros de comprimento, 52 de largura e capacidade para cerca de 14 mil TEUs (portaria nº 037/2021). Apenas portos de classe mundial têm infraestrutura para receber esse tipo de embarcação, a maior que pode cruzar o Canal do Panamá por meio das novas eclusas. “Com a capacidade de receber essas classes de navios, podemos ofertar ao mercado a possibilidade de incremento na movimentação de carga por embarcação e, com isso, maior ganho de escala para as companhias de navegação em suas operações. Além disso, Suape definitivamente se credencia a ser o hub port (porto concentrador de cargas) para as regiões Norte e Nordeste, além de contribuir sobremaneira com a capacidade logística do país, juntando-se aos portos do Sul/Sudeste como opção logística para as companhias de navegação que operam esses navios”, salienta o coordenador de operações portuárias, Felipe Fonseca. Líder na movimentação de contêineres no Norte/Nordeste, o Porto de Suape bateu recorde em 2021 com 518.525 TEUs e 7,1% de crescimento em relação ao ano anterior. Até julho deste ano, movimentou um total de 232.619 TEUs.

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Aumentou em 30% número de acidentes de trabalho no país

O número de acidentes de trabalho e mortes acidentárias aumentou 30%, ano passado, no país. Foram comunicados 571,8 mil acidentes e 2.487 óbitos associados ao mundo corporativo. Já nos últimos dez anos (2012-2021), foram registradas no Brasil 22.954 mortes no mercado de trabalho formal. Os números são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, mantido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os dados acendem alerta às empresas sobre a importância de haver a aplicação das medidas preventivas e, assim, tornar os ambientes de trabalho mais seguros. Para marcar essa necessidade, será comemorado nesta quarta (27/07), o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Segundo a advogada especialista em direito do trabalho e sócia gestora da área trabalhista do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia, Anna Carolina Cabral, apesar de muitas empresas já adotarem medidas para diminuir a incidência de casos, os números ainda são preocupantes. “Os custos dos empregadores em prevenção de acidentes de trabalho são investimentos e não gastos”, avaliou Carol. Segundo ela, quando há um acidente, o trabalhador é afastado. "É ruim para a empresa, dolorido ao colaborador e custo à Previdência", avaliou Anna. Informalidade A especialista ressalta ainda a preocupação com a questão dos acidentes envolvendo trabalho informal, que atingiu taxa de 40,2% no primeiro trimestre de 2022. Neste intervalo, o mercado de trabalho registrou 38.326 milhões de trabalhadores atuando na informalidade, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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TechHub atrai investimento de R$ 45 milhões para impulsionar hidrogênio verde em Suape

Uma parceria entre a CTG Brasil (empresa de origem chinesa), o Departamento Nacional do Senai, o Senai-PE Pernambuco e o Governo do Estado traz para o Complexo de Suape o TechHub de Hidrogênio Verde. Com o investimento de R$ 45 milhões, a iniciativa promete implementar de projetos focados na produção, transporte, armazenamento e gestão de hidrogênio verde (H2V), considerado o combustível do futuro. O anúncio, que viabilizará um espaço de pesquisa, desenvolvimento e inovação com foco no combustível do futuro, foi feito na tarde desta segunda-feira (25), na sede da Fiepe. “Estamos de olho no futuro, já que o hidrogênio verde é uma inovação mundial, tem grande potencial de investimento, sustentabilidade e desenvolvimento da economia verde. Além disso, são medidas visionárias como essa que vão sempre nos manter protagonistas e aparecendo na estratégia de grandes agentes econômicos globais quando se fala do Nordeste e do Brasil”, afirma o secretário de desenvolvimento econômico de Pernambuco, Geraldo Julio. Seis propostas receberão aportes para desenvolvimento de projetos, que foram selecionadas a partir da chamada pública “Missão Estratégica Hidrogênio Verde”, promovida pelo Departamento Nacional do SENAI e pela CTG Brasil. A iniciativa integra a estratégia de investimento em P&D+ inovação da CTG Brasil alinhada ao Programa de Pesquisa e Desenvolvimento regulado e promovido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). "Esse é um hub nacional de hidrogênio verde. Não é qualquer coisa, ainda mais em um dos portos mais importantes que a gente tem que é o Porto de Suape", celebrou Jefferson Gomes, diretor de tecnologia e inovação do Senai, que possui nacionalmente uma rede de 26 Institutos SENAI de Inovação. "Estou enxergando aqui um futuro mirando na lua. Nosso objetivo aqui é ter vários containers dando apoio a tecnonoligas de hidrogênio verde para o Brasil". A CTG Brasil, maior investidora do programa de Hidrogênio Verde, avalia que o TechHub tem papel fundamental na estratégia de inovação da companhia, contribuindo com soluções e novas tecnologias que acelerem a transição energética e impulsionem o protagonismo do Brasil em projetos com foco em uma economia de baixo carbono. Para conectar todas as iniciativas apoiadas pelos investimentos nas plantas piloto implementadas no TechHub, será desenvolvida uma plataforma digital de comercialização para o Hidrogênio Verde. “É fundamental rastrear e certificar a origem da energia para a produção do hidrogênio, assegurando que a fonte de alimentação da planta é proveniente de energia 100% renovável, abrindo ainda mais portas para a comercialização deste que é considerado o combustível do futuro”, afirma José Renato Domingues, vice-presidente corporativo da CTG Brasil. "

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Filme premiado em Cannes reflete sobre a mentira

Todos sabem o que uma única e pequena faísca pode fazer a uma floresta. Da mesma forma, o que uma mentira, ainda que pequena e coberta por uma capa de verdade, quantas vidas é capaz de destruir. "Um Herói", novo filme do cineasta iraniano Asghar Farhadi, trata do assunto através de uma narrativa, a princípio, tão calorosa quanto o sentimento de retorno pra casa, porém tão lancinante quanto uma agulha. Rahim (Amir Jadidi) é o personagem central da história. Ele é denunciado e preso após ser traído pelo sócio, que não pagou uma dívida. Durante um período de liberdade condicional, Rahim tenta convencer o credor a retirar a queixa, prometendo pagar a dívida. Sua namorada Farkhondeh (Sahar Goldust) encontrou uma bolsa com 17 moedas de ouro, e o pagamento seria realizado com essas peças. A consciência pesa, e Rahim decide devolver a bolsa à mulher que a perdeu. O fato chega ao conhecimento da imprensa e o homem é aclamado como bom exemplo a ser seguido. O que tem de incrível em devolver algo que não é nosso? Seria, no mínimo, nossa obrigação. Porém, numa sociedade doente de corrupção, é algo a se exaltar, a estampar manchetes. Mais uma vez, Asghar Farhadi é genial ao desenvolver sem pressa seu protagonista, e nos fazer sofrer com ele. Rahim poderia ser qualquer um de nós, tão imperfeito quanto eu e você. Dói vê-lo despencar a cada mentira contada ainda que com a boa intenção de corrigir um erro. O coração acelera com o prenúncio de que aquela história não terminará bem. Asghar Farhadi tem no currículo dois filmes vencedores do Oscar de melhor produção em língua estrangeira (“A Separação” e “O Apartamento”). "Um Herói" ganhou em Cannes o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio François Chalais, este concedido a filmes dedicados aos valores do jornalismo. O longa chega aos cinemas brasileiros no dia 28 de julho.

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Autismo é tema central de nova série coreana da Netflix

Protagonista excêntrico, Q.I. altíssimo, habilidades especiais que o tornam diferenciado em sua profissão. De qual personagem e série estou falando? Características particulares que descreveriam muito bem Sheldon Cooper, da sitcom "The Big Bang Theory". Ou seria o Dr. Shaun Murphy, da série médica "The Good Doctor"? Eu também apostaria em Sam, de "Atypical". Com exceção de TBBT (ainda que não revele oficialmente a condição de Sheldon), as outras duas produções citadas têm em comum o protagonista estar no espectro autista. Baseada na mesma proposta, estreou recentemente na Netflix a coreana "Uma Advogada Extraordinária". O episódio piloto repete os conflitos iniciais enfrentados pelo protagonista de "The Good Doctor". Na história, Woo Young Woo (Park Eun Bin) é uma advogada de 27 anos com síndrome de Asperger. Seu talento e inteligência a qualificam a uma vaga de emprego em um grande escritório de advocacia. Da mesma forma que Shaun enfrentou desconfiança entre os médicos, Woo é desacreditada logo de início. A fotografia da série contribui com a narrativa, pincelando, em parceria com a equipe de efeitos especiais, as visões e pensamentos de Woo, como sua admiração por baleias. O que remete a Sam, de "Atypical", e seu fascínio por pinguins. A bela Park Eun Bin, atriz que encarna Woo, propõe à personagem um misto de meiguice e excentricidade. "Uma Advogada Extraordinária" terá novos episódios a cada semana. Já estão disponíveis os quatro primeiros desta temporada.

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Programa trainee oferece vagas com bolsa de R$ 5 mil

A Magnum Tires está recrutando novos talentos, com oportunidades em Pernambuco. Estão abertas até o dia 31 deste mês as inscrições para o programa trainee Bootcamp Magnum Now, que é um treinamento imersivo com base em inovação para desenvolver jovens lideranças nas áreas de transportes, tecnologia, auditoria, controladoria, compras internacionais e gestão comercial. A bolsa-auxílio é de R$ 5 mil, mais benefícios como plano de saúde Bradesco; política de metas e bônus; participação nos lucros e resultados; refeitório próprio e transporte fretado. Com faturamento anual de cerca de R$ 1 bilhão, a companhia emprega atualmente mais de 800 funcionários em mais de 50 filiais localizadas nas cinco regiões do país, entre as quais estão três centros de distribuição. A empresa mantém sua sede em Jaboatão dos Guararapes. Para se candidatar ao programa, que terá duração de seis meses, o profissional deve ter entre 22 e 30 anos, ser graduado em Economia, Administração, Engenharias, Ciências Contábeis e/ou Comércio Exterior, ter concluído a graduação entre 2017 e 2022 e ter inglês avançado. Entre os inscritos, 60 serão selecionados para participar do Bootcamp, que acontecerá presencialmente nos dias 13 e 20 de agosto, no Recife. Após estes dois dias de imersão, serão escolhidos oito finalistas, com grandes chances de absorção aos quadros da empresa após o período como trainee. As inscrições para o programa devem ser feitas pelo site https://magnumtires.com.br/. “A empresa valoriza profissionais autogerenciáveis, resilientes e flexíveis a mudanças. Temos mais de 30 anos de mercado e continuamos em constante inovação. Quem costuma demonstrar atitude proativa, gosta de desafios e busca o diferencial em cada tarefa que executa certamente vai se destacar”, enfatiza a gerente de RH da Magnum Tires, Daniele Coutinho. O programa é desenvolvido em parceria com a multinacional de recrutamento e seleção Grow Group, que é especializada em conectar oportunidades para profissionais de média e alta gestão em toda a América Latina. O Bootcamp Magnum Now será conduzido pelo Head de Inovação da Grow Group, Marcelo Silveira.

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Inteligência Artificial da Saúde

*Por Rafael Toscano A inteligência artificial ainda não dominou toda humanidade, mas certamente já invadiu a área da saúde, agregando uma tecnologia que pode salvar vidas e melhorar a assistência médica para milhões de pessoas ao redor do mundo. Ela já está nos ajudando a personalizar a prestação de cuidados, tornar hospitais mais eficientes e tratamentos mais acessíveis, através de ferramentas para o auxílio da tomada de decisão. Mas como isso é possível? IA é o processo de ensinar um modelo computacional usando grandes e complexos conjuntos de dados. O modelo aprende com esses dados em um processo de treinamento para construir sua capacidade de tomar decisões ou prever resultados quando apresentado a novos dados. Em saúde, estamos falando de acesso a um modelo computacional que aprende, baseado na experiência de milhares de outros pacientes, se um tratamento funcionará e o que será mais eficaz para o paciente com base nos seus sintomas individuais. Assim como, os modelos de IA estão ajudando os médicos a aprender os padrões demonstrados por pacientes com sintomas parecidos ou até informações genéticas semelhantes, para a tomada de decisões bem informadas sobre seu diagnóstico e suas opções de tratamento. Essas técnica têm demonstrado eficiência até para pacientes com Câncer. O diagnóstico de câncer pode ser extremamente complicado, tanto para os médicos na tomada de decisões do diagnóstico de um câncer primário ou secundário, quanto para os pacientes, na compreensão dos riscos e índices de sucesso das opções de tratamento. É justamente para o aumento das taxas de sucesso que a IA se torna um diferencial, com a capacidade de coleta de informações de várias fontes. Alimentando modelos de dados dos exames de sangue do paciente, imagens de raio-X de lesões suspeitas, informações genéticas de uma biópsia de tecido, etc. Dessa forma, um modelo de IA treinado pode consolidar rapidamente essas informações e apresentar previsões de alta precisão do diagnóstico do paciente, opções de tratamento com maior probabilidade de sucesso e prognóstico. A IA está nos dando a capacidade de ter uma compreensão mais refinada e detalhada da saúde humana que nunca havíamos tido. Os próximos anos serão vitais para a concepção dos marcos regulatórios que definirão a aplicação dessa tecnologia incrível para a saúde, para que de fato possa impactar milhões de vidas ao redor do mundo. Rafael Toscano é gestor financeiro, Engenheiro da Computação e Especialista em Direito Tributário, Gestão de Negócios. Gestor de Projetos Certificado, é Mestre em Engenharia da Computação e Doutorando em Engenharia com foco em Inteligência Artificial aplicada.

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K-Line e Nexus realizam maior operação de transbordo de veículos do Porto de Suape

O novo hub de veículos no Porto de Suape, criado no final do ano passado pelas empresas K-Line e Nexus, realizarou nesta semana a maior operação de transbordo de automóveis na história do atracadouro pernambucano. De um total de 2.080 veículos transportados na operação do navio California Highway, 1.538 passaram por transbordo. Esse é o nome dado ao processo pelo qual as mercadorias entram no território aduaneiro de um país, são transferidas para outro navio e depois deixam o porto em direção a um novo destino. Na movimentação desta semana, os veículos que vieram da Argentina aguardaram embarque no Pátio Público de Veículos e seguiram para um navio com direção aos portos de Vera Cruz (México) e Cartagena (Colômbia). “Suape dispõe de toda a infraestrutura necessária para que possamos realizar as operações com a maior qualidade e tranquilidade possíveis. Essa parceria já vem dando frutos com a implantação do novo hub e acreditamos que novas possibilidades de negócios irão surgir muito em breve decorrentes do sucesso dessa operação”, avalia o gerente-geral da K-Line no Brasil, Rafael Cristelo. Além da operação de transpordo, o navio incluiu nessa pssagem por Pernambuco a exportação de 131 automóveis e a importação de outros 411, totalizando 2.080 unidades movimentadas. A movimentação de veículos em Suape foi um dos grandes destaques em 2021. Segundo dados compilados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o número de automóveis importados e exportados foi 20% maior em relação ao ano anterior. Esse percentual totalizou 47.841 unidades em 2021 contra 39.922, em 2020. Em 2022 (até junho), são 26.542 automóveis contra 24.111 do ano anterior, crescimento de 10%. Suape é a porta de saída para os veículos da Stellantis (antiga FCA), produzidos tanto na fábrica da Jeep em Goiana, quanto na planta do grupo em Betim (MG), tendo como destino países como Argentina e México.

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"As cotas modificaram a história do ensino superior público no Brasil"

As cotas modificaram a história do ensino superior público no Brasil. A Lei de Cotas completa 10 anos e o professor do Departamento de Educação da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), José Nilton de Almeida, faz uma avaliação dos seus resultados. Ele alerta que para obter impactos positivos ainda mais intensos seriam necessários mais investimentos nas universidades públicas. Ao completar 10 anos, a Lei de Cotas contabiliza resultados palpáveis. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2011, a população de pretos e pardos representava 11% de um total de 8 milhões de matrículas nas universidades. Em 2016, ano do último censo, este percentual subiu para 30%. A Lei de Cotas (Lei 12.711, de 2012) prevê que 50% das vagas em universidades e institutos federais sejam direcionadas para pessoas que estudaram em escolas públicas. Desse total, metade é destinada à população com renda familiar de até 1,5 salário mínimo per capita. A distribuição das vagas da cota racial e deficiência é feita de acordo com a proporção de indígenas, negros, pardos e pessoas com deficiência do Estado onde está situada a universidade ou instituto federal, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este ano está previsto que a lei deverá passar por uma revisão e há um temor por parte dos setores favoráveis às cotas que possa ocorrer um retrocesso em razão do posicionamento do atual Governo Bolsonaro. Para falar sobre o legado das cotas nas universidades, Cláudia Santos conversou com José Nilton de Almeida, do Departamento de Educação da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco). Ele também avalia a revisão da lei e critica o fato de os mecanismos necessários para realizar um diagnóstico dessa política pública de ação afirmativa tenham sido descontinuados. Qual o impacto da Lei de Cotas no ensino superior? As políticas afirmativas, em particular as cotas, modificaram a história do ensino superior público no Brasil. Foi uma revolução silenciosa, mesmo em face das crises financeiras e das fases importantes da falta de compromissos efetivos dos poderes públicos com investimentos em educação, como a gestão federal atual. As políticas de ação afirmativa repercutiram intensamente nas universidades federais e estaduais, porque é nelas que se encontra a maioria das iniciativas de inclusão de estudantes matriculados no ensino superior público do País. Em 2018, essas instituições representaram 82% das políticas de inclusão com qualidade. Dados de IBGE são muito reveladores: em 2000, existiam aproximadamente 12% de diplomados no ensino superior, e deles somente 2,2% eram pretos e pardos. Em 2018, este índice alcança 9,3%. Para a população branca esses indicadores eram 9,3%, em 2002, e alcançam 22%. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2011, a população de pretos e pardos representava 11% de um total de 8 milhões de matrículas nas universidades. Em 2016, ano do último censo, este percentual subiu para 30%. Esses são indicadores extraordinários! Para avaliar o impacto das políticas de ação afirmativa e a Lei de Cotas é preciso compreender o contexto da expansão e da interiorização da oferta de vagas no ensino superior provocadas pelo Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), criado em 2007, e nesse mesmo contexto deu-se a ampliação da Rede de Educação Profissional Tecnológica, com criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. E de outro lado, a implementação, ainda que modestas, das políticas inclusão e de financiamento para assistência estudantil. Internamente nas instituições de ensino, os impactos também estiveram associados à ampliação de grupos de pesquisas, temas de estudos e consolidação de produção de estudos acadêmicos a fim de qualificar o debate público, o planejamento e a avaliação sobre diferentes iniciativas de políticas públicas voltadas à promoção da igualdade e da inclusão de populações negras e indígenas no ensino superior. Qual tem sido o desempenho dos estudantes que entraram na universidade pelo sistema de cotas? Apesar de recorrente, esta pergunta, atualmente, é bastante irrelevante. Vista da perspectiva da gestão universitária das políticas afirmativas, as questões centrais são de outra natureza. Isto porque a análise temporal das ações afirmativas demonstraram – e continuam demonstrando – que a interrogação sobre o desempenho dos estudantes incluídos por cotas estava sempre vinculada ao mito da perda da qualidade das instituições em face das políticas inclusivas. Isto é, uma interrogação que, de algum modo, era uma forma de camuflar um preconceito social em um país desigual e com uma forte base de racismo estrutural. Após 20 anos, temos experiências institucionais muito consolidadas, que tiveram início de 2003 (ano em que a UnB implantou as cotas), e dos 10 anos da Lei de Cotas, se, por um lado, os dados de pesquisa sobre a realidade educacional brasileira reafirmam o persistente caráter elitista ainda fortemente presente no acesso ao ensino superior, por outo lado, também evidenciam que os/ as cotistas vêm obtendo rendimentos similares aos demais estudantes, superando-os/as, inclusive, nos índices de diplomação e nas menores taxas de evasão. Essas pesquisas também revelam que a efetividade dessas políticas pode adquirir repercussões com resultados positivos mais intensos, aumento do financiamento para a gestão do sistema de ensino público, ampliação do corpo docente, incremento em recursos para assistência estudantil e a expansão dos programas de monitorias ou a adoção de projetos pedagógicos inclusivos. Todas estas condições auspiciosas que não vemos presentes em compromissos e iniciativas de responsabilidades governamentais. Em algumas universidades há uma mobilização para incluir mais transgêneros entre os matriculados. O que o senhor acha dessa reivindicação? Compreendo que a preciosidade da liberdade de cátedra e autonomia da universidade nos permitem, constantemente, ressignificar o sentido de universidade democrática e plural. De fato, as políticas de ação afirmativa foram implementadas no âmbito das universidades públicas federais anteriormente a um marco legal. Antes da promulgação da Lei de Cotas, aproximadamente, mais de 50% das universidades federais haviam constituído um modelo de democratização de acesso, com novos perfis de ingressantes, a partir de debate no contexto da comunidade acadêmica e aprovação de resolução própria no Conselho Universitário, instância máxima de decisão em uma

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