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Francisco Cunha Agenda TGI 1

Agenda TGI analisa os prováveis cenários político e econômico para 2023

Evento com palestra do consultor Francisco Cunha volta a acontecer presencialmente, no Teatro Riomar O que esperar para o mundo, o Brasil, Pernambuco e o Recife após dois anos de pandemia é o eixo que guiará as análises do consultor e sócio fundador da TGI Consultoria, Francisco Cunha, durante sua palestra na Agenda TGI - Painel 2023. O evento retorna ao formato presencial, no próximo dia 22 de novembro, a partir das 19h, no Teatro Riomar. "Estaremos em um ano de transição de governos, na Presidência da República e para o Estado, mudanças que trarão grandes desafios aos novos gestores, política e economicamente. O panorama mundial também passa por perspectivas que exigem cuidado, pedindo atenção ainda minuciosa de todos nós", antecipa o consultor Francisco Cunha. As inscrições são gratuitas. Os interessados em participar devem realizá-las através do link agenda.tgi.com.br. APRESENTAÇÃO CULTURAL - Nesta edição da Agenda TGI, haverá pela primeira vez uma apresentação cultural, parte do espetáculo Capiba - Pelas Ruas Eu Vou, musical dirigido por Cecília Brennand em homenagem ao compositor pernambucano, nome maior do Frevo no Brasil. A montagem homenageia, ainda, os 30 anos do projeto Aria Social, idealizador do espetáculo. A Agenda 2023 é realizada pela TGI Consultoria em parceria com a Revista Algomais. Serviço: Agenda TGI - Painel 2023Quando: Dia 22 de novembro de 2022Horário: 19hOnde: Teatro RioMar - Av. República do Líbano, 251, PinaInscrição: agenda.tgi.com.brGratuito

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mel floresta

Sertão sustentável: empresa familiar aposta na produção de mel orgânico

*Por Rafael Dantas Em meio à pandemia, 6 mulheres (mães e filhas) decidiram empreender na fazenda da família em Floresta, no Sertão pernambucano, com uma nova atividade. Após a orientação do Sebrae, a oportunidade que surgiu foi de investir em apicultura. Em menos de um ano, após investimento em capacitação e nas primeiras estruturas para a produção de mel orgânico, saíram do campo os primeiros potes do novo produto. Nascia a Polén Apicultura. “Durante a pandemia passamos mais tempo na fazenda e tivemos a ideia de colocar o negócio, movimentar a fazenda e buscar uma nova renda. Tivemos muito interesse na área e fomos em busca de começar a criação. Nos capacitamos com uma consultoria com a TGI, sobre gestão empresarial, e fui ao Ceará fazer curso com agrônomos para começar a produção”, afirma Maria Luiza Ferraz, que é sócia e responsável pela área técnica do apiário.  A fazenda já possui grandes áreas arborizadas e de mata nativa (Caatinga) perto de açudes e Maria Luiza Ferraz, já cursava Biologia na UFPE, com estudos na área de entomologia agrícola. Das 11 colmeias iniciais, a fazenda foi crescendo e hoje já são 40. Em um ano, a meta das sócias é chegar a 100 colmeias para produção. Nos meses de produção intensiva (entre fevereiro e maio), elas conseguem retirar 100 quilos de mel da fazenda por mês.  “Prezamos sempre pela conservação do bioma e dos animais, nunca retiramos toda a produção, assim mantemos as caixas fortes para se manterem durante os períodos de seca, conservando a flora local, temos uma diversidade de méis que podem vir a ser coletados,como aroeira, quixaba, faveleira e jurema”, afirma a Maria Luiza Ferraz.  Atualmente, a comercialização é via delivery (potes de 750g e 450g, com favo e sem favo), em pedidos feitos no instagram da fazenda (@fazendabompastor.pe). “Vendemos hoje no Recife, Olinda, em Bezerros e Garanhuns. Por enquanto só comercializamos o mel, mas já estamos testando novos produtos, como o própolis e a geleia real. Estamos avançando na produção de mel antes de trabalhar com os produtos derivados. Também estamos pesquisando produtos artesanais, como sabonetes de mel e velas a partir da cera de abelha”, conta Maria Luiza Ferraz. Com o aumento da produção, a empresa familiar pretende também participar de feirinhas orgânicas e de eventos para comercialização dos produtos da Pólen Apicultura. *Por Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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vinhos vale

Vale do São Francisco conquista a primeira Indicação Geográfica de Vinhos Tropicais do mundo

A indicação Geográfica Vale do São Francisco, concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), é a primeira Indicação Geográfica de Vinhos Tropicais do mundo.O reconhecimento deverá beneficiar viticultores e produtores de vinho fino, vinho nobre, espumante natural e vinho moscatel espumante, elaborados pelas vinícolas Adega Bianchetti Tedesco (Bianchetti), Vinum Sancti Benedictus (VSB), Terranova (Miolo), Terroir do São Francisco (Garziera), Vinícola do Vale do São Francisco (Botticelli), Mandacarú (Cereus jamacaru), e as vitivinícolas Quintas de São Braz (São Braz) e Santa Maria/Global Wines (Rio Sol), todas na região do Vale do São Francisco. A indicação era uma demanda histórica do Instituto do Vinho do Vale do São Francisco (Vinhovasf), em parceria com a Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), Embrapa Semiárido e a Embrapa Uva e Vinho. O reconhecimento abrange os municípios de Lagoa Grande, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco; e Casa Nova e Curaçá, na Bahia. A região produz anualmente 7 milhões de litros de vinhos finos que conquistam novos mercados no Brasil e no exterior, além de premiações em concursos nacionais e internacionais.

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amilcar

Grupo Ampliar abre 200 vagas para áreas de saúde e administrativa

O Grupo Ampliar Intervenção Comportamental está ofertando mais de 200 vagas de emprego para atuação na Clínica Multidisciplinar especializada em Análise de Comportamento Aplicada para crianças e adolescentes com atraso no desenvolvimento. As vagas são para as áreas de saúde e administrativa, em cargos efetivos. Oportunidades exigem grau de escolaridade, desde o ensino médio completo e o ensino técnico, até o ensino superior. Os interessados nas vagas devem enviar o currículo para o e-mail trabalheconosco@grupoampliaric.com.br, e informar a função desejada. O processo é aberto para contratação imediata e formação de cadastro de profissionais. O empreendimento será a primeira unidade do Grupo no Recife e vai iniciar suas atividades no mês de dezembro. Entre as vagas disponíveis para a unidade do grupo estão vagas para fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, serviços gerais, auxiliares administrativos, secretárias, seguranças, psicólogos e recepcionistas. O Grupo também está ofertando vagas para estágio na área de psicologia. Para todos os cargos é necessário possuir experiência anterior na função, exceto as oportunidades de estágio. Além disso, o Grupo estará disponibilizando vagas para pessoas com deficiência (PCD). O Grupo Ampliar contará com área total de 1.500 m² e 940 m² de área construída, com mais de 30 salas de atendimento. No local foram investidos R$ 4,5 milhões. A unidade do Grupo Ampliar Intervenção Comportamental ficará localizada na Avenida Antônio de Goés, número 617, bairro do Pina, na Zona Sul do Recife.

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comercio recife rafael dantas

Confiança do varejo alcança melhor patamar desde 2013

A pesquisa sobre a confiança dos empresários do setor do comércio apresentou o melhor índice desde 2013, de acordo com a Fecomércio-PE. Trata-se do sexto mês consecutivo com avanços, alcançando em outubro a marca de 133,1 pontos. Esse índice é superior em 5,8% na comparação com setembro. Pernambuco: Índice de Confiança do Empresário do Comércio, consolidado e componentes (valores em pontos) - outubro/2021 a outubro/2022 Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio PE. A análise dos empresários do varejo sobre a economia brasileira foi o principal impulsionador desse desempenho. Para 59,7% dos varejistas, a situação no semestre atual é melhor que a observada por eles no semestre anterior. Pernambuco: Empresários do comércio segundo a percepção quanto às condições atuais da economia, do setor e da própria empresa, em relação ao semestre anterior Percepção Out/21 Set/22 Out/22 Condições Atuais da Economia Brasileira Melhor 43,6 51,4 59,7 Pior 56,4 48,6 40,3 Condições Atuais do Setor (Comércio) Melhor 60,4 61,5 65,5 Pior 39,6 38,5 34,5 Condições Atuais da Empresa Melhor 61,4 67,9 71,8 Pior 38,6 32,1 28,2 Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio PE. Para o próximo semestre, as expectativas também foram positivas, o que elevou também a intenção de investimentos dos empresários pernambucanos, como apontado nas tabelas abaixo, elaboradas pela Fecomércio-PE. Pernambuco: Empresários do comércio segundo as expectativas para a economia, para o setor e a para própria empresa, no próximo semestre Expectativas Out/21 Set/22 Out/22 Expectativa para a Economia Brasileira Melhorar 82,2 84,6 88,3 Piorar 17,8 15,4 11,7 Expectativa para Setor (Comércio) Melhorar 87,9 88,9 91,8 Piorar 12,1 11,1 8,2 Expectativa para Empresa Melhorar 89,4 93,3 95,7 Piorar 10,6 6,7 4,3 Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio PE. Pernambuco: Empresários do comércio segundo as intenções para a contratação, investimento e estoque nos próximos três meses Expectativas Out/21 Set/22 Out/22 Contratação de Funcionários Aumentar o quadro 75,7 73,9 81,7 Reduzir o quadro 24,3 26,1 18,3 Nível de Investimento Aumentar 51,3 60,2 65,1 Reduzir 48,7 39,8 34,9 Situação Atual dos Estoques Adequada ou acima do adequado 88,4 87,8 86,1 Abaixo do adequado 11,6 12,2 13,9 Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio PE. Entre setembro e outubro, o percentual de empresários que apontam intenção de aumentar o quadro de funcionários passou de 73,9% para 81,7%, demanda que é puxada pela expectativa de movimentação no comércio em função das festividades no último trimestre. aintenção de investir diretamente na infraestrutura dos estabelecimentos avançou de 60,2% em setembro para 65,1% em outubro, contra 51,3% no mesmo mês do ano anterior, a despeito da manutenção de uma taxa básica de juros projetada em 13,75% a.a. Nesse sentido, é importante ressaltar que essa intenção é possivelmente impulsionada pela expectativa de um ambiente de negócios melhor nos próximos meses por parte dos empresários. Entre os aspectos que podem explicar esse otimismo, aponta-se a perspectiva de que o próximo governo venha a manter o atual valor do Auxílio Brasil, uma vez que as medidas de suporte à renda têm impacto relevante na economia da região como um todo.

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Paulo Camara durante solenidade de anuncio de retomada da Dragagem do Porto de Suape

Governo do Estado firma acordo para conclusão das obras de dragagem de Suape

O governador Paulo Câmara anunciou hoje (4) que serão concluídas as obras de dragagem do Porto de Suape. O investimento permitirá a atracação de embarcações de grande porte, como navios petroleiros, e tornando o local mais atrativo para o mercado internacional. A iniciativa foi viabilizada a partir de um acordo com a holandesa Royal Van Oord, que será responsável pela dragagem dos seis quilômetros do canal principal do atracadouro para aprofundamento de 20 metros em toda sua extensão. O custo das obras será de R$ 140 milhões. As tratativas, iniciadas em outubro de 2021, resultaram num acordo benéfico para ambas as partes, pondo fim a um imbróglio jurídico de quase uma década com a companhia europeia, vencedora do certame, na época. A intervenção, paralisada desde 2013, será executada por meio de um navio-draga de última geração, permitindo a remoção de sedimentos e rochas. A condição para o fechamento do acordo internacional foi possível com a concordância da empresa em retirar as ações movidas no exterior, enquanto o Estado se comprometeu a quitar o valor histórico com deságio. No total, o montante a ser pago pelo Governo de Pernambuco somava cerca de R$ 782 milhões.  (Foto: Hélia Scheppa/SEI)

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Feijão de Azeite: com dendê e arte.

*Por Raul Lody É comum dizer: “vou fazer feijão”. E com essa intimidade, localiza-se o que é “fazer feijão”.  Pois feijão é um símbolo da casa, da cozinha, do cotidiano. Uma comida que está na grande maioria das mesas brasileiras. Então detalhamentos de um imaginário que individualiza qual é o tipo de feijão e a sua receita culinária. E assim posso fazer feijão magro; fazer feijão de leite, diga-se ao leite de coco; feijão de azeite, e com essa característica já se sabe, no caso dos baianos, que o feijão é do tipo fradinho e temperado com azeite de dendê. Assim o feijão de azeite faz a base dos cardápios para as outras receitas com dendê, o mesmo ocorrendo com a farofa de dendê. Dessa maneira retoma-se a harmonização feijão e farinha de mandioca .Essa opção de se comer é a opção mais geral e nacional que encontramos na união do feijão e da farinha, diga-se feijões e farinhas de muitos e diferentes tipos, cores, formas e  sabores . As comidas “de azeite” integram receitas de carnes, peixes, aves, legumes, todas celebradas no dendê, que também é chamado de “azeite de cheiro”. O de oliva chama-se de “azeite doce”, também um ingrediente tradicional destas mesas reinventadas na matriz africana que compõe com a mesa ibérica e mediterrânea. A mão africana misturou o leite de coco ao dendê, ao azeite de oliva, também pela África Magrebe, e assim nascem diferentes sabores afrodescendentes.  Como também nas interpretações das pimentas frescas e secas, e outros temperos como, por exemplo, cominho, urucum; “egussí”, que é a semente da abóbora ou da melancia, torrada e salgada, usada para destacar o cheiro, a cor e o gosto das comidas. Embora o feijão de azeite esteja presente na tradição da mesa baiana, no clássico “A arte culinária da Bahia” (1928), de Manuel Querino, os pratos com feijão apresentados pelo autor, que viveu e realizou suas etnografias, século XIX,  na cidade do São Salvador, são  os da feijoada e do feijão de leite.Não citando  a  receita   que se conhece por feijão de azeite.  . Como acontece com a maioria dos pratos “de azeite”, há uma presença marcante do camarão defumado, e certamente do molho de pimenta fresca para aguçar os sabores.  A mistura do feijão fradinho com o camarão defumado está no abará, por exemplo, e que se complementa na pimenta e no dendê. Também pode-se ver o acarajé como uma elaboração do feijão e do dendê. E ainda com dendê os recheios do vatapá de acarajé, diferente do vatapá de mesa, do camarão defumado refogado e no próprio molho do acarajé . Então para se fazer o feijão de azeite segue-se um roteiro que começa com o  feijão fradinho que é bem cozido e na sequencia vai para o refogado, sem o caldo; e, na receita tradicional, são acrescentados: camarão defumado, cebola, coentro, dendê, sal. Ainda deste processo culinário de se fazer o feijão de azeite, a água do cozimento, que é a água escorrida do feijão fradinho, poderá ser a base de um tipo de sopa que é complementada com legumes, carne “verde” ou fresca geralmente de boi, algum embutido entre outros ingredientes.  A partir da receita do feijão de azeite, há uma receita de amplo uso ritual religioso chamada de omolocum, que é uma das comidas preferidas   do Orixá Oxum. O feijão é muito cozido e refogado com cebola, camarão defumado e dendê.Quando esta etapa está realizada este feijão é colocado em um utensílio de louça onde  são acrescentados ovos cozidos inteiros , pois o prato com estas características  assume seu conceito estético,  e assim segue para o seu uso  sagrado.    O feijão é tanto uma comida consagrada do dia a dia, e o feijão é também uma comida da festa e é ainda a base de muitas receitas rituais, fazendo com que  o nosso paladar  busque no feijão uma notável referência do sabor brasileiro. *RAUL LODY é antropólogo

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imobiliaria digital

eXp, imobiliária com atuação no metaverso, promove evento em Recife

A imobiliária digital eXp realiza pela primeira vez no Brasil o Road Show, evento voltado para os corretores de imóveis com o intuito de apresentar sua atuação inovadora enquanto imobiliária imersiva no metaverso. Na ocasião, os profissionais conhecerão os benefícios de operar remotamente com todo o suporte e infraestrutura necessários fornecidos no ambiente digital. O evento será realizado no Mar Hotel Conventions, , no dia 9, das 18 horas às 22 horas.  O evento irá contar com a participação de profissionais experientes e reconhecidos no mercado imobiliário como  Claudio Hermolin, Country Manager da eXp no Brasil e Rodrigo Werneck, CEO da Cupola, a maior agência de marketing imobiliário do Brasil.  Serviço: Recife Local: Mar Hotel Conventions - 451 Rua Barão de Souza Leão Boa Viagem, PE 51030-300 Horário: das 18 horas às 22 horas Valor: Gratuito - inscrição prévia obrigatória Público: Agentes imobiliários e corretores Inscrições e mais informações no site.

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marcelo bandeira ntu

"Nosso grande desafio é garantir a prioridade do transporte público no sistema viário e nas políticas públicas"

Mudanças tecnológicas e de gestão deverão transformar a forma como nos deslocamos nas cidades nos próximos anos. Uma grande transformação que está no radar é a eletrificação dos veículos. Porém, a inversão de prioridade da mobilidade urbana, priorizando o transporte público em detrimento do privado, é o grande desafio do atual momento, na análise de Marcelo Bandeira, Conselheiro de inovação na NTU, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos. Nesta entrevista concedida ao jornalista Rafael Dantas, ele fala ainda sobre o que é tendência para os sistemas de ônibus e defendeu a importância do Marco Regulatório para o setor. Quais as principais tendências para a mobilidade urbana, na sua opinião, para a próxima década? O transporte público terá um maior protagonismo? Primeiramente, destaco um ponto que não é só uma tendência, mas um direcionamento indispensável para que possamos promover as mudanças que as nossas cidades e os nossos sistemas de mobilidade precisam: o alinhamento do planejamento urbano com o planejamento da mobilidade. Nesse sentido, esperamos a adoção de estratégias de Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável, promovendo adensamento em áreas dotadas de infraestrutura de transporte, contendo o espraiamento urbano, criando novos núcleos e reduzindo a necessidade de deslocamentos para acesso aos serviços e às oportunidades das cidades. Podemos antecipar que a incorporação de novas tecnologias impactará sensivelmente o transporte e a mobilidade das pessoas. Esses avanços permitirão maior flexibilidade na prestação do serviço, facilitando o acesso e integrações entre os diversos modais, subsidiarão o planejamento da operação do transporte, reduzirão o impacto ambiental e promoverão alterações na forma como o serviço é prestado. Outra tendência clara que podemos observar é a busca por maior eficiência energética e a descarbonização do transporte. Certamente essa discussão será aprofundada ao longo da próxima década. Novas tecnologias devem ser discutidas e o debate irá bem além da eletrificação da frota, devendo ter como norte as necessidades do cliente. Também esperamos que se consolide a inversão das prioridades nos sistemas de mobilidade e nos centro urbanos. Que os investimentos e atenção dos governos de fato migrem do transporte individual motorizado para a mobilidade ativa e para o transporte público. Os meios coletivos e não motorizados devem ser protagonistas na transformação dos meios urbanos e são o caminho para a construção de cidades mais justas, equilibradas e sustentáveis. Quais as principais transformações que estão no radar no transporte de ônibus? Além das mudanças suscitadas pelas tendências citadas anteriormente, há a expectativa da criação de um Marco Regulatório para o transporte público. Esse é um passo fundamental que ajudará a construir um ambiente propício para as demais transformações. Não se trata apenas da atualização da legislação que ampara o setor, mas da garantia que o transporte público seja efetivamente exercido como um direito social, que o transporte coletivo tenha prioridade sobre o transporte individual motorizado e que o poder público e empresas operadoras encontrem a segurança necessária para a oferta de um serviço de qualidade e sustentável. Na esteira dessa discussão, outra transformação extremamente relevante serão as alterações nos modelos de financiamento do transporte público. Esse tema está em discussão em praticamente todos os sistemas de transporte do país atualmente e as conclusões apontam para a adoção de fontes extratarifárias para ajudar a custear o transporte público, especialmente aquelas que se originam na propriedade e uso do transporte individual motorizado. Deve também ser destacado que nunca geramos e tivemos acesso a tantas informações como atualmente. Sinto que ainda estamos engatinhando diante do potencial de uso de Big Data no planejamento da operação e no desenho do serviço. Quais os principais desafios para aumentar a qualidade do transporte público atualmente, como a redução da lotação, a maior oferta de viagens e a redução do tempo de deslocamento? Primeiramente, garantir a prioridade do transporte público no sistema viário e nas políticas públicas. Os ônibus são responsáveis por 72% dos deslocamentos para trabalho e 55% para educação na Região Metropolitana do Recife, mas continuam presos nos engarrafamentos. Tanto é que a regularidade é a principal preocupação dos nossos clientes, segundo apontam as pesquisas. Precisamos reduzir os tempos de deslocamento da população e a solução é conhecida: a implantação de faixas e corredores exclusivos para o transporte público. O tempo de viagem chegou a ser reduzido pela metade em corredores que foram beneficiados com as faixas azuis. Também precisamos de um modelo de financiamento adequado, que permita um serviço de qualidade e não sobrecarregue a tarifa paga pelos passageiros. As opções para financiamento são diversas e já bem conhecidas. Basta olhar para os sistemas de transporte de referência mundo afora para entender como essa equação foi solucionada. Como já dissemos, o transporte individual motorizado deve contribuir para a qualificação do transporte público, mas há também outras alternativas que também podem ser adotadas. Por fim, precisamos estabelecer um ambiente de segurança jurídica e contratual para promover e atrair os investimentos para a qualificação do transporte. Que inovações tecnológicas importantes o setor tem atravessado? O setor tem se apropriado bem dos avanços tecnológicos recentes e os resultados já são sensíveis. Em 2023 adotaremos um novo padrão para a frota, com motores Euro 6, que reduzem mais de 95% das emissões de material particulado e oferecem maior conforto aos passageiros. Teremos também o avanço da eletromobilidade e dos veículos híbridos, que demandarão discussões aprofundadas, para além da mera mudança da matriz energética. No monitoramento da operação, novas tecnologias embarcadas vêm permitindo melhor controle e maior segurança, reduzindo custos e a emissão de poluentes. Em termos de planejamento, temos gerado mais informações e com maior precisão sobre a operação. E as novas tecnologias permitirão serviços mais flexíveis, como redes dinâmicas e serviços sob demanda. A bilhetagem eletrônica foi certamente um dos campos que mais evoluiu nos últimos anos. A tecnologia permitiu a ampliação dos canais de venda e a adoção de novos meios de pagamento. Hoje é possível comprar créditos para o cartão VEM pelo WhatsApp ou Instagram e receber a recarga nos validadores dos ônibus em até 10 minutos. Também avançamos bastante em

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HUB ODS do Pacto Global da ONU é lançado em Pernambuco

No intuito de atrair o empresariado pernambucano para a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o HUB ODS Pernambuco, que é uma iniciativa do Pacto Global da ONU no Brasil, será lançado oficialmente no próximo dia 04 de novembro, no restaurante Mingus. A ideia é reunir os empresários para se tornarem membro do HUB ODS e se engajarem com as metas criadas pela ONU.

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