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A importância da Educação global 

*Por Eduardo Carvalho, Harvard University/IPERID Fellow, Autor do livro Educação Cidadã Global  Globalização é um fato. Vivemos num mundo interconectado em que as decisões tomadas num lugar podem impactar quem vive no outro extremo do planeta, no curto e/ou longo prazo. Os desafios enfrentados por organizações, cidades e países requerem cada vez mais conhecimento e cooperação internacional. Nesse cenário, temos que repensar o currículo, os planos de aula e as estratégias pedagógicas, com enfoque em competências globais, especialmente pensar o mundo em que estamos inseridos e formar crianças e jovens capazes de entender os desafios globais e locais, se preocupar com eles e adquirir as habilidades para enfrentá-los. É a missão mais importante que professores e gestores escolares precisam abraçar. Requer educação global, conceituada como:  Desenvolver a capacidade de entender o mundo, respeitá-lo e atuar para mudá-lo para melhor, seja como cidadão, líder ou empreendedor.   É uma abordagem para orientar como os alunos aprendem e os professores ensinam, com o propósito de impactar positivamente a sociedade com ações e decisões. Pode envolver adições ao currículo, mas, primeiro, compreende examinar e revisar o currículo, a pedagogia e a organização escolar existentes. Trata-se de um processo no qual os alunos compreendem as áreas de conhecimento, os modelos de pensamento por meio de disciplinas integradas, desenvolvem habilidades, para aprender a solucionar problemas. Nesse processo o aluno torna-se capaz de sintetizar o conhecimento de várias disciplinas a fim de desenvolver processos para enxergar o problema. Capacita-se para entender as causas, os impactos e busca aprendizados além das fronteiras para colaborativamente, encontrar soluções inovadoras. Para alcançar esse objetivo se faz necessário que gestores e professores participem de rede global de conhecimento, aprendam com organizações de classe mundial e pesquisem melhores práticas e as adapte às suas realidades.  A educação global é um conjunto de propósitos claros que podem ajudar a alinhar o currículo com questões, desafios e oportunidades do mundo real. Como tal, é uma maneira de ajudar professores e alunos a entender a relação entre o que é aprendido na escola e o mundo fora da escola. Inclui vários domínios específicos, como educação para sustentabilidade, compreensão dos assuntos globais, compreensão do processo de globalização e interdependência global, desenvolvimento da competência intercultural, promoção do engajamento cívico, direitos humanos e educação para a paz. As ciências e as humanidades são os fundamentos disciplinares da educação global, pois não há como entender o mundo sem o conhecimento, as habilidades e as disposições que resultam de aprender a pensar como os cientistas fazem ou raciocinar como os humanistas. O programa considera também à estrutura ética refletida na Declaração Universal dos Direitos Humanos e ao objetivo específico de contribuir para enfrentar e resolver os riscos prementes do mundo, como os definidos pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os dezessete objetivos estão enraizados em várias disciplinas focadas no desenvolvimento humano e social. Representam um desafio o desenvolvimento e progresso social, enfatizando a interdependência da inclusão, justiça social, paz e sustentabilidade.  Um tópico essencialmente global é a mudança climática. A competência global deve permitir que as pessoas entendam as mudanças climáticas, se adaptem para mitigar seu impacto. A Educação sobre Mudanças Climática  foca em preparar as pessoas para cultivar meios mais sustentáveis de se relacionar com o planeta. Abrange a preparação para adotar práticas que são conhecidas por serem sustentáveis, por exemplo, retardar o crescimento populacional, consumir uma dieta com uma pegada de carbono menor ou usar energias renováveis. Essas práticas podem ser individuais nas escolhas que se faz para o próprio consumo e estilo de vida, ou podem ser coletivas, o resultado de escolhas quando se participa do processo democrático em vários níveis de governo.   Como exemplo de programa de Educação Global, Fernando Reimers, professor da Harvard Graduate School of Education, criou o currículo World Course, implantado inicialmente na escola Avenues em New York, da educação infantil ao ensino médio.   Currículo que incorporou princípios e estruturas específicos. Não trata apenas de informar questões globais aos alunos, mas também em desenvolver (i) as habilidades para colocar esse conhecimento em uso e (ii) as atitudes para inspirar a ações significativas. Essa combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes é resumida no conceito “competência global”. A Asia Society e a OCDE consideram quatro aspectos-chave da competência global (1) investigar o mundo além de seu ambiente imediato, examinando questões de significado local, global e cultural; (2) reconhecer, entender e apreciar as perspectivas e visões de mundo dos outros; (3) comunicar ideias efetivamente com públicos diversos, envolvendo-se em interações abertas, apropriadas e eficazes entre culturas; e (4) agir para o bem-estar coletivo e o desenvolvimento sustentável, tanto local quanto globalmente.   Um programa eficaz de educação global não é o resultado de uma série de experiências isoladas em vários silos curriculares, mas o resultado de oportunidades de aprendizagem coerentes e integradas que podem ajudar o aluno a entender a relação entre o que aprende em várias séries e disciplinas a serviço da compreensão do mundo e de ser capaz de agir para melhorá-lo. Como tal, uma educação global ajuda o aluno a pensar sobre a complexidade e entender os sistemas que sustentam as questões globais e a interdependência global, conscientizando-o sobre o senso dos direitos e das responsabilidades nas comunidades local, nacional e global, com o propósito de realizar o bem comum. É fundamental que ocorra desde criança.  A formação torna o jovem apto a viver e trabalhar numa sociedade global. É essencial que as instituições educacionais se comprometam com a abordagem. 

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A magia da caravana do Papai Noel chegou ao Marco Zero

Evento da Coca-Cola leva encantamento natalino ao Recife com shows, luzes e atrações para toda a família A tradicional Caravana do Papai Noel da Coca-Cola trouxe um brilho especial ao Marco Zero, no Bairro do Recife, neste domingo (15). O evento, que integra o Ciclo Natalino do Recife, atraiu uma multidão para conferir a magia do Natal em uma noite repleta de luzes, apresentações culturais e a passagem dos caminhões iluminados com o Papai Noel. A celebração contou com a presença do prefeito João Campos, que destacou a importância da parceria com patrocinadores para realizar eventos inclusivos e gratuitos: "Promover um Natal bonito e gratuito para todos e todas é algo que nos enche de alegria”, afirmou. Entre as atrações no Marco Zero, os destaques ficaram por conta das apresentações da Orquestra Plural, Boi Faceiro, Pastoril UR-3 do Ibura e Orquestra Riviera do Recife. A campanha de Natal da Coca-Cola 2024, intitulada "Desperte o Papai Noel que há em você", reforça a conexão entre tradição e inovação. Após passar pelo Marco Zero, a caravana seguiu para outros pontos icônicos, como o Palácio Campo das Princesas, Lagoa do Araçá e Monte dos Guararapes, levando encantamento a diferentes públicos. Silvana Santos, moradora de Casa Amarela, participou do evento com os filhos e elogiou a experiência: “Todos os anos eu trago meus filhos para ver como ficou a decoração de Natal aqui do bairro do Recife. Mas este ano viemos principalmente ver os caminhões. Era um desejo do meu filho e viemos conferir”. O Ciclo Natalino do Recife, que começou no dia 1º de dezembro, segue até 6 de janeiro, encerrando-se com a Queima da Lapinha. Além dos shows, a cidade foi decorada com cinco milhões de luzes, incluindo a imponente árvore de 45 metros na Avenida Agamenon Magalhães e túneis iluminados na Avenida Rio Branco, que também abriga uma vila cenográfica e um espaço dedicado para fotos com o Papai Noel.

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Principais ameaças cibernéticas para 2025: IA, IoT e cadeias de suprimentos

CEO da TrueSec destaca a sofisticação dos ataques e a necessidade de proteção proativa. Foto: Freepik A segurança cibernética enfrentará desafios ainda mais complexos em 2025, com destaque para ataques baseados em inteligência artificial (IA), dispositivos IoT e cadeias de suprimentos. De acordo com Alberto Oliveira, CEO da TrueSec, a evolução tecnológica impulsiona cibercriminosos a explorar novas vulnerabilidades, tornando ataques cada vez mais sofisticados. “IA, ataques à cadeia de suprimentos e dispositivos IoT como as tendências mais preocupantes para a segurança cibernética nos próximos anos. A sofisticação dos ciberataques, como os impulsionados pela IA, torna o reconhecimento e a resposta cada vez mais difíceis”, afirma o especialista. Um estudo da Keeper Security revelou que 51% dos líderes de segurança apontam a IA como a principal ameaça, enquanto 35% admitem não estarem preparados para enfrentá-la. Ferramentas de IA generativa têm sido usadas para criar phishing altamente personalizado e enganosamente realista. “Com o refinamento dos ataques, o phishing ainda tende a se espalhar por canais diversos, além dos tradicionais e-mails, como mensagens instantâneas e até telefonemas automatizados via IA”, destaca Oliveira. Essa estratégia aumenta a taxa de sucesso de cibercriminosos, dificultando a identificação de fraudes. Outro ponto crítico são os ataques às cadeias de suprimentos, que exploram fragilidades de fornecedores e parceiros para atingir empresas. “A previsão é que mais cadeias de suprimentos digitais sejam comprometidas, com hackers cada vez mais focados em vulnerabilidades não diretamente controladas pela empresa”, alerta Oliveira. Exemplos como o da National Public Data, nos EUA, que declarou falência após um ataque cibernético, evidenciam as graves consequências desses crimes. O crescimento do uso de dispositivos IoT também abre novas portas para invasões cibernéticas. Estudos da Gartner indicam que até 2025, 25% dos ataques a empresas envolverão dispositivos IoT. “Dispositivos inteligentes, como assistentes virtuais e monitores de bebê, podem ser infectados, permitindo o roubo de dados e até mesmo monitoramento invasivo”, explica Oliveira. Ele reforça que soluções como monitoramento contínuo, capacitação de equipes e estratégias de acesso de confiança zero (ZTNA) são fundamentais para proteger empresas contra essas ameaças emergentes.

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Brasil tem 95 milhões de hectares prontos para restauração e preservação

Estudo aponta áreas com vegetação nativa e déficits ambientais que aguardam ações de conservação O Brasil conta com 95 milhões de hectares que precisam de iniciativas de preservação e restauração ambiental, segundo o 3º Panorama do Código Florestal, realizado pela UFMG. Desses, 74 milhões de hectares são vegetações nativas em propriedades rurais que superam as exigências legais e podem gerar renda aos proprietários por meio de pagamentos por serviços ambientais. Outros 21 milhões de hectares, desmatados além do permitido, aguardam ações de recuperação para atender ao Código Florestal. “Se a propriedade tem percentual acima do que é exigido pela lei, o próprio Código Florestal estabelece a possibilidade de emitir uma cota de reserva ambiental, que seria o lastro para que se tenha pagamentos por serviços ambientais ou mercados de ativos florestais”, explica Felipe Nunes, pesquisador da UFMG. Ele também destaca que esses pagamentos podem ser feitos por governos ou iniciativas privadas, garantindo remuneração para quem mantém a floresta em pé. Apesar das oportunidades, o estudo também expõe irregularidades no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Mais de 200 mil imóveis foram registrados em áreas protegidas, como terras indígenas, unidades de conservação e terras públicas sem destinação. A Amazônia Legal é a região mais crítica, com 18,3% de sobreposições registradas. Para Felipe Nunes, “o sistema precisa remover do cadastro todos os registros irregulares. O maior ativo brasileiro é o seu ativo florestal, e o Brasil pode liderar uma agenda mundial de pagamento por serviços ambientais e restauração em larga escala”. A revisão do Código Florestal, em 2012, também trouxe desafios para proprietários que precisam restaurar ou compensar áreas desmatadas até 2008. Esse esforço, se bem monitorado, pode alavancar o Brasil como líder global em sustentabilidade agroambiental, aliando preservação florestal e produtividade agrícola.

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Algomais vence Prêmio Fiepe de Jornalismo com série "Pernambuco em Perspectiva"

A Revista Algomais voltou a vencer o Prêmio Fiepe de Jornalismo, desta vez com a série de reportagens "Pernambuco em Perspectiva", assinada pelo repórter Rafael Dantas, na categoria de texto impresso. A premiação reconheceu também trabalhos da TV Globo, na categoria vídeo, da CBN Recife, na categoria rádio, e do Leia Já, na categoria internet. O Prêmio Fiepe de Jornalismo reconhece incentiva a publicação de reportagens que destacam a visibilidade do setor industrial no Estado. A série de reportagem Pernambuco em Perspectiva aponta os desafios do Estado de redesenhar um planejamento de longo prazo, considerando os desafios do século 21. As reportagens podem ser conferidas no link Pernambuco em Perspectiva. Ainda em 2024, a Algomais venceu ainda o Prêmio Sebrae de Jornalismo, em Pernambuco, e foi finalista do Prêmio Urbana-PE.

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Pobreza e extrema pobreza atingem menor nível no Brasil desde 2012

Avanços no mercado de trabalho e programas sociais impulsionam a redução, aponta IBGE A pobreza e a extrema pobreza no Brasil atingiram, em 2023, os menores índices registrados pela Síntese de Indicadores Sociais do IBGE desde 2012. O número de brasileiros vivendo na extrema pobreza caiu para 9,5 milhões, o equivalente a 4,4% da população, enquanto 58,9 milhões enfrentavam condições de pobreza, representando 27,4%. Esses avanços foram impulsionados pela recuperação do mercado de trabalho e pela ampliação de benefícios sociais, como o Bolsa Família, que aumentou os valores médios pagos aos beneficiários. No Nordeste, no entanto, os índices permanecem alarmantes: 9,1% da população vive na extrema pobreza, mais que o dobro da média nacional. Já no Sul, a situação é menos grave, com apenas 1,7% nesse patamar. Segundo o pesquisador do IBGE Bruno Mandelli Perez, o impacto dos programas sociais é particularmente importante na extrema pobreza. “Tanto o mercado de trabalho quanto benefícios de programas sociais são importantes para explicar a redução na pobreza, mas o mercado de trabalho é mais importante no caso da pobreza; e os benefícios de programas sociais, na extrema pobreza.” A pesquisa também aponta disparidades entre diferentes grupos da população. Mulheres, negros e jovens enfrentam as maiores taxas de pobreza e extrema pobreza. Entre os jovens até 15 anos, quase metade (44,8%) vive em pobreza monetária. Apesar dos avanços, simulações do IBGE indicam que, sem os programas de transferência de renda, a extrema pobreza subiria para 11,2%, e a pobreza alcançaria 32,4%.

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Duas reportagens da Revista Algomais estão na final do Prêmio Fiepe de Jornalismo 2024

A segunda edição do Prêmio Fiepe de Jornalismo indicou duas reportagens da Revista Algomais entre as finalistas. Os trabalhos "Desafios do Polo Gesseiro" e "Pernambuco em Perspectiva", ambas do repórter Rafael Dantas, concorrem neste ano. O Prêmio Fiepe de Jornalismo, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), tem como objetivo valorizar produções jornalísticas que ampliem a visibilidade do setor industrial pernambucano. A premiação também destaca iniciativas que promovam a conexão entre a indústria, a sociedade e suas demandas coletivas. A Algomais foi uma das vencedoras da primeira edição do prêmio, no ano passado. Os finalistas do Prêmio Fiepe de Jornalismo, divididos por categoria, trazem produções de destaque. Na categoria Internet, concorrem Angela Fernanda Belfort de Araújo, do Portal Movimento Econômico, com “O impacto das eólicas foi desigual para os nordestinos do semiárido”; Everton Joanes de Freitas, do G1 Caruaru e Região, com “Do Agreste para o mundo: empreendedores lucram com peças de artesanato no interior de PE”; e Jorge Cosme da Silva Neto, do LeiaJá, com “A vida dos catadores após o fim do lixão de Camaragibe, o último do Grande Recife”. Na categoria Impresso, estão Maysa Helena de Lira Sena, da Revista Folha Energia, publicada pela Folha de Pernambuco; e Rafael Dantas, da Revista Algomais, com duas matérias finalistas: “Desafios do Polo Gesseiro” e “Pernambuco em Perspectiva”. Já em Videojornalismo, os finalistas são Beatriz de Castro Serra, da TV Globo, com “TEC PE – Inclusão Digital”; Caíque Luiz Batista de Paula, também da TV Globo, com “CONEXÃO + Verde – Mudanças Climáticas”; Luna Esther Markman Loureiro, da TV Globo, com “CONEXÃO + Verde – Preservação do mar”; e Mônica Andrade da Silveira, também da TV Globo, com a série especial “Inteligência Artificial”. Na categoria Radiojornalismo, concorrem Antônio Marcos de Azevedo, da CBN Caruaru, com “O Comércio de bairro e o impacto econômico dos pequenos negócios no Agreste de Pernambuco”; Magno Wendel de Lima, do Jornal BN Caruaru, com “Moda do Agreste para o Mundo – A exportação das indústrias de confecção de Pernambuco”; e Maria de Lurdes Luna de Melo, da Rádio CBN Recife, com “Costurando Caminhos”. A cerimônia de premiação será realizada amanha (5), na Casa da Indústria.

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Agenda TGI 2025 discute caminhos para enfrentar a Era da Escassez

Francisco Cunha e Fábio Menezes analisaram, na Agenda TGI, a carência de tolerância política, de recursos para preparar o mundo para as mudanças climáticas e de planejamento para lidar com as transformações tecnológicas: Também apontaram as soluções para enfrentar esse cenário em 2025. Fotos: Tom Cabral *Por Rafael Dantas A falta de tolerância política, a privação de recursos para preparar o mundo para as mudanças climáticas e a ausência de planejamento para lidar com as transformações tecnológicas são apenas alguns dos sintomas da era da escassez que vivemos. Há muitas outras lacunas, destacadas pela Agenda TGI 2025, diante dos imensos desafios do planeta, do Brasil, de Pernambuco e do Recife. O evento, realizado pela TGI e pela Revista Algomais, com patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil e do Governo Federal, trouxe uma análise do cenário crítico atual e fez projeções para 2025. A agenda ambiental, antes relegada aos especialistas do assunto, tornou-se uma peça central para compreender essa era da escassez. Ao extrapolar os limites planetários, a humanidade tem enfrentado problemas como a redução dos recursos hídricos, a extinção de espécies e a devastação de ecossistemas que resultam em tragédias com frequência cada vez maior. Calamidades muitas vezes provocadas pelo homem, mas diretamente relacionadas às mudanças climáticas. A tensão entre o desenvolvimentismo econômico e a pauta da sustentabilidade, diante de catástrofes como a vivida pelo Rio Grande do Sul neste ano, impõe uma reversão histórica de prioridades na agenda política. Essa percepção atravessou diversas considerações dos consultores e sócios da TGI Consultoria, Francisco Cunha e Fábio Menezes, que conduziram as palestras do encontro, o maior evento empresarial de final de ano no Estado. Em Pernambuco, a falta de recursos hídricos e o aumento das temperaturas são sintomas preocupantes para o interior do Estado, que já têm 90% do seu território dentro da região semiárida. Enquanto isso, a capital sofre pelo inverso, a elevação do nível do mar e os episódios extremos de chuvas são ameaças à cidade que anos atrás já foi apontada como a 16ª mais vulnerável ao fenômeno do aquecimento global. Essa realidade impôs ao planeta a valorização dos “créditos de carbono”. A partir deles, projetos que diminuem as emissões de gases de efeito estufa ou captam CO2 da atmosfera, geram bilhões de dólares por ano. “Queimar florestas é queimar dinheiro. Na visão clássica antiga, o ser humano tirava um recurso da natureza que não tinha nenhum valor. A partir disso transformava e se estabelecia um valor. Agora, não dá mais para ser assim, o valor vai ser estabelecido a partir do que a natureza nos fornece. Ela nos dá dinheiro, dá crédito de carbono. Isso pode se transformar em margem de lucro”, afirmou Fábio Menezes. As resistências para não reconhecer essa mudança de perspectiva sobre a preservação ambiental é um dos grandes desafios contemporâneos. Francisco Cunha elencou fatores como o negacionismo climático (que minimiza o impacto da ação humana e dos combustíveis fósseis na crise), a postergação das metas e mesmo o discurso de que já é tarde demais para fazer algo (o doomismo) dificultam a transição do desenvolvimento global para a adoção de modelos mais sustentáveis. Uma pauta de grande peso para Pernambuco e para o Recife, devido às extremas vulnerabilidades ambientais que enfrentam. FALTA DINHEIRO PARA O GOVERNO E PARA AS FAMÍLIAS A mudança da matriz energética e a preparação das cidades para se tornarem mais resilientes são duas metas que por si já demandam muitos recursos. Além disso, há desafios infraestruturais e sociais históricos, como a desigualdade, que não foram ainda superados pelo Brasil e também exigem vultosos recursos financeiros. “Uma escassez que enfrentamos está relacionada à crise fiscal estrutural que o País vive. Falta dinheiro. Somos um País que tem carências enormes e obrigações sociais muito explícitas, sobra muito pouco dinheiro para fazer investimento para infraestrutura e serviços de modo geral. Por causa dessa fragilidade fiscal, os juros tendem a ser altos, o que ‘come’ parte do dinheiro disponível”, afirmou Francisco Cunha. “O mercado está sempre pressionando para que o Governo sinalize que a dívida pública não vá explodir, pois há um grande receio de que o País não pague suas obrigações”. Esse cenário foi duramente agravado com a pandemia da Covid-19. O enfrentamento à crise sanitária fragilizou ainda mais as contas públicas e acentuou os problemas de ordem social. A queda de renda das famílias durante os últimos anos foi apontado como um dos fatores que levam a uma percepção negativa da economia, mesmo os macroindicadores estando acima das expectativas do mercado. Apesar de o Brasil ter um crescimento do PIB (produto interno bruto) acima do que era esperado por três anos seguidos, ter conseguido controlar a inflação e atingir recordes de redução do desemprego, as famílias não são capazes de perceber esse cenário nas suas vidas cotidianas. Essa realidade é muito semelhante à vivida nos Estados Unidos, que elegeu com sobra o ex- -presidente republicano Donald Trump, apesar dos indicadores positivos da gestão dos Democratas nos últimos quatro anos. A célebre frase It's the economy, stupid (É a economia, idiota) criada em 1992 por James Carville, estrategista da campanha do ex-presidente norte-americano Bill Clinton, passou a não responder de maneira completa a direção do voto eleitoral. Durante o evento, Fábio Menezes mencionou que apesar dos avanços econômicos atuais, o déficit deixado pela crise durante a pandemia ainda pesa duramente na realidade das famílias. Em outras palavras, a queda da massa salarial durante a pandemia, seja pelo desemprego ou pela inflação, não teria sido recuperada pelos trabalhadores. Uma realidade que gera até hoje uma insuficiência do poder de consumo, que excluiu da classe média parcelas gigantes da população brasileira e mundial. “ A impressão é que o controle da inflação chegou muito tarde. A estimativa é que os preços subiram na pandemia em torno de 20% e a renda subiu menos de 4,5% nos Estados Unidos. Significa que as pessoas não estão conseguindo manter o padrão de vida. O que parece é que não se trata da economia dos dados

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Recife recebe edição especial do TEDx com foco em educação e inovação

Evento discute o papel da educação no futuro das cidades, com apoio da Prefeitura do Recife. Foto: Mission College Na próxima sexta-feira (6), o Recife será palco do TEDx Boa Viagem ED, uma edição especial que explora as conexões entre educação e inovação. O evento acontece na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, das 9h às 13h, reunindo especialistas, educadores e lideranças em um debate sobre como a educação pode transformar vidas e impulsionar o desenvolvimento urbano. Com apoio principal da Prefeitura do Recife, a iniciativa reforça a estratégia municipal de colocar a educação no centro das políticas públicas, promovendo inclusão, geração de oportunidades e renda. As discussões serão divididas em cinco eixos temáticos, com abertura do prefeito João Campos, no eixo “A Cidade que Cuida da Educação”. Nomes como o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Figueiredo, e a Educadora do Ano 2023, Eukennya Araújo, trarão perspectivas sobre inovação no ensino e inclusão. Destaque também para Giovanna Machado, idealizadora do projeto Futuras Cientistas, que encerrará o evento com reflexões sobre diversidade e acessibilidade na educação. O TEDx Boa Viagem ED terá um público restrito a 100 convidados, mas as palestras estarão disponíveis gratuitamente no canal de YouTube do TEDx, permitindo que mais pessoas tenham acesso às “ideias que merecem ser espalhadas”. O evento conta ainda com o apoio de empresas como Grupo Cornélio Brennand e Associação Comercial de Pernambuco, reforçando a parceria entre o setor público e privado. Serviço:Evento: TEDx Boa Viagem EDData: Sexta-feira, 6 de dezembroHorário: Das 9h às 13hLocal: Galeria Janete Costa, Parque Dona Lindu

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Visit Pernambuco - Travel Show reúne turismo nacional e internacional em Porto de Galinhas

Evento acontece nos dias 3 e 4 de dezembro, com foco em negócios e promoção dos destinos do estado A 6ª edição do Visit Pernambuco - Travel Show será realizada nos dias 3 e 4 de dezembro no Convention Center do Armação Resort, em Porto de Galinhas. O evento reunirá mais de 180 profissionais do setor de turismo, incluindo buyers (compradores) do Brasil, América Latina e Europa, e suppliers (fornecedores) locais e regionais. A expectativa é movimentar cerca de R$ 200 milhões em negócios e consolidar a posição de Pernambuco como um dos principais destinos turísticos do Nordeste. O evento, promovido pela Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG) e pelo Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau (PGACVB), conta com o apoio do Sebrae-PE, Prefeitura do Ipojuca, Governo de Pernambuco, TAP Portugal e Banco do Nordeste, além de patrocinadores como grandes hotéis e empresas de receptivos. Segundo Eduardo Tiburtius, presidente da AHPG, “o Visit Pernambuco tem o compromisso de trazer as últimas tendências e novidades do setor para o Summit, proporcionando mais conhecimento para os profissionais”. A programação inclui rodadas de negócios entre buyers e suppliers, área de exposição com estandes de destinos e hotéis, e o Summit Visit Pernambuco, que oferece palestras, capacitações e painéis sobre marketing, ESG, vendas e mercado. "A realização desse evento traz oportunidade para que dezenas de buyers e fornecedores façam conexões com os empreendimentos locais", destaca Alexandre Alves, gerente do Sebrae/PE. Entre os destaques do Summit está um painel exclusivo sobre o cenário aéreo de Pernambuco, que abordará os novos voos internacionais vindos do Paraguai e Chile. Além disso, participantes terão a oportunidade de explorar os atrativos da região por meio de famtours, promovendo o destino de Porto de Galinhas. “Estamos comemorando os números da 6ª edição do Visit PE, que irá promover muito networking e negócios em dois dias”, pontua o Secretário de Turismo do Ipojuca, Mário Pilar. ServiçoVisit Pernambuco – Travel ShowData: 3 e 4 de dezembroLocal: Convention Center do Armação Resort, Porto de GalinhasIngressos e programação: Sympla

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