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Doutores da Alegria promovem leilão beneficente para manter suas atividades

Evento virtual reúne obras de artistas pernambucanos e experiências exclusivas para arrecadação de recursos. Foto: Rogério Alves Os Doutores da Alegria realizarão o Leilão Beneficente da Alegria no dia 2 de dezembro, às 18h, com transmissão on-line pelo site da Sodré Santoro. O evento visa arrecadar fundos para a manutenção das atividades da associação, que enfrenta dificuldades financeiras, com uma queda de 70% na arrecadação em 2024. As doações incluem obras de arte, camisas de futebol autografadas e hospedagens em locais turísticos. Luis Viera da Rocha, diretor-presidente da associação, destacou a importância da mobilização: “Os recursos arrecadados contribuirão significativamente para o retorno integral das nossas atividades em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.” Em Recife, o programa "Palhaços nos hospitais" teve redução de visitas devido à crise, afetando também o Curso Livre de Palhaçarias, encerrado antes do previsto. Entre as peças doadas, estão obras de artistas pernambucanos como Rinaldo Silva e Raul Córdula, além de camisas autografadas do Sport Club do Recife. Interessados podem acessar o catálogo e dar lances iniciais no site da Sodré Santoro. O leilão faz parte da campanha "Doar Espalha Alegria", que busca envolver a sociedade na manutenção da arte como ferramenta de humanização. Desde 1991, os Doutores da Alegria têm levado alegria a hospitais públicos e promovido ações culturais inclusivas. Para continuar apoiando a organização, é possível fazer doações pelo site oficial: www.doar.doutoresdaalegria.org.br/ajude.

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Desafios da aprendizagem: educação enfrenta muitos problemas para melhorar a qualidade

No evento do Projeto Pernambuco em Perspectiva, Raul Henry fez um diagnóstico preocupante da educação no País e em Pernambuco. Ele propõe a priorização da primeira infância e da alfabetização; o investimento no ensino em tempo integral e na educação tecnológica, além da valorização da carreira docente. *Por Rafael Dantas A educação de qualidade abre os caminhos para o acesso à cidadania, para o aumento da renda individual e impacta diretamente o desenvolvimento econômico do País. Além disso, fortalece a mentalidade democrática da sociedade e contribui para a redução das desigualdades. A ausência ou as falhas dos sistemas de ensino impactam em todos esses pilares, segundo disse Raul Henry, durante o encontro de novembro do projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo, coordenado pela Rede Gestão e Revista Algomais. O ex-deputado federal e ex-vice-governador apresentou um diagnóstico das fragilidades do sistema educacional do Brasil com muitos pontos críticos. A trajetória do País nas últimas décadas apresentou avanços na universalização do acesso às vagas, na criação dos fundos de financiamento à educação, bem como nos sistemas de avaliação. Todos esses eixos, porém, carecem de aperfeiçoamentos, mas o próximo salto a ser dado é na qualidade da aprendizagem. No ano passado, 43% dos alunos do segundo ano do ensino fundamental não estavam alfabetizados ainda. O número é quase o mesmo de antes da pandemia (44%). Um estudo sobre a habilidade da leitura das crianças, publicado em 2023 pela Associação Internacional para a Avaliação de Conquistas Educacionais, apontou que o Brasil ficou apenas na 52ª posição, entre 57 países. Ficaram à frente países como Kosovo e Uzbequistão. Quando observados indicadores sobre conhecimentos matemáticos e lógicos, o vexame é ainda maior. De acordo com a Prova Brasil, apenas 5,2% dos estudantes de escolas públicas do ensino médio brasileiro têm um percentual de conhecimento adequado em matemática. No ensino fundamental é de 18,5%. Apesar de ter indicadores melhores, mesmo na rede privada o desempenho é baixo. Apenas 41,3% têm conhecimentos adequados em matemática no ensino médio e 55,8% no ensino fundamental. Com poucas exceções, nas análises locais e internacionais a qualidade da educação brasileira foi reprovada.   CRISE NA CARREIRA DOCENTE   Um quadro trágico pintado com cores da falta de investimentos e de gestão. Como resultado, há não apenas notas baixas dos alunos como uma fuga da carreira de professor, profissional fundamental para o sucesso da escola. De acordo com uma pesquisa do Instituto Península e do Movimento Profissão Docente, apenas 5% dos jovens brasileiros no ensino médio consideram seguir a carreira de docente. A desvalorização da profissão, associada às baixas remunerações e à falta de uma perspectiva de carreira, explicam a rejeição da área. O Brasil tem desempenho ruim na maioria dos indicadores sobre a educação, porém nada se compara quando analisados os proventos do professor. “É preciso investir na carreira docente. Está provado por inúmeras pesquisas que o elemento intraescolar mais importante para a aprendizagem dos alunos é o professor”. O salário médio do ensino básico no início, no meio e no final da carreira no Brasil é o pior do mundo. O estudo, elaborado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), comparou os rendimentos dos profissionais da área de 41 países. Nesse recorte, o País ficou atrás da Hungria e até da Costa Rica. Além da remuneração, o ex-vice-governador destacou que há um gargalo na formação dos professores no Brasil. Seja nas licenciaturas ou nos cursos de pedagogia, ele ressalta que há uma distância entre os processos formativos e as necessidades práticas da vida escolar como, por exemplo, a capacitação para a alfabetização.   A EXPERIÊNCIA DE SOBRAL E OS CAMINHOS PARA O FUTURO   Os dados da tragédia da educação brasileira não são apenas de Pernambuco, são nacionais. O Estado, no entanto, possui destaque em avaliações no nível médio, especialmente pelo avanço da oferta de vagas nas escolas em tempo integral.Um dos motivos que impedem um progresso maior no desempenho dos estudantes pernambucanos são as deficiências na educação básica, área em que o grande case nacional é a cidade de Sobral. Raul Henry destacou que os municípios que seguiram a trilha da cidade cearense também estão avançando de forma acelerada, como é o caso dos alagoanos Teotônio Vilela e Coruripe. No Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), a nota de Teotônio Vilela nos anos iniciais do Ensino Fundamental em 2013 era 2,7. Naquele mesmo ano, Pernambuco tinha desempenho avaliado em 3,4 e a média nacional era de 3,8. Dez anos depois, em 2023, enquanto o Brasil avançou para 5,8 e o Estado foi a 5,3, a cidade alagoana saltou para 9,0. Em Coruripe, que em 2013 tinha uma nota acima da média nacional (5,1), chegou no ano passado a 9,7. “O que está dando certo nas cidades que avançaram no Ideb no Brasil é a coerência pedagógica. O exemplo inspirador é Sobral, outras cidades acompanharam esse exemplo. Hoje, 26 das 50 cidades do País com maior Ideb são cearenses ou alagoanas, que copiaram o exemplo de Sobral”, afirmou Raul Henry. Ao considerar a experiência de Sobral, das cidades que seguiram a sua trilha e o que apontam também as evidências internacionais, Raul Henry destacou ser fundamental roteirizar o currículo. Um plano objetivo e semanal em que os docentes tenham não apenas uma definição dos conteúdos a serem trabalhados, mas uma orientação pedagógica e acesso a recursos que os inspirem a desenvolver cada aula. “O currículo é o documento mais importante do sistema educacional”, defendeu Raul Henry. Ao compartilhar a experiência educacional da Austrália, ele disse que cada item do currículo indica a competência que a criança vai usar em sua vida, qual o melhor material didático recomendado e quais os suportes digitais disponíveis.   PARCERIA ENTRE GOVERNO FEDERAL E REDES MUNICIPAIS   Parte do problema remuneratório da carreira docente poderia ser resolvido a partir de uma parceria entre o Governo Federal e os municípios. Diferente de Cristovam Buarque, que defendeu de forma clara um plano para federalização das redes de ensino fundamental, hoje divididas

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Lia de Itamaracá assumirá secretaria de turismo e cultura da ilha

Ícone da cultura pernambucana é nomeada por prefeito eleito Paulo Galvão. Foto: Ytallo Barreto A cirandeira Lia de Itamaracá, reconhecida como um dos maiores ícones da cultura popular de Pernambuco e do Brasil, foi anunciada como futura secretária de turismo e cultura da Ilha de Itamaracá. O prefeito eleito do município, Paulo Galvão (PSDB), oficializou a escolha nesta quarta-feira, 20 de novembro, celebrando o Dia da Consciência Negra. Aos 80 anos e com mais de cinco décadas dedicadas à arte, Maria Madalena Correa do Nascimento, conhecida como Lia de Itamaracá, assume pela primeira vez um cargo público para representar oficialmente a cultura e o turismo da região. Sua nomeação sinaliza a valorização de suas contribuições para a música e a cultura local, especialmente como embaixadora da ciranda. A escolha de Lia simboliza o compromisso com a preservação das tradições culturais e a promoção turística da ilha. A cirandeira traz consigo um vasto legado artístico, reconhecido internacionalmente, que será essencial para potencializar a identidade cultural e as oportunidades no setor turístico do município. “Estou muito feliz. Meu papel será parecido com algo que eu já faço, que é o de levar o nome de Itamaracá para todo o Brasil e para o mundo, só que agora como Secretária. Quero abrir portas para trazer investimentos para a Ilha que eu carrego no meu nome”, diz Lia.

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Preconceito e discriminação atingem 70% dos negros, aponta pesquisa

Desigualdade racial é realidade percebida pela maioria dos brasileiros Foto: Freepik (Da Agência Brasil) Sete em cada dez pessoas negras já passaram por algum constrangimento por causa de preconceito ou discriminação racial. O dado é de pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Locomotiva e pela plataforma QuestionPro, entre os dias 4 e 13 de novembro. Os sentimentos de discriminação e preconceito foram vividos em diversas situações cotidianas e são admitidos inclusive por brancos. Conforme a pesquisa, a expectativa de experimentar episódios embaraçosos pode tolher a liberdade de circulação e o bem-estar de parcela majoritária dos brasileiros. Os negros, que totalizam pretos e pardos, representam 55,5% da população brasileira – 112,7 milhões de pessoas em um universo 212,6 milhões. De acordo com o Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20,6 milhões (10,2%) se autodeclaram “pretos” e 92,1 milhões (45,3%), “pardos”. O levantamento do Instituto Locomotiva revela que 39% das pessoas negras declararam que não correm para pegar transporte coletivo com medo de serem interpeladas. Também por causa de algum temor, 36% dos negros já deixaram de pedir informações à polícia nas ruas. O constrangimento pode ser também frequente no comércio: 46% das pessoas negras deixaram de entrar em lojas de marca para evitar embaraços. O mesmo aconteceu com 36% que não pediram ajuda a vendedores ou atendentes, com 32% que preferiram não ir a agências bancárias e com 31% que deixaram de ir a supermercados. Saúde mental Tais situações podem causar desgaste emocional e psicológico: 73% dos negros entrevistados na pesquisa afirmaram que cenas vivenciadas de preconceitos e discriminação afetam a saúde mental. Do total de pessoas entrevistadas, 68% afirmaram conhecer alguém que já sofreu constrangimento por ser negro. Entre os brancos, 36% admitem a possibilidade de terem sido preconceituosas contra negros, ainda que sem intenção. Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, os dados apurados indicam “a necessidade urgente de políticas públicas e iniciativas sociais que ofereçam suporte emocional e psicológico adequado, além de medidas concretas para combater o racismo em suas diversas formas”. Em nota, Meirelles diz que os números mostram de forma explícita que a desigualdade racial é uma realidade percebida por praticamente todos os brasileiros. "Essa constatação reforça a urgência de políticas públicas e ações efetivas para romper as barreiras estruturais que perpetuam essas desigualdades e limitam as oportunidades para milhões de pessoas negras no Brasil.” A pesquisa feita na primeira quinzena deste mês tem representatividade nacional e colheu opiniões de 1.185 pessoas com 18 anos ou mais, que responderam diretamente a um questionário digital. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais. Racismo é crime De acordo com a Lei nº 7.716/1989, racismo é crime no Brasil. A lei batizada com o nome do seu autor, Lei Caó, em referência ao deputado Carlos Alberto Caó de Oliveira (PDT-BA), que morreu em 2018. A lei regulamenta trecho da Constituição Federal que tornou o racismo inafiançável e imprescritível. A Lei nº 14.532, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023, aumenta a pena para a injúria relacionada a raça, cor, etnia ou procedência nacional. Com a norma, quem proferir ofensas que desrespeitem alguém, seu decoro, sua honra, seus bens ou sua vida poderá ser punido com reclusão de 2 a 5 anos. A pena poderá ser dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas. Antes, a pena era de 1 a 3 anos. As vítimas de racismo devem registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil. É importante tomar nota da situação, citar testemunhas que também possam identificar o agressor. Em caso de agressão física, a vítima precisa fazer exame de corpo de delito logo após a denúncia e não deve limpar os machucados, nem trocar de roupa – essas evidências podem servir como provas da agressão. Nesta quarta-feira (20), o Dia de Zumbi e da Consciência Negra será, pela primeira vez, feriado cívico nacional.

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Recife sediará maior evento do setor elétrico da América Latina em 2025

SNPTEE reunirá especialistas para discutir inovações e desafios da energia elétrica no Brasil. Foto: Divulgação A 28ª edição do Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE) será realizada no Recife entre os dias 19 e 22 de outubro de 2025. O evento, promovido pelo cigre-brasil e coordenado pela eletrobras, reunirá cerca de 3 mil participantes, incluindo especialistas, pesquisadores e representantes de grandes empresas do setor elétrico. A escolha do Recife como sede reflete o papel crescente da cidade no cenário energético nacional, com destaque para sua infraestrutura e contribuições no campo da inovação e sustentabilidade. Durante o seminário, serão apresentados 500 trabalhos técnicos e discutidos 98 temas em 16 grupos de estudo e 13 painéis especiais. A programação abordará tópicos como transição energética, energias renováveis, redes inteligentes e tecnologias de armazenamento de energia. “O nordeste possui uma posição estratégica para a segurança energética do país, destacando-se como um importante polo de energia renovável, alimentando, inclusive, outras regiões do Brasil. Suas características e potencialidades permitem que sonhemos com voos ainda maiores, com a abertura para novas possibilidades de trocas comerciais com todo o mundo”, afirma João Henrique Franklin, presidente da eletrobras chesf. O SNPTEE também contará com uma feira de negócios com cerca de 100 expositores, oferecendo um espaço para networking e parcerias estratégicas. Este ambiente será uma oportunidade única para empresas explorarem soluções inovadoras e estreitarem relações comerciais, consolidando a importância do evento como um fórum de intercâmbio de conhecimento e fortalecimento da cadeia produtiva de energia elétrica na América Latina. ServiçoSeminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE)Data: 19 a 22 de outubro de 2025Local: Recife - PEInformações: No site oficial www.snptee.com.br.

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Porto de Galinhas conquista destaque como destino turístico

Balneário pernambucano é eleito o segundo melhor destino de praia do Brasil. Foto: Vinicius Lubambo Porto de Galinhas segue reafirmando sua posição como um dos destinos mais procurados do Brasil. O balneário conquistou o segundo lugar no prêmio melhores destinos 2024/2025, promovido pelo site Melhores Destinos, que contou com mais de 28 mil votos de turistas de todo o país. O reconhecimento reforça a fama do local, conhecido por suas piscinas naturais e infraestrutura que agrada tanto a quem busca descanso quanto a quem prefere dias cheios de atividades. “Nossa praia é um paraíso para os amantes da natureza e do turismo. O fato de ter conquistado o segundo lugar no Prêmio Melhores Destinos deste ano reforça sua popularidade entre os visitantes, que buscam tanto relaxamento, quanto dias de diversão em nosso balneário”, comenta o presidente do Porto de Galinhas Convention, Otaviano Maroja.  A pesquisa destacou ainda a força do nordeste brasileiro no turismo de praia. Além de porto de galinhas, outros quatro destinos da região figuraram na lista, reafirmando o potencial turístico nordestino como um dos preferidos pelos viajantes.

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Escassez e mudanças climáticas serão foco da Agenda TGI 2025

Evento trará balanço de 2024 e principais projeções econômicas, sociais e políticas para 2025 As grandes mudanças que estão ocorrendo no mundo e que impactam a todos, envolvendo questões climáticas, crises e disrupção digital, serão abordadas pelo consultor e sócio-fundador da TGI, Francisco Cunha, durante a 26ª edição da Agenda TGI | Painel 2025. O evento, realizado pela TGI em parceria com a revista Algomais, será no dia 26 de novembro, às 19h, no Teatro RioMar, Recife. As inscrições poderão ser feitas a partir do dia 06 de novembro, de forma gratuita. Este ano, o tema central será Escassez: crise imediata e soluções que precisamos encontrar, e será abordado pelo consultor Francisco Cunha, que trará um balanço abrangente dos acontecimentos que marcaram 2024 e as projeções econômicas, sociais e políticas para 2025, numa abordagem sobre o mundo, o Brasil, o Nordeste, Pernambuco e o Recife. “Estamos vivendo uma escassez de diálogo, num mundo cada vez mais tensionado. A sociedade precisa se envolver mais e sermos mais atores das mudanças. Estamos num momento de menos tolerância, menos empregos e com enormes desafios para os governantes, que precisam ter melhores capacidades de planejamento futuro; pensar para frente. Sem falar no clima. As pessoas estão vivenciando mudanças climáticas extremas, e ainda são poucas as ações para minimizar os impactos causados”, comenta Cunha, citando como exemplo o aquecimento global e outras reações da natureza, como as grandes enchentes, períodos de estiagem mais longos, furacões e tufões pelo mundo afora. Para participar do evento, os interessados devem se inscrever pelo link https://agenda.tgi.com.br/. Como já é tradição nos eventos da Agenda TGI, também será realizada a distribuição gratuita da agenda em formato físico na abertura do evento, mas em quantidade limitada. Serviço:AGENDA TGI | Painel 2025Quando: Dia 26 de novembro, às 19hOnde: Teatro RioMar RecifeInscrição gratuita: A partir do dia 06 de novembro pelo https://agenda.tgi.com.br/

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Habitação no Centro será debatida no Rec'n'Play

Os avanços e os problemas para requalificar a região central do Recife a ponto de se tornar um local atrativo para moradia serão abordados em duas atividades durante o Rec’n’Play na trilha Centro Histórico: Revitalizando para Conectar ao Futuro. A curadoria é de Francisco Cunha, arquiteto e urbanista, co-fundador da TGI Consultoria e INTG, e presidente do Conselho de Administração da Aries - Agência Recife para Inovação e Estratégia. A primeira atividade será a mesa-redonda Desafios da Habitação no Centro do Recife, realizada dia 8 de novembro, das 14h às 17h, no CESAR (Praça Tiradentes, Bairro do Recife). A arquiteta e urbanista Mariana Pontes, presidente da Aries, abre o ciclo de palestras ao abordar O Plano Estratégico de Longo Prazo para o Centro do Recife e os Projetos de Incentivo à Moradia. Em seguida, Roberto Montezuma, professor e pesquisador do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE e coordenador geral do projeto de pesquisa Recife Cidade Parque, vai tratar do tema A Ilha de Antônio Vaz (bairros de Santo Antônio, São José, Joana Bezerra e Cabanga) como Unidade Central de Paisagem do Recife Cidade Parque. A mesa-redonda conta ainda com a palestra da advogada Sandra Pires que vai apresentar As Diretrizes do Masterplan da Avenida Guararapes. Ela é sócia da Pires Advogados, integrante do consórcio responsável por esse masterplan, sob a liderança do BNDES, que visa requalificar a icônica avenida. Por fim, o engenheiro Bruno Castro e Silva vai mostrar A Experiência Bem-Sucedida de Conversão para o uso Residencial do Edifício Sertã em Plena Avenida Guararapes. CAMINHADA PELO CENTRO HISTÓRICO A outra atividade programada nessa trilha é a caminhada pelo Centro Histórico do Recife, que acontece no sábado dia 9 de novembro, às 10h. Os participantes poderão conhecer um pouco mais sobre a trajetória de expansão da cidade, partindo do Boulevard Rio Branco, além de visitar os locais de regeneração urbana que estão revitalizando o Centro da capital mais antiga do Brasil, transformando decadência em inovação e desenvolvimento. A concentração será na Escola Técnica Estadual Porto Digital (no cruzamento do Boulevard Rio Branco com a Rua do Apolo). Durante o percurso serão visitados: “Esta é uma oportunidade única para entender como o Recife está ressignificando seu Centro, aliando história e inovação em cada passo”, ressalta Francisco Cunha, que há 15 anos promove as Caminhadas Domingueiras pelas ruas da capital pernambucana. Ele também destaca a importância do debate sobre a moradia na região. “Como o Porto Digital e o Rec’n’Play situam-se no território central do Recife, que está em processo de recuperação urbanística e ambiental, inclusive com o início do necessário estímulo à habitação, é oportuno tratar do tema junto às pessoas interessadas em conhecer o que já existe em termos de experiências e planos, promovendo a habitabilidade do Centro da cidade. Também é importante aproveitar a oportunidade para colher, de forma estruturada, junto ao público participante, sugestões de como esse objetivo pode ser potencializado”, justifica Francisco Cunha.

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Da lama e do caos: a sustentabilidade que vem dos manguezais

Com grande capacidade de armazenar e capturar carbono, berçário de muitas espécies e sustento de várias famílias, manguezais sofrem com o processo desordenado de urbanização. Mas surgem iniciativas para sua preservação. *Por Rafael Dantas Os manguezais vistos por Chico Science nos anos 90 seguem sendo o abrigo de uma rica fauna e flora, mas dividindo cada vez mais espaço com lixo, resíduos industriais e com o avanço dos extremos da cidade. A lama, os caranguejos e os homens anfíbios interagem no cenário do mangue. O ecossistema se mostrou, pelos estudos acadêmicos de pesquisadores brasileiros e americanos, fundamental para o armazenamento de carbono. Um “caos” para os olhos humanos, mas fundamental para o equilíbrio ambiental e social. Um estudo publicado pela revista científica Biology Letters, realizado em parceria por pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon, Universidade Federal do Espírito Santo e da Universidade de São Paulo, revelou que um hectare de mangue no Nordeste armazena oito vezes mais carbono que a mesma área de caatinga. Na Amazônia, o ecossistema consegue dobrar a contribuição dada pelas florestas. Mas esse não é o único benefício oferecido pelos manguezais. O seu papel para o equilíbrio climático é muito significativo, segundo Mauro de Melo, que é professor da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e pesquisador associado ao projeto Recife Cidade Parque. “Os manguezais são um dos maiores sequestradores de carbono do planeta. Os cientistas chamam essa característica de carbono azul. Essa capacidade de sequestrar carbono é crucial no contexto das mudanças climáticas, pois contribui para a mitigação do aquecimento global. A proteção e restauração desses ecossistemas são essenciais para manter essa função ecológica, ajudando a reduzir a concentração de CO₂ na atmosfera”. Além dessa contribuição no sequestro e estoque de carbono, o pesquisador Clemente Coelho Junior, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco, destaca entre os benefícios ofertados pelos manguezais a manutenção da biodiversidade marinha e costeira, a retenção de sedimentos e a proteção da linha de costa, por exemplo. “O manguezal é reconhecido por ser o berçário do oceano. Estima-se que cerca de 70% das espécies de organismos costeiros utilizam pelo menos uma fase da sua vida nesse ecossistema. São espécies de importância econômica que geram emprego, renda e garantem a segurança alimentar das comunidades tradicionais. As suas árvores têm grande capacidade de reter poluentes e absorver nutrientes oriundos de esgotos domésticos. Nas grandes cidades litorâneas, esse papel se destaca, dado o baixo índice de tratamentos de efluentes”, explicou o professor. No emaranhado de raízes e troncos, o professor conta que o ecossistema retém partículas trazidas pelas marés, evitando o assoreamento dos estuários e diminuindo a turbidez das águas que chegam no oceano. O docente destaca que o mangue atua como uma armadilha para resíduos lançados nos rios, como plástico, isopor e outros, que ficam aprisionados entre as raízes. Além disso, a própria vegetação diminui a energia das marés e serve como atenuadora do seu efeito erosivo. Um benefício e tanto, especialmente para o Recife, que é considerada a capital mais vulnerável à elevação do nível do mar. O SUSTENTO QUE VEM DO MANGUEZAL Em Pernambuco, os manguezais abrangem uma área de 17 mil hectares, aproximadamente 0,2% do território do Estado, segundo o Atlas dos Manguezais do Brasil (2018). A presença do ecossistema se espalha em regiões como na Reserva Extrativista Acaú-Goiana (na divisa com a Paraíba), nas ilhas de Itamaracá e de Itapessoca e em Maria Farinha. No Recife, os manguezais estendem-se pelos rios Capibaribe, Jordão, Pina, Beberibe e Tejipió. A publicação destaca ainda a bacia do rio Sirinhaém, com estuário com manguezais bem preservados. “Esse trecho do litoral de Pernambuco ainda guarda a prática da pesca artesanal em diversas comunidades localizadas às margens dos rios que convergem para o Atlântico”. Acerca da capital pernambucana, o Atlas afirma que a “história da ocupação da cidade do Recife é a história dos mocambos, escrita pela população pobre que só tem alternativa de moradia se invadir áreas naturais, tais como os manguezais”. Um cenário narrado décadas atrás por Josué de Castro. Apesar dos moradores e visitantes da cidade ainda visualizarem grandes manguezais, os aterros sucessivos, canalizações e a modificação dos cursos d’água para deixá-los retos no século passado foram responsáveis pelo desaparecimento de boa parte desse ecossistema. Além dos benefícios ambientais, é das lamas e do caos desse ecossistema que muitos pernambucanos tiram seu sustento e alimentam a rede gastronômica do Estado. Claudilene Gouveia, conhecida como Irmã Dal, 62 anos, passou mais de meio século entre as águas dos manguezais pernambucanos. Moradora de Barra de Sirinhaém, no litoral sul, ela aprendeu o ofício com a mãe, que era marisqueira. Hoje, já aposentada de outras atividades profissionais, ela segue indo para a pesca, onde tira a renda complementar da casa. Por causa da quantidade elevada de pescadores, marisqueiros e de outros trabalhadores do mangue na Barra de Sirinhaém, ela costuma alugar um carro para se deslocar até Paulista para procurar aratus. Um trabalho que ela faz de duas a três vezes por semana. “Gosto muito de trabalhar no mangue. Isso ajuda na minha renda financeira, toda semana tenho meu trocadinho na mão. Eu coleto, cozinho, quebro e entrego aratu para a revenda em feiras e praias”. Enquanto retira do mangue um complemento de renda, a Irmã Dal olha com preocupação o aumento dos resíduos e do esgoto derramado nas águas já escuras que compõem a paisagem desse quase invisível ecossistema. “Não desmatamos nada, nem deixamos o mangue quebrado. Mas a destruição dele, principalmente em Paulista, é horrível. É uma lixaria e um fedor, que ninguém consegue andar em algumas partes. Está muito perto das casas mais humildes da cidade também”, lamenta Claudilene. AS AMEAÇAS AOS MANGUEZAIS O depósito de esgotos urbanos e industriais e o avanço desordenado da cidade em direção aos manguezais, dois fenômenos observados pela marisqueira, estão entre os maiores vilões contra a preservação do ecossistema. Porém, eles não são os únicos. O próprio desmatamento e a pesca ilegal estão entre as ameaças. “Manguezais próximos a cidades sofrem pressões diversas,

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Victor Marques coordenará grupo de trabalho para novo modelo administrativo da PCR

Vice-prefeito eleito liderará discussões para reformular a gestão a partir de 2025 Após a reeleição do prefeito João Campos, a Prefeitura do Recife iniciará a estruturação de um novo modelo administrativo que será implementado em 2025. Para conduzir essas discussões, o vice-prefeito eleito, Victor Marques, assume a coordenação de um grupo de trabalho que avaliará ajustes e inovações para a próxima gestão. O prefeito João Campos destacou a importância da iniciativa: “Vamos seguir com novos avanços na cidade, sempre olhando para onde é possível aprimorar, com foco em ainda mais resultados. Victor terá o papel de capitanear esse trabalho, junto com um time que conhece cada detalhe do funcionamento da Prefeitura do Recife”. O grupo de trabalho é composto pelos secretários Aldemar Santos (Governo), Maíra Fischer (Finanças), Marília Dantas (Infraestrutura) e Felipe Matos (Planejamento e Gestão). O início das atividades está previsto para amanhã, após a formalização no Diário Oficial do Município. Victor Marques ressaltou a relevância da reformulação: “Temos uma gestão muito exitosa, que entregou resultados importantes, mas que pode fazer ainda mais. Ajustes e adaptações são sempre necessários, para seguir com novas ações e diretrizes de gestão.”

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