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Contaminação por microplásticos atinge tubarões e compromete ambiente marinho brasileiro

Estudo da UFPE alerta para impactos da poluição e risco à saúde pública Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) conduziram um estudo inédito sobre a contaminação por microplásticos do cação-figuinho, uma espécie de tubarão comum na costa brasileira. A pesquisa revelou que toda a cadeia alimentar da costa leste da América do Sul está contaminada, tornando o microplástico uma presença irreversível no ecossistema marinho. "A teia alimentar estuarino-costeira encontra-se totalmente contaminada por microplástico, e essa contaminação mostra-se cíclica, sem como ser retirada", afirma Roger Rafael Cavalcanti Bandeira de Melo, autor da dissertação e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Oceanografia da UFPE. A ingestão de microplásticos pelo cação-figuinho ocorre através de suas presas, espécies estuarinas também contaminadas. O estudo aponta a necessidade de cautela no consumo desse tubarão, especialmente em comunidades ribeirinhas, devido à possível presença de substâncias nocivas, como o mercúrio, associadas ao microplástico. Roger também ressalta que a carne contaminada, ao ser ingerida, pode desencadear processos inflamatórios no corpo humano. "Esse microplástico transporta substâncias extremamente nocivas para o organismo", alerta o pesquisador. Durante a pesquisa, foram analisados 135 exemplares do cação-figuinho, coletados entre as divisas da Paraíba e de Alagoas ao longo de 13 meses. A equipe observou que a contaminação era mais intensa em períodos de chuva, especialmente em tubarões jovens. Fibras azuis e filmes pretos, resultantes da atividade pesqueira e industrial, foram os microplásticos mais presentes nos espécimes estudados, refletindo o impacto humano direto sobre o ambiente marinho costeiro. O estudo, que envolveu laboratórios da UFPE e do Instituto de Macromoléculas Eloisa Mano, no Rio de Janeiro, indica a necessidade de mais pesquisas sobre a contaminação de microplásticos em espécies marinhas e os riscos à saúde humana. "A pesquisa ainda está em andamento, e novos estudos focados em contaminação por metais pesados e reprodução desses tubarões já estão planejados", conclui Roger.

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Censo revela baixa presença feminina em cargos de secretariado no Brasil

Apenas 28% das secretarias estaduais e municipais são ocupadas por mulheres; estudo aponta desafios de paridade e inclusão racial A presença feminina em cargos de secretariado nos governos estaduais e nas capitais brasileiras permanece reduzida, de acordo com o primeiro Censo das Secretárias, realizado pelos institutos Aleias, Alziras, Foz e Travessia Políticas Públicas, com apoio da Fundação Lemann e Open Society Foundations. O estudo revelou que apenas 28% desses cargos são ocupados por mulheres, enquanto os homens dominam com 72%. Apesar de alguns avanços, apenas uma capital, Natal, e três estados — Alagoas, Pernambuco e Ceará — atingiram a paridade de gênero. Em 20 estados e 16 capitais, a participação feminina não alcançou 30%. O levantamento, que mapeou 698 órgãos estaduais e 536 municipais nas capitais, destaca a inclusão inédita da autodeclaração racial, revelando que 57,4% das respondentes se identificam como brancas, 37,8% como pretas ou pardas, 3% como indígenas e 2% como amarelas. Mulheres com deficiência representam apenas 1,3% das secretárias. Além disso, o Censo mostra que elas estão concentradas em áreas sociais, com 53% nos estados e 44% nas capitais, enquanto a presença em áreas estratégicas, como infraestrutura e órgãos centrais, permanece limitada. Para Marina Barros, diretora do Instituto Alziras, esses números refletem barreiras estruturais. “Apesar de as mulheres terem conquistado espaço em algumas áreas, sua sub-representação nos cargos de primeiro escalão continua preocupante. A falta de diversidade nessas áreas impacta diretamente a qualidade das políticas públicas”, afirmou. O estudo também revelou que 43% das secretárias possuem especialização, 26% têm mestrado e 10% concluíram doutorado, destacando a qualificação elevada das mulheres em posições de liderança. A pesquisa identificou que 40% das secretárias vieram de outra secretaria e 33% ascenderam dentro da mesma pasta, sugerindo uma progressão dentro do próprio executivo. Apesar dessa trajetória, 50% estão ocupando o cargo pela primeira vez, o que pode indicar um fenômeno recente de entrada feminina nessas posições. Luana Dratovsky, diretora executiva do Instituto Aleias, comentou: “Para chegar nos cargos de liderança, as mulheres precisam ser nomeadas. E quem nomeia é quem está no alto escalão do poder executivo, em sua grande maioria, homens”. Na segunda etapa do Censo, prevista para novembro, o estudo abordará temas como trabalho doméstico e violência política de gênero e raça, além de trazer recomendações para a criação de leis de paridade de gênero e redes de apoio às mulheres em cargos de liderança. Para acessar o relatório completo, visite www.censosecretarias.org.

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Representantes de três países latino-americanos visitarão comunidades rurais do Semiárido

Evento de 12 dias percorrerá Pernambuco e Paraíba, destacando soluções inovadoras de adaptação climática em zonas secas (Foto: Ana Mendes) Entre os dias 28 de outubro e 8 de novembro, Pernambuco e Paraíba receberão um intercâmbio internacional focado em soluções climáticas no Semiárido brasileiro. A iniciativa contará com a participação de 11 representantes de El Salvador, Guatemala e Colômbia, incluindo jovens, mulheres e agricultores envolvidos em projetos apoiados pela agência de cooperação internacional Terre des Hommes Schweiz. O objetivo é promover a troca de experiências sobre práticas de adaptação climática e justiça ambiental entre diferentes países latino-americanos. Os intercambistas serão recebidos no Recife, capital pernambucana, de onde visitarão comunidades rurais no interior do estado para conhecer diversas experiências. No Sertão do Pajeú, conhecerão sistemas de produção conectados às feiras agroecológicas. Na região do Agreste, as tecnologias sociais de convivência com o Semiárido serão conferidas de perto, como as cisternas, os sistemas de reuso de águas cinzas, entre outras. O grupo também fará uma vivência junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra - MST para compreender o processo de luta pela terra dos campesinos no Brasil. Em seguida, visitarão o Polo da Borborema, na Paraíba, para vivenciar outras iniciativas que promovem o empoderamento econômico de agricultores, a exemplo do Fundo Rotativo Solidário. As experiências observadas no intercâmbio servirão de referência tanto para representantes do Brasil quanto de outros países. Cada prática identificada será discutida em detalhes, visando eliminar dúvidas e gerar informações que possam ser replicadas nas regiões de origem dos participantes. A proposta do intercâmbio é destacar o Semiárido brasileiro como um exemplo global de resiliência. Carlos Magno Morais, coordenador de mobilização social do Centro Sabiá e representante da Plataforma Semiáridos América Latina no Brasil, reforça que “as comunidades do Semiárido, que historicamente enfrentam secas extremas, acumulam um conhecimento valioso que pode ser compartilhado com outros biomas ao redor do mundo. Este intercâmbio reforça a importância de colocar o Semiárido no centro das discussões climáticas globais”. Morais também ressalta que ‘a justiça climática deve ser uma prioridade’. As populações do Semiárido contribuíram pouco para as emissões de carbono, mas estão entre as mais afetadas pelas mudanças climáticas. Esse intercâmbio fortalece a troca de saberes e soluções que podem promover justiça e resiliência em escala global. O evento é organizado pelo Centro Sabiá e pela Plataforma Semiáridos América Latina, com o apoio de Terre des Hommes Schweiz, em parceria com a AS-PTA e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST.

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Algomais foi uma das finalistas do 20º Prêmio Urbana de Jornalismo

Consolidado como um dos mais prestigiados reconhecimentos do jornalismo pernambucano, o Prêmio Urbana de Jornalismo – Engenheiro Pelópidas Silveira chega à sua 20ª edição, destacando reportagens que exploram a relevante temática da mobilidade urbana. Ao longo dessas duas décadas, o prêmio se reinventou para acompanhar as transformações nas redações, nos veículos de comunicação e nas formas de transmitir notícias ao público, incorporando novas mídias e tecnologias. Durante toda sua trajetória, contou com o apoio do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco. Nesta edição comemorativa, foram inscritos 36 trabalhos divididos em quatro categorias: Texto, Áudio, Vídeo e Fotografia. A Algomais foi finalista na categoria texto, com a série de reportagens Era uma vez uma ferrovia..., de Rafael Dantas e Cláudia Santos. A revista concorria ainda na categoria fotografia, com Wanderley Andrade. O trabalho vencedor na categoria texto foi "UBER MOTO: perigo sobre duas rodas", da jornalista Roberta Soares, do Jornal do Commercio, que ganhou também o prêmio geral. A TV Globo venceu a categoria vídeo, com o trabalho Transportes Limpos, de Thiago Augustto. Ed Machado , da Folha de Pernambuco, sagrou-se vencedora em fotografia e o podcast "O caminho para o fim do mundo", de Georgia Santos, venceu na disputa dos trabalhos em áudio. Os finalistas foram divulgados durante o evento de premiação e, em seguida, foram revelados os vencedores. A cerimônia de entrega aconteceu no Restaurante Ruffo, no Recife. “A pauta de discussão sobre a prioridade ao transporte coletivo no sistema viário e nas políticas públicas e as repercussões do uso excessivo do transporte individual motorizado na mobilidade, no meio ambiente, na segurança viária e na qualidade de vida reforça a urgência de discutirmos qual é o futuro que desejamos para as nossas cidades. E a cobertura jornalística exerce um papel fundamental nessa discussão”, avalia o coordenador técnico da Urbana-PE, Bernardo Braga.

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Lojas do Recife abrirão hoje (21) em horário especial

O comércio do Recife vai funcionar com horário especial hoje (21). A mudança no funcionamento é por conta do Dia dos Comerciários, data em comemoração à categoria. De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife), as lojas de rua abrirão de maneira facultativa. Já lojas de shoppings centers da Região Metropolitana do Recife vão operar com horário especial. #Confira abaixo como será o funcionamento de lojas do centro, de bairros e de shopping centers no Dia dos Comerciários: #Centro do Recife e bairros - facultativo *Recife Shopping Recife - das 12h às 21h. RioMar Recife - das 12h às 21h. Shopping Boa Vista -  das 11h às 19h. Shopping Tacaruna - das 12h às 21h. Plaza Shopping - das 12h às 21h. Shopping ETC -  lojas fecham. Alimentação e lazer funcionam Shopping de Afogados - fechado *Olinda Shopping Patteo Olinda - das 12h às 21h. *Paulista Paulista North Way Shopping - das 12h às 21h. *Camaragibe Camará Shopping - das 12h às 21h. *Jaboatão Shopping Guararapes -  das 12h às 21h. *Cabo de Santo Agostinho Shopping Costa Dourada - lojas fecham. Alimentação e lazer funcionam *Igarassu Shopping Igarassu - fechado *Moreno Recife Outlet - das 9h às 21h.

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Trabalho infantil recua 14,6% em um ano, segundo dados do IBGE

Em 2023, 1,6 milhão de crianças e adolescentes estavam nesta situação. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil (Da Agência Brasil) O número de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, em situação de trabalho infantil chegou a 1,607 milhão em 2023, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados na última sexta-feira (18). O contingente é 14,6% inferior ao registrado em 2022 (1,881 milhão) e o menor da série histórica da pesquisa, iniciada em 2016. O IBGE define o trabalho infantil como aquele considerado perigoso e prejudicial para a saúde e desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolarização. A legislação brasileira proíbe que crianças até 13 anos trabalhem, em qualquer circunstância. Adolescentes de 14 e 15 anos só podem trabalhar na condição de aprendiz. Já aqueles com 16 e 17 anos podem ter empregos com carteira assinada, mas desde que não sejam em atividades insalubres, perigosas ou em horário noturno. Qualquer situação que fuja a essas regras é considerada trabalho infantil. De acordo com o IBGE, de 2016 a 2019, o trabalho infantil apresentou quedas anuais, passando de 2,112 milhões no primeiro ano da série histórica para 1,758 milhão em 2019. Depois de dois anos sem realizar pesquisas, devido à pandemia de covid-19, o IBGE constatou que, em 2022, o indicador havia subido pela primeira vez (7% em relação a 2019). O pesquisador do IBGE Gustavo Fontes disse que a pandemia pode ter influenciado o aumento, mas sem os dados de 2020 e 2021, é difícil fazer uma correlação entre a pandemia de covid-19 e a piora do dado em 2022. Em 2023, o dado voltou a melhorar devido a fatores como a melhora da renda domiciliar. “O ano 2023 foi bastante favorável para o mercado de trabalho. Teve um ganho importante na renda domiciliar per capita. Também houve um aumento importante do rendimento médio e do total de domicílios cobertos pelo Bolsa Família. Também pode ter efeitos de políticas públicas voltadas para essa meta de eliminação do trabalho infantil”, afirmou Fontes. Recortes O percentual de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil representa 4,2% do total de pessoas nessa faixa etária. Em 2022, a parcela chegou a 4,9%. O total de crianças de 5 a 13 anos submetidas a trabalho infantil era 346 mil em 2023, enquanto aqueles com 14 e 15 anos chegou a 366 mil. O maior contingente era de adolescentes de 16 e 17 anos (895 mil). De acordo com o IBGE, a incidência do trabalho infantil cresce com a idade: em 2023 1,3% das crianças de 5 a 13 anos de idade estavam em situação de trabalho; 6,2% enfrentavam essa situação no grupo de 14 e 15 anos; e 14,6% entre os adolescentes de 16 e 17 anos. Do total de crianças e adolescentes envolvidos em trabalho infantil, 1,182 milhão estavam envolvidas em atividades econômicas, ou seja, para geração de renda. As outras 425 mil trabalhavam apenas para o autoconsumo, ou seja, a produção de bens para uso dos moradores do domicílio ou de parentes não moradores, como criação de animais, pesca e agricultura. A região Norte concentrava a maior proporção de crianças e adolescentes em trabalho infantil (6,9%), seguida pelo Centro-Oeste (4,6%) e Nordeste (4,5%). Sudeste (3,3%) e Sul (3,7%) tinham as menores proporções. Em números absolutos, o Nordeste tinha o maior contingente em trabalho infantil (506 mil). O Sul tinha o menor número (193 mil) e também apresentou a maior queda em relação a 2022 (-28,8%). Trabalho perigoso A pesquisa do IBGE também constatou que, dos 1,607 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, 586 mil desempenhavam atividades com riscos para a saúde ou para a segurança. O dado revela queda de 22,5% em relação a 2022 (756 mil) Esse indicador também atingiu o menor patamar da série iniciada em 2016. Foram consideradas de risco aquelas atividades elencadas na Lista de Piores Formas de Trabalho Infantil, conhecida como Lista TIP, segundo o Decreto 6.481/2008. Entre as vítimas nesta situação no ano passado, 84 mil tinham de 5 a 13 anos e 153 mil tinha 14 e 15 anos. Os outros 349 mil tinham 16 e 17 anos. De acordo com o IBGE, a maioria era homens (76,4%) e pessoas de cor preta ou parda (67,5%). Em 2023, o trabalho perigoso era exercido por 65,7% das crianças de 5 a 13 anos de idade que realizavam atividades econômicas e por 55,7% dos adolescentes de 14 e 15 anos que faziam esse tipo de atividade. Entre aqueles de 16 e 17 anos, o percentual chegou a 34,1%. Tempo gasto Segundo a Pnad, 20,6% das crianças e adolescentes envolvidas no trabalho infantil estavam submetidas a essa situação por 40 horas ou mais por semana. O maior percentual foi encontrado na faixa etária mais velha (16 e 17 anos): 31,1%. Entre os jovens com 14 e 15 anos, essa parcela chegava a 14,1% e, entre os mais novos (5 a 13 anos) o índice era de 0,4%. Entre as crianças de 5 a 13 anos, o IBGE constatou que o trabalho infantil não chegava a comprometer a frequência escolar, uma vez que aquelas sujeitas a esse tipo de atividade tinha taxa de frequência de 99,6%, superior à média dessa população (99%). “Só que a gente observa que, à medida que a idade avança, há um maior comprometimento da frequência escolar”, destaca Fontes. A pesquisa verificou que a taxa de frequência escolar entre os adolescentes de 14 e 15 anos em situação de trabalho infantil era de 94% (ante 98,3% da população geral nessa faixa), e entre aqueles de 16 e 17 anos caía para 81,8% (ante 90% da média da faixa etária). Sexo e raça Os dados da Pnad mostram ainda que em 2023 o trabalho infantil afetava crianças e adolescentes de forma diferente, dependendo do sexo e da cor ou raça. Pretos ou pardos respondiam por 65,2% daqueles em situação de trabalho infantil, percentual que supera a parcela

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Crescimento maior nas vagas para mulheres reduz desigualdade

Dados são de um estudo das pesquisadoras Janaína Feijó e Helena Zahar Ao longo de 2024, o crescimento das vagas formais de trabalho ocupadas por mulheres foi maior do que o crescimento de vagas para os homens. Enquanto o saldo dos empregos formais para homens cresceu 10,1% entre janeiro e agosto de deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023, o saldo para as mulheres aumentou 45,18%. Esse crescimento contribui para uma redução da desigualdade no mercado de trabalho. Em números absolutos, no entanto, as novas vagas com carteira de assinada em todo o país ainda são mais ocupadas por homens. O salário médio deles também é maior do que o das mulheres.  As informações são do estudo Quais os grupos mais beneficiados com o bom desempenho do mercado de trabalho em 2024?, das pesquisadoras Janaína Feijó e Helena Zahar do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre) publicado este mês no Observatório da Produtividade Regis Bonelli. “Nos últimos oito meses, o mercado de trabalho tem apresentado um bom desempenho, com geração de postos formais acima das expectativas e elevação da média salarial”, diz o texto, que acrescenta: “Esse crescimento expressivo no saldo feminino gerou uma mudança na composição do saldo total, o tornando menos desigual”. Em números absolutos, o saldo de postos de trabalho formais entre os homens passou de 841.273 em 2023 para 926.290 em 2024, o que representa um aumento de 10,1%. O número total é maior do que o saldo dos postos ocupados pelas mulheres, que passou de 551.237 em 2023 para 800.269 em 2024 – totalizando um crescimento de 45,18%. O saldo de postos de trabalho é calculado levando em conta as admissões e descontando as demissões que foram feitas no período.  Considerada a porcentagem de novas vagas ocupadas por homens e mulheres, o estudo mostra que, em 2024, o país reduziu a desigualdade em comparação a anos anteriores, mas ainda mantém a maioria das vagas ocupadas por homens. Em 2022, 56% do saldo das vagas foram preenchidos por homens e 44% por mulheres. Em 2023, essa diferença aumentou, cerca de 60,4% do saldo de empregos criados no Brasil foram ocupados por homens e apenas 39,6% por mulheres. Agora, em 2024, a participação das mulheres no saldo total subiu para 46,4%. As demais 53,6% vagas criadas foram ocupadas por homens. Ocupações e salários Em relação às ocupações, os dados mostram que ocorreu uma forte absorção da mão de obra feminina em ocupações como “Vendedores e prestadores de serviços de comércio” e “trabalhadores de atendimento ao público”, que tiveram incrementos de 32.507 (270%) e 35.184 (255,1%) vínculos, respectivamente. Outro destaque é a participação das mulheres no saldo de “trabalhadores dos serviços”, que passou de 54,8% dos postos ocupados para 61,5%. Já no saldo de “vendedores e prestadores de serviços do comércio” a participação delas dobrou, passando de 25,1% para 50,1%. Já entre os homens, os maiores crescimentos ocorreram nas categorias “Escriturários” (33,4%), “Trabalhadores de funções transversais” (27,3%) e “Vendedores e prestadores de serviços do comércio” (23,6%). Em relação aos salários, o levantamento mostra que, em agosto de 2024, o salário médio real de admissão era R$ 2.156,86. Considerando apenas os homens, o salário médio de admissão em agosto de 2024 era ligeiramente superior à média, alcançando R$ 2.245. Já o salário médio de admissão das mulheres era R$ 2.031. “Ao longo dos últimos 13 meses, há pequenas variações mensais, mas a diferença entre os salários médios de homens e mulheres permanece evidente, com as mulheres consistentemente recebendo um salário médio de admissão em torno de 10% a 11% menor”, diz o texto. Caged O estudo utiliza os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) referentes a agosto de 2024. No total, no mês de agosto, o Brasil registrou um saldo positivo de 232.513 empregos formais, com 2.231.410 admissões e 1.998.897 desligamentos. Esse resultado representa um crescimento de 5,8% na criação de vagas formais em relação a agosto de 2023.

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Feminicídios caem 72,7% em Pernambuco em setembro

Estado também registra o menor número de crimes patrimoniais dos últimos dez anos Pernambuco registrou uma queda significativa nos casos de feminicídio em setembro de 2024, com uma redução de 72,7% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Segundo dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), o número de casos caiu de 11, em setembro de 2023, para 3 em 2024. A governadora Raquel Lyra já havia anunciado, no início de outubro, uma redução de 19,3% no número de Mortes Violentas Intencionais (MVIs), consolidando cinco meses consecutivos de queda nos índices de violência no estado. Além disso, o estado também registrou o menor número de crimes patrimoniais dos últimos dez anos. No último mês de setembro, 3.463 Crimes Violentos Patrimoniais (CVPs) foram contabilizados, número bem abaixo do pico da série histórica em 2016, quando ocorreram 9.941 roubos. Os roubos de cargas diminuíram de 34, em setembro de 2023, para 25 em 2024, enquanto os roubos de coletivos caíram de 55 para 43 no mesmo período. A recuperação de veículos subtraídos também foi destaque, com 673 veículos recuperados, representando 44,6% do total de roubos de veículos. A atuação da Força-Tarefa (FT) Crimes Patrimoniais, criada em dezembro de 2023, tem desempenhado um papel importante na redução dos crimes. A FT, que opera de forma estratégica em áreas críticas, investe em tecnologia e inteligência para identificar padrões criminosos, resultando em uma resposta mais ágil das forças de segurança. Entre setembro de 2023 e 2024, houve uma queda de 26,5% nos roubos de cargas, de 21,8% nos roubos de coletivos e de 7,1% nos roubos de veículos. A secretária de Defesa Social em exercício, Dominique de Castro Oliveira, atribuiu os resultados à combinação de ações preventivas e presença mais ostensiva nas áreas com maior incidência de crimes. “A FT Crimes Patrimoniais investe em tecnologia e inteligência, utilizando ferramentas para identificar padrões e comportamentos criminosos. Essa abordagem permite uma resposta mais ágil e eficaz, contribuindo para a queda contínua dos índices de roubos", afirmou.

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Workshop presencial oferece estratégias práticas para otimizar o tempo e a liderança

Gestão do tempo e produtividade do líder: maximize sua eficiência No dia 17 de outubro, de forma presencial na sede da TGI, ocorrerá o workshop "Gestão do Tempo e Produtividade para Líderes". O evento é voltado para empresários, executivos e gerentes que desejam aprimorar suas habilidades de gestão do tempo, equilibrando vida profissional e pessoal. O workshop abordará ferramentas essenciais para aumentar a produtividade sem sacrificar a qualidade de vida. A programação inclui temas como "Tempo, Trabalho e Qualidade de Vida", com enfoque em associar a administração do tempo ao bem-estar. Serão discutidas práticas para combater os "gastadores de tempo" e como os "poupadores de tempo" podem ajudar a priorizar, organizar, delegar e conduzir reuniões de maneira mais eficiente. Além disso, haverá orientações sobre como alcançar uma longevidade saudável e manter a saúde física e mental no ambiente de trabalho. Os palestrantes Tiago Siqueira, coautor do livro “Quem Tem Prazo Não Tem Pressa. Tempo, Trabalho e Qualidade de Vida”, e Andréa Carvalho, especialista em desenvolvimento de gestores, compartilharão suas experiências e fornecerão ferramentas práticas para melhorar a gestão do tempo e a produtividade no dia a dia dos líderes. Inscreva-se agora no site https://atqv.com.br/ e garanta bônus exclusivos, incluindo mais de 29 aulas sobre produtividade, organização, foco e outras práticas essenciais para otimizar seu tempo. O workshop ocorrerá das 8h às 12h30 e das 14h às 17h, totalizando uma carga horária de 7h30. Serviço:Workshop "Gestão do Tempo e Gestão do Tempo e Produtividade para Líderes"Data: 17 de outubroLocal: TGI ConsultoriaInscrições: https://atqv.com.br/

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Sebrae impulsiona o turismo no Vale do Catimbau com capacitação profissional

Projeto visa fortalecer o potencial econômico da região, considerada uma das maravilhas de Pernambuco. Foto: Kalleby Timóteo/Sebrae O Vale do Catimbau, localizado no Agreste pernambucano e reconhecido como o segundo maior parque arqueológico do Brasil, está passando por um impulso no setor de turismo graças a um projeto desenvolvido pelo Sebrae/PE, em parceria com a Adepe e apoio da Prefeitura de Buíque. O projeto “Desenvolvimento do Potencial Econômico do Vale do Catimbau” oferece cursos gratuitos de formação para guias turísticos, além de aulas de inglês e espanhol, consultorias em marketing turístico e atendimento ao visitante. Com um investimento de cerca de R$ 154 mil, a iniciativa beneficia toda a cadeia do turismo na região. Desde julho, o projeto iniciou suas atividades com um curso de Educação à Distância, formando dez novos guias turísticos, todos moradores da região que atuavam como condutores e agora buscam se profissionalizar. “O curso é ótimo, tem bastante aprendizado. Será mais conhecimento para nós, teremos uma nova visão sobre o turismo. Esperei muito por esse curso, acho que vai ajudar muito o meu trabalho”, celebra Anael Kalleby da Silva, um dos participantes. Além do curso de guia, o módulo de marketing turístico foi iniciado em setembro e as consultorias de atendimento ao turista estão previstas para este mês. A programação do projeto ainda inclui um curso de espanhol em novembro e um curso de inglês, além de uma consultoria em governança programada para janeiro de 2025. Os cursos de idiomas, com turmas de 20 alunos, contarão com 80 horas/aula cada, enquanto as consultorias terão 40 horas, envolvendo encontros coletivos e individuais. O público-alvo abrange profissionais de pousadas, hotéis, artesãos, guias turísticos e proprietários de lanchonetes e restaurantes. Localizado a cerca de 280 km do Recife, o Parque Nacional do Vale do Catimbau é um tesouro natural que abriga formações geológicas impressionantes, uma rica biodiversidade e vestígios arqueológicos que remontam a pelo menos seis mil anos. Com 27 sítios arqueológicos identificados, o Vale do Catimbau se destaca como um importante destino turístico em Pernambuco. Para mais informações sobre o projeto e suas atividades, entre em contato com o Sebrae/PE e descubra como participar.

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