Z_destaque_noticia - Página: 2 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Escassez e mudanças climáticas serão foco da Agenda TGI 2025

Evento trará balanço de 2024 e principais projeções econômicas, sociais e políticas para 2025 As grandes mudanças que estão ocorrendo no mundo e que impactam a todos, envolvendo questões climáticas, crises e disrupção digital, serão abordadas pelo consultor e sócio-fundador da TGI, Francisco Cunha, durante a 26ª edição da Agenda TGI | Painel 2025. O evento, realizado pela TGI em parceria com a revista Algomais, será no dia 26 de novembro, às 19h, no Teatro RioMar, Recife. As inscrições poderão ser feitas a partir do dia 06 de novembro, de forma gratuita. Este ano, o tema central será Escassez: crise imediata e soluções que precisamos encontrar, e será abordado pelo consultor Francisco Cunha, que trará um balanço abrangente dos acontecimentos que marcaram 2024 e as projeções econômicas, sociais e políticas para 2025, numa abordagem sobre o mundo, o Brasil, o Nordeste, Pernambuco e o Recife. “Estamos vivendo uma escassez de diálogo, num mundo cada vez mais tensionado. A sociedade precisa se envolver mais e sermos mais atores das mudanças. Estamos num momento de menos tolerância, menos empregos e com enormes desafios para os governantes, que precisam ter melhores capacidades de planejamento futuro; pensar para frente. Sem falar no clima. As pessoas estão vivenciando mudanças climáticas extremas, e ainda são poucas as ações para minimizar os impactos causados”, comenta Cunha, citando como exemplo o aquecimento global e outras reações da natureza, como as grandes enchentes, períodos de estiagem mais longos, furacões e tufões pelo mundo afora. Para participar do evento, os interessados devem se inscrever pelo link https://agenda.tgi.com.br/. Como já é tradição nos eventos da Agenda TGI, também será realizada a distribuição gratuita da agenda em formato físico na abertura do evento, mas em quantidade limitada. Serviço:AGENDA TGI | Painel 2025Quando: Dia 26 de novembro, às 19hOnde: Teatro RioMar RecifeInscrição gratuita: A partir do dia 06 de novembro pelo https://agenda.tgi.com.br/

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Habitação no Centro será debatida no Rec'n'Play

Os avanços e os problemas para requalificar a região central do Recife a ponto de se tornar um local atrativo para moradia serão abordados em duas atividades durante o Rec’n’Play na trilha Centro Histórico: Revitalizando para Conectar ao Futuro. A curadoria é de Francisco Cunha, arquiteto e urbanista, co-fundador da TGI Consultoria e INTG, e presidente do Conselho de Administração da Aries - Agência Recife para Inovação e Estratégia. A primeira atividade será a mesa-redonda Desafios da Habitação no Centro do Recife, realizada dia 8 de novembro, das 14h às 17h, no CESAR (Praça Tiradentes, Bairro do Recife). A arquiteta e urbanista Mariana Pontes, presidente da Aries, abre o ciclo de palestras ao abordar O Plano Estratégico de Longo Prazo para o Centro do Recife e os Projetos de Incentivo à Moradia. Em seguida, Roberto Montezuma, professor e pesquisador do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE e coordenador geral do projeto de pesquisa Recife Cidade Parque, vai tratar do tema A Ilha de Antônio Vaz (bairros de Santo Antônio, São José, Joana Bezerra e Cabanga) como Unidade Central de Paisagem do Recife Cidade Parque. A mesa-redonda conta ainda com a palestra da advogada Sandra Pires que vai apresentar As Diretrizes do Masterplan da Avenida Guararapes. Ela é sócia da Pires Advogados, integrante do consórcio responsável por esse masterplan, sob a liderança do BNDES, que visa requalificar a icônica avenida. Por fim, o engenheiro Bruno Castro e Silva vai mostrar A Experiência Bem-Sucedida de Conversão para o uso Residencial do Edifício Sertã em Plena Avenida Guararapes. CAMINHADA PELO CENTRO HISTÓRICO A outra atividade programada nessa trilha é a caminhada pelo Centro Histórico do Recife, que acontece no sábado dia 9 de novembro, às 10h. Os participantes poderão conhecer um pouco mais sobre a trajetória de expansão da cidade, partindo do Boulevard Rio Branco, além de visitar os locais de regeneração urbana que estão revitalizando o Centro da capital mais antiga do Brasil, transformando decadência em inovação e desenvolvimento. A concentração será na Escola Técnica Estadual Porto Digital (no cruzamento do Boulevard Rio Branco com a Rua do Apolo). Durante o percurso serão visitados: “Esta é uma oportunidade única para entender como o Recife está ressignificando seu Centro, aliando história e inovação em cada passo”, ressalta Francisco Cunha, que há 15 anos promove as Caminhadas Domingueiras pelas ruas da capital pernambucana. Ele também destaca a importância do debate sobre a moradia na região. “Como o Porto Digital e o Rec’n’Play situam-se no território central do Recife, que está em processo de recuperação urbanística e ambiental, inclusive com o início do necessário estímulo à habitação, é oportuno tratar do tema junto às pessoas interessadas em conhecer o que já existe em termos de experiências e planos, promovendo a habitabilidade do Centro da cidade. Também é importante aproveitar a oportunidade para colher, de forma estruturada, junto ao público participante, sugestões de como esse objetivo pode ser potencializado”, justifica Francisco Cunha.

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Da lama e do caos: a sustentabilidade que vem dos manguezais

Com grande capacidade de armazenar e capturar carbono, berçário de muitas espécies e sustento de várias famílias, manguezais sofrem com o processo desordenado de urbanização. Mas surgem iniciativas para sua preservação. *Por Rafael Dantas Os manguezais vistos por Chico Science nos anos 90 seguem sendo o abrigo de uma rica fauna e flora, mas dividindo cada vez mais espaço com lixo, resíduos industriais e com o avanço dos extremos da cidade. A lama, os caranguejos e os homens anfíbios interagem no cenário do mangue. O ecossistema se mostrou, pelos estudos acadêmicos de pesquisadores brasileiros e americanos, fundamental para o armazenamento de carbono. Um “caos” para os olhos humanos, mas fundamental para o equilíbrio ambiental e social. Um estudo publicado pela revista científica Biology Letters, realizado em parceria por pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon, Universidade Federal do Espírito Santo e da Universidade de São Paulo, revelou que um hectare de mangue no Nordeste armazena oito vezes mais carbono que a mesma área de caatinga. Na Amazônia, o ecossistema consegue dobrar a contribuição dada pelas florestas. Mas esse não é o único benefício oferecido pelos manguezais. O seu papel para o equilíbrio climático é muito significativo, segundo Mauro de Melo, que é professor da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e pesquisador associado ao projeto Recife Cidade Parque. “Os manguezais são um dos maiores sequestradores de carbono do planeta. Os cientistas chamam essa característica de carbono azul. Essa capacidade de sequestrar carbono é crucial no contexto das mudanças climáticas, pois contribui para a mitigação do aquecimento global. A proteção e restauração desses ecossistemas são essenciais para manter essa função ecológica, ajudando a reduzir a concentração de CO₂ na atmosfera”. Além dessa contribuição no sequestro e estoque de carbono, o pesquisador Clemente Coelho Junior, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco, destaca entre os benefícios ofertados pelos manguezais a manutenção da biodiversidade marinha e costeira, a retenção de sedimentos e a proteção da linha de costa, por exemplo. “O manguezal é reconhecido por ser o berçário do oceano. Estima-se que cerca de 70% das espécies de organismos costeiros utilizam pelo menos uma fase da sua vida nesse ecossistema. São espécies de importância econômica que geram emprego, renda e garantem a segurança alimentar das comunidades tradicionais. As suas árvores têm grande capacidade de reter poluentes e absorver nutrientes oriundos de esgotos domésticos. Nas grandes cidades litorâneas, esse papel se destaca, dado o baixo índice de tratamentos de efluentes”, explicou o professor. No emaranhado de raízes e troncos, o professor conta que o ecossistema retém partículas trazidas pelas marés, evitando o assoreamento dos estuários e diminuindo a turbidez das águas que chegam no oceano. O docente destaca que o mangue atua como uma armadilha para resíduos lançados nos rios, como plástico, isopor e outros, que ficam aprisionados entre as raízes. Além disso, a própria vegetação diminui a energia das marés e serve como atenuadora do seu efeito erosivo. Um benefício e tanto, especialmente para o Recife, que é considerada a capital mais vulnerável à elevação do nível do mar. O SUSTENTO QUE VEM DO MANGUEZAL Em Pernambuco, os manguezais abrangem uma área de 17 mil hectares, aproximadamente 0,2% do território do Estado, segundo o Atlas dos Manguezais do Brasil (2018). A presença do ecossistema se espalha em regiões como na Reserva Extrativista Acaú-Goiana (na divisa com a Paraíba), nas ilhas de Itamaracá e de Itapessoca e em Maria Farinha. No Recife, os manguezais estendem-se pelos rios Capibaribe, Jordão, Pina, Beberibe e Tejipió. A publicação destaca ainda a bacia do rio Sirinhaém, com estuário com manguezais bem preservados. “Esse trecho do litoral de Pernambuco ainda guarda a prática da pesca artesanal em diversas comunidades localizadas às margens dos rios que convergem para o Atlântico”. Acerca da capital pernambucana, o Atlas afirma que a “história da ocupação da cidade do Recife é a história dos mocambos, escrita pela população pobre que só tem alternativa de moradia se invadir áreas naturais, tais como os manguezais”. Um cenário narrado décadas atrás por Josué de Castro. Apesar dos moradores e visitantes da cidade ainda visualizarem grandes manguezais, os aterros sucessivos, canalizações e a modificação dos cursos d’água para deixá-los retos no século passado foram responsáveis pelo desaparecimento de boa parte desse ecossistema. Além dos benefícios ambientais, é das lamas e do caos desse ecossistema que muitos pernambucanos tiram seu sustento e alimentam a rede gastronômica do Estado. Claudilene Gouveia, conhecida como Irmã Dal, 62 anos, passou mais de meio século entre as águas dos manguezais pernambucanos. Moradora de Barra de Sirinhaém, no litoral sul, ela aprendeu o ofício com a mãe, que era marisqueira. Hoje, já aposentada de outras atividades profissionais, ela segue indo para a pesca, onde tira a renda complementar da casa. Por causa da quantidade elevada de pescadores, marisqueiros e de outros trabalhadores do mangue na Barra de Sirinhaém, ela costuma alugar um carro para se deslocar até Paulista para procurar aratus. Um trabalho que ela faz de duas a três vezes por semana. “Gosto muito de trabalhar no mangue. Isso ajuda na minha renda financeira, toda semana tenho meu trocadinho na mão. Eu coleto, cozinho, quebro e entrego aratu para a revenda em feiras e praias”. Enquanto retira do mangue um complemento de renda, a Irmã Dal olha com preocupação o aumento dos resíduos e do esgoto derramado nas águas já escuras que compõem a paisagem desse quase invisível ecossistema. “Não desmatamos nada, nem deixamos o mangue quebrado. Mas a destruição dele, principalmente em Paulista, é horrível. É uma lixaria e um fedor, que ninguém consegue andar em algumas partes. Está muito perto das casas mais humildes da cidade também”, lamenta Claudilene. AS AMEAÇAS AOS MANGUEZAIS O depósito de esgotos urbanos e industriais e o avanço desordenado da cidade em direção aos manguezais, dois fenômenos observados pela marisqueira, estão entre os maiores vilões contra a preservação do ecossistema. Porém, eles não são os únicos. O próprio desmatamento e a pesca ilegal estão entre as ameaças. “Manguezais próximos a cidades sofrem pressões diversas,

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Victor Marques coordenará grupo de trabalho para novo modelo administrativo da PCR

Vice-prefeito eleito liderará discussões para reformular a gestão a partir de 2025 Após a reeleição do prefeito João Campos, a Prefeitura do Recife iniciará a estruturação de um novo modelo administrativo que será implementado em 2025. Para conduzir essas discussões, o vice-prefeito eleito, Victor Marques, assume a coordenação de um grupo de trabalho que avaliará ajustes e inovações para a próxima gestão. O prefeito João Campos destacou a importância da iniciativa: “Vamos seguir com novos avanços na cidade, sempre olhando para onde é possível aprimorar, com foco em ainda mais resultados. Victor terá o papel de capitanear esse trabalho, junto com um time que conhece cada detalhe do funcionamento da Prefeitura do Recife”. O grupo de trabalho é composto pelos secretários Aldemar Santos (Governo), Maíra Fischer (Finanças), Marília Dantas (Infraestrutura) e Felipe Matos (Planejamento e Gestão). O início das atividades está previsto para amanhã, após a formalização no Diário Oficial do Município. Victor Marques ressaltou a relevância da reformulação: “Temos uma gestão muito exitosa, que entregou resultados importantes, mas que pode fazer ainda mais. Ajustes e adaptações são sempre necessários, para seguir com novas ações e diretrizes de gestão.”

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Contaminação por microplásticos atinge tubarões e compromete ambiente marinho brasileiro

Estudo da UFPE alerta para impactos da poluição e risco à saúde pública Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) conduziram um estudo inédito sobre a contaminação por microplásticos do cação-figuinho, uma espécie de tubarão comum na costa brasileira. A pesquisa revelou que toda a cadeia alimentar da costa leste da América do Sul está contaminada, tornando o microplástico uma presença irreversível no ecossistema marinho. "A teia alimentar estuarino-costeira encontra-se totalmente contaminada por microplástico, e essa contaminação mostra-se cíclica, sem como ser retirada", afirma Roger Rafael Cavalcanti Bandeira de Melo, autor da dissertação e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Oceanografia da UFPE. A ingestão de microplásticos pelo cação-figuinho ocorre através de suas presas, espécies estuarinas também contaminadas. O estudo aponta a necessidade de cautela no consumo desse tubarão, especialmente em comunidades ribeirinhas, devido à possível presença de substâncias nocivas, como o mercúrio, associadas ao microplástico. Roger também ressalta que a carne contaminada, ao ser ingerida, pode desencadear processos inflamatórios no corpo humano. "Esse microplástico transporta substâncias extremamente nocivas para o organismo", alerta o pesquisador. Durante a pesquisa, foram analisados 135 exemplares do cação-figuinho, coletados entre as divisas da Paraíba e de Alagoas ao longo de 13 meses. A equipe observou que a contaminação era mais intensa em períodos de chuva, especialmente em tubarões jovens. Fibras azuis e filmes pretos, resultantes da atividade pesqueira e industrial, foram os microplásticos mais presentes nos espécimes estudados, refletindo o impacto humano direto sobre o ambiente marinho costeiro. O estudo, que envolveu laboratórios da UFPE e do Instituto de Macromoléculas Eloisa Mano, no Rio de Janeiro, indica a necessidade de mais pesquisas sobre a contaminação de microplásticos em espécies marinhas e os riscos à saúde humana. "A pesquisa ainda está em andamento, e novos estudos focados em contaminação por metais pesados e reprodução desses tubarões já estão planejados", conclui Roger.

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Censo revela baixa presença feminina em cargos de secretariado no Brasil

Apenas 28% das secretarias estaduais e municipais são ocupadas por mulheres; estudo aponta desafios de paridade e inclusão racial A presença feminina em cargos de secretariado nos governos estaduais e nas capitais brasileiras permanece reduzida, de acordo com o primeiro Censo das Secretárias, realizado pelos institutos Aleias, Alziras, Foz e Travessia Políticas Públicas, com apoio da Fundação Lemann e Open Society Foundations. O estudo revelou que apenas 28% desses cargos são ocupados por mulheres, enquanto os homens dominam com 72%. Apesar de alguns avanços, apenas uma capital, Natal, e três estados — Alagoas, Pernambuco e Ceará — atingiram a paridade de gênero. Em 20 estados e 16 capitais, a participação feminina não alcançou 30%. O levantamento, que mapeou 698 órgãos estaduais e 536 municipais nas capitais, destaca a inclusão inédita da autodeclaração racial, revelando que 57,4% das respondentes se identificam como brancas, 37,8% como pretas ou pardas, 3% como indígenas e 2% como amarelas. Mulheres com deficiência representam apenas 1,3% das secretárias. Além disso, o Censo mostra que elas estão concentradas em áreas sociais, com 53% nos estados e 44% nas capitais, enquanto a presença em áreas estratégicas, como infraestrutura e órgãos centrais, permanece limitada. Para Marina Barros, diretora do Instituto Alziras, esses números refletem barreiras estruturais. “Apesar de as mulheres terem conquistado espaço em algumas áreas, sua sub-representação nos cargos de primeiro escalão continua preocupante. A falta de diversidade nessas áreas impacta diretamente a qualidade das políticas públicas”, afirmou. O estudo também revelou que 43% das secretárias possuem especialização, 26% têm mestrado e 10% concluíram doutorado, destacando a qualificação elevada das mulheres em posições de liderança. A pesquisa identificou que 40% das secretárias vieram de outra secretaria e 33% ascenderam dentro da mesma pasta, sugerindo uma progressão dentro do próprio executivo. Apesar dessa trajetória, 50% estão ocupando o cargo pela primeira vez, o que pode indicar um fenômeno recente de entrada feminina nessas posições. Luana Dratovsky, diretora executiva do Instituto Aleias, comentou: “Para chegar nos cargos de liderança, as mulheres precisam ser nomeadas. E quem nomeia é quem está no alto escalão do poder executivo, em sua grande maioria, homens”. Na segunda etapa do Censo, prevista para novembro, o estudo abordará temas como trabalho doméstico e violência política de gênero e raça, além de trazer recomendações para a criação de leis de paridade de gênero e redes de apoio às mulheres em cargos de liderança. Para acessar o relatório completo, visite www.censosecretarias.org.

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Representantes de três países latino-americanos visitarão comunidades rurais do Semiárido

Evento de 12 dias percorrerá Pernambuco e Paraíba, destacando soluções inovadoras de adaptação climática em zonas secas (Foto: Ana Mendes) Entre os dias 28 de outubro e 8 de novembro, Pernambuco e Paraíba receberão um intercâmbio internacional focado em soluções climáticas no Semiárido brasileiro. A iniciativa contará com a participação de 11 representantes de El Salvador, Guatemala e Colômbia, incluindo jovens, mulheres e agricultores envolvidos em projetos apoiados pela agência de cooperação internacional Terre des Hommes Schweiz. O objetivo é promover a troca de experiências sobre práticas de adaptação climática e justiça ambiental entre diferentes países latino-americanos. Os intercambistas serão recebidos no Recife, capital pernambucana, de onde visitarão comunidades rurais no interior do estado para conhecer diversas experiências. No Sertão do Pajeú, conhecerão sistemas de produção conectados às feiras agroecológicas. Na região do Agreste, as tecnologias sociais de convivência com o Semiárido serão conferidas de perto, como as cisternas, os sistemas de reuso de águas cinzas, entre outras. O grupo também fará uma vivência junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra - MST para compreender o processo de luta pela terra dos campesinos no Brasil. Em seguida, visitarão o Polo da Borborema, na Paraíba, para vivenciar outras iniciativas que promovem o empoderamento econômico de agricultores, a exemplo do Fundo Rotativo Solidário. As experiências observadas no intercâmbio servirão de referência tanto para representantes do Brasil quanto de outros países. Cada prática identificada será discutida em detalhes, visando eliminar dúvidas e gerar informações que possam ser replicadas nas regiões de origem dos participantes. A proposta do intercâmbio é destacar o Semiárido brasileiro como um exemplo global de resiliência. Carlos Magno Morais, coordenador de mobilização social do Centro Sabiá e representante da Plataforma Semiáridos América Latina no Brasil, reforça que “as comunidades do Semiárido, que historicamente enfrentam secas extremas, acumulam um conhecimento valioso que pode ser compartilhado com outros biomas ao redor do mundo. Este intercâmbio reforça a importância de colocar o Semiárido no centro das discussões climáticas globais”. Morais também ressalta que ‘a justiça climática deve ser uma prioridade’. As populações do Semiárido contribuíram pouco para as emissões de carbono, mas estão entre as mais afetadas pelas mudanças climáticas. Esse intercâmbio fortalece a troca de saberes e soluções que podem promover justiça e resiliência em escala global. O evento é organizado pelo Centro Sabiá e pela Plataforma Semiáridos América Latina, com o apoio de Terre des Hommes Schweiz, em parceria com a AS-PTA e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST.

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Algomais foi uma das finalistas do 20º Prêmio Urbana de Jornalismo

Consolidado como um dos mais prestigiados reconhecimentos do jornalismo pernambucano, o Prêmio Urbana de Jornalismo – Engenheiro Pelópidas Silveira chega à sua 20ª edição, destacando reportagens que exploram a relevante temática da mobilidade urbana. Ao longo dessas duas décadas, o prêmio se reinventou para acompanhar as transformações nas redações, nos veículos de comunicação e nas formas de transmitir notícias ao público, incorporando novas mídias e tecnologias. Durante toda sua trajetória, contou com o apoio do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco. Nesta edição comemorativa, foram inscritos 36 trabalhos divididos em quatro categorias: Texto, Áudio, Vídeo e Fotografia. A Algomais foi finalista na categoria texto, com a série de reportagens Era uma vez uma ferrovia..., de Rafael Dantas e Cláudia Santos. A revista concorria ainda na categoria fotografia, com Wanderley Andrade. O trabalho vencedor na categoria texto foi "UBER MOTO: perigo sobre duas rodas", da jornalista Roberta Soares, do Jornal do Commercio, que ganhou também o prêmio geral. A TV Globo venceu a categoria vídeo, com o trabalho Transportes Limpos, de Thiago Augustto. Ed Machado , da Folha de Pernambuco, sagrou-se vencedora em fotografia e o podcast "O caminho para o fim do mundo", de Georgia Santos, venceu na disputa dos trabalhos em áudio. Os finalistas foram divulgados durante o evento de premiação e, em seguida, foram revelados os vencedores. A cerimônia de entrega aconteceu no Restaurante Ruffo, no Recife. “A pauta de discussão sobre a prioridade ao transporte coletivo no sistema viário e nas políticas públicas e as repercussões do uso excessivo do transporte individual motorizado na mobilidade, no meio ambiente, na segurança viária e na qualidade de vida reforça a urgência de discutirmos qual é o futuro que desejamos para as nossas cidades. E a cobertura jornalística exerce um papel fundamental nessa discussão”, avalia o coordenador técnico da Urbana-PE, Bernardo Braga.

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Lojas do Recife abrirão hoje (21) em horário especial

O comércio do Recife vai funcionar com horário especial hoje (21). A mudança no funcionamento é por conta do Dia dos Comerciários, data em comemoração à categoria. De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife), as lojas de rua abrirão de maneira facultativa. Já lojas de shoppings centers da Região Metropolitana do Recife vão operar com horário especial. #Confira abaixo como será o funcionamento de lojas do centro, de bairros e de shopping centers no Dia dos Comerciários: #Centro do Recife e bairros - facultativo *Recife Shopping Recife - das 12h às 21h. RioMar Recife - das 12h às 21h. Shopping Boa Vista -  das 11h às 19h. Shopping Tacaruna - das 12h às 21h. Plaza Shopping - das 12h às 21h. Shopping ETC -  lojas fecham. Alimentação e lazer funcionam Shopping de Afogados - fechado *Olinda Shopping Patteo Olinda - das 12h às 21h. *Paulista Paulista North Way Shopping - das 12h às 21h. *Camaragibe Camará Shopping - das 12h às 21h. *Jaboatão Shopping Guararapes -  das 12h às 21h. *Cabo de Santo Agostinho Shopping Costa Dourada - lojas fecham. Alimentação e lazer funcionam *Igarassu Shopping Igarassu - fechado *Moreno Recife Outlet - das 9h às 21h.

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Trabalho infantil recua 14,6% em um ano, segundo dados do IBGE

Em 2023, 1,6 milhão de crianças e adolescentes estavam nesta situação. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil (Da Agência Brasil) O número de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, em situação de trabalho infantil chegou a 1,607 milhão em 2023, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados na última sexta-feira (18). O contingente é 14,6% inferior ao registrado em 2022 (1,881 milhão) e o menor da série histórica da pesquisa, iniciada em 2016. O IBGE define o trabalho infantil como aquele considerado perigoso e prejudicial para a saúde e desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolarização. A legislação brasileira proíbe que crianças até 13 anos trabalhem, em qualquer circunstância. Adolescentes de 14 e 15 anos só podem trabalhar na condição de aprendiz. Já aqueles com 16 e 17 anos podem ter empregos com carteira assinada, mas desde que não sejam em atividades insalubres, perigosas ou em horário noturno. Qualquer situação que fuja a essas regras é considerada trabalho infantil. De acordo com o IBGE, de 2016 a 2019, o trabalho infantil apresentou quedas anuais, passando de 2,112 milhões no primeiro ano da série histórica para 1,758 milhão em 2019. Depois de dois anos sem realizar pesquisas, devido à pandemia de covid-19, o IBGE constatou que, em 2022, o indicador havia subido pela primeira vez (7% em relação a 2019). O pesquisador do IBGE Gustavo Fontes disse que a pandemia pode ter influenciado o aumento, mas sem os dados de 2020 e 2021, é difícil fazer uma correlação entre a pandemia de covid-19 e a piora do dado em 2022. Em 2023, o dado voltou a melhorar devido a fatores como a melhora da renda domiciliar. “O ano 2023 foi bastante favorável para o mercado de trabalho. Teve um ganho importante na renda domiciliar per capita. Também houve um aumento importante do rendimento médio e do total de domicílios cobertos pelo Bolsa Família. Também pode ter efeitos de políticas públicas voltadas para essa meta de eliminação do trabalho infantil”, afirmou Fontes. Recortes O percentual de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil representa 4,2% do total de pessoas nessa faixa etária. Em 2022, a parcela chegou a 4,9%. O total de crianças de 5 a 13 anos submetidas a trabalho infantil era 346 mil em 2023, enquanto aqueles com 14 e 15 anos chegou a 366 mil. O maior contingente era de adolescentes de 16 e 17 anos (895 mil). De acordo com o IBGE, a incidência do trabalho infantil cresce com a idade: em 2023 1,3% das crianças de 5 a 13 anos de idade estavam em situação de trabalho; 6,2% enfrentavam essa situação no grupo de 14 e 15 anos; e 14,6% entre os adolescentes de 16 e 17 anos. Do total de crianças e adolescentes envolvidos em trabalho infantil, 1,182 milhão estavam envolvidas em atividades econômicas, ou seja, para geração de renda. As outras 425 mil trabalhavam apenas para o autoconsumo, ou seja, a produção de bens para uso dos moradores do domicílio ou de parentes não moradores, como criação de animais, pesca e agricultura. A região Norte concentrava a maior proporção de crianças e adolescentes em trabalho infantil (6,9%), seguida pelo Centro-Oeste (4,6%) e Nordeste (4,5%). Sudeste (3,3%) e Sul (3,7%) tinham as menores proporções. Em números absolutos, o Nordeste tinha o maior contingente em trabalho infantil (506 mil). O Sul tinha o menor número (193 mil) e também apresentou a maior queda em relação a 2022 (-28,8%). Trabalho perigoso A pesquisa do IBGE também constatou que, dos 1,607 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, 586 mil desempenhavam atividades com riscos para a saúde ou para a segurança. O dado revela queda de 22,5% em relação a 2022 (756 mil) Esse indicador também atingiu o menor patamar da série iniciada em 2016. Foram consideradas de risco aquelas atividades elencadas na Lista de Piores Formas de Trabalho Infantil, conhecida como Lista TIP, segundo o Decreto 6.481/2008. Entre as vítimas nesta situação no ano passado, 84 mil tinham de 5 a 13 anos e 153 mil tinha 14 e 15 anos. Os outros 349 mil tinham 16 e 17 anos. De acordo com o IBGE, a maioria era homens (76,4%) e pessoas de cor preta ou parda (67,5%). Em 2023, o trabalho perigoso era exercido por 65,7% das crianças de 5 a 13 anos de idade que realizavam atividades econômicas e por 55,7% dos adolescentes de 14 e 15 anos que faziam esse tipo de atividade. Entre aqueles de 16 e 17 anos, o percentual chegou a 34,1%. Tempo gasto Segundo a Pnad, 20,6% das crianças e adolescentes envolvidas no trabalho infantil estavam submetidas a essa situação por 40 horas ou mais por semana. O maior percentual foi encontrado na faixa etária mais velha (16 e 17 anos): 31,1%. Entre os jovens com 14 e 15 anos, essa parcela chegava a 14,1% e, entre os mais novos (5 a 13 anos) o índice era de 0,4%. Entre as crianças de 5 a 13 anos, o IBGE constatou que o trabalho infantil não chegava a comprometer a frequência escolar, uma vez que aquelas sujeitas a esse tipo de atividade tinha taxa de frequência de 99,6%, superior à média dessa população (99%). “Só que a gente observa que, à medida que a idade avança, há um maior comprometimento da frequência escolar”, destaca Fontes. A pesquisa verificou que a taxa de frequência escolar entre os adolescentes de 14 e 15 anos em situação de trabalho infantil era de 94% (ante 98,3% da população geral nessa faixa), e entre aqueles de 16 e 17 anos caía para 81,8% (ante 90% da média da faixa etária). Sexo e raça Os dados da Pnad mostram ainda que em 2023 o trabalho infantil afetava crianças e adolescentes de forma diferente, dependendo do sexo e da cor ou raça. Pretos ou pardos respondiam por 65,2% daqueles em situação de trabalho infantil, percentual que supera a parcela

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