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Na era da informação, o cidadão não consegue acompanhar a política

*Por Amanda Ribeiro, especial para Algomais Como acompanhar a política? Após eleger os governantes, os cidadãos se deparam com notícias que entristecem, desde os grandes escândalos como o Mensalão e as descobertas da Lava Jato, até gestos que nem sempre ganham tantos holofotes, como deslocamentos da Câmara para destinos turísticos que, em um ano, custaram R$ 3,9 milhões. Periodicamente os brasileiros descobrem gastos exagerados e atitudes aparentemente duvidosas vindas de políticos e não conseguem acompanhar o que de fato ocorreu após o vazamento do escândalo. A fiscalização política e a participação cidadã nos acontecimentos do País são determinantes para a democracia. Na realidade, são importantes diagnósticos sobre a situação democrática da sociedade. Quando o cidadão não tem acesso às informações corretas, não pode exercer o seu direito de voto com plena consciência. Em meio ao cenário de notícias falsas e muitas informações advindas de variadas fontes, como acompanhar o político e entender se as ações que ele toma de fato estão coesas com as promessas do período pré-eleitoral? A grande problemática das Fake News afeta a democracia O fenômeno específico das notícias falsas ou Fake News é mais debatido atualmente no mundo inteiro por abranger uma quantidade de conteúdos noticiosos falsos disseminados em larga escala, normalmente em plataformas digitais. Apesar da própria desinformação ou intencional disseminação de boatos serem ações antigas historicamente, como refere Ivan Moraes (vereador do Recife pelo PSOL) em entrevista, o fenômeno tem tomado cada vez maior atenção no Brasil. “Notícias falsas nunca foram novidade na história da humanidade. Há 'boatos' clássicos que fizeram história inclusive na mídia tradicional (...) A diferença agora é que, com a multiplicação das mídias sociais e a facilidade de fazer com que mentiras possam ser contadas em plataformas que se assemelham muito a notícias verídicas - some isso com nossa lacuna histórica de educação para a mídia - o resultado pode ser desastroso. Como está sendo”, afirmou o vereador. Recentemente, inclusive, foi instaurada em território brasileiro a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News para investigar a intensa propagação de notícias falsas durante as eleições de 2018. Posteriormente, em 2020, a CPMI das Fake News passou a focar também nas questões da pandemia, de forma que, em agosto deste ano, a CPI da Pandemia passará a ter a colaboração da CPMI das Fake News para investigar uma possível rede de disseminação de desinformação sobre a COVID-19, como a deslegitimação da eficácia das vacinas e a alegação da existência de “tratamentos precoces”. Ivan Moraes informa que, no seu mandato, as Fake News são mais sentidas no Whatsapp, dificultando a retificação da mensagem e facilitando a grande disseminação da notícia falsa. O vereador acrescenta que as Fake News atrapalham o seu trabalho e a situação se tornou “mais difícil ainda” em período de pandemia. “É lamentável que isso muitas vezes nos obrigue a utilizar nosso tempo de trabalho para dar conta de retificar mentiras que se multiplicam numa velocidade muito grande. No ano passado, por exemplo, houve uma votação na Câmara Municipal sobre a criação de uma comissão para fazer o mesmo que duas outras comissões que já existiam faziam. Votei contra, como a maioria, e a comissão não foi criada. Por conta disso, foram espalhados “cards” dizendo que nós havíamos votado “contra a fiscalização da prefeitura”, o que é uma mentira escandalosa que nós tivemos que responder por muitos meses, porque ela foi muito “requentada” até o período eleitoral”, relatou Ivan Moraes. Esse não é um problema só do Brasil, mas de abrangência mundial, como esclarece o deputado da Assembleia da República portuguesa Luís Monteiro, do partido Bloco de Esquerda. Em entrevista, o político afirma que tem existido “uma pressão cada vez maior e progressiva daquilo que é a necessidade do espaço político e do espaço da sociedade civil em combater a produção de Fake News”. E cita situações vividas pelo próprio partido: “O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, por várias vezes, precisou desmentir principalmente notícias difamatórias em relação a nós: ou que éramos consumidores de drogas, ou que tínhamos patrimônios imobiliários e na verdade não tínhamos. Muitas das vezes não vêm dos órgãos de comunicação tradicionais, mas eles acabam por reproduzir essas notícias falsas. Portanto já houve, em alguns momentos, a necessidade de nós não só combatermos notícias que apareciam em páginas de Facebook ou páginas que se passam por órgãos de comunicação social - e isso já aconteceu várias vezes - como também tivemos que desmentir alguns órgãos de comunicação creditados.” Mesmo paralelamente, Ivan Moraes e Luís Monteiro concordam que há uma crise na confiança da população nos meios tradicionais de mídia. Também é perceptível que o cenário português e brasileiro apresentam outra semelhança: a dificuldade de fazer chegar as informações sobre o que em Portugal chama-se autarquias locais e no Brasil nomeia-se governos municipais. Ambos apontam para a mesma causa aparente: Ivan Moraes afirma que “a cobertura jornalística em particular sobre o legislativo municipal é fraquíssima” e Luís Monteiro diz, em síntese, que “a própria fiscalização democrática do ponto de vista noticioso e informativo é muito menor sobre o poder local” em comparação ao governo central. Como driblar as Fake News e conseguir entender o cenário político? Embora a tecnologia seja a principal ferramenta para a disseminação de Fake News, também é uma grande ferramenta para que o cidadão consiga acompanhar o que está acontecendo na política brasileira e mundial. A utilização das redes sociais para o acompanhamento do político A relação entre as redes sociais e a política de compartilhamento precisa estar mais equilibrada com o próprio funcionamento do Estado. Ivan Moraes sugere ao cidadão “procurar acompanhar diretamente a ação de quem a gente elege, seja pelas redes oficiais das Câmaras, seja pelas redes sociais dos mandatos”. Luís Monteiro confirma que, apesar de não querer fazer das redes sociais “o alfa e o ômega” do seu trabalho, “as redes sociais são uma interface importante de dar a conhecer as propostas do partido, de dar a conhecer o trabalho desenvolvido na Assembleia da República e

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Aeroportos de Pernambuco com mais voos em julho

Da Secretaria de Turismo de Pernambuco O mês de julho começa trazendo expectativas positivas para o Turismo de Pernambuco. A perspectiva para a malha aérea nos próximos 30 dias consolida o status de crescimento do Aeroporto do Recife, principal porta de entrada para o Estado. Tradicional mês de férias, julho terá 5.950 voos, entre pousos e decolagens, valor que representa um aumento de 19,62% em comparação a junho. O resultado previsto para este mês é o melhor do ano até então. Boas notícias também com relação a outros terminais do Estado: o Arquipélago de Fernando de Noronha ampliou em 14% o volume de pousos e decolagens, chegando a 228 voos; já o Aeroporto de Petrolina atingiu 261 voos, o que é 19% a mais que em junho. Em um panorama comparativo no Nordeste, a capital pernambucana supera Salvador e Fortaleza, que projetam 4.038 e 2.729 voos, respectivamente. Na média diária, o Recife terá 192 operações; Salvador, 130, e Fortaleza, 88. Os dados são da Anac e foram avaliados pelo Setor de Estudos e Pesquisas da Empetur. “A onda de crescimento vista nos últimos meses segue em progressão também em julho, mês impulsionado pelas férias, o que nos leva ao melhor resultado do ano em termos da expectativa da malha aérea. Seguimos trabalhando lado a lado com as companhias aéreas, com a Aena, que administra o terminal do Recife, e com o trade turístico do Estado para seguirmos mantendo este ritmo de crescimento, que é fator crucial para que o nosso turismo recupere o fôlego e volte a gerar empregos”, destaca o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes. Em recente levantamento, feito pelo portal Aeroin, a partir de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a rota Guarulhos-Recife movimentou 537.318 passageiros entre os meses de janeiro e maio deste ano, sendo o voo mais procurado do País no acumulado dos cinco primeiros meses do ano. DESTINOS Para julho, a estimativa é de que o Aeroporto do Recife opere 34 destinos, sendo 33 nacionais e um internacional. Os voos são para as cidades de Aracaju, Aracati, Belém, Brasília, Campina Grande, Caruaru, Confins, Cuiabá, Fernando de Noronha, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Juazeiro do Norte, Maceió, Manaus, Mossoró, Natal, Palmas, Petrolina, Porto Alegre, Rio de Janeiro (Galeão e Santos Dumont), Salvador, São Luís, São Paulo (Campinas, Congonhas, Guarulhos, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto), Serra Talhada, Teresina, Uberlândia e Vitória. Fora do Brasil, a operação é para Lisboa. FERNANDO DE NORONHA E PETROLINA Os outros aeroportos do Estado que contam com duas malhas aéreas que também apresentam expectativa bastante positiva para o mês de julho são o Aeroporto Governador Carlos Wilson, de Fernando de Noronha, e o Aeroporto Senador Nilo Coelho, de Petrolina. O primeiro subiu de 200 voos no mês de junho para 228; já o segundo foi de 220 para 261 pousos e decolagens previstas para o período. Com relação aos destinos, o terminal de Petrolina recebe e envia voos diretos para o Recife, Campinas, Guarulhos e Salvador. E Noronha, atualmente, só conta com operações para o Recife.

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