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Estado autoriza obras de implantação da VPE-092, na Mata Norte

As intervenções irão contemplar um trecho de 20,57 quilômetros de estrada, no município de Vicência (Do Governo de Pernambuco) O Governo de Pernambuco autorizou, por meio da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Recursos Hídricos, nesta quinta-feira (14.07), as obras de implantação e pavimentação da via vicinal VPE-092, que liga o município de Vicência ao distrito de Borracha, na Mata Norte. As intervenções contam com o aporte de R$ 34,2 milhões. Os serviços contemplam um trecho de 20,57 quilômetros. "As obras dessa estrada vão melhorar a qualidade de vida da população, garantindo a mobilidade das pessoas e o escoamento da produção. Seguimos trabalhando pelo desenvolvimento de toda a Mata Norte e do Estado", frisou o governador Paulo Câmara. As intervenções vão abranger a pavimentação em Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), revestimento asfáltico comumente utilizado em vias urbanas e rodovias, além da implantação de dispositivos de drenagem e sinalização completa. O trabalho deverá ser concluído em até um ano. Acompanharam a assinatura da ordem de serviço o secretário executivo da Casa Civil, Eduardo Figueiredo; o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Maurício Canuto; e o ex-prefeito de Vicência Paulo Tadeu, além de vereadores da região. Fotos: Heudes Regis/SEI

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Paulo Câmara autoriza início das obras do novo Compaz em Petrolina

Encerrando a programação no Sertão do São Francisco, governador também autorizou novas obras de infraestrutura e ações nas áreas de educação, geração de renda e assistência social (Fotos: Heudes Regis/SEI) (Do Governo de Pernambuco) PETROLINA – O governador Paulo Câmara finalizou a passagem pelo Sertão de São Francisco, nesta quarta-feira (15.06), em visita a Petrolina, onde ele autorizou o início das obras do novo Centro Comunitário da Paz - Compaz. O equipamento tem como objetivo difundir a cultura de paz e segurança cidadã, visando oferecer alternativas para prevenir a criminalidade, além de funcionar como uma ferramenta de inclusão social. Com um investimento total de R$ 11,8 milhões, o espaço vai reunir cultura, lazer e prestação de serviços, com intervenções que vão desde mudanças urbanísticas até a inserção dos jovens no mercado de trabalho. “Já temos experiência com essa iniciativa no Recife e a gente vê que existe um impacto muito grande. Agora, vamos fazer essa grande obra do Compaz aqui em Petrolina. Queremos oferecer à população um local onde existam atividades relacionadas à cultura, ao esporte e também outros tipos de serviços”, disse Paulo Câmara. Em Petrolina, o governador também assinou ordem de serviço para recuperação e adequação de novo trecho da rodovia PE-655. As obras estão em andamento desde abril e contemplarão os 31,3 quilômetros de extensão da via, ligando o Centro Industrial de Petrolina à divisa de Pernambuco com a Bahia, passando pelo distrito de Tapera. Os serviços, coordenados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), incluem terraplenagem, pavimentação completa, instalação dos dispositivos de drenagem, sinalização horizontal e vertical, além de obras complementares. A previsão é que as intervenções sejam concluídas em setembro deste ano, com um investimento de R$ 16,6 milhões, para melhorar a trafegabilidade e a mobilidade das pessoas, beneficiando diretamente mais de 340 mil moradores da região. O governador também deu por inaugurado o Sistema de Abastecimento da Baixa da Jurema e a ampliação do Sistema de Abastecimento de Água no Bairro Jardim Petrópolis. Já na área da educação, ele inaugurou mais um Espaço 4.0, na Escola Técnica Estadual Professora Maria Wilza Barros de Miranda, e autorizou a construção de quadras cobertas em nove escolas, além de abrir novas licitações para obras semelhantes em outras 15 escolas do município. Foram assinados, ainda, três convênios em Petrolina. Um deles, no valor de R$ 111 mil, visa a implantação do tratamento de efluentes no abatedouro de Rajada, através do Programa Força Local; outro, firmado com o Sebrae, vai beneficiar agroindústrias do Sertão de São Francisco, no valor de R$ 285 mil; e um terceiro convênio é voltado para o estímulo à apicultura, no valor de R$ 504 mil. Por último, na área de assistência social, o governador garantiu recursos para manutenção do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), para o pagamento de Benefício Eventual e para medidas socioeducativas em meio aberto. Acompanharam Paulo Câmara a vice-governadora Luciana Santos; os secretários estaduais Fernandha Batista (Infraestrutura e Recursos Hídricos), Marcelo Barros (Educação e Esportes), Tomé Franca (Desenvolvimento Urbano e Habitação), Alberes Lopes (Trabalho, Emprego e Qualificação) e Cloves Benevides (Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas); os presidentes da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), Roberto Abreu e Lima, e da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Manuela Marinho; e o diretor executivo de obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Alexandre Arruda. Também integraram a comitiva os deputados federais Danilo Cabral, Gonzaga Patriota e Fernando Monteiro; os deputados estaduais Dulcicleide Amorim, Teresa Leitão, Lucas Ramos, João Paulo Costa, Antônio Fernando e Rodrigo Novaes; o prefeito de Petrolina, Simão Durando; além de outros prefeitos, ex-prefeitos e vereadores da região.

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Prefeitura do Recife inicia urbanização das margens do Rio Tejipió

Parque Alagável com quase 4 mil m2 de área será implantado nos bairros de Areias e Tejipió. Prefeito João Campos acompanhou no último sábado (11) os trabalhos no local (Fotos: Edson Holanda/PCR) (Da Prefeitura do Recife) A Prefeitura do Recife está urbanizando as margens do Rio Tejipió, no trecho próximo à Avenida Recife, entre os bairros de Areias e do Ipsep. A área ganhará um Parque Alagável, com área total de 3,9 mil m², que inclui o alargamento da calha do rio e a implantação de equipamentos públicos, como minicampo, playground, áreas para jogos, cooper e piquenique. A demolição dos imóveis situados na beira do rio, necessária para o projeto de urbanização, começou nesta semana. O prefeito do Recife João Campos esteve na localidade, perto da Rua Terezina, no Ipsep, no último sábado (11), para verificar o andamento dos trabalhos. “Estamos aqui no Ipsep, aqui está o Rio Tejipió que hoje é o maior desafio de drenagem da cidade. Estamos fazendo uma intervenção aqui, fizemos a desapropriação de aproximadamente 95 imóveis, e estamos fazendo a retirada e vamos fazer o alargamento desse trecho que é o mais crítico. Aqui o rio está com 8 metros de largura e com essa intervenção vamos fazê-lo chegar a 30 metros, um processo de renaturalização do leito dessa área mais crítica”, esclareceu João Campos. “Essa intervenção aqui está custando aproximadamente R$ 10 milhões para o município, mas a gente acredita muito no potencial dela tendo em vista que o Tejipió é o maior desafio de drenagem da cidade. Aqui pega o bairro do Ipsep, Coqueiral, Areias, Sancho, Tejipió, a Avenida Recife e avenidas importantes da cidade que a gente precisa priorizar e precisa fazer”, acrescentou ele. O processo de desapropriação das casas começou no ano passado e a licitação para contratação da empresa responsável pelas demolições aconteceu durante o primeiro semestre. O conceito de Parque Alagável contempla a criação de um espaço extra para as águas, contando ainda com vegetação pensada para absorver a água e fomentar a biodiversidade local. No caso do Rio Tejipió, a intervenção tem também o objetivo de atenuar o histórico problema de drenagem na região, com o alargamento da calha. No lado do Ipsep, a intervenção contempla uma área de 2,6 mil m², com minicampo em areia, playground com brinquedos em concreto, áreas para jogos de mesa, piquenique e contemplação, passeio e área de circulação em intertravado, além de acessos para facilitar a limpeza do Rio Tejipió. Já em Areias, serão feitas pista de cooper em piso intertravado, com 368m; área de jogos; e a requalificação do passeio em intertravado, numa área total de 1.227 m². O projeto inclui acessibilidade. A intervenção prevê a demolição de 107 imóveis construídos nas margens do Rio Tejipió. No primeiro momento, a operação envolve 52 casas no bairro do Ipsep, que deve durar cerca de 60 dias e, em seguida, serão desapropriadas e demolidas mais 55 residências situadas em Areias. Ao todo, serão investidos cerca de R$ 10 milhões na desapropriação e demolição das 107 residências. OBRAS - No bairro do Ipsep, já está em execução uma grande obra de requalificação urbana e melhorias da mobilidade. As intervenções incluem a implantação de binário, corredor exclusivo de ônibus, ciclofaixa, requalificação dos passeios, arborização, melhorias nas redes de drenagem e abastecimento de água, bem como o embutimento da rede de telecomunicações. O valor investido será de R$ 36,3 milhões, melhorando também o acesso entre as avenidas Recife e Mascarenhas de Morais. O Ipsep também recebeu recentemente obras de pavimentação e drenagem na Rua Jacundá, com aporte de recursos da ordem de R$ 1 milhão. No último ano, a Prefeitura do Recife investiu mais de R$ 3,5 milhões em ações de limpeza concentradas em trechos do Rio Tejipió para otimizar o funcionamento da rede de drenagem de bairros como Totó, Barro, Areias, Caçote, Ibura e Imbiribeira. A Autarquia de Manutenção Urbana e Limpeza do Recife (Emlurb) também promove a limpeza frequente dos canais que cruzam a região, como os canais do Rio Jiquiá, Jardim Uchôa, da Marinha e da Malária.

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Como evitar o drama das chuvas

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais A s águas baixaram. Mas as dores do número de vítimas e de todo o prejuízo deixado pelas enchentes e deslizamentos permanecerão por um longo tempo. Os seis mil desabrigados e mais de 100 mortes no Estado trouxeram à memória dos pernambucanos as cheias da década de 70, mas também as catástrofes que assolaram o nosso território após os anos 2000. Diante das mudanças climáticas, esses eventos, que já são sazonais, se tornaram mais frequentes. Fenômenos que exigirão maior infraestrutura das cidades e preparação da população para conviver com eles. Todos os especialistas entrevistados consideram que os problemas agudos que vivemos nas últimas semanas não representam uma surpresa, mas são uma tragédia anunciada. Na maioria das grandes cidades brasileiras, eventos mais intensos de chuva deixam seu rastro de desastres, mas no Recife, especialmente, devido ao seu relevo e ao conjunto de rios e canais que serpenteiam por praticamente todos os bairros, esse problema se torna mais dramático. A maior parte do território em áreas planas, praticamente no nível do mar e com condições de moradia muito inadequadas para uma parcela significativa da população compuseram o triste drama que presenciamos nos últimos dias. Leia a reportagem completa na edição 195.1 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Paulo Câmara libera R$ 100 milhões para ações emergenciais e decreta situação de emergência

Recursos serão destinados à assistência às vítimas das chuvas e também para obras urgentes e de infraestrutura (Do Governo de Pernambuco - Fotos: Heudes Regis/SEI) O governador Paulo Câmara disponibilizou R$ 100 milhões para o trabalho de busca e salvamento e também para obras urgentes e de infraestrutura nos municípios atingidos pelas chuvas. Os recursos estarão disponíveis para as prefeituras já nesta semana. Além disso, com a publicação do decreto estadual de situação de emergência, os municípios atingidos também poderão acessar recursos do Sistema Nacional de Defesa Civil. “Esse montante é o que estamos liberando de forma emergencial. Ainda temos previsão de continuidade das chuvas e prosseguem os trabalhos de busca de pessoas soterradas em 12 pontos da Região Metropolitana do Recife. A nossa determinação para a Secretaria de Defesa Social e o Corpo de Bombeiros é que as equipes permaneçam nos locais até que a última vítima seja resgatada”, afirmou Paulo Câmara. De acordo com os registros da Secretaria de Defesa Social, atualizados às 18h deste domingo (29.05), chegou a 79 o número de pessoas mortas em consequência das chuvas. Além disso, há 3.957 pessoas desabrigadas, sobretudo nos municípios da Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata Norte, regiões mais afetadas. O grande impacto causado pelas chuvas fez com que, até o momento, 14 municípios decretassem Situação de Emergência: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, São José da Coroa Grande, Moreno, Nazaré da Mata, Macaparana, Cabo de Santo Agostinho, São Vicente Ferrer, Paudalho, Paulista, Goiana, Timbaúba e Camaragibe.

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Nordeste deve continuar com chuvas fortes e risco de alagamentos

(Da Agência Brasil) O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou alerta no grau máximo, de “grande perigo”, para o acúmulo de chuvas no litoral de Alagoas e Pernambuco e da Paraíba. Entre quarta e quinta-feira (26), deve chover entre 60 milímetros (mm) e 100mm, o que ocasiona grande risco de transbordamento de rios, alagamentos e deslizamento de encostas. Rio Grande do Norte e Sergipe também devem ser afetados por precipitações e ventos intensos, de 60 km/h a 100km/h, com risco de cortes de energia elétrica pela queda de galhos e árvores e alagamentos. A região vem sofrendo com fortes tempestades desde segunda-feira (23). Uma das áreas mais atingidas é a região metropolitana do Recife. De acordo com a Defesa Civil da capital pernambucana, o acúmulo de chuvas chegou a 258 mm nas últimas 48 horas, cerca de 80% do previsto para todo o mês de maio. Até o momento, a prefeitura de Olinda, cidade vizinha ao Recife, confirmou a morte de uma pessoa devido a um deslizamento de barreira. Outra morte chegou a ser informado pelo Corpo de Bombeiros de Pernambuco, mas a prefeitura ainda não confirmou. Desde terça-feira (24), houve sete deslizamentos na cidade. A Defesa Civil Nacional também divulgou alertas e orienta os moradores dos estados afetados a buscarem informações com os órgãos locais. É importante ficar atento aos alertas enviados por meio de SMS, TV por assinatura e pelas redes sociais da Defesa Civil Nacional e do Inmet, diz o alerta. Em caso de emergência, a Defesa Civil pode ser acionada pelo número 199 e o Corpo de Bombeiros, pelo 193. Para receber alertas por SMS, o cidadão deve se cadastrar enviando mensagens de texto para o número 40199, informando o CEP do local onde reside.

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Beberibe receberá complexo educacional de grande porte com ensino integral, creche e área lazer

(Com informações da Prefeitura do Recife) Com estrutura ampla e moderna, equipamento permitirá receber cerca de 800 crianças. Prefeito João Campos anunciou o avanço na Educação na noite desta segunda (16) O prefeito do Recife João Campos anunciou a construção de um complexo educacional composto por uma grande escola municipal de tempo integral e de uma ampla creche, ambas localizadas no bairro de Beberibe, na Zona Norte da cidade. A novidade foi anunciada durante entrega das obras do Lote 3 do PAC Beberibe, em Dois Unidos, com mais uma etapa da nova avenida radial. "É uma obra que vai revolucionar essa área da cidade. O maior complexo educacional do Recife. A maior creche do Recife, com a maior escola. Com 30 salas de aula aqui onde funcionava CT do Santa Cruz", afirmou o prefeito João Campos. Tendo como foco dobrar o número de vagas em creches no Recife até 2024, a Prefeitura anunciou a nova unidade, com uma estrutura ampla e moderna que permitirá receber cerca de 260 crianças. O prédio contará com 12 salas de aula, biblioteca e parquinho. O complexo também abrigará uma escola municipal de referência, que funcionará em tempo integral. A unidade, que possuirá capacidade para 550 estudantes, terá 18 salas de aula, laboratório, quadra poliesportiva, biblioteca e refeitório. Entre a escola e a creche, uma área de convivência também será construída. Prefeitura do Recife entrega mais um trecho da nova avenida radial da Zona Norte Ontem (16), de mais uma etapa da nova avenida radial projetada para criar um novo acesso entre a região do Arruda e a BR-101. Desta vez, o prefeito do Recife João Campos apresentou a conclusão das obras do Lote 3, que mede 1,3 km e vai do antigo Centro de Treinamento do Santa Cruz até as proximidades da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Minerva, em Dois Unidos. O trecho recebeu investimentos na ordem de R$ 18,3 milhões. No total, já foram entregues 4 km da nova radial, incluindo pavimentação, drenagem, esgotamento sanitário e ciclovia.

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"A pandemia afetou de forma significativa, quase terminal, a sustentabilidade do sistema de transporte público"

Cesar Cavalcanti, professor Aposentado da UFPE, membro das Academias Pernambucana e Nacional de Engenharia e Diretor da Regional Nordeste da ANTP (Associação Nacional de Transporte Público) fala para a Algomais sobre como a pandemia aprofundou a crise econômica do setor de transporte de passageiros e aponta algumas alternativas para virar esse quadro, que é crítico para a sustentabilidade das cidades. Quais os principais desafios para a qualificação dos sistemas de transporte público das metrópoles brasileiras, como do Grande Recife? O momento em que vivemos é extremamente desafiador e os sistemas de transporte não ficaram imunes a esta condição. Pelo contrário, os chamados Sistemas de Transporte Público de Passageiros em áreas urbanas, conhecidos pela sigla STPP, já vinham sofrendo muitas dificuldades desde antes o surgimento da pandemia de Covid-19 e, durante a eclosão do vírus, viram sua demanda, já decadente, decrescer a níveis alarmantes. Junte-se a isto, as mazelas provocadas pelo uso crescente dos veículos individuais, que contribuem para obstruir o escasso espaço viário disponível, contribuindo para tornar, ainda menos atrativo, o transporte coletivo. Outro fator de pressão sobre os STPPs, reside no reconhecimento da necessidade de descarbonização do setor, de forma a reduzir a emissão de gases de efeito estufa (a mobilidade urbana, da forma como hoje é realizada, é a principal responsável pela emissão desses gases) e assim, proteger o meio ambiente urbano e a saúde das pessoas que nele habitam. No âmbito econômico, destaca-se a premência de desconectar a histórica vinculação entre o preço do serviço ou “passagem” cobrado ao passageiro e o valor pago ao prestador daquele serviço, por razões a serem abordadas logo abaixo. Por fim, destaca-se a necessidade de conceber e efetivar novas formas de contratação dos serviços, que viabilizem a implantação de sistemas verdadeiramente integrados, nos aspectos operacional/modal, físico e tarifário. Embora outros desafios existam, acreditamos que esses se incluem entre aqueles de maior relevância. Como a pandemia afetou a sustentabilidade dos sistemas de ônibus ou metrô? Ao difundir o sistema de home office, limitar o número de passageiros por veículo de transporte, acometer parte do pessoal de operação pela doença e fechar ou reduzir a operação de diversas categorias econômicas, entre comerciais, esportivas, de lazer e culturais, a pandemia de Covid-19 afetou, de forma significativa (outros dizem, que, de forma quase terminal…) essa sustentabilidade: reduziu a demanda, suprimiu a disponibilidade do pessoal de operação, elevou os custos de operação por passageiro transportado, restringiu as alternativas de investimento e, de quebra, ainda contribuiu para denegrir a imagem dos STPPs, sob a controversa hipótese de que o transporte coletivo era, necessariamente, o maior disseminador do vírus. Como a recente alta dos preços no País está afetando o setor de transporte público? Os itens de custo mais importantes para o setor são a mão de obra, com participação de cerca de 50%, e combustíveis, com aproximadamente 30% dos custos totais. Como a mão de obra teve sua remuneração congelada, desde o começo de 2020, é de se esperar o recrudescimento das reivindicações salariais dos trabalhadores nos STPPs, como, de fato, tem se verificado em todo país, através de greves, operações padrão e outros expedientes prejudiciais à plena operação dos serviços. Já no caso do combustível, verifica-se um significativa ampliação do custo do combustível no conjunto dos custos do transporte, conforme pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, que aponta para o crescimento de 70% do preço do óleo diesel, desde 2020. Sem esquecer que outros integrantes do custo do transporte também passam por uma substancial pressão inflacionária, verifica-se que, de acordo com estudo da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro – FETRANSPOR, publicado na Revista ÔNIBUS, de março p.p.,o custo por quilômetro do serviço metropolitano de transporte de passageiros na RMRJ, entre Janeiro de 2020 e Janeiro de 2022, passou de R$5,2805 para R$6,4829, um aumento de 22,8%. Hoje, quais as principais discussões para se encontrar uma solução para o financiamento do sistema de transporte público no Brasil? Sem dúvida, esta é uma questão vital para garantir a continuidade dos serviços e ela se desenvolve em duas vertentes muito importantes: novas formas de licitação dos serviços, associadas a ideias inovadoras sobre sua gestão e a questão do financiamento dos serviços, propriamente dito. Na primeira vertente, argumenta-se pelo aumento da transparência do processo licitatório, com a realização de audiências públicas e/ou a criação de Comitês Gestores que possam aferir, com seriedade e competência as vantagens, deficiências e limitações das novas ideias que estão sendo adotadas nos países desenvolvidos, tais como, entre outras, a compra ou leasing, pelo setor público, dos veículos de transporte, com a operação entregue à iniciativa privada, por licitação. No que toca à gestão, vislumbra-se a amplificação da oferta de alternativas de transporte (patinetes, bicicletas, sistemas estruturados de carona, veículos por aplicativo, ônibus, people movers (do qual dispomos um notável exemplo, o AEROMOVEL de Porto Alegre, idealizado por Oskar Coester), VLTs, Metrôs e, no futuro, veículos aéreos), todas convenientemente interligadas e integradas, física, operacional e tarifariamente. A vertente do financiamento toca numa chaga antiga do STPP brasileiro: sua absoluta dependência, até poucos anos atrás, das tarifas pagas pelos seus usuários, para custear a operação dos serviços e prover os recursos necessários para sua modernização/aprimoramento e expansão. Atualmente, são reconhecidos dois inviabilizadores desta opção: 1) o transporte coletivo regular urbano é um serviço caro, quando se pretende que ele apresente elevados níveis de segurança, rapidez, conforto e confiabilidade e essa carestia se reflete, naturalmente, na planilha tarifária, na razão direta da frequência e extensão territorial e temporal dos serviços oferecidos, e na razão inversa da diminuição da demanda que o utiliza 2) o cerne da demanda do STPP é constituído pelos segmentos de menor poder aquisitivo da população e, a esta dificuldade acresce o fato de que, esses usuários tendem a utilizar o transporte, pelo menos duas vezes por dia, em 5 ou 6 dias da semana (imagine-se 45 viagens/mês, a um custo médio de R$5,00/viagem, representando 225,00/mês, ou 18,6% do salário mínimo, para apenas

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Suape assina ordem de serviço para elaboração de Plano de Mobilidade do Cabo e de Sirinhaém

(Do Complexo de Suape) O Governo de Pernambuco, por meio do Complexo Industrial Portuário de Suape, assinou a ordem de serviço do contrato para elaboração dos Planos de Mobilidade Urbana do Cabo de Santo Agostinho e de Sirinhaém, municípios localizados no território estratégico de Suape. O acordo de cooperação técnica tem por objetivo contribuir para apoiar o poder público municipal a nortear o planejamento de curto, médio e longo prazo no tocante à melhoria do fluxo viário, reestruturação dos modais de transporte coletivo e acessibilidade, incluindo a adequação do espaço público para pedestres e pessoas com mobilidade reduzida. Os estudos também visam maior integração com as demais cidades que compõem a área de influência do complexo (Ipojuca, Escada, Moreno, Jaboatão dos Guararapes, Rio Formoso e Ribeirão). A solenidade ocorreu no centro administrativo da empresa, e contou com a presença do diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão; do prefeito do Cabo, Keko do Armazém; e da prefeita de Sirinhaém, Camila Machado; além de outros representantes da estatal portuária e das respectivas prefeituras. O apoio aos municípios do território estratégico de Suape no que se refere a gestão integrada está previsto no Plano Diretor 2030 da empresa. Os estudos a serem elaborados têm como base a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), instituída pela Lei Federal 12.587, de 3 de janeiro de 2012. “Sob o ponto de vista técnico, o apoio de Suape aos municípios busca fortalecer a capacidade institucional do poder público para aprimorar a gestão urbana em equilíbrio com o meio ambiente, com ênfase nos instrumentos de planejamento físico territorial. No Cabo de Santo Agostinho, o plano tem prazo de execução de 274 dias. Já em Sirinhaém, a previsão para conclusão dos trabalhos é de 183 dias”, informou o coordenador de Planejamento e Urbanismo de Suape, Roberto Salomão. O investimento da estatal é de R$ 860.000,00 e a empresa vencedora da licitação foi a Vinícius Ribeiro – Arquitetura Planejamento e Mobilidade Urbana Ltda. “Após a conclusão dos estudos e entrega dos projetos aos dois municípios selecionados – do Cabo de Santo Agostinho, que compõe com Ipojuca a área de influência direta do complexo; e Sirinhaém, localizado na extremidade sul do nosso território estratégico –¬ , os projetos poderão servir de referência para que as demais cidades da região, e que ainda não elaboraram seus planos de mobilidade, possam desenvolvê-los”, pontuou o diretor-presidente da estatal, Roberto Gusmão. “Com isso, queremos contribuir para que todos os municípios do território estratégico de Suape possam dispor de um conjunto de informações, metodologia e ferramentas que contribuam para a implementação/readequação dos seus respectivos planos de mobilidade, melhorando a vida das pessoas que residem, trabalham ou são usuárias desse território. Importante lembrar que pensar a mobilidade urbana é resolver questões relacionadas com a eficiência, tempo de trajeto, poluição gerada, infraestrutura necessária, custos de implantação e operação, e os impactos dos modais de transporte na saúde dos usuários”, acrescentou o dirigente da estatal portuária. O diretor de Planejamento e Gestão de Suape, Francisco Martins, comentou que a empresa idealizou essa parceria com a finalidade de ajudar os municípios a instituírem os instrumentos necessários para garantir a diversidade de modais de transporte e de circulação de forma integrada com os seus respectivos Planos Diretores, respeitando as especificidades locais e garantindo a expansão urbana de forma ordenada. “Também temos por objetivo incentivar a integração entre os municípios localizados no território estratégico de Suape, facilitando o deslocamento das pessoas entre uma cidade e outra e contribuindo para melhoria da economia da região, tal como as atividades turísticas”, enfatizou. “Essa parceria entre Suape, o Cabo e o Governo do Estado é muito importante. Tenho certeza de que esse plano será essencial para o crescimento não só de nossa cidade, mas de todos os municípios sob influência do complexo industrial portuário”, afirmou o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém. “É com muita alegria que firmamos esse termo de cooperação técnica com Suape, para enfrentarmos as demandas estruturais de nossa cidade. O plano será uma ferramenta estratégica de planejamento e de reordenamento da mobilidade de nosso município”, complementou a prefeita de Sirinhaém, Camila Machado. POTENCIAL O município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, é conhecido pela beleza natural do seu litoral e pela presença de construções e ruínas seculares que marcaram a história da ocupação do território nessa porção do Estado. Ocupa área de 448,7 km² e tem 210.796 habitantes (estimativa IBGE/2021). Em seu território estão instaladas dezenas de indústrias e inúmeras atrações turísticas, a exemplo de praias com paisagens paradisíacas, como Calhetas e Paiva, e sítio histórico, arqueológico e geológico de importância nacional localizados no Parque Metropolitano Armando Holanda Cavalcanti. Já o município de Sirinhaém ocupa área de 374,3 km² e tem 48.735 habitantes. A faixa litorânea também é um dos seus principais atributos turísticos, com destaque para a Ilha de Santo Aleixo. Ambas as cidades estão interligadas pela Rodovia PE-60, que deverá receber obras de requalificação nos próximos meses. O Cabo de Santo Agostinho, por sua vez, conta com outras importantes vias de acesso, a exemplo da BR-101 (que se subdivide em outro ramal), da Rota do Atlântico e da PE-28.

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Obras dos quiosques da orla do Recife entram em nova etapa

Prefeitura realiza concretagem de laje nas primeiras unidades do lote que já está com obras em andamento; ainda neste mês, a intervenção terá início em mais 12 quiosques Praia, sol, gente animada e quiosques novos com toda a estrutura para atender bem recifenses e turistas. É o cenário que está perto de se tornar realidade com a construção dos 60 quiosques da orla da capital, nos bairros do Pina e Boa Viagem. As obras da Prefeitura do Recife seguem avançando e na última sexta-feira (6) foi iniciada a primeira concretagem de laje, que acontece no equipamento de número 59, uma das seis unidades já em obras. O prefeito do Recife João Campos conferiu no local o avanço dos trabalhos desta primeira etapa. Já neste mês de maio, mais 12 quiosques entrarão em obras. A Prefeitura, por meio do Gabinete de Projetos Especiais, investirá na ordem de R$ 8,6 milhões na construção das novas estruturas no calçadão. O prefeito do Recife João Campos monitora de perto a evolução das obras. “O primeiro lote já está avançado. O acompanhamento é rigoroso, de perto e a cobrança sempre alta. Aqui há um caminhão betoneira, estamos utilizando o concreto pigmentado. Nesse quiosque, a fundação foi feita, a base já foi feita, os pilares também, agora vão concretar a laje. Em relação aos pilares, como o concreto é ripado, parece um pouco uma madeira, parecido com os do museu Cais do Sertão”, comentou João Campos no local. A orla conta com 60 quiosques e o plano prevê a intervenção em 10 etapas, com obras que deverão durar aproximadamente um ano, com intervenções acontecendo simultaneamente em seis quiosques por vez. Assim, os seis primeiros, já em obras, são os que estavam em estado de conservação mais precário, seguindo a direção Boa Viagem/Centro do Recife. Já foi iniciada a colocação dos tapumes no segundo lote, com mais seis quiosques, e no final deste mês outros seis entrarão em obras. Os novos quiosques terão tamanho padrão de 39,8 metros quadrados de área coberta, sendo 12,14 metros quadrados de área interna - maiores que as estruturas atuais. A ideia do projeto é realizar a transição entre o ambiente natural da praia e o construído - calçadão e avenida - mantendo aspectos de segurança, durabilidade, manutenção, funcionalidade e acessibilidade. O sistema de lajes de concreto de alto desempenho vai garantir segurança e durabilidade aos quiosques, além de facilitar a manutenção. A acessibilidade está contemplada no projeto - os equipamentos têm previsão de balcão acessível para atendimento de cadeirantes. O projeto terá forte identidade recifense, com a preservação da herança arquitetônica, da memória urbana e da cultura popular da cidade. A laje plana projetada dialoga com a linha do horizonte da praia. A chefe do Gabinete de Projetos Especiais, Cinthia Melo, afirmou que a previsão é entregar a primeira etapa no próximo mês. “Esses quiosques vão dar uma nova cara para a orla de Boa Viagem, eles já se comunicam com a linha do horizonte do mar. Os equipamentos vão ter muito mais características recifenses, seja nos seus acabamentos, seja na qualidade da execução, ele está vindo com elementos de concreto que darão maior durabilidade”, finalizou ela. ORLA - A reforma dos quiosques faz parte de um pacote de investimentos do Município na orla do Pina e de Boa Viagem, que passará em breve por obras de requalificação. O edital para contratação dos projetos básico e executivo já foi publicado no Diário Oficial, contemplando também a orla da comunidade de Brasília Teimosa. A licitação para a contratação dos projetos está orçada em R$ 3.144.611,86 e sob a coordenação técnica do Gabinete de Projetos Especiais. O prazo para a entrega dos projetos será de 12 meses após a conclusão do processo de licitação. QUADRAS - Além disso, a Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), vai requalificar os equipamentos esportivos da orla, incluindo três campos de futebol, uma quadra de basquete, duas quadras de voleibol e quatro quadras poliesportivas. O processo de licitação da obra já foi concluído, com investimento de R$ 1 milhão, e a intervenção vai incluir serviços de pintura; implantação e recuperação de pisos; bancos, alambrados e implantação de rampas de acessibilidade. (Fotos: Rodolfo Loepert/PCR)

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