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Capital pernambucana recebe selo “Cidade Amiga das Árvores”

A cidade do Recife foi agraciada com o selo "Cidade Amiga das Árvores" pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU), em reconhecimento às suas boas práticas no plantio e cuidado com as árvores. A entrega do selo e da placa de Distinção de Destaque ocorreu durante uma solenidade realizada na última quinta-feira (4). O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Oscar Barreto, recebeu a honraria em nome da cidade, destacando o relevante serviço prestado para promover uma melhor qualidade de vida e ambiental. O certificado de "Cidade Amiga da Árvore" é conferido anualmente pela SBAU e está relacionado ao programa "Tree Cities Of the World". O Recife já havia recebido o título de "Cidades Árvores do Mundo" em 2023, concedido pela Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO/ONU) e pela Fundação Arbor Day (EUA). A solenidade contou com a presença de autoridades como o ex-presidente da SBAU e Diretor Executivo do Programa Tree Cities of the World no Brasil, Sérgio Chaves, a atual presidente da SBAU, Ana Lícia Patriota, a presidente da Emlurb, Marília Dantas, entre outros convidados. Atualmente, a cidade conta com uma média móvel de 259.565 árvores, distribuídas entre logradouros públicos (159.304) e lotes (100.261). A arborização estende-se ainda por Unidades de Conservação da Natureza (UCNs), que ocupam cerca de 38% do território. Os benefícios da arborização incluem o equilíbrio ambiental, aumento da permeabilização do solo e melhorias na qualidade de vida dos habitantes. Desde 2022, o plantio na capital pernambucana segue o novo padrão de arborização, com árvores apresentando diâmetro à Altura do Peito (DAP) de pelo menos 5 cm, garantindo robustez e capacidade de enfrentar as condições adversas do ambiente urbano. Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade,  Oscar Barreto “O selo colocou Recife entre as cidades de destaque pelo plantio e cuidado com as árvores. Foi um reconhecimento pelo planejamento, gestão e cuidado com o nosso verde”. Presidente da Emlurb, Marília Dantas “O objetivo é ter uma cidade cada vez mais bem cuidada e arborizada. Ficamos muito felizes pelo reconhecimento e pelos avanços, cientes de que ainda podemos - e vamos - fazer muito mais no quesito arborização”.

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Decoração natalina espalha luzes e cores pelas ruas do Recife

As luzes, cores e tradições da cultura popular se espalharam por 13 localidades do Recife. A festa, intitulada "Natal que Ilumina", foi organizada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura, e se destaca pela inclusão de atividades formativas e uma programação cultural gratuita e acessível ao público. Os festejos reúnem algumas das mais belas e antigas tradições culturais nordestinas, como pastoris, bois de Natal e reisados, que difundem a alegria característica do ciclo por treze polos diferentes: Parque da Macaxeira e o recém-inaugurado Parque das Graças, Dona Lindu e Segundo Jardim, abrangendo as seis RPAs da cidade, Pátio de São Pedro, além da Praça do Arsenal e Avenida Rio Branco, que, à semelhança do São João, se enfeitaram completamente para a festa, incluindo uma vila natalina cenográfica, túnel de luz, árvore de Natal, presépio e palco. Na Agamenon Magalhães, destaca-se a imponente árvore de Natal, já consagrada como tradição na movimentada avenida, com seus impressionantes 40 metros de altura. Uma novidade intrigante é encontrada em seu interior: no centro do cone luminoso, um presépio com as figuras de José, Maria e do menino Jesus, movendo-se em círculos para garantir visibilidade e encanto às duas faixas da via. Ao longo da avenida, desde as proximidades da Caixa Econômica até o Hospital Português, elementos coloridos e luminosos adornam o cenário, ocupando os canais, as árvores e os postes. Em Boa Viagem, a decoração concebida pelo poder público municipal ilumina os três jardins com elementos de chão, cordões e arcos luminosos, estrelas, bolas e pendentes. Destacam-se também grandes estruturas vazadas, como anjos e bolas de Natal, convidando a população à interação com o ambiente. Quanto à decoração, árvores natalinas com aproximadamente 15 metros de altura marcam presença na Rio Branco, no Segundo Jardim, no Parque da Macaxeira, no Dona Lindu e no Parque das Graças, este último ganhando uma decoração completa, incluindo elementos de chão interativos, túnel iluminado e presépio. JOÃO CAMPOS, PREFEITO DO RECIFE "Daqui a uma semana, as famílias estarão reunidas, na véspera do Natal. E fico muito feliz por ver a nossa cidade ocupada pelas pessoas. É impressionante a quantidade de famílias, crianças, pessoas idosas, curtindo a nossa cidade. Uma decoração de Natal feita com muito amor, para todo mundo do Recife. Fizemos um trabalho muito caprichado para deixar tudo ainda mais bonito, como tudo de elementos natalinos. Vamos viver não só a data, mas o espírito natalino, de comunhão, paz e tudo que há de melhor".

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Recife, Petrolina e Ipojuca são destaques no ANCITI Awards 2023

O ANCITI Awards 2023, promovido pela Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (ANCITI), em colaboração com a Bright Cities, destacou três municípios pernambucanos entre os 15 premiados por apresentarem projetos relacionados ao tema "Desafios e Estratégias Inovadoras para Alavancar as Finanças Públicas". Pela segunda vez consecutiva, Recife liderou o ranking nas cidades com mais de 500 mil habitantes. Petrolina e Ipojuca alcançaram o quinto lugar em categorias para cidades de 100 mil a 500 mil moradores e cidades com até 100 mil habitantes, respectivamente. A entrega dos troféus ocorreu durante o Smart Gov Brasil, evento nacional da ANCITI, que visa discutir soluções de inovação e tecnologia na gestão pública para aprimorar a qualidade de vida da população. Para concorrer, os municípios responderam a um questionário com 170 perguntas e apresentaram evidências dos resultados de seus projetos, com a Bright Cities desempenhando papel crucial na execução dessa etapa. Johann Dantas, presidente da ANCITI, celebrou os avanços nas gestões municipais em 2023, destacando a diversidade e a maturidade dos municípios presentes no evento. Ele ressaltou a capacidade das cidades de pequeno e médio porte em investir em tecnologia, transformando a vida dos cidadãos. Além disso, enfatizou a autonomia proporcionada pela tecnologia, permitindo que mesmo municípios menores desenvolvam soluções sem depender de grandes empresas. “No primeiro dia do evento, estiveram aqui municípios que representam essa pluralidade do Brasil. Cidades de pequeno e médio portes têm um grau de maturidade muito claro sobre investimentos na área de tecnologia e a transformação que esse investimento causa na vida do cidadão. O mais interessante é que são cases criados dentro dos próprios municípios. A tecnologia está permitindo que o autodidata, que é aquele que fica na ponta, possa fazer tecnologia sem depender de grandes empresas”. Na categoria de cidades com mais de 500 mil habitantes, além de Recife, outras cidades premiadas incluíram Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Recife foi reconhecido como referência global no uso do WhatsApp para fornecer serviços municipais digitais. “A capital pernambucana vem apostando nos processos de inovação aberta e ofertando, cada vez mais, serviços pelo aplicativo Conecta Recife aos seus cidadãos, sendo referência para todo o Brasil. Desde 2022, a prefeitura vem colecionado importantes premiações que reconhecem e selam o trabalho realizado. Agora, é com muita alegria que fechamos 2023 como cidade bicampeã do ANCITI AWARDS”, afirmou o presidente da Empresa Municipal de Informática (Emprel), Bernardo D’Almeida.

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Rio Capibaribe: dos versos, das vítimas e da visão de futuro

Nesta última reportagem da série "3 Rios, 3 Comunidades, 3 Desafios", o destaque é a Vila Arraes, banhada pelo Capibaribe. A produção é apoiada pelo Programa de Acelerando a Transformação Digital, desenvolvido pelo International Center for Journalism (ICFJ) e Meta, em parceria com associações brasileiras de mídia. *Por Rafael Dantas*Fotos: Felipe Karnakis Apoio As famílias de Daniela Moura, 36 anos, e Edna Souza, 47 anos, moram a poucos metros do Rio Capibaribe, na Vila Arraes, e a poucos quilômetros da Universidade Federal de Pernambuco. A primeira está no bairro desde a infância e há mais de uma década lida com a entrada das águas em sua casa. A segunda mora há cinco anos na região e nunca tinha vivido a experiência de ver seus móveis boiando. No ano passado, ambas viram suas casas serem inundadas, uma até o telhado e a outra chegando no primeiro andar. Hoje, o pior já passou, mas os rastros emocionais, econômicos e sociais permaneceram. O sono de ninguém é mais o mesmo. O medo é que “do nada” as chuvas elevem o nível do rio mais uma vez. As águas e curvas sinuosas do Capibaribe que estão a poucos metros de Daniela e Edna foram a inspiração de muitos versos de João Cabral de Melo Neto. Além da natureza, ele olhou para os seus habitantes. O poeta denunciava em 1950 no clássico Cão sem Plumas a miséria da época vivida na capital. O cenário não é o mesmo, mas as mudanças climáticas, com suas torrenciais chuvas, colocaram a lama na casa de milhares de ribeirinhos. Porém, o mesmo rio que mostrou sua força nas enchentes, também é o motor da perspectiva de uma nova cidade para o futuro, enfrentando problemas tanto do passado, como do presente. AS ÁGUAS PASSARAM, AS MEMÓRIAS PERMANECEM Aquele rio / está na memória / como um cão vivo / dentro de uma sala. Assim o poeta descreve o Capibaribe. A memória dos pernambucanos sobre os dias mais revoltosos do rio remonta às cheias dos anos 1960 e 1970. Houve um episódio menor em 2010 e uma nova grande enchente em 2022. Daniela Moura comprou sua casa há 11 anos, mas desde os 7, está na comunidade. Dona de casa, com três filhas, uma especial de 15 anos e outras de 14 e 8, ela chegou no local, após um antigo morador ter ido embora, depois da enchente de 2010. Desde então, estava acostumada às marés altas que levam águas para dentro de sua residência. Mas, ela nunca pensou que passaria por uma cheia como a de 2022, quando até o telhado ficou submerso. “Todo ano minha casa sempre enchia, mas nunca pensei que teria uma cheia de tomar uma proporção tão grande. Foi muito rápido. Não tive tempo de pegar nada. A única coisa que fiz foi abraçar minha filha que é especial, peguei as outras no braço. Abracei a gordinha e saí correndo no meio da água, que já estava na cintura. Eu sou baixinha. Tive que sair pulando. Foi uma cena que infelizmente não consegui esquecer. Até hoje tomo remédio controlado, tenho depressão. As pessoas dizem: passou. Passou para quem não estava ali naquele lugar. Mas quem conviveu foi a pior coisa que vi na minha vida”. As águas não voltaram a entrar na sua casa. Mas a memória permanece dentro da sala e no choro das filhas quando começa a chover. Apesar de Daniela já ter sobrevivido a uma queda de barreira, que ainda deixou marcas no seu corpo, a enchente é a pior lembrança que ainda a atormenta. Em outra região da mesma comunidade, pertinho de outra margem do rio, está a família de Edna Souza. A localidade é conhecida como Beco da Baiúca ou Malvinas. Ela morava antes em Camaragibe. Com o marido e uma filha já adulta, mudou-se para deixar o aluguel. Apesar da proximidade, o rio nunca havia adentrado em sua residência, que tem um primeiro andar. Em 2022, com a chuva forte, ela recebeu em casa sua netinha com 2 anos, confiando que as águas não chegariam. Mas o rio tomou todo o térreo e no primeiro andar ficou na altura da sua coxa. Diante da situação de muito risco, seu marido abriu um buraco na parede do banheiro do andar superior para a família deixar a casa. “Ao lado da minha casa tem umas placas que o vizinho colocou para fazer uma divisão do terreno. Essas placas ficaram boiando. Os vizinhos juntaram as placas e fizeram um cordão humano para a gente passar. Minha neta estava dormindo com a gente, porque já tinha entrado água na casa de uma das minhas filhas. Foi rápido demais. Foi horrível. Já ficamos amedrontados. Em dia de chuva já não dormimos. Nosso psicológico não é mais o mesmo. Eu não queria voltar, chorava. Mas é a casa da gente”, contou Edna. Além da saúde mental, elas lamentam a perda dos bens construídos por toda uma vida que se diluíram nas águas em poucos minutos. Um mínimo de conforto construído em décadas que precisou ser removido junto à lama, após a descida das águas. E ainda agradeceram pelo fato de não terem perdido ninguém de suas famílias. O professor Wemerson Silva, do departamento de Ciências Geográficas da UFPE, destaca que essas ocupações de baixa renda são resultado de um processo histórico de especulação imobiliária. “Os melhores espaços da cidade foram deixados para classe média e alta, enquanto lugares que não teriam condição de habitação, sejam perto do rio, sejam áreas de morro, sobraram para população que está à margem social. Foram processos de ocupação espontânea sem um mínimo de planejamento. Essas pessoas não deveriam estar ali, mas estão por não terem condições financeiras e por não haver políticas habitacionais para locais mais seguros”. MONITORAMENTO POPULAR E DEMANDA POR INFRAESTRUTURA Com os impactos da enchente, o trabalho da Associação Gris Espaço Solidário foi amplificado. A ONG criada pela cientista social Joice Paixão, em 2018, nasceu para promover aulas de reforço escolar para crianças com dificuldades de

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UNICEF e Prefeitura do Recife apresentam estudo sobre o Compaz

Hoje (29), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Prefeitura do Recife apresentarão os resultados de um estudo realizado pelo Massapê sobre os Centros Comunitários da Paz (Compaz) como estratégia de política pública. O estudo teve como objetivo gerar recomendações para fortalecer e aprimorar o impacto desses equipamentos na resposta e prevenção à violência, com foco em crianças e adolescentes. A avaliação foi conduzida em dois equipamentos da Rede Compaz, o Miguel Arraes, no bairro da Madalena, e o Ariano Suassuna, no Cordeiro. Utilizando questionários, grupos focais com cuidadores, adolescentes e funcionários das unidades, e oficinas de leitura para compreender as percepções do público infantil, a amostragem considerou perfis correspondentes à audiência prioritária do Compaz, envolvendo cerca de 900 pessoas diretamente. Atualmente, quatro unidades do Compaz estão em funcionamento no Recife, com mais uma em construção e previsão de expansão ao longo de 2024. Com modelos semelhantes em outras cidades, a estratégia também vem crescendo no país. Todo o processo foi debatido e validado por representantes do UNICEF, do Massapê e da Prefeitura do Recife. Após a análise de dados e evidências, o relatório intitulado "Entre Vozes e Vivências: avaliação participativa do Compaz para o fortalecimento da cultura de paz e inclusão social no Recife (PE)" reuniu dez recomendações distribuídas em quatro eixos: integração com o território, atendimento inclusivo, serviços e atividades, e integração entre políticas. A avaliação faz parte da #AgendaCidadeUNICEF, uma parceria entre o UNICEF e a Prefeitura do Recife, visando o fortalecimento de políticas de proteção de crianças e adolescentes do bairro do Ibura. AGENDA: Lançamento do Estudo “Entre Vozes e Vivências: avaliação participativa do Compaz para o fortalecimento da cultura de paz e inclusão social no Recife (PE)” Onde: Compaz Miguel ArraesQuando: às 14h, quarta-feira, dia 29/12Iniciativa: UNICEF e Prefeitura do Recife

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CDL Recife mapeia novas ruas para impulsionar o comércio no Centro da Cidade

Novas ruas do Centro do Recife foram mapeadas como parte do Projeto Rota do Comércio, uma iniciativa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife) com o apoio da Prefeitura do Recife através do Programa Recentro. Até o momento, 1.093 lojas foram identificadas, e 56 novas ruas foram adicionadas à plataforma (www.rotadocomercio.com.br). Essa plataforma oferece um mapa virtual para ajudar os consumidores a encontrar lojas, informações sobre estacionamentos privados e de Zona Azul, paradas de ônibus, bicicletários e pontos turísticos, permitindo ainda a criação de roteiros de um ponto a outro pelo celular. Lançada em maio deste ano com oito ruas e aproximadamente 4 km, a iniciativa agora inclui um número expandido de ruas, com acréscimo de 312 novas lojas e atualização de dados de outros 637 estabelecimentos. O presidente da CDL Recife, Fred Leal, destaca que o objetivo é facilitar a localização de lojas, produtos e serviços na região central da capital pernambucana, que representa cerca de 70% do PIB do município. O projeto Rota do Comércio, desenvolvido em parceria com o Programa Recentro, Emprel e RAJ Tecnologia, também aborda a reunião de lojas semelhantes em determinadas ruas do centro. Por exemplo, a Rua da Concórdia concentra produtos eletrônicos, a Rua Manoel Borba abrange várias óticas e a Rua do Aragão é especializada em móveis. As informações sobre as lojas são derivadas do Censo Lojista realizado pela CDL Recife. Além de promover a identificação e divulgação do comércio, a CDL Recife concentra esforços em buscar o respaldo da gestão pública para a região central. Isso inclui melhorias em aspectos como limpeza urbana, segurança, iluminação, manutenção viária e transporte coletivo. A entidade também busca incentivar a reocupação do Centro, seja por meio de iniciativas do mercado imobiliário relacionadas à moradia, ou através da utilização de espaços por entidades públicas e privadas, assim como a reorganização das vias. Em colaboração com a Polícia Militar, a CDL Recife procura garantir a atuação efetiva do efetivo para desencorajar atividades criminosas e proporcionar maior segurança à população e aos comerciantes. ANA PAULA VILAÇA “E essa ferramenta da Rota do Comércio facilita o acesso a esse comércio diversificado e rico. Essa parceria entre poder público e iniciativa privada é fundamental para o trabalho que estamos realizando no território, assim como o fortalecimento do comércio local é essencial nesse processo de reabilitação do centro histórico do Recife”.

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Caruaru recebe a primeira Mostra de Arquitetura e Arte do Agreste

Caruaru está sediando a primeira Mostra de Arquitetura e Arte do Agreste, a casaART, um evento que representa uma fusão única de diversão, arte e arquitetura. Localizada no bairro Maurício de Nassau, a casaART reflete as transformações no estilo de vida, abrangendo desde casas antigas até modernos edifícios. A casaART apresenta 19 espaços projetados para destacar as expressões artísticas e culturais de Caruaru. Cada ambiente é concebido por renomadas marcas pernambucanas, proporcionando perspectivas únicas de profissionais locais. “É espaço capaz de destacar nossos talentos, revelar novas faces, consolidar marcas e estimular o mercado local, gerando desenvolvimento e renda. Mas, acima de tudo, um lugar para se relacionar, trocar experiências e viver arquitetura. Uma mostra que traz, na sua construção, a arte como forma de provocar o debate e redirecionar nosso olhar sobre a arquitetura”, explica o diretor da Mostra, George Casé. Nomes como Juliano Dubeux, responsável pela fachada, Thaís Holanda, que assina a praça, e a Eleve, encarregada do jardim de chegada, contribuem para uma experiência rica. O living leva a assinatura de Marcela Marabuco, enquanto o loft é projetado por Filipo Madeira, para citar apenas alguns. Cada espaço presta homenagem a artistas e artesãos locais, incluindo personalidades como Socorro Rodrigues, artesã do Alto do Moura, Tia Guida, cozinheira de renomado restaurante da Feira de Caruaru, e os notáveis Luisa Maciel, Claudio Assis e Miró da Muribeca. Sob o tema "Humanize-se", a mostra busca trazer mais humanidade aos projetos arquitetônicos. A programação para os fins de semana complementa essa visão, oferecendo apresentações musicais, bate-papos com arquitetos e designers, recitais de poesia e uma feira colaborativa de objetos de decoração. A casaART não apenas influencia a arquitetura com um novo olhar, mas também promove conceitos contemporâneos como Gentileza Urbana e Vigilância Mútua. Essas ideias se manifestam em intervenções que melhoram o ambiente urbano, promovendo o bem-estar dos moradores da cidade.  “A mostra traz um novo olhar sobre o morar contemporâneo e apresenta uma nova forma de se relacionar com a cidade e com as pessoas. Com essa provocação, nomeei a primeira edição com o tema ‘Humanize-se’, na busca por lugares capazes de nos emocionar e que nos gere identificação”, destacou Casé. Serviço Mostra casaART: Até 03.12.2023Horários: Quarta a Sexta – 16h às 21h | Sábados – 14h às 22h | Domingos e Feriados – 15h às 21hIngressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia), R$10 (estudantes de Arquitetura e Design em dias de Bate-papo)Ingresso Social: R$ 20 mais um pacote de leite

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Especialistas fazem visita técnica em áreas da bacia do Rio Tejipió para propor soluções

Ontem (15), os participantes do Hackathon Recife, promovido pelo programa ProMorar, realizaram visitas às comunidades e vias impactadas pelos transbordamentos da bacia do rio Tejipió durante o período de chuvas. Estas áreas estão previstas para receber intervenções da Prefeitura com o objetivo de mitigar os transtornos. O itinerário incluiu a Avenida Recife e regiões como Dancing Days, Imbiribeira, Areias, Jardim Uchoa, Curado, Ipsep e a ponte Motocolombó. A missão contou com a presença da equipe técnica da Prefeitura do Recife, que focou em destacar aos especialistas em recursos hídricos presentes no evento os pontos críticos dos alagamentos, bem como algumas obras em andamento na cidade." “Nesse momento, com as mudanças climáticas, os problemas serão cada vez maiores. Portanto, estamos juntos com a Prefeitura para discutir as medidas robustas. O processo é complexo e é por isso que estamos com os especialistas para analisar a situação da cidade”, afirmou Ben Lamoree, líder da missão holandesa no Hackathon Recife. “Já estamos trabalhando nas soluções. Essa maratona do Hackathon vai contribuir para o plano de intervenções da bacia do rio, junto com os resultados dos estudos contratados. Todas as variáveis estão sendo analisadas, como a engenharia e as partes econômica, social e ambiental. Nós vimos que existem soluções combinadas que vão impactar de maneira positiva a vida das pessoas”, declarou João Charamba, chefe do gabinete do ProMorar. O evento segue até sexta-feira (17). Na agenda para os próximos dias, os especialistas holandeses e brasileiros, junto com os técnicos da Prefeitura, irão se debruçar nas iniciativas que podem resolver os alagamentos da cidade. O ProMorar tem como objetivo beneficiar 40 comunidades de interesse social em Recife, com investimentos totalizando R$ 2 bilhões. Esses recursos são provenientes de uma operação de crédito celebrada com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). (Foto: Brenda Alcântara/ProMorar Recife)

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Na reinvenção do Recife como Cidade Parque, a garantia do melhor para os mais pobres!

Muito do que vem sendo feito no Recife, em termos de melhoria da qualidade dos equipamentos e dos espaços públicos na última década, tem a benéfica influência do que foi feito na Colômbia, em especial nas cidades de Bogotá e Medellin que passaram e continuam passando por um vigoroso processo de mudança desde que estiveram dominadas pelo narcotráfico, nas últimas décadas do Século 20. Medellin, por exemplo, foi considerada a cidade mais violenta do mundo antes da morte de Pablo Escobar em 1993 e, em 2013, foi eleita a cidade mais criativa do mundo. Mudou completamente em duas décadas, coisa que o Recife pode muito bem fazer também! O conhecimento e a influência benéfica, sobretudo da exitosa experiência de Medellin, no Recife, deu-se por obra catequética de Murilo Cavalcanti que hoje acumula o cargo de secretário de Segurança Urbana do Recife mas, há quase duas décadas, tem feito o trabalho incasável de intercâmbio entre o Recife e a Colômbia, em busca de uma referência bem-sucedida de mudança, sobretudo no que diz respeito à cultura de paz e segurança cidadã. E um dos princípios do urbanismo restaurador que é feito nas cidades colombianas é, justamente, “o melhor para os mais pobres”. Eu mesmo, nas viagens de observação que fiz para lá, pude testemunhar isso. Exemplo marcante são as famosas bibliotecas- -parque com equipamentos impecáveis nos bairros mais pobres. O mesmo se dá com o mobiliário urbano que é igual nos bairros mais abastados de Medellin e nas comunas mais carentes e distantes do centro. Este princípio, por exemplo, foi exemplarmente adotado no Recife já no primeiro Compaz — Centro Comunitário da Paz, construído no Alto Santa Terezinha, em um prédio novo e de alta qualidade arquitetônica, inclusive com o maior e mais ventilado dojô para a prática esportiva de lutas marciais (uma tradição do local) do Brasil. O mesmo padrão foi adotado nos demais Compaz construídos e em construção em outros bairros do Recife. Este princípio me vem à mente no momento em que, após a realização do Seminário Recife Cidade Parque – Carta do Recife do Futuro para o Recife do Presente (tema da reportagem de capa deste número da Algomais), leio opiniões de participantes e, principalmente, de não participantes, dizendo que a ideia do Recife como uma cidade-parque é excludente porque o Recife é uma cidade pobre e injusta. Inclusive alguns dizem que os equipamentos já construídos no âmbito do Parque Capibaribe, como é o caso do Parque das Graças, são para “ricos” porque instalados num bairro “rico” da cidade. Este tipo de opinião ou é fruto de desconhecimento da realidade ou de má militância político-partidária. Quem assim se manifesta ou não viu ou viu e omite o que foi feito no Parque do Caiara (os Jardins Filtrantes) e no Cais da Vila Vintém, ambos em locais que por eles certamente são considerados “pobres” da cidade. Mas, na realidade, a qualidade é a mesma, nas áreas “ricas” e nas chamadas áreas “pobres”. Além disso, os demais parques e áreas publicas destinadas ao lazer, como é o caso, por exemplo, do parque que está sendo construído, o maior da cidade, na área do antigo Aeroclube, em uma região reconhecidamente “pobre” da cidade, é inspirado nos mesmos princípios dos aplicados na simultânea reforma da orla, esta teoricamente situada numa área “rica”. Inclusive, este é justamente um princípio que promove a democratização dos espaços públicos que são, por natureza, acessáveis por todos os habitantes da cidade. As cidades mais desenvolvidas do mundo fazem dos seus espaços públicos áreas de convívio de qualidade entre habitantes de todas as classes. E é isso que devemos perseguir incansavelmente no Recife.

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Soluções para o Recife não afundar

Por Rafael Dantas As mudanças climáticas saíram das páginas de ciência ou de meio ambiente para o noticiário cotidiano. As chuvas estrondosas que inundaram a capital pernambucana no ano passado, as enchentes que acometeram recentemente o Rio Grande do Sul e a seca que atinge o Rio Negro, no Amazonas, são cenas de um mesmo filme. A urgência de preparar as cidades para esses cenários extremos foi discutida no Seminário Recife Cidade Parque — Carta do Recife do Futuro para o Recife do Presente que apontou as vulnerabilidades do País frente à rápida transição que o mundo enfrenta. O evento foi organizado pelo Recife Cidade Parque — Plano de Qualidade da Paisagem, projeto de pesquisa, fruto de convênio entre a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e a Prefeitura do Recife. “Nós somos um dos países mais vulneráveis do Planeta”, alertou o vice-reitor da UFPE, Moacyr Araújo, que também é coordenador da Rede Clima e um dos maiores conhecedores das transformações climáticas no Brasil. No contexto do País, o Recife é uma das cidades ameaçadas, sendo classificada pelo IPCC (Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas) como a 16ª cidade com maior vulnerabilidade às alterações climáticas em escala global. MUDANÇAS MAIS ACELERADAS Segundo o pesquisador, a combinação do movimento da Terra e dos ventos resulta em uma maior acumulação de água quente ao longo da costa brasileira. Isso ocorre porque esses fatores empurram o volume hídrico em direção ao nosso litoral. O aquecimento dos oceanos também desempenha um papel fundamental nesse cenário, de acordo com Moacyr. Quando os oceanos se aquecem, eles tendem a se expandir, ocupando mais espaço. Para explicar isso, ele fez uma analogia com o efeito de ferver água em uma panela, que leva à expansão do líquido, fazendo-o transbordar. Da mesma forma, o aquecimento das águas oceânicas faz com que o nível do mar aumente, contribuindo para o problema da elevação, que atinge principalmente as cidades mais baixas, como o Recife. Moacyr destacou ainda que a mudança na temperatura da Terra e seus efeitos na vida das cidades chegaram muito antes do que previam os especialistas. Algumas projeções de fenômenos estimavam que aconteceriam daqui a 50 anos ou mais, porém seus sinais já são sentidos em pleno 2023. “Estamos com uma taxa de aumento do nível do mar cerca de 2,5 vezes mais intensa do que a média de todo o século passado. O que significa isso pra gente? Significa que, de fato, está aumentando o nível do mar, mas que está aumentando a uma velocidade mais rápida do que a gente imaginava”, advertiu Moacyr Araújo. BAIXA DO NÍVEL DAS CIDADES Além do avanço do mar, Moacyr ressaltou ainda outro problema que é mais difícil de mensurar, a subsidência: afundamento gradativo da superfície da Terra. “Nós hoje não sabemos o nível de subsidência das nossas capitais. A subsidência é quando começa a afundar. E Pernambuco e o Recife, com sua região metropolitana, são locais de subsidência, claramente. Isso está já cientificamente comprovado”, assegurou. Em Maceió, por exemplo, há um problema de afundamento de pelo menos cinco bairros, provocado pela mineração de sal- -gema da empresa Braskem. No seminário, o pesquisador explicou que esse processo de subsidência pode ser também natural. Quando a elevação do nível das águas soma-se ao rebaixamento da superfície das cidades, a equação impõe desafios que demandam soluções amplas e estruturais, segundo os pesquisadores. LIÇÕES DA EUROPA E DA CHINA “É o momento de começar a projetar extremos”, conclamou a pesquisadora Mila Avellar, que realiza pesquisas no Instituto para Educação das Águas (Unesco/Governo Holandês). Ela discorreu sobre as lições do intercâmbio internacional Holanda-China-Recife para enfrentar o aumento do nível do mar. Há mais de 10 anos, os diálogos entre a capital pernambucana e Amsterdã têm gerado documentos, projetos e utopias de como o Recife pode se preparar para os efeitos das mudanças climáticas de forma menos traumática, promovendo mais qualidade de vida para os seus moradores. “O aumento do nível do mar é apenas um dos ‘n’ efeitos dessas mudanças climáticas. Então acho que isso só acende um grande alerta e um senso de urgência em todos nós de que o futuro não é amanhã, não é hoje, é ontem”, declarou Mila. A pesquisadora considera que a sociedade não discute ainda de forma ampla a necessidade de um novo design e um projeto holístico para as cidades, que se adapte às mudanças climáticas. Por outro lado, Mila avalia que a frequência mais elevada do nível dos acidentes promovidos pela transição que o Planeta atravessa tem sensibilizado contingentes maiores da população a dar mais atenção ao tema. Ao comparar imagens de grandes calamidades da China e lembrar de eventos recentes do Recife e de outras cidades, a pesquisadora reforçou no encontro a amplitude dessa agenda. “Estamos lidando com eventos e desafios compartilhados”. As experiências internacionais apontam para a necessidade de se planejar o que tem sido chamado de cidades-esponja, aquelas que têm alta capacidade de absorção das águas das chuvas. Entretanto, ela lamenta que os esforços na maioria das cidades, hoje, se concentram em outra direção, isto é, de acelerar a velocidade das águas em direção ao mar. “As cidades esponjas visam absorver nas cidades 70% da carga de chuva anual. Os chineses têm um plano ambicioso de que em 2030 todas as cidades piloto dos planos de ‘Sponge Cities’, atinjam em mais de 80% da sua área as metas de absorção máxima”, exemplificou. Outro princípio que tem norteado a preparação das cidades para os eventos extremos é o de 3PA, que é uma avaliação em três pilares. Um deles é a preparação da cidade para eventos naturais do seu cotidiano. O segundo é uma atenção para como a estrutura das cidades poderá absorver as águas no momento em que o espaço urbano começa a falhar, com alagamentos e inundações. Além desses dois, o modelo propõe uma leitura para as situações de catástrofes naturais, que são os eventos mais desafiadores, mas que estão se tornando mais recorrentes no Planeta. “Para cada um desses pontos, o nível

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