Arquivos Cultura E História - Página 110 De 368 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

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A intimidade de Gilberto Freyre revelada pelo jornalista Mario Helio

Um livro sobre um “historiador que tenta não se limitar à lógica histórica nem à exata cronologia.” É essa a definição do jornalista e escritor Mario Helio Gomes para A história íntima de Gilberto Freyre, que ele lança pela Cepe Editora em 21 DE JUNHO. Não se trata de uma biografia, mas de um mergulho na obra do intelectual “que considerava a intimidade necessária como veículo para a verdade histórica”, esclarece o autor na publicação. O lançamento será na Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, em Apipucos, Zona Norte do Recife, às 18h, aberto ao público. É a antiga residência do casal, que volta a receber visitantes depois de ficar fechada por dois anos. Logo nas primeiras páginas, Mario Helio remete o leitor ao Recife do século 19 e início do 20, com a reprodução de anúncios publicados em jornais para noticiar fuga de escravos, comércio de sítios para moradia na Estrada dos Aflitos, aluguel de amas de leite e transformações na cidade. Esse ambiente rural e de escravidão, avalia o escritor, vai influenciar a vida e a obra de Gilberto Freyre, o famoso historiador e sociólogo pernambucano, nascido em 15 de março de 1900, na citada Estrada dos Aflitos, atual Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no alvorecer do século 20. “História íntima é uma expressão dos escritores franceses Jules (1830-1870) e Edmond de Goncourt (1822-1896) que, por assim dizer, norteou a concepção de história do jovem Gilberto Freyre e da qual não se separou, na prática, ao longo de toda a vida. Consiste em encontrar as camadas mais ocultas e secretas da história, inclusive as mais indiscretas”, explica Mario Helio, doutor em antropologia pela Universidade de Salamanca, na Espanha. O título provocativo do livro diz muito sobre o sociólogo. “A ambiguidade reforça algo muito característico em Gilberto: é uma história sem intimidações, ou seja, ele não receia em usar a primeira pessoa e ser mais um personagem da história, pois o seu primeiro trabalho intelectual de fôlego - a dissertação de mestrado - foi uma tentativa de compreender o Brasil do tempo dos seus avós - e Casa-Grande & Senzala teve a ambição de ser uma espécie de autobiografia do Brasil. Sim, a expressão é desse jeito mesmo: não mera ‘biografia’ do Brasil, mas ‘autobiografia’ do país e dele, com sua história, inserido na História. Melhor ainda é a definição dele que está na afirmação de Lúcio Cardoso (escritor): ele sabia como nenhum outro inaugurar uma intimidade”, afirma. Essa relação parcial e apaixonada pela história é narrada pelo autor a partir de uma leitura crítica da produção intelectual de Gilberto Freyre, desde a adolescência. Com 492 páginas, o livro tem origem na dissertação de mestrado em história defendida por Mario Helio na Universidade Federal de Pernambuco, em 1994. “É um desdobramento sem ser uma continuação”, informa. Ele apresenta um Gilberto Freyre romancista, com Dona Sinhá e o Filho Padre e O Outro Amor de Doutor Paulo, e mostra como esses títulos não estão distantes do sociólogo, antropólogo e historiador que aborda a escravidão em Casa-Grande & Senzala, Sobrados e Mucambos e Ordem e Progresso. No romance e na não ficção, o sociólogo perseguia a verdade histórica, reforça o escritor. Ao ser questionado se esse seria o motivo pelo qual a produção de Gilberto Freyre desperta interesse ainda hoje, Mario Helio responde: “Essa é uma das razões, sim. Não esquecer, porém, de que a busca da verdade num escritor não é maior do que o interesse estético, da imaginação e da linguagem, do vigor e do frescor e certo ar de atemporalidade são feitos os grandes autores, e Freyre é um desses no mundo ibero-americano.” Para produzir A história íntima de Gilberto Freyre, o jornalista também se debruçou sobre o diário da juventude do sociólogo, que morreu em 1987. “Sexo é uma das palavras mais repetidas no seu diário íntimo e em Casa-Grande & Senzala. Tal importância tinha em sua mente que serve como metáfora da relação do leitor com os livros”, relata no livro. Entrevista com o autor Pergunta - Você diz, na publicação, que poucos críticos fizeram uma avaliação equilibrada dos livros de Gilberto Freyre. A história íntima vem com esse papel, de mostrar o escritor sem endeusamento, de alertar para a necessidade de se ler a sua obra com acuro antes de amá-la ou odiá-la? Mario Helio - Sim. Penso que a melhor postura, não apenas intelectual, mas de vida, é aquela de Spinoza: Não ridicularizar, não lamentar nem odiar ou maldizer, mas entender. Uma postura ética, de honestidade e de interesse humano legítimo, mesmo quando algo nos desagrada, seja qual for o motivo. Uma atitude franca e desassombrada é rara entre os brasileiros, muito mais presos a preconceitos, crenças e ideologias do que costuma admitir. A tal “cordialidade” referida no famoso livro de Sérgio Buarque de Holanda está presente como uma coisa negativa, a da emoção contaminar o juízo, e da abordagem parcial, muitas vezes em nome de meras opiniões, sectarismos, militâncias, ser escamoteada. Um escritor com o nível de solidez e grandeza de Gilberto Freyre merece ser lido criticamente, mas sem que isto signifique atacá-lo ou desqualificá-lo. Pergunta - No livro, você fala de críticos que comentam sobre Gilberto Freyre sem ter lido suas publicações. Qual o peso dos rótulos de racista e preconceituoso, atribuídos ao sociólogo, no comportamento desses críticos? Mario Helio - A leitura é uma arte difícil, exigente, e ironicamente, um rótulo que não cabe a Gilberto Freyre e sim a quem o ataca sem haver lido ou ter feito apenas uma leitura superficial e cheia de clichês e adjetivações pré-moldadas, é a de preconceituoso. Nenhum autor brasileiro foi mais despido de preconceitos que ele, nenhum mais corajoso em opinar -muitas vezes contra a corrente - sobre os mais diferentes temas. Quanto a raça e racismo, ele foi o primeiro e ainda o maior dos intelectuais brasileiros, a abordar as questões de raça sem ênfase nos “ismos” e nos conflitos. De tal maneira defendia o equilíbrio e o convívio que pode ser

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Eduardo Gaudencio Lucia Costa Santos e Ricardo Lyra Credito LeoMalafaia

Márcio Almeida e Gabriel Petribú lançam múltiplos inéditos nesta quarta (1º) na Número Galeria

Na ocasião, o espaço de arte, comandado por Lúcia Costa Santos, Eduardo Gaudêncio e Ricardo Lyra, inaugura área voltada para livros de artistas (Crédito: Leo Malafaia) Nesta quarta (1º), às 17h, Márcio Almeida e Gabriel Petribú se reúnem para lançar obras inéditas e múltiplas na Número Galeria, em Boa Viagem. Gabriel apresenta seu Tremila Riflessioni (ou 3 Mil Reflexões em italiano). Trata-se de um frasco lacrado com 3 mil palavras. Segundo o artista, a inspiração é um dicionário escolar criado pelo filósofo Ludwig Wittgenstein (1889 – 1951), que foi adotado pela escola primária de Otterthal, pequena comunidade na Áustria rural empobrecida dos idos de 1925. “Este dicionário seria um espelho das necessidades linguísticas objetivas, pensado e realizado em conjunto com a comunidade estudantil”, explica. “Servindo-me da ideia de que 3000 palavras poderiam definir um grupo num determinado contexto físico-temporal, resolvi encapsular as minhas palavras com método semelhante”, afirma Gabriel. “Foram reflexões sobre o peso e urgência de cristalizar cada uma delas num conjunto que não voltará a ocorrer. Cada nova tentativa de eleger os 3 mil elementos será um novo contexto, novos significados e pesos”. Ele aponta ainda outro aspecto do trabalho que fecha a trajetória. A manipulação por parte do espectador na esperança de obter a lista completa das palavras é provavelmente inalcançável. Exposto de forma transparente, mas velado pela complexidade. A tiragem é de 10 exemplares. Já Márcio Almeida lança duas obras na ocasião. A primeira dela é Nheë expressão originada do termo nhe em tupi-guarani, que significa “quem fala muito”, e inspirada na sua instalação Nheë Nheë Nheë, Genealogia do Ócio Tropical, que teve como base a interferência das religiões e as estratégias dos colonizadores na catequização os indígenas. A peça, com tiragem de 10 exemplares, é um galho de oliveira com uma pá na ponta, com banho de bronze. “A oliveira é um símbolo do cristianismo, que aqui remete aos jesuítas. Quando eles chegaram ao Brasil, colonizaram os povos originários, primeiro impondo uma língua única, depois rompendo com todos os elementos de cultura que os indígenas tinham”, detalha. “Já a pá simboliza o trabalho ao qual os povos originários foram submetidos – e motivo real pelo qual os jesuítas impuseram novos costumes”. A segunda peça é Occasus, carimbo sobre papel com a frase “Esta obra não compreende as normas da ABNT”. O carimbo tem edição de 10 exemplares, e o papel carimbado, de 100. De acordo com Márcio, o item é uma ironia com o mercado de arte. “Atualmente só valorizam o que se apresenta de um jeito formal, acadêmico”, pontua. “Meu trabalho com certeza não passa pelo crivo dessa mentalidade acadêmica”. O recifense Gabriel Petribú estudou desenho e pintura na Accademia di Belle Arti di Firenze, na Itália, conciliando sua vida entre os dois países desde 2005. Com diversas premiações internacionais, entre elas o 2 Prêmio Lorenzo il Magnifico, Mixed Media/XI Florence Biennale/Florença (2017), participou das mostras coletivas da APG, Ressignificados (2020) e Mistérios do Planeta (2019). Também em 2019, expôs Visioni di un Tardigrada; e dois anos antes, na Florence Biennale / Padiglione Spadolini, ambas exposições em Florença (Itália). Nascido no Recife (PE), Márcio Almeida iniciou sua carreira na década de 1980 e, desde então, desenvolve seu trabalho utilizando variados suportes. Seu olhar e interesse concentram-se em temas do comportamento humano ligados à noção de deslocamento, transitoriedade e pertencimento. Direciona seu foco, também, para questões de geopolítica e de ocupação do espaço urbano. Seu trabalho integra o acervo de instituições como Centro Cultural São Paulo – CCSP (São Paulo,SP), Museu de Arte do Rio – MAR (Rio de Janeiro, RJ), Pinacoteca de São Paulo (São Paulo, SP), Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar (Fortaleza, CE), Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – MACRG (Porto Alegre, RS), Museu de Arte Moderna Aluizio Magalhães – MAMAM (Recife, PE), entre outras. Livro – Durante o evento, Lúcia Costa Santos, Eduardo Gaudêncio e Ricardo Lyra inauguram na Número Galeria um espaço para livros de artista, também conhecidos como livros-arte ou livros-objeto. São obras em forma de livro, inteiramente concebidas pelo artista e que não se limitam a um trabalho de ilustração. Estarão disponíveis livros de artista de nomes como Paulo Bruscky – e seu Livrobjetojogo, de 1993, feito com placas de metal e ímas -, Marcelo Silveira e Daniel Santiago.

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5 imagens do Recife nas cheias da década de 70

Recortada pelos rios Capibaribe e Beberibe e por uma série de riachos, o Recife tem um histórico de alagamentos e cheias. A década de 70 foi um dos períodos em que a capital pernambucana mais sofreu com enchentes. Hoje, em dia de intensa chuva na cidade, trazemos 5 imagens da cidade nos dias das cheias daquela década. Confira abaixo as imagens. . . . . . *Para sugerir temas para a coluna Pernambuco Antigamente ou para enviar fotos antigas da cidade, mande um e-mail para rafael@algomais.com

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Gabriela Izidoro

Workshop “Provocações Expográficas” abre inscrições a partir desta sexta (27)

A formação, gratuita, acontecerá de 8 a 10 de junho, e é voltada para interessados em aprender sobre a montagem de exposições nas artes visuais. As artes visuais se revelam através de técnicas como pintura, escultura, desenho, instalação, cinema e fotografia, mas cada uma dessas linguagens tem as suas especificidades e milhares de possibilidades, quando se fala em como mostrar o resultado dos trabalhos artísticos ao público. Foi pensando nisso que a produtora cultural Gabriela Izidoro elaborou o workshop “Provocações Expográficas”, uma ação formativa que propõe compartilhar ideias e técnicas sobre esse universo. As inscrições são gratuitas e estarão abertas de 27 de maio a 1º de junho, por meio do site www.provocacoeslab.com. A iniciativa é realizada pela Mollusca Produções, por meio do Edital Recife Virado, promovido pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife. Voltado para os profissionais do setor, estudantes, produtores, gestores e demais interessados, o curso acontecerá presencialmente, entre os dias 8 e 10 de junho, na FUNDAJ - Fundação Joaquim Nabuco, campus Derby - Sala João Cardoso Ayres, no horário das 14h às 18h, abordando todas as etapas que culminam na montagem de uma exposição. Durante a formação, os participantes conversarão sobre curadoria, expografia, acessibilidade, preservação e conservação das obras, além da montagem propriamente dita. Além de desmistificar as etapas de criação e de execução de um projeto expográfico, com informações teóricas, o workshop possibilitará a aplicação dos conhecimentos em atividades práticas, possibilitando o acesso a conteúdos que muitas vezes estão restritos aos profissionais do setor e ao universo acadêmico das artes visuais, museologia e áreas afins. O Provocações Expográficas também conta com um diferencial. No encerramento, os participantes poderão marcar uma consultoria individual para apresentar projetos ou ideias sobre as quais estejam trabalhando no momento, contribuindo para a consolidação e execução da proposta elaborada. Para Gabriela Izidoro, a formação fornece meios para que os participantes possam criar e gerir seus próprios projetos, tanto dentro como fora de espaços formais de exposição. “É possível estender o olhar expográfico para espaços públicos e comunidades, que podem criar seus próprios museus comunitários, contando suas histórias e tendo dessa forma uma narrativa mais fiel da sua realidade. É importante ressaltar que cada exposição é singular, não havendo uma padronização no modo de produzir. Mas, havendo sim muita dinamicidade, pois a expografia narra as histórias humanas. Arranja meios e modos de contar e registrar as dinâmicas culturais das pessoas”, comenta a produtora. Ao todo foram disponibilizadas 20 vagas. A seleção se dará através de preenchimento de formulário e carta de intenção, disponibilizado no site do projeto www.provocacoeslab.com. Idealização - Gabriela Izidoro é produtora cultural desde 2009, com experiência em gestão e execução de projetos, atua em diversas linguagens culturais. Nas artes visuais, idealizou o “Confluência - Encontro de Olhares” e o “Cores do Vale do São Francisco”. Também integrou a equipe local de diversas exposições, dentre elas: Athos Bulcão - Tradição e Modernidade; Arnaldo Antunes - Palavra em Movimento; Tomie Othake – Cor e Corpo e Henri Matisse – Jazz. Nas artes integradas foi coordenadora do Continuum – Festival de Arte e Tecnologia e também realizou a Curadoria de Oficinas e Mostra de Vídeo em 2014. Também produziu a pré-conferência da ONU, intitulada UTC - Urban Thinkers Campus Recife, nos anos de 2015 e 2017. Serviço: Workshop “Provocações Expográficas” Inscrições: De 27 de maio até 1º junho no www.provocacoeslab.com Resultado da seleção: até 03 junho Realização do workshop: 08 a 10 de junho, 14h às 18hLocal: Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), R. Henrique Dias, 609 - Derby, Recife - PE. Informações: molluscaproducoes@gmail.com ou www.instagram.com/molluscaproducoes

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ORQUESTRA CRIANCA CIDADA 2022

Orquestra Criança Cidadã realiza concerto oficial gratuito na Igreja da Madre de Deus neste domingo

Em seu segundo concerto oficial da temporada 2022, Orquestra prepara repertório que mistura clássicos pernambucanos e internacionais para tocar no Recife Antigo (Coordenação de Comunicação da OCC) A Orquestra Jovem, principal grupo representativo da Orquestra Criança Cidadã, realiza no próximo domingo (29) o segundo concerto oficial da temporada 2022, na Igreja da Madre de Deus, bairro do Recife, às 16h. Regidos pelo maestro titular da OCC, José Renato Accioly, os músicos apresentarão ao público em um espetáculo gratuito o repertório composto por peças clássicas internacionais e também conterrâneas, com abertura de composições de Ludwig van Beethoven (1770-1827), com “Coriolano, Op. 62” e encerramento a Sinfonia nº 101 em Ré Maior, “O Relógio” de Franz Joseph Haydn (1732-1809). Entre essas, a Orquestra interpretará “Três peças nordestinas”, do pernambucano Clóvis Pereira. “A nossa ideia é sempre ter um repertório equilibrado para que a orquestra vá sempre experimentando compositores e épocas de composição diferentes”, explica Accioly. Segundo ele, cada concerto oficial tem um repertório pensado a fim de promover uma formação mais ampla para os jovens músicos. “Nós optamos por uma sinfonia clássica de Haydn para explorar o universo de outros compositores”, revela. “E também escolhemos fazer uma homenagem aos noventa anos do maestro Clóvis Pereira, o que é muito importante pois precisamos tocar o repertório da nossa terra”. Além de ser um concerto oficial, aberto ao público e gratuito, tocar no coração do Recife ainda é um grande destaque na história da Orquestra Criança Cidadã. “É muito importante poder tocar na Madre de Deus, que é uma das igrejas mais importantes da cidade do Recife, em um domingo à tarde também”, analisa o regente. Essa é uma oportunidade de alcançar espaços além dos teatros e de apresentar o espetáculo aos visitantes do Recife Antigo que buscarem a igreja tricentenária e patrimônio histórico e cultural. A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

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Ensaio Queen Daniel Castellano

Bruno Hrabovsky traz concerto Queen ao Piano ao Teatro de Santa Isabel

Ingressos para o concerto desta sexta-feira (27) estão à venda no site Guichê Web Três anos depois de trazer ao Recife o espetáculo “Rock ao Piano”, o instrumentista curitibano Bruno Hrabovsky volta à capital pernambucana com mais uma investida na proposta de unir o universo do rock ao instrumento. E numa empreitada ainda mais ousada: adaptar para o piano os hits de uma das bandas mais icônicas do rock, o Queen. É este concerto que ele apresenta, nesta sexta-feira (27), às 20h, no Teatro de Santa Isabel. Os ingressos podem ser adquiridos no site Guichê Web. Percorrendo palcos pelo Brasil há nove anos, o pianista explica o que o levou a conceber o “Queen ao Piano”: “O ‘Rock ao Piano’ foi surgindo aos poucos, há quase 20 anos, quando comecei a passar o maior número de horas em frente ao piano, estudando. Foi também a época em que comecei a construir meu próprio gosto musical, migrando cada vez mais para o metal. Em 2013, estreei o projeto. Agora, com o Queen, foi algo que também veio aos poucos; passei a prestar mais atenção no repertório do grupo, e vi o quanto um concerto dedicado a eles seria rico, até pela história incrível da banda. Comecei a elaborar o setlist e os arranjos no final de 2019, mas veio a pandemia e só este ano iniciei a turnê”, explica Bruno, que antes de chegar ao Recife, se apresenta, na quinta, em Maceió, a outra cidade nordestina incluída no tour nacional. Dezenove cidades já receberam a performance do artista. A ideia do espetáculo é mesmo fazer uma homenagem à banda britânica. O programa segue em ordem cronológica a trajetória do grupo, apresentando músicas com sonoridades diferentes e pelo menos uma composição de cada um dos quatro integrantes. “Acho que a única forma cabível para narrar a história do Queen com propriedade seria seguir uma ordem cronológica, mas me senti livre para não ser tão ao pé da letra, digamos. Basicamente, me debrucei sobre cada álbum deles, fiz uma seleção prévia, depois passei um pente-fino e acabei tendo que cortar várias das minhas músicas preferidas. Mas estão lá ‘Bohemian Rhapsody’, ‘Radio Ga Ga’ e ‘Love of My Life’, por exemplo”, comenta o pianista. Bruno reafirma que o casamento do metal com o piano é mais natural do que a plateia e fãs das bandas imaginam. “O piano é um dos instrumentos mais completos que existe. Há bastante espaço para peso nele; é só ver algumas gravações de Liszt ou Prokofiev. A meu ver, descer a mão nos riffs do rock e do metal se encaixa perfeitamente em algo que o instrumento sempre esteve disposto a fazer. A ideia do piano ser algo suave não condiz muito com o que o piano é de verdade”, afirma. O ano da volta aos palcos, 2022, será mesmo focado na turnê de Queen ao Piano, mas Bruno já planeja outros projetos. “A única banda à qual eu já tinha dado destaque tinha sido o Pink Floyd. Já tenho duas edições de um concerto tocando uma música de cada álbum de estúdio do grupo, que é, sem dúvida, minha maior influência. Quero muito fazer algo com Led Zeppelin ou Black Sabbath, mas ainda não encontrei um formato que me convencesse para os arranjos. São projetos que provavelmente farei acompanhado com violino ou violoncelo no palco”, diz. Um segundo CD também está nos planos. “Gravei o “Rock ao Piano” no meu CD de estreia, e quero dar continuidade com um álbum duplo interpretando Pink Floyd”, anuncia. Confira o setlist do concerto: “Keep Yourself Alive” (Queen, 1973)  “The Loser in the End” (Queen II, 1974)  “The March of the Black Queen” (Queen II, 1974)  "Stone Cold Crazy" (Sheer Heart Attack, 1974)  "Love of my Life" (A Night at the Opera, 1975)  "You Take My Breath Away" (A Day at the Races, 1976)  "Somebody to Love" (A Day at the Races, 1976)  "Spread Your Wings" (News of the World, 1977)  “Don't Stop Me Now" (Jazz, 1978)  "Sail Away Sweet Sister" (The Game, 1980)  "Under Pressure" (Hot Space, 1982)  "Radio Ga Ga" (The Works, 1984)  "Princes of the Universe" (A Kind of Magic, 1986)  "Scandal" (The Miracle, 1989)  "Innuendo" (Innuendo, 1991)  "Mother Love" (Made in Heaven, 1995)  "No one but you (Only the good die young)" (single, 1997)  "Bohemian Rhapsody" (A Night at the Opera, 1975) SERVIÇO: Sexta-feira, 27 de maio, 20h, no Teatro de Santa Isabel (Praça da República, S/N, Santo Antônio, Recife). Ingressos: R$ 50 e 25 (meia-entrada) pelo site Guichê Web (https://www.guicheweb.com.br/queen-ao-piano_16454)

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Prefeitura lança Programa Recife Cidade Leitora com foco na democratização dos livros

Primeiro equipamento, o Ponto de Leitura, foi entregue no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), no bairro de Areias, e dispõe de acervo com mais de 500 títulos (Da Prefeitura do Recife | Foto: Rodolfo Loepert) O prefeito João Campos assinou um decreto, ontem (24), que criou o programa Recife Cidade Leitora, voltado para democratização do acesso ao livro. O ato foi realizado durante inauguração do primeiro equipamento da iniciativa: o Ponto de Leitura no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), no bairro de Areias. A iniciativa também prevê a criação de edital para apoio financeiro às bibliotecas comunitárias, no mesmo contexto dos recursos viabilizados para manutenção da rede oficial. O cenário pandêmico da covid-19 e o fato de as últimas visitas ao hospital terem sido para tratar do tema foi lembrado pelo prefeito João Campos. "Vir com outro sentido, com um propósito como este, é motivo de muita alegria. É mais do que um símbolo, é uma efetividade, de levar a nossa rede de biblioteca para os demais equipamentos", reconheceu. "Quando a gente alinha os equipamentos que a Prefeitura já tem e a gente agrega os espaços como esse a gente potencializa a gente consegue ganhar escala. Fazer essa inauguração é muito mais do que um símbolo, é uma semente plantada. Uma biblioteca criada é uma janela de oportunidade. Com isso, a gente vai criar uma cultura na cidade de oportunidade de acesso", afirmou o prefeito João Campos. Em parceria com a Secretaria de Segurança Cidadã do Recife, o equipamento inaugurado nesta terça integra o programa Recife Cidade Leitora, que é uma extensão da Rede de Bibliotecas pela Paz, formada pelos equipamentos de leitura nas unidades dos Centros Comunitários da Paz (Compaz), além das bibliotecas públicas de Afogados e de Casa Amarela, como explica o secretário de Segurança Cidadã, Murilo Cavalcante. "É um espaço humanizado, coordenado pela Secretaria de Segurança Cidadã, para que o livro possa melhorar a vida e a autoestima de quem está internado neste hospital", definiu o gestor. A pasta está mapeando novos espaços para a criação dos próximos equipamentos. O local inaugurado conta com mais de 500 livros, revistas, livros terapêuticos de colorir e jogos para trazer bem-estar aos usuários do equipamento. O acervo foi totalmente pensado para atender ao público preferencial do hospital, as pessoas idosas, contando com obras literárias, de saúde, autoajuda, jogos de tabuleiro, memória e quebra-cabeça. "Para nós é uma alegria por termos o primeiro. Já customizamos a biblioteca, já temos carrinhos para levar os livros até os leitos para quem não estiver com condição de frequentar o espaço. Esse cuidado próximo, humanizado, potencializa a recuperação e o tratamento", frisou a secretária de Saúde, Luciana Albuquerque. O espaço funciona no turno vespertino, das 13h às 17h, e estará disponível tanto aos pacientes como aos acompanhantes e colaboradores do hospital. O espaço seguirá todas as medidas de biossegurança e todos os itens sempre passarão por um processo de higienização após a devolução. Morador do bairro de Casa Amarela, José Gomes da Silva, 91 anos, está internado fazendo tratamento por lesão de pele. Ele foi o primeiro paciente que chegou após a inauguração. Animado, não só reconheceu o bonito espaço criado como também elogiou a gestão municipal pelas ações de manutenção no local em que ele mora, na Rua Adalberto Guerra. "Aqui está tudo muito bonito e a minha rua vai ser um importante ponto de turismo", cravou. O Programa Recife Cidade Leitora chega para contribuir com o processo de humanização dos hospitais e outros espaços públicos, pois o aconchego do local e suas várias possibilidades de leitura e relaxamento poderão minimizar sentimentos de angústia, isolamento, fragilidade física e emocional. HOSPITAL EDUARDO CAMPOS DA PESSOA IDOSA - Primeiro Hospital do Norte-Nordeste dedicado aos cuidados da população com idade de 60 anos ou mais foi inaugurado em 1º de outubro de 2020 e conta com uma estrutura com mais de 8 mil m² de área construída. Possui 72 leitos, sendo 62 leitos de enfermaria e 10 leitos de UTI, para atendimentos de média e alta complexidade. O Ambulatório conta com 13 consultórios, além de sala para procedimentos. Dispõe de Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, com diversos exames disponíveis para população. Já o Bloco cirúrgico possui quatro salas de cirurgia e cinco leitos para recuperação pós-anestésica. Nestes anos de atuação, o hospital já promoveu mais de 8 mil procedimentos cirúrgicos, realizou mais de 65 mil atendimentos e mais de meio milhão de exames.

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Biografia do cineasta Rucker Vieira será lançada na Unicap

O livro Árida Luz Nordestina: o cinema de Rucker Vieira, biografia do fotógrafo e cineasta pernambucano, será lançado quarta-feira (25/05), às 18h30, no auditório Dom Helder Câmara, no térreo do Bloco A da Universidade Católica de Pernambuco. De autoria do professor e pesquisador Paulo Cunha, a publicação é fruto de uma pesquisa de mais de três anos, e resgata histórias, documentos e fotografias inéditas da trajetória desse cineasta que marcou a estética do Cinema Novo. Rucker Vieira foi o fotógrafo do documentário Aruanda, de 1960, dirigido por Linduarte Noronha. O curta foi saudado por Glauber Rocha como uma das principais influências estéticas do nascente Cinema Novo. Além do trabalho excepcional como fotógrafo, Rucker também dirigiu vários filmes, entre eles o clássico do documentário A cabra na região semiárida, de 1966. Segundo Paulo Cunha, Rucker Vieira viveu uma vida aventureira, repleta de peripécias, e foi indiscutivelmente um dos mais criativos cineastas brasileiros. "Essa biografia é um resgate dessa personalidade original, desse inventor verdadeiro, realizador de filmes incríveis, criador de uma forma única de registrar a vida do povo brasileiro”. O autor destaca também as descobertas feitas durante a pesquisa: “A biografia corrige muitas informações equivocadas que circulavam sobre Rucker, além de revelar fatos de sua vida privada e de sua trajetória profissional que só poucos tinham conhecimento, sem falar no material visual riquíssimo que conseguimos reunir”. Rucker Vieira nasceu em Bom Conselho, no interior de Pernambuco, em 1931. Estudou cinema em São Paulo, filmou e fotografou em diversas localidades da Bahia ao Maranhão, se fixou em Roraima na velhice e morreu no Recife, em 2001. Considerado por muitos críticos como um dos inventores da estética do Cinema Novo, ao lado do parceiro Linduarte Noronha, Rucker Vieira desenvolveu desde o final dos anos 1950 uma fotografia famosa pelo forte contraste e por um modo de ver inconfundível. O livro é apresentado pelo escritor e cineasta Fernando Monteiro, para quem "este livro de Paulo Cunha trata de um 'esquecido' muito especial, ou de um 'omitido' para que outros fossem lembrados, como se tudo se passasse numa corrida de cavalos puro-sangue e de jegues, nessa furiosa feira de vaidades do meio cinematográfico. Nele, o menino interiorano se tornou o adulto que viria a desprezar o 'brilho' externo, praticamente ignorando a busca de carreiras, empregos e prêmios”. No lançamento na Unicap haverá uma roda de conversa em torno da obra de Rucker Vieira e da importância do cinema documental brasileiro. Participarão, além de Fernando Monteiro, o professor e pesquisador Alexandre Figueiroa e a cineasta Adelina Pontual. Com 358 páginas, Árida Luz Nordestina traz 346 imagens, entre registros familiares de Rucker Vieira, fotografias de filmagens e fotogramas de vários dos filmes que ele dirigiu ou em que ele trabalhou como fotógrafo. “Foi o resultado de um grande esforço para recompor uma trajetória genial no cinema brasileiro, uma tentativa para garantir que Rucker Vieira tivesse uma biografia que pelo menos se aproximasse de sua contribuição para a cultura audiovisual do Brasil”, afirma Paulo Cunha. SERVIÇO: Árida Luz Nordestina: o cinema de Rucker VieiraAutor: Paulo CunhaEditora Contraluz, 358 páginasPreço: R$ 50,00Lançamento dia 25 de maio de 2022Local: Auditório Dom Helder CâmaraBloco A da Universidade Católica de Pernambuco - térreo numa promoção do Curso Superior de Fotografia

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Criatividade repartida

*Por Paulo Caldas Na coletânea "Cafungando nas letras"', somatório de vozes surgidas do bem escrever, a criatividade ganha decibéis a cada texto. O tema, a princípio, enfoca os pecados capitais, contudo evolui para reflexões de fontes históricas, religiosas e filosóficas do hodierno. Assim, os autores, em uníssono, conspiram entre si e, mãos dadas à cumplicidade, em tramas bem urdidas, uns dão destino às canções dos outros, desde sons comportados à paródia recontada em harmonias extrovertidas, com passagem pelo universo da fantasia: que Chapeuzinho Vermelho, a Vovozinha e o Lobo Mau não saibam.  O conteúdo cede voz às digressões com cenas inusitadas e vai além dos convencionais relatos de memória, comuns em publicações coletivas. A ressonância preciosa das letras inibem o compromisso com o rigor estético do escrever, tornando-o inútil diante dos encantamentos concebidos da verve de cada autor. A capa mostra ilustrações graciosas de Osmil Galindo, diagramação de Camila Cahu e impressão da Gráfica Coqueiro. Os exemplares podem ser adquiridos pelo email cafundandonasletras2022@gmail.com. *Paulo Caldas é Escritor

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Pochyua CUTIA

Cutia Coletivo se apresenta neste final de semana para a criançada

O Cutia Coletivo apresenta, no próximo dia 22 de Maio, às 16h, no Cine Teatro Bianor Mendonça Monteiro, em Camaragibe, o musical “Evaristo, a Cutia”, com Viviana Borchardt e Pochyua Andrade, na programação do Aquarela de Histórias. Evaristo é uma cutia que gosta de observar a grandeza do céu, das estrelas e vive na mata ciliar de uma cidade com um acelerado ritmo de crescimento urbano. Aos poucos, ele vê seu habitat ser cercado por grandes construções, no passo que o público vai descobrindo como o pequeno mamífero tenta viver de forma harmoniosa com a natureza e com as modernidades do homem. Assustado com as grandes construções, Evaristo encontra na amizade com um velho pescador e seu cachorro, o conforto e o cuidado para continuar sua jornada pela natureza. Juntos, os três se preparam para as surpresas que a vida ainda lhes reserva. O espetáculo envolve o público com os elementos de cenário, luz e de sonoplastia, além de interações diretas entre o palco e a plateia, em jogos de repetição, mímicas e fantoches. A obra literária que deu origem a peça, escrita por Pochyua, é inspirada na literatura de cordel, com estrofes de sete versos, rimados. Em cena, os artistas se revezam recitando, contando e encantando o público nas trilhas deixadas por uma cutia apaixonante. As canções entoadas por Pochyua e Viviana se inspiram no cancioneiro popular e viajam por ritmos como frevo, xote, baião e coco, fazendo com que o público interaja e se sensibilize com os temas abordados. O Cutia é o Coletivo Universo de Teatro e Intervenção Afetiva; uma sementinha plantada pelos artistas Viviana Borchardt e Pochyua Andrade, que tem como frutos livros, cds, shows, peças de teatro, contações de histórias e vivências. Produzindo conteúdos que possam envolver ao mesmo tempo crianças, adolescente, as famílias e as escolas, o Cutia Coletivo destaca em suas obras e espetáculos valores que engrandecem a delicadeza e o afeto dentro das relações sociais e humanas, frisando temas como nossa interação com o meio ambiente e nos envolvendo com os encantos das manifestações da nossa cultura popular. A apresentação marca a 4ª edição do “Aquarela de Histórias”, uma série de eventos culturais realizados pela Escola Waldorf Aquarela, uma escola associativa sem fins lucrativos localizada em Aldeia, Camaragibe. O evento, que tradicionalmente era realizado nos jardins da própria escola, dessa vez acontecerá no Cine Teatro Bianor, como forma de dar visibilidade e promover esse importante equipamento cultural da cidade. A renda arrecadada será revertida para a construção da sede da escola, uma oportunidade imperdível de assistir a um espetáculo lindo e ainda contribuir para esse movimento.Ingressos a venda no local e pelo symplahttps://www.sympla.com.br/espetaculo-infantil-evaristo-a-cotia__1570806 Serviço:Espetáculo teatral musical “Evaristo, a Cutia”Classificação LivreDomingo, 22 de maio, às 16hCine Teatro Bianor Mendonça Monteiro – Vila de Fábrica – CamaragibeIngressos a R$ 30 (inteira) ou R$ 15 (meia)Vendas pelo site: https://www.sympla.com.br/espetaculo-infantil-evaristo-a-cotia__1570806Ou diretamente com uma família da Escola Waldorf Aquarela (Foto: Walton Ribeiro)

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