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Cultura e história

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Muhne comemora 20ª Semana Nacional de Museus evidenciando suas potencialidades educativas e sociais

Programação acontece de 16 a 22 de maio, com oficinas, palestras, apresentações artísticas e mediações temáticas, no Museu do Homem do Nordeste e Engenho Massangana O Museu do Homem do Nordeste (Muhne) e o Engenho Massangana promoverão palestras, oficinas e atividades artísticas, na 20ª Semana Nacional de Museus, de 16 a 22 de maio. O período comemorativo é uma das ações da Política Nacional de Museus do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e acontece anualmente para fortalecer o reconhecimento dos museus brasileiros. A temática deste ano é ‘O Poder dos Museus’, com suas potencialidades como instrumentos de acesso à cultura, à educação e à arte. “O Muhne dará destaque às suas potencialidades. É um momento onde podemos ratificar e evidenciar o quanto os museus são instrumentos de acesso ao conhecimento. Isso a partir de seus objetos, das pessoas que frequentam e que nele trabalham, sendo, também, um instrumento na construção das relações de respeito, de solidariedade e troca de experiência entre as pessoas”, afirmou a coordenadora de Ações Comunitárias e Educativas do Muhne, Edna Silva. Abrindo a programação na segunda-feira (16), a partir das 9h, o público poderá acompanhar a palestra “Museu Educador: A importância dos museus na formação docente'', na Sala Calouste Gulbenkian, no Campus Gilberto Freyre da Fundaj. O conteúdo será ministrado pela professoras Fernanda Andrade e Renata Villar, ambas da Rede Municipal de Paulista, e pela professora doutora Viviane de Bona, da UFPE. As três são parceiras do Muhne na realização do “Projeto Museu na Escola”. “No percurso formativo dos professores, o contato com o museu auxilia no reconhecimento deles como pessoas da região nordeste, e no entendimento de que são também protagonistas dessa cultura para que possam trabalhar também o mesmo com os seus estudantes”, destaca a professora Renata Villar. No final da tarde, o Engenho Massangana receberá a Ação Educativa: “Semeando Saberes”. A atividade será uma palestra sobre educação ambiental para os moradores do entorno do espaço que têm a agricultura como principal fonte de renda e, em sua maioria, dependem de recursos naturais para sobreviver. Desenvolvida pelo Programa de Educação Ambiental do Complexo Portuário de Suape, a atividade trata de temáticas como a economia e sustentabilidade, além de aprimorar habilidades e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. No dia seguinte, também no Engenho, localizado no Cabo de Santo Agostinho, haverá uma troca de experiências entre a equipe do educativo do Engenho Massangana e os moradores do entorno. Pensando em valorizar o conhecimento empírico da comunidade local, a atividade “Conhecendo para saber” propõe uma trilha para explorar os limites geográficos entre o museu e a comunidade Massangana. Na ocasião, os moradores da comunidade serão os protagonistas e compartilharão suas experiências, bem como seus conhecimentos, ao identificarem espécies e mencionarem o processo para os cultivos de cada uma. Na manhã da quarta-feira (18), o Muhne receberá a Palestra de Lançamento do Projeto Territórios da Ancestralidade - Ivo de Xambá. Mais tarde, o grupo Afoxé Ylê Xambá se apresentará no Jardim do Museu. À tarde, o jardim receberá um grupo de pessoas com deficiência visual para uma visita mediada, por meio de audiodescrição. No mesmo dia, ainda acontecerá o retorno das atividades do projeto "Uma Noite no Museu", que tem como objetivo receber grupos do EJA (Ensino para Jovens e Adolescentes). O grupo convidado faz parte do Núcleo de Estudo de Línguas do Erem Joaquim Távora, localizado no bairro da Madalena. À noite, será exposta a mostra fotográfica do educador Murilo Dayo. O público poderá apreciar uma coleção composta por fotografias que revelam o cotidiano das pessoas que trabalham no funcionamento do museu: monitores, estagiários, diretora, recepcionistas e seguranças. A atividade será na área externa do Museu. Nos demais dias da semana, o Engenho ainda receberá outras ações educativas relacionadas ao meio ambiente, sempre em interação com os moradores da região. Já o Muhne, lançará um vídeo em suas redes sociais sobre seu poder educativo, fará uma apresentação presencial de Mamulengo, intitulada de “Em busca da Monalisa”, e no dia 22, para encerrar a programação da SNM, promoverá o “Domingo dos Pequenos” para um grupo do Gris, espaço comunitário da Várzea. Serviço: 20ª Semana Nacional de Museus — O poder dos museus Datas: 16 a 22 de maio Locais: Museu do Homem do Nordeste e Engenho Massangana Programação 16/05 13h - Palestra “Museu Educador: A importância dos museus na formação docente”, pelas professoras Fernanda Andrade, Renata Villar e Viviane de Bona. Local: Sala Calouste Gulbenkian Campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte 17h às 19h Ação Educativa: Semeando Saberes Palestra para os moradores do entorno sobre educação ambiental desenvolvida pelo Programa de Educação Ambiental do Complexo Portuário de Suape. Local: Engenho Massangana Rod. PE-60, s/n - Cabo de Santo Agostinho 17/059h - Visita mediada ao Museu do Homem do Nordeste para grupo agendado (nível superior). Local: Campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte 10h - Ação educativa ” Conhecendo para saber” Troca de experiências e interação entre a equipe do educativo do Engenho Massangana e os moradores do entorno que desenvolvem a atividade da agricultura. Local: Engenho Massangana Rod. PE-60, s/n - Cabo de Santo Agostinho 13h – Visita mediada e oficina ao Museu do Homem do Nordeste para grupo do Projeto Levante. Local: Campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte 18/059h às 12h Muhne: Palestra de Lançamento do Projeto Territórios da Ancestralidade - Ivo de Xambá. Local: Sala Calouste Gulbenkian Campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte 11h30 às 13h Apresentação do grupo Afoxé Ylê Xambá. Local: Jardim do Museu do Homem do Nordeste Campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte 14h às 15h30 Visita mediada do Projeto Museu Acessível: O jardim do MUHNE em Audiodescrição. Aberto ao público. Local: Jardim do Museu do Homem do Nordeste Campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte 18h às 18h30 Ação Educativa - Uma Noite no Museu que tem como objetivo receber grupos do EJA. O grupo convidado faz parte do Núcleo de Estudo de Línguas do EREM Joaquim Távora.

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Por tras da moldura

Exposição 'Por trás da moldura", de Isabela Machado começa neste sábado (14)

A fotógrafa e pesquisadora Isabela Machado lança a sua exposição interativa "Por trás da moldura", no próximo sábado (14/05), às 18h, no Instituto Arte Mambembe (Rua 25 de agosto, sn), em São José do Egito, no Sertão do Pajeú de Pernambuco. O projeto, patrocinado pela Aldir Blanc, via o Edital Criação, Fruição e Difusão 2ª Edição - LAB PE 2021, tem como foco discutir, a partir da vida de três mulheres de baixa renda de São José do Egito-PE, questões sobre o machismo estrutural e a desigualdade social na microrregião do Pajeú do estado. Um dos destaques do evento é que o público vai poder interagir com cada uma das obras expostas. O PROJETOA pesquisa, ensaio e exposição fotográfica "Por trás da moldura", de Isabela Machado, busca discutir a realidade social de algumas mulheres de regiões periféricas de São José do Egito, cidade do Sertão do Pajeú de Pernambuco, e suas respectivas lutas no dia a dia perante o machismo estrutural e a desigualdade social, fazendo, por consequência, um paralelo com um Brasil cada vez mais violento contra minorias. AS PERSONAGENS:Lindalva dos Santos, Kátia da Silva Olímpio e Maria José, as três personagens do ensaio, compartilharam diversas memórias de lesões e curas enquanto vivenciavam uma experiência social e imagética inédita em suas vidas: além do incentivo econômico por suas referentes participações, cada uma delas ganhou um café da manhã especial, cuidados estéticos e de saúde pessoal por profissionais de um salão de beleza, no intuito de fomentar a autoestima individual de cada uma delas e, através da fotografia, captar as suas novas descobertas particulares durante este processo. EXPOSIÇÃO INTERATIVA:Para cada imagem exposta em primeiro plano há uma segunda obra por trás dela. Neste lançamento presencial, o público pode interagir com as obras e o tema da proposta: as fotos estão em molduras tradicionais, mas soltas, com as imagens "reais" daquela personagem atrás da moldura, sendo assim, quando alguém tocar e mover alguma, é possível conhecê-la para além da montada imagem feliz apresentada no primeiro plano. FICHA TÉCNICA:Produção geral, fotografia e curadoria: Isabela Machado | Produção executiva, assessoria de imprensa e textos: Jefferson Sousa | Molduras, produção técnica e logística: Lindoaldo Formiga | Elenco: Lindalva dos Santos, Kátia da Silva Olímpio, Maria José. PATROCÍNIO:Esse projeto foi patrocinado pela Aldir Blanc, no Edital Criação, Fruição e Difusão 2ª Edição (Faixa 2) - LAB PE 2021, da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco. SERVIÇO:Evento: Exposição "Por trás da moldura"Quando: Sábado (14), às 18hLocal: Instituto Arte Mambembe (Rua 25 de agosto, sn), em São José do Egito-PECustos: Gratuito

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Catamaran Assombrado Recife

Assombrações pelo Capibaribe em plena Sexta-feira 13

No Recife não tem tempo ruim nem para uma sexta-feira 13. Pelo contrário, quem não dá a mínima pro terror e azar vai é passear no Catamaran Assombrado, uma aventura náutica noturna pelas águas do Rio Capibaribe. A bordo da embarcação com capacidade para 90 pessoas, os atores da Cia Pernambucana de Arteatro se revezam para personificar os protagonistas das mais famosas lendas urbanas de Pernambuco, como o mistério do Encanta-moça, as sombras e sons do Teatro Santa Isabel, o fantasma da Emparedada da Rua Nova, o Boca de Ouro e até o Papa-Figo, uma história que desde sempre permeia o imaginário popular pernambucano. A Catamaran Tours, empresa especializada em turismo náutico, preparou um embarque especial nesta sexta-feira 13, às 20h. Para tornar a diversão e os arrepios ainda mais constantes, a rota do passeio espetáculo segue por lugares históricos da capital pernambucana, a maioria deles famosos também por suas manifestações sobrenaturais – fantasiosas ou não. O percurso, inclusive, passa pela Cruz do Patrão, um dos lugares mais assombrados do Recife. “Além da diversão, o passeio oferece aos passageiros informações sobre as histórias reais que deram origem às lendas, enriquecendo bastante a experiência, que vai muito além de suspense”, diz Juliana Britto, diretora da Catamaran Tours. O roteiro do tour foi inspirado no livro “Assombrações do Recife Velho”, de Gilberto Freyre. O passeio é realizado seguindo todos os protocolos de segurança. Para garantir o bem-estar do público, dos atores e dos funcionários, as vagas são limitadas e devem ser reservadas com antecedência com compra pelo site catamarantours.com.br/ ou através do whatsapp: 81. 99973.4077. A tarifa do tour Catamaran Assombrado sai por R$ 80 para adultos e R$ 40 para crianças de 6 a 10 anos. O passeio não é recomendado para crianças menores de 6 anos. Serviço – Catamaran Assombrado Onde: Cais Santa Rita, S/N, Recife/PE Quando Sexta-feira 13 de maio de 2022 Preços: R$ 80 (tarifa adulto), R$ 40 (tarifa criança de 6 a 10 anos). Não recomendado para crianças menores de 6 anos. Vendas no site: www.catamarantours.com.br Duração: Aproximadamente 1h20 Informações: 81. 99973.4077 Facebook: www.facebook.com/catamarantourspe Estacionamento gratuito

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Cais do Sertao Foto Chico Andrade

Cais do Sertão tem programação especial para Semana Nacional dos Museus

Visitante poderá participar de atividades musicais, fazendo uma imersão na musicalidade Gonzagueana. De terça a quinta-feira (17 a 19), haverá ainda mediação com acessibilidade (Da Secretaria de Turismo de Pernambuco) Em sua 20º edição, a Semana Nacional dos Museus traz ao centro de sua narrativa o Poder dos Museus. O tema propõe uma reflexão sobre o impacto sociocultural das instituições museais nas ações de preservação de seu acervo, inovação tecnológica, gestão e propagação da cultura e educação. A ação é coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus - Ibram e, durante toda a semana, que vai de 16 a 22 de maio, equipamentos culturais e instituições museais de todo o País oferecerão atividades especiais para os visitantes. E o Cais do Sertão, no coração do Bairro do Recife, não fica de fora da iniciativa. De 18 a 20 de maio, o museu oferecerá mediação musicada por todo o território expositivo, tour com audiodescrição, aula imersiva acerca do universo do forró, além de visita pela exposição “20por1”, do artista visual pernambucano Bozó Bacamarte. “A Semana Nacional de Museus tem um significado muito poderoso para gestores culturais de todo o País. Ela nos leva a refletir sobre o nosso papel, enquanto instituição de preservação cultural, e nos inspira a realizar cada vez mais ações voltadas à inclusão, inovação e à preservação sociocultural. O Cais do Sertão já oferece atividades que acolhem todo o público e nosso objetivo é reforçar ainda mais isso”, salienta a secretária de Turismo e Lazer, Milu Megale. Na quarta-feira, 18, dia em que o Cais oferece entrada gratuita, acontece a primeira atividade dentro da programação da Semana Nacional dos Museus. A partir das 14h, os músico-educadores Arthur Fernandes e Diôgo do Monte convidam o público a imergir no universo do sertão através da música, por meio de mediação musicada por todo o território expositivo do equipamento. Na quinta-feira, 19, no mesmo horário, haverá tour com audiodescrição para pessoas com deficiência visual. A visita-guiada segue pela fachada do museu, seguindo para a Praça do Juazeiro e a Vitrine Jóias da Coroa. A mediação também oferece experimentação tátil do mapa da bacia do Rio São Francisco e do busto de Luiz Gonzaga. O último dia de programação será dedicado à atividade musical na Sala Imbalança, situada no primeiro andar. O espaço abrigará um encontro especial, com o tema Decifrando o Forró. A aula oferece total imersão no universo do forró, através de vivência prática e teórica sobre as variações e vertentes do gênero. A intervenção será comandada por Diogo do Monte. Durante todos os dias da programação da Semana dos Museus, o visitante poderá, ainda, conferir as 27 obras que compõem o acervo da exposição "20por1", de Bozó Bacamarte. O acervo remonta o encontro da xilogravura com a arte urbana contemporânea; encontro do tradicional com o moderno. A mostra segue em cartaz na Sala Moxotó, no módulo 2 do Cais. As visitas podem ser feitas das 10h às 16h, de terça a sexta-feira, e das 11h às 17h, nos fins de semana. “Ter esse leque de atividades no museu reforça a preocupação do Governo do Estado em proporcionar ao visitante a melhor experiência com a cultura nordestina. Queremos levar ao público sentimentos como identificação, resiliência e a esperança pela cultura nordestina”, comenta a gestora do Cais, Maria Rosa Maia. O Centro Cultural Cais do Sertão é gerido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer e da Empetur, e funciona sempre de terça a sexta-feira, das 10 às 16h, e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). Mais informações no perfil @caisdosertao.

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Instituto Ricardo Brennand

Instituto Ricardo Brennand contará com programação especial para a 20ª Semana Nacional de Museus

O Instituto Ricardo Brennand localizado na Várzea, Zona Oeste do Recife - em parceria com o Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) e o Ministério do Turismo promoverá a 20ª Semana Nacional de Museus, entre os dias  17 a 22 de maio. Este ano, a temática escolhida foi "O Poder dos Museus", visto que esse está presente em suas ações de pesquisa, preservação, conservação, educação, comunicação, ação cultural, gestão, inovação tecnológica, cumprimento de suas funções sociais e criação de repertórios para o futuro. Os museus são construtores de futuro e por isso são poderosos. E para celebrar essa vigésima edição, uma programação especial foi preparada, confira: Curso: A ARTE NA HOLANDA DO SÉCULO XVII ENTRE A CULTURA VISUAL E A CULTURA POLÍTICA Dias: 17, 18 e 19/05 Horário: 8h30 às 12h30 Com Daniel Vieira Professor Adjunto do Departamento de Antropologia e Museologia/ DAM, e do Programa de Pós-Graduação em História/ PPGH, da UFPE. Link de inscrição: https://bit.ly/20SMNcurso Mesa Redonda: O PODER DOS DOCUMENTOS - PESQUISA E PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO NO ACERVO DO INSTITUTO RB Dia: 20/05/2022Horário: 14h às 17h30 Com os pesquisadores Hugo Coelho (Dr. em História pela UFPE);  Leonardo Dantas ( Historiador e escritor) e Wheldson Marques (Mestrando em Ciências da Informação pela UFPE) Link de inscrição: https://bit.ly/20SNMmesaredonda Palestra: DIÁLOGO ENTRE MUSEUS Dia: 21/05/2022, sábado Horário: 14h às 17h30 Com Dr. Jairo José Campos da Costa, idealizador dos espaços de memória da UNEAL, e Professor, escritor e pesquisador Bruno Brulon Soares, presidente do Comitê Internacional de Museologia – ICOFOM, do ICOM Link de inscrição: https://bit.ly/20SNMpalestra Recital: OS COMPOSITORES NACIONALISTAS E A SEMANA DE 22 Dia: 22/05 Horário: 15h às 16h Com os cantores líricos Natalia Duarte e Rodrigo Cruz, e o pianista Ednaldo Neves. Link de inscrição: https://bit.ly/20SNMrecital Serviço:20ª Semana Nacional de Museus - 17 a 22 de maio Onde: Instituto Ricardo Brennand, na Rua Mário Campelo, n⁰ 700 – Alameda Antônio Brennand – VárzeaFuncionamento: Terça a domingo, de 13h às 17h.Ingressos: Vendas na bilheteria local ou pelo site www.institutoricardobrennand.org.brInformações: (81) 2121.0365 / 0352

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Maos de Dona Prazeres

Museu da Parteira ocupa a Oficina Brennand em ação aberta ao público

O museu experimental que conta a história do partejar tradicional estará em Brennand no domingo (15/05), com roda de conversa, exibição de filmes e outras ações O Museu da Parteira marca presença na ação Ocupa Oficina, no domingo, dia 15 de maio, a partir das 14h, na Oficina Brennand, localizada no bairro da Várzea, no Recife. “A Oficina Brennand tem trabalhado com três eixos norteadores - territórios, naturezas e cosmologias. O Ocupa Oficina é uma ação no eixo das territorialidades, que visa a abertura do espaço do museu para projetos diversos. No mês de maio, comemoramos tanto o Dia Internacional da parteira (05/05) como o do Museu (18/05), daí a pertinência da ocupação pelo Museu da Parteira”, afirma Júlia Morim, antropóloga e integrante da equipe do Museu da Parteira. No encontro, que conta com a presença de parteiras de Recife, Jaboatão dos Guararapes, e Caruaru e do povo Pankararu, será exibida a série de curtas documentário “Saber de Parteira”, com seis episódios: Ser parteira, Beleza do ofício, Dom e aprendizado, Parteiras e plantas, Transmissão e continuidade e Relação com a comunidade. Também será veiculado o curta Zefinha Parteira, com direção e roteiro de Bruna Leite, Cecília da Fonte e Júlia Machado. Além disso, no evento, será realizada uma roda de conversa e uma homenagem à Dona Zefinha, parteira de Caruaru, que foi reconhecida como Patrimônio Vivo do município em dezembro de 2021 e faleceu em fevereiro de 2022. A ação é aberta ao público, com inscrições gratuitas através do Instagram da Oficina Cerâmica Francisco Brennand (https://instagram.com/oficinabrennand?igshid=YmMyMTA2M2Y=). Também no mês de maio, o Museu da Parteira lançou seu site oficial. O lançamento foi realizado no Dia Internacional das Parteiras, comemorado em 05 de maio, com o propósito de homenagear as mulheres parteiras, cujo o papel milenar é fundamental para concretizar o ato de nascer. O site oficial do Museu da Parteira pode ser acesso através do link https://museudaparteira.org.br/. Espaço virtual O site do Museu da Parteira, desenvolvido com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), é um espaço virtual, tal qual um centro de referência sobre o partejar tradicional, no qual é possível conhecer as ações realizadas pelo museu, bem como acessar a produção escrita e audiovisual sobre esse universo por meio da seção denominada biblioteca. Uma galeria de imagens nos mostra visualmente quem são essas mulheres, suas casas, suas comunidades, e a aba Troca de Saberes, é voltada para parteiras e aqueles que atuem junto a elas compartilhem suas experiências e pontos de vista. “Além da publicização de dados, informações e memória sobre o partejar tradicional, o site é um espaço de articulação, um modo de chegar a mais pessoas cuja atividade/trabalho/vida una as temáticas do patrimônio e do universo das parteiras tradicionais. Será, ainda, um instrumento de coleta de informações, documentação, dados sobre a temática, uma vez que abriremos espaço para que os internautas enviem material para publicação. Dessa forma, o site busca organizar em um único espaço virtual documentos, publicações, vídeos, enfim, difundir informações e promover a salvaguarda do ofício de parteira tradicional”, diz Júlia Morim, que está coordenando a implementação do site. Museu da Parteira O Museu da Parteira, caracterizado como experimental, planeja e realiza um conjunto de ações continuadas de salvaguarda, promoção e valorização dos Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais. Coordenado pelas Associações de Parteiras Tradicionais de Jaboatão dos Guararapes e de Caruaru, Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Grupo Curumim, o museu vem desenvolvendo ações em diversas esferas, através de exposições, publicações de livros, produção de filmes, realização de encontros e debates. “O museu nasceu do desejo de parteiras pernambucanas narrarem suas histórias por si próprias. Por meio de ações e atividades, ele existe sem muros, de forma itinerante, em um lugar de reflexão e articulação de novas ideias e parcerias”, comenta Júlia Morim. “O projeto cresce como um centro de referência sobre o partejar tradicional. O Museu da Parteira ecoa uma série de ações que vêm construindo e propagando narrativas imagéticas, expográficas, documentais e biográficas acerca desse universo das parteiras, ofício que está em processo de ser reconhecido como Patrimônio do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)”, ressalta. Por sua atuação, em 2018, o museu ganhou o Prêmio Ayrton de Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco, na categoria Acervo Documental e Memória. A premiação é uma promoção da Secretaria de Cultura de Pernambuco e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). “Nosso grande foco é entender essas mulheres como detentoras de saberes tradicionais do partejado, que são passados de geração em geração”, explica a antropóloga. Pelas mãos de Dona Prazeres Aos 80 anos, reconhecida como Patrimônio Vivo de Pernambuco, Maria dos Prazeres de Souza, apelidada carinhosamente como Dona Prazeres, é uma das criadoras e parceiras do Museu da Parteira. Já perdeu as contas de quantas crianças ajudou a nascer. Define o papel da parteira na comunidade como: “Uma liderança. Uma conselheira. Ela é advogada, também é assistente social, ela está em todas. É por isso que eu achei por bem dizer o que ela faz só em uma palavra: simbiose”. Dona Prazeres é mãe, avó e bisavó. Também é filha e neta de parteiras. A senhora articula e reúne parteiras na Associação de Parteiras Tradicionais e Hospitalares de Jaboatão dos Guararapes, da qual é presidente. Carrega outro título na sua história, o Diploma Mulher-Cidadã Berta Lutz, ofertado pelo Senado Federal. “O primeiro parto que eu atendi sozinha, foi quando vieram chamar minha mãe para ajudar no nascimento de uma criança, mas ela não estava em casa. Então, fui no lugar dela. Cheguei lá, fiz tudo direitinho, do jeito que eu via minha mãe falar e fazer. Eu era muito curiosa. Depois disso, eu apenas continuei”, lembra Dona Prazeres. A parteira se interessou em saber como era o serviço na maternidade, foi quando começou a fazer o curso de Enfermagem Obstetrícia, na Faculdade de Medicina, concluindo em 1971. “Foi uma complementação. Uma adaptação. Vi que uma

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Foto Rodrigo Barros Avoada

Avoada lança novo clipe nesta quarta-feira (11)

Dirigido pelo cineasta Rodrigo Barros, vídeo ilustra a canção "A Pedra e a Janela", lançada pelo supergrupo pernambucano no ano passado O supergrupo pernambucano Avoada lança, nesta quarta-feira (11/4), o clipe de “A Pedra e A Janela”. Disponível no Youtube e dirigido pelo cineasta Rodrigo Barros, o vídeo acentua a metáfora presente na letra da canção: “ah, como era fácil ser pedra/ ah, como é difícil ser janela”.  Segundo Rodrigo, “o clipe tem um intenso trabalho estético, que tem sua construção narrativa amparada em simbologias que estão bem presentes no debate político atual”. Filmado em plena pandemia, “A Pedra e A Janela” traz alguns personagens que se relacionam à contemporaneidade do Brasil, como o armamentista manipulável e a artista hippie. Utilizando as máscaras de Julião das Máscaras, famoso artesão de Olinda, esses personagens evidenciam o posicionamento da Avoada na crítica ao fascismo crescente no país. O clipe teve roteiro de Veridiana Gatto, Feiticeiro Julião e Rodrigo Barros e foi produzido de modo independente.   A Avoada é composta pelos cantores e compositores Juvenil Silva, Marília Parente, Marcelo Cavalcante e Feiticeiro Julião, já tendo lançado um EP, dois singles e agora cinco videoclipes. Atualmente, o supergrupo grava seu primeiro disco, "Depois da Curva". Surgida no Recife, em 2019, a Avoada traz o mote de cair na estrada com violas e violões para desbravar o Brasil profundo. Entre suas influências estão o rock rural, de bandas como Sá, Rodrix e Guarabyra e também a psicodelia nordestina.  link: https://www.youtube.com/watch?v=C-sw-I8m-Xc

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virtuosi quarteto

Virtuosi Brasil volta aos palcos do Recife nesta quinta-feira (12)

Décima quarta edição do festival começa nesta quinta, 12, no Teatro Luiz Mendonça e homenageia o Maestro Rafael Garcia Com incentivo do Sistema de Incentivo à Cultura - SIC através da Fundação de Cultura Cidade do Recife e Secretaria de Cultura da Prefeitura do Recife, o VIRTUOSI BRASIL chega à sua 14ª edição, nesta quinta-feira (12). Após edições especiais online nos últimos dois anos, o Virtuosi retoma sua programação anual de eventos de forma presencial nos palcos do estado. O festival é filiado à Abrafin e tem produção executiva da Coda com realização da Virtuosi Sociedade Artística. A volta do VIRTUOSI BRASIL está programada para esta semana, 12, 13 e 14 de maio de 2022, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu - Boa Viagem), onde o público poderá apreciar recitais com exímias instrumentistas da música de concerto. Em cada noite de apresentações, que contam com entrada gratuita, será possível conferir os trabalhos do QUARTETO BOULANGER, da harpista CRISTINA BRAGA e da pianista JULIANA STEINBACH. Com direção artística de Ana Lúcia Altino, o XIV VIRTUOSI BRASIL vem apresentando espetáculos protagonizados por instrumentistas e solistas femininas.“Pela primeira vez e por causa da morte de Rafael Garcia, eu assumo a direção artística do festival e procurei enfatizar a instrumentista profissional mulher encontrando grandes nomes da música clássica. Sendo minha primeira vez dirigindo a parte artística fiz questão de que todo cenário fosse feminino”, revela Ana Lúcia. Convocatória - O VIRTUOSI BRASIL neste ano abre espaço em sua programação para solistas através de uma convocatória inédita. Destinada a revelar instrumentistas do Nordeste, a seletiva recebeu propostas de apresentações de vários músicos e de diversos estados da região. Selecionados por esta convocatória, a violista Raquel Paz, o violoncelista Rodrigo Prado e o violonista Carlos Alberto da Silva do Duo Pessoa da Silva terão a oportunidade de apresentarem seus trabalhos e performances no Teatro Luiz Mendonça abrindo cada uma das noites de programação. Natural de Igarassu, a violista Raquel Paz iniciou seus estudos musicais aos nove anos de idade, ingressando em 2014 no Centro de Criatividade Musical. Em 2015 ingressou no Bacharelado em viola na UFPE. Participou de diversos festivais nacionais e internacionais desde 2016, também destacando-se como semifinalista no Programa Prelúdio da TV Cultura em 2018 e obtendo menção honrosa na II edição do concurso Jovens solistas da Orquestra Criança Cidadã. Foi chefe de naipe em 2017 na Round Top Music Festival no Texas/EUA e em 2019 na Orquestra Sinfônica Mozarteum Brasileiro (OAMB). Rodrigo Prado é formado pela Faculdade Santa Marcelina tendo se inclinado para o lado da música contemporânea. Possui experiência com orquestra, música de câmara, eletrônica mista, improvisação, música popular, em conjunto de balé e teatro. Estreou diversas obras para violoncelo dedicadas a ele, trabalhando em colaboração com compositores brasileiros. Recentemente se apresentou na 24ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea no Rio de Janeiro. Formado pelos músicos Carlos Alberto da Silva (bandolim e violão) e João Paulo Pessoa (violão), o Duo Pessoa da Silva desenvolve um trabalho de pesquisa e transcrição e apresenta um repertório variado, mesclando valores eruditos e elementos populares de culturas diversas. O duo tem se dedicado a transcrever e executar sonatas para solista e contínuo de Domenico Scarlatti, além de obras de J.S. Bach, Astor Piazzolla, Egberto Gismonti, Luiz Bonfá, e Heitor Villa-Lobos. Masterclasses - A programação do VIRTUOSI BRASIL ainda traz uma série de masterclasses no Teatro Luiz Mendonça nos dias 12 e 14 de maio pela manhã com a presença de instrumentistas renomadas mundialmente nas categorias de cordas e piano. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de forma online: https://www.virtuosi.com.br/masterclasses-xiv-virtuosi-brasil. Os participantes selecionados para participar das masterclasses deverão escolher uma obra para executar e receberão mentoria e certificados por sua participação. Estas atividades também estarão abertas aos interessados em participar como ouvintes. Atrações - O nome do grupo QUARTETO BOULANGER é uma homenagem a uma das maiores mulheres da História da Música, a compositora, regente e professora Nadia Boulanger (França, 1887-1979). E apesar de cada uma de suas integrantes ter nascido em países diferentes, as quatro acabaram se encontrando no Brasil por meio da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. O quarteto é formado pelas musicistas Jovana Trifunovic (Violino/Sérvia), Flávia Motta (Viola/Brasil), Lina Radovanovic (Violoncelo/Sérvia) e Ayumi Shigeta (Piano/Japão), todas com vasta experiência internacional e convivência de quase uma década juntas. Cada vez mais inspiradas em Boulanger, as componentes do Quarteto têm buscado, com suas visões e ideias sobre o trabalho musical em nível de excelência, incrementar a pesquisa e a divulgação do campo composicional feminino para sua formação musical. A harpista e cantora CRISTINA BRAGA tem sido grande responsável pela divulgação de uma harpa brasileira de jazz no mundo. Com um trabalho consistente, mostrou que seu instrumento também tem alma popular, tocando samba, choro e bossa. Participou de inúmeros projetos de música clássica e popular com a mesma desenvoltura. Cristina tem 16 discos gravados, alguns lançados também na Europa, Japão e EUA. Tocou com as divas eternas Nara Leão, Ana Carolina e Zizi Possi, colocou harpa no rock nacional acompanhando os Titãs, e participou de apresentações ao lado de Lenine. Foi convidada por Roberto Menescal e Andy Summers (The Police) para uma participação especial no DVD United Kingdom of Ipanema. De João Pessoa para o mundo. Assim é a trajetória da pianista JULIANA STEINBACH que começou seus estudos musicais na França aos cinco anos de idade. Diplomada dos Conservatórios de Musica de Lyon e Paris, da Accademia Pianistica de Imola na Italia e da Juilliard School de Nova York, Juliana se formou com ilustres pedagogos do piano internacional. A pianista é laureada de vários concursos internacionais e é solista convidada de numerosas orquestras na Europa e no Brasil. Juliana Steinbach é ainda a fundadora e diretora artística de dois festivais na Borgonha e na Transylvânia. Sua discografia inclui três albums solos com obras de Liszt, Mussorgsky e Debussy e várias gravações de música de câmara. Homenagem - Falecido em outubro do ano passado, o maestro Rafael Garcia criou o festival Virtuosi ao lado

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Suely de Luna 1

"Há outra cidade colonial por baixo do Recife"

Suely de Luna, historiadora e arqueóloga da UFRPE, conta como são realizados os trabalhos nas escavações da região do Pilar, no Recife, onde foram encontrados dois cemitérios, um da época da ocupação holandesa e outro do Século 19, os vestígios de um forte e várias peças e fragmentos de objetos. Desde março, a mídia tem noticiado a descoberta de verdadeiros tesouros arqueológicos na comunidade do Pilar, no Bairro do Recife. Na região está sendo construído um conjunto habitacional e durante as escavações foram revelados dois cemitérios, dos quais não havia registros, e vestígios do Forte de São Jorge, um dos primeiros da cidade. Também foram encontrados peças e mais de 40 mil fragmentos de objetos. Um verdadeiro quebra-cabeça que profissionais da Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, estão montando para entender melhor o nosso passado e sua influência no presente. Para explicar como é realizado esse trabalho, Cláudia Santos conversou com Suely de Luna, historiadora arqueóloga e coordenadora geral do programa de resgate arqueológico na Comunidade do Pilar. Ela fala da importância dessas descobertas e da possibilidade que proporcionam de transformar a região em ponto turístico, abrindo novas perspectivas de geração de renda entre os moradores locais. Como está sendo o trabalho das escavações no Pilar? Para realizar qualquer projeto de construção no Centro histórico do Recife é necessário que seja feito o trabalho arqueológico, por ser uma área histórica tombada. Uma outra equipe já atuou no local tempos atrás. Em 2015 a prefeitura fez uma licitação pública e a Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, ganhou e, no final daquele ano, começamos a escavação. Eles dividiram a área em quadras (ao todo são cinco quadras) e estipularam que a primeira a ser trabalhada seria onde havia uma parte de um habitacional construído. Concluímos o trabalho nessa área onde foram implantadas obras, como alguns edifícios, creche, escola e o posto de saúde. Essa parte já está entregue à comunidade. À medida em que foi sendo trabalhada cada quadra, tivemos vários achados. É muito material de praticamente todas as épocas, desde o final do Século 16 até o Século 21. Mas a concentração maior é do Século 19, quando houve uma expansão do Recife e aquela região foi mais ocupada por pessoas. Antes no período colonial, era uma área chamada de “fora de portas”, que era o limite do que seria a Vila do Recife, e que começou a expandir no final do Século 18. No Século 19 houve um boom. Foram construídas muitas casas. A Igreja do Pilar é do Século 18 e foi erguida com parte das pedras que eram de uma fortificação. Com as escavações conseguimos localizar uma parte da fundação dela. Era o Forte de São Jorge, que foi o primeiro do Recife. Existiam dois: um ao lado da barra e outro no istmo. Quando houve a invasão holandesa da Companhia das Índias Ocidentais, esse forte se transformou numa enfermaria. Depois que os holandeses foram embora (nós chamamos os holandeses, mas, na verdade, trata-se da Companhia das Índias Ocidentais, que era uma empresa privada) aquela região ficou quase abandonada, o forte ficou sem serventia e houve a doação daquele pedaço de terra para uma pessoa da época. Uma das cláusulas para a doação era que se construísse a igreja que foi a de Nossa Senhora do Pilar. E o que se sabe sobre os esqueletos encontrados? Ninguém sabia, mas no período da ocupação havia um cemitério próximo de onde hoje está a igreja e do antigo forte. Calculamos que que ele seja do final do Século 16 até, pelo menos, meados do Século 17, pelas datações que fizemos de carbono 14. O cemitério tem características bem peculiares, são esqueletos de pessoas de porte alto, que condizem mais com um tipo de europeu do centro da Europa, a região nórdica, do que da península. A maioria, 99% deles, são homens, jovens, de idade militar. Até agora, pelo menos o que a gente conseguiu identificar em campo, é que só há uma mulher e é uma menina relativamente nova, de uns 14 anos, que tinha cerca de 1,75 m de altura, portanto, mais alta do que a média normal das mulheres da colônia. A estrutura desse cemitério também é diferente, há sepulturas com um esqueleto, outras têm dois e existem sepulturas com três esqueletos. Geralmente quando se tem sepulturas duplas ou triplas significa que aquelas pessoas morreram no mesmo dia e que foram enterradas nessa coletividade. Por que eles foram enterrados assim? Qual a causa dessas mortes? São questões que vamos investigar em laboratório. Mas há duas possibilidades. Primeiro, é que foram mortos em enfrentamentos bélicos, talvez uma parte, não todos. Outra grande possibilidade é que morreram em decorrência de alguma epidemia, porque ter sepulturas com duas ou três pessoas significa que foram mortes sucessivas, em períodos extremamente curtos. Mas só os estudos de laboratório, que serão feitos por especialistas na área de bioantropologia humana, é que podem comprovar essa possibilidade. Existia alguma epidemia naquele período? Existiram vários surtos de epidemia desde o período colonial até o período imperial, na verdade, até o Século 20, de doenças como difteria, cólera, e muitas pessoas, na época inicial da ocupação, principalmente, sofriam de escorbuto. Não era uma epidemia, mas uma doença que se desenvolvia por falta de vitaminas. Eram comuns também febres e diarreias crônicas devido à qualidade de água ou de algum alimento contaminado, porque a água não era fácil de ser encontrada. Isso ocorria, principalmente, nos anos iniciais em que os holandeses estiveram no Recife. Eles ficaram ilhados, não tinham acesso a uma água boa, a frutas, a uma alimentação mais rica e isso deve ter causado grandes problemas de saúde. Lembrando que a área era pequena e o contingente de pessoas muito grande para o espaço. Isso a gente encontra nos relatos históricos, como a reclamação dos preços dos aluguéis no Recife, onde se amontoava muita gente, havia muitos soldados mercenários da companhia que não

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Almerio estreia show em que canta Cazuza Foto Ana Stewart

Almério estreia show em que canta Cazuza no domingo (15)

Cantor pernambucano apresenta pela primeira vez no Recife show ao vivo com repertório do disco “Tudo é Amor - Almério Canta Cazuza” Mergulhando de cabeça na obra musical de Cazuza, o cantor pernambucano Almério ressurge em cena com um novo espetáculo. Neste domingo (15/05), às 19h, no Teatro do Parque, o artista faz a estreia nacional do show “Tudo é Amor - Almério canta Cazuza”, no qual interpreta ao vivo o repertório do disco homônimo que lançou em 2021.  O projeto nasceu por idealização de Ione Costa, da instituição sociocultural Parças do Bem. A empresária revisitou a obra do compositor carioca durante a pandemia e percebeu muita atualidade na poesia das canções. “Eu queria gravar Cazuza com um nordestino e tinha certeza de que essa voz tinha que ser a do Almério”, endossa ela. O resultado foi um álbum inteiro dedicado à obra de Cazuza, com parte da renda arrecadada destinada para trabalhos sociais na comunidade Entra Apulso, na Zona Sul do Recife. Agora o projeto ganha os palcos, com direção artística de Marcus Preto, direção musical de Juliano Holanda e coordenação de produção de André Brasileiro e Tadeu Gondim, pela Atos Produções Artísticas. O show propõe o encontro da nordestinidade e da potência vocal de Almério com a poesia atemporal de Cazuza. Em 1h30 de espetáculo, o repertório passeia por hits como “O nosso amor a gente inventa”, “Minha flor, meu bebê” e “Brasil”, além de músicas lado B, a exemplo da marcante “Cobaias de Deus” e a quase inédita “Companhia”, composta para Zizi Possi em 1987 e nunca gravada por Cazuza. De caráter vibrante e afirmativo, o show “Tudo é Amor - Almério Canta Cazuza” revive a obra do compositor carioca para as novas gerações, transpondo o universo do disco homônimo para o palco. O show fez pré-estreia em Ribeirão Preto (28/04) e Campinas (29/04), no interior de São Paulo, e pela primeira vez chega ao Recife, em caráter de estreia nacional, antes de seguir para a capital paulista (27/05) e Rio de Janeiro (29/05). “O show chegou ao mundo com uma energia belíssima, e eu estou muito empolgado para mostrá-lo no meu estado natal, Pernambuco”, comenta Almério, que canta em cena acompanhado por Juliano Holanda (guitarra), Rapha B (bateria), Guga Fonseca (teclado) e Roger Victor (contrabaixo). Os ingressos para o show podem ser adquiridos antecipadamente pelo Sympla.  SERVIÇO: Estreia do show "Tudo é amor - Almério canta Cazuza" Domingo, 15 de maio de 2022, às 19h Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81 - Boa Vista) Ingressos à venda no Sympla: R$ 80 inteira / R$ 40 meia Mais informações: Instagrans @parcas.dobem @atosproducoesartisticas

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