Arquivos Cultura E História - Página 123 De 366 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Banho de cachoeira e muita história em Escada

Que tal tomar um banho gelado de cachoeira, para se refrescar deste calorão que está fazendo e, de quebra, conhecer a casa-grande de antigos engenhos que tiveram moradores e visitantes ilustres? Você pode fazer esse passeio diferenciado em Escada, que fica pertinho do Recife, a 62 km de distância. Nos idos do século 19, o município, privilegiado por terreno fértil e pela abundância de águas, presentes em rios, cachoeiras e corredeiras, abrigou parte importante da oligarquia açucareira de Pernambuco, época que pode ser lembrada hoje nos antigos engenhos e em algumas edificações observadas na sede, sobretudo na Rua da Matriz. O Turismo Rural de Escada, idealizado e organizado pelo escadense Álex Antony, é dividido em cinco rotas temáticas, que fazem parte atualmente do Turismo do Estado de Pernambuco, por meio do projeto Bora Pernambucar, do qual já foi agraciado com o carimbo da campanha do passaporte Pernambucano de incentivo ao turismo local. A rota Caminhos das Águas, consiste num passeio pelas cachoeiras, bicas, corredeiras, quedas d’água e piscinas naturais, existentes na zona rural de Escada, num total de 12 cachoeiras, propícias ao banho, como Pé de Serra, Meireles, Bomba, Rasga Sunga e Matapiruma. Na Rota dos Barões, um dos destaques são as ruínas da casa-grande do Engenho Jundiá, onde nasceu o artista plástico Cícero Dias em 1907. É uma pena observar que uma edificação tão bonita e importante como patrimônio esteja nessas condições. Mas a visita vale a pena. O local foi palco de vários acontecimentos, alguns trágicos, como a inesperada invasão do cangaceiro Antônio Silvino, em 1899, que assassinou a filha do primeiro prefeito de Escada e outros empregados e no início do século 20. A casa-grande recebeu visitantes menos violentos, como o Lord Carnavon, descobridor do túmulo de Tutacamon no Egito. A casa-grande do Engenho Sapucaji, datada de 1862, também acolheu personalidades. Em 1887 recebeu o príncipe da Alemanha Henrique, da Prússia, e na década de 1990, o pintor Cícero Dias, que morava na época em Paris. Já o Engenho Conceição de Cima, atualmente é uma fazenda de cacau, com produção de chocolates, genuinamente pernambucano. Ele pertence aos herdeiros do conselheiro João Alfredo, que teve participação decisiva na promulgação da lei Áurea, em 1888. Mais informações no Instagram @turismoescada e no telefone 81 99115-6667.

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Torre Malakoff apresenta nova exposição de Guilherme Patriota

O artista visual Guilherme Patriota inaugura neste sábado (15), a partir das 16h, a sua primeira exposição individual. Intitulada “Fluxo Fantasia”, a mostra fica em cartaz na Torre Malakoff, até o dia 30 de março, e reúne 42 desenhos, 75 fotografias e dois vídeos artísticos. A curadoria é de Laura Sousa e Renata Pimentel. A entrada é gratuita, mediante apresentação de comprovante de vacinação e uso de máscara. “A exposição exalta a pluralidade de Guilherme como criador de personas e seus contextos ou cenários. Entre o colorido e o preto e branco, o figurativo e as formas geométricas. Sua maneira de sentir o mundo e os acontecimentos desvela um fluxo que hibridiza histórias e aproxima ironias cotidianas, questionamentos políticos, imagens documentais e seu traço particular”, afirma Laura Sousa, que assina a curadoria. Criação de um universo que induz a muitas descobertas em suas minúcias e interligações, “Fluxo Fantasia” ocupa quatro salas no primeiro andar da Torre Malakoff e traz observações do cotidiano e suas contradições, cores, paisagens, personagens, disputas e encontros. “Esta exposição tem um significado muito importante para mim, dado que é uma observação minuciosa de duas mulheres incríveis (Laura Sousa e Renata Pimentel) sobre minha produção de mais de vinte anos ininterruptos. As minhas noções de improviso e fluidez, que nasceram na minha infância em Itapetim (PE), somadas às pesquisas artísticas empíricas nascidas em Campina Grande (PB), aliadas ao profissionalismo técnico acumulado em Recife (PE) e às minhas viagens pela América Latina e Europa podem ser observadas, absorvidas e (re)interpretadas nos discursos imagéticos dos desenhos, das palavras, das fotografias e dos vídeos como um simples ato de viver a arte”, comenta Guilherme Patriota. “É uma busca por um equilíbrio pessoal enviesado ao próprio equilíbrio artístico, o equilíbrio do planeta. Nas construções menos aritméticas estão as cores e os traços da busca pelo equilíbrio “natural” de qualquer ser que caminha na verdade colorida dos traços em preto e branco”, completa o artista. Os desenhos apresentados, feitos com nankin, lápis colorido, canetas porosas e outros materiais, são de diferentes dimensões e, no conjunto, estão presentes trabalhos que pertencem às séries “Geométrico Anti-geométrico”, “Processo de Passagem”, “Sistemas” e, também, desenhos sem título. O artista nos envolve em possíveis construções de enredos com diversas possibilidades de leituras sensíveis entre realidade e ficção. Outro destaque da mostra é a série “Os descamisados ou releituras indecentes de uma história da arte mal contada” exibida, primeiramente, de forma virtual e que terá um recorte que poderá ser visto presencialmente. São trabalhos inspirados, por exemplo, no livro “A História da Beleza”, organizado por Umberto Eco, e que colocam em contato e sobreposição representações simbólicas da Arte nos fazendo pensar sobre a força da noção do Belo em nossa formação cultural coletiva e no nosso gosto estético. Em videoarte, Guilherme mescla personas e cidades, trazendo um arcabouço de imagens produzidas em viagens por distintos países e regiões de Pernambuco e do Brasil. Por tantos percursos, que incluem vivências na Itália, na Inglaterra, França, no Sertão do Pajeú (PE), Sertão da Paraíba e em outras geografias, que traçam memórias e encontros a partir dos temas/títulos “Lugargente” e “Gentelugar” e que reforçam seu mecanismo inventivo em que o fazer artístico flui, como em um improviso consciente, e vai conduzindo seu próprio olhar de contador/narrador. O conjunto de fotografias pertence à série “Recife Mobille” (work in progress). Produzida com diferentes smartphones e sempre em trânsito pela capital pernambucana, essa é uma série contínua que, para as curadoras, revela o olhar investigativo e curioso de Guilherme diante de personagens e cenários registrados no Recife no exato momento em que o artista foi provocado por cores, ângulos e por situações inusitadas. “Guilherme instaura uma espécie de mestiçagem de técnicas, espaços, geografias; como músico – que também é – revela-se um exímio improvisador; é um multiartista que inventa mundos, tece narrativas diversas, urde uma fantasia em que opostos convivem, ambiguidades se (re)velam e o Sertão do Pajeú se espraia pelo Recife, pela latino-americanidade, chegando a reinventar a sua própria Europa ‘descamisada’. Guilherme encanta e provoca o olhar e a subjetividade. Impossível não se fascinar pelos seus mundos inventados”, pontua a também curadora, Renata Pimentel. Guilherme Patriota é artista, jornalista, pós-graduado em Literatura e Estudos Culturais, estudou Cinema Político Latino Americano, é documentarista e produtor cultural com mais de 20 anos de experiência. É de Itapetim, Sertão do Pajeú, vive e trabalha no Recife e foi diretor de Produção da Mais Propaganda, Coordenador audiovisual do Museu de Arte Assis Chateaubriand, Coordenador de produção e logística da Secult-Fundarpe e é sócio fundador da Theia Produtores Associados (2001 – atual). Nas artes visuais, desenvolve um trabalho contínuo e ininterrupto desde 1999, entre desenhos, pinturas, colagens, doc art, videoarte e textos (contos, poesias e roteiros), participou de quatro exposições coletivas, ilustrou os livros “A Síndrome Ocidental” (Frederico de Navarro) e “De pueri et viri” (Antônio de Pádua Dias da Silva). A realização da mostra é da Theia Produtores Associados e o incentivo é do Funcultura (Secult, Fundarpe – Governo de Pernambuco). A expografia é assinada por Mariana Melo e Gustavo Albuquerque, a identidade visual por Adeildo Leite, a montagem é resultado da parceria com a Art.Monta Design, a fotografia das obras é de Eric Gomes e as molduras do Ateliê de Molduras (Arnaldo Vitor e Gerson Vitor).

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Palco Esperantivo leva shows de Babi Jaques & Lasserre e Raphael Costa a ruínas históricas, no Cabo

O Esperantivo - Casa, Comida e Cultura, hub criativo digital e selo de música independente, leva à Vila de Nazaré, no Cabo de Santo Agostinho, shows do duo Babi Jaques & Lasserre e do cantautor pernambucano Raphael Costa neste sábado, dia 15/01. A programação contará ainda com declamação livre de poesia e apresentação em literatura de cordel e acontece a partir das 14h nas ruínas do antigo Convento Carmelita, na área interna da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré (uma das igrejas mais antigas do Brasil, erguida em 1597).   A ação marca a estreia presencial do Palco Esperantivo, projeto idealizado pelos jornalistas e artistas pernambucanos Jefte Amorim e Andrea Trigueiro. "É uma alegria muito grande pra gente, depois do fechamento da casa de circulação artística, voltar a promover atividades de fortalecimento da cultura e de valorização do patrimônio do Cabo", destaca Jéfte, que também participa da programação com declamação em poesia e apresentação da programação do palco.   Todas as atividades do Palco Esperantivo integrarão a programação da Feirinha do Vale da Lua, iniciativa de inclusão produtiva e desenvolvimento local criada por empreendedoras do litoral do Cabo. Com isso, além dos shows, o público presente poderá participar de oficinas promovidas pela Feirinha e ainda contar com estrutura de gastronomia, moda, artesanato, artes plásticas, terapias interativas, produtos e serviços ofertados diretamente por quem produz.   A entrada é gratuita, mas, por medida de segurança sanitária, atendendo às recomendações do Governo do Estado de Pernambuco, só será permitida a entrada e permanência de pessoas usando máscara e com comprovante de vacinação.     SOBRE OS SHOWS Para esta edição do Palco Esperantivo na Feirinha do Vale da Lua estão escalados para as apresentações musicais o duo Babi Jaques & Lasserre, conhecido por, desde 2019, ter vivido em uma van com um Palco Hacker acoplado, de forma nômade pelo País. O duo foi destaque do Festival No Ar Coquetel Molotov.exe com um documentário sobre a experiência. https://www.youtube.com/watch?v=fi54p-XQMn4   Além do duo, também fará show o artista pernambucano Raphael Costa, compositor, intérprete e curador da Casa de Seu Jorge. Com parcerias com nomes com Elba Ramalho e Marcelo Jeneci, Raphael levará ao palco canções produzidas durante a pandemia e também de seus discos de estúdio.     SERVIÇO Palco Esperantivo com shows de Babi Jaques & Lassere e Raphael Costa Sábado, dia 15 de janeiro de 2022, a partir das 14h. Ruínas do Antigo Convento Carmelita - Rua do Sol, S/N, Igreja de Nossa Senhora de Nazaré - Vila de Nazaré - Cabo de Santo Agostinho/PE Entrada Gratuita (de máscara e comprovante de vacinação)  

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Três Contos Mágicos em cartaz no Barreto Júnior

Domingo é dia de teatro, uma verdadeira tradição afetiva na história de cada recifense. Por isso, no dia 16 de janeiro, domingo, o teatro Barreto Júnior (Pina, zona sul do Recife) será palco da produção especial "Três Contos Mágicos", do Humantoche Produções. Uma peça teatral onde há uma contação de histórias que levará o público a três contos infantis inesquecíveis: "Branca de Neve", "Cinderela" e "A Pequena Sereia". Dentro de um castelo encantado há um baú que guarda objetos especiais que servirão de guia para a contação das histórias, quando o público será convidado a relembrar e passear pelos clássicos da literatura infantil com muita dança, cores, músicas e efeitos especiais. Ao longo da peça os atores irão interagir com a garotada - todos os profissionais usam máscara de proteção, e o uso de máscara pelos espectadores dentro do teatro também será obrigatório. AÇÕES CONTRA COVID E DOAÇÃO PARA BAHIA Além de solicitar esquema vacinal completo dos espectadores, a organização fiscalizará o uso de máscara dentro do teatro e evitará aglomerações - tanto que apenas 182 espectadores serão permitidos. O espetáculo "Três Contos Mágicos" será apresentado dia 16/1, domingo, a partir das 16h30 no teatro Barreto Junior (Rua Estudante Jeremias Bastos, 39, Pina, Recife-PE), com ingressos vendidos apenas pelo Sympla, para evitar reunião das pessoas na bilheteria. Valores: R$ 50,00 (inteira) ou R$ 25,00 (meia entrada) e ainda R$ 25,00 + 1 kl de alimento (ingresso social). Os alimentos arrecadados serão doados para as vítimas das chuvas na Bahia. Crianças de até 12 anos pagam meia. Outras informações pelo 81 9803-2724.

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9 fotos das cidades do Litoral Norte antigamente

Destaque da matéria de capa da Revista Algomais desta semana, um passeio pelo passado do Litoral Norte é o tema da primeira publicação do ano da coluna Pernambuco Antigamente. Uma viagem que passa por Itapissuma (foto de abertura), Itamaracá, Paulista, Goiana e Igarassu. Confira as imagens abaixo. Ilha de Itamaracá, em 1880 (Foto de Constantino Barza, no Acervo Benídio Dias/Fundaj) Veja também: 6 fotos de Itamaracá Antigamente . Katarina Real no Forte de Orange, em 1966 (Katarina Real/Fundaj) . Praça Agamenon Magalhães, em Paulista . Igarassu, em 1956 (Biblioteca do IBGE) . Igreja Matriz de São Cosme e São Damião Veja mais em 12 imagens de Igarassu Antigamente . Igreja Nossa Senhora da Soledade ou Convento da Soledade . Igreja da Ordem Terceira do Carmo (Goiana, PE), 1858, imagem de Auguste Stahl. . Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, em Goiana (do site Goiana dos Caboclinhos)   Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafaeldantas.jornalista@gmail.com | rafael@algomais.com)

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"Uma das coisas mais emocionantes da Usina de Arte é ver como as pessoas do local mudaram".

A arte salva. É o que preconizam expoentes de diversas modalidades artísticas. Um exemplo interessante dessa redenção aconteceu na Usina Santa Terezinha, desativada no final dos anos 1990, quando deixou sem perspectivas a comunidade de seis mil pessoas que moram no distrito da cidade de Água Preta, na Zona da Mata Sul, onde está localizada. Mas toda essa decadência foi ressignificada com a sua transformação em Usina de Arte. Renomados artistas plásticos fazem estadia no espaço e produzem obras que compõem o cenário do exuberante jardim botânico cultivado com espécies de várias localidades do mundo. Se a produção da monocultura da cana devastou a mata atlântica, agora, com o plantio do parque, até os jacarés e as tartarugas voltaram a frequentar a região. Do contato com o projeto, várias pessoas da comunidade tornaram-se microempreendedores de restaurantes, pesque-pague, guia de turísticos e de trilhas. A vivência com a arte fez também brotar dois artistas da região que têm obras expostas no parque. Oficinas são oferecidas aos alunos das seis escolas existentes dentro da usina com temas que vão da fotografia à operação de equipamentos numa fab lab (do inglês fabrication laboratory, laboratório de fabricação). Nesta conversa com Cláudia Santos, a presidente da Usina de Arte Bruna Pessoa de Queiroz, conta a história dessa metamorfose orquestrada por ela e o marido Ricardo, que contaram com o auxílio luxuoso de vários artistas. E, para aqueles que quiserem diversificar uma programação de verão que não seja só de praias, o parque artístico-botânico e o seu entorno reserva atrações que vão da arte contemporânea, trilhas, a banhos na barragem, entre outras diversões. Como surgiu a ideia da Usina de Arte? A Usina Santa Terezinha foi construída pelo coronel José Pessoa de Queiroz, bisavó do meu marido, Ricardo Pessoa de Queiroz, que passou a infância dele na usina. Como toda usina de cana, atravessou suas crises, teve vários percalços com o governo militar e a sua última moagem foi no final da década de 1990. E ficou fechada esse tempo todo. Sou prima do meu marido e quando começo a namorar com ele, queria muito conhecer a usina, porque era muito comentada na minha família. Mas para Ricardo era uma relação mais difícil de perda. A usina foi tomada da família até ser novamente recuperada e isso causava um certo trauma. Passou-se um tempo até reabrir a casa e começar a frequentá-la. As pessoas da comunidade local estavam diariamente lá pedindo para voltar a funcionar a usina. Não acreditávamos mais nesse caminho, depois de 20 anos. Começamos a pensar como isso poderia ser feito. Fizemos uma visita a Inhotim e nos apaixonamos pela proposta. Convidamos um artista, que tem muitas peças expostas lá, Hugo França para vir para usina. Ele vem e faz o primeiro trabalho e vira um grande amigo. Ele retornou em 2013, 2014 e 2015 e nos sugeriu que convidássemos outros artistas. Então, por diversos caminhos, chegamos ao nome de José Rufino, que é convidado a pensar uma obra para a usina. Ele termina virando nosso parceiro e nesse momento nasce o projeto sem muita formatação. Nesse mesmo ano, visitamos a SP-Arte, porque já que escolhemos esse caminho, fomos aprofundar os conhecimentos, e novamente Hugo nos apresenta a Fabio Delduque, realizador do Festival de Arte Serrinha, em Bragança Paulista (SP). Foi uma sinergia gigante porque esse festival é realizado numa antiga fazenda de café e somos uma fazenda de cana. Fábio ia sair numa itinerância com um grupo de artistas. Já estava certa uma viagem para a Ilha do Marajó (PA) e Serra da Moeda (MG) e estava faltando a conexão com o Nordeste. A primeira itinerância da Serrinha aconteceu aqui na usina em novembro de 2015. Foi muito mágico. Não havia público externo, apenas a comunidade e o grupo de artistas. Achamos que era importante incluir o cenário artístico local. Fizemos alguns convites para alguns artistas do Recife participarem. Foram seis dias numa imersão, realizamos oficinas, tivemos uma performance no final do festival com os alunos , a bailarina Lu Brites e Benjamim Taubkin tocando piano na instalação da antiga usina. Foi muito, muito bonito. No final desse festival formalizamos como a usina iria funcionar. Em janeiro de 2016 nos tornamos, oficialmente, uma associação. Mas digo que estreamos em 2015, quando já atuava na usina com um pensando mais voltado para a comunidade. A partir daí desenvolvemos diversas ações, convites para residências artísticas e elegemos vários projetos. Fale um pouco do museu de arte e por que a escolha pela contemporânea. Nós o chamamos de Parque Artístico Botânico, outros chamam de museu a céu aberto. A arte contemporânea é o que há de mais atual e é uma forma de comunicar um pensar artístico muito amplo. Encontramos nesse caminho uma ferramenta boa de troca. Os artistas estão muito permeáveis e se permitem trocar com a comunidade. Rufino foi o primeiro e foi muito mágico o período que ele passou em imersão. Ele foi curador do projeto durante alguns anos. Para nós, a participação da comunidade é muito importante. Passamos a convidar a artistas que tivessem a disponibilidade de ir à comunidade, trocar, entender, conversar, explicar um pouco do trabalho realizado. Tudo que fazemos parte de dentro da comunidade para fora. O artista é convidado a conhecer a usina, ele fica quanto tempo achar necessário, não temos um cronograma muito fixo para sua permanência. Depois ele retorna, pensa numa proposta que passa pelo conselho curatorial, o artista discute com o conselho e após a aprovação, esse artista começa a frequentar a usina para instalação dessa obra. Sempre realizamos aulas, conversas com a comunidade e, muitas vezes, a obra nasce dessa troca com o espaço, com a história e com as pessoas do lugar. E como é o Parque Botânico? Como se trata de um jardim botânico, temos plantas de todos os continentes. Ainda é um projeto, mas já fazemos parte da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, temos parcerias com jardins do País todo, recebemos biológicos do Kews Garden (do Reino Unido). Um dos

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Escola Pernambucana de Circo promove formação remunerada para circenses

A Escola Pernambucana de Circo (EPC) abre inscrições para duas oficinas muito importantes na formação de artistas e técnicos circenses: NR35 – Segurança no Circo, com Diego Ferreira, e Iluminação Cênica para Circo, com Jathyles Miranda. Voltada para iniciados com, no mínimo, três anos de experiência nas artes circenses e maiores de 18 anos, a formação prevê ainda remuneração para os alunos. Serão apenas 20 vagas. Cada aluno receberá uma bolsa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para custear as despesas durante a participação integral nas oficinas. As inscrições terão início na próxima segunda-feira, dia 10, e seguem até 16 de janeiro, exclusivamente por meio do formulário do Google disponível no link: https://forms.gle/cYtjVcUV1RdYLCgE8. O resultado será divulgado entre 21 e 24 de janeiro. Fátima Pontes, coordenadora da EPC e produtora cultural, destaca que a realização de uma formação nesses moldes só foi possível graças à aprovação do projeto no Edital Sérgio Valença Pezão de Formação Técnica - LEI ALDIR BLANC/2021, da Secretaria de Cultura/Fundação de Cultura Cidade do Recife, uma vez que a escola, assim como tantas instituições, tem enfrentado dificuldades financeiras para manter suas atividades desde o início da pandemia. A EPC é uma organização não governamental que desenvolve, por meio da pedagogia do circo social, a inclusão de crianças, adolescentes e jovens das classes populares, por meio das artes, especificamente o Circo, fortalecendo sua identidade cultural, o vínculo social e os valores da cidadania. Atualmente atende a mais de 150 crianças, adolescentes e jovens das periferias da zona norte da cidade de Recife. “Os profissionais das artes circenses têm poucas oportunidades de qualificação. Muita gente trabalha de forma intuitiva, por isso, é imprescindível trabalhar com a questão da segurança e da iluminação, técnica de muita importância no trabalho circense. O que eles mais querem é fazer do seu espetáculo, mesmo em pequenos circos, um grande espetáculo, tanto é que antes de começar as apresentações sempre há um show de luz. Desejamos que eles, de fato, apreendam os conhecimentos e possam desenvolvê-los na sua prática, ampliando seus conhecimentos e possibilidades de trabalho e renda. A ideia trazer esses conhecimentos, certificando-os, o que, os colocam em situação de melhoria de vida profissional”, Fátima Pontes, coordenadora da EPC e produtora cultural. Sobre as oficinas NR35 – Segurança no Circo, de 7 a 11 de fevereiro, das 9h às 12h, ministrada por Diego Ferreira (SP), atualmente a maior referência no ensino da segurança no circo do Brasil, com experiência em ministrar cursos em escolas de circo, espaços de formação, circos itinerantes, companhias de circo, trupes e grupos. Um dos poucos que confere o certificado de NR35, tão importante atualmente para a atuação dos técnicos circenses (capatazes) poderem trabalhar com segurança. Iluminação Cênica para o Circo, de 7 a 11 de março, das 18h30 às 21h30, com Jathyles Miranda (PE), iluminador cênico tarimbado, com trabalhos reconhecidos na área de shows musicais, com destaque para o Cordel do Fogo Encantado e o Palco Mangue Beat da Prefeitura do Recife, no Carnaval. Nesta oficina serão abordados conteúdos como os fundamentos básicos para luz, como cor, intensidade, ângulo, direção, qualidade etc., e noções técnicas que envolvem reconhecer equipamentos, lâmpadas e lentes, variáveis da Luz; teoria da cor; estudo perceptivo da luz; relações entre Luz, sombra e projeções na Iluminação cênica circense; objetivos do desenho e plano de iluminação. Conteúdo Segurança no circo - NR35: Nesta oficina com teoria e prática sobre segurança no circo, serão abordados temas como análise de riscos, boas práticas de segurança, instalação de aparelhos circenses, dentre outros. O objetivo é apresentar a realidade da segurança no circo em âmbito nacional e internacional, identificar e debater riscos inerentes às práticas circense, além de técnicas e protocolos que objetivam o aprimoramento da segurança. A meta é, também, ampliar a cultura de segurança no âmbito circense buscando fazer com que os artistas despertem para importância do tema no que concerne à manutenção e evolução do circo. Serão conferidos certificados de NR35, que atualmente é imprescindível para quem trabalha com montagem e manutenção de equipamentos aéreos circenses. Iluminação cênica para circo: Nesta oficina serão abordados conteúdos como os fundamentos básicos para luz, como cor, intensidade, ângulo, direção, qualidade etc., e noções técnicas que envolvem reconhecer equipamentos, lâmpadas e lentes, variáveis da Luz; teoria da cor; estudo perceptivo da luz; relações entre Luz, sombra e projeções na Iluminação cênica circense; objetivos do desenho e plano de iluminação. Serviço: Período de inscrições para as duas oficinas: 10 a 16 de janeiro/2022 - através do preenchimento do formulário online no seguinte link: https://forms.gle/cYtjVcUV1RdYLCgE8 Período de Seleção dos participantes para as duas oficinas: 17 a 20 de janeiro/2022 – A partir das informações do formulário online Divulgação do resultado da seleção dos participantes para as duas oficinas: Entre os dias 21 a 24 de janeiro/2022 – Através das redes sociais, site da Escola Pernambucana de Circo e imprensa. Ambas oficinas ocorrerão na Sede da Escola Pernambucana de Circo, na Avenida José Américo de Almeida – N° 05 – Macaxeira – Recife – Pernambuco. Para mais informações, falar pelo WhatsApp: 81 – 983076693.

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Museu do Trem do Recife apresenta Exposição Desenhos de Bordo

A exposição Desenhos de Bordo – Metrorec Sketches, da desenhista pernambucana Pollyanna Queiroz está aberta no Museu do Trem do Recife, sediado na Estação Central Capiba. Comemorando seu cinquentenário, o museu recebe a mostra composta por dezenas de desenhos feitos em sketchbooks pela artista, utilizando canetas e marcadores coloridos. Pollyanna Queiroz apresenta um registro imagético de suas viagens cotidianas nesses cadernos, como diários de bordo. A exposição é totalmente independente, e conta com o designer e ilustrador Bruno Maia Giordano na curadoria e o design da exposição. "A exposição é fruto de um convite gentilmente feito pela equipe do Museu do Trem, que com muita honra aceito. É um projeto que nasceu na pandemia, com o nome de #MetrorecSubwaySketches, e tinha seu habitat natural o Instagram @oxepolly, servindo ao mesmo tempo de divulgação, interação com as pessoas e galeria virtual. Era meu passatempo da viagem.”, revela a artista. Segundo ela, os primeiros desenhos dela neste estilo foram feitos em 2016, porém só em 2020 ela começou a desenhar de forma sistemática no Metrô do Recife. “Eu precisava de um tema para o Inktober (desafio de desenho difundido na internet todo mês de outubro), e o metrô era perfeito. Eu estava apenas indo de casa para o trabalho, e uma viagem pela linha centro dura quase 45 minutos, então observava os ambulantes, os passageiros, os pedintes, os pregadores, os artistas, os funcionários do metrô. São pessoas que vemos todos os dias, que deixam de ser pessoas comuns, passam a ser figuras públicas, passam a ser personagens dessa narrativa.” comenta. Na realidade, a exposição é o debut de Pollyanna em um museu. “Já expus numa coletiva no Centro de Artes e Comunicações – CAC (Retorno às Origens), e com a individual Lua Mocinha em espaços como a Padaria Brotfabrik, e Nordeste o que me deste no Bar Mamulengo. Mas expor num museu é de uma responsabilidade e de um grande peso no currículo artístico.” MONTAGEM - A exposição ocupa a sala dedicada à exposições temporárias no Museu do Trem. Além dos desenhos de pequenas dimensões em sketchbooks, reproduções inéditas em acrílica sobre papel foram feitas pela artista especialmente para a ocasião. A artista também fez uma instalação artística que dialoga com o formato da sala, desenhando uma composição de metrô numa das paredes e transformando a sala numa estação, com direito a faixa amarela e quadro de avisos e textos. "Quero compartilhar esse meu olhar lúdico e crítico sobre a vida com as pessoas. Sobre cada momento, até o mais cotidiano deles: uma viagem de Metrô. É a arte que permite olhar e traduzir em conceito. Mas ainda é sobre vida, sobre minutos de vidas num espaço chamado metrô. Dedico essa exposição a cada pessoa que desenhei, a todos que usam e trabalham no Metrô, a todos que acreditaram na arte.” SERVIÇO: Exposição Desenhos de Bordo – METROREC Sketches Quando / Onde: Abertura 08 de janeiro às 10h, no Museu do Trem do Recife. Endereço: Rua Floriano Peixoto, S/N, Recife A exposição fica em cartaz de 08 de janeiro até 05 de Fevereiro de 2022. Visitação: De terça à sexta, das 10h às 16h, e sábados e domingos, das 10h às 14h.

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Semear é preciso

*Paulo Caldas O livro “Textos para semear letras & artes”, foi, por certo, um dos lançamentos mais interessantes de 2021, em Pernambuco. Conduzido com o zelo das professoras Conceição Rodrigues e Flávia Suassuna, editado pelas mãos hábeis de Salete do Rego Barros, vai além do propósito de oferecer acesso às artes escritas aos alunos de escolas públicas e de criar o hábito de ler, conforme afirma nas "orelhas" a escritora Ivanilde Gusmão. A rigor, o destaque reside no ponto de vista estético, com uma reprodução da imagem do admirável “O semeador”, de Vicent Van Gogh (de 1888), quanto no conteúdo, primoroso resumo que exibe, no palco da literatura nacional, características e perfis que nos remetem aos quinhentistas, barrocos, e transpassam, em prosa e verso, o romantismo, o parnasianismo, as fases do modernismo, e alcançam as tendências contemporâneas. Em cada cena da peça, as autoras, no manejo dos holofotes, iluminam os geniais autores do elenco nacional, dentre eles as presenças pernambucanas de Manuel Bandeira, Janice Japiassu, João Cabral de Melo Neto, Solano Trindade, um enfoque especial para o consagrado Raimundo Carrero e os adotados Ariano Suassuna e Clarice Lispector. “Textos para semear letras & artes” tem o selo da Novoestilo Edições do Autor, impressão gráfica da Luci Artes Gráfica LTDA, pode ser adquirido na Cultura Nordestina, Rua Luiz Guimarães, 555, Poço da Panela, fones 3097.3927 e 98113.7126. *Paulo Caldas é Escritor

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Espetáculo com músicas de Reginaldo Rossi ganha data de estreia

A produtora pernambucana Nível 241 lança no próximo dia 27 de janeiro “Borogodá! Ao Som de Reginaldo Rossi”, o musical inspirado em músicas do patrono e Rei do Brega, conta uma história de comédia, romance, gaia e brega. Com texto e direção artística de Gabriel Lopes, Douglas Duan, assina a direção musical e Stepson Smith, dirige as coreografias. O roteiro da peça é próprio, reúne 18 artistas pernambucanos, com apresentações de 2 horas; no repertório, 30 composições de um dos maiores símbolos da cultura pernambucana. “O musical Borogodá foi apresentado pela primeira vez na internet, de forma experimental. Desta vez, terá sua estreia oficial e presencial, somando a programação do festival Janeiro de Grandes Espetáculos”, detalha Gabriel. Ainda de acordo com ele, a história promete levar o público para dentro das músicas, apresentando personagens que, até então, viviam apenas no imaginário. "O famoso "Garçom" toma forma e todos finalmente descobrem quem é a tal "Leviana", finaliza o diretor geral. A peça é indicada para maiores de 12 anos e leva ao palco grandes músicas de sucesso de Rossi, como "Garçom", "A Raposa e as Uvas", "Lua de Mel", "Mon Amour”, “Meu Bem, Ma Famme" e "Leviana". Elenco de Borodogá: Ítalo Lima (Garçom), Milton Raulino (Toni), Gabriela Melo (Clara), Camila Bastos (Dalila), Nilo Pedrosa (João), Victor Medeiros (Pedro Santiago), Bruna Ferrari (Ensemble), EdCarlos Rodrigues (Ensemble), Flávia Michaello (Ensemble), Giovanna Cicolo (Ensemble), Helena Ribeiro (Ensemble), Letíca Penna (Ensemble), Navi Melo (Ensemble), Pedro Rafhael (Ensemble), Renato Macêdo (Ensemble), Stepson Smith (Ensemble) e Jãvi Lima (Swing). SERVIÇO: Espetáculo com músicas de Reginaldo Rossi ganha data de estreia Data de estreia: 27/01/2022 Onde: Teatro Santa Isabel Horário: às 19h Classificação: a partir dos 12 anos Sobre o Borogodá: A história contada em ‘Borogodá’ se passa na cidade do Recife em meados da década de 60. Período do auge da Jovem Guarda e também do lançamento do primeiro disco do cantor, ‘O Pão’. O tributo conta a história do contador Toni, que no dia do aniversário de casamento descobre que a esposa o trai com um famoso cantor de Rock da época. Ao conhecer Clara, ex-esposa do astro, em um bar no centro do Recife, percebem que foram enganados e decidem se vingar do casal que acaba de anunciar o casório.

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