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Cultura e história

Projeto propõe a preservação e difusão do acervo de Capiba

Dono de uma produção musical das mais profícuas e variadas, Lourenço da Fonseca Barbosa (Surubim, 1904 – Recife, 1997) o Capiba, se consagrou principalmente por suas composições no gênero que se tornaria o mais representativo da música urbana do Recife: o frevo. Mas, Capiba, não se restringiu apenas a esse estilo musical e em suas composições incursionou por valsas, maracatus, sambas, guarânias, modas, canções, foxtrotes, baiões, batuques, cirandas, dobrados, toadas, choros, além de integrar o movimento Armorial ao lado de maestros como, Guerra-Peixe, Jarbas Maciel, Clóvis Pereira e Cussy de Almeida, onde se destacam, dentre outras composições armoriais, sua Missa Armorial e a suíte Sem Lei nem Rei. A versatilidade e a qualidade de suas composições podem ser percebidas a partir de declarações de músicos importantes como as do maestro José Xavier de Menezes ao afirmar que Capiba é o mais versátil de todos os compositores brasileiros pela imensa variedade de gêneros que sua obra abarca. No mesmo livro de Carlos Eduardo Carvalho dos Santos, Capiba, Sua Vida e Suas Canções, o próprio autor reconhece a importância do legado de Capiba não só para a música pernambucana, mas brasileira com um todo, sustentando ainda que sua obra não pode estar limitada a coleções particulares pois nela encontra-se o que “há de mais legítimo em termos de pernambucanidade” (SANTOS, 1984, p. 56). Santos, ainda atenta para a importância de que todo o vasto acervo de Capiba torne-se conhecido e público, enfatizando a criação de um museu ou memorial em sua cidade natal. Capiba é, de fato, considerado um dos mais importantes e influentes compositores da música urbana em Pernambuco do século XX. Ele não só acompanhou como viveu, em boa parte, a história da formação e consolidação da música brasileira durante o século passado. Literalmente atravessou o século e, por uma questão de poucos anos – faleceu aos noventa e quatro – não o abarcou por completo. Suas cerca de 326 composições foram gravadas por músicos consagrados da história da música denominada “popular” brasileira como Agnaldo Rayol, Agostinho dos Santos, Alceu Valença, Almirante, Araci de Almeida, Caetano Veloso, Chico Buarque, Ciro Monteiro, Claudionor Germano, Dilermando Reis, Dircinha e Linda Batista, Elza Soares, Francisco Alves, Gal Costa, Geraldo Azevedo, Guerra-Peixe, Heraldo do Monte, Jair Rodrigues, Jessé, João Bosco, Lia de Itamaracá, Luiz Gonzaga, Lula Cortes, Maria Bethânia, Maysa, Nélson Gonçalves, Ney Matogrosso, Originais do Samba, Paulinho da Viola, Raphael Rabello, Sílvio Caldas, Sivuca, Vanessa da Mata, Lenine, Zélia Duncan, Antônio Carlos Nóbrega, só pra citar alguns dos mais de 176 intérpretes de sua obra. Suas primeiras lições musicais, desde muito criança, foram com seu pai, Severino Athanásio de Souza Barbosa, que era regente de banda. Possivelmente o fato de ocupar por trinta anos o cargo de escriturário no Banco do Brasil pode ter contribuído para construção e organização do seu acervo demonstrando que ele atribuía grande importância à atividade arquivista e que tinha plena consciência de que, a partir dessa construção, estaria elaborando, de algum modo, a forma como ele seria visto e compreendido pela posteridade. Observa-se que o compositor constituiu ao longo do tempo uma significativa trajetória, documentada num numeroso e diversificado acervo onde se encontram os registros de sua produção sobre vários tipos de suporte, desde os primórdios de sua carreira até o fim de sua vida, compondo uma fonte documental imprescindível para o desenvolvimento de pesquisas acerca da sua obra, sua vida, seu tempo. (assim como para o entendimento da música urbana em Pernambuco). Considerando a importância da sua trajetória artística e o seu aporte para a música pernambucana, bem como sua popularidade junto à classe artística e à população, Capiba representa uma referência inegável da nossa cultura. O acervo documental encontrado na casa de sua viúva, Zezita Barbosa, nos permite identificar seu valor histórico. Trata-se muito mais de conservar um documento, o mais autêntico possível, para uma futura atividade de restituição histórico-artística. Destaca-se, portanto a importância deste acervo enquanto bem cultural. Técnicos da Fundarpe realizaram uma visita técnica ao local que resultou num arrolamento (listagem do acervo com numeração provisória). Este documento oferece um panorama geral das peças, quantificando e indicando ainda o estado de conservação de cada uma. Imbuídos de tamanha responsabilidade cultural, a Página 21, produtora sediada em Recife-PE, fora convidada pelo então técnico do Minc na época (2017), Roberto Azoubel, para participar de uma reunião com os membros da Associação Cultural Capiba na cidade de Surubim, que tem como presidente de honra, Zezita Barbosa, única herdeira do acervo Capiba, para debater sobre a construção do Memorial Capiba na cidade de Surubim, porém, os produtores culturais, Amaro Filho e Claudia Lisboa, ficaram impactados com o estado de conservação do acervo, indicando que seria urgente uma intervenção no sentido da preservação daquele acervo antes mesmo da construção do Memorial, já que esta era uma obra de grande magnitude. De comum acordo, a Associação propôs a parceria por meio de seu diretor, proponente e curador musical do projeto, Lucas Guerra, com vasta expertise na música do compositor, Capiba. O Capiba – Preservação e Difusão, priorizou inicialmente trabalhar o acervo de suas partituras originais mais desgastadas, a partir do inventário, conservação, acondicionamento, digitalização e criação de site visando a difusão pública desse precioso material, objetivando salvaguardar parte da obra do compositor, sensibilizar instituições públicas, privadas e público em geral quanto a necessidade da preservação e restauro do acervo musical, fotográfico, fonográfico e audiovisual do compositor, possibilitar o acesso a partituras (inclusive inéditas) de Capiba, difundir a obra musical do compositor, colaborar com a identidade cultural do povo brasileiro. O site dará acesso gratuito às partituras através de um sistema de busca e possibilidade de download integral de cada obra musical – sendo esta a primeira compilação de suas obras. Se somam as iniciativas de conservação e difusão do acervo de Capiba, além da parceria entre a Página 21 e a Associação Cultural Capiba, o Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico de Pernambucano – IAHGPE, que cedeu uma sala/laboratório onde serão realizados os trabalhos de conservação das partituras e a

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Cinema do Porto, da Fundaj, será inaugurado neste domingo

A chegada do Cinema do Porto, terceira sala administrada pela Fundação Joaquim Nabuco, para além de intensificar a movimentação cultural no coração do Recife, também é representativa das ações de décadas da instituição em prol do audiovisual local e nacional. As portas que serão abertas neste domingo (19), com a exibição do longa A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky, se somam a outras portas abertas nos eixos da difusão, produção e preservação cinematográfica que vêm se intensificando a cada ano nas ações e projetos da Fundaj. “A missão institucional da Fundação Joaquim Nabuco, de luta pela cultura, arte e história, precisa passar necessariamente pelo cinema, elemento importante da identidade brasileira. A abertura do Cinema do Porto, em um momento de retomada cultural e em uma localidade que pulsa memória e arte, acaba sendo um grande símbolo desse nosso empenho em promover e difundir a sétima arte, formando públicos e abrindo espaço para as mais diversas formas de expressão que o cinema abarca”, afirma Antônio Campos, presidente da Fundaj. A parceria com o Porto Digital dá seguimento à política da Fundaj de se aliar com outras instituições em prol da circulação cultural feita de forma acessível, sobretudo em um momento no qual o público volta a frequentar esses equipamentos após tanto tempo afastados. “A Fundaj é uma instituição que cuida de valorizar a cultura e a preservação do mais importante da memória e da história. E ao mesmo tempo promove e divulga a arte de qualidade, no que se inclui o cinema. Agora, associada ao mais importante centro de desenvolvimento da tecnologia no Nordeste colabora para o fortalecimento do bairro do Recife”, afirma Mario Helio, diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj. De acordo com o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, a retomada gradual das atividades culturais reforça a importância de oferecer novas opções para a população do Recife e Região Metropolitana. “Nada mais adequado e com a nossa cara do que oferecer mais uma sala de cinema, afinal, Pernambuco é destaque nacional na produção de filmes de grande qualidade. Por isso, essa parceria entre o Porto Digital e a Fundaj veio numa hora importante para retornarmos o incentivo à economia criativa, atividade que compõe também o nosso parque tecnológico”, complementa. O novo cinema da Fundaj contará com a já conhecida curadoria que sempre constrói uma programação plural e prestigiada do cinema nacional e global nas salas irmãs do Derby e do Museu. Neste começo de atividades, enquanto o Cinema do Porto recebe pré-estreia de A Viagem de Pedro, já anunciando a programação de celebração do bicentenário da Independência, a sala do Museu contará com a pré-estreia do longa do Baile do Menino Deus, que adapta o renomado espetáculo natalino local para as telonas. “A abertura da terceira sala do Cinema da Fundação é uma enorme conquista para o Recife, e sobretudo para o nosso público, que conhece bem a excelência técnica dos nossos equipamentos e a alta qualidade dos filmes que selecionamos. O Cinema do Porto/Fundação se somará às salas do Derby e do Museu, com uma audiência qualificada e uma curadoria de alto nível, além de nossas sessões especiais e das mostras e festivais que já fazem parte do calendário cultural do Recife, oferecendo o melhor da expressão audiovisual a preços populares. Uma nova sala de cinema melhora a vida da cidade”, declara Ana Farache, coordenadora do Cinema da Fundação e da Cinemateca Pernambucana. Os últimos anos foram de intensas movimentações na criação e expansão de equipamentos da Fundação voltados ao cinema, passando desde a inauguração da sala de exibição no Museu do Homem do Nordeste, em 2015, até a criação da Cinemateca Pernambucana, em 2018. Esta última ganhou uma sede própria neste ano no Complexo Cultural Gilberto Freyre, no campus Casa Forte. A iniciativa abriga mais de 1600 materiais em acervos digitais e físicos, entre longas, curtas, trailers, roteiros, figurinos, cartazes, objetos cênicos e equipamentos. O espaço também se empenha em promover uma preservação ativa, com diversas ações que colocam esse acervo para circular por meio dos mais diversos caminhos, das exibições do material de forma remota e presencial, à circulação de ideias, em especial com o livros publicados na Coleção Cinemateca Pernambucana, pela Editora Massangana. A instituição também coloca seu material humano à disposição de atividades formativas, à exemplo do curso “O Cinema Pernambucano na História: Uma Formação para Formadores”, ministrado por Paulo Cunha, pesquisador e consultor da Cinemateca, voltado para professores e com início previsto para 2022. “O curso surgiu a partir da experiência da Cinemateca Pernambucana: recebemos muitos estudantes do ensino público com seus professores e achamos interessantes preparar uma formação que tivesse a ver com esse público. Nosso objetivo é melhorar o nível de informação desses professores de educação de jovens para que eles possam, a partir de filmes do acervo da Cinemateca, fazer uma experiência em sala de aula produtiva para eles e para os alunos”, explica Cunha A exibição de A Viagem de Pedro na inauguração do Cinema do Porto, no próximo domingo, contará com uma exibição aberta ao público, às 19h. Os ingressos são gratuitos, adquiridos pelo Sympla, com a lotação da sala em 110 lugares. Já a pré-estreia do Baile do Menino Deus será realizada no próximo dia 23, no Cinema do Museu, com três sessões, às 18h, 19h30 e 21h, também com entrada gratuita pelo Sympla, com 30 assentos disponíveis para o público em cada sessão.

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Festival de Ciranda do Recife começa neste fim de semana

Após quase quarenta anos, o Festival de Ciranda do Recife volta com força total. A festa, tradicional no calendário cultural da capital pernambucana, que por muitos anos aconteceu no Pátio de São Pedro, no Recife, agora, se concentra em novos espaços. Nesta edição, os amantes da cultura popular, em qualquer parte do mundo, vão poder prestigiar a dança, a poesia, o ritmo e a musicalidade da Ciranda, por meio da internet, rádio e televisão. O evento começa neste domingo (19) e segue até o dia (22). Serão quatro dias de programação, e mais de 20 cirandeiros, de diferentes regiões e gerações do estado, animando o público.   O Festival de Ciranda do Recife tem como proposta exaltar a nova geração de Mestres e Mestras, que vêm preservando esta importante tradição de cultura popular do país. Além disso, tem como proposta festejar a conquista recente de ser consagrado Patrimônio Imaterial do Brasil. A estreia dos shows acontece neste domingo (19) e segue até o dia (22), sempre a partir das 20h, por meio do canal da Associação das Cirandas de Pernambuco, no Youtube.   Fazem parte da programação nomes como, as mestras: Dulce Baracho e Severina Baracho (Abreu e Lima), filhas de um importante ícone da ciranda pernambucana, o Mestre Baracho, natural do Município de Nazaré da Mata. Também integram a grade artística, Cristina Andrade (Recife), Elisete Souza (Cabo de Santo Agostinho), Margareth Laurindo (Goiana).   Entre os artistas regionais, os mestres: João Limoeiro (Carpina), Zé Dias (Lagoa do Itaenga), Josivaldo Caboclo (Lagoa do Itaenga), Sérgio da Imperial (Recife), Hamilton Filho (Recife), Mestre Bi (Nazaré da Mata), Anderson Miguel (Nazaré da Mata), Ricco Serafim (Cabo de Santo Agostinho), Canarinho (Aliança), Noé (Surubim), Adiel Luna (Carpina), Edmilson João (Lagoa do Itaenga), Natal (Lagoa do Itaenga).   O Festival Ciranda do Recife também vai contar com exibições na televisão. A TV Pernambuco, emissora pública do estado, vai levar para os lares de todos os pernambucanos, todo o colorido, arte e cultura da ciranda. Na TV, o telespectador vai acompanhar os shows em dois dias. No sábado, 25 ( Dia de Natal), e também no dia 1º de janeiro de 2022, na chegada do Ano-novo, a partir das 20h. A TVPE está disponível em sinal digital no Recife e Região Metropolitana, pelo canal 46.1, em Caruaru, pelo canal 12.1. Já em Petrolina, pelo 13.1.   A mesma programação será transmitida pela Rádio Frei Caneca FM, emissora pública do Recife. A ideia é sintonizar os ouvintes no clima da festa, que reúne importantes nomes da Ciranda pernambucana. Para acompanhar a programação no rádio, é preciso sintonizar a frequência: (101.5 FM). Os shows também vão ser transmitidos online, no aplicativo e site da rádio: http://www.freicanecafm.org/   Historicamente, o Festival Ciranda sempre foi realizado no Pátio de São Pedro, bairro de Santo Antônio, no Recife. Entretanto, em virtude do risco de aglomeração e contágio pelo novo coronavírus, será realizado de forma on-line. A apresentação dos artistas será realizada na Casa da Cultura da Cidade do Recife, com a participação do Som na Rural, um equipamento que vem ao longo dos anos se dedicando a divulgação da ciranda. O incentivo para esta ação é do Sistema de Incentivo à Cultura, da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura da Cidade do Recife. Não há presença de público em virtude das regras sanitárias.   O projeto conta com produção musical: Buguinha Dub, Maciel Salú e Henrique Albino; produtores executivos: Joana D’Arc Ribeiro, Ricco Serafim e Josivaldo Caboclo; proponente e coordenação geral: Hamilton Filho; Gravações e edições de vídeos: Nilton Pereira; assessoria de imprensa: Salatiel Cícero e Hamilton Neto; um seleto grupo de músicos da região da mata norte e agreste, experientes com a musicalidade da cultura popular pernambucana.   Serviço   O quê: Festival de Ciranda do Recife será transmitido pela internet, rádio e televisão Quando: 19 a 22 de dezembro Onde: Youtube - Associação de Cirandas de Pernambuco Classificação: Livre para todos os públicos.

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Orquestra Sinfônica do Recife faz concerto aberto ao público neste sábado

Neste sábado (18), os novos regentes da Orquestra Sinfônica do Recife encontram, pela primeira vez, o público da cidade, em concerto de celebração dos 91 anos do grupo, considerado o mais antigo do país em atividade ininterrupta. A apresentação acontecerá no Teatro Santa Isabel, às 19h. Os ingressos serão distribuídos gratuitamente, na bilheteria do teatro, a partir das 18h.   O programa, que marcará a estreia de Lanfranco Marcelletti Jr. e José Renato Accioly como diretor e regente titular da Orquestra Sinfônica do Recife e como regente adjunto, respectivamente, já servirá de indicativo para os novos rumos artísticos que estão sendo pensados pela nova regência, celebrando o gênero erudito, mas também contemplando composições populares, além de ritmos que estão entre os mais expressivos da cultura recifense. Os maestros garantem muita emoção para o público neste concerto.   Sobre a OSR – A Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga em atividade ininterrupta do Brasil, foi fundada no dia 30 de julho de 1930, sob a regência do fundador e maestro Vicente Fittipaldi, que comandou o conjunto sinfônico entre 1930 e 1961. Além dele, a Orquestra já teve como regentes: Mário Câncio (1962-1974); Guedes Peixoto (1975-1984); Eleazar de Carvalho (1985-1988); Eugene Egan(1989); Arlindo Teixeira (1991), Diogo Pacheco (1992); Carlos Veiga (1993-2000); Osman Giuseppe Gioia (2001-2013); e Marlos Nobre (2013-2020).   Nomes como Heitor Villa-Lobos, Isaac Karabtchevsky, Francisco Mignone e Guerra Peixe, que, na década de 1970, atuou como primeiro trompista, já regeram apresentações da OSR, que também recebeu músicos famosos para tocar como solistas, a exemplo de José Siqueira, Arthur Moreira Lima e Nelson Freire.   No dia 8 de outubro de 2018, a Orquestra foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da capital pernambucana, a partir de proposição da Câmara do Recife, sancionada pelo poder público municipal.       SERVIÇO   Concerto Especial 91 anos da Orquestra Sinfônica do Recife   Com os novos maestros: Lanfranco Marcelletti Jr. e José Renato Accioly   Quando: Sábado (18)   Horário: 19h   Local: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n   Entrada franca   Ingressos distribuídos a partir das 18h, na bilheteria

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Fundaj promove culto ecumênico e cantata natalina hoje (16)

Lançado no início de dezembro, o Natal dos Bons Ventos da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) promove um circuito de atividades entre os dias 16 e 18, no Complexo Cultural Gilberto Freyre, em Casa Forte, e no Poço da Panela. Nesta quinta-feira (16), a partir das 16h, a sala de exibição do Cinema da Fundação no Museu do Homem do Nordeste será palco de um culto ecumênico e do retorno ao vivo da tradicional cantata natalina promovida pela Instituição. “Em 2021, nós suscitamos os ventos anunciados pelo poeta Joaquim Cardozo para pensar as mudanças e transformações que precisamos enquanto humanidade. Mais do que uma época de fé, o Natal é um período para celebrar a renovação dos votos de tempos melhores”, afirmou o presidente da Fundaj, Antônio Campos. O culto ecumênico abre a ordem do dia, às 16h. Participam da solenidade religiosa representações espíritas, umbandistas, católicas e evangélicas: a presidente da Federação Espírita de Pernambuco, Cristina Pires; o babalorixá Terreiro da Nação Xambá, Pai Ivo de Xambá; o pároco da Igreja Matriz de Casa Forte, Padre Fábio Paes de Queiroz; e o pastor da Igreja Evangélica da Família de Jardim São Paulo, Ricardo Dutra. Às 17h, é a vez da Orquestra de Câmara do Alto da Mina, do Maestro Israel França, executando 15 clássicos, entre eles "Jesus Alegría dos Homens", de J.S.Bach, "Nona Sinfonía (tema)", de L.V. Beethoven, "Deixei Meu Sapatinho," de Otávio B. Filho, e "Noite Feliz", de J. Mohr. Na sequência, o coral da Fundaj, sob a regência do Maestro Jadson Oliveira, convida para integrar a apresentação os corais Canto no Ponto, do Grande Recife Consórcio de Transportes, Espírita Afag, de Olinda, e os independentes Sonetto Vocale e Vocal Bom Dia. O Coral Viver Casa Forte, da paróquia local, também integra o programa. “Neste ano, a cantata tem um caráter especial”, diz Jadson. A apresentação marca o retorno ao vivo do coral. Em 2020, a participação foi gravada e transmitida virtualmente. No repertório, além das canções natalinas tradicionais, ele destaca a música “A paz”, releitura da banda Roupa Nova para o clássico “Heal the World”, de Michael Jackson. Respeitando as medidas sanitárias, a sala contará com limitação de até 132 pessoas. Serviço Natal dos Bons Ventos: culto ecumênico & cantata natalina Data: quinta-feira, 16 de dezembro Horário: 16h Local: Museu do Homem do Nordeste Complexo Cultural Gilberto Freyre Gratuito e sujeito à lotação

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Orquestra Criança Cidadã encerra temporada de 2021 com concerto de Natal

Fechando, com chave de ouro, a temporada de concertos de 2021, a Orquestra Criança Cidadã realizará um concerto especial de Natal no dia 18 de dezembro, sábado, às 17h, na Caixa Cultural Recife, localizada na Praça do Marco Zero, no centro da cidade. Grande parte da temporada de 2021 foi composta por concertos virtuais, transmitidos através do canal da Orquestra no YouTube, devido às restrições sanitárias impostas pela pandemia do novo coronavírus. Após dois anos sem público presente, as apresentações abertas foram, finalmente, retomadas com o concerto do último domingo, 12 de dezembro, e se encerram com este do dia 18, o último da temporada. O repertório deste último encontro presencial do ano foi dividido em duas partes. A primeira foi pensada de maneira a presentear a plateia com obras que já são clássicos do repertório da Orquestra e que fazem sucesso com o público. “Vamos fazer o ‘Lamento sertanejo’, o tango ‘Por una cabeza’, a ‘Ária da quarta corda’, de Bach, e um frevo”, revela José Renato Accioly, maestro da Orquestra. E para quem perguntar por quê um frevo no Natal, a resposta está na ponta da língua: “porque é a nossa maior referência. Então a gente vai mostrar um pouco das possibilidades de sonoridade de uma orquestra nesta primeira parte”. A segunda, conta José Renato, “é toda dedicada a canções universais que marcam o Natal no Ocidente, que é comumente associado à sonoridade sinfônica. O imaginário sonoro do mundo ocidental buscou, para o Natal, ao longo dos anos, uma referência na música sinfônica”. Entre as canções, estão clássicos como “Jingle bells”, “Ó Noite Santa” e “Noite feliz”. “É uma celebração a esse evento tão marcante que foi o nascimento do menino Jesus”, comenta o maestro. A apresentação tem entrada livre, sujeita à lotação das cadeiras disponibilizadas na Galeria 1 da Caixa Cultural Recife, e é indicada para todas as idades. O uso de máscara segue obrigatório em ambientes internos no Estado de Pernambuco. A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

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Petrobras anuncia R$ 10 milhões para programas culturais

A Petrobras vai investir R$ 10 milhões, por meio do programa Petrobras Cultural, em patrocínios a projetos em museus, instituições e centros culturais de todo o país, e que destaquem a cultura brasileira. Uma chamada pública foi lançada ontem (13), e a proposta deve contemplar pelo menos um dos temas: Arte/cultura brasileira; Cultura popular/regionalidades; Folclore brasileiro; e História do Brasil, que poderá incluir também ações comemorativas ao bicentenário da independência, bem como outros temas históricos. Os projetos inscritos podem ser realizados de forma presencial, digital ou híbrida, em qualquer cidade do Brasil. As iniciativas podem incluir mostras e exposições; oficinas, seminários, encontros temáticos; propostas educativas em espaços ou em exposições; e outros projetos que incrementam a experiência do público nos espaços culturais. Os projetos devem já estar aprovados para uso de recursos de lei federal ou estadual de incentivo à cultura. As inscrições podem ser realizadas pelo site da Petrobras, de hoje até 17 de janeiro. O resultado tem previsão de ser divulgado em maio, com os projetos começando a ocorrer em julho do mesmo ano. Mais informações: https://ppc.petrobras.com.br/

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Fotografias de Edmond Dansot do acervo da Fundaj ganham exposição no Museu do Estado

Um dos principais nomes da história e memória da fotografia brasileira ganha uma exibição inédita na cidade que é parte emblemática de sua vida e obra. Radicado no Recife desde os 13 anos, o francês Edmond Dansot trouxe uma sensibilidade estética típica da fotografia de sua terra natal para documentar a realidade brasileira, sobretudo a nordestina, a partir do trabalho em publicações de renome e em empresas públicas. Parte desta trajetória estará disponível na exposição No Olhar de Dansot, realizada no Museu do Estado de Pernambuco, em uma parceria com a Fundação Joaquim Nabuco que, desde 2013, possui um acervo de 123 mil imagens do fotógrafo, usadas para compor o projeto. A visitação pode ser realizada de terça a sexta, das 11h às 17h, e sábados e domingos, das 14h às 17h. A exposição foi concebida pelo produtor Marcos Silveira, que chegou a ser amigo e companheiro de trabalho de Dansot na Aliança Francesa do Recife, o descrevendo como um homem “fino, educado, simpático e muito amigável”. Após o falecimento de do fotógrafo, Silveira, enquanto diretor de cultura e comunicação da Aliança, desenvolveu o projeto Café Cultural, que começou debatendo a obra de Dansot em um evento lotado. “Na época desse projeto, eu já queria realizar uma exposição, mas não foi possível. Ele tinha acabado de falecer, as fotos estavam bem guardadas, mas ainda não estavam devidamente catalogadas e com fácil acesso, além de que eu também não tinha fundos necessários. Agora, consegui apoio do Governo por meio do Funcultura e pude contar com total receptividade da Fundaj para poder trabalhar com esse acervo”, afirma Silveira. Ele aponta que Dansot é uma figura de enorme influência na própria fotografia pernambucana, então é uma iniciativa muito importante colocar esse acervo para ter contato direto com o público. “Mostrar essas fotos é mostrar o desenvolvimento do nosso estado, mas também mostrar nossa cultura por uma visão autêntica, menos folclórica e mais realista”, complementa Silveira. A curadoria ficou sob responsabilidade de Renata Victor, cujo projeto de mestrado em História foi um documentário sobre a trajetória de Dansot. “Eu passei um ano mergulhada na vida e obra dele, estudando o acervo, conversando com familiares, quando veio o convite para a curadoria. A partir do acervo da Fundaj que já está digitalizado, por mais que seja apenas uma parte da coleção total, foi muito desafiador conseguir fazer essa seleção de imagens para a exposição. Criamos algumas sessões para trabalhar com diferentes aspectos do Nordeste em sua obra, como as plantações de algodão e cana, índios, jangadeiros, registros de artes plásticas”, explica Renata Edmond Jacques Pierre Dansot nasceu na França em 1924 e veio para o Recife aos 13 anos, com objetivo de ser missionário Marista, organização na qual lecionou por 20 anos antes de partir para Belém e entrar em contato com o fotógrafo alemão Fritz Liebmann, de quem foi aprendiz. Já como fotógrafo, trabalho em jornais como o esportivo L’Equipe, de Paris e publicações nacionais como a revista Cruzeiro e a Folha de São Paulo. Também foi fotógrafo de estado, trabalhando para governos estaduais e órgãos como Dnocs, Chesf, Eletrobrás, Petrobrás, Incra, Sudene, Empetur, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu do Açúcar, além de estar sempre próximo e registrando movimentos artísticos. A entrada das obras de Dansot no acervo da Fundaj em 2013 e trouxe um enriquecimento ímpar para a extensa coleção iconográfica da instituição, em especial as que registram o Nordeste e o país na segunda metade do século 20. De acordo com Betty Lacerda, responsável pela Coordenação-Geral de Estudos da História Brasileira da Fundaj, há um grande ganho para toda a sociedade quando um acervo como o de Dansot esteja preservado por uma instituição pública e da mesma região onde seu trabalho foi produzido, assim como a exibição dela para o público. “Essas parcerias com o Museu do Estado e o Governo são muito importantes para fazer essas obras circularem e as próprias instituições se apoiarem. A exposição abre essa janela de conhecimento sobre a coleção e ajuda a dar continuidade em ações para a preparação desses materiais em torná-los cada vez mais acessíveis. Esses acervos são patrimônios de toda a sociedade, então essas parcerias podem vir de todos os lugares e serem muito bem-vindas”, conclui Betty.

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Gangga Barreto e Rogerman cantam Sambas de Erasto Vasconcelos

Antes de morrer, em 2016, o músico, arranjador, cantor e compositor, Erasto Vasconcelos, fez um pedido a uma amiga: que ela gravasse um disco com seus sambas inéditos. Quase cinco anos após ouvir o desejo do amigo, a cantora e percussionista pernambucana Gangga Barreto tirou o projeto das ideias e lançaram o single Flores de Sorrisos, nas plataformas digitais de música. O álbum completo será inaugurado hoje, dia 10 de dezembro. O álbum Gangga Barreto e Rogerman cantam Sambas de Erasto chega com dez faixas inéditas, todas compostas por Erasto Vasconcelos e que nunca foram gravadas ou cedidas a outros músicos, como Obá, Samba de Umbanda, Amigo, Sambista, Clarear, Louvação às Nações, Poeta, Sargento, Seleção Brasileira e Flores de Sorrisos. "Em 2012, após sete anos de jejum dos palcos, Erasto aceitou uma ideia minha. Criamos o projeto Pão ensopado com leite de coco. Erasto fez uma temporada de shows em Olinda e essa amizade cresceu. Em seguida, ele me propôs gravar os sambas. Guardei as músicas e o pedido. Chegou a hora", conta Gangga. O disco nasce a partir de uma parceria entre Gangga e o amigo Rogerman, também músico, compositor e cantor pernambucano. Ambos cresceram e tiveram contato com a música na efervescência cultural e artística de Olinda. Gangga e Roger também entraram no estúdio para gravar os sambas entre janeiro e março de 2021 ao lado de outros músicos parceiros. Na lista estão Pablo Ferraz, Nino Silva, Nelson Brederode, Théo Coutinho e Deco do Trombone. O projeto tem a produção artística de Jadon Bactéria e a produção executiva de Isa Melo e Leonardo Araújo. "Não é exatamente um tributo porque não estamos gravando músicas que já são conhecidas pelo público admirador de Erasto, como o clássico Maranguape, por exemplo. São músicas novas. São sambas. O que estamos fazendo é manter viva a criação artística de Erasto, um brilhante no que fez sempre", diz Rogerman. O projeto foi financiado pelo Funcultura, do Governo de Pernambuco, e recebeu o aporte financeiro de R$ 99.390,00, o que contempla um álbum e uma live. A apresentação foi gravada em Olinda. Já o disco chega às lojas até o final do ano. A proposta foi aprovada em 2019, mas sofreu atrasos no processo de execução devido à pandemia.

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Música experimental e batidas eletrônicas no Aurora Instrumental

O Circuito Aurora Instrumental encerra a temporada de espetáculos musicais neste final de semana, no Teatro Arraial Ariano Suassuna. Hoje (10), o interior de Pernambuco será representado no evento pelo artista Nino Alves, que vai unir a sua criatividade percussiva à experiência musical do veterano Parrô Mello. No sábado (11), o público poderá conferir Gilú Amaral feat Rimas.INC convida Deco N, um show dançante e com um repertório de composições autorais, que mescla instrumentos percussivos com batidas eletrônicas da MPC. Os espetáculos iniciam às 19h30 e os ingressos podem ser adquiridos no Sympla ou na bilheteria do teatro por R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Inventivo, intuitivo e criador de instrumentos musicais, o percussionista Nino Alves apresentará no Teatro Arraial temas do seu show "ExperimentaSons" e também composições do repertório do seu convidado, o saxofonista, arranjador e compositor Parrô Melo, que é fundador da Orquestra Bomba do Hemetério. Muitas expectativas em torno desse show que ainda terá no palco os músicos Efraim Rocha (contrabaixo), Lucas Romeiro (guitarra) e Zeh Lucas (bateria). Já o show do sábado pode ser sintetizado como a música tecnológica e orgânica em perfeita harmonia. A parceria entre o percussionista Gilú Amaral e o DJ e produtor Rimas.INC (Clécio Rimas) propõe mesclar os instrumentos percussivos com as batidas eletrônicas da MPC. A dupla vai mostrar um show essencialmente dançante, mas também experimental, misturando essas duas vertentes que serão reforçadas pelo convidado DeCo N (sintetizadores), artista sonoro e compositor de música eletrônica. DeCo N é professor do curso de Tecnologia em Produção Fonográfica de Música Eletrônica da Universidade Anhembi Morumbi. O Aurora Instrumental foi contemplado pela seleção pública do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) para promover oito concertos presenciais de música instrumental. Esta temporada, batizada de Aurora Convida, fortaleceu o circuito como um espaço de expressão da diversidade, tradição e renovação da música instrumental pernambucana. SERVIÇO: Aurora Convida Período: às sextas-feiras e sábados, de 19 de novembro a 11 de dezembro de 2021. Horário: às 19h30 Local: Teatro Arraial Ariano Suassuna (Rua da Aurora, nº, Boa Vista, Recife – PE) Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Vendas: Bilheteria do Teatro Arraial (abre 1 hora antes do show) e no https://www.sympla.com.br/aurorainstrumental

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