Arquivos Cultura E História - Página 133 De 371 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Cais do Sertão dará gratuidade em comemoração à Semana do Doador de Sangue

Em parceria com o Governo do Estado de Pernambuco, o Centro Cultural Cais do Sertão, equipamento turístico-cultural gerido pela Secretaria de Turismo e Lazer e a Empetur, abraça comemoração em homenagem aos mais de 500 doadores de sangue do Estado. Em alusão à data, o museu dará entrada gratuita para os doadores que apresentarem certificado na bilheteria. Os contemplados poderão passear pelo museu nos seguintes horários: hoje (sexta-feira), das 10h às 16h, e sábado e domingo, 11h às 17h. “Trabalhando em conjunto com o Governo de Pernambuco, queremos proporcionar ao doador de sangue, nesta semana de grande importância para a conscientização da causa, uma experiência extremamente gratificante e inesquecível ao nosso Centro Cultural e em nosso Estado. Temos trabalhado para levar ao povo pernambucano a união do turismo, da cultura e das pautas de responsabilidade social”, salienta o secretário de Turismo, Rodrigo Novaes. Durante a visita gratuita, o doador terá acesso a toda exposição permanente do Cais, que remonta à odisseia sertaneja cantada pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Além das ações culturais, a Semana do Doador de Sangue ganhará visibilidade com peças visuais nas redes sociais de órgãos de todo o Estado, com a hashtag #SemanadoDoadordeSangue.  

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JazzPorto chega à 13ª edição em Porto de Galinhas

A partir de amanhã (26,) até domingo (28), acontece a 13ª edição do Festival de Jazz e Blues de Porto de Galinhas, o famoso JazzPorto, que retoma a sua participação no calendário de eventos do estado após uma breve pausa em decorrência da pandemia. O evento, reconhecido no cenário musical pernambucano, é gratuito e será realizado em restaurantes do balneário de Porto de Galinhas que, durante 3 dias, se tornará o ponto de encontro dos amantes do Jazz, do Blues e da boa gastronomia. A primeira noite do JazzPorto 2021 irá receber a Vintage Pepper, com o melhor do Jazz e do Blues. Promovendo grandes apresentações há mais de 10 anos, a banda é formada por Bianca Vieira na voz, Ebel Perrelli na bateria, Fabinho Costa no trompete, Jackson Rocha no contrabaixo e Jouber Maklane na guitarra. Recentemente, a Vintage Pepper representou o estado de Pernambuco no Prêmio Profissionais da Música, premiação nacional que promove a valorização da indústria da música. Eles irão se apresentar, às 20h, no Domingos Restaurante. No sábado (27) será a vez da Uptown Blues Band, banda especializada em Jazz e Blues, genuinamente recifense e com mais de 20 anos de história musical. Sob a liderança do baterista e band leader Giovanni Papaléo, o grupo lançou, este ano, o clipe da música ‘Out of Control’, single inédito composto por Papaléo no início da pandemia, que traz o cenário do isolamento social e suas consequências. O show da Uptown Blues Band será realizado no destino favorito dos surfistas em Pernambuco, na praia de Maracaípe, às 14h, no Restaurante do João. A apresentação promete reunir grandes clássicos do Jazz e do Blues ao clima paradisíaco do litoral. À noite, às 22h, será a vez da Jazz Blues Band, a mais antiga desse estilo em atividade no estado, subir ao palco na Temakeria do Porto para levar música boa para os frequentadores do sushi bar praiano. A banda faz parte da história do JazzPorto e participou da primeira edição do festival, em 2007, quando gravou um CD. Encerrando a programação musical do JazzPorto 2021 no domingo (28), a Esquinas do Blues levará para o Muganga Bistrô, a partir das 13h, um vasto repertório do ritmo musical que a nomeia. Atualmente, a banda é composta por Bira Batera na percussão, João Augusto no contrabaixo, Euclides Dourado nos teclados e Marcelo Demo na guitarra, gaita e voz. O JazzPorto é uma realização da Fliporto Editora e da Uptown Blues Band, com patrocínio da Black&White e da Broomer, e apoio dos restaurantes participantes do evento. Para Eduardo Côrtes, engenheiro e produtor cultural à frente da organização do festival, “é com enorme satisfação e alegria que anunciamos a volta do JazzPorto, evento tão importante para esse nicho musical do nosso estado, e que também engloba o cenário gastronômico local de Porto de Galinhas. Uma oportunidade para apreciar música boa e pratos igualmente deliciosos em um mesmo festival”. O evento irá atender a todos os protocolos de segurança estabelecidos pelos órgãos responsáveis, de modo a garantir a proteção da saúde de todos os participantes. Circuito Gastronômico New Orleans Simultaneamente às apresentações musicais, o JazzPorto traz uma programação gastronômica com pratos que fazem referência a News Orleans, cidade americana considerada o berço do Jazz. Além de curtir uma boa música, o festival oferece a chance para os apreciadores da boa gastronomia experimentarem pratos criados exclusivamente para o Circuito Gastrô. Durante o evento, o Domingos Restaurante terá em seu cardápio o “Tournedos a Mississipi”, com tournedos de filé mignon com molho de pimentas, arroz e croquetes de macaxeira, por R$68, prato para uma pessoa. O Restaurante do João apresentará o “Frango a Billie Holiday”, composto por filé de peito de frango na chapa ao molho de queijo, batata doce frita e arroz, por R$69, para 1 pessoa. Já a Temakeria do Porto terá o “Combo Louisiana”, uma combinação de peças da culinária japonesa por R$52, servindo até 2 pessoas. O Muganga Bistrô vai trazer o clássico “Jambalaya”, uma espécie de paella típica de New Orleans, com camarões apimentados e vegetais diversos, por R$119, para 2 pessoas. Os primeiros que pedirem os pratos nos restaurantes ganham um boné do JazzPorto. Serviço: 13ª Edição do Festival de Jazz e Blues de Porto de Galinhas (JazzPorto) De 26 a 28 de novembro SEXTA, 26/11 Vintage Pepper, 20h Domingos Restaurante SÁBADO, 27/11 Uptown Band, 14h Restaurante do João (Maracaípe) Jazz Blues Band, 22h Temakeria do Porto DOMINGO, 28/11 Esquinas do Blues, 13h Munganga Bistrô Circuito Gastronômico New Orleans Nos restaurantes: Domingos Restaurante, Restaurante do João, Temakeria do Porto e Muganga Bistrô Couvert artístico gratuito Mais informações nas mídias sociais e no WhatsApp (81) 9.9282-7802

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25ª Feira Japonesa do Recife acontece neste sábado

A Feira Japonesa do Recife, maior festival de cultura japonesa de Pernambuco, chega a sua 25º edição. É um evento sempre aguardado e festejado não só pela população recifense, mas por um público de várias cidades e estados, chegando a atrair mais de 40 mil pessoas. O encontro, realizado pela Associação Cultural Japonesa do Recife (ACJR) e pela Associação Nordestina de Ex-bolsistas e Estagiários no Japão (ANBEJ), com apoio do Consulado-Geral do Japão no Recife, acontecerá neste sábado (27) de forma híbrida. Na parte presencial, haverá a participação de cerca de 100 convidados e ao mesmo tempo haverá a transmissão em formato Live pelo canal do YouTube da ACJR. Para este ano os organizadores trazem o tema “Shichi Fukujin”, que são os sete deuses da sorte. Cada Deus representando a fortuna em um aspecto da vida: Ebisu – Deus dos pescadores, Daikokuten – Deus da fortuna, Bishamon – Deus dos guerreiros, Benzaiten – Deusa das artes, Hotei – Deus da felicidade, Jurojin – Deus da Felicidade e Fukurokuju – Deus da sabedoria. "Sabemos que parte do público ficou frustrado com a manutenção do formato on-line da Feira ainda para este ano, nós também estamos tristes por não podermos fazer o nosso evento de forma presencial e tradicional na rua do Bom Jesus. Mas, mesmo com a política de flexibilização andando a passos largos, não seria possível seguir todos os protocolos de segurança para o Covid-19 com um evento aberto e de rua como o nosso. Sendo assim, para respeitar a segurança de todos, até mesmo daqueles que não frequentam escolhemos realizar neste formato. Este é inclusive um aspecto fundamental da cultura japonesa, o respeito e responsabilidade para com o próximo, que também desejamos passar adiante às diversas pessoas que felizmente têm tanta admiração pelo Japão", explica a organização em nota. A live acontecerá no dia 27 de novembro, das 18h às 21h. Será uma transmissão direta de palco, com diversas apresentações e convidados. Quem desejar aprender mais sobre a Terra do Sol Nascente, a dica é seguir as redes sociais e o canal do YouTube: bit.ly/ACJRTUBE e no pelos Instagram: @acjr-rec e @feirajaponesadorecife LOCAL: Associação japonesa do Recife e LIVE no link bit.ly/ACJRTUBE DATA e HORA: 27 de novembro de 2021, LIVE das 18h às 21h   Para maiores informações: - Associação Cultural Japonesa do Recife Telefone: (81) 99684-3889 (Whatsapp) - Consulado-Geral do Japão no Recife Telefone: (81) 3049-8300

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Itaú Cultural traz show de Karina Buhr e homenagem a João Gilberto

Entre os dias 26 e 28 de novembro – sexta-feira a sábado às 20h e domingo às 19h –, a série Palco Virtual do Itaú Cultural conclui a programação musical do mês com a transmissão de mais três shows ao vivo e on-line. Na primeira data, o vocalista e violonista Renato Braz e o clarinetista Nailor Proveta se juntam para uma apresentação especial em homenagem ao compositor baiano João Gilberto. No dia seguinte, Karina Buhr toca e canta músicas autorais inéditas e algumas do repertório de seus discos solo. Para encerrar a programação, no domingo, o compositor Reynaldo Bessa mostra, pela primeira vez, seu novo álbum autoral com releitura de sucesso de Belchior. As apresentações acontecem via Zoom e contam com libras. Os ingressos são gratuitos e já podem ser reservados pela plataforma Sympla – confira o link em www.itaucultural.org.br. Para o show que apresentam na sexta-feira, Braz convidou Proveta para executar interpretações autorais dentro da obra de João Gilberto, tanto de canções como de temas instrumentais. Fãs declarados do homenageado, eles interpretam músicas como Eu Vim da Bahia, Caminhos Cruzados e Pra que Discutir com Madame, além da canção italiana Estate. Esta apresentação dá continuidade ao tributo à musicalidade do baiano de Juazeiro, iniciado no dia anterior, dia 25 – também às 20h e on-line –, com o debate Amoroso, uma biografia de João Gilberto por Zuza Homem de Mello. A atividade marca o lançamento oficial do livro de mesmo nome dedicado ao rei da bossa nova. Mediado pela jornalista Patrícia Palumbo, o evento conta com a participação da cantora Anelis Assumpção, do jornalista cultural Juarez Fonseca, do intérprete Marcelo Pretto e do compositor e pesquisador musical Sérgio Molina. A atividade também acontece via zoom e os ingressos, gratuitos, estão disponíveis na plataforma Sympla. Saiba mais em: https://www.itaucultural.org.br/secoes/agenda-cultural/debate-biografia-joao-gilberto-zuza-homem Final de semana Karina Buhr faz o show Voz e Tambor, no sábado, com canções inéditas de arranjos alternativos, focados na voz e na percussão, e revisita o seu repertório. No palco, a artista baiana radicada em Recife canta e toca instrumentos como ilú, alfaia, pandeiro, xequerê e ganzá, e passeia por ritmos que vão do baião ao punk rock. O guitarrista Regis Damasceno acompanha Karina no show, que mostra, ainda, os sucessos do disco Desmanche, de 2019. O MC Max B.O é o convidado para participação especial. Além de cantar a música Filme de Terror, obra realizada em parceria com a cantora, ele prepara um momento especial com seu freestyle. Encerrando a programação no domingo, o compositor Reynaldo Bessa marca seu retorno aos palcos com a apresentação do seu novo disco, O futuro que me alcance. Gravado este ano, é o mais recente álbum solo do artista potiguar que, na última década e meia, se dedicou intensamente à literatura. Depois de publicar oito livros, entre poesias, contos e romances, e de conquistar o prestigiado prêmio Jabuti pelo livro Outros barulhos – poemas, em 2009, Bessa partiu para a produção de seu sétimo disco. No palco Virtual, ele mostra pela primeira vez sua nova obra, cujas canções seguem fiéis ao seu tradicional ritmo da música popular brasileira. Destaque para Plural, feita em parceria com o compositor Paulo Cesar de Carvalho, e a releitura original de Na hora do almoço, de Belchior.

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Fetape lança documentário sobre os impactos da Energia Eólica em PE

Da Fetape Depressão, insônia, dores de cabeça, além de transformações na natureza como a fuga de espécies, as rachaduras em casas e outros problemas foram relatados pelas famílias, lideranças sindicais, parlamentares e organizações que participam do documentário “A Armadilha da Energia Eólica” que foi lançado no canal FetapeOficial no Youtube: https://www.youtube.com/c/FetapeOficial A agricultora Maria Neuma Silva, do município de Venturosa, no Agreste Meridional, conta que o barulho constante tem feito ela perder o sono. Neuma dorme e acorda com o uso de medicamentos para controlar problemas de saúde mental como a depressão e a ansiedade. “Você toma remédio, mas não consegue dormir à noite. Só estou aqui por que não tenho dinheiro pra comprar um terreno em outro lugar. Esse vapor [barulho constante das pás cortando o vento] leva você à loucura”, desabafa. Os sindicatos de trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares afirmam que não foram procurados para um diálogo sobre os parques e nem para medir impactos ambientais. “Eu não tenho conhecimento de ter visto ninguém aqui procurando a gente antes da implantação dos parques ou para mobilizar os trabalhadores para fazer uma discussão, por exemplo, sobre os contratos, pois, a gente compreende que é um momento importante”, destaca a vice-presidente do STR de Caetés e da CUT-PE, Uedislaine Santana. O Brasil atualmente é líder na América Latina em quantidade de parques eólicos. Ao todo existem mais de 970, sendo a maioria nos estados do Nordeste: Rio Grande do Norte, Bahia, Piauí, Ceará e Pernambuco. A Fetape, por meio da Diretoria de Meio Ambiente, vem promovendo encontros, rodas de diálogos e debates acerca do modelo adotado pelos grandes empreendimentos eólicos no país e divulgou uma Carta Política com proposições para minimizar os impactos desses grandes projetos na vida das famílias agricultoras. “Queremos que esse documentário possa proporcionar um debate com a sociedade, com os sindicatos e organizações de trabalhadores e trabalhadoras e que possa conscientizar as pessoas, além de melhorar a realidade. E que as empresas informem com transparência o que traz de bom e de ruim, pois queremos abrir o diálogo e dizer que não somos contra a produção de energia renovável, mas que esses parques respeitem a vida humana e todo o ecossistema do planeta”, afirmou a diretora de Política para o Meio Ambiente da Fetape, Rosenice Nalva. O documentário também ouviu pessoas e lideranças sindicais de municípios localizados em áreas de brejos, no Agreste Central, onde as empresas já começam a chegar para instalação dos parques. Em Brejo da Madre de Deus, considerada a capital da agroecologia, o presidente do STR, José Jaelson da Silva, destaca a importância do município na produção de alimentos orgânicos. “Nós temos vários pontos de matas que são preservadas com várias práticas de conservação do meio ambiente e vamos trabalhar para fortalecer a agricultura e a proteção ambiental”. Serviço: Documentário: A Armadilha da Energia Eólica – O impacto desses grandes empreendimentos em Pernambuco” Canal no Youtube: https://youtu.be/IeQ2UA_3v_8

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Percussionistas da Orquestra Criança Cidadã voltam aos palcos da Caixa Cultural

O Grupo de Percussão da Orquestra Criança Cidadã se apresenta em concerto no teatro da Caixa Cultural Recife amanhã, 24 de novembro, às 19h30, marcando o retorno oficial dos alunos do Núcleo do Coque aos concertos com público – após o dos Meninos do Ipojuca, no dia 26 de outubro passado. Os jovens percussionistas foram selecionados pelo professor Enoque Souza e exibirão um repertório dividido em três partes: instrumentos de peles (como tom-tons e caixas), instrumentos de teclados (como xilofone e marimba) e percussão corporal. Também estão no programa peças com solistas e acompanhamento de teclado. O professor Enoque considera que a apresentação será marcante para todos: “Os alunos estão muito animados. Inclusive, para alguns deles é a primeira vez que vão subir ao palco para tocar para uma plateia”. Entre algumas das obras definidas para a apresentação, estão o “Estudo”, de Camargo Guarnieri (1907-1993); “Tom-tom foolery”, de Alan Abel (1924-2018); a “Bourrée anglaise, BWV 1013”, de Johann Sebastian Bach (1695-1750); o “Concertino para xilofone”, de Toshiro Mayuzumi (1929-1997); o “Arrasta-pé”, de Osvaldo Lacerda (1927-2011); e “Get funky”, de Richard Filz (1967). "Eu tenho alunos em três níveis: os iniciantes, os intermediários e os avançados. Então, tive que escolher algumas peças que se encaixassem dentro de cada um desses níveis. Uma outra forma de seleção foi colocar a percussão dividida, vamos dizer assim, por sessões rítmicas e por sessões melódicas. E há, ainda, uma sessão só de peças corporais, para mostrar que é possível, também, fazer música batucando no próprio corpo”, explica professor Enoque. As expectativas estão lá em cima. “Nós passamos mais de dois anos sem fazer concerto de percussão e os meninos não veem a hora de subir ao palco para mostrar o que sabem fazer. A expectativa é muito grande e torcemos para que dê um bom público para nos prestigiar”, revela Enoque. A apresentação é gratuita, a classificação é livre para todos os públicos e a lotação máxima do teatro (96 lugares) está liberada, de acordo com a suavização das restrições feita pelo Governo de Pernambuco, mas o uso de máscara segue obrigatório. A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

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Além das circunstâncias

*Por Paulo Caldas As circunstâncias descritas por Bruna Estima Borba, neste “Vivendo as circunstâncias” (Novoestilo-Edições do Autor; edição, capa e projeto editorial Salete Rego Barros), não foram mero exercício de memória, mas surgiram da criatividade, tantas vezes bem-humorada, mesmo em situações adversas concebidas pela autora, numa dinâmica que envolve o leitor. A diversidade vocabular acompanha a época em que nasceram as cenas, um truque sutil, sem falar no primoroso desdobramento das tramas, em confrontação ou sequência, como se Bruna estivesse na sua alça de mira as letras de Lygia Fagundes Telles. Tal recurso cede ritmo e mantém a toada que ressoa ao longo da escrita. A escritora lida com as palavras com invejável intimidade, como se fossem amigas de infância. Assim amplia o mundo restrito da pensão de dona Lia num universo de pessoas de perfis insólitos, quando, por exemplo, encontra vestígios do fantástico num papagaio fofoqueiro que vira confidente da cozinheira em troca de guloseimas. Este animal, estimulado pelo hóspede Heitor, torna-se “leitor assíduo” e repete frases emblemáticas: “O poeta é um fingidor” ... Embora sem revelar detalhes do perfil físico dos personagens (deixa a critério do leitor), a autora vai além do psicológico, e no exótico revela cacoetes, manias inusitadas, como as da personagem Stelinha, que coleciona calçolas, fetiche e símbolo do seu matrimônio. *Paulo Caldas é Escritor

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3ª Jornada de Estudos do Documentário debate cinema, cultura e educação

Com o mote "Documentário e Educação", a Jornada de Estudos Documentais (JED) realiza a sua III edição, entre os hoje (22) e o dia 26, com programação totalmente gratuita e online. A JED deste ano conta com mesas acadêmicas, conferências e exibição de filmes da Mostra Competitiva, Mostra Cinema - Educação, além da exibição do longa metragem convidado “Muribeca”, de Camilo Soares e Alcione Ferreira, aclamado pela presença em renomados festivais nacionais e internacionais. Inicialmente, a jornada despontou como simpósio acadêmico e de extensão universitária, mas desde a sua segunda edição vem expandido a programação, tornando-se um evento de âmbito nacional. A JED hoje abrange tanto o público em geral e pesquisadores interessados no estudo mais profundo do domínio audiovisual em suas múltiplas práticas. O mote deste ano, "Documentário e Educação", é motivado pelo centenário de nascimento de Paulo Freire. A Jornada de Estudos Documentais é promovida pelo Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio do Bacharelado em Cinema e Audiovisual, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM), e produzido pela Jaraguá Produções. Mostra Competitiva - A Mostra Competitiva contará com exibição de 57 curtas e médias documentais, divididos em oito sessões temáticas. A primeira sessão é a “Janelas da Pandemia”, que são filmes ambientados no momento pandêmico; “Os caminhos que trouxeram até aqui” traz obras que abordam ancestralidade e espiritualidade; “Costura de Afetos” com filmes que retratam trajetórias pelo olhar afetivo; a “Bem-Te-Vi” conta com obras de temáticas LGBTQIA+; “A Ficção do trabalho” apresenta filmes sobre as atividades humanas do trabalho; “Ruínas do presente” contém obras sobre memórias e o tempo, “De qualquer maneira, vou ficar na história” reúne filmes com histórias de personagens encantadores do cotidiano; e “O que insiste” apresenta documentários sobre a ditadura militar. Mostra Cinema Educação - A JED deste ano terá a Mostra Cinema-Educação, reunindo 26 filmes produzidos em diversos contextos educativos. São obras que foram produzidas em disciplinas ou cursos voltados para o cinema, que abordam temas que debatem a relação entre cinema e educação ou que fazem reflexões sobre processos educativos. Entre as obras estão os filmes do programa “Andanças”, iniciativa que promove a democratização do cinema através da exibição de filmes, debates sobre gênero e diversidade dentro das escolas públicas. Serão exibidos os filmes “Por um vôo” e “Mudanças”, produzidos por alunas da Rede Pública que fizeram parte da formação oferecida pelo “Andanças” sobre produção de narrativas audiovisuais. Outro destaque na temática educação é o projeto Coque Vídeo, que promove arte periférica por meio de formação e experimentação audiovisual voltado para crianças e adolescentes da Comunidade do Coque, em Recife. Serão uma série de oito filmes produzidos pelos estudantes do curso de formação do projeto. Uma delas é o “Brega Protesto”, filme criado em parceria com o Grupo AdoleScer e outros movimentos sociais, vencedor do FestCine - 2019, na categoria videoclipe. Os filmes da mostra estarão disponíveis para serem assistidos gratuitamente de 22 de novembro no site do evento (https://jornadadocumentario.com.br/). Além da exibição das obras, durante todos os dias da JED ainda terão debates com os realizadores dos filmes, em dois horários diferentes, às 18h e às 19h. Na sexta-feira (26), às 19h, a programação documental encerrará com o longa convidado “Muribeca”, de Camilo Soares e Alcione Ferreira, que marcou presença em diversos festivais do Brasil e do Mundo. O filme retrata como os moradores do Conjunto Residencial Muribeca, no bairro de Jaboatão dos Guararapes, sentem o apagamento da comunidade e suas histórias, laços afetivos e memórias vividas naquela região. Mesas e Debates – A jornada também conta, nos cinco dias de evento, com 15 mesas que irão debater temas diversos que abordam a relação do cinema documentário com pedagogia; processos criativos; propaganda e retórica; fricções, paisagens e temporalidades; questões indígenas; lutas sociais e coletivos; práticas cinematográficas experimentais; entre outros. A programação dos debates está disponível no site e todas as mesas serão transmitidas online por meio da plataforma Zoom. Conferências - A programação também terá duas conferências com convidados especiais. Na terça-feira (22), às 19h, será com Amaranta César. Renomada professora do Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), ela acumula inúmeras participações como curadora, membro de júri, palestrante e conferencista. Já na sexta-feira (26), às 10h, será com Cezar Migliorin, professor de Cinema e membro do Programa de Pós-Graduação em Comunicação na Universidade Federal Fluminense (UFF). Coordenador do projeto nacional de cinema, educação e direitos humanos: Inventar com a Diferença. As duas conferências serão transmitidas por meio de Zoom e pelo Youtube do evento. O evento é incentivado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), via Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) da Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco. A inscrição para assistir às mesas é única, sendo válida para todas as atividades acadêmicas e podem ser realizadas gratuitamente pelo formulário do festival até dia 22 de novembro. A organização da III Jornada de Estudos do Documentário também confere certificado de participação. Para mais informações sobre a programação de filmes, debates ou conferências, basta acessar o site ou Instagram do evento. III JORNADA DE ESTUDOS DO DOCUMENTÁRIO Data: 22 a 26 de novembro Inscrições: https://bityli.com/hKymLZ Site: https://jornadadocumentario.com.br/ Instagram: https://www.instagram.com/jornadadocumentario/

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Exposição celebra 80 anos de Maximiano Campos

Da Fundaj Muitos escritores e poetas sonharam ao longo da História da Humanidade com a imortalidade de seu nome e obra. Com a exposição “O Domador de Sonhos: 80 anos de Maximiano Campos”, lançada na última sexta-feira (19), o escritor e contista pernambucano alcança este feito. A montagem produzida pela Biblioteca Blanche Knopf, da Fundação Joaquim Nabuco, ocupa a Sala de Leitura Nilo Pereira até 31 de janeiro de 2022. As visitas acontecem de segunda a sexta-feira, 10h às 17h. Amigos e admiradores comemoraram a vida de Maximiano Campos, falecido desde agosto de 1998, aos 57 anos. Uma perda precoce, mas cujo tempo foi suficiente para lançar mão de uma obra profunda e que seria acolhida por tantos nomes importantes. Atestam isso Raimundo Carrero, Gilberto Freyre, Carlos Drummond de Andrade, Ariano Suassuna e Frederico Pernambucano de Melo, cujos depoimentos estampam uma das paredes da sala. Filho de Maximiano, o presidente da Fundaj, Antônio Campos, escolheu falar de seu pai pela vocação e paixão nutridas em vida. “Ele foi antes de tudo um escritor, mas era também um profundo leitor”, disse. Antônio recordou os títulos lançados com edição sua: “Do amor e outras loucuras” e “Lavrador do tempo”; revelou que ainda existem dois romances a serem publicados e confidenciou que costuma ir a biblioteca da casa do pai em busca de discernimento. Em vida, Maximiano cravou um de seus títulos na seleta lista de grandes obras pernambucanas, com “Sem lei nem rei”. Mas não são poucos os contos que impressionaram leitores e críticos literários. Ele foi um assíduo colaborador do Diario de Pernambuco, como atestou o jornalista e chefe de Gabinete da Fundaj, Marcos Prado. “O seu texto era impecável e não se encontrava o menor deslize literário." Era reconhecido como um dos melhores colaboradores do jornal, de acordo com ele. "Em Maximiano as palavras abstratas adquirem um tom agreste, tornam-se quase palpáveis, como é próprio do Nordeste. Ele continha um lirismo e magia próprio do Movimento Armorial”, descreveu o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte, da Fundaj, Mario Helio, que dedicou parte de sua fala à leitura do conto “A força do mágico”, do homenageado. Presente na solenidade, o secretário de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto lembrou da relação de amizade de seu pai com o “Tio Max”. Ainda entre as presenças ilustres, a antropóloga e escritora Fátima Quintas, representando a Academia Pernambucana de Letras (APL), e o servidor aposentado da Fundaj Marcelo Peixoto, amigo de Maximiano da Geração de 1965. O lançamento da exposição contou, ainda, com performances do grupo Literatrupe. “Do amor e outras loucuras” e trechos de “Sem lei nem rei”. Encerrando sua participação com versão do frevo “Serpentina Partida”. A obra de Maximiano Campos pode ser conferida nesta mostra e na Biblioteca Blanche Knopf, da Fundaj, em Apipucos, no Recife. Uma de suas colaborações mais conhecidas é o prefácio que fez para A Pedra do Reino, de Ariano Suassuna. No poema “Domador de sonhos”, que nomeia a exposição, ele se descreve como “guardião de uma loucura mansa e um profeta sem seguidores”. Contrariando o público significativo que se reuniu para celebrar sua vida e obra que continua a reverberar e agora alcançará novos leitores.

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Dia Internacional da Pesca é comemorado em Jaboatão dos Guararapes

O Dia Mundial da Pesca será no próximo domingo (21) e para comemorar esta data, o Coletivo Ocupe a Peixaria faz trabalho de conscientização. Na pauta com os pescadores da colônia Z-25 e membros do Coletivos falaram sobre preconceito racial, melhorias da pesca artesanal em Jaboatão dos Guararapes e como Governo Federal e municipal são ausentes em dados sobre a pesca, também o papel da universidade na pesquisa sobre a pesca e os trabalhos com a comunidade pesqueira. O Dia Internacional da Pesca foi estabelecido em 1998 como uma oportunidade para a reflexão sobre o estado dos oceanos, peixes, pescadores e comunidades costeiras. Para celebrar esta data, o Ocupe a Peixaria – coletivo em defesa dos pescadores e pescadoras artesanais de Jaboatão dos Guararapes – fez uma visita para poder conversar com os pescadores entendendo as suas dificuldades em trabalhar durante a pandemia e o preconceito que sofrem. Porque de acordo com dados do Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2019, mais de 80% das pescadoras e pescadores são negras e negros, o que revela um profundo racismo ambiental e institucional no processo de desmonte das políticas públicas e assistência à categoria. Fábio é pescador da Z-25 e faz alguns bicos de pedreiro para complementar a renda, ele relata sobre o preconceito por ser negro que sofreu e a dificuldade de viver da pesca artesanal “Eu e minha esposa que também é negra já fomos barrados de entrar num certo estabelecimento. A discriminação é muito grande por ser nego e isto precisa diminuir, pois somos todos iguais. Desejaria que a nossa batalha aqui dos pescadores pudesse melhorar e essa discriminação contra a nossa cor acabasse” A pesca artesanal é importante para a economia e subsistência dos que vivem no litoral pernambucano e é por meio do mar que os pescadores tiram seu sustento como fala o engenheiro de pesca Vanildo Souza Oliveira, Prof., Dr. do Departamento de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), “A produção de alimento da pesca artesanal tem o papel social importantíssimo de dar esse suporte a essas comunidades. No estuário norte onde está localizado o canal de Santa Cruz, Ilha de Itamaracá que é o município que tem o maior número de pescado de Pernambuco. A pesca artesanal é importante para a economia, mesmo que uma pessoa esteja desempregada aquele indivíduo sabe que na maré vai conseguir pescar um caranguejo ou sururu e depois vender para ter o que comer. A pesca artesanal é importante também para as mulheres que são maioria em Itamaracá na coleta dos mariscos e estas conseguiram ter o reconhecimento e a valorização como profissional pelo INSS. No entanto, deve-se ter atenção para a exploração excessiva e é um fator que preocupa tanto as autoridades, como ambientalistas para manter o equilíbrio desses ambientes tão sensíveis atualmente.” A ausência do Governo brasileiro com os pescadores artesanais vai na falta de dados sobre a atividade pesqueira, já que o último levantamento foi em 2011. Contudo, a pesquisa mais recente é da Auditoria da Pesca no Brasil 2020, documento realizado pela ONG Oceana, mapeou os 118 principais estoques pesqueiros do país. Destes, apenas 7 dispunham de avaliações atualizadas, o que representa 6% do total explorado comercialmente, ou seja, o Brasil não tem ideia de 94% de sua produção pesqueira. Sobre essa falta de dados, de acordo com Vanildo Oliveira, a falta de informação prejudica a pesca em Pernambuco e no país “o Brasil é um dos poucos países do mundo que não coleta dado sobre a pesca no país, com essa desinformação não tem como estimar o quanto e o que pode ser explorado. Quando tinha o Ministério da Pesca houve a tentativa de estruturação e de manter os dados coletados pelo IBAMA e por questões políticas com o encerramento do Ministério o setor pesqueiro é uma secretaria do Ministério da Agricultura que não tem corpo técnico suficiente para tocar um setor tão importante quanto esse no Brasil e isso reflete justamente na situação que a pesca artesanal se encontra atualmente”. O Ocupe a Peixaria tem seu trabalho como de conscientização e trazer informação, Allen Jerônimo, Idealizador e diretor do coletivo fala um pouco do seu trabalho com os pescadores de Jaboatão dos Guararapes “A parceria com a colônia dos pescadores e pescadoras da Z-25 e de todo Jaboatão ela já acontece há muito tempo. Desde a minha adolescência vivo neste ambiente costeiro e na pesca artesanal, após a criação do Ocupe a Peixaria em 2019 a união se consolidou e se iniciou uma série de atividades com esta e outras associações pesqueiras, abraçando a causa e a luta na comunidade dos pescadores. Porque esta classe fica à mercê de políticas públicas e ficam isoladas sem apoio nenhum, nosso papel enquanto ativistas é trazer informações sobre seus direitos e levar para a população em geral as ações que a comunidade pesqueira vem fazendo. Com isso, nosso coletivo percebeu esta dificuldade e resolveu criar o documentário ‘Rede de Arrasto’, com o objetivo de trazer essas informações, denúncias e contações de vitórias da classe pesqueira. Também foi idealizado para escutar a voz da mulher pescadora na orla de Jaboatão e ausência de ações do município com estes trabalhadores e documentar tudo isso para que a sociedade conheça mais de perto este mundo tão lindo que é a pescaria”. Sobre o Dia Mundial da Pesca, Jerônimo complementa “Esta data é para comemorarmos bastante nossas conquistas e nossos avanços. Tanto na colônia quanto também no Ocupe a Peixaria, nós passamos por uma pandemia e foi muito difícil seguir com esse trabalho voluntário, mas eu sinto que é momento festejarmos, procurar a valorização e chamar a atenção da sociedade que existe uma classe pesqueira forte” Para o Dia Internacional da Pesca é importante ressaltar o trabalho que a universidade vem fazendo com os pescadores e a sociedade, mas para isso faltam recursos e políticas públicas como relata o Prof. Vanildo Oliveira “a academia tem o papel importante em estudar os seus comportamentos, suas técnicas, tradições

Dia Internacional da Pesca é comemorado em Jaboatão dos Guararapes Read More »