Arquivos Cultura E História - Página 135 De 371 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Instituto Ricardo Brennand promove curso sobre as crises contemporâneas

O Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, promove a partir do dia 23 de novembro o curso “As crises contemporâneas”, dentro do Curso de Extensão Formas do Olhar, com o Professor Dr. Peter Pál Palbert, que será 100% online. Nesta VII edição será abordo o contexto contemporâneo não apenas através do exaurimento provocado pelas crises diversas com as quais nos confrontamos como a pandemia, o fascismo, a depauperação, mas igualmente pelo esgotamento de um modelo de vida social, para não dizer – de uma civilização. O curso de extensão acontecerá em cinco encontros temáticos: 23/11 - Catástrofes; 30/11 -Biopolítica e necropolítica; 07/12 - Sociedade do controle; 14/12 -Sequestro do possível; 21/12 - A imaginação (micro)política. As inscrições estão abertas e custam R $150 (inteira) e R $75 (meia) e já podem ser feitas através do link: https://bitlybr.com/KIl5 . Mais informações pelo (81) 2121-0354 ou pelo e-mail: documenta@institutoricardobrennand.org.br Professor Dr. Peter Pál Palbert - É doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e graduado em filosofia pelas universidades de Paris-Sorbonne (Paris 4) e PUC/SP. Atualmente é professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e trabalha com a Filosofia Contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: Deleuze, Foucault, tempo, loucura, subjetividade, biopolítica. Serviço: Instituto Ricardo Brennand – Alameda Antônio Brennand, Várzea. Curso de Extensão Formas do Olhar - As crises contemporâneas Horário: Das 14h às 17h. Datas: 23 e 30 de novembro e 7, 14 e 21 de dezembro. Valor da Inscrição: RS 150 (inteira) e R $75 (meia). As vagas são limitadas. Informações: 2121.0352 /0365

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Recife recebe título de Cidade Criativa da Unesco

Da Prefeitura do Recife Cidade que tem na música um de seus mais importantes pilares identitários, o Recife acaba de receber o título de Cidade Criativa da Unesco, na categoria Música. Com isso, a capital pernambucana passa a integrar a Rede de Cidades Criativas da Unesco, formada por 295 cidades em 90 países, que tem por objetivo favorecer a cooperação e o fortalecimento da criatividade como fator estratégico de desenvolvimento sustentável, nos aspectos econômico, social, cultural ou ambiental. “Esse título, que coloca o Recife na Rede de Cidades Criativas, grupo internacional de intercâmbio e construção de caminhos conjuntos, é um reconhecimento à riqueza e à pluralidade da música recifense, parte de uma grande diversidade de expressões e manifestações, fortes em todos os campos culturais. Isso reforça a importância de assegurarmos, cada vez mais, o papel da cultura como estratégico, no fortalecimento e no desenvolvimento da cidade. Integrar essa Rede é mais uma demonstração da nossa força cultural. O Recife é Cidade Criativa. Sabemos e vivemos isso no nosso cotidiano. Agora temos o reconhecimento de uma entidade internacional, que articula e promove o intercâmbio entre cidades do mundo todo. A cultura recifense se reafirma nas suas tradições e também se reinventa. Ela liga nossa história e memória com o nosso futuro, apontando para novos caminhos”, afirma Ricardo Mello, secretário de Cultura do Recife. Recife e Campina Grande, na Paraíba, foram as duas únicas candidaturas brasileiras confirmadas entre as 49 cidades que passaram a integrar a Rede. O título é resultado de um intenso trabalho de escuta de representantes da cena musical recifense e seus variados estilos, ritmos e vocações sonoras, que embasou a candidatura apresentada à Unesco pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, com chancela da Comissão Nacional, no último mês de junho. “São 295 cidades no mundo que integram a rede, 12 delas brasileiras. O Recife agora entra neste circuito, estamos conectados. Essa chancela internacional da Unesco foi um passo muito importante. Significa assumir um compromisso com o papel que a cultura tem na vida da cidade, como força transformadora e catalisadora de nossa criatividade e dos passos que ainda vamos dar”, completou o secretário. O título de Cidade Criativa, criado em 2004, havia sido concedido até hoje a apenas dez cidades brasileiras: Belém (PA), Florianópolis (SC), Paraty (RJ) e Belo Horizonte (MG), no campo da gastronomia; Brasília (DF), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE), em design; João Pessoa (PB), em artesanato e artes populares; Salvador (BA), na música; e Santos (SP), no cinema. As cidades que passam a integrar a Rede assumem o compromisso de compartilhar boas práticas, estruturando parcerias para promover desenvolvimento urbano a partir das indústrias da cultura e da criatividade.

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Fundaj lançará documentário sobre Edgard Moraes

Abram alas para Edgard Moraes (1904 - 1974). Compositor, arranjador e violonista, o eterno folião, reconhecido General de Cinco Estrelas da Folia, nasceu em 1º de novembro, há 117 anos. No centenário do seu nascimento, em 2004, foi instituído o Dia do Frevo de Bloco e, em sua homenagem, neste ano, a Fundação Joaquim Nabuco apresenta o documentário “A poesia de Edgard Moraes”, uma produção da Massangana Audiovisual que narra sua trajetória até os dias atuais, com o seu legado vivo no coral que leva o seu nome, criado em 1987 por suas filhas e netas. O lançamento será realizado no próximo dia 12 de novembro, às 17h, no canal da Instituição, no YouTube. “Em 2021, rendemos várias homenagens ao Frevo em suas diversas expressões. Não por acaso, o ritmo e manifestação cultural foi revalidado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, como Patrimônio Imaterial do Brasil. Às vésperas do desfecho do ano, não poderíamos deixar de celebrar também este homem, que de tão imenso, segue vivo nas tantas vozes do coral que leva seu nome, composto por suas filhas, netas e sobrinhas”, declarou o presidente da Fundaj, Antônio Campos. Ao longo de sua vida, Edgard Moraes compôs cerca de 300 canções, em sua maioria marchas e frevos que embalaram o desfile de dezenas de blocos carnavalescos. Dentre os diversos blocos que participou, Edgard figurou como fundador em pelo menos quatro deles: Pirilampos, Turunas de São José, Jacarandá e Corações Futuristas. Outro feito que imprime seu nome, foi a formação de uma banda de pau e corda. Nela, violões, cavaquinhos, banjos, bandolins, tarol, surdo e até reco-reco passeiam por carnavais saudosos. “Ele era autodidata. Foi uma pessoa muito bem relacionada entre grandes compositores, como o Maestro Nelson Ferreira, como Capiba e outros tantos de sua época”, aponta a filha Inajá Moraes, que participou da gravação da maioria de suas músicas, na Fábrica de Disco Mucambo, sob a regência de Nelson Ferreira. “Ele sempre tinha uma música para gravar e tocar no Carnaval”, destaca, ao recordar o desejo do pai de criar um coral. Foi assim que a maioria de suas filhas iniciaram o que mais tarde se tornaria o Coral Edgard Moraes, que inclui também, além das netas, sobrinhas e bisnetas do compositor. Sobre o ingresso de Edgard no universo da composição, Inajá revela que o genitor iniciou como uma homenagem. “Meu pai foi uma pessoa que viveu e respirou muito o seu irmão Raul Moraes, sua grande inspiração quando se dedicou a compor. Uma de suas primeiras composições foi ‘A dor de uma saudade’, dedicada a ele”, conta. Em sua intimidade, o músico reunia amigos - como os Irmãos Miranda (Romualdo, Lupércio e Nelson) -, aos fins de semana, para tocar choro, valsa e toada. Dentre suas atribuições pouco conhecidas, estão ainda composições de maracatu. Memória em rotações No acervo do Centro de Documentação e Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Fundação Joaquim Nabuco, Edgard Moraes também está presente. São LPs, discos e partituras. No álbum “João Santiago e os 50 anos do bloco Batutas de São José” (Rozenblit, 1982), um disco de cera de 78 RPM (rotações por minuto), lá está ele com a composição “Desacatando”. Já ao lado do irmão e músico Raul Moraes (1891-1937), Edgard aparece no LP exclusivo: Glórias do Carnaval de Pernambuco (Rozenblit, 1974). Para Elizabeth Carneiro, assistente em Ciência e Tecnologia da Fonoteca do Cehibra, o favorito é o frevo de bloco “Valores do Passado”, também em um disco de 78 RPM. “Ele é um dos frevos mais bonitos e cantados até hoje no Carnaval. Esta música inspirou a criação do Bloco da Saudade e a letra faz menção a todos os blocos líricos que desfilam no Recife”, conta. Na letra: Bloco das Flores, Andaluzas, Cartomantes, Camponeses, Bloco Um Dia Só, Pavão Dourado, Camelo de Ouro, Bebé. “Nos Anos 1920, estes eram blocos carnavalescos mistos, compostos de mulheres e homens com fantasias glamourosas em um ritmo mais lento. Marca a presença feminina no Carnaval de Rua, embora dentro de um contexto moralizante. Esses blocos eram separados da plateia e do furdunço da rua por cordões. Um Carnaval que fez parte do cotidiano histórico e social do Recife e que foi resgatado nas letras cheias de saudade de Edgard Moraes, Nelson Ferreira, João Santiago e tantos outros”, contextualiza Elizabeth. Atualização de acervos O documentário que será disponibilizado no YouTube integrará também o acervo do Cehibra. Para a coordenadora, Albertina Malta, o interesse em ampliar os recursos e formas de documentar novos acervos é valioso. “Recolher depoimentos e novas impressões, registrar memórias de pessoas que conviveram com titulares que a gente já tenha dentro dos arquivos, como é o caso de Edgard Moraes. Esse acesso a estas pessoas e personagens que revivem e difundem o trabalho do músico é muito importante”, afirma. “A Fundação faz também esse trabalho de produzir também memórias, de produzir também acervos novos. No momento em que ela desenvolve pesquisas e novos registros, ela está produzindo novos conhecimentos a partir do seu próprio acervo. Ela atualiza e colabora com a difusão dos acervos que já existem com novas abordagens e olhares, tanto pelos seus pesquisadores quanto por pesquisadores externos”, conclui Albertina, que registra a frequência de estudantes de Música na Fonoteca do Cehibra. Serviço Lançamento do documentário “A poesia de Edgard Moraes” Data: 12 de novembro Horário: 16h No canal da Fundaj, no YouTube

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Orquestra Criança Cidadã promove aula-espetáculo na Caixa Cultural

A Orquestra Criança Cidadã apresenta, na próxima quarta-feira (10) às 15h, a aula-espetáculo “Os instrumentos da orquestra sinfônica”, no teatro da Caixa Cultural Recife. A aula, conduzida pelo maestro titular da OCC, José Renato Accioly, contará com a participação de jovens músicos da Orquestra. O evento é gratuito. As orquestras sinfônicas tomaram forma em meados do século 18, na Europa Central, e foram adquirindo mais volume nos dois séculos seguintes. Esses conjuntos artísticos até hoje continuam a fascinar gerações e a eternizar sinfonias, óperas, peças sacras, balés e outros gêneros da música de concerto (ou erudita, ou clássica, como se queira chamá-la), com suas dezenas de integrantes. O objetivo da aula-espetáculo é aproximar as pessoas dos timbres que constroem acusticamente uma verdadeira orquestra sinfônica, apresentando a diversidade sonora desse grupo, que nem todo mundo conhece. Assim, o público terá a chance de conhecer cada um dos vários instrumentos que formam uma orquestra e como a sonoridade das peças é formada com a junção de tantos sons. De quebra, a plateia poderá aproveitar uma interpretação musical com integrantes da OCC. Segundo o maestro Accioly, a experiência vai ser digna de criar uma nova visão da música. “Quando você não conhece como o som é produzido, você ouve, mas não tem toda a percepção daquilo. Mas quando passa a saber como a orquestra funciona, também passa a ‘ouvir a música com outros olhos’”, explica. A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

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Visitação ao Palácio dos Bandeirantes já tem data para reabertura

Com o avanço da imunização em São Paulo, a visitação ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado, será reaberta no dia 23 deste mês. O roteiro é menos conhecido entre as badaladas opções de museus e atividades culturais na capital, mas guarda um rico acervo de mais de 4 mil obras. O quadro Operários, de Tarsila do Amaral, estampado em todos os livros didáticos e referência em diversas outras publicações, integra a exposição permanente do espaço. Na preparação para o ano do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o palácio está com a exposição temporária Mulheres Modernas, um aquecimento para as comemorações do próximo ano. Além dos quadros de Tarsila, um deles inclusive que esteve presente na semana mais icônica da arte nacional, há obras de Anita Malfatti e de outras grandes pintoras. Há também quadros e esculturas de artistas plásticos que representam a figura feminina. A exposição guarda algumas peças de pintores pernambucanos, como Vicente do Rego Monteiro e Cícero Dias. Além de apreciar os quadros e esculturas, durante a visita é possível conhecer um pouco sobre a história do prédio e um pouco da rotina do governador do maior Estado do Brasil. O local, inicialmente, estava sendo preparado para ser a Universidade "Fundação Conde Francisco Matarazzo", em meados da década de 50, quando o Governo do Estado assumiu a obra para torná-la sua sede. O Palácio dos Bandeirantes fica na Avenida Morumbi, 1500, no bairro do Morumbi, em São Paulo. As visitas a partir do dia 23 deste mês acontecem de segunda à sexta, das 10h às 16h. Para grupos pequenos não é necessário agendamento. Para grupos com mais de 10 pessoas é preciso agendar o passeio através do email monitoria@sp.gov.br   *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais e viajou a convite da Fundação 25 de Janeiro (rafael@algomais.com)  

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Literatura & solidariedade

*Paulo Caldas O ofício do fazer está contido no Programa Rede Solidária, conduzido pelo psicólogo e escritor Zeca Lemos, que abraça o altruísmo e a literatura a cada edição de uma nova coletânea de textos literários em prosa e versos. O altruísmo toma corpo no resultado financeiro das vendas, destinado à compra de alimentos para pessoas carentes, elogiável ação meritória. O apego às escritas, demonstrado pelos participantes, tem as bênçãos da renomada professora Flávia Suassuna, coordenadora da publicação. No conteúdo aparecem nomes já conhecidos no universo das letras: a própria professora Flávia, os escritores Meca Moreno e Chico de Assis, já com as alpercatas surradas pelo piçarro dos caminhos, além de outros mais recentes: AJ Fontes e Ed Arruda. Outro destaque são as caras novas surgidas ante a ótica deste observador. Talentos revelados dentre os escritos de Ana Pottes, Aline Saraiva, Mitafá e Márcia Balazeiro Coelho, ainda inéditas em publicação individual. Rede Solidária, coletânea de textos, mostra as ilustrações de Edu Lima, projeto de capa e diagramação de Eliseu Saraiva, impressão nas oficinas da Editora Livro Rápido. Os exemplares podem ser adquiridos ao preço de R$ 30, pelo telefone 99978.4237.

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Um Sertão diferente pelo olhar de Fred Jordão

O fotógrafo pernambucano Fred Jordão abre, nesta quinta-feira (dia 4 de novembro), às 19h, no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda-PE, a sua mais nova exposição. “SERTÃO” apresenta uma visão diferente do estereótipo de terra seca e rachada com carcaças de bichos mortos e pobreza gritante. Imagens de uma região verdejante, ancorada nas chuvas, e apontando para as transformações por que passa este território tão presente no imaginário coletivo. Para o artista, o Sertão do século XXI reúne não só a idealização de um espaço consagrado pela literatura regionalista como o território das ausências e reconhecido repositório de tradições e guardião de saberes, mas também um Sertão Contemporâneo e conectado com o mundo globalizado. “Vejo o Sertão como um território repleto de inquietações e ebulições. As transformações que vêm acontecendo nas últimas décadas criaram camadas distintas – o velho e o novo, o moderno e o arcaico convivem numa simbiose original. O Sertão permanece tradicional e ao mesmo tempo desperta moderno”, resume Jordão. Fruto de um trabalho que vem sendo construído desde a década de 90, a exposição inclui fotografias do livro Sertão Verde – Paisagens (publicado em 2012), do documentário Sertão Século 21 (em produção), além de sucessivas viagens e pesquisas desenvolvidas pelo autor durante os últimos 25 anos. Sertão é composta por 110 fotografias, em formatos variados e impressas em canvas. Arqueologia Contemporânea, Cartografia, Sertão Verde e Retratos são os Espaços/Ensaios que fazem parte da expografia desta que é a oitava mostra do fotógrafo. Ele publicou vários livros, entre eles, o “RECIFE”, finalista do Prêmio Jabuti 2020. A exposição no mais novo espaço cultural de Olinda conta com audiodescrição da Com Acessibilidade Comunicacional e respeitará todos os protocolos de segurança sanitária estabelecidos pelas autoridades governamentais para eventos culturais. O design de exposição e peças gráficas são de autoria de Carla Gama e as ampliações fotográficas foram feitas no Atelier de Impressão. A produção executiva do projeto é de Maria Rosa Maia. “Sertão” segue em cartaz até o dia 4 de fevereiro de 2022 e tem o patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco, através do Funcultura e conta com o apoio da Cepe Editora (@cepeeditora) e do Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, por meio da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco – Adepe (@agenciaadepe), ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (@sdecpe). O horário de visitação vai de terça a domingo das 9h às 17h. O Autor Com formação em jornalismo, Fred Jordão conheceu o Sertão no final da década de 80 quando atuou em alguns dos principais veículos de comunicação do País. As pautas, via de regra, eram todas relacionadas à seca, à fome, e à miséria. “O interesse da mídia, era sempre pelos estereótipos que representavam a seca no sertão”. Foi nos anos 1990, durante as filmagens do Longa Metragem Baile Perfumado e em trabalhos de documentação técnica para Codevasf e Articulação do Semi-árido-ASA, que começou a despertar para os ciclos de chuva no Sertão, descobrindo uma região repletas de vida e riquezas. Por vários anos percorreu a região do Semi-árido nordestino, do Piauí a Bahia, sempre durante os períodos de chuva. Foi também durante estas longas viagens que compreendeu as mudanças que a chegada da eletrificação rural proporcionava nos lugares mais remotos. “Primeiro a geladeira, depois a televisão e por fim a internet. Em menos de 20 anos, o sertão inteiro se conectou com a modernidade, criando um encontro inusitado entre o arcaico e o contemporâneo. O vaqueiro encourado tangendo o gado numa motocicleta sintetiza esse novo sertão. O celular, a camisa do Barcelona, o tênis da Nike, o cabelo descolorido. Não há porteiras que separem estes sertões.” Durante as viagens, Jordão resolveu reler os clássicos do regionalismo, Graciliano, Raquel de Queiroz, José Lins do Rego, Euclides e Ariano. Repassando a história do Sertão pelas letras, pelo cinema do cangaço, os retirantes de Portinari, e as músicas de Luiz Gonzaga. “Que sertão era aquele de gente saudável e feliz, que não fazia parte daquele enredo consagrado do sertão de pedra, pau e poeira?” questionava-se. Em 2012, Jordão editou o livro Sertão Verde – Paisagens, com texto de Xico Sá, amigo pessoal de quem recebeu o livro “A Invenção do Nordeste”, do professor Durval Muniz de Albuquerque Jr. “Foi uma grande descoberta. Estava tudo sintetizado ali, de uma forma extraordinária. A cristalização de um estereótipo que já não corresponde à realidade atual. O sertão é outro e poucas pessoas sabem disso”. Sertão Verde mostra, de forma sutil, estas contradições. A partir de então, continuou a fotografar o sertão com os olhos atentos a este momento de transformações. Atualmente, além da exposição em cartaz, desenvolve mais uma parte deste projeto com o documentário Sertão Século 21, com depoimentos de sertanejos sobre que sertão é este que desabrocha no novo século. “Sertão”, por Fred Jordão Abertura: 4 de Novembro de 2021 Hora: 19h Local: Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, Largo do Varadouro, Olinda-PE. Horário de visitação: Terça a domingo das 9h às 17h. Instagram do autor: @fredvjordao

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Cepe lança Mônica Silveira: Histórias de uma repórter de TV

Há 35 anos atuando como repórter da TV Globo de Pernambuco, a jornalista Mônica Silveira assina Histórias de uma repórter de TV. Espécie de autobiografia editada pela Cepe, a obra de 352 páginas será lançada dia 03 de novembro, nas lojas da Cepe e no site www.cepe.com.br/lojacepe. Estimulada por seus filhos - Pedro e Marina -, Mônica escreveu o livro durante as férias de julho de 2020, quando teve que abdicar de viajar por causa da covid. “Meus filhos me incentivaram: ‘vai, mãe, você gosta tanto de escrever’. Então comecei. Curti tanto que me dedicava a essa atividade das 6h30 às 20h”, conta Mônica. O que mais lhe tomou tempo, segundo ela, foi a cuidadosa pesquisa de datas e nomes citados no livro, além da busca e seleção da grande quantidade de fotografias que compõem a obra. “Quem gosta de jornalismo e da cultura pernambucana vai poder saborear bastante essa prosa”, declara o editor da Cepe, Diogo Guedes. Voltado para jornalistas, estudantes da área e curiosos, o livro expõe situações de bastidores de reportagens feitas pela jornalista, sobre os mais diversos assuntos. A autora recheou a narrativa com lições preciosas sobre a profissão a qual dedicou a vida, e que por isso mesmo se entrelaça com sua trajetória pessoal. “Acho que acontece na vida de todo jornalista: muitas vezes, o dia parece virar de cabeça para baixo por causa das pautas que surgem do nada”, escreve Mônica. Sem seguir ordem cronológica, a jornalista vai narrando, a cada capítulo, como surgiram, se desenvolveram e chegaram ao fim matérias relevantes dessa jornada. “Escolhi as reportagens que mais me marcaram, um critério que é pergunta frequente nas palestras que ministro. Também contei com a ajuda de meus colegas de redação, que me clarearam fatos importantes dos quais eu não me recordava. Quis ainda mostrar a evolução da Globo de Pernambuco e da tecnologia”, revela a jornalista, que trabalha na emissora desde 1986. “Poucos jornalistas contaram como Mônica a história dessa nossa terra — na alegria e na tristeza”, diz o jornalista Gerson Camarotti, no prefácio do livro. Em seguida, Gerson, que foi aluno de Mônica quando ela ensinava na Universidade Católica de Pernambuco, completa: “A maior das lições foi mesmo essa paixão pela profissão. Paixão que permanece até hoje e que estimula quem está ao seu lado e quem assiste suas reportagens, mesmo à distância.”, declara o hoje colunista de política do portal G1. Uma dessas reportagens difíceis de fazer foi a cobertura da morte do ex-governador Eduardo Campos, em 2014. “Cheguei em casa aos pedaços. Foi impossível conciliar o sono. Aquele pesadelo dominava minha mente”, recorda a repórter. Outro momento triste ocorreu em 1988. “Durante um treinamento em um campo de instrução do Exército, na Região Metropolitana do Recife, a explosão em um depósito de armamento e munição feriu gravemente seis soldados. O que parecia camiseta molhada era a pele queimada soltando do corpo. Fui cobrir o enterro, no Cemitério de Santo Amaro, no Recife. Havia honras militares. Um colega dele estava encarregado do toque de silêncio antes de o caixão descer no túmulo. Ele começou a soprar. Não conseguiu. De repente, jogou, com toda a força, a corneta no chão. Desatei a chorar. Aquela imagem está pregada na minha memória para sempre”, lembra. Para lidar com situações como essas, Mônica aprendeu a dose certa de não envolvimento e sensibilidade. “Não sei em que momento da vida de repórter tratei de desenvolver em mim um mecanismo de ‘não choro’. Mais ainda: ‘não envolvimento completo’. Entendi que, em situações muito tristes, se eu me envolvesse como minha mente mandava, não faria o que estava ali para fazer. Mas também não poderia ser insensível”, ensina. Mas o jornalismo também se faz com pautas leves. “Em 1996, fiz uma reportagem sobre como escolher e conservar ovos. Nem imaginava que eles escondiam tantos segredos”. Os editores do Jornal Nacional gostaram tanto que pediram a Mônica mais vídeos com aquela linguagem. “Fui convidada a bater um papo com a equipe do principal jornal da TV brasileira. Mooooorta de nervosa”, relata Mônica. Seu gosto por pautas culturais, principalmente sobre cinema, a levou a Cruzeiro do Nordeste, no sertão pernambucano, em 1998, para registrar o lançamento do filme Central do Brasil. “A equipe do diretor Walter Salles transformou um lugarejo mínimo e sem qualquer charme - à luz de olhos distraídos - no cenário de uma parte enorme do filme que quase trouxe um Oscar para o Brasil”, recorda a jornalista. Pelo fato de ter a imagem projetada na TV diariamente, Mônica é reconhecida pelo público que a encontra em alguma pauta, nas ruas, pede autógrafo e selfies. No livro ela conta como lida com isso no dia a dia. “São eles (os telespectadores) que justificam cada dia da nossa vida profissional. Mas, também, são pessoas que tendem a glamourizar vidas sem glamour”, escreve Mônica, que confessa não curtir a exibição. “Escolhi ser jornalista, e não ser conhecida ou famosa. Claro que gosto de ser reconhecida. Mas ainda não cheguei ao nível de maturidade necessário para ficar 100% confortável com isso”, reconhece a jornalista, que conta já ter virado meme, em 2007, quando apresentava o ne1 e uma haste fina de metal caiu na sua cabeça. “Durante anos, se digitasse meu nome num buscador tipo o Google, a primeira coisa que aparecia era o vídeo daquele episódio. Eu ficava muito chateada com isso. Parecia que nada mais que eu houvesse realizado na vida teria mais relevância que aquilo”, desabafa a jornalista. Mas a internet, e principalmente as redes sociais, se tornaram grandes amigas do jornalismo. “Há um aliado fortíssimo do jornalismo, nesse tempo: o vídeo colaborativo. O flagrante da barragem sangrando a 100 quilômetros do Recife, do acidente gravíssimo na estrada, do galpão em chamas, tudo chega em instantes à redação através de mensagens de WhatsApp. Cada telespectador terminou se tornando um repórter. Mas lutamos contra as fake news, que chegam misturadas às notícias de verdade. Nem sempre é fácil separar o fato do fake. Sigamos firmes.”, reflete

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Dia Nacional do Livro é celebrado com lançamento de dois concursos pela Fundaj

Despertar o interesse pela leitura é criar conexões com culturas, histórias e identidades. Neste Dia Nacional do Livro, celebrado sexta-feira (29 de outubro), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio da Biblioteca Blanche Knopf, vinculada à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), preparou uma programação especial para os apaixonados por leitura. As atividades serão na Sala de Leitura Nilo Pereira, no campus Derby, a partir das 9h. Na ocasião, serão anunciados dois concursos promovidos pela Fundaj. Um deles é o Concurso Literário Novos Escritores, destinado a jovens de 18 a 25 anos residentes em um dos nove estados da região Nordeste e que nunca tenham publicado suas obras por meios impressos e/ou digitais. Os participantes podem produzir o texto com temática livre, mas dentro do gênero de conto. “É com muita alegria que lançamos um concurso que vai brindar a arte da escrita e a todos aqueles que mantêm a nossa literatura viva. Neste 29 de outubro lembramos que é contando e recontando histórias que preservamos nossa cultura, identidade e memória”, celebra o presidente da Fundaj, Antônio Campos. O outro certame lançado será o Concurso de Redação para Jovens Leitores/Escritores. Será direcionado para alunos do Ensino Fundamental II de escolas públicas da Região Metropolitana do Recife que tenham até 15 anos. Os participantes devem submeter suas redações com o tema "A leitura e a escrita na minha vida", contando sobre a influência dos livros em suas formações. Os 25 melhores trabalhos de cada certame serão reunidos em uma coletânea própria e publicados pela Editora Massangana. Cada autor ganhará três exemplares e outras premiações que estarão especificadas nos editais, que serão publicados no dia 16 de novembro de 2021. Já a entrega dos prêmios está prevista para o dia 15 de fevereiro de 2022. “Acho que é um grande presente que a Fundação Joaquim Nabuco, por meio da Biblioteca Blanche Knopf, está dando para leitores, escritores e estudantes neste Dia Nacional do Livro. Os jovens escritores terão a oportunidade de ter seus livros publicados e ainda é uma possibilidade para os estudantes ampliarem suas habilidades por meio da leitura e da produção de textos”, destaca a coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf, Nadja Tenório Pernambucano. Durante a manhã do Dia Nacional do Livro, os alunos da Escola Municipal do Coque participarão da oficina de livrinhos pop-up na Sala de Leitura Nilo Pereira. A oficina será preparada pelos educadores do Museu do Homem do Nordeste e ensinará passo a passo como eles podem criar os livros em 3D, com imagens que “saltam” das páginas durante a leitura, que fica mais dinâmica, divertida e atrativa. A programação conta ainda com uma apresentação da Literatrupe. O grupo apresentará para o público a história da evolução do livro e o poema musical “A morte do Touro Mão de Pau”, de autoria de Ariano Suassuna, uma das maiores referências do Nordeste na literatura brasileira. “A Veia e o Macaco”, do compositor Braguinha, será transformado em teatro de bonecos para as crianças para finalizar a comemoração. Serviço Dia Nacional do Livro Fundaj Data: 29 de outubro Horário: 9h às 11h30 Sala de Leitura Nilo Pereira, Campus Derby

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Instituto Histórico de Olinda celebra 200 anos da ascenção de Gervário Pires

*Por Rafael Dantas O Instituto Histórico de Olinda (IHO), presidido pelo historiador George Cabral, celebra os 200 anos da ascenção de Gervário Pires em um evento hoje, a partir das 19h30, na sua sede. A solenidade, que será presencial, marca ainda os 70 anos de instauração do próprio IHO. O evento integra o conjunto de ações que fazem referência ao bicentenário da Junta de Goiana e da Convenção de Beberibe, a revolução de 1821 que expulsou o último governador português de Pernambuco um ano antes da Independência do Brasil. Na ocasião acontecerá também o lançamento da 6ª edição da Revista Marim dos Caetés. O Instituto Histórico de Olinda fica na Av. Liberdade, 214, no Carmo, na cidade de Olinda. Para participar da solenidade é obrigatório o uso de máscaras. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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