Arquivos Cultura E História - Página 135 De 370 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Igarassu celebra os 200 anos da Revolução de 1821

Nesta semana a Comissão Organizadora e Executiva do Bicentenário da Junta Governativa de Goiana e da Convenção de Beberibe instalou um painel referente ao marco dos 200 anos da Revolução de 1821 na Câmara Municipal de Igarassu. O ato registra a participação da cidade, que na época era a Vila de Igaraçu, no Movimento Revolucionário. Lá a Junta Governativa de Goiana esteve sediada antes de fazer o cerco ao Recife e encerrar os dias de governo do português Luiz do Rego Barreto em Pernambuco um ano antes da Independência do Brasil. O historiador Josemir Camilo conta no artigo Igaraçu e a Revolução liberal de 1821 que: "Igaraçu sediou o Governo de Goiana, em 15 de setembro de 1821, para traçar uma linha de cerco entre Rio Doce e Beberibe. Cercado, também, pelo sul e oeste, o general capitulou e o presidente da Junta de Goiana convocou Luiz do Rego a mandar representantes para Beberibe, onde estavam estacionadas Junta e tropas. Aí, se deu, de 5 a 9 de outubro a Convenção de Beberibe, que pacificou a Província e obrigou o general Luiz do Rego a deixar o governo e voltar para Lisboa. Igaraçu se fez representar na Convenção, por Francisco Pedro Bandeira de Mello, enviado por sua Câmara, que assinou a ata da Convenção de Beberibe". A comissão é composta pelos Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano -IAHGP, Instituto Histórico de Olinda – IHO e o Instituto Histórico, Arqueológico e Geográfico de Goiana - IHAGGO. O próximo destino das celebrações programado pela comissão será a cidade de Vitória de Santo Antão, município que também participou do Movimento Revolucionário de 1821, para aplicar um outro painel. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Os versos de um Patriota

*Por Paulo Caldas Ao primeiro impulso, de passagem pelas páginas iniciais de "No espanto do verso”, o leitor por certo vai perceber que o título condiz fielmente com o conteúdo da verve de Ivan Patriota. Obediente ao que muitos definem como poesia de raiz, Patriota consegue guarnecer os padrões convencionais de métrica e rimas, ritmos e imagens, bem como acrescenta sentimentos nascidos do talento de um poeta nato. O zelo com os escritos motiva o autor a preparar um livro sério, colocando os poemas cada qual no seu canto e, em cada canto, as necessárias doses estéticas. São efeitos primorosos contidos nas décimas e sextilhas, motes e sonetos. No universo dos sonetos, ele celebra o belo nos versos de Partos: “A natureza parindo o seu rebento, nesse mundo não há nada mais lindo’’. O mesmo requinte repousa nas sextilhas, como na irreverente “Sem Nexo”: "Mas quando eu nascer de novo, uma coisa eu vou querer, pedir desculpas ao povo, que procurou entender, essas coisas que escrevi, mas que nem eu entendi, o que fiz o povo ler”. No escaninho dos motes mantém o tom glosando: “Já fiz de tudo na vida o que falta fazer mais?” “Eu ajudei a Moisés dividir o Mar Vermelho, já fui tenor sem parelho com voz de mil decibéis, no tempo dos coronéis trabalhei de capataz, namorei quando rapaz a tal bela adormecida, já fiz tudo na vida e o que me falta fazer mais?” No leque das décimas, vem o sopro natural da inspiração do poeta: “Eu não sei qual é o tanto, da minha felicidade, nem qual a intensidade, da força do seu encanto, mas uma coisa eu garanto, mesmo sem ter a medida, mas sabendo o quão querida, se faz para mim nesta estrada, eu não troco ela por nada, pois ela é quem me dá a vida". O livro apresenta o projeto visual de Bel Caldas, a produção da Editora Dialética e pode ser adquirido no site https://loja.editoradialetica.com/literatura-e-outros/no-espanto-do-verso-poesias *Paulo Caldas é Escritor

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Últimas semanas para conferir exposição Deuses Ocultos

A mostra “Deuses Ocultos” com obras do artista plástico David Alfonso entra nas suas últimas semanas na Arte Plural Galeria (APG), no bairro do Recife. Antes do encerramento, dia 30, ele participa de visitas guiadas à exposição, com um bate-papo interativo com o público. Na quinta-feira (21/9), às 17h30 e no sábado (23/10), às 14h30, o artista abordará o seu processo criativo pra a exposição, detalhando peculiaridades de cada obra e lembrando da inspiração que teve para criar as telas e desenhos que compõem a mostra. Deuses Ocultos reúne coloridas telas e trabalhos em preto e branco, nas quais o artista revela sua visão sobre divindades, mesclando o humano, a natureza e os animais. As visitas guiadas congregam até 20 pessoas e não há necessidade de agendamento. É recomendado, porém, chegar com antecedência para garantir a vaga, além da obrigatoriedade de serem seguidos os protocolos de segurança contra Covid-19. A APG fica na Rua da Moeda 140, Recife, no bairro do Recife. Telefone: (81) 3424-4431, e está aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Com curadoria da jornalista Olívia Mindêlo, “Deuses Ocultos” é a primeira exposição individual de David Alfonso, que já participou de diversas coletivas. “As pinturas dele são um chamado à contemplação e à descoberta. Evocando o gesto perdido de parar, ver e imaginar é que a obra desse artista cubano-pernambucano toma corpo; aliás, corpos”, ressalta ela.

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Prefeitura do Recife promove brincadeiras e diversas atividades na Semana do Brincar 2021

Com o tema: "O Brincar: Inclusão e Construção que Acolhem as Diferenças", a Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas (SDSDHJPD) realiza a 6ª edição da Semana do Brincar, que este ano será realizada de 18 a 22 de outubro. Na programação constam apresentações de artistas nos Parques da Macaxeira e de Santana e ainda brincadeiras para o público infantil e oficinas para crianças e adolescentes. A Semana Municipal do Brincar do Recife tem por objetivo a valorização do brincar na vida das crianças, o reconhecimento da ludicidade como componente da cultura e da infância e o resgate de brincadeiras tradicionais como forma de preservação e recriação do patrimônio lúdico da sociedade. Hoje (18), das 14h às 16h, haverá atividade com Thânya Tulmuto e a Turma da Xuxa, no Parque da Macaxeira, no bairro da Macaxeira e, nesse dia, não vai faltar música, dança e brincadeiras para o público infantil. Já no dia 21, no Parque Santana, em Casa Forte, as atrações serão a Fada Magrinha e Tio Bruninho, que também se apresentam das 14h às 16h. As palestras, jogos, oficinas de brinquedos e brincadeiras também acontecerão ao longo da semana em diversos pontos da cidade como o Compaz Ariano Suassuna, Compaz Miguel Arraes, Compaz Dom Helder, escolas municipais e Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), localizados em diferentes bairros do Recife. Nesta edição, as ações serão desenvolvidas diretamente pelas Secretarias de Saúde (através do Centro de Referência para o Cuidado de Crianças, Adolescentes (CERCCA) e Programa Mãe Coruja Recife); Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas (através das Secretarias Executivas de Assistência Social e Direitos Humanos); Secretaria de Educação, em especial, com a Secretaria Executiva da Primeira Infância; e, em parceria com a Secretaria de Segurança Cidadã (através dos Compaz). De acordo com Elizabete Godinho, secretária-executiva de Direitos Humanos, o desenvolvimento de diversas ações em relação à temática do brincar já ocorre, ao longo do ano, por parte da SDSDHJPD, através da Gerência da Criança e Adolescente (GCA), porém, de modo especial, a Semana do Brincar Municipal contribui para maior visibilidade da importância da garantia do direito ao brincar, enquanto parte central para o desenvolvimento infantil, quando se trata de crianças e adolescentes, envolvendo também outras secretarias municipais. "Considerando a importância do estímulo ao brincar de todas as crianças e adolescentes, de forma inclusiva, a Prefeitura do Recife está estimulando competências muito importantes do ser humano, desenvolvidas a partir de habilidades relacionais, em contato com outras crianças, adolescentes e adultos, que contribuem para a formação de uma sociedade mais saudável e feliz, em nossa cidade", afirma Elizabete, reforçando que as brincadeiras e atividades lúdicas dessa natureza favorecem o estabelecimento de vínculos afetivos, promovendo a amizade, o amor e a felicidade e, consequentemente, a saúde mental infantojuvenil e parental. Elizabete Godinho ainda enfatiza que, desde que foi instituída a Semana Municipal do Brincar do Recife, comemorada anualmente na terceira semana do mês de outubro, por meio da Lei Municipal n.º 18.445/2017, mais secretarias se envolvem nas ações e o objetivo é ampliar tais iniciativas para que outras secretarias do município também desenvolvam atividades, diretamente, na Semana do Brincar.  

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rio capiberibe images

Rio Capibaribe em verso e na tela

Figura imponente em postais sobre o Recife, o Rio Capibaribe parece encarnar uma serpente que rasga e divide regiões em todos os sentidos. Testemunha ocular de quão desigual pode ser uma cidade, o rio cruza bairros ditos nobres e, seguindo o fluxo, desliza sob humildes palafitas. Imponência que, de longe, anuvia o que, de perto, faz arder nossas narinas: o odor acre de águas enfermas de poluição, contaminadas pela ação do homem de consciência e moral igualmente enfermas. Extremos que serviram de matéria prima a João Cabral de Melo Neto ao escrever o poema O Cão Sem Plumas, e, anos depois, inspiraram a cineasta Katia Mesel a produzir o curta-metragem Recife de Dentro pra Fora. O Cão Sem Plumas foi lançado em Barcelona, em 1950, antes da peça em versos, Morte e Vida Severina, trabalho mais conhecido do poeta, publicado cinco anos depois. O poema é dividido em quatro partes: a primeira e segunda recebem o título de Paisagem do Capibaribe. A terceira e quarta, Fábula do Capibaribe e Discurso do Capibaribe, respectivamente. Ainda que protagonista nos versos, o rio sempre tem sobre as margens a sombra do homem. A ligação rio-homem é intensa e íntima de tal maneira que os torna única essência, rio, homem, lama e pele. Recife de Dentro pra Fora estreou em 1997. Com trilha sonora de Geraldo Azevedo, passou por grandes festivais, ganhando prêmios como o de Melhor Documentário no Festival de Vitória, Melhor Fotografia em Gramado e o Prêmio Multishow de Melhor Trilha sonora no Festival de Brasília. É possível considerar o curta uma adaptação cinematográfica do poema de João Cabral, até porque, para ser classificada assim, a obra fílmica não precisa necessariamente ser fiel a cada estrofe do texto. O curta desvela, já no primeiro ato, detalhes da relação entre João Cabral e o Capibaribe, nas palavras do próprio poeta, que nasceu e viveu testemunha do correr das águas turvas e sujas do rio. Relação que, ouso dizer, não se deu por completa, pois, como revela, nunca se banhou naquelas águas. Protagonista de uma grande tragédia, o Capibaribe avança e atua para uma plateia que, por vezes, participa do espetáculo. Público que assume o arquétipo de antagonista ao lançar no rio o pior de si. Como fez João Cabral em O Cão Sem Plumas, Katia Mesel inverte o ponto de vista que agora é do rio e não do homem. O rio encara a cidade e geme de dor. O cão em decomposição boiando é metáfora perfeita para um rio que corre, porém sem vida.

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Com tema inovacao

Com o tema inovação, Super 2021 acontece até sexta

A Super 2021 já começou e segue até sexta-feira com o tema "Inovação". O evento traz uma programação diversificada com palestras, mesas redondas, workshops, apresentação de projetos e entretenimento. Toda a programação é gratuita e com emissão de certificados para os participantes inscritos no evento através do site caruaru.upe.br/super Todas as noites, o evento se encerra com uma apresentação cultural que segue o mote da Inovação. Hoje (14.10), às 21h, o Mestre Luizinho Calixto prestará uma homenagem a Bastinho Calixto com muito Fole de 8 Baixos. O Mestre Luizinho é atualmente tido como um dos melhores do Brasil no que diz respeito ao fole de 8 baixos e sempre inovou, pois toca alguns ritmos que nunca haviam sido tocados antes, por um sanfoneiro de 08 Baixos. Por exemplo, tango, bolero, valsa, bossa nova, além de xotes, forrós, frevos, sambas baiões, chorinho e marchinhas juninas. A live ocorrerá pelo youtube da UPE Caruaru: https://www.youtube.com/watch?v=-09tCPeQ2sg Para encerrar o evento (sexta-feira, 15/10, às 21h), o multi instrumentista e compositor Ivison Santos apresentará as inovações realizadas com instrumentos como pandeiro, fole de 8 Baixos e, sobretudo, o "One Trio", a inédita junção dos instrumentos: triãngulo, agogô e zabumba. Ivison mostra composições próprias e em parcerias. A live será exibida no link: https://www.youtube.com/watch?v=K8PG7He9JMU A Super é um evento organizado por discentes e docentes dos cursos de Sistemas de Informação e Administração da Universidade de Pernambuco, Campus Caruaru, com o patrocínio da NAVIT Soluções Digitais e AF Controladoria. Tem como objetivo aproximar a universidade da sociedade. É um evento aberto ao público em geral, com todas as atividades gratuitas, com uma programação diversificada com minicursos, palestras, mesas redondas, workshops, apresentação de projetos e entretenimento, e ainda com certificado para todos os participantes, mas precisa se inscrever para participar. Serviço: SUPER 2021 QUANDO: 13, 14 e 15 de outubro de 2021 INSCRIÇÕES: caruaru.upe.br/super REALIZAÇÃO: UPE Caruaru Patrocínio: NAVIT Soluções Digitais e AF Controladoria

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"Não tem como o Recife não ser a cidade mais assombrada do Brasil"

No mês passado, uma moradora de Afogados, no Recife, colocou uma boneca de forma assustadora num cruzamento do bairro para espantar os ladrões. A iniciativa deu tão certo que nenhum “meliante” ou mesmo trabalhador ousou chegar perto do brinquedo sinistro. Essa história divertida do cotidiano recifense mostra como a cidade ainda guarda no seu imaginário as assombrações que fazem parte da vida dos seus moradores desde a colonização. O jornalista e escritor Roberto Beltrão acredita ser importante manter esse imaginário e resgatar as antigas lendas e mal-assombros pernambucanos. Por que? Porque fazem parte da nossa identidade, que tem raízes no patriarcalismo da civilização do açúcar. Nesta divertida conversa com Cláudia Santos, permeada de causos mal-assombrados, Beltrão fala da influência de Gilberto Freyre, autor da obra seminal Assombrações do Recife Velho, e dos seus projetos que incorporam a cultura de massa para fazer com que o Papa Figo seja tão pop quanto Freddy Krueger. Como surgiu a ideia de criar o projeto O Recife Assombrado? Foi na década de 1990. Sempre tive interesse por história de assombração, sou muito fã de Edgar Allan Poe e de literatura fantástica latino-americana, lia muito Gabriel García Márquez e Julio Cortázar. Um dia, conversando com um amigo, que é maestro, Sérgio Barsa, sobre lendas da cidade, ele me disse: “sabia que existe um livro de Gilberto Freyre que fala das assombrações do Recife?” Sérgio me emprestou o livro e fiquei fascinado. São quase 40 histórias de assombração. Com Sérgio e um outro amigo, André Balaio, que é escritor e roteirista, pensamos que se Gilberto Freyre escreveu o livro em 1955 e depois outras tantas lendas apareceram no Recife, teríamos que divulgar essas novas assombrações também. Bolamos o fanzine Assombrado em 1996. Mas não deu certo, só teve o número zero. No ano 2000, fizemos um site https://www. orecifeassombrado.com/ que teve grande repercussão. Tudo o que tínhamos pesquisado, colocamos no site e pedíamos contribuições dos visitantes. Eles mandavam muitas histórias. Depois, abrimos um fórum – que na época era moda, não havia redes sociais – que teve grande participação. Sempre tratamos o assunto explorando o espanto, o medo, o horror, porém com uma pegada de humor. Mas fomos criticados, algumas pessoas diziam: “você vai dizer que o Recife é uma cidade assombrada?” Agora, todo mundo acha ótimo. No segundo ano do site, produzimos o livro Histórias Medonhas do Recife Assombrado, uma coletânea de histórias que foram publicadas no site, que está na terceira edição. O livro fez um sucesso bom, foi adotado por escolas da rede municipal e particulares. Sempre houve essa ligação do site com os livros, porque também queremos fomentar a literatura fantástica que, na época não era valorizada. O realismo sempre foi o cânone da literatura brasileira, depois do modernismo. Em seguida, publiquei o livro de crônicas Estranhos Mistérios do Recife Assombrado em 2008. Em 2010 fizemos outra coletânea de textos, chama-se Malassombramentos. A partir de 2012 nós nos associamos a quadrinistas e lançamos a coletânea Histórias em Quadrinhos do Recife Assombrado, que se esgotou. Hoje o site é meio estanque, em que as pessoas podem fazer pesquisas, e recebe algumas colaborações. Ajo muito nas redes sociais. O principal objetivo do projeto é produzir conteúdo. Em 2015, fechamos um ciclo: adaptamos para HQ o livro de Gilberto Freyre chamado Algumas Assombrações do Recife Velho. Foi um trabalho feito em conjunto com a Fundação Gilberto Freyre, editado pela Global. Também foi produzido o filme O Recife Assombrado, do qual fiz parte da equipe de roteirista. Ele ficou em cartaz nos cinemas em 2019 e agora está na plataforma Now. Todos esses trabalhos tiveram boa recepção do público? Sim. Existem dois tipos de público: as pessoas, a partir dos 50 anos, para as quais as histórias tocam na memória afetiva, e o jovem, que por meio da cultura de massa, tem contato com obras fantásticas. Muitas produções do catálogo da Netflix seguem esse tema. E veja como a meninada se comove com uma história de Harry Potter! Quando percebem que podem encontrar um conteúdo parecido, que é próximo da cultura deles, eles se interessam demais. E não só no Recife, temos contato com públicos de outros Estados. Recentemente fiz um livro ilustrado infantojuvenil com o quadrinista de São Paulo Kiko Garcia chamado Assombracontos, causos que o povo conta, que vendeu muito até no interior de São Paulo, cheguei a quase todos os Estados do País. Por que o Recife é tão profícuo em assombrações? O próprio Freyre desvendou isso e outros pesquisadores que vieram depois corroboraram com a ideia dele de que há uma relação estreita das assombrações com a sociedade patriarcal que se formou em Pernambuco, em torno do cultivo da cana-de-açúcar e na figura do senhor de engenho. O Recife era cercado de engenhos. A casa grande era sempre assombrada, havia muita opressão do senhor de engenho. Nessa estrutura patriarcal, existia uma espécie de catolicismo mediúnico, característico do Brasil que também é uma herança portuguesa. Nas casas grandes havia uma hierarquia que era: Deus, os santos e os mortos, para depois virem os vivos. Isso era perceptível até fisicamente: colocavam-se fotos dos santos junto dos mortos nos altares domésticos e sempre se acreditava que os mortos permaneciam ali naqueles ambientes, inclusive de maneira física porque era um costume da época não enterrar as pessoas da família em cemitério, que só veio a existir no Recife em torno de 1840, depois de uma briga do Estado com a população que não queria de se apartar dos seus mortos. Enterrava-se nas capelas, nas igrejas, nas ordens religiosas. Uma história muito característica desse contexto é a lenda da botija, na qual a pessoa enterra um tesouro em algum lugar do casarão ou dos sobrados, morre e não revela onde está. Depois volta, na forma de fantasma, ou aparição em sonho, para revelar a alguém onde estava o tesouro. A obra mais conhecida do escritor Carneiro Vilela, A Emparedada da Rua Nova, retrata uma situação fictícia, mas com ecos na realidade: o sujeito que emparedou a filha,

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Recital com instrumentos de madeira da Orquestra Criança Cidadã acontece amanhã (13)

O próximo recital online da Orquestra Criança Cidadã também será o último nesse formato virtual, adotado por razão da pandemia de covid-19. A apresentação, gravada no teatro da Caixa Cultural Recife em setembro, tem estreia marcada para as 20h do dia 13 de outubro, próxima quarta-feira, no canal da OCC no YouTube. O recital online será protagonizado por nove alunos de instrumentos de madeira, selecionados pelos professores Eneyda Rodrigues (flauta transversal), Roberta Belo (oboé), Cláudia Pinto (clarineta) e Josias Bezerra (fagote). As sete peças executadas são de autoria de quatro compositores brasileiros (Francisco Mignone, Osvaldo Lacerda, Dimas Sedícias e Eugênio Lima de Souza), dois europeus (Telemann e Gariboldi) e um iraniano (Ehsan Saboohi). De acordo com Josias, o repertório foi escolhido a dedo para a apresentação. “Um de meus alunos, Jamesson Batista, se apresentou com a valsa Mistério, do compositor paulista Francisco Mignone (1897-1986), dedicada ao fagotista franco-brasileiro Noel Devos (1929-2018). A canção faz parte da literatura de fagote, sendo integrante de um conjunto de dezesseis valsas para solo, e foi escolhida por ser uma música de repertório genuinamente brasileiro”, afirma. A professora Eneyda revela que os alunos estavam numa grande expectativa para esta apresentação. “Sempre dá aquele frio na barriga, sabe? Do mais jovem ao mais experiente. Mas ensaiamos bastante e, no fim, o resultado foi muito satisfatório. Tenho certeza que o público irá apreciar”, celebra. O sentimento de Eneyda de voltar às apresentações com plateia, após a liberação do poder público, é de comemoração. “É muito empolgante, esse retorno que está por vir. Com a pandemia, precisamos tomar diversas medidas. Uma delas foi justamente nos afastarmos do público e isso foi difícil para nós. Mas agora, com o avanço da vacinação e a redução dos números da doença, estamos confiantes e ansiosos”, festeja a professora. Com alunos, professores e equipe da Orquestra e considerável parcela da população já vacinada com ao menos uma dose, além da redução dos casos de covid e da liberação de eventos por parte do Governo Estadual e das autoridades sanitárias, o projeto garante, com maior segurança, o retorno aos palcos diante do público. SERVIÇO [MÚSICA] Jovens Solistas da Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque – Alunos de Madeiras Data: 13 de outubro de 2021 (quarta-feira) Horário: 20h Classificação: Livre Patrocínio: Caixa e Governo Federal Transmissão ao vivo: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada)  

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Instituto Ricardo Brennand prepara programação para Dia das Crianças

"Brincando no Castelo: uma aventura medieval" será o tema da programação especial que o Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, preparou na terça-feira, 12 de outubro, Dia das Crianças. Com apresentações do mágico Rapha Santacruz e da família de palhaços Los Iranzi será perpetuada a magia do universo do circo e do teatro inspirada nos bailes e festas medievais. Além disso, serão realizadas oficinas de arte e de esgrima. A dica do IRB é levar a criançada fantasiada de seus personagens preferidos. Todo o complexo cultural estará funcionando normalmente durante toda a programação: 14h - Oficinas de arte e Esgrima; 15h - "Brincando no Castelo - uma aventura medieval"- com o mágico Rapha Santacruz e a família Los Iranzi * Capacidade limitada e por ordem de chegada. Serviço: Dia das Crianças no InstitutoRB Local: Alameda Antônio Brennand, s/n - Várzea Quando: Terça-feira, 12/10/2021 Funcionamento: das 13h às 17h Informações: (81) 2121.0352 | 2121.0365 Valores de Ingressos: De Terça a Sexta-feira Inteira: R$ 30,00 | Meia: R$ 15,00 Sábados, Domingos e feriados Inteira: R$ 40,00 | Meia: R$ 20,00 *Meia entrada | Mediante documentação comprobatória *Pessoas com deficiência, estudantes, professores e idosos acima de 60 anos

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Terça do Vinil lança festa PAGODJIN neste feriado

A Terça do Vinil lança novo selo de festas. Ainda em caráter pandêmico, cumprindo protocolos de distanciamento e com público acomodado em mesas, a nova branding do selo chega resgatando um antigo amor pelo samba, do criador e DJ residente da Terça do Vinil, o DJ440, mas agora em novo momento e formato. Iniciando ao pôr do sol, no Restaurante Catamaran, o PAGODJIN vai contar com 7 horas de música na sua edição de estreia, com discotecagem do acervo de samba, samba rock e pagode do DJ 440, e a participação de um dos grandes nomes da nova geração do samba pernambucano, Taiguara Borges. Filho do conhecido mestre, sambista e fundador do tradicional Grupo Terra, Elias Paulino, Taiguara é compositor e instrumentista desde criança e figura como um dos principais nomes da atualidade. Com uma trajetória de mais de 20 anos de carreira, o artista tem discos e DVDs na bagagem, tendo seu último trabalho junto à consagrada Showlivre. O artista vai comandar a primeira edição da festa PAGODJIN com uma roda de samba de três horas. Nesta edição especial de feriado de amanhã (12), o projeto tem início às 17h e segue até 00h, oferecendo sete horas de música ao público. No espaço, à beira do rio, o público poderá desfrutar do pôr do sol, curtindo o belo visual do restaurante Catamaran, que recebe a programação. Cumprindo as normativas e protocolos vigentes de saúde do período, o PAGODJIN recebe público limitado, apenas com mesas reservadas antecipadamente. No acesso ao local, é feita a aferição de temperatura, e só é permitida a entrada e circulação de pessoas com uso de máscara, seguindo todos os decretos sanitários. SERVIÇO: PAGODJIN da Terça do Vinil QUANDO: Terça-feira, 12 de outubro ONDE: Restaurante Catamaran HORA: Das 17 às 00h QUANTO: As reservas podem ser feitas através do site www.dj440.com.br/tercadovinil

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