Arquivos Cultura E História - Página 136 De 371 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Instituto Histórico de Olinda celebra 200 anos da ascenção de Gervário Pires

*Por Rafael Dantas O Instituto Histórico de Olinda (IHO), presidido pelo historiador George Cabral, celebra os 200 anos da ascenção de Gervário Pires em um evento hoje, a partir das 19h30, na sua sede. A solenidade, que será presencial, marca ainda os 70 anos de instauração do próprio IHO. O evento integra o conjunto de ações que fazem referência ao bicentenário da Junta de Goiana e da Convenção de Beberibe, a revolução de 1821 que expulsou o último governador português de Pernambuco um ano antes da Independência do Brasil. Na ocasião acontecerá também o lançamento da 6ª edição da Revista Marim dos Caetés. O Instituto Histórico de Olinda fica na Av. Liberdade, 214, no Carmo, na cidade de Olinda. Para participar da solenidade é obrigatório o uso de máscaras. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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A cultura perde mais um artista para a Covid-19

*Por Caio Mateus Pessoa, especial para a Revista Algomais O cantor, músico, cartunista, desenhista Lailson faleceu ontem (26). De acordo com informações da filha Isabela Cavalcanti, a morte foi causada por complicações do Coronavírus. Lailson era conhecido como cartunista dos jornais do Recife, mas também contribuiu com o Pasquim e a versão brasileira da MAD. No entanto, Holanda tinha outra paixão, a música. Ele gravou com Lula Côrtes o disco “Satwa”, em 1973. Em entrevista para a Algomais, em junho deste ano, Lailson disse que o tempo que morou nos Estados Unidos o inspirou quando via a capa dos artistas e ele mesmo realizou a arte do disco com Lula. Ainda segundo o artista, a música era uma namorada que parecia ir e voltar, mas ela sempre estava ali presente. A psicodelia daquela época não lotava os teatros e muitos dos artistas faziam “arte pela arte”, não como forma de produto. Ainda na entrevista, ele falou da sua participação na Feira Experimental de Nova Jerusalém que foi um grande marco para a psicodelia pernambucana nos anos de 1970. Esta última declaração de Lailson foi para falar de um parceiro e contemporâneo da psicodelia pernambucana da década de 70, Flaviola. Só neste ano, já somam três grandes nomes deste gênero que faleceram em decorrência da Covid-19: Lailson de Holanda, Flaviola e Paulo Raphael (guitarrista do Ave Sangria e de Alceu Valença). *Caio Mateus Pessoa é jornalista

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Quem foi Gervásio Pires e por que lembrar dele na data de hoje?

*Por Rafael Dantas Há exatos 200 anos, no dia 26 de outubro de 1821, acontecia na Igreja da Sé, em Olinda, a eleição para escolher Gervásio Pires Ferreira como novo governador de Pernambuco. Diferente da ampla participação popular dos pleitos atuais, aquele processo tinha a presença de representantes das diversas câmaras que já funcionavam naquela época no Estado e com religiosos de várias vilas, o que já era uma revolução para um período de lideranças indicadas pelo príncipe regente Dom João VI. O eleito substituiu o militar Luiz do Rego Barreto, o último português que governou Pernambuco, tendo sido imposto ao Estado logo após a Revolução Pernambucana de 1817. No ano de 1821, após um embate com os revolucionários da Junta de Goiana, o português ficou isolado e assinou a Convenção de Beberibe que abriu caminho para o processo eleitoral. Gervásio Pires tinha sido um dos negociadores enviados pelo próprio Luiz do Rego para se chegar a um acordo que encerraria os dias do governador português em Pernambuco. O militar, por sinal, ficou no Estado até a data dessa eleição, partindo para Lisboa após a escolha do novo governante. Descendente de portugueses, Gervásio Pires nasceu no Recife, viajou para estudar em Portugal e se tornou comerciante, a princípio em Coimbra e depois de volta à Pernambuco. No Recife, ele participou ativamente da Revolução Pernambucana de 1817, sofrendo as consequências após a derrota justamente para Luiz do Rego Barreto, enviado na época para reprimir o movimento. "Gervásio Pires foi designado presidente do Erário, em substituição a Cruz Cabugá, e eleito para o conselho de governo ao lado de Morais Silva e de Antônio Carlos de Andrada e Silva. Durante as rebeliões que sucederam, Gervásio foi preso e enviado para a Bahia, onde permaneceu durante quatro anos. Liberado pela anistia, concedida pela corte, voltou ao Recife. Decidido a não falar, só se comunicava através de bilhetes. Permaneceu cauteloso administrando os seus bens", afirma Dilva Frazão, no artigo Gervásio Pires Ferreira, Revolucionário brasileiro. Em 1821, após eleito, governou pernambuco por quase um ano apenas. Naquele momento havia uma disputa no País entre aqueles que defendiam a ligação com Portugal e aqueles que estavam ao lado de Dom Pedro I no movimento independentista, que foi deflagrado quase um ano depois, em 7 de setembro de 2021. Na prática, Pernambuco já estava livre de Portugal desde a assinatura da Convenção de Beberibe em 5 de outubro de 1821 e consolidara o governo eleito localmente em 26 de outubro. Durante a sua gestão, Gervásio Pires não se posiciona em favor de um lado ou outro, criando uma certa insatisfação em ambas as correntes da época. O historiador George Cabral, presidente do Instituto Histórico de Olinda, considera que ele foi uma liderança em favor dos interesses de Pernambuco não foi plenamente compreendida. "O desejo de Gervásio era que a autonomia política e administrativa de Pernambuco ficasse garantida em um texto constitucional respeitado pelos poderes. Nesse sentido, relutou em aderir ao chamado do príncipe Pedro de Alcântara (futuro Pedro I), porque acreditava que as Cortes de Lisboa poderiam garantir uma melhor situação de autonomia para Pernambuco. Essa percepção de Gervásio foi vista pelos seus críticos como uma forma de indecisão, ou mesmo de covardia. Depois de quase um ano de governo, em agosto de 1822, ficou claro para Gervásio que as Cortes de Lisboa pretendiam anular os avanços concedidos ao Brasil durante a presença de Dom João VI, o que significava reduzir o papel das províncias brasileiras a meras colônias novamente. Ele então aderiu ao Rio de Janeiro, mas já era tarde demais. A incompreensão sobre o jogo político que se desenhava na triangulação Lisboa – Recife – Rio de Janeiro e os ressentimentos de senhores de engenho e parte das tropas levaram à deposição da Junta de Gervásio em setembro de 1822", afirmou George Cabral. Gervásio foi eleito como presidente da então Junta Provisória do Governo de Pernambuco. Integravam essa junta ainda: Felippe Nery Ferreira, Bento José da Costa, Antônio José Victoriano Borges, Joaquim José de Miranda, Manoel Inácio de Carvalho e Laurentino Antônio Moreira de Carvalho, esse como secretário. Gervásio leva um golpe quase um ano após o início do seu mandato, quando passa a governar o Estado a Junta dos Matutos, um nome em referência às origens rurais dos seus componentes. "Com o Grito do Ipiranga em 7 de setembro de 1822, o movimento pró-José Bonifácio ganhou força entre as importantes famílias pernambucanas Albuquerque e Cavalcanti e, com a ajuda da força militar carioca, o governo de Gervásio foi derrubado no dia 16. Uma nova junta foi criada, e com o passar do tempo apelidada de Governo dos Matutos por ter em sua formação apenas proprietários rurais e nenhum comerciante urbano. O acontecimento marcou a adesão oficial de Pernambuco ao projeto de independência brasileiro", afirmou Marcus Carvalho, no artigo Golpe e formação da Junta dos Matutos - Pernambuco. Após a queda do seu governo e passar um novo período preso, Gervário volta a participar da vida política estadual como deputado e posteriormente como conselheiro do governo provincial. Ele vem a falecer em 1836, no Recife. Seu sepultamento ocorreu na Igreja Nossa Senhora do Rosário da Boa Vista. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) . . REFERÊNCIAS CARVALHO, Marcus J. M. de. O Outro Lado da Independência: Quilombolas, Negros e Pardos em Pernambuco (Brazil), 1817-23. Luso-brazilian Review, v. 43, n. 1, p.1-30. Disponível em: <https://www.jstor.org/stable/4490641?amp;read-now=1&seq=24&seq=22#page_scan_tab_contents>. Acesso em: 14 jul. 2019. DANTAS, Rafael. 1821: Como Pernambuco se libertou de Portugal antes do Brasil? Revista Algomais, Recife. 5 de outubro de 2021. Disponível em: <https://revista.algomais.com/cultura/1821-como-pernambuco-se-libertou-de-portugal-antes-do-brasil>. Acesso em: 15 de outubro de 2021. FRAZÃO, Diva. Gervásio Pires Ferreia. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/gervasio_pires_ferreira/>. Acesso em 20 de outubro de 2021.

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Sexta tem estreia nacional de Violivoz no Teatro Guararapes

Duas vozes e dois violões de épocas diferentes, mas com raízes muito parecidas. Sertanejos de estados vizinhos, o pernambucano Geraldo Azevedo e o paraibano Chico César trazem o acento nordestino em seus cancioneiros, que se misturam pela primeira vez no show "Violivoz". Mais que uma cantoria, o novo projeto é um grande encontro desses dois cantautores da música brasileira. A estreia da turnê, adiada em mais de um ano por conta da pandemia da Covid-19, agora tem data certa para acontecer: dia 29 de outubro, no Recife, marcando a retomada dos espetáculos no Teatro Guararapes - para então seguir pelas principais capitais brasileiras. "Violivoz é mais que um show pra mim. É como se fosse uma espécie de portal em que entro para realizar meus sonhos de adolescente do sertão paraibano. Geraldo Azevedo é um mestre que me dá a oportunidade desse encontro", conta Chico. "Tão importante quanto tentar aprender algumas de suas canções, que o público de todo o Brasil canta aos brados, é observá-lo abrir-se para apreender as minhas e nos misturarmo-nos. A minha música deriva incondicionalmente da dele. Não seria de outra maneira", finaliza. A admiração e o respeito que Geraldo Azevedo e Chico César têm um pelo outro tornam-se evidentes quando eles se encontram para tocar e falar de música. Os ensaios para a nova turnê têm sido de pura diversão e cumplicidade - o que, com certeza, vai se refletir no palco. "Tenho grande admiração por esse artista e por essa pessoa linda que é Chico César. Os primeiros encontros que tivemos para os ensaios foram surpreendentes e eu confirmei o grande músico que ele é. Nossa interação no palco vai ser fantástica, porque nós dois gostamos muito de tocar. Adoro a música de Chico e vejo que ele também tem uma relação muito grande com o meu trabalho", comenta Geraldo. BILHETES - Os ingressos podem ser adquiridos no site Eventim e na bilheteria do teatro. Os tíquetes comprados para a data inicial do espetáculo, 29 de maio de 2020, seguem válidos, sem necessidade de troca. O show atenderá às medidas de segurança estabelecidas pelo governo local e seguirá todos os protocolos em vigor na data de sua realização. Conforme decreto estadual, é obrigatório o uso de máscara e a apresentação do comprovante de vacinação com esquema vacinal completo (para 10% do público, apresentar certificado da 1a dose + PCR ou antígeno). SERVIÇO Geraldo Azevedo e Chico César em "Violivoz" Dia 29 de outubro (sexta-feira), às 21h Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco Informações: 81. 3182-8020 Ingressos: Plateia: R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia) Balcão: R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia) À venda no site Eventim e na bilheteria do teatro

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Segunda edição da Fiarc movimenta o mercado de arte e cultura em Olinda

Promover o fortalecimento da cultura e o trabalho de pequenos artesãos de várias regiões do Estado. Este é o objetivo da segunda edição da Feira Itinerante de Artesanato e Cultura (Fiarc), que acontece de 04 a 07 de novembro, na Praça do Carmo, em Olinda e que tem como homenageado este ano, Miguel Braga que coordenou o concurso Miss Pernambuco por mais de vinte anos. Miguel faleceu em maio desse ano, vítima da Covid-19. O evento contará com a presença da miss Pernambuco 2015, Sayonara Veras que é natural de Olinda. A entrada é gratuita e quem desejar pode contribuir levando dois quilos de alimentos não perecíveis que serão doados ao Núcleo de Apoio à Criança com Câncer ( Naac). De acordo com os organizadores do evento, Karlus Demétrius e Catharina Honório, a Fiarc terá mais de setenta expositores e um público circulante estimado em mais de 3.500 pessoas, nos quatro dias de feira, devendo movimentar algo próximo de R$ 800 mil. "Também teremos oficinas de artesanatos, palestras, arte popular e religiosa, espaço sustentável, praça de alimentação e área de brinquedos infláveis com Tablado conto e te conto, espaço para contadores de histórias e poetas. Nosso objetivo é sempre de incentivar a cultura e a leitura de crianças, jovens e adultos", informaram os empresários Karlus Demétrius da Conexão K e Catharina Honório da Diferentte, empresas responsáveis pelo evento. Ainda segundo Karlus Demétrius, a feira também contará com espaço para exposições de fotos de olinda e de bonecos gigantes, e seguirá toda a orientação, assim como os protocolos de higiene e sanitização, exigidos pelo Governo do Estado. Os interessados em adquirir estandes, podem obter mais informações pelo número: (81)99759-3939

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Narrativas Impuras marca o centenário do Modernismo brasileiro

Da Cepe Em alusão ao centenário do Modernismo no Brasil, comemorado em 2022, o selo Pernambuco, da Cepe Editora, publica Narrativas Impuras, livro de ensaios da professora da Universidade Federal de Minas Gerais Eneida Maria de Souza. A escritora é considerada uma das maiores autoridades em Mário de Andrade. O escritor é um dos principais nomes do movimento marcado pela Semana de Arte Moderna de 1922 e autor de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. A live de lançamento do livro será no próximo dia 27, com um bate-papo entre a autora, o editor do selo Pernambuco, Schneider Carpeggiani; e a crítica literária Heloísa Buarque. O encontro acontece às 19h30 no canal da Cepe no YouTube. Narrativas impuras terá ainda lançamento presencial em Belo Horizonte, no dia 6 de novembro, às 11h, quando a autora estará na Livraria Quixote autografando seu nono livro, o primeiro pela Cepe. "Conheço as publicações da editora e admito que a crítica brasileira está muito bem representada pela edição de obras como as de Silviano Santiago, Wander Miranda, Italo Moriconi, entre outros", diz a autora, que enaltece o cuidado com a edição, o requinte da diagramação, a seriedade dos editores e a produção do Pernambuco, jornal literário da Cepe, editado pelo jornalista Schneider Carpeggiani. "Os ensaios de Narrativas impuras não mostram apenas a leitura sempre aguçada - e crítica, no principal sentido do termo -, de Eneida Maria de Souza, mas também várias facetas de uma trajetória essencial no campo dos estudos literários e culturais, abordando a obra de escritores como Mário de Andrade, Silviano Santiago, J.M. Coetzee e Jorge Luiz Borges, mas também fotografias, acervos e filmes", ressalta o editor da Cepe, Diogo Guedes. A distribuição dos ensaios em tópicos independentes é coerente com a variedade de temas estudados na publicação, que é dividida em quatro partes. O livro reúne uma seleção do que há de mais representativo na produção da autora durante sua trajetória acadêmica nos últimos 20 anos. Motivada pela curiosidade intelectual, Eneida pautou-se pela diversidade de interesses, mas prestigiou as análises da obra de Mário de Andrade como abertura para futuras reflexões. As outras partes contemplam sua tendência ao trabalho crítico de cultura, abarcando vários assuntos, mas mantendo a posição de questionamento do lugar interdisciplinar da crítica literária. Os demais ensaios refletem pesquisas como a crítica biográfica, pela abordagem de autores como Silviano Santiago e seu lugar pioneiro na introdução da literatura de natureza autoficcional, o que, segundo Eneida, é igualmente encontrado na atividade crítica do escritor. A última parte conduz a leitura para sua experiência como defensora da crítica autobiográfica e biográfica, com a inserção do autor como peça importante das reflexões. A relação da escritora com a obra de Mário de Andrade corresponde à maior parte de suas pesquisas, iniciada com a tese de doutorado, defendida em 1982 na Universidade de Paris VII, sobre Macunaíma. O trabalho resultou no livro A pedra mágica do discurso (1988). No correr dos anos, a autora passou a se interessar pela análise da obra ensaística e pela correspondência do modernista com os amigos escritores de Minas Gerais e do Brasil. "Me sinto muito próxima do empenho de Mário de Andrade em valorizar a cultura popular em suas mais variadas formas. Meu livro contém, em grande parte, textos que analisam obras literárias e de outra ordem, em que são discutidas questões acerca da cultura popular", enfatiza. De acordo com a professora, a data de 2022 representa muito para a cultura brasileira no que se refere à comemoração e à revisão do modernismo. Eneida salienta que a publicação de Narrativas impuras, neste momento, corresponde a essa comemoração, não só por se sentir muito vinculada aos princípios do modernismo como à sua revisão crítica. Eneida Souza integra um projeto interinstitucional chamado Minas mundo e o cosmopolitismo brasileiro, que está sendo desenvolvido há um ano por pesquisadores do Rio, São Paulo, Campinas e a Universidade de Princeton. Ela explica que o objetivo do projeto é o de apontar o lugar pioneiro de Minas Gerais na discussão sobre a relação entre metrópole e província, no sentido de desconstruir lugares hegemônicos de produção de saberes, pelo deslocamento e a relatividade interpretativa. "Estamos todos empenhados nessa reflexão, sendo que há ensaios no livro que discutem essa situação. A necessidade também de retomar manifestações artísticas que fogem um pouco dos valores instituídos pelo cânone", diz. SOBRE A AUTORA Eneida Maria de Souza é professora titular e emérita da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora do CNPq. Autora, entre outros livros, de A pedra mágica do discurso, O século de Borges, Crítica cult, Pedro Nava, o risco da memória, Janelas indiscretas e Modernidade toda prosa, em coautoria com Marília Rothier Cardoso. É organizadora de Correspondência – Mário de Andrade & Henriqueta Lisboa, Prêmio Jabuti 2011. SERVIÇO Lançamento de Narrativas impuras Datas: Dia 27, às 19h30, live no canal da Cepe no Youtube, com a participação da autora, Eneida Maria de Souza; do editor do selo Pernambuco, Schneider Carpeggiani; e da crítica literária Heloísa Buarque. Dia 6 de novembro Narrativas impuras terá lançamento presencial em Belo Horizonte, às 11h, na Livraria Quixote Preço do livro: R$ 60,00 (livro impresso) e E-book: R$ 18,00

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Belchior é o tema da Sonora Coletiva de hoje

Da Fundaj Em outubro deste ano, o compositor e cantor cearense Belchior completaria 75 anos. Com uma das obras mais originais e instigantes da música popular brasileira, que nos legou canções clássicas como “Apenas um Rapaz Latino-Americano”, “Alucinação”, “Como os Nossos Pais”, “Velha Roupa Colorida”, “Coração Selvagem”, “Tudo Outra Vez”, “Galos, Noites e Quintais”, entre tantas, Belchior passou os últimos dez anos de sua vida recluso e praticamente como um andarilho. Longe dos holofotes do show business e da mídia, peregrinou pelo Uruguai e no Sul do país, onde faleceu em 2017. Lançar uma luz sobre os últimos anos desse artista ímpar da MPB levou a jornalista e escritora Chris Fuscaldo e o também jornalista e escritor Marcelo Bortoloti a trilharem os mesmos passos de Belchior e a escreverem o livro Viver é melhor que sonhar, lançado já durante a pandemia. O livro e a obra do compositor e cantor cearense serão abordados no próximo Sonora Coletiva, hoje (dia 21, quinta-feira), a partir das 19 horas. O bate-papo terá a participação mais que especial do músico pernambucano Juvenil Silva, que tem um projeto paralelo à sua carreira artística solo em torno da obra de Belchior, A Banda dos Corações Selvagens, criada em 2016. Segundo Chris Fuscaldo, o livro Viver é Melhor que Sonhar - Os últimos caminhos de Belchior (Ed. Sonora), escrito a quatro mãos com o também doutor em Literatura Marcelo Bortoloti, é um “road book e foi concebido enquanto seguíamos as paralelas que o artista percorreu e as pegadas que deixou”. Com ampla divulgação na mídia, o livro teve seus direitos vendidos para a Urca Filmes – que vai adaptar a história de Belchior para longa-metragem – e os autores assumiram a pesquisa na série “Procurando Belchior”, dirigida por Eduardo Albergaria e coprodução entre a Urca Filmes e o Canal Brasil. Com a participação especial de Juvenil Silva no bate-papo, o Sonora Coletiva terá a presença de um dos artistas mais profícuo da cena pós-Manguebeat no Recife. Com trabalho autoral que gerou os seus primeiros álbuns em mídias físicas e vários outros disponíveis nas plataformas digitais, além daqueles produzidos durante a pandemia e que podem ser adquiridos em suas redes sociais, Juvenil Silva lidera A Banda dos Corações Selvagens, criada ainda um ano antes da morte de Belchior. Com o projeto, Juvenil Silva já se apresentou no Recife e em outras cidades do país fazendo uma releitura original da obra do artista cearense com um groove mais roqueiro e psicodélico. SAIBA MAIS SONORA COLETIVA é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj. SERVIÇO LIVE – Belchior. Viver é melhor que sonhar SONORA COLETIVA conversa com CHRIS FUSCALDO Participação Especial de JUVENIL SILVA 21 OUTUBRO (quinta-feira) - 19h - Canal do multiHlab no YouTube Participações - Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto (Fundaj)

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Igarassu celebra os 200 anos da Revolução de 1821

Nesta semana a Comissão Organizadora e Executiva do Bicentenário da Junta Governativa de Goiana e da Convenção de Beberibe instalou um painel referente ao marco dos 200 anos da Revolução de 1821 na Câmara Municipal de Igarassu. O ato registra a participação da cidade, que na época era a Vila de Igaraçu, no Movimento Revolucionário. Lá a Junta Governativa de Goiana esteve sediada antes de fazer o cerco ao Recife e encerrar os dias de governo do português Luiz do Rego Barreto em Pernambuco um ano antes da Independência do Brasil. O historiador Josemir Camilo conta no artigo Igaraçu e a Revolução liberal de 1821 que: "Igaraçu sediou o Governo de Goiana, em 15 de setembro de 1821, para traçar uma linha de cerco entre Rio Doce e Beberibe. Cercado, também, pelo sul e oeste, o general capitulou e o presidente da Junta de Goiana convocou Luiz do Rego a mandar representantes para Beberibe, onde estavam estacionadas Junta e tropas. Aí, se deu, de 5 a 9 de outubro a Convenção de Beberibe, que pacificou a Província e obrigou o general Luiz do Rego a deixar o governo e voltar para Lisboa. Igaraçu se fez representar na Convenção, por Francisco Pedro Bandeira de Mello, enviado por sua Câmara, que assinou a ata da Convenção de Beberibe". A comissão é composta pelos Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano -IAHGP, Instituto Histórico de Olinda – IHO e o Instituto Histórico, Arqueológico e Geográfico de Goiana - IHAGGO. O próximo destino das celebrações programado pela comissão será a cidade de Vitória de Santo Antão, município que também participou do Movimento Revolucionário de 1821, para aplicar um outro painel. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Os versos de um Patriota

*Por Paulo Caldas Ao primeiro impulso, de passagem pelas páginas iniciais de "No espanto do verso”, o leitor por certo vai perceber que o título condiz fielmente com o conteúdo da verve de Ivan Patriota. Obediente ao que muitos definem como poesia de raiz, Patriota consegue guarnecer os padrões convencionais de métrica e rimas, ritmos e imagens, bem como acrescenta sentimentos nascidos do talento de um poeta nato. O zelo com os escritos motiva o autor a preparar um livro sério, colocando os poemas cada qual no seu canto e, em cada canto, as necessárias doses estéticas. São efeitos primorosos contidos nas décimas e sextilhas, motes e sonetos. No universo dos sonetos, ele celebra o belo nos versos de Partos: “A natureza parindo o seu rebento, nesse mundo não há nada mais lindo’’. O mesmo requinte repousa nas sextilhas, como na irreverente “Sem Nexo”: "Mas quando eu nascer de novo, uma coisa eu vou querer, pedir desculpas ao povo, que procurou entender, essas coisas que escrevi, mas que nem eu entendi, o que fiz o povo ler”. No escaninho dos motes mantém o tom glosando: “Já fiz de tudo na vida o que falta fazer mais?” “Eu ajudei a Moisés dividir o Mar Vermelho, já fui tenor sem parelho com voz de mil decibéis, no tempo dos coronéis trabalhei de capataz, namorei quando rapaz a tal bela adormecida, já fiz tudo na vida e o que me falta fazer mais?” No leque das décimas, vem o sopro natural da inspiração do poeta: “Eu não sei qual é o tanto, da minha felicidade, nem qual a intensidade, da força do seu encanto, mas uma coisa eu garanto, mesmo sem ter a medida, mas sabendo o quão querida, se faz para mim nesta estrada, eu não troco ela por nada, pois ela é quem me dá a vida". O livro apresenta o projeto visual de Bel Caldas, a produção da Editora Dialética e pode ser adquirido no site https://loja.editoradialetica.com/literatura-e-outros/no-espanto-do-verso-poesias *Paulo Caldas é Escritor

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Últimas semanas para conferir exposição Deuses Ocultos

A mostra “Deuses Ocultos” com obras do artista plástico David Alfonso entra nas suas últimas semanas na Arte Plural Galeria (APG), no bairro do Recife. Antes do encerramento, dia 30, ele participa de visitas guiadas à exposição, com um bate-papo interativo com o público. Na quinta-feira (21/9), às 17h30 e no sábado (23/10), às 14h30, o artista abordará o seu processo criativo pra a exposição, detalhando peculiaridades de cada obra e lembrando da inspiração que teve para criar as telas e desenhos que compõem a mostra. Deuses Ocultos reúne coloridas telas e trabalhos em preto e branco, nas quais o artista revela sua visão sobre divindades, mesclando o humano, a natureza e os animais. As visitas guiadas congregam até 20 pessoas e não há necessidade de agendamento. É recomendado, porém, chegar com antecedência para garantir a vaga, além da obrigatoriedade de serem seguidos os protocolos de segurança contra Covid-19. A APG fica na Rua da Moeda 140, Recife, no bairro do Recife. Telefone: (81) 3424-4431, e está aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Com curadoria da jornalista Olívia Mindêlo, “Deuses Ocultos” é a primeira exposição individual de David Alfonso, que já participou de diversas coletivas. “As pinturas dele são um chamado à contemplação e à descoberta. Evocando o gesto perdido de parar, ver e imaginar é que a obra desse artista cubano-pernambucano toma corpo; aliás, corpos”, ressalta ela.

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