Arquivos Cultura E História - Página 139 De 366 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Conexões Literárias destaca a importância da literatura na educação

A literatura é uma das grandes aliadas no processo de aprendizagem de crianças e adolescentes. Instrui, diverte e ajuda a despertar a curiosidade dos leitores do futuro. Para contribuir com o debate, hoje, dia 27, às 19h, o web programa mensal Conexões Literárias abordará o tema: Brincar e aprender: a literatura infantojuvenil hoje. Este encontro é uma realização da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), em parceria com a Secretaria de Cultura (Secult/PE). Participarão do bate-papo o escritor e poeta Fred Bellintani, autor do título A domadora de palíndromos (Cepe, 2020) e a professora, ensaísta e especialista em teoria da leitura, Eliana Yunes. Sobre o início de sua trajetória nas letras Bellintani diz que sempre gostou de escrever, mas sua história com a literatura infantil começou com o nascimento dos filhos. “Ao tê-los, lembrei-me de minha infância e do quanto eu gostava que me contassem histórias. Então, decidi contar histórias para eles, todas as noites, antes da hora de dormir. Um desafio e tanto, pois, no escuro, não tem como ler. As narrativas deveriam ser contadas de cor. Nessa hora, valia tudo: irmãos Grimm, Esopo, La Fontaine, Ziraldo, Cecília Meirelles, Clarice Lispector, mitologia grega, contos populares de Câmara Cascudo...e até as minhas criações! Que se tornaram frequentes e recorrentes”, conta. A Domadora de Palíndromos foi um desses contos inventados, de improviso, para embalar o sono dos filhos. Assim, o escritor mergulhou de cabeça no gênero. Bellintani enfatiza que seu processo criativo com a Domadora, por exemplo, se deu uma vez que se dedicou a escrever a história básica. Foi quando passou a preocupar-se com a forma, a olhar para a obra de modo racional e a iniciar seu processo de formatação. “Aí percebi a possibilidade de inserir pequenos conceitos de gramática e, poeta que sou, nasceu também a busca pelas rimas”, brinca. A professora Eliana Yunes enfatiza que a literatura é o recurso de linguagem que mostra que o mundo não é o que parece. “Há muito mais do que percebemos. E nos livros existe uma profundidade capaz de confortar nosso coração e iluminar nossa mente. Por isso, a literatura infantil é o caminho para abrir os olhos e ouvidos dos que estão começando na estrada que pode levar a uma vida pessoal e social mais justa e em paz”, diz. O projeto é uma iniciativa da Cepe, que em 2020 criou o Conexões bem no início da pandemia. Desde o começo a ideia sempre foi estimular a discussão sobre assuntos relevantes para a sociedade e reforçar a importância da democratização do acesso a conteúdos de natureza cultural e educativa. SERVIÇO Durante o chat será possível adquirir o título A domadora de palíndromos, basta apontar a câmera do celular para o QR Code ou acessar o link da loja virtual: cepe.com.br/lojacepe. Preço do livro: R$ 35,00

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Maldita lucidez (por Paulo Caldas)

Uma prosopopéia lúdica ou uma “loucura imaginosa’’, como diria Maximiano Campos ao folhear este "Vista encantada", composto pelo talento, em dose dupla, de Maria Elizabeth Freire e Fernando Gusmão. Personagens se destacam pela sublimação do insano. A narrativa transcorre com predominância na primeira pessoa, abraçada ao lúdico, ao uso da linguagem telúrica, sem, todavia, apelar para o artifício do escrever errado para certificar o dizer dos não letrados, um aspecto elogiável no labor de quem enfoca as artes dos grotões. Chama a atenção habilidade das conexões sutis, entrelaçadas, qual siamesas, entre as doidices de Guarda-roupa e Dido, o falar sofisticado de um ou de outro, contudo, confere exotismo e inibe autenticidade, quando aqui e ali é notada a ausência do coloquial na voz dos protagonistas. No entanto, tal pecado sucumbe à criatividade no tratamento dos "causos" nascidos da verve dos autores. Não obstante a perene insanidade, digressões históricas surgem no vai e vem, no sobe e desce da burrama, vislumbrando ainda caracteres geográficos, um misto de crendices de mãos dadas com o sagrado e o profano, além de aspectos sociológicos. Com prefácio da escritora Lourdes Rodrigues e projeto visual de Ricardo da Cunha Melam, o livro foi editado pela Nova Presença e impresso na Luci Artes Gráficas. Os exemplares podem ser adquiridos no www.amazon.com.br. *Paulo Caldas é Escritor

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Quilombo do Timbó: símbolo de patrimônio, arte e resistência

*Por Caio Mateus Pessoa, especial para Algomais "Os teus vales bravios outrora esconderam fugitivos de cor", esse trecho do hino de Garanhuns já mencionava em sua história os negros que habitavam na região. Na cidade há seis comunidades negras, entre elas o Quilombo do Timbó, localizado a 37 km da zona urbana. Esta comunidade é a menor de todas, mas é grande pelo seu valor cultural, histórico, artístico e com uma igreja singular que é patrimônio de Pernambuco. O Timbó também é ícone da resistência de lutas pela identidade e pelas suas terras. Ocupando 7 hectares, o quilombo possui ao todo 150 famílias, mas somente 50 estão regularizadas na demarcação de terras e encontram-se na penúltima etapa de titulação realizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (ITERPE). Os institutos apontam que o Quilombo do Timbó é a menor comunidade negra de Garanhuns. Além desta, ao todo existem outras cinco comunidades, as quais são: Castainho,Tigres, Estivas, Estrela e Carambirimba (em processo de reconhecimento). O surgimento do Timbó é datado por volta de 1650 a 1700, sendo um mocambo do Quilombo dos Palmares. Esse período se confunde muito com a história da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, pois segundo a história oral de moradores é a capela mais antiga de Garanhuns. Porém, sobre isto precisa de uma investigação arqueológica mais profunda para comprovar a data mencionada. De acordo com Janine Meneses, pesquisadora e historiadora, é possível afirmar por meio de documentos que a igreja já existia no século XIX. "Essa comunidade me chamou muito a atenção porque a partir da memória dos moradores e do relatório técnico de identificação e delimitação do INCRA sobre o Quilombo, a minha pesquisa identificou que seu fundador mítico, o angolano José Victorino da Conceição Anchieta, comprou suas terras em 1829, período distante da vigência do Quilombo dos Palmares. Hoje a propriedade compõe o trecho de Inhumas, Barriguda, Poço Comprido, Terra Preta e Timbó. No entanto, o padre João Pinto Teixeira tem relação com a demarcação do quilombo e provável relação econômica e social com Victorino, a ser revelada na minha tese de doutorado que está ainda em conclusão. Quando José Victorino morreu, em 1848, deixou no seu inventário a Igreja do Timbó, também na memória desses relatórios o angolano construiu a capela deixando as imagens de Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora da Conceição e Jesus. Além disso, existem alguns bens culturais que atestam essa longevidade que são: a casa de farinha, a igreja e o engenho. Portanto, toda essa sua conquista mantém a importância de José Victorino para toda a região de Garanhuns, Pernambuco, Brasil e para o mundo todo". A Igreja de N.Sra. de Nazaré tornou-se um símbolo não só de fé dos moradores do Timbó, mas de conexão com a memória afetiva que aquela capela causa naquelas pessoas. Um exemplo disso são várias mulheres daquela localidade que se chamam "Maria de Nazaré". A capela tem algumas particularidades como a construção de taipa (rústica), piso de terra batida, um cruzeiro de madeira, uma placa com inscrição de 23 cruzes datando 1700 e 1899, que são indícios de prováveis quilombolas enterrados naquele lugar, inclusive o José Victorino. Este e outros fatores foram fundamentais para a igreja tornar-se um patrimônio, como explica Nilson Cordeiro, historiador e relator do processo de tombamento da capela pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC). “O tipo de sepultamento naquela comunidade é única, pois há um sincretismo religioso do catolicismo popular com religiões de matrizes africanas, no qual ao redor da lápide é possível encontrar uma vegetação chamada de "crote", espécie de um lírio do brejo que é bastante comum naquela região e isso não se encontra em lugar algum. Também foi fundamental a preservação da igreja do Timbó como patrimônio material e imaterial devido ao seu valor singular de construção, bem como a identidade quilombola por meio de tradições orais quanto de pertencimento daquele lugar e como a igreja liga a vida de todos eles". O processo de tombamento foi iniciado em 1986 a pedido do prefeito da época, Ivo Amaral, mas só foi concluído em 18 de fevereiro de 2020 por meio de decreto do governador Paulo Câmara, no qual foi tombado como patrimônio de Pernambuco. O Quilombo No Timbó as famílias têm acesso a uma escola rural e um posto de saúde, mas ainda enfrentam alguns problemas como relata Emerson Araújo, líder do quilombo e coordenador estadual de políticas públicas negras. "A gente lutou bastante para poder conseguir educação e saúde. Precisamos ir até o poder público porque eles não vinham até aqui . Ainda estamos na luta por melhorias, pois precisamos ter melhor uma acessibilidade ao local, políticas afirmativas, cotas, emprego e sem falar também da regularização latifundiária. Porque tivemos problemas no início com os fazendeiros que não entendiam o processo de regularização fundiária, mas agora, depois de um processo de luta e conscientização, superamos os impasses e algumas ameaças. Os mesmos estão aguardando o pagamentos das terras no processo de desintrusão". A Comunidade é rica em manifestações culturais e em diversas artes. É possível encontrar artesãos como mestre Mauro e Mestre Fida, esse é escultor de peças de madeira no qual suas artes estão espalhadas pelo Brasil e são expostas na Fenearte. Na música tem a tradição do coco com o mestre Juarez , que já se apresentou em diversos eventos ,como o Festival de Inverno de Garanhuns. Ainda no Timbó tem artistas e pessoas que preservam a tradição na cultura popular como: mamulengueiro, ceramistas, benzedeiras e parteiras. O sincretismo religioso é bastante presente na comunidade onde é possível verificar algumas particularidades. Começando pela igreja que tem a cor azul e comemora a festa de Nossa Senhora de Nazaré que na Umbanda e no Candomblé é representada por Iemanjá. A data comemorada no quilombo é diferente da Igreja Católica, começa a partir de 24 de janeiro e vai até 2 de fevereiro, período também celebrado em homenagem a este

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Centeránio do econonomista Celso Furtado é tema de live na Fundaj

Na próxima terça-feira, dia 27 de julho, às 18 horas, a COLETIVA, revista eletrônica de difusão científica e cultural do ProfSocio/Fundaj, promoverá uma live com a jornalista e tradutora Rosa Freire D’Aguiar, viúva e curadora da obra de Celso Furtado. O tema será a obra do economista e a sua atualidade a partir de dois livros organizados pela convidada nos últimos dois anos com documentos inéditos: Diários Intermitentes (2019) e Correspondência Intelectual (2021), ambos pela Companhia das Letras. A live terá a participação especial do economista Alexandre Barbosa, professor Livre-Docente de História Econômica e Economia Brasileira/Internacional do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), da Universidade de São Paulo (USP). Alexandre Barbosa também é coordenador do Núcleo Temático “Repensando o Desenvolvimento”, do LabIEB-USP, e um dos mais importantes estudiosos da obra de Celso Furtado. O bate-papo será mediado pelo cientista político e pesquisador Túlio Velho Barreto (Fundaj). Em entrevista ao Museu de Astronomia e Ciências Afins, Rosa Freire D’Aguiar chamou a atenção para a vasta obra de Celso Furtado e sua atualidade: “Ele deixou mais de 30 livros escritos. Eu diria que desses, talvez a metade mantenha uma impressionante atualidade. Celso não escrevia, digamos, muito voltado para a atualidade, mas num nível um pouco mais teórico, mais abrangente. Ele navegou por várias outras disciplinas das Ciências Sociais. Escreveu muito sobre a Cultura e sobre a História, a primeira paixão da vida dele. Ele tinha uma cabeça muito interdisciplinar e escrevia sobre vários problemas, sempre vistos de vários ângulos. Era um pouco a marca da reflexão dele”, conclui a jornalista e tradutora. Para Túlio Velho Barreto, “decidimos realizar a live nesse momento para marcar o encerramento das comemorações do centenário de Celso Furtado, que nasceu em 26 de julho de 1920. De certa forma, o lançamento dos seus Diários, em 2019, e, mais recentemente, de suas Correspondências, ambos os livros organizados pela Rosa Freire D’Aguiar, marcaram, respectivamente, a abertura e o encerramento do centenário de um dos mais importantes e brilhantes intelectuais e dirigentes políticos do país”. Para ele, “a Fundaj, até por estar sediada no Nordeste, região em que Celso nasceu e para qual dedicou parte de suas ações como intelectual, gestor e político, não poderia deixar de participar dessa efeméride”. Celso Furtado nasceu em 1920, em Pombal, Paraíba, e faleceu no Rio de Janeiro, em 2004. Foi economista da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), criou e dirigiu a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Foi ministro do Planejamento do governo João Goulart e, ao voltar do exílio, ministro da Cultura do governo José Sarney. Escreveu cerca de 30 livros sobre teoria, política e história econômicas, entre eles o clássico Formação econômica do Brasil. Sua obra vem sendo editada pela Companhia das Letras, que também publicou Criatividade e dependência, A economia latino-americana, Obra autobiográfica, além da coletânea Essencial Celso Furtado. SERVIÇO: LIVE – Centenário de Celso Furtado REVISTA COLETIVA | PROFSOCIO Os Diários e a Correspondência Intelectual de Celso Furtado num bate-papo com a jornalista e tradutora Rosa Freire D’Aguiar Participação especial: Alexandre Barbosa, IEB-USP Mediação: Túlio Velho Barreto, ProfSocio/Fundaj 27 de Julho (terça-feira) 18h (Hora de Brasília) Canal do MultiHlab | Youtube

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8 fotos e um passeio pela Praça da Independência antigamente

Neste mês foi lançado o artigo "O processo de modernização no bairro de Santo Antônio na primeira metade do Século xx: o caso da Praça da Independência", na publicação científica Revista Mosaico. De autoria de Gleicielly Barros e Mariana Zerbone Alves de Albuquerque, o texto analisa "os processos de mudança empreendidos na malha urbana do Bairro de Santo Antônio, tomando a longeva Praça da Independência, conhecida por Pracinha do Diário, como referencial principal". As pesquisadoras analisam as reformas modernizantes, que foram realizadas na primeira metade do século XX e as tensões que sobrevieram do convívio com a modernidade, que pairava na cidade do Recife dos anos 1900-50. Trazemos hoje as imagens publicadas neste artigo, que pode ser lido na íntegra no link: "O processo de modernização no bairro de Santo Antônio na primeira metade do Século xx: o caso da Praça da Independência" "De todas as transformações pelas quais o Bairro de Santo Antônio, no centro da cidade do Recife, passou, até os dias de hoje, a Praça da Independência é fiel testemunha. É a primeira praça do Bairro de Santo Antônio, que constitui, juntamente aos do Recife e São José, o núcleo primitivo da cidade, construída em razão de uma cacimba de utilidade pública, ainda na Cidade Maurícia. No decorrer do tempo, a praça, enquanto espaço que é produto da ação humana, sofreu mutações na sua forma física, no seu uso e no seu nome, inclusive de acordo com as conjunturas social e política da cidade", destacaram as autoras no artigo. Esquina da Praça da Independência com a Avenida 10 de Novembro (atual Avenida Guararapes), 1903 Fonte: Morrison (2006). . Postal de 1916 da Praça da Independência, com o edifício do Diário de Pernambuco à direita Fonte: BRASIL, Villa Digital/Fundação Joaquim Nabuco. Acesso em: 4 jul. 2020. . Postal de 1942. Edifício de Diário de Pernambuco após a reforma de 1913, que lhe conferiu mais um pavimento e um relógio-carrilhão Fonte: Ribeiro (2014). . Novos Sobrados na Avenida 10 de Novembro, década de 1910 Fonte: BRASIL, Villa Digital/Fundação Joaquim Nabuco. . Arranha-céu da Praça do Diário, 1930 Fonte: RECIFE DE ANTIGAMENTE. Acesso em: 6 mar. 2020 . Zeppelin sobre o Diario de Pernambuco Fonte: Lima (2017) . Tomada de frente ao Diário de Pernambuco em 1910, aparente no canto direito A parte esquerda da foto mostra o quarteirão que separava a Praça da Independência da Matriz de Santo Antônio, visível ao fundo. Fonte: BRASIL, Villa Digital/Fundação Joaquim Nabuco. . Obras na Praça da Independência em 1974 Fonte: Goethe (2015). . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)    

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Projeto fotográfico "Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar" capacita alunos e professores

O colorido da região do Vale do Vale do Siriji, tão evidente no azul do céu, na vibração do pôr do sol, nas frutas dos projetos irrigados, é um dos atrativos para os amantes da fotografia, que têm a região como um dos principais-cartões postais da natureza no interior de Pernambuco. Todo esse cenário faz parte do projeto fotográfico "Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar", que está sendo realizado em cidades da Mata Norte e do Agreste Setentrional pernambucano, de forma presencial, respeitando todos os protocolos sanitários contra a covid-19. A ação acontece com o objetivo de capacitar alunos e professores de escolas públicas para o registro, preservação, memória e salvaguarda dos bens patrimoniais dos municípios construídos no em torno do Rio Siriji, utilizando-se das tecnologias das próprias câmeras de aparelho celular. Com nascente localizada em Jussaral, na Fazenda Condado, no município de São Vicente Férrer, o Vale do Siriji, conta com uma extensão de 74 km, que corta os municípios de Vicência, Aliança, e deságua no rio Capibaribe-Mirim, que fica próximo aos Engenhos Bonito e Santa Rita, na cidade de Condado. Ao longo do percurso, o rio também recebe águas de outros afluentes, localizados em outros municípios da região, como Bom Jardim, Buenos Aires e Timbaúba. Durante o século XIX e XX, o rio foi responsável pelo escoamento da produção açucareira e cafeeira, entre os municípios da região. Apesar de sua importância para economia e desenvolvimento local da época, o rio encontra-se em um grave problema ambiental, com descarte irregular de lixos, esgotos e mortandade de peixes e toda a vegetação que compõem sua paisagem, além de ter a correnteza interrompida, em alguns trechos. A falta de uma política pública entre poder público, sociedade e entidades ambientais, de forma mais enérgica, pode levar a extinção, do pouco que resta do rio. “O projeto, que conta com fundamentos teóricos e práticos da fotografia, busca ser um espaço para fomentar o debate social, cultural e ambiental, por meio da diversidade de olhares, além de estimular novos talentos” explica o historiador, mestre em Educação pela Universidade de Pernambuco (UPE) e coordenador do projeto, Uenes Gomes. Como resultado, além do curso, haverá a publicação de um catálogo e montagem de uma exposição pública com os retratos feitos pelos professores e estudantes. Alguns dos trabalhos serão expostos na página do projeto no Instagram: @engenhosdosiriji. São parceiros do curso a Biblioteca Pública Municipal Doutor Aluízio Inojosa, localizada em São Vicente, e o Museu Comunitário Poço Comprido, localizado na Zona Rural de Vicência, locais onde estão sendo realizadas as formações teóricas. O curso de fotografia “Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar” é realizado com incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura; e apoio da Fundarpe e Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE). Serviço O quê: Projeto fotográfico "Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar" capacita alunos e professores de escolas públicas do interior de Pernambuco Onde: Biblioteca Pública Municipal Doutor Aluízio Inojosa, localizada em São Vicente, e o Museu Comunitário Poço Comprido, localizado na Zona Rural de Vicência.

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Mercado Eufrásio Barbosa reabre galeria com a exposição Ascensão

Ascensão inaugura hoje (21), no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, propondo um debate sobre as construções sociais e elementos que constituem a formação do povo brasileiro. A exposição, que ocupa a galeria 1 do Centro Cultural conta com obras da artista Lia Letícia, e foi fruto do edital de chamamento público divulgado pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – AD Diper, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. Além da possibilidade de expor no espaço, a artista recebe o incentivo de R$8 mil pela seleção. Ao todo, três obras compõem a amostra: Ascenção, uma série de 05 fotografias; Essa terra tem dono, uma escultura de cerâmica e alumínio; e a vídeoperformance Queda. Elas fazem parte de uma pesquisa e atuação artística que pensa sobre as questões de raça, classe e colonialidade. Onde a artista propõe fricções entre construções sociais e questões raciais. Elencando, por um lado, visualidades que agem dentro de um protocolo social demarcador de classe e, por outro lado, o confronto através de uma ruptura simbólica material. Ascensão age como uma fábula que expõe rotas possíveis de um futuro que tem sido rompido. Lia Letícia - Natural de Viamão, no Rio Grande do Sul, foi em Olinda, quando se mudou há mais de 25 anos, que Lia começou a explorar pintura em diversos suportes, incluindo o audiovisual e passou a investigar as relações entre ele e a performance. Além de escrever e dirigir seus próprios filmes, trabalha como diretora de arte. Seus trabalhos transitam entre festivais de cinema e exposições de arte, multiplica esta experiência através de ações como o Cinecão ou como artista educadora em projetos de experimentação audiovisual, como a Escola Engenho. Também colabora como diretora e montadora em trabalhos de artistas visuais, coordena coletivamente projetos da Galeria Maumau e faz parte do CARNI- Coletivo de Arte Negra e Indígena. Atualmente finaliza uma videoarte, co-roteiriza e co-dirige a segunda temporada da série Brasil Visual e prepara exposição solo no Rio de Janeiro/RJ. Serviço: Exposição: Ascenção, de Lia Letícia Galeria 1 Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa Abertura: 21 de julho, às 19h Visitação: de terça a domingo, das 9h às 17h Entre 21 de julho a 21 de outubro

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Paulo Gustavo lança livro que incentiva a ler Proust

Alguns escritores são tão revolucionários na linguagem e na construção da sua obra, que muitas vezes, causam um certo estranhamento nos leitores. É o caso dos geniais João Guimarães Rosa, James Joyce e Marcel Proust. Para aqueles que quiserem se aventurar na obra mais icônica desse último, a boa notícia é que, agora, podem contar com o auxílio luxuoso do poeta e ensaísta Paulo Gustavo. Ele acaba de lançar Acordar para Proust, uma breve iniciação a Em Busca do Tempo Perdido. Mais que um especialista ou apreciador do escritor francês, Gustavo é um verdadeiro devoto proustiano, e munido desse encantamento, guia o leitor a descobrir todas as joias desse que é considerado uma das produções fundadoras do romance moderno. Essa trajetória à Busca – complexa e monumental, composta por sete volumes – é realizada de maneira muito prazerosa. O texto sedutor de Paulo Gustavo é destituído de afetações eruditas e para ilustrar as suas explicações ele lança mão desde cenas de filmes de Woody Allen a citações de Trotsky e Guimarães Rosa. Depois de lê-lo, a vontade que dá é de aproveitar as comemorações dos 150 anos de Marcel Proust e se lançar na leitura desse clássico.

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Cepe lança campanha de valorização da arte de Miró da Muribeca

A partir de hoje (20), a Cepe Editora lança campanha para estimular a leitura da obra de Miró da Muribeca, um dos nomes de referência da poesia urbana brasileira. Intitulada #LeiaMiró, a ação contempla dois combos exclusivos com a produção do poeta pernambucano João Flávio Cordeiro da Silva, que estarão disponíveis para venda em edição limitada. No combo O Poeta Resiste vem um livro para o público adulto (Miró até agora, Cepe-2016), um livro infantil (Atchim!, Cepe-2019) e um pôster de tamanho A4 com um poema do artista. O combo Coração na Parede é formado por dez pôsteres de tamanho A3, cada um estampado com um verso. Todos os cartazes trazem a assinatura de Miró. De acordo com a gerente de Marketing da Cepe, Giselle Melo, a proposta da campanha é valorizar o trabalho de Miró. “Ele é nosso parceiro e somos admiradores da sua arte. Com os pôsteres, estamos ajudando a levar a poesia desse importante artista de rua para dentro da casa das pessoas”, diz Giselle Melo. A ação é válida enquanto durar o estoque nas lojas físicas e online. “Um dos poetas urbanos mais importantes do Brasil, Miró faz sua poesia circular de diversas formas, em recitais, livros, edições artesanais, envelopes e vídeos. Os cartazes com versos de Miró são mais uma forma de destacar a força e o impacto da sua poesia, uma poesia contaminada pela pulsão da vida e pela cidade”, destaca o jornalista e editor da Cepe, Diogo Guedes. Nem todos os versos escolhidos para estampar os cartazes são encontrados em livros, informa o escritor e editor Wellington de Melo, que participou da seleção dos poemas com Miró. O registro está sendo feito agora, com os pôsteres. Apesar dos efeitos colaterais, o amor ainda é o melhor remédio, é um exemplo. “Esse é um poema clássico de Miró, que circula sem a devida citação ao seu nome”, observa Wellington de Melo. “A obra de Miró é muito rápida e tem um poder de comunicação grande, a publicação em formato de pôster, uma prática que ele tinha nos anos 1980, divulgando poemas em cartão-postal, resgata essa conexão”, afirma Wellington de Melo. “O cartaz é um meio de comunicação rápido e tem caráter urbano, dialoga com a obra de Miró, uma arte de rua”, ressalta. Serviço Lançamento da campanha #LeiaMiró Quando: 20/07 Duração: Até acabar o estoque Combos O Poeta Resiste: Miró até agora, Atchim! e pôster (A4) Onde comprar: Loja virtual e lojas físicas da Cepe no Mercado Eufrásio Barbosa (Varadouro, Olinda), no Centro de Artesanato de Pernambuco (Bairro do Recife) e na sede (Santo Amaro, Centro do Recife) Valor - R$ 50 Coração na Parede: Volume com 10 pôsteres (A3) Onde comprar: Apenas nas lojas Cepe do Mercado Eufrásio Barbosa (Varadouro, Olinda) e Tarcísio Pereira (Centro de Artesanato de Pernambuco, Bairro do Recife) Valor: R$ 99,90

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Tour rural do engenho Sanhaçu é opção para férias de julho

O Engenho Sanhaçu, na Zona Rural de Chã Grande, município distante 15 km de Gravatá, no interior de Pernambuco, ampliou os dias de visitação neste período das férias de julho. A programação especial, que oferece tour rural, é voltada para toda família. No espaço, o visitante passa a conhecer a produção dos produtos orgânicos do grupo como cachaça, açúcar mascavo, rapadura e mel de engenho. O local dispõe de atrativos para o público infantil como balanços na área de proteção ambiental e amarelinha, uma das brincadeiras mais preferidas pelos pequenos. Quando se fala em doce, impossível não ter semelhança com as crianças, durante o passeio elas podem degustar rapadura e mel de engenho, por exemplo. Além dessas mesmas degustações, o público adulto pode degustar outros produtos. “A sanhaçu conta também com espaço pet friendly, onde crianças podem trazer seus pets e desfrutar de toda área rural, pois afinal os bichos adoram”, adianta Elk Barreto, diretora do grupo. Diante das restrições causadas pela pandemia, Elk reforça a importância do distanciamento social. “Para a visitação é necessário que os visitantes utilizem máscaras e respeitem as medidas de segurança estabelecidas pelas organizações sanitárias de saúde”, acrescenta. A rota, que já faz parte do turismo rural de Pernambuco, inclui tour rural e pedagógico, onde além de conhecer todas as etapas de fabricação dos produtos do Engenho, o visitante volta para casa com a degustação da Sanhaçu na lojinha, que dispõe mais de 30 produtos da marca com preço de fábrica. Para mais informações, agendamentos e dúvidas, a Sanhaçu atende pelo telefone: (81) 9 9226.6474. Criança de até 10 anos não paga. A adesão aos adultos é de R$17,00.

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