Arquivos Cultura E História - Página 141 De 372 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Empório Pernambucano homenageia Paulo Freire com evento no dia 19

O Empório Pernambucano abre as portas de uma maneira especial neste domingo (19/09), celebrando o centenário de Paulo Freire. Além de encontrar produtos gastronômicos e artesanais, o público do estabelecimento poderá conferir um evento cultural inspirado no educador pernambucano. A partir das 15h, haverá uma roda de diálogo embaixo da mangueira com participação dos professores Rozélia Bezerra (do Departamento de História UFRPE) e Silvio Cadena (UFRPE). Na ocasião também será inaugurada uma placa comemorativa do centenário de Paulo Freire. "Nosso objetivo é fazer uma singela homenagem a nosso vizinho ilustre, e discutir/celebrar o seu legado", afirmam Laysa Lima e Igor Alves, proprietários do Empório Pernambucano. A empresa faz uma ponte entre os consumidores recifenses e os produtores de várias partes do interior nordestino. Com suas andanças por diversos lugares, Laysa e Igor reúnem produtos como o queijo coalho de Seu Romildo de Venturosa, eleito o melhor de Pernambuco (2017 e 2018), e o queijo de manteiga feito por Dona Gertrudes no sertão do Seridó (RN), bi-campeão do Nordeste. Também são encontrados produtos como o alfenin de Agrestina, café orgânico de Triunfo, as linguiças artesanais de Sanharó, carne de sol de Cachoeirinha e ovos de capoeira de Moreno, entre outros. Pela página do Empório Pernambucano no site Delivery Direto, é possível contribuir financeiramente para a realização do evento. SERVIÇO Um Vizinho Ilustre Homenagem ao Centenário de Paulo Freire no Empório Pernambucano Data: 19 de Setembro, Domingo. Horário: Das 15h às 20h Local: Estrada do Encanamento, 675, Casa Forte Informações: 97914-3028 https://www.instagram.com/emporiopernambucano

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Deuses Ocultos com visitas guiadas gratuitas esta semana

O artista plástico David Alfonso fala sobre seu processo criativo para a construção da mostra “Deuses Ocultos” nesta quinta-feira (16/9) e no sábado (18/09), na Arte Plural Galeria. As visitas guiadas, com grupos de até 20 pessoas, não exigem agendamento, mas é recomendado chegar com antecedência para garantir a vaga, além da obrigatoriedade de serem seguidos os protocolos de segurança contra Covid-19. Os horários variam: na quinta-feira, às 17h30; e no sábado às 14h30. Nas duas oportunidades o artista fará um passeio pela exposição, abordando detalhes das obras e de como surgiu inspiração para criar as telas e desenhos que compõem a mostra. São telas coloridas e em preto e branco, nas quais o artista revela sua visão sobre divindades, mesclando o humano, a natureza e os animais. A exposição está em cartaz até o dia 30 de outubro. A APG fica na Rua da Moeda 140, Recife, no bairro do Recife. Telefone: (81) 3424-4431, e está aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Com curadoria da jornalista Olívia Mindêlo, “Deuses Ocultos” é a primeira exposição individual de David Alfonso, que já participou de diversas coletivas. “As pinturas dele são um chamado à contemplação e à descoberta. Evocando o gesto perdido de parar, ver e imaginar é que a obra desse artista cubano-pernambucano toma corpo; aliás, corpos”, ressalta ela.

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Poesia Real (por Paulo Caldas)

*Paulo Caldas O olhar poético, ora intimista ora universal, da escritora e pianista Raquel Lopes perpassa temas cotidianos em cenários que exibem dramas sociais e críticas contidas em recados diretos. Vislumbra afetos e afagos em quadras amorosas e acompanha o girar do tempo em torno de reflexões múltiplas, nutridas por emoções e sentimentos libertos. Noutros momentos, contempla a musicalidade dos tons, sequências rítmicas, cacoetes sonoros incorporados pela lida da poesia com o tocar suave do piano de Raquel. Há juventude na atmosfera do livro, em 85 páginas de textos de prosa quase verso, despidos da rigidez comuns às fórmulas convencionais. Poesia Real, Edição do Autor, tem o projeto visual assinado por Leandro Rosevaldo e diagramação de Raquel Lopes. O exemplares podem ser adquiridos pelo e-mail: raquelpoeta@outlook.com *Paulo Caldas é escritor

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Frevo é mais que carnaval: é o encanto através dos passos

Ruas animadas, roupas coloridas, marchinhas aceleradas, pulos no ar e sombrinhas. Esses elementos fizeram você lembrar de algo, não foi? Todo pernambucano e, até brasileiro, conhece o frevo, dança típica pernambucana. Famosa e difundida principalmente no Carnaval, ela surgiu em Pernambuco entre os séculos XIX e XX, sendo instituída primeiro como um ritmo carnavalesco. Desde então, ela não largou o pé – e nem o coração – das pessoas. Experiência apaixonante Essa paixão também comoveu logo cedo a bibliotecária do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), Joana Lima. “Comecei a aprender com quatro anos de idade. Morava numa avenida central do Recife e, por lá, passavam troças carnavalescas. Fui crescendo e vendo tudo isso. Quando tinha idade suficiente, ingressei na turma infantil do Balé Popular do Recife, com a professora Ana Madureira”, contou. A partir daí, Joana ingressou no mundo da dança e vivenciou experiências incríveis, tudo a partir do frevo. “Desfilei por dez anos no Clube Carnavalesco Misto Elefante de Olinda e, já adolescente, comecei a dançar profissionalmente na Cia Forrobodó de Dança Tradicional e no Balé Popular do Recife. Sobre dançar Frevo, um evento que me marcou demais, foi a inauguração do Macau Fisherman's Wharf, em Macau, na China, pois cheguei lá com o pé esquerdo engessado. Me recuperei durante os dias de ensaio e, na data marcada para o grande evento, consegui dançar representando o Brasil e toda a América do Sul! Foi lindo e inesquecível”, relembrou Joana Lima, que também é presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia da 4ª região de Pernambuco e Alagoas. História e cultura O frevo é muito diversificado e cheio de história e cultura. Ele nasceu através dos passos de capoeira, em pleno Carnaval, e só foi nomeado em 1908, pelo Jornal Pequeno. As marchinhas são compostas apenas de banda, sem letras, e seus passos são variados, com rodopios, giros, malabarismos e muito improviso. Muita gente não sabe mas, além disso, existem três tipos da dança. O frevo-de-rua, que é feito para dançar com notas agudas, o frevo-de-bloco, nascido das serenatas e tocado com violão e cavaquinho, e o frevo-canção, mais lento e cantado. “O frevo é a cara do Brasil! Pra mim, ele é literalmente o deixar-se ferver, é permitir-se efervescer. Apesar de não ser tão conhecido (ainda) mundo afora, ele representa o Brasil e a resistência do povo brasileiro. Nascido do jogo da capoeira, é através dos seus passos que a gente se confraterniza e se identifica como sendo um povo rico em coragem, em força e em vitalidade”, explicou Joana. Legado Sendo Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a dança é motivo de orgulho para os pernambucanos. Afinal, tendo nascido na região, difundido pelo Carnaval em Olinda e muito praticado Brasil afora, o frevo é exemplo da união de culturas históricas, representação de antepassados e amor pelo ritmo brasileiro. E o papel da sociedade em tudo isso? O de valorizar e respeitar dançarinos e a dança não só no Carnaval, mas também o ano todo. “Nossa identidade cultural se mistura com a história do frevo. Defendê-lo é um papel nosso, já que somos privilegiados por podermos ostentar um patrimônio imaterial da humanidade. O ensino do frevo e dos nossos folguedos populares oportuniza a confraternização social indistintamente, já que o ritmo é mais que convidativo. A força musical, a riqueza dos movimentos (são mais de duzentos passos catalogados e outros tantos que surgem como variações destes), o produto dos arrastões do frevo seja ele de rua, de bloco ou canção dizem tudo! O título é merecido e deve ser perpétuo!”, salientou a bibliotecária e dançarina.

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Nova Ocupação do Itaú Cultural é dedicada ao centenário do educador Paulo Freire

Complementa a Ocupação, uma publicação impressa com artigos, depoimentos e entrevistas de convidados representantes de diferentes áreas de conhecimento e expressão, como saúde, segurança, música, teatro, fotografia, arquitetura, inclusão, educação e sua internacionalização. A arte-educadora Ana Mae Barbosa; Ilse Schimpf-Herken, fundadora e diretora do Instituto Paulo Freire em Berlim, na Alemanha; Eymard Vasconcelos, pioneiro na pesquisa e na prática da educação popular na saúde, e André François, fotógrafo e fundador da ImageMagica, entre outros, contam como têm relacionado o seu trabalho aos saberes apreendidos de Freire. No site www.itaucultural.org.br/ocupacao estão disponíveis parte do material exibido na mostra e conteúdos exclusivos. A curadoria é dos Núcleos de Audiovisual e Literatura e de Educação e Relacionamento. Com expografia assinada por Thereza Faria, a mostra ocupa toda a sala Multiuso, no piso 2 da instituição. Ela acompanha a trajetória de Freire, desde o nascimento, em 1921, passa pelo desenvolvimento do seu método de alfabetização – que, implantado em Angicos (RN) acabou ganhando dimensão internacional – e o segue nos diferentes países onde viveu, durante o exílio forçado pelo período militar, até seu retorno e atuação no Brasil, onde morreu em 1997. Trata-se da 53ª mostra da série Ocupação realizada no Itaú Cultural, desde 2009 com o objetivo de fomentar o diálogo da nova geração de artistas e intelectuais com os criadores que a influenciaram. Ocupação Paulo Freire começou a ser planejada há mais de dois anos. Devido à pandemia, acabou tendo a sua produção realizada inteiramente on-line. Ainda, a mostra integra a rede de instituições parceiras da 34ª Bienal de São Paulo. Exposição Uma animação com as páginas manuscritas de Pedagogia do Oprimido, o mais conhecido livro de Freire, abre o caminho para a exposição. Um mapa interativo, chamado Paulo Freire no mundo, a encerra. Ele mostra todos os lugares que o educador alcançou nos diversos continentes com a sua obra, o trabalho de alfabetização de adultos e o compartilhamento de saber e ideias sobre a educação. O educador chegou a mais de 30 países e a repercussão de suas propostas comporta mais de três dezenas de livros – 28 deles, pertencentes ao acervo do Itaú Cultural, estão em exibição em uma estante na mostra. Freire ainda foi merecedor de pelo menos 29 títulos Honoris Causa e foram realizadas dezenas de pesquisas sobre ele e sua obra, que também se desdobraram em Cátedras, Centros Acadêmicos, institutos e grupos de pesquisa. Homenagens e premiações como cidadão honorário, prêmios, medalhas, placas comemorativas de eventos, troféus, certificados diversos, condecoração e nomes de escolas, são outros dos reconhecimentos ao trabalho de Paulo Freire. Entre a animação e o mapa, a exposição se estende pelos 170 metros da sala Multiuso, dividida em quatro eixos – Formação, Angicos, Exílio e Retorno. No conjunto, apresenta cerca de 140 peças, entre 60 fotografias que registram Freire nas mais diversas situações e localidades no Brasil e no exterior, vídeos e dezenas de seus originais – do Livro do Bebê, feito pelos seus pais quando ele nasceu, a manuscritos de sua autoria, como À sombra desta mangueira, Pedagogia da Esperança e Pedagogia da Autonomia. São originais também poemas e cartas, enviadas por ele e recebidas. Ainda, ali se encontram suas marginálias encontradas em livros de autores como o pintor Johann Moritz Rugendas, Erich Fromm, Aldous Huxley, Jacques Maritain ou Caio Prado Júnior, que ele lia e hoje fazem parte do conjunto nomeado pelo Instituto Paulo Freire de Biblioteca Pré-golpe. Cartazes e ilustrações utilizados nas chamadas 40 horas de Angicos, nome do município do Rio Grande do Norte onde, pelo método freireano, cerca de 300 pessoas foram alfabetizadas em alguns dias, também fazem parte da mostra. É farto, ainda, o material documental e imagético de suas passagens pelo Chile e outros países como Quênia, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe, além da Suíça, onde viveu e trabalhou nos últimos anos antes de voltar para o Brasil. O eixo Formação traz a nordestinidade de Paulo, com destaque para a sua infância, a família, a casa em que nasceu e se alfabetizou, no Recife – onde havia a mangueira sob a sombra da qual escreveu as primeiras palavras usando gravetos. Em Angicos, de 1960 a 1964, encontra-se grande número de documentos e imagens que remetem a esta pequena cidade do Rio Grande do Norte e esmiúçam a experiência de alfabetização que ali desenvolveu. Entre eles, a documentação elaborada por Freire para a formação dos educadores envolvidos na experiência, material pedagógico e como eram feitas as aulas. Destaque, ainda, para documentos sobre o Plano Nacional de Alfabetização e outras aplicações do Sistema de Alfabetização Paulo Freire – o planejamento dos círculos de cultura pelo país e as experiências de alfabetização aplicadas no Acre, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal. Exílio, abrange 1964 a 1980, quando o golpe civil-militar o fez permanecer em exílio por 16 anos. Há registros de sua saída do Brasil pela Bolívia antes de se instalar no Chile, onde escreveu Pedagogia do Oprimido, além de seus anos vividos nos Estados Unidos e na Suíça, suas atuações, na década de 1970, no Instituto de Ação Cultural (Idac) e a liderança de programas de educação e alfabetização em países africanos. Nesse núcleo encontram-se outros importantes documentos do período, como as 14 folhas grampeadas do inquérito policial sobre a sua atuação na universidade, que acabou resultando em sua saída país. Por fim, o eixo Retorno, de 1980 a 1997, mostra a vida de Paulo Freire quando votou ao Brasil com a anistia e começou a dar aulas na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e em outros círculos universitários. Passados três anos, em 1989, se tornou secretário municipal de Educação da prefeita de São Paulo Luiza Erundina. Paulo Freire morreu em maio de 1997, aos 75 anos, um ano após a publicação de Pedagogia da autonomia, sua última obra. Este eixo encerra o percurso pela Ocupação e ainda revela a internacionalização de seu trabalho entre o mapa interativo e uma variedade de itens, como materiais de formação de educadores,

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Paço do Frevo tem programação especial para celebrar o Dia Nacional do Frevo

Hoje (14), o Paço do Frevo prepara o terceiro andar do museu para uma ocasião especial: a celebração do Dia Nacional do Frevo. Para comemorar a data, o Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo vai receber apresentação especial e virtual da Orquestra Arruando, com a presença do saxofonista, maestro e Mestre-Vivo Edson Rodrigues. A programação começa às 19h, com transmissão no canal do museu no Youtube (youtube.com/pacodofrevomuseu). No calendário pernambucano, a data é a segunda dedicada ao gênero musical que é patrimônio cultural do Brasil e da humanidade. O frevo também tem efeméride local, sendo celebrado ainda no dia 9 de fevereiro, na terra onde nasceu. A data local faz referência à primeira vez que o termo "frevo" foi citado na imprensa, no Jornal Pequeno do Recife, em 1907. Já o 14 de setembro diz respeito à data de nascimento do jornalista Osvaldo Almeida, responsável por formalizar o batismo do frevo na imprensa. Quem é de fato bom pernambucano aproveita todos os ensejos para celebrar o frevo e o Paço vai garantir a festa virtual. O show virtual, especial e inédito da Orquestra Arruando trará no repertório músicas das principais fases do Frevo, ao longo de seus mais de cem anos de existência, gravadas recentemente pela Orquestra. Composições dos pernambucanos Capiba, Zé Menezes, Capitão Zuzinha e Banda de Pau e Corda, além do cearense Fausto Nilo e dos baianos Caetano Veloso e Armandinho, serão executadas ao vivo. A live será transmitida do terceiro andar do museu, a partir das 19h. A apresentação marca o lançamento do projeto “O Frevo vive, o Frevo pulsa, o Frevo continua”, da Orquestra Arruando, que reúne o documentário “O Frevo: conversas livres com os mestres” e cinco shows inéditos do conjunto. A playlist com os seis vídeos será disponibilizada nos canais do YouTube do Paço do Frevo e da Orquestra Arruando. O longa-metragem "O Frevo: conversas livres com os mestres", dirigido por Nilo Otaviano e Lucas Fitipaldi, apresenta 12 visões (de músicos, Mestres-Vivos do Frevo, pesquisadores...) do que foi, é e pode vir a ser o Frevo. Já os shows, gravados sem público no Teatro do Parque e Arena Pernambuco, no início deste ano, são temáticos: "O Frevo dos Anos 60-70-80", "A Universal Música Pernambucana", "Clássicos Natalinos Arranjados nos Ritmos Pernambucanos", "O Frevo de José Constantino" e, lançando a Camerata Arruando, o show "O Novo Sotaque da Música Pernambucana". O projeto "O Frevo vive, o Frevo pulsa, o Frevo continua" foi realizado por meio da Secult-PE, com recursos federais da Lei Aldir Blanc. Formada em 2013, a Orquestra Arruando traz no seu nome o local de origem do próprio Frevo: a rua, seja ela do bairro de São José, de Santo Antônio, da Boa Vista ou as ladeiras de Olinda. O projeto foi criado com a meta de implementar um projeto de valorização da música e da dança que são patrimônio cultural. Em sua formação completa, a Orquestra Arruando conta com cerca de 40 integrantes. Mas, para homenagear o Frevo no seu dia nacional e manter o distanciamento necessário à prevenção da Covid-19, vai se apresentar no Paço do Frevo com formação reduzida e celebrar com segurança. Para este show, a Arruando conta com patrocínio da Fundarpe. SERVIÇO Especial Dia Nacional do Frevo com a Orquestra Arruando Data: 14 de setembro Horário: 19h Local: Do 3º andar do Paço do Frevo para a casa do público, através do canal do YouTube do Paço do Frevo (youtube.com/pacodofrevomuseu)

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Entre a literatura e a música, entre João Cabral e Helô Ribeiro

*Por Yuri Euzébio, especial para a Algomais Não é de hoje que a literatura e a música se cruzam nas esquinas da cultura popular. As duas manifestações, por vezes, se complementam e formam algo novo, mágico e único. Artistas consagrados da nossa Música Popular Brasileira em algum momento de suas carreiras seguiram o itinerário quebrando as fronteiras entre essas expressões, como por exemplo a poesia de Vinicius de Moraes interpretada com louvor por Ney Matogrosso e Caetano Veloso que ressignificou sua obra com poema de Augusto de Campos e Péricles Cavalcanti ou ainda Chico Buarque. Em seu mais novo trabalho “A Paisagem Zero”, lançado pelo Selo Sesc e já disponível nas plataformas de música, a cantora, compositora e percussionista corporal Helô Ribeiro crava seu nome nessa lista seleta ao imergir nos poemas da primeira fase do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999), recriando parte dessa obra menos conhecida do poeta em canções para novos ouvintes. A relação da cantora paulista com os livros já é antiga e o novo álbum é só . “Eu sempre gostei muito de ler, sou uma leitora voraz, e fiz faculdade de Letras. Então já na faculdade tive contato com grandes obras e nesse período eu tive dois professores que são o Luiz Tatit e o Zé Miguel Wisnik, então eu fazia aula de semiótica com o Tatit e com o Wisnik fazia literatura brasileira”, recordou. “São dois grandes músicos, então ali eu já pude experimentar essa comunhão entre música e literatura porque o Tatit dava semiótica da canção, cada aula entre trazia uma música pra analisarmos aquelas letras e o Wisnik sempre relacionava suas aulas com músicas. De alguma forma sempre andou junto pra mim, a música ao lado da literatura”, garantiu. Tatit inclusive escreve sobre o álbum em texto divulgado para a imprensa. Em uma entrevista antiga, disponível no Youtube, um sisudo João Cabral de Melo Neto revela as ideias que gostaria de passar com sua obra. “Eu gostaria de fazer uma poesia que não fosse um carro deslizando em cima de um pavimento de asfalto, aquela coisa lisa, eu gostaria de fazer uma poesia em que o leitor, que nesse caso é o carro, passasse em cima de uma rua muito mal calçada e que o carro fosse sacolejado a todo o momento”, diz um convicto poeta engenheiro. Helô propõe um olhar singular sua obra e traz para o disco uma atmosfera predominantemente urbana e pop, criando uma fusão entre o Nordeste de João Cabral e o cenário paulistano urbano do qual ela faz parte. “O primeiro contato que eu tive com a obra do João Cabral, antes de ler os poemas dele, foi na adolescência assistindo a peça ‘Morte e Vida Severina’. Eu ainda não tinha lido o livro, era bem jovem, lembro que eu fiquei encantada e acho que ali algo já me fisgou nessa possibilidade de misturar linguagens”, falou. Até a decisão de produzir o disco, a cantora tinha apenas um contato superficial com as obras do pernambucano. “Eu li pro vestibular o “Morte e Vida Severina” e o “Cão sem Plumas”, depois na faculdade li outros poemas dele também”, disse. O álbum A paisagem Zero abarca poemas da primeira fase do escritor, das edições de “Pedra do Sono” (1942) e “O Engenheiro” (1945) atendendo aos anseios da filha do autor. “Eu li ‘A Literatura como Turismo’ de Inês Cabral, filha dele, é um livro biográfico, mas ela fala muito do pai e logo no começo ela diz que percebeu que João Cabral era muito lido ou por quem ia prestar vestibular ou por quem fizesse faculdade de letras e depois era rapidamente esquecido”, detalha Helô. “O que aconteceu foi que só recentemente eu entrei em contato com essa parte da obra dele, que são os primeiros poemas e era uma faceta desconhecida pra mim”, completou. Essa fase inicial é considerada a mais onírica e visual da obra de João Cabral, em que é apontada forte influência surrealista e cubista. “São visualmente poemas muito imagéticos, fortes e psicodélicos. Eu comecei a ler parecia que eu estava assistindo a um filme psicodélico”, afirmou. “E quando li esses poemas, as soluções melódicas e harmônicas vieram facilmente. Os versos foram conduzindo a composição de uma forma muito orgânica”, conta. “Eu não sei explicar muito bem o porquê, mas tudo o que eu criei de melodia e harmonia em cima dos poemas já me parecia que tava proposta ali pelos versos, era quase como se eu tivesse desvelando ali um segredo que estivesse oculto”, revela Helô, que além da carreira solo é integrante do grupo Barbatuques desde sua criação, em 1995, e do projeto Sons e Furyas – com o qual também desenvolve um trabalho aproximando música e literatura com o escritor André Sant’Anna e a compositora Vanessa Bumagny. “João Cabral é muito conhecido por ser o poeta que não gosta de música, então teoricamente tinha tudo pra dar errado, mas o Chico Buarque já tinha aberto esse caminho magistralmente, então eu falo que cometi essa heresia de musica um poeta que não gostava de música, mas esse caminho já tinha sido muito bem aberto por Chico com ‘Morte e Vida Severina”, falou. Helô Ribeiro canta em todas as faixas, além de tocar flauta transversal, na companhia dos músicos Dustan Gallas (guitarras e teclados), Thomas Harres e Samuel Fraga (baterias), Cuca Ferreira, Amilcar Rodrigues e Douglas Antunes (metais) e Zé Nigro (baixo), que também assina a produção de “A Paisagem Zero”. Participações especiais de Maurício Pereira, Alzira E, Barbatuques e Bruno Buarque. Misturando os versos do poeta pernambucano a temperatura urbana de São Paulo, Helô Ribeiro reinventa e atualiza os versos e as imagens que compõe a obra de João Cabral reverenciando assim seu legado ao mesmo tempo que demonstra a força e a perenidade da produção do poeta. “Eu fiz de um jeito que é verdadeiro pra mim, eu sou paulista, urbana que vivo hoje no século XXI e tenho minhas influências musicais, então eu ouvi muito quando era

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Concurso Nordestino de Frevo premia compositores e apresenta canções vencedoras

No dia 14 de setembro, o Brasil celebra o Dia Nacional do Frevo e a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) promove uma festa para celebrar a cultura popular desse ritmo que arrasta multidões em todo o Nordeste. A entrega dos prêmios aos vencedores do Concurso Nordestino do Frevo ocorre às 17h, no Complexo Cultural Gilberto Freyre, em Casa Forte, Zona Norte do Recife. As canções inéditas premiadas pelo festival serão executadas pela orquestra do Maestro Duda, homenageado e diretor musical do certame, e pelo Coral Edgard Moraes. Tudo será transmitido pelo canal da Fundaj no YouTube. Além dos premiados já divulgados, que receberão seus prêmios, o evento vai revelar os vencedores nas categorias Melhor Arranjo e Melhor Intérprete. “Será um dia para prestar homenagens a este monumento imaterial que é o frevo. Que forma melhor, senão prestigiando e fomentando o trabalho daqueles que, apaixonados, garantem sua existência? É compromisso desta Fundação a preservação do patrimônio do homem do Nordeste”, afirma o presidente da Fundaj, Antônio Campos. No último dia 31, o ritmo de origem pernambucana foi revalidado como Patrimônio Cultural Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Produtora e integrante do Coral Edgard de Moraes, Valéria Moraes reconhece a importância da inicitativa. “Precisamos dar uma oxigenada e trazer novos compositores. Preservamos a tradição, não esquecemos o passado, mas miramos o futuro”, frisa a neta de Edgard. Criado pelas filhas e netas do compositor, em 1987, o coral é símbolo do frevo de bloco e, por isso, executará no evento as composições “É Fantasia”, de Getúlio Cavalcanti; “Boêmio Sentimental”, de Alexandre Rodrigues e Heleno Ramalho; e “Martelo”, de Rafael Marques e Zé Manoel. A regência será do Maestro Marco César e sua tradicional orquestra de pau e corda. Certame O Concurso Nordestino do Frevo foi lançado pela Diretoria de Memória, Educação Cultura e Arte (Dimeca) em fevereiro de 2021. Ao todo, mais de 270 candidatos de sete estados do Nordeste do Brasil inscreveram composições na disputa. Pernambuco liderou o número de inscrições, com 256. A categoria que recebeu mais composições foi Frevo Canção (92), seguida por Frevo de Bloco de Frevo de Rua, com 79 cada, e o novo hino da Turma da Jaqueira Segurando o Talo, com 19 obras. Além das premiações em dinheiro, um álbum será produzido. Trechos das composições já estão sendo publicados nas redes sociais da Fundaj. Enquanto isso, na concentração A olindense Fátima de Castro é cantora, compositora e tem uma longa carreira dedicada ao frevo. São mais de 60 gravações para blocos e diversas composições que vão da bossa nova ao frevo. Em seu currículo, imprime as parcerias com o ex-marido Bráulio de Castro (em memória) e outros nomes, como Dimas Sedicias, Beto do Bandolim e Horton Coura. Participante e testemunha da história do ritmo, ela elenca os festivais que disputou e alcançou o primeiro lugar na disputa de composições. Apesar disso, Fátima identifica que as canções não alcançam as ruas. No Concurso Nordestino do Frevo, ela divide a autoria do frevo canção “Biscuit de Elefante” com João Araújo. “Participo de festivais de frevo desde 1990 e nunca tive nenhum desses frevos tocados. Há um bloqueio das rádios e televisões locais. A solução para atingir uma grande população seria uma adesão de massa dos meios de comunicação. Hoje, um grande nome da nossa música que é Getúlio Cavalcanti só tem uma música que é sucesso”, revela a compositora, que sugere que frevos novos ganhem divulgação antes do Carnaval. “Capiba só é sucesso até hoje porque as rádios tocavam Capiba desde novembro. As músicas novas eram aguardadas como pão quentinho. A população ia para a rua cantando suas músicas”.. Serviço Premiação do Concurso Nordestino do Frevo + Dia Nacional do Frevo Data: 14 de setembro de 2021 Horário: 17h Transmissão no canal oficial da Fundaj, no YouTube

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Cepe Editora lança 65 perfis de personagens da história em Pernambuco

Da Cepe A fim de popularizar a história de Pernambuco, o jornalista, escritor, cartunista e quadrinista Paulo Santos de Oliveira já criou HQs para revistas e jornais, inspirou filmes e peças teatrais e agora lança o livro Pernambuco, histórias e personagens, pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). São 65 perfis biográficos de figuras que marcaram cinco séculos da memória do Estado. O título se destaca pela linguagem acessível, classificada pelo prefaciador da obra, Caesar Sobreira, como uma narrativa que obedece ao rigor histórico, mas que apresenta um leve sabor de crônica. O lançamento acontecerá nesta quinta-feira, dia 9, às 19h, no canal da Cepe Editora no YouTube. Na live, o autor conversará com Caesar Sobreira (professor titular de Antropologia no Departamento de Ciências Sociais da UFRPE), com o advogado Maurício Rands e George Cabral (professor do Departamento de História da UFPE e presidente do Instituto Arqueológico de Olinda), que fará a mediação do encontro. Cinquenta dessas histórias foram publicadas semanalmente no Diario de Pernambuco, na forma de minibiografias, entre os anos de 2016 e 2017, como parte das comemorações relativas ao Bicentenário da Revolução de 1817. Nesta edição o autor acrescentou 15 biografias inéditas. Entre os nomes perfilados estão Duarte Coelho Pereira, da Nova Lusitânia, apresentado como aposentado, rico, cinquentão e recém-casado com uma jovenzinha de 18 anos, antes de o rei de Portugal Dom João III o incumbir de assumir o posto de primeiro capitão-donatário da Capitania de Pernambuco. E assim, de forma coloquial, Paulo Santos vai descrevendo personagens e fatos. Desenhos do quadrinista e ilustrador da Cepe, Pedro Zenival, fazem a abertura de cada capítulo. O artista visual assinou ainda os desenhos da primeira HQ da editora, também de autoria de Paulo Santos: 1817, Amor & Revolução (Cepe,2017). História é um gênero no qual a Cepe tem investido bastante, especialmente a pernambucana. De acordo com o editor Diogo Guedes, o livro busca atrair a curiosidade do leitor através da linguagem e da estrutura do enredo. “A escolha de Paulo Santos, de tratar a história através de personagens, é uma forma de tornar o nosso passado mais interessante. O livro procura mostrar um pouco dessas pequenas e grandes narrativas existentes no passado de Pernambuco, abrangendo um período grande de tempo. Não é uma obra focada nos meandros de cada evento histórico, mas sim no esforço de despertar o interesse do leitor para a memória pernambucana”, ressalta. O principal critério do autor para selecionar os personagens a serem perfilados foi que a narrativa das suas vidas lançasse luz sobre diferentes aspectos dos episódios históricos abordados. Ele escolheu padres para realçar o papel da Igreja, militares para assuntos bélicos e políticos para as questões dessa área. Sempre focado no gênero, Paulo Santos escreveu também A Noiva da Revolução, livro sobre o movimento de 1817, que inspirou o premiado filme A Revolução Esquecida, da cineasta Tizuka Yamazaki, com participação do autor no roteiro. O documentário, inclusive, foi vencedor do prêmio TAL, Televisón América Latina, em 2018. Segundo Caesar, os dois títulos se dedicam ao resgate histórico. Logo na apresentação, o escritor reforça a necessidade de se conhecer a história e cita um trecho do francês Alexis de Tocqueville (1805-1856), autor do clássico A democracia americana: “Quando o passado não ilumina o futuro, o espírito vagueia nas trevas”. Paulo Santos se queixa de um certo desinteresse da população por sua própria memória, apesar da dedicação de estudiosos, museus locais, Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico, e da Academia Pernambucana de Letras. Mas acredita que também faltam livros, quadrinhos, filmes e seriados que a popularizem. Por isso concentrou seu trabalho na forma. O escritor lembra que Pernambuco, histórias e personagens é uma obra escrita por um romancista, não por um historiador profissional. “Meu propósito é apenas contribuir para aumentar um pouco o interesse por esse tesouro oculto, por essa verdadeira botija que costuma aparecer nos sonhos de muita gente, pedindo para ser desenterrada: a memória popular do passado pernambucano”, diz o autor. SOBRE O AUTOR Na década de 1970, Paulo Santos de Oliveira participou da histórica revista de HQ Balão, ao lado de Laerte, Chico e Paulo Caruso e Luis Gê. Colaborou com Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e Pasquim. No Recife trabalhou em jornais locais, e foi correspondente de jornais de oposição à ditadura. Fundou periódicos alternativos locais, ao lado de Xico Sá, Geneton Moares Neto, Lailson, Clériston, Ral e Bione. Nos anos 80, coordenou a comunicação de movimentos sindicais e populares. E com a virada do século tornou-se escritor, autor de romances históricos, como A Noiva da Revolução (2007), que inspirou a criação da peça teatral O Nascimento da Bandeira (por Ronaldo Correia de Brito); o já citado documentário dramatizado 1817, A Revolução Esquecida, por Tizuka Yamazaki; o CD de música erudita Suíte 1817, (por Múcio Callou, em 2018); a HQ A Noiva (por Thony Silas, desenhista da Marvel Comics, em 2017); e outra HQ, 1817, Amor e Revolução (Cepe, 2017). Em 2012, lançou O General das Massas, sobre as trajetórias pessoais e políticas de Abreu e Lima e Simón Bolívar. Recentemente, em parceria com a Embaixada da Holanda, lançou a série Pernambukids. ENTREVISTA COM O AUTOR A primeira HQ publicada pela Cepe foi em 2017 e de sua autoria: 1817, Amor e Revolução. Qual a ideia de expandir o universo da história para formatos e linguagens tão diferentes? PAULO SANTOS DE OLIVEIRA - O primeiro trabalho que planejei fazer sobre 1817 seria uma HQ, mas achei o tema tão rico e tão vasto que resolvi tratá-lo em forma de romance. Daí virei escritor e criei A Noiva da Revolução, que só saiu em quadrinhos mais adiante. E também se tornou um filme, 1817, A Revolução Esquecida, de Tizuka Yamazaki, com alguma participação minha no roteiro. Em que momento você se permitiu fazer especulações sem compromisso com o rigor científico? PAULO OLIVEIRA - Quando pesquisamos sobre acontecimentos históricos é natural encontrar diversas versões distintas para o mesmo evento. Ao historiador rigoroso cabe checar essas fontes, compará-las etc., até onde for

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Documentário premiado em Sundance acompanha corrida eleitoral no Quênia

Divide et impera, dividir para conquistar. Proferida, a princípio, pelo filósofo estoicista, Epicuro, a frase ficou conhecida quando proclamada por líderes militares do porte de Júlio César e Napoleão Bonaparte, servindo de norte e estratégia para vencer inimigos e subjugar nações. Os ingleses também seguiram rigidamente a máxima quando chegaram ao continente africano, mais especificamente ao Quênia. Entre as estratégias, dividiram o país em diferentes grupos, como conta o documentário Softie, exibido na 10ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema. Dirigido por Sam Koko, o longa documental, ainda que se debruce brevemente sobre a história do país africano e da dominação inglesa, tem como foco a difícil jornada de Boniface Mwangi, um ativista político outrora fotojornalista da CNN, candidato a uma vaga no parlamento. Boniface enfrentará uma eleição manchada por corrupção e constantes ameaças à família. Já no primeiro ato, o doc aponta o Quênia como um dos países mais corruptos do mundo. E não fica apenas no dito. Em uma das cenas, Boniface, em campanha, é abordado por pessoas que querem trocar voto por dinheiro. Em outra sequência, uma multidão invade o posto eleitoral às 5h da manhã à procura de suborno. Os desafios não se limitam à corrupção no processo eleitoral. O jovem candidato terá de encarar crises também na própria casa. "Quais são as suas prioridades?" O questionamento de Njeri, esposa de Boniface recebe rápida resposta: "Deus, país e família." A pressão aumenta no momento em que toda a família é ameaçada de morte. Njeri e os filhos seguem imediatamente para os EUA. Boniface resiste e continua em campanha no Quênia. "Softie" é um grito contra a corrupção, doença que pode se espalhar facialmente em qualquer país, de primeiro mundo ou não. Doença que deve ser combatida não pela força, mas pela consciência política e respeito à democracia. A Mostra Ecofalante de Cinema segue de forma online até 14 de setembro. Na programação, além de "Softie", que ganhou o prêmio de melhor montagem no Festival de Sundance, filmes como "Jogo do Poder", de Costa-Gavras, e o brasileiro "A Bolsa ou a Vida", produção mais recente de Silvio Tendler. Confira a programação completa no site.

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