Arquivos Cultura E História - Página 156 De 368 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Recife ganha amanhã nova galeria de artes no bairro do Pina

A Christal Galeria, novo espaço cultural do Recife, abrirá ao público amanhça, dia 28, no bairro do Pina, Zona Sul da cidade, com a exposição coletiva Identidade Matriz. Explorando o sentido linguístico de identidade como a igualdade de um elemento em relação a ele próprio e matriz como lugar onde alguma coisa se gera ou se cria, a exposição coletiva reúne nomes de artistas – todas mulheres - que atuam no cenário regional e nacional, de Norte a Sul do Brasil, como Regina Silveira e Berna Reale. A artista plástica pernambucana, Teresa Costa Rêgo, falecida em 2020, será a homenageada da exposição, com o trabalho “Auto-Retrato”. “Apresentaremos marcas e particularidades presentes nas produções selecionadas que passam pelo lugar de fala, gênero, representatividade e engajamento político, temas tão fundamentais na obra e trajetória de Tereza. Seguindo por essa perspectiva, queremos repercutir a visibilidade da expressão feminina no universo das Artes Visuais, trazendo artistas cujas obras dialoguem entre si por suas experiências de protagonistas em suas expressões e territórios do criar”, explica a curadora da galeria, Stella Mendes, que divide o trabalho com o curador Laurindo Pontes. Stella Mendes é historiadora e gestora cultural e tem passagem pelo MASP (SP), Luciana Brito Galeria (SP), Bolsa de Arte de Porto Alegre (RS) e AM Galeria de Belo Horizonte (MG). Já Laurindo Pontes atua como marchand e produtor cultural e tem no currículo projetos como “Sé 171 Escritório de Arte” e a “Atenarte”, em Olinda. Também foi produtor e curador de exposições como A Arte e Monumental de Mariana Peretti, no Museu Nacional da República em Brasília (2016). A exposição irá ocupar os 300 metros quadrados de espaços internos e as áreas externas da galeria. Participam as artistas Ana Flávia Mendonça; Badida Campos; Berna Reale; Christina Machado; Nathália Ferreira e Ianah (Coletivo de Arte Urbana PixeGirls); Juliana Notari; Laura Melo; Náiade Lins; Priscila Lins; Regina Silveira e Roberta Guimarães. “Pela primeira vez expondo em Recife, a artista Regina Silveira é um nome fundamental na arte conceitual brasileira. Já Berna Reale, Prêmio Pipa Online 2012, selam a relevância desta coletiva diante do momento que atravessamos”, exalta Stella Mendes. GALERIA - A Galeria Christal foi idealizada por Christiana Asfora Cavalcanti, empresária pernambucana, que iniciou seu percurso no colecionismo pela fotografia, passando para pinturas, desenhos e esculturas. A partir da paixão pelas artes, decidiu investir na área, impulsionada pelas possibilidades que esse mercado oferece para a interação com o público, no sentido de promover novos olhares para a educação, a conscientização e envolvimento com questões sociais. A galeria ocupará um casarão de 1941 que foi totalmente adaptado ao espaço de artes pelo escritório Agra Salazar Arquitetura. A casa conta com dois ambientes que se interligam como áreas expositivas, totalizando 130 m². “A programação da galeria foi pensada para revelar e fortalecer as carreiras de artistas locais e nacionais e vai propor exposições institucionais e experimentais, tecendo um papel de território, onde as artes se manifestam voluntariamente”, comenta a curadora Stella Mendes. Ainda segundo Stella, o conceito da galeria abarca as diversas manifestações artísticas indo da Arte Contemporânea e suas múltiplas vertentes (pintura, desenho, escultura, fotografia, instalação, performances, arte digital, arte conceitual) até a Arte Moderna. Além disso, terá no acervo e nas exposições obras, artistas, movimentos e coletivos da Arte Urbana e da Arte Popular, permeados por manifestações da música, do teatro e do cinema A partir de fevereiro, o espaço ganhará o reforço do Christal Café, um café restaurante sob a batuta da chef Maia Deva, com o diferencial da cozinha consciente. “Acreditamos que a responsabilidade com o planeta pode conversar com a alta gastronomia. Pensamos no processo completo da produção de um prato, desde a aquisição dos ingredientes, a preparação, e o descarte do lixo produzido”, afirma a marchand Christiana Asfora. Serviço: Christal Galeria Endereço: Rua Estudante Jeremias Bastos, 266 – Pina, Recife – PE. Horário: Segunda a sexta, das 10h às 19h; e aos sábados, das 10h às 14h.

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A despedida de Tarcísio Pereira

Uma referência na cultura pernambucana nos deixou hoje. Tarcísio Pereira, fundador da icônica Livro 7, que já foi a maior livraria do País, infelizmente foi mais uma vítima da Covid-19, aos 73 anos. Além do empreendimento livreiro, ele foi fundador também do bloco carnavalesco "Nóis sofre, mas nóis Goza", que já passou de 40 anos. Com uma simpatia singular e reconhecimento da sua importância para o setor editorial e para a cultura popular, o anúncio da sua partida traz uma grande comoção no Estado. Nos últimos meses, Tarcísio inclusive criou um grupo no Facebook "Amigos da Livro 7" para celebrar os 50 anos de fundação do empreendimento, que aconteceria no ano passado. Ativo nas redes sociais, ele estimulava às memórias afetivas das pessoas que se reuníram no passado no espaço. Publicamos na ocasião, inclusive, um artigo do escritor Paulo Caldas intitulado Nos Arredores da Livro 7. O trabalho de Tarcísio, inclusive, foi reconhecido pela Revista Algomais, desde as suas primeiras publicações, como na Reportagem A virada cultural que as livrarias trouxeram para Pernambuco. Um entusiasta da leitura que merece todas as homenagens pela sua contribuição ao circuito cultural pernambucano. O Recife está de luto. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais

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Mostra na APG reúne trabalhos de 7 artistas

O ano de 2021 chegou com esperança de dias melhores, com olhar no futuro. O momento é, então, de “Contemplação” das coisas ao redor, para observar, ver e agir, um ritual que a nova exposição da Arte Plural Galeria (APG), traz para o público. A mostra abre na quarta-feira (27) e segue até o final de fevereiro. Sete artistas participam dessa coletiva, com trabalhos em fotografia e telas do acervo da APG: Ana Vaz, Bete Gouveia, Álvaro Caldas, Roberto Lúcio, David Alfonso, Priscilla Buhr e Akira Cravo. Em comum, as obras passeiam pela cor azul, lembrando o céu e o mar e por elementos abstratos que conduzem à "Contemplação". Aberta ao público no primeiro andar da galeria, a mostra pode ser conferida, presencialmente, às segundas, quartas e sextas, das 10h às 17h. As visitações obedecem a todos os protocolos de biossegurança para prevenção da Covid-19, com obrigatoriedade do uso de máscara, distanciamento entre as pessoas e limitação de público. A APG fica na Rua da Moeda 140, Recife, no bairro do Recife. Telefone: (81) 3424-4431.

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Crítica Literária: Entre flores e versos

*Por Paulo Caldas Norberto Scopel é um desses economistas nascidos escritores. Coisas que trazem no DNA, embora por boa parte da vida se vistam da sisudez das projeções estatísticas e gráficos, mãos dadas à aridez dos números. Os que aderem de vez à prática da escrita e tornam-se amantes do ideal romântico, caso de Norberto Scopel, seguem à moda antiga, conforme a canção, mandando flores e versos, dançando rostos colados e coração pulsando. Sem esquecer as palavras doces, ditas baixinho, ao pédo ouvido. A sorte é que a Economia não se fixou de vez, não se arraigou na sua personalidade e, curado, deixou o romantismo assumir corpo e interior. Ao abraçar a literatura, Norberto passou um trote em Adam Smith, John Keynes, Henry Kissinger e outros mais. Assim deu vazão à demanda reprimida e foi tecer o seu ideal, ganhou experiências e tornou a escrita sólida e gentil. “Cinquenta poemas de amor e uma paixão” é o resultado desses tempos em que a literatura tomou os espaços da economia e neste livro consolida a virtude de Norberto em semear, fazer crescer e colher flores e versos dedicados ao amor maior: Lígia. O projeto visual é de Bel Caldas e a produção gráfica da Bagaço Design. Os exemplares podem ser adquiridos com o autor pelo fone: 9920-5060. *Paulo Caldas é escritor

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Academia Pernambucana de Letras celebra 120 anos de fundação

Da Fundaj Faltou pouco para a Academia Pernambucana de Letras (APL) figurar na história como a primeira do Brasil. Segundo a antropóloga e acadêmica Fátima Quintas, detentora da cadeira nº 31, foi o autor de A emparedada da Rua Nova, o recifense Carneiro Vilela, que atrasou a fundação de 1890 para 1901. Ainda assim, ela está entre as três primeiras academias do País e na próxima terça-feira (26) celebra 120 anos de existência. A marca será comemorada com live promovida em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), às 16h, no canal da Instituição no YouTube. “A Academia ficou conhecida como a casa de Carneiro Vilela. Mas, ao bem da verdade, é a casa de todos aqueles que amam a poesia e a prosa. Os literatos são responsáveis por registrar cada qual o espírito criativo de sua época, por isso essa data deve ser lembrada”, destaca o escritor e presidente da Fundaj, Antônio Campos, que na APL ocupa a cadeira nº 25. Na celebração, Antônio Campos dividirá as honras da abertura com o escritor Lucilo Varejão Neto, presidente da APL e detentor da cadeira nº 2. Na sequência, Fátima depõe sobre o aniversário da instituição. Autora de Academia Pernambucana de Letras — história e patrimônio (2013), a antropóloga integrou a APL em 2002. Uma década depois foi eleita presidente da Academia, cargo que ocupou de 2012 a 2016. “Apesar de não ser historiadora, sou filha de um historiador: Amaro Quintas. Então, sempre tenho vontade de conhecer as instituições a que pertenço. É uma mania minha. Quando entrei na Academia, resolvi estudar um pouco sobre sua história. Pesquisei e concluí com a publicação do livreto”, recorda. Na obra, a acadêmica resgata toda a história da dita ‘Casa de Carneiro Vilela’, desde a construção do prédio até a formação e consolidação da entidade. Ela recorda, por exemplo, que, no início, a Academia Pernambucana de Letras estava vinculada ao Instituto Histórico de Pernambuco. “Funcionou na Rua do Hospício, até a mudança para a sede atual na Rui Barbosa. Na época, haviam apenas 20 acadêmicos, seguindo os padrões da Academia Francesa de Letras. Foi só em 1960 que o escritor Mauro Mota propôs ampliar o conjunto para formato atual, com 40.” Ariano Suassuna, Joaquim Cardozo, Gilberto Freyre, João Cabral de Melo Neto, Mário Melo, Mário Sette, Padre Carapuceiro e Manoel Arão são alguns dos nomes que deram grandes contribuições para a literatura do Estado. Afinal, que seria da Literatura Pernambucana sem títulos como o Auto da Compadecida, Cão Sem Plumas, Casa-Grande e Senzala e O Claustro? “Para mim tem um significado imenso compor esta celebração, afinal sou uma escritora. É uma data marcante que deve ser lembrada”, conclui Fátima Quintas. 120 anos da Academia Pernambucana de Letras Data: 26 de janeiro Horário: 16h Transmissão no canal da Fundaj, no YouTube

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Tipóia Festival celebra 21 anos conectando as culturas

O Tipóia Festival, famoso por ocupar, desde 1999, praças, ruas e lugares públicos da cidade de Tracunhaém, vem com tudo em 2021. Para festejar os 21 anos de existência de um dos mais importantes festivais independentes da Zona da Mata pernambucana, o evento dedicará toda grade artística à união entre a cultura popular, música independente e diversidade cultural pernambucana. Por conta das medidas restritivas contra o contágio da Covid-19, as atividades ficarão concentradas apenas na internet – levando a cultura de Pernambuco para o mundo. A programação começa segunda-feira (25) e segue até o próximo domingo (31). Durante uma semana, o festival vai proporcionar várias atividades voltadas ao entretenimento e formação do público. A iniciativa inclui mostra de vídeos Afro-Indígena, apresentação de teatro de mamulengos, oficinas virtuais pré-gravadas de artesanato de barro, cinema de animação com dispositivos móveis e cartonagem, seguidas de live tira dúvidas, todas com o objetivo de estimular jovens e adultos para novas habilidades artístico-culturais. O evento também contará com uma roda de entrevistas online com mestres e mestras da cultura popular e artistas que já passaram pelo Tipóia Festival em anos anteriores. Além disso, o festival traz para o público, um encontro de bateristas da música alternativa. Na ocasião, cinco baterias vão se revezar, entre um som e outro. Todo o conteúdo pode ser acompanhado pelo pelos internautas, sem precisar sair de casa. O Tipóia Festival vai proporcionar uma imersão nos principais ritmos que embalam a música alternativa e a cultura pernambucana, como coco, ciranda, frevo, maracatu rural, entre outros gêneros musicais. Nos três dias de gravações do festival a programação será mesclada por veteranos e contemporâneos da música independente e cultura popular. Na grade artística, apresentações do Coco de Roda Panela de Barro – (Tracunhaém); Coco de Derval – (Nazaré da Mata); Ritmo Frevo Orquestra – (Tracunhaém); Tercina – (Tracunhaém); Maracatu Leão Formoso de Tracunhaém com Mestre Síbia e Mestre Bi, de Nazaré da Mata. O Tipóia Festival 2021 também receberá atrações convidadas: Jéssica Caetano – (Triunfo); Buguinha Dub – (Olinda); e Hanagorik – (Surubim). O destaque da programação fica por conta do grande Encontro de Reggae Roots PE, que reunirá, em uma única apresentação virtual, Afonjah (Olinda), Ivano (Recife) e participação especial de SID3 BATERA(Tracunhaém). Os shows dos artistas serão realizados dentro dos protocolos estabelecidos pela vigilância sanitária, contra a propagação do Covid-19, com distanciamento social e uso máscaras e álcool em gel. O Tipóia Festival deste ano tem o incentivo da Lei Aldir Blanc PE, e apoio da Secretaria de Cultura de Pernambuco, Governo do Estado e Governo Federal. Toda programação será disponibilizada nos perfis oficiais do festival no Youtube, Facebook. Já os bastidores do festival podem ser acompanhados pela página do Instagram. Proposta curatorial A programação é idealizada há vinte anos pelo músico e produtor cultural Sidclei Marcelino, conhecido como Sid3 Batera. Nascido e criado em Tracunhaém, conhece como ninguém a cena musical da Mata Norte. Como diz o preceito do festival, em cada edição Sid mescla os ritmos musicais que não tocam na mídia. Em todas as edições, sempre preza pela mistura da música regional e cultura underground, com foco na qualidade musical e nos trabalhos autorais. Em cada edição, o Tipóia Festival traz uma curadoria sobre diferentes temas ligados ao audiovisual. Para este ano, a mostra de vídeos foca na temática Afro-Indígena. O Canal Babau é o responsável pela mostra de salvaguarda do Mamulengo Pernambucano, que apresentará ao público, o Mamulengo Tomé, Mamulengo RRRisada, Mamulengo Teatro Riso, com apresentação pré-gravada, exclusivamente para o festival. Programação: Segunda-feira – 25/01 Oficina de Cinema de Animação Live Tira Dúvidas Terça-feira – 26/01 Oficina de Cinema de Animação Oficina de Cerâmica Live Tira Dúvidas Quarta-feira – 27/01 Oficina de Cerâmica Oficina de Cartonagem Live Tira Dúvidas Quinta-feira – 28/01 Oficina de Cartonagem Live Tira Dúvidas Sexta –feira - 29/01 – Mamulengo Teatro  Riso – (Glória do Goitá). Coco de Roda Panela de Barro – (Tracunhaém) Jéssica Caetano – (Triunfo) Buguinha Dub – (Olinda) Sábado - 30/01 – Mamulengo Americano – (Tracunhaém) Coco de Derval – (Nazaré da Mata) Hanagorik – (Surubim) Maracatu Leão Formoso de Tracunhaém com Mestre Síbia e Mestre Bi, de (Nazaré da Mata). Grande encontro de Reggae Roots PE com Afonjah, Ivano (Recife) e participação especial de SID3. Domingo 31/01 – Mamulengo Tomé – (Garanhuns) Ritmo Frevo Orquestra – (Tracunhaém). Déu - (Nazaré da Mata) Tercina – (Tracunhaém) SID3 Sacrificio e Fé – (Tracunhaém).   Serviço O quê: Tipóia Festival celebra 21 anos de tradição com programação online voltada à música alternativa, cultura popular e diversidade cultural pernambucana. Onde: Nos perfis oficiais do festival no Youtube, Facebook e Instagram Classificação: Livre

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Coquetel Molotov faz estreia no cinema neste final de semana

Lia de Itamaracá, Ava Rocha, Boogarins, Amaro Freitas, Bell Puã, a britânica Perera Elsewere e a revelação do Trap, Derek são alguns dos nomes escalados na série inédita do Festival No Ar Coquetel Molotov, que estreia nesta sexta-feira (22) e sábado (23), às 21h, em todo o Brasil. Apostando em vivências digitais, o festival criou uma alternativa aos shows presenciais, para continuar com a sua missão de fomentar a cena cultural brasileira e manter cerca de 200 empregos. A produção audiovisual que encerra o festival, apresenta um material inédito e com linguagem cinematográfica. A exibição acontece tanto no site do festival como em seu canal do Youtube e depois seguirá para a TV. O evento que teve início no dia 11 de janeiro abre a agenda de festivais nacionais com um formato imersivo e sensorial híbrido onde dinâmicas virtuais unem música, arte, workshops, mentorias, oficinas e um inédito Mundo 3D onde é possível vivenciar as experiências de um festival físico, dentro de suas casas. Além de assistir shows, participar de exposições e oficinas, no “Mundo Imersivo em 3D”. Na vanguarda, o festival promove muito mais que apenas uma live. A Série CQTL MLTV, que tem direção musical de Benke Ferraz (produtor e guitarrista do Boogarins), produção audiovisual da Bateu Castelo e gravação e mixagem de áudio da Fábrica de Estúdios, convida o público para uma imersão numa paisagem bucólica, cercada pela natureza num verdadeiro respiro em meio à quarentena pela pandemia vigente, gravada com parte das atrações no espaço Criatório, em Gravatá, interior de Pernambuco. A outra parte foi gravada em São Paulo, na Fauhaus com fundo chroma key, dando espaço para a experimentação. O filme, dividido em duas partes, pode ser pensado como uma busca. Primeiro, a de traduzir para a linguagem cinematográfica a emoção de estar presente no festival Coquetel Molotov e, segundo, o ato de tentar compreender o ano que passamos: uma reflexão, um registro histórico de um momento em que uma fissura apareceu na nossa sociedade, revelando algumas das nossas contradições mais profundas. “Quisemos focar na luz no final do túnel, que é a arte, e o sentido de se fazer arte. Aquilo que nos faz ser humanos - a esperança daquilo que é o nosso maior potencial. Nesse processo, decidimos incorporar o som do “aqui agora” nas performances. Não se trata de um apanhado de clipes gravados em estúdio nem tampouco uma live. Pensamos no registro videográfico como uma mosquinha que voa ao redor ou se aproxima daquilo que está acontecendo no intenso agora. São performances irreproduzíveis. Acreditamos que existe uma verdade nesse registro", pontua Daniel Edmundson, da Bateu Castelo. De São Paulo, fica o registro das participações de Alessandra Leão, Jup do Bairro, Tuyo, o encontro de Ava Rocha com Boogarins, Test, Aretha Sadick e Derek. Já em Gravatá, o registro em meio à natureza foi com Lia de Itamaracá, Amaro Freitas e a novíssima cena musical pernambucana: Luiz Lins, Martins, Bella Kahun, Bell Puã, o coletivo Avoada, e o experimentalismo de Hrönir e Miãm. Do lineup, Lia de Itamaracá, Tuyo e Amaro Freitas são artistas do casting da Natura Musical. "A série traz de fato um recorte do que há de melhor na cena local de Recife, com alguns artistas reconhecidos internacionalmente como o Amaro Freitas, Lia de Itamaracá e Bell Puã. A curadoria teve esse cuidado de trazer todas as vertentes locais que têm alguma ligação com o Coquetel Molotov. O Thelmo Cristovam mesmo vem do experimental, da música instrumental, assim como o Amaro Freitas que também vem do instrumental mas tem uma pegada mais jazz e o Miã, um projeto completamente novo”, destaca Benke Ferraz, diretor da série. O festival foi o primeiro a levar para Recife nomes importantes da cena como Tortoise e Hurtmold. Ainda da cena local, o Luiz Lins traz o hip hop, junto com a Bella Kahun que tem uma pegada meio brega também. Uma diversidade que traz um recorte digno do Coquetel Entre os destaques dos registros e uma das apresentações mais impactantes, o primeiro show pós pandemia com a formação original, em trio, de Amaro Freitas. O experimento com o chroma key vai poder promover encontros emocionantes como o de Lia de Itamaracá, que gravou sua participação no Criatório, com Alessandra Leão, registrada em São Paulo com o fundo verde. "Quando começamos a discutir as possibilidades de formatos para a realização desta edição online, em agosto, já sabíamos que queríamos criar um conteúdo perene e que pudéssemos assistir em 10 anos e entender o momento que vivemos. Quando chegamos a conclusão que queríamos fazer uma série e nos juntamos com as idéias da Bateu Castelo, tudo pareceu fazer sentido e focar em Pernambuco seria o caminho. Acho que a série traduz como o Coquetel Molotov vê um festival na tela, com a câmera entrando no meio dos artistas, como se estivessem ali conseguindo assistir a cada detalhe. Mas ainda teremos um lado experimental trazendo outros nomes através de uma tela verde e isso nos possibilitou abrir mais a nossa curadoria para artistas de outros estados", complementa Ana Garcia, diretora do festival. SERVIÇO TNT Energy Drink apresenta No Ar Coquetel Molotov - 17ª edição 11 a 23 de janeiro de 2021 com Jup do Bairro, Tuyo, Ava Rocha+Boogarins e mais Patrocínio: Natura Musical, Itaipava, Oi Pontes e Uninassau Apoio: Pitú e Rappi Mídia Oficial: O Grito!, Brasileiríssimos, Minuto Indie, Rádio Universitária FM Mais informações: www.coquetelmolotov.com.br

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5 fotos do Porto de Suape Antigamente

Atendendo um pedido dos nossos leitores, trazemos hoje uma coleção de 5 fotografias do Porto de Suape Antigamente. As imagens foram cedidas pela comunicação do Complexo Portuário e Industrial de Suape e trazem registros das décadas de 80 e 90. A última imagem já é no início dos anos 2000. Antes dos investimentos em obras, ainda na década de 60, fomam realizadas pesquisas que começaram a ser realizados para analisar a viabilidade da implantação de um “super-porto” destinado à exportação e à instalação de indústrias no seu entorno. A ideia era criar um porto para que ele gerasse demanda e não apenas atendesse à demanda já existente na região. Clique nas fotos para ampliar. Imagens entre o final dos anos 80 e o início dos anos 90 . . . . Início dos anos 2000   . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente rafael@algomais.com rafaeldantas.jornalista@gmail.com  

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Johnny Hooker leva música e acessibilidade para o Festival No Ar Coquetel Molotov

Comprometido com ações que incentivem a acessibilidade, o Festival No Ar Coquetel Molotov, em sua edição virtual, que ocorre em um mundo 3D, até o dia 23 de janeiro traz o encontros com a proposta de mostrar a qualidade do que vem se produzindo musicalmente no Brasil, debater questões ligadas à acessibilidade e levar informação e diversão para o maior número possível de pessoas e nesta quarta-feira (20), o festival apresenta a Masterclass “Performance Multimídia e a Construção de uma Persona” com o pernambucano Johnny Hooker, que terá tradução em libras. O artista destrincha a relação de sua obra musical com o cinema, a televisão e o teatro. Servindo também como um comentário sobre o processo criativo do artista atravessando diferentes fases de seu trabalho. A masterclass ocorre na às 20h. Artista Pernambucano que ganhou notoriedade nacional após seu primeiro disco autoral “Eu Vou Fazer Uma Macumba Pra Te Amarrar Maldito”, Johnny Hooker, faz parte do clã dos grandes artistas da nova safra da música popular brasileira. Coleciona alguns prêmios como o melhor cantor do Prêmio da Música Brasileira e dois do MTV Miaw, sendo um deles de melhor clipe. Recentemente ganhou discos de platina por seus dois singles “Amor Marginal” e “Flutua”, este último sucesso do segundo disco “Coração”. Em 2021 está previsto o lançamento do DVD ao vivo do show Macumba gravado em 2016 em Recife e também o seu mais novo trabalho autoral. A oficina é completamente gratuita e as inscrições podem ser feitas no portal coquetelmolotov.com.br. “Sou produtora e surda oralizada, para mim tem sido um desafio muito importante dialogar e sensibilizar desde artistas à toda equipe e conselho do Festival com a minha participação. Somos 24% da população brasileira e também queremos consumir música, o problema é que justamente pela falta de acesso a esse mercado, muitas vezes isso não acontece. É muito importante dialogar e ter trocas sobre como fazer música e tornar um festival mais acessível e inclusivo para o público de pessoas com deficiência (PCD)”, comenta Mariama Damata, conselheira do festival. O público PCD também ouve e aprecia música. Por isso é preciso ter em mente que os recursos de audiodescrição, libras e legendas são mais que necessários em produções de clipes e lyric videos. As convidadas do encontro "Fazendo Música Acessível", que ocorre a partir das 19h, na segunda-feira (18), mostram que é possível também criar e inovar na difusão de uma música acessível. PROGRAMAÇÃO FESTIVAL NO AR COQUETEL MOLOTOV: 20/1 20h - Call center com Johnny Hooker - Zoom 21/1 19h - Artista ou influencer? O cansaço de acumular as funções, o limite das bolhas e monetizando nas redes com Luiz Lins, Brvnks e Romero Ferro com mediação de Benke Ferraz (Boogarins) - Zoom 20h30 - 21h30 - Oficina: como usar um dildo? com Senta - Zoom 22/1 19h - Experiências do imersivo ao digital com Ale Paes Leme, Anna Costa e Silva, Magiluth mediado por Amnah Asad - Zoom 21h - Exibição série No Ar episódio 1 - Youtube 23/1 21h - Exibição série No Ar episódio 1 - Youtube SERVIÇO: TNT Energy Drink apresenta No Ar Coquetel Molotov - 17ª edição 11 a 23 de janeiro de 2021 Patrocínio: Natura Musical, Itaipava, Oi Pontes e Uninassau Projeto Incentivado pelo Sistema de Incentivo a Cultura do Recife Apoio: Pitú e Rappi Mídia Oficial: O Grito!, Brasileiríssimos, Minuto Indie, Rádio Universitária FM Mais informações: www.coquetelmolotov.com.br

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Euclides da Cunha uniu ciência à arte e denunciou diversas violências

Da Agência Brasil A escolha das palavras certas para descrever o ambiente e revelar tragédias. Descortinar violências, "Brasis" diferentes e até a própria consciência. Nas mesmas frases e páginas, misturas de ciências e arte literária. O espírito combativo, curioso e metódico de Euclides da Cunha é anunciado desde as primeiras páginas de Os Sertões (1902), obra monumental da literatura e do jornalismo brasileiro (disponível para leitura em domínio público), segundo explicam estudiosos do consagrado escritor, que nasceu em 20 de janeiro de 1866 (há 155 anos). Mesmo depois de tanto tempo - a primeira edição do livro saiu em 1902 -, os especialistas ouvidos pela Agência Brasil argumentam que a profundidade do trabalho do brasileiro, marcado pelo olhar científico e ao mesmo tempo artístico, explica a atualidade dos seus escritos e a necessidade de ser revisitado no século 21. O autor, ex-oficial do Exército e engenheiro, escrevia para o jornal O Estado de S. Paulo, e foi para a Bahia reportar o que acontecia na Guerra de Canudos (que durou entre novembro de 1896 a outubro de 1897). Euclides esteve na região entre 10 de setembro e 3 de outubro (23 dias) e publicou suas impressões no jornal como Diário de Uma Expedição, a partir das 22 cartas e 55 telegramas escritos. Os trabalhos seriam a inspiração para o livro que seria publicado cinco anos depois, dividido em três partes: A Terra, O Homem e A Luta. Euclides se surpreendeu bastante com o que viu e vivenciou. “Aquela campanha lembra um refluxo para o passado. E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo”, escreveu ele logo na nota preliminar. Segundo pesquisadores, diante do que flagrou, ao invés de compilar relatos e se ater a uma versão do governo central, Euclides mergulhou nas histórias dos sertanejos (sob a liderança polêmica do religioso Antônio Conselheiro), nos contextos amplos do cenários e do ambiente da caatinga e buscou as causas do acontecimento. “Ele sempre acreditou no consórcio entre a ciência e a arte”, afirma o professor de literatura brasileira e hispânica na Universidade da Califórnia, Leopoldo Bernucci, em entrevista por videoconferência. “Euclides tinha uma mente extremamente curiosa em um período marcado pelo culto à ciência”. Obra de arte Bernucci publicou em 2001 versão comentada de Os Sertões e, em 2021, chegará à sexta reimpressão, sempre com novas revisões para facilitar o entendimento de um livro que mexe com a cabeça do leitor. “A obra de Euclides é um conjunto extraordinário de conhecimentos. Trata-se de uma leitura difícil, com saberes técnicos e científicos. Mas ele se propôs a tratar do fenômeno de Canudos. A partir do momento que se lê essa grande obra, pode-se verificar que tudo ali está organizado e articulado”. O livro é considerado uma obra de arte desde a sua publicação. Em 1903, o crítico Araripe Júnior escreveu que não era possível criticar o trabalho. “A emoção por ele produzida neutralizou a função da crítica. E, de fato, ponderando depois calmamente o valor da obra, pareceu-me chegar à conclusão de que Os Sertões são um livro admirável, que encontrará muito poucos, escritos no Brasil, que o emparelhem”. José Veríssimo destacou que o livro revelava “um homem de ciências”, “um homem de pensamento”, e um “homem de sentimento”. A obra lhe valeu a indicação à Academia Brasileira de Letras, em 1903. Além de dispôr a história da revolta e do papel de Antônio Conselheiro, Euclides utilizou um grupo de saberes que incluiu botânica, geologia, sociologia, antropologia, história das religiões e conhecimentos amplos sobre a vida e história militar. Aliás, a formação de Euclides em escolas militares tem influência decisiva, segundo pesquisadores, em seu desenvolvimento intelectual. “As escolas e a carreira militar são decisivas na vida dele. O Exército estava na vanguarda do processo histórico daquele período. Claro que os professores e as referências que ele teve influenciam na obra, que é alta literatura”, afirma a professora Walnice Galvão. Ela pesquisa vida e obra de Euclides da Cunha há mais de 50 anos. A intelectual, docente emérita da Universidade de São Paulo (USP), publicou 12 livros sobre o autor. “Além da formação, outro fato transformador na vida dele é a cobertura em Canudos”, salientou. Para os pesquisadores da obra de Euclides da Cunha, o escritor foi para Canudos certo que encontraria ali uma revolta estimulada pelos monarquistas contra a recém-nascida república, proclamada em 1889. Mas o autor descobre que essa não é a história verdadeira. Não havia relação com disputa política e Euclides mudou de ideia e de foco durante a expedição. “Está estampada em todas as páginas o dilaceramento de consciência que ele viveu ao presenciar a violência do Estado contra os sertanejos”, afirma a professora Walnice Galvão. É nesse contexto que ele considera um crime o que ocorreu ali, com o massacre dos moradores e das cinco mil casas do lugarejo. “O sertanejo é, antes de tudo, um forte”, escreveu na abertura do capítulo três. Essa mudança de ideia, segundo Leopoldo Bernucci, revela-se como um ato de humildade por parte de Euclides, ao deixar o acampamento da expedição promovida pelo governo para se embrenhar na caatinga. A historiografia registra que pelo menos 20 mil pessoas morreram no episódio. Walnice Galvão destaca que Euclides teve uma virada de consciência rápida. “Ele ficou um pouco menos de um mês em Canudos, mas foi o suficiente para ter uma nova percepção do que ocorria. Na verdade, ele levou um choque diante do que descobriu. É um trauma da vida dele”. Preocupação ambiental O professor de literatura Leopoldo Bernucci prepara, junto com o pesquisador Felipe Rissato, uma obra sobre 1,4 mil correspondências enviadas e recebidas por Euclides da Cunha. A estimativa é de pelo menos mais um ano de coleta dessas cartas oficiais e também de cunho pessoal do autor. Chamam a atenção nos materiais a preocupação de Euclides com o meio ambiente. Inclusive, após publicar Os Sertões, o escritor foi convidado para chefiar a Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus, na Amazônia. Nas cartas enviadas para o Barão do

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