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Cultura e história

Livro infantil “A Observadora de Sombras” trabalha criatividade e o medo do escuro

“A Observadora de Sombras” é o mais novo lançamento infantil da editora Flyve, que está em pré-venda. A obra, que é assinada pela escritora pernambucana Maria Anna Martins e ilustrada pela também pernambucana Leticia Santiago, conta a história de uma menina que escreve em seu caderno amarelo sobre o comportamento das sombras de objetos e pessoas. O enredo trabalha o medo do escuro vivenciado pelo universo infantil. Até o final da pré-venda o livro será vendido com desconto, saindo por R$ 19,90 mais o frete. . . Camila, a protagonista da história, se inquietou ao observar as sombras: “O que elas comem?”, “Por que uma some dentro da outra?”. Curiosa, a menina decidiu encontrar as respostas e registrar todas as suas observações num caderninho amarelo. Durante a pesquisa, a observadora ainda aprende sobre o Sr. Escuro e com seu olhar criativo se diverte bastante imaginando o que as sombras fazem. A história surgiu há alguns anos, quando Maria começou a ler para as suas priminhas Sofia Vitória e Maria Isabel, hoje com 7 e 9 anos. A escritora pensou em como a experiência é divertida e enriqueceu ainda mais seus momentos com as crianças. “Como escritora, não pude evitar pensar em criar e contar histórias sobre as quais elas se interessariam. Além disso, as duas viviam dizendo que eu só escrevo histórias para ‘adultos’ e elas queriam livros meus para a idade delas. ‘A Observadora de Sombras’ é o primeiro de muitos que ainda quero fazer para elas”, contou Maria. O processo de ilustrar sombras foi um desafio prazeroso que a publicitária Leticia Santiago encarou por amar a história. “Ilustrar é algo que adoro! Fazer as ilustrações das sombras de modo que elas ficassem leves e chamassem a atenção das crianças foi uma etapa que pensei um bocado, mas o resultado está bem bonito e o retorno tem sido muito bom”, comenta a ilustradora. A dupla de pernambucanas pretende criar mais histórias juntas no futuro. Tanto para crianças quanto para um público mais adolescente. “As histórias não têm idade. Elas podem cativar mais determinado público, porém acredito que toda a família vai se divertir com esse momento conjunto de leitura”, diz a autora. O livro "A Observadora de Sombras" está em pré-venda e será enviado para todos que comprarem em 30 dias após o final desse período promocional que dura 60 dias e começou no dia 1 de novembro de 2020. Serviço: “A Observadora de Sombras”, de Maria Anna Martins e Leticia Santiago Infantil, para crianças entre 6 e 8 anos, mas pode atender tanto crianças mais novas, quanto mais velhas, dependendo do momento da criança. 30 páginas coloridas.  R$ 19,90 até o fim de dezembro Link para a compra: https://www.editoraflyve.com/product-page/a-observadora-de-sombras Instagram: @m.annamartins e @leticia.ilustra

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Finalizadas obras no Sobrado do Imperador de Igarassu

Do Iphan Traçado urbano irregular, casarões centenários e a primeira igreja construída no Brasil. Estes são apenas alguns dos atrativos do município de Igarassu, onde está localizado o imóvel conhecido como Sobrado do Imperador, parte da memória da cidade. A fim de preservar este legado do Centro Histórico igarassuano, a edificação acaba de passar por obras de conservação e manutenção. As intervenções receberam aproximadamente R$ 180 mil em investimentos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo. Iniciadas em janeiro de 2020, e após um período de suspensão em virtude da atual pandemia, as obras foram encerradas em outubro deste ano. As intervenções visam a conservação continuada do prédio, que passou por obras completas de restauração em 2009. O escopo dos trabalhos que acabam de ser finalizados contemplou limpeza e reparos no telhado e na cantaria; pintura de paredes; retificações e conservação em assoalho de madeira; conserto e pintura de esquadrias; imunização contra cupins, entre outros serviços. Destaca-se também a construção de um anexo com dois banheiros na parte externa junto ao Sobrado, que segue as normas de acessibilidade. Esta melhoria busca atender aos visitantes, pois havia apenas um sanitário na construção, no andar superior. Desde 2010 o prédio abriga o Escritório Técnico do Iphan em Igarassu, bem como a Casa do Patrimônio, espaço onde são promovidas diversas ações culturais e educativas. Com regularidade, oficinas, palestras e exposições movimentam o casarão: o trabalho continuado tem contribuído para aprofundar o conhecimento do público sobre Patrimônio Cultural, assim como estimula vínculos com o próprio sobrado, cenário de experiências marcantes para os frequentadores. O Sobrado do Imperador Construído entre os séculos XVII e XVIII, o bem consiste em um dos mais notáveis imóveis do Centro Histórico da cidade. O sobrado foi erguido com recursos advindos do imposto da carne no então povoado de Igarassu. Os primeiros usos foram diversificados, mas convergiram em abrigar instituições do poder oficial, como casa de aposentadoria, cadeia e Câmara. Em 1972, o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico de Igarassu foi inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Instituto. No século XIX, a edificação passou por transformações intensas. Acrescentou-se ao prédio uma ornamentação de referência neoclássica, vertente estilística que chega ao Brasil por influência da Missão Francesa em 1816 e permanece dominante ao longo daquele século. Mesmo com as alterações, foi mantida a essência da arquitetura seiscentista. Tais traços se mostram nos espaços permeados por jogos de cheios-e-vazios e pela conformação dos elementos em cantaria, que consiste em blocos de rocha bruta talhados de forma a constituir sólidos geométricos. O nome Sobrado do Imperador remete à visita de Dom Pedro II, que esteve no prédio em cinco de dezembro de 1859, quando realizava uma viagem pela região Nordeste. O evento ajudou a consolidar histórias de que a edificação foi construída no século XIX, o que não é historicamente acurado. Naquele ano o imóvel apenas foi preparado para recepcionar o monarca. A história de Igarassu Igarassu é considerada por alguns estudiosos como o primeiro núcleo de povoamento do País. Mais consensual é o título de segunda vila a ser criada no Brasil, após São Vicente, no atual estado de São Paulo. A cidade foi fundada em 27 de setembro de 1535, após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés. Na ocasião, o Capitão Afonso Gonçalves mandou erigir no local uma capela consagrada aos Santos Cosme e Damião, hoje a mais antiga existente no Brasil. Começa a surgir no alto da colina um modelo de implantação que materializava o poder administrativo e religioso colonial português. O estabelecimento de uma praça e de um largo delimitado por igreja, câmara, cadeia e demais prédios de propriedades e funções proeminentes consistia na estrutura inicial de povoamento, que se repetiria em Olinda e em outras cidades brasileiras. Há duas explicações para a origem do nome, ambas de tradição indígena. Segundo a primeira, teria como fonte os termos do tupi Igara e Assu, que significam, respectivamente, “canoa” e “grande”. Os historiadores acreditam que a designação teria vindo da exclamação de surpresa dos índios ao avistarem as imensas caravelas portuguesas. A outra possibilidade é de que remeta a três palavras indígenas: Ig = água ou rio; Guara = ave aquática; e Açu = grande. Desta forma, Igarassu significaria Rio dos Grandes Pássaros, também em alusão às embarcações que despontavam na costa durante os primeiros anos da colonização.

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Novo CINE PE 2020 anuncia datas e formato inédito

Em um ano totalmente atípico devido à pandemia de COVID-19, o NOVO CINE PE - Festival do Audiovisual será um pouco diferente. Prevista inicialmente para o mês de maio, a 24ª edição do festival ganha nova data e será realizada exclusivamente pelo Canal Brasil na televisão e na internet – por meio da plataforma de streaming Canais Globo (antigo Canal Brasil Play) –, além da TV Pernambuco, uma vez que ainda não é recomendável a realização de eventos presenciais de grande porte. O formato multiplataforma vai possibilitar que ainda mais pessoas possam ter acesso ao conteúdo do festival, democratizando ainda mais o acesso ao cinema. De 23 a 25 de novembro, a programação do horário nobre do Canal Brasil será ocupada pelos longas-metragens selecionados para a mostra competitiva do NOVO CINE PE 2020, sendo dois por noite, a partir das 18h, com exibição simultânea no streaming Canais Globo. Já os 31 curtas escolhidos para as mostras competitivas de curtas-metragens Nacional e Pernambuco ficarão disponíveis online, para assinantes da plataforma Canais Globo, durante os três dias de festival, o que vai possibilitar que os cinéfilos assistam às películas nos horários que lhes forem convenientes. As mostras competitivas de curtas ainda serão exibidas na TV Pernambuco, com data a ser definida. Dos 941 filmes inscritos para as mostras competitivas, número que representa um crescimento de discretos 5,37% em relação ao número de 2019, que foi de 892 filmes, seis longas, sendo três na categoria ficção e três na categoria documentário, estarão juntos na Mostra Competitiva de Longas-Metragens, oito títulos na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos e vinte e três na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais. Os seis longas nacionais selecionados para a mostra competitiva foram as ficções “O Buscador” (RJ), de Bernardo Barreto; “Mudança” (RS), de Fabiano de Souza; e “Mulher Oceano” (SP), de Djin Sganzerla; e os documentários "Nós, que ficamos” (PE), de Eduardo Monteiro; “Memórias Afro-Atlânticas” (BA), de Gabriela Barreto; e “Ioiô de Iaiá” (RJ), de Paula Braun. Para Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais foram selecionadas 23 produções do Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. (Veja abaixo a lista completa de selecionados e detalhes). A missão de selecionar os curtas e longas das mostras competitivas do NOVO CINE PE 2020 ficou nas mãos dos curadores Edu Fernandes, crítico e programador do circuito Cine Materna, e Nayara Reynaud, crítica de cinema, repórter, criadora e editora-chefe do site cultural Nervos (SP). Vale a pena destacar o crescimento da participação de produções pernambucanas. De acordo com Edu Fernandes, foram mais filmes avaliados e com alto grau de qualidade. “Por essa razão, a Mostra Nacional de Curtas abriga mais produções pernambucanas do que nos últimos anos, para poder contemplar as realizações locais que precisam ser vistas. Outro desdobramento dessa maior participação dos produtores locais é a alegria de voltar a ter um longa pernambucano em competição no NOVO CINE PE, algo que não acontecia há alguns anos”, comemora o curador. A ideia dos curadores para a edição 2020 foi compor um retrato o mais diverso possível da produção nacional de cinema, com filmes das cinco regiões do país. De acordo com Edu, “o público pode esperar, de alguma forma, se ver na tela. Os temas e abordagens dos filmes da seleção dialogam com diversos assuntos da pauta que a sociedade vem discutindo. Ainda nesse assunto, a mostra de longa tem uma paridade de gêneros entre os diretores e diretoras. Não foi algo que determinamos no começo do processo de curadoria, acabou acontecendo assim e considero mais um aspecto a se comemorar nesta edição do festival”. O Júri Oficial de cada categoria das mostras competitivas será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, que serão responsáveis por indicar os vencedores para as seguintes categorias do Troféu Calunga: categoria de longa-metragem (Melhor Filme de longa-metragem, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem); categoria de curta-metragem (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem). Além das categorias selecionadas pelo Júri Oficial, o público irá selecionar os premiados pelo Júri Popular, por meio do aplicativo oficial do festival, e os críticos da Abraccine também escolherão os melhores filmes nas categorias competitivas das Mostra de Curtas Nacionais e Mostra de Longas Metragens, através do Júri da Crítica. Sobre as dificuldades para a realização do NOVO CINE PE 2020, ano marcado pela pandemia de COVID-19, a diretora e idealizadora do festival, Sandra Bertini, conta que os desafios foram muitos. “Foi um ano desafiador para todos os profissionais que trabalham com eventos presenciais. Tivemos que mergulhar para criar um modelo que atendesse aos realizadores dos filmes, público, patrocinadores e produtores do evento, seguindo todas as normas de segurança. Alteramos o projeto na Lei de Incentivo à Cultura, já que o projeto aprovado antes era no modelo presencial. Mas o mais fácil mesmo foram os realizadores dos filmes. Conversei com todos e 100% deles abraçaram a proposta. Muitas vezes me emocionei com tamanho apoio”, relata Bertini. Embora o formato seja diferente em 2020, a produção do NOVO CINE PE fez questão de seguir com a cerimônia de apresentação dos curtas e longas direto do Cinema São Luiz, um dos últimos grandes cinemas de rua do país, tradicional palco do Festival Audiovisual, para manter o clima. A cerimônia foi gravada e será exibida sempre antes dos longas. Quem assume a apresentação do festival pelo segundo ano consecutivo é a atriz pernambucana Nínive Caldas. Com 10 anos de carreira, Nínive é integrante do “Coletivo Angu de Teatro” e já participou de filmes nacionais e internacionais. O NOVO CINE PE 2020 terá ainda espaço para a formação com seminários realizados de forma on-line e temáticas girando em torno da interrogativa "Como encarar o desafio de empreender e fazer novos

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Núcleo Popular da Orquestra Criança Cidadã realiza recital online

Assessoria de Comunicação O Núcleo Popular da Orquestra Criança Cidadã protagoniza nesta quarta-feira (11), às 20h, o décimo recital online no canal da OCC no Youtube. Alternando entre sucessos de diversos gêneros – como baião, rock e gospel – e composições autorais de Wanessa Mouta, vocalista do grupo, o Núcleo Popular alia emoção e refinamento em suas interpretações. Criado em 2012 e coordenado pelo professor de teoria musical da OCC Manassés Bispo, o grupo, como o próprio nome diz, abrange um repertório multifacetado e eclético, que alcança diversos públicos. "O Núcleo Popular surgiu por causa de Wanessa Mouta e Isaías Tavares, que eram excelentes alunos, mas não se adaptaram aos instrumentos de cordas, até então oferecidos pela OCC", explica Manassés Bispo. Buscando inovar em suas apresentações, o grupo executa obras de maneira autêntica e alterna o repertório a cada show. Desta vez, a performance segue pela música gospel, pelo rock internacional e por ritmos regionais, mas sem abrir mão dos belíssimos trabalhos autorais de uma de suas integrantes: a vocalista Wanessa Mouta, ex-aluna da OCC e atual funcionária da Associação Beneficente Criança Cidadã, que estreia três composições autorais: "Moça bonita", "A vida vai" e "James Bond". O concerto, com 30 minutos de duração, abre com a canção "Em teus braços", da cantora gospel paulistana Laura Souguellis. Em seguida, o sucesso "Creep", da banda britânica Radiohead, que em 1993 passou 20 semanas em primeiro lugar na lista de músicas mais ouvidas do mundo da Billboard, tem uma interpretação poucas vezes vista antes, com um tempo musical que acompanha a energia contagiante dos músicos envolvidos. Do pop/rock internacional, o grupo representativo da OCC parte para ritmos regionais, com "Sandaia de côro", de Adriano Coelho, e as brilhantes composições de Dominguinhos, "Lamento sertanejo" e "Gostoso demais", coescritas com Gilberto Gil e Nando Cordel, respectivamente. Logo depois, o espetáculo finaliza com as esperadas composições de Wanessa Mouta. Além de Wanessa na voz e percussão, e do professor Manassés no violão, guitarra e coordenação, o grupo ainda é composto por Orlando Araújo no teclado, Thierry Santos e Rayanna Lima na percussão, Diego Dias no violoncelo e Alice Soares no baixo elétrico. Em novembro e dezembro, a Orquestra Criança Cidadã fará mais três recitais online, realizados na Caixa Cultural Recife e com a participação de músicos do projeto a distância, nas demais seis unidades da Caixa Cultural pelo país (Salvador, Fortaleza, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba). A transmissão será feita pelas redes sociais da OCC e da Caixa. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. SERVIÇO [MÚSICA] Recital online – Núcleo Popular da Orquestra Criança Cidadã Local: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada) Data: 11 de novembro de 2020 (quarta-feira) Horário: 20h Duração: 30 minutos Classificação: Livre Patrocínio: Caixa e Governo Federal

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“Em breve chegaremos à Idade Média”, diz Ignácio de Loyola Brandão

Paulista de Araraquara, jornalista, romancista e crítico mordaz do governo federal, Ignácio de Loyola Brandão abre hoje (10), às 17h, a terceira etapa do Circuito Cultural Digital de Pernambuco. Aos 84 anos, o imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) participa da live O professor pode criar um escritor, que tem mediação do jornalista Fellipe Torres. Na conversa, ele vai falar sobre o papel do professor na formação de leitores e escritores, os mestres que contribuíram para sua formação e o descaso do ministro Milton Ribeiro com a Educação. O Circuito Cultural é uma iniciativa da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) com curadoria da Fundação Gilberto Freyre e apoio de mais de 20 livrarias, editoras e instituições. As atividades oferecidas são gratuitas, com atrações para todas as idades, e podem ser acompanhadas pelo portal www.circuitoculturalpernambuco.com.br. Confira a entrevista concedida por Ignácio de Loyola, autor com 46 livros publicados, traduzido para diversos idiomas e vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Ficção com o livro O Menino que Vendia Palavras, em 2008, e do Prêmio Machado de Assis da ABL pelo conjunto da sua obra, em 2016. Há pouco mais de um mês, na coluna que assina no jornal O Estado de São Paulo, o senhor sugeriu que o ministro da Educação pedisse desculpas aos professores pela lamentável declaração dada (“Hoje, ser um professor é ter quase uma declaração de que a pessoa não conseguiu fazer outra coisa”). As desculpas não vieram… O que esperar de um governo que não tem a educação como prioridade e de um ministro que demonstra não conhecer a realidade educacional do País, referindo-se dessa forma aos mestres? Ignácio - As respostas não vieram por duas razões, por arrogância e por não haver respostas. Toquei na ferida, na chaga exposta que apodrece, gangrena. O ministro, que pertence a uma das mais respeitáveis instituições de ensino e São Paulo, conservadora ao extremo, é também pastor religioso. Quando eu disse que ele jamais percorreu o País, jamais conversou com secretários de educação, jamais soube da real situação dos professores, e prega inclusive o castigo físico aos alunos, ele nada disse, porque nada tem a dizer. É um burocrata fechado numa sala do bairro de Higienópolis, um dos mais elitistas e São Paulo. Bairro que recusou uma estação de metrô, porque iria denegrir a imagem local com o povo transitando por ela. Desde que assumiu, o presidente – presidente? – pouco se incomodou com a Educação. Odeia ensino, porque é ignorante, analfabeto. Faz dois anos que não existe ministério, ministros, projetos, discussões. Zero sobre Zero. Achincalhou as universidades, “pontos em que se planta maconha”. Cancelou verbas, combate pesquisas. É um trator que passa sobre tudo que forma um país. Átila, aquele rei dos hunos, que conquistava e deixava terra devastada. Para que educar, se o ensino o cidadão abre a cabeça, forma o pensamento? Quem quer formar cidadãos? Estes pensam, raciocinam, conhecem, protestam, manifestam e portanto incomodam. Quanto mais ignorante um povo, mais fácil de ser manipulado, enganado, traído. Em breve chegaremos à Idade Média. Não bastasse tudo, no final de quarta-feira passada (4), Bolsonaro tirou R$ 1,8 bilhão da verba da Educação, passando para obras. Eleitoreiras. Em função do isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, professores tiveram de aprender de uma hora para outra uma nova forma de dar aulas: virtualmente. Ao mesmo tempo, o ministro da Educação, faz uma declaração desse tipo. Com um ministro que tem esse pensamento e leva o País ao caos educacional, qual o futuro da educação brasileira? O senhor crê em mudanças positivas? Ignácio - Há muitos anos o ensino vem sendo esquecido. Desde a ditadura (talvez) se montou um projeto de acabar com ele, que neste momento chega ao máximo da derrocada. Também o ensino privado, uma indústria, vem trabalhando subterraneamente para isso. Há quanto tempo se abandonou a formação de professores, preparando-os para um ensino moderno? Desde os anos 80 o digital vem crescendo, se impondo em todos os setores. Quando algum ministério pensou na modernização do ensino? Quantas escolas têm computadores e professores preparados com tecnologia para trabalhar com eles? Entre a população mais pobre, quantos têm computadores em casa? Com a pandemia, de um momento para o outro, todos se recolhem e as aulas são on-line. O professor não sabe dar aulas on-line, porque é uma situação inteiramente nova, súbita, o aluno não sabe frequentar, os pais não querem ou não têm tempo de ajudar, a internet é de quinta categoria, falha. O que esperar? E há dois anos um Ministério inerte, incompetente, burro fica lá... Olhando, talvez rindo… Mudanças? Sim. Com pessoas preparadas pedagogicamente, conhecendo o País, as diferenças regionais, as necessidade locais. Do ministro ao secretário estadual, ao municipal, aos diretores de escolas, ao professor. Mudar toda a estrutura e colocar dinheiro nisso e não nos desejos do Centrão ou dos filhos do presidente vai e vem, fala hoje, desmente amanhã. Em Araraquara, minha terra, no interior, dizia-se, um homem que caga para trás toda hora... No Brasil, professores são mal remunerados e não têm o devido reconhecimento por parte do governo federal pelas atividades que desempenham. O senhor já viajou por vários cantos do País e já viu professores que se desdobram para dar boas aulas com poucos recursos. Ser professor no Brasil, num governo que não investe em educação, é um ato de resistência? A paixão pelo ensino consegue superar as dificuldades? Ignácio - Já falei nisso em minha carta ao Ministro sem resposta. O que existe de professor bom, dedicado, maluco, inventando, criando, renovando por este Brasil afora não está escrito. Professores que têm paixão e professores que sentem necessidade, a custas de sacrifícios pessoais enormes, de levar adiante o projeto Educação. Sim, eles praticam a resistência, ainda que os salários sejam assim ó ... Lembram o gesto de Chico Anysio na Escolinha do Professor Raimundo com os dois dedos quase grudados. Os apaixonados, os que não desistem, sim existem. Mas por quanto tempo? Porque há professores que passam fome. Quero

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Espetáculo "Voar e o que me põe em pé" é atração no Teatro Vivo em Casa

O Teatro Vivo em Casa, iniciativa da Vivo para apoiar artistas e incentivar a cultura, ampliando o acesso a arte durante esta pandemia, apresenta neste sábado (07) às 20h, o espetáculo " Voar é o que me põe em pé", com interpretação de OIivia Araujo e direção de Renato Farias. O texto e poemas são de Marcelino Freire e Geni Guimarães. O monólogo apresenta Zefa, uma mulher de muitos anos, que faz poesia com o vento, o tempo, os sons, os cheiros. E quem vai dizer que não há arte na simplicidade de quem lê a vida na fumaça do café. Fala sem medos, com o conhecimento de quem já viveu o suficiente para saber falar de amor e desamor. Sem medo de afirmar o seu ser mulher, sem medo de rir da ignorância dos "letrados". Pelos seus olhos passeiam as lembranças da música da irmã, a beleza da mãe, a aflição do pai, o senhor garboso, a avó trançadeira de algodão. O espetáculo será encenado diretamente do palco do Teatro Vivo, com transmissão ao público via streaming. Os ingressos são gratuitos e limitados, disponíveis a partir de inscrição via plataforma @vivo.cultura, no Instagram. Clientes do programa Vivo Valoriza contam com cota especial de convites. Classificação: livre.

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Fechado há 40 anos, Cine Olinda pode ser gerido pela Fundaj

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) deu o primeiro passo para devolver um cinema de rua a Olinda. Em ofício enviado nesta quinta-feira (05) à prefeitura da cidade, o presidente da Fundaj, Antônio Campos, colocou à instituição à disposição para gerir o equipamento cultural que encontra-se fechado há mais de 40 anos. “A Fundaj tem tradição de 20 anos de gestão de cinema, com dois em funcionamento e tendo assumido, recentemente, o Cinema do Porto Digital, que abrirá ao público em dezembro. Temos equipe especializada para assumir esse desafio”, afirma Antônio Campos. Endereçado ao prefeito Lupércio e ao secretário de Patrimônio e Cultura, João Luis da Silva Júnior, o ofício esclarece que havendo interesse da gestão municipal olindense, a Fundaj iniciará de imediato os estudos técnicos e financeiros para viabilizar um projeto, mediante a assinatura de protocolo de cessão para a gestão do espaço. A história Inaugurado em 1911, com o equipamento cultural recebeu o nome de Cine Theatro de Variedades. Na década seguinte, passou a se chamar Cine Olinda, sendo administrado pelo Coronel Victor José Fernandes. Em 1932 o artista plástico olindense Bajado foi contratado para pintar cartazes do cinema, sendo logo promovido a gerente. A relação de bajado com o espaço durou até 1965. Após esse período, o equipamento cultural foi um pouco de tudo, menos um cinema. ERa usado como depósito de açúcar, boliche e alojamento para desabrigados. Cinco décadas depois, já nos anos 70, o cinema parou de funcionar. Em 1979, a área foi desapropriada pelo então prefeito Germano Coelho. 1979. Nos anos 80, chegou a “ensaiar” uma retomada, com o nome de Cine Bajado, uma homenagem ao artista. O movimento não andou e o espaço segue sem atividade.

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Ágora Sonora se consolida como plataforma permanente de lives

Abril de 2020. No auge do isolamento social no Brasil devido à Covid-19, as pernambucanas Twilla Barbosa e Cristiana Ferreira criaram uma solução inovadora para ajudar cantores, músicos e compositores impossibilitados de trabalhar durante a quarentena – nascia a Ágora Sonora. A partir de hoje (06/11), o projeto cresce e se consolida como plataforma de lives monetizadas, transformando-se em um sistema permanente que visa levar shows autorais a residências de todo o Brasil. O projeto começou despretensioso, com a ocasião do aniversário de Cristiana e o desejo das sócias em angariar fundos para ajudar artistas pernambucanos. Sete meses depois, a Ágora já havia apresentado mais de 100 shows incluindo artistas da Paraíba, de Minas Gerais e São Paulo, movimentando um montante de R$ 115 mil reais e um público de cerca de 5 mil espectadores. A renda média destinada a cada artista foi de R$ 1.150, quase o dobro do valor do Auxílio Emergencial concedido pelo Governo Federal. A partir desta sexta (06), a Ágora ganha endereço fixo na Internet, um portal online no qual o público pode comprar acesso a shows virtuais ao vivo por contribuições espontâneas a partir de R$ 20. O sistema oferece compra rápida e intuitiva, diferentes opções de acesso e suporte ao cliente via redes sociais e e-mail. Os shows ocorrem via aplicativo Zoom, onde um público de até 100 pessoas experiencia interação única com o artista, encurtando distâncias e rompendo as barreiras do mundo digital. O “Especial Ágora Sonora”, evento gratuito de lançamento da plataforma, ocorre às 21h desta sexta com um pocket show para convidados, reunindo 10 artistas que marcaram a trajetória de sete meses do projeto – Bruna Caram (SP), Chico Limeira (PB), Cliver Honorato (MG), Flaira Ferro (PE), Joana Terra (BA), Titá Moura (PB), Juliano Holanda (PE), Lucas Torres (PE), Nathália Bellar (PB) e Rhaissa Bittar (SP). Na sequência, também há agenda aberta ao público – dia 07/11 tem show do projeto Cantoria Crua, com os pernambucanos João Euzé, Neto Sales e Adalberto; e dia 28/11 tem apresentação de Alessandra Leão. De acordo com Twilla Barbosa, idealizadora e gestora da Ágora Sonora, diante das incertezas de cura para a Covid-19 e normalização dos eventos culturais, a proposta é que a plataforma venha para ficar. A empresária aposta nos shows on-line como experiência cultural dos novos tempos e uma opção para públicos com restrições de deslocamento. Para 2021, ela imagina ampliar a plataforma com loja virtual, novos serviços, adesão de artistas internacionais e até a transmissão ao vivo de shows presenciais para públicos de outras localidades. “Nesse período, muitas histórias se cruzaram nas Ágoras: idosos que fazem desse espaço um refúgio da solidão e do medo; amigos que compartilham o tempo com descontração; amantes da música que se aventuram em novos repertórios; o nascimento de novas amizades; o fortalecimento de vínculos afetivos para além dos territórios... São vivências intensas e concretas na descoberta do mundo virtual como parte do mundo real”, afirma Twilla. Confira aqui o site: http://agorasonora.com.br/. REVOLUÇÃO FEMININA E ATRAVÉS DO AFETO – A Ágora Sonora é uma das iniciativas culturais realizadas por mulheres que mais resplandeceram no ano de 2020. O projeto foi criado pela recifense Twilla Barbosa, produtora cultura e gastrônoma com ampla expertise nessas áreas. Nos últimos anos, ela integrou projetos como o desenvolvimento da Casa Belch, ponto multicultural durante o Festival de Inverno em Garanhuns (FIG) 2017; e idealizou ainda o projeto Quinta da Música Popular Pernambucana, no Café Liberal 1817, em 2018. Durante a pandemia, Twilla viu na Ágora uma forma de fazer a cadeia criativa continuar girando. Em seguida vieram as parcerias, que ajudaram as ideias a saírem do papel – colaboram com a Ágora a empresária e amante das artes Cristiana Ferreira, RP especialista em Marketing e sócia investidora da plataforma; a produtora Dione Lima, da Faniquito Produções, auxiliando na curadoria de artistas; Laís Moutinho, que assina a parte de Design e Desenvolvimento Web; e Thays Melo na assistência de produção. Além de fortalecer a cultura em tempos de pandemia, o projeto traz o protagonismo feminino na inovação e na difusão cultural pautada no afeto. “As lives gratuitas tiveram um momento importante e continuam tendo, mas fazia a gente sentir falta do elemento do encontro: a interação, os aplausos... Com a Ágora descobrimos que o palco virtual também é potente e que existe um público que é tocado por esse formato. As pessoas entram achando que assistirão uma live normal e saem encantadas com as possibilidades de interação e troca. De repente, estamos na sala da casa uns dos outros”, comenta Dione Lima. SERVIÇO: Especial Ágora Sonora Quando: sexta, 6 de novembro de 2020 Horário: 21h Onde: Conferência virtual via plataforma Ágora Sonora Gratuito, apenas para convidados. Mais informações: Instagram @agorasonora e @twillab Realização: Twi Lab Cultural. Apoio: Faniquito Produções AGENDA ABERTA AO PÚBLICO: 07/11 – projeto Cantoria Crua, com João Euzé, Neto Sales e Adalberto 28/11 – Alessandra Leão Ingressos disponíveis em: http://agorasonora.com.br/

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Os recados e versos de Zeca Lemos

*Paulo Caldas Neste "Singularidades" são plurais os recados e versos de Zeca Lemos. Os escritos intercalam textos vestidos de reflexões, algumas vezes com enigmática elegância, quando nascidos do ofício do psicoterapeuta, mas que noutros momentos obedecem à voz do poeta: "mãe ímpar, ursa maior, lençol acolhedor, heroína prima... Epicentro da ternura... Rainha de encanto... Latinas morenas, arrosetadas encarnadas...” As virtudes conteudísticas do livro, observadas pelas lentes inspiradas de Flávia Suassuna, seguem o mestre Drummond quando nos aconselha a procurar a poesia no reino das palavras e assim, na trilha de Itabira, Zeca Lemos ergue o seu castelo. Num jogo lúdico, ele trabalha, relaciona, mistura, experimenta, pesquisa, libera palavras que indicam um sentido, uma saída, se houver coragem para enfrentar a sua decifração. Conforme opina Amílcar Figueiredo, no texto de contracapa, Zeca Lemos se dedica a visitar seu universo próprio de sensações, reflexões, sentimentos, trazendo-os à luz e os ressignificando, em um processo de transformação e evolução individual e social. Acrescenta que o autor expressa palavras carinhosas, poéticas, sugestivas, que brincam entre si e entram em nossa mente nos convidando para fazer o mesmo resgate interior, facilitando nosso crescimento emocional, mental e espiritual. O livro tem o projeto visual de Eliseu Saraiva, revisão de Flávia Suassuna e impressão da Livro Rápido Editora Gráfica. Os exemplares podem ser adquiridos pelo fone-watts app 9978-4237 *Paulo Caldas é Escritor

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Visitas gratuitas às instalações e histórias do Teatro de Santa Isabel são retomadas

Depois de tantos meses de silêncio e cortinas fechadas pela pandemia, o Teatro Santa Isabel reabre as portas, convidando os recifenses para uma visita. Nos próximos domingos 8 e 22 de novembro, será retomada a programação de visitas gratuitas às instalações e histórias de um dos mais antigos e importantes equipamentos culturais do país. Também serão realizadas visitas nos dois primeiros domingos de dezembro. A cada dia, serão disponibilizados três horários de visitação, às 14h, 15h e 16h, para grupos de, no máximo, 10 pessoas. Os grupos serão formados no dia da visita, por ordem de chegada dos visitantes. O uso de máscara será obrigatório para acesso ao teatro, gerido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Na visita, o público será apresentado às curiosidades, dificuldades, glórias e lutas que testemunhadas e protagonizadas pelo teatro centenário, inaugurado em 18 de maio de 1850, e batizado em homenagem à Princesa Isabel, inserindo a então província de Pernambuco numa nova fase cultural. Idealizado pelo Barão da Boa Vista, teve o projeto dirigido pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier, que inovou na época, optando por não utilizar trabalho escravo na construção de arquitetura neoclássica. Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 31 de outubro de 1949, o equipamento foi mais tarde eleito um dos 14 teatros-monumentos do país. Durante toda a sua história, a casa sempre esteve no centro da vida política da cidade, tendo assistido à Revolução Praieira e abrigado a campanha abolicionista e pelo advento da República. Frequentado, desde sempre, por notórias personalidades da cultura nacional, o Teatro de Santa Isabel foi cenário dos debates literários de Tobias Barreto e Castro Alves. Foi de lá que ecoou para todo o Brasil a histórica frase do abolicionista Joaquim Nabuco: “Aqui vencemos a causa da abolição”, imortalizada numa placa exibida numa das paredes do teatro até hoje. Uma curiosidade sobre o teatro é que ele chegou a ser destruído por um incêndio ocorrido em 19 de setembro de 1869, tendo sido totalmente recuperado, redimensionado e entregue outra vez ao povo pernambucano em 16 de dezembro de 1876. Nos próximos domingos, toda essa história espera o público recifense para uma visita. E o Santa Isabel aguarda ansioso para matar a saudade e recomeçar a escrever os próximos capítulos.

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