Arquivos Cultura E História - Página 165 De 368 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

9 fotos do Colégio Sagrada Família Antigamente

Na semana passada uma notícia triste para o setor de educação foi o anúncio do fechamento do Colégio Sagrada Família, um dos mais tradicionais do Recife que funcionava em Casa Forte. Fundado há 115 anos por Santa Emília de Rodat, a instituição encerra suas atividades no dia 31 de dezembro. Localizamos um série de 9 imagens do Colégio Sagrada Família dos últimos anos das primeiras décadas século passado nos Acervos Benício Dias e Josebias Bandeira, ambos da Fundaj. Confira abaixo. Clique nas imagens para ampliar. VEJA TAMBÉM: 20 imagens de Escolas de Pernambuco Antigamente 8 colégios do Recife antigamente . Prédio do Colégio Sagrada Família, em postal datado de 1914 . Colégio Sagrada Família, em 1938 . Colégio Sagrada Família, em 1939 . Fechada do Colégio  . Estudantes no pátio do Colégio Sagrada Família . Classe do Colégio Sagrado Família . Refeitório da instituição de ensino . Capela no interior do colégio . Sala de visitas . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com) . VEJA TAMBÉM: 20 imagens de Escolas de Pernambuco Antigamente 8 colégios do Recife antigamente  

9 fotos do Colégio Sagrada Família Antigamente Read More »

“De Repente”: novo single de Revoredo nas plataformas digitais

“De repente todo dia era domingo...” Aflições, dúvidas e incertezas que nasceram com a quarentena foram inspiração para o cantor e compositor Revoredo, natural de Garanhuns (PE), para um novo projeto musical, que estreou nesta sexta (30/10). O novo single do artista “De Repente” já se encontra nas plataformas digitais, inaugurando uma trilogia de canções que versam sobre sensações e impressões decorrentes do isolamento social. Ouça aqui. Suscitando reflexões através da arte e da poesia, o projeto de Revoredo surgiu espontaneamente em parceria com outros músicos pernambucanos, numa tentativa de escoar a criatividade em tempos de distanciamento por causa da Covid-19. A melancólica “De Repente”, parceria do músico com Sam Silva e Juliano Holanda, conta com lançamento oficial com show virtual de Revoredo neste sábado (31) às 21h, na plataforma Ágora Sonora. O novo single inaugura uma trilogia de três canções que chegam ao público até o final do ano, uma provocação sensível e tocante, que retrata o momento histórico atual por meio da música. Dando continuidade ao projeto, “Quase Tudo” (Revoredo/Juliano Holanda) será lançada no final de novembro e "Arrumação" (Revoredo/Brunno Lins) em dezembro, encerrando 2020 com um simbolismo de resiliência e reflexões filosóficas. Além de voz e violão, Revoredo também assina a produção das faixas, em processo totalmente remoto com os músicos colaboradores - “De Repente” tem piano por Júlio Portela e violino e viola por Kaw Lima. A finalização da faixa ficou a cargo do produtor baiano Bocha Caballero. A distribuição digital do projeto ocorre através da Tratore. "Três canções. Três poemas. Três parceiros. Três músicos em cada canção. Três histórias que, juntas, lançam no mundo uma narrativa sonora sobre os últimos dias que temos vivido. Nossos medos, anseios, dúvidas e esperanças... Uma mensagem do presente para o futuro", filosofa Revoredo, que, apesar da pandemia, teve um ano produtivo em 2020 - lançou seu primeiro disco autoral em março passado, com incentivo do Funcultura, celebrando 15 anos de carreira musical; e realizou dezenas de lives, entre elas no festival "Arte como Respiro" do Itaú Cultural, em setembro, e no edital "Cultura em Rede" do Sesc Pernambuco, em outubro. >> SERVIÇO: Show de Lançamento do single "De Repente", com Revoredo Quando: sábado, 31 de outubro de 2020 Horário: 21h Onde: Plataforma Ágora Sonora Ingressos: Contribuição espontânea a partir de R$ 20 À venda online no site https://agorasonora.com.br/ Mais informações: Instagram @agorasonora

“De Repente”: novo single de Revoredo nas plataformas digitais Read More »

Crítica | "O Charlatão"

*Por Houldine Nascimento, especial para Algomais A 44ª Mostra Internacional de Cinema São Paulo segue a pleno vapor. Mesmo diante de um cenário pandêmico, o tradicional evento audiovisual se mantém como porta de entrada para vários filmes no Brasil. Um deles é “O charlatão”, novo trabalho da prestigiada cineasta polonesa Agnieszka Holland, de clássicos como “Colheita amarga” (1985) e “Filhos da guerra” (1990), pelo qual foi nomeada ao Oscar de melhor roteiro adaptado. Além disso, ela contribuiu como roteirista para os diretores Andrzej Wajda (“Danton”, “Um amor na Alemanha”) e Krzysztof Kieslowski (trilogia das cores), seus conterrâneos. Agnieszka seguiu carreira como realizadora e agora, em “O charlatão”, põe em evidencia a trajetória do herborista tcheco Jan Mikolasek, venerado por curar centenas (talvez milhares) de pessoas na então Tchecoslováquia, mostrando uma habilidade incomum de diagnosticar doenças a partir da urina de seus pacientes. Sua fama correu o país, a ponto de o presidente Antonín Zápotocký, morto em 1957, ficar aos seus cuidados. Graças a essa atuação, Mikolasek fez fortuna enquanto a Tchecoslováquia vivenciava profundas transformações e a História acontecia diante de seus olhos. Soube conviver com a turbulência da Segunda Guerra e a alternância política ocasionada com a ocupação nazista e, mais adiante, pelo regime comunista. Coube ao experimentado ator tcheco Ivan Trojan interpretar com muita competência este personagem complexo. Agnieszka empregou uma narrativa clássica, entremeando o momento escolhido (anos 1950) com fragmentos do passado, quando decide mostrar a adolescência de seu protagonista, sobretudo como ele se tornou esse herborista requisitado. Nessa fase, é vivido por Josef Trojan, filho de Ivan. A diretora reserva mais ousadia à trama já no desfecho, ao adentrar na sexualidade de uma figura santificada por muitos e exibir seu convívio sem questionamentos com os diversos regimes, sendo perseguido por um deles. É nessa meia hora final que as várias facetas do personagem central vêm à tona. Talvez tarde demais. *Houldine Nascimento é jornalista e assistiu o filme em 26/10/2020 a convite da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Crítica | "O Charlatão" Read More »

Cais do Sertão debate sobre o olhar feminino na arte no Conexão Cais

Desde o surgimento do mundo, as expressões artísticas codificaram a história da humanidade. A natureza, os afetos e as paisagens foram fortemente representados a partir da perspectiva masculina. Com a necessidade de trazer protagonismo de  diversos grupos sociais, as mulheres passaram a refletir e produzir arte. Pensando em toda a historiografia da arte, o Cais do Sertão, tendo como mote o Outubro Rosa, que traz à tona a discussão sobre o feminino, convida a desenhadora e jornalista Dani Acioli para live. A artista discute “A feminista obra de uma desenhadora”, no quadro Conexão Cais, nesta quarta-feira (28), às 15h, no Instagram @caisdosertao. Dani se coloca como feminista e trabalha todo o seu universo por intermédio da linguagem figurativa com forte inspiração na xilogravura e no cordel - expressões fortes no interior de Pernambuco. Entre tecidos, madeiras e cores, o seu trabalho ganha forma por abordar o feminino, o pudor, o erotismo e a opressão. Todo esse processo criativo será apresentado e analisado por ela na conversa mediada pela coordenadora de Conteúdo do Cais, a jornalista Clarice Andrade. Em um cenário dominado pelas produções masculinas, torna-se difícil trazer ao centro outras perspectivas do ofício artístico. Para Dani, o mercado ainda é desigual para as mulheres. “Em um mundo pautado pelo endeusamento da visão masculina, trazer à tona as   experiências femininas com o erotismo, a religião e os afetos, infelizmente, é uma tarefa que ainda encontra muita resistência. Faz-se necessário a luta persistente em ocupar um lugar que é nosso”, defende a artista. O trabalho visual de Dani nos últimos anos chegou à Europa, ganhando visibilidade em galerias de arte em Lisboa, com as exposições  “No Meu lugar, o que você faria” e “Histeril”. No Recife, entre outros trabalhos, ela coordenou o Projeto Anexo e a Mostra Cultural BR Shopping Recife. SERVIÇO Conexão Cais - “A feminista obra de uma desenhadora”, com Dani Acioli, às 15h, no instagram @caisdosertao

Cais do Sertão debate sobre o olhar feminino na arte no Conexão Cais Read More »

Galeria Artes do Imaginário Brasileiro reabre em Olinda

A Galeria Artes do Imaginário Brasileiro, que há 13 anos reúne o mais belo e representativo da arte popular pernambucana e nacional, reabriu recentemente suas portas no Alto da Sé em Olinda. Um dos destaques nessa volta é a apresentação do catálogo que publicamos abaixo, destacando peças de grandes artesãos que estão no acervo da loja.   O casarão tombado onde fica instalada a galeria abriga obras únicas, concebidas e realizadas a partir do dom e perspectiva de cada artesão. Mais do que peças decorativas, o espaço sugere aos seus visitantes conhecer um pouco do fantástico imaginário popular brasileiro. Além da alternativa de visitar a loja física no Alto da Sé, em Olinda, o espaço também possui uma loja virtual, no site www.imaginariobrasileiro.com.br. Nos últimos meses a galeria otimizou o atendimento no site e nas plataformas digitais para atender os clientes de todo Brasil que desejam comprar as peças de arte popular Brasileira. O espaço também tem um perfil no Instagram para divulgar as novidades e as peças em comercialização: @imaginariobrasileiro

Galeria Artes do Imaginário Brasileiro reabre em Olinda Read More »

Diogo Nogueira se apresenta no Boteco Parador, neste sábado (31)

Trazendo mais um sábado de programação para os pernambucanos, o Boteco Parador, nova proposta de Boteco temporário do Recife, se prepara para a sua terceira semana consecutiva no Recife Antigo. Fazendo sucesso entre os recifenses por unir música ao vivo com comida de boteco, além de apresentar um local seguro para os presentes, o projeto receberá, neste sábado (31), a música ao vivo de Diogo Nogueira. Com comidas, bebidas e drinks do Quintal do Picuí, o público recebe a refeição completamente embalada e higienizada, para aproveitar todos os detalhes do sábado, sem se preocupar. Apostando na música ao vivo para animar os presentes, desta vez, o boteco receberá Diogo Nogueira, que promete um repertório com músicas consagradas do samba, além dos seus hits “Pé na Areia” e “Clareou”. Deixando a festa ainda melhor, Tiee também se apresentará no local, trazendo seus principais sucessos da carreira. Taiguara e Davi Moraes completam o line up. Com rigorosos protocolos de prevenção, o boteco conta com a empresa Eco Desinfect para higienizar o local antes e durante a programação, reforçando a higienização de mesas, banheiros, camarins e palco com frequência durante todo o dia. Com três setores disponíveis a escolha do cliente, o Boteco Parador conta com mesa para quatro pessoas, com divisórias e distanciamento de 1,30m entre elas, limitando o contato para apenas pessoas do mesmo ciclo social. A mesa para quatro pessoas custa entre R$ 400 e R$ 800, de acordo com a localização dos assentos, disponíveis no site da Bilheteria Digital e nas lojas Figueiras Calçados.

Diogo Nogueira se apresenta no Boteco Parador, neste sábado (31) Read More »

Artistas expõem suas vivências no Cultura A Gosto da Periferia

O Sesc Piedade vai realizar entre os dias 27 e 29 de outubro o projeto Cultura A Gosto da Periferia. Serão palestras, apresentações e formações, com a presença de mulheres moradoras das periferias de Jaboatão dos Guararapes. O evento acontece no Youtube do Sesc PE, no Instagram do Ocupe a Peixaria e no Google Meet sempre no horário da tarde. Dias 27 e 28 é a vez da vivência Breakin’Casa, com a artista Duda Serafim. O mini curso vai abordar de forma prática, do breaking e da cultura hip hop, relacionando essas atividades artísticas com as danças populares do Nordeste. O encontro acontece das 14h às 16h na plataforma Google Meet. Para participar, basta se inscrever no link https://cutt.ly/bgvSllz. Já no dia 29, a partir das 15h, a programação do Cultura A Gosto da Periferia encerra suas atividades com a apresentação artística “O medo é ilusório”, da rapper Nagô. No show, a cantora vai apresentar suas músicas que falam sobre ser mulher negra, periférica e feminista inserida no contexto do rap, ambiente majoritariamente masculino. A apresentação acontece no perfil do Instagram @ocupeaperixariaoficial. Sesc - Fundado em 1947 em Pernambuco, o Serviço Social do Comércio é uma instituição privada mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Atuante na Região Metropolitana do Recife, Agreste e Sertão, oferece atividades gratuitas ou a preços populares nas áreas de Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde. Atualmente, suas 23 unidades, incluindo os hotéis em Garanhuns e Triunfo, operam respeitando os protocolos de saúde e alinhadas aos órgãos públicos, tendo ações presenciais, virtuais ou híbridas. No campo digital, a instituição oferece o aplicativo Sesc-PE, facilitando acesso às atividades, renovação e habilitação do cartão, entre outras funcionalidades, e disponibiliza a plataforma Sesc Digital (https://cursos.sescpe.com.br/todos). Por ela, é possível conhecer o cronograma de cursos e realizar a inscrição de forma online e segura. Para acompanhar todas as informações sobre o Sesc, acesse www.sescpe.org.br. Serviço: Cultura A Gosto da Periferia Dias 27 e 28, 14h às 16h. Vivência Breakin’Casa. Inscrição: https://cutt.ly/bgvSllz Dia 29, às 15h. Show “O medo é ilusório”. Transmissão no Instagram

Artistas expõem suas vivências no Cultura A Gosto da Periferia Read More »

7 fotos da Rua Duque de Caxias Antigamente

Uma das principais vias comerciais do Bairro de Santo Antônio, a Rua Duque de Caxias, é o destaque da coluna Pernambuco Antigamente de hoje. Pelas fotos e postais do passado é possível notar que a vocação para o varejo do lugar já atravessa décadas. Nos registros antigos (um deles, inclusive, é da primeira década do século passado) expõe detalhes como a variedade típica do comércio de rua do Recife, as marcas dos trilhos no chão em memória às antigas linhas de transporte, as vestes elegantes de alguns caminhantes e a arquitetura que ainda pode ser reconhecida. Clique nas imagens para ampliar. . Comércio na Rua Duque de Caxias (Villa Digital, Fundaj, Acervo Josebias Bandeira) . Esquina entre as Ruas Primeiro de Março e Duque de Caxias, em 1911 (Villa Digital, Fundaj, Acervo Josebias Bandeira) . Rua Duque de Caxias, vista a partir de um dos edifícios da via (Villa Digital, Fundaj, Acervo Josebias Bandeira) . Cartão Postal da Rua Duque de Caxias (Villa Digital, Fundaj, Acervo Josebias Bandeira. Foto de Djalma Granja) . Registro da Rua Duque de Caxias, com vista para a Igreja Nossa Senhora do Livramento (Villa Digital, Fundaj, Acervo Josebias Bandeira. Foto de Djalma Granja) . Rua Duque de Caxias, antiga Rua do Queimado; Data compreendida entre 1900/1910 (Villa Digital, Fundaj, Acervo Benício Dias) . Rua Duque de Caxias em 1920 (Villa Digital, Fundaj, Acervo Benício Dias) . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

7 fotos da Rua Duque de Caxias Antigamente Read More »

Orquestra Criança Cidadã apresenta 2º recital em homenagem aos professores

A Orquestra Criança Cidadã aponta, mais uma vez, os holofotes a seus mestres, no segundo recital online protagonizado por integrantes de seu corpo docente. A apresentação irá ao ar na próxima quarta-feira, dia 21 de outubro, às 20h, no canal da OCC no Youtube. Após a performance de professores de instrumentos de sopro, na semana anterior, agora o destaque são os de instrumentos de cordas. Primeiro, com os irmãos e violoncelistas Davi Christian e Diógenes Santos – antigos alunos do Núcleo do Coque e hoje monitores dos núcleos de Igarassu e do Ipojuca, respectivamente –, e, na sequência, com o violinista Gilson Filho, um dos atuais coordenadores pedagógicos do projeto. Davi Christian será responsável por interpretar o primeiro movimento, “Prelúdio-Fantasia”, da “Suíte para violoncelo” do compositor catalão Gaspar Cassadò. Já Diógenes Santos tocará o quarto movimento, “Sarabanda”, da “Suíte nº 2, em ré menor, BWV 1008”, de Johann Sebastian Bach. A apresentação de Gilson Filho, coordenador pedagógico do Núcleo do Coque, será a elaborada versão para violino do “Carinhoso”, de Pixinguinha, escrita pelo maestro e violinista Cussy de Almeida (1936-2010). Gilson conta que conheceu Cussy de Almeida em 2006 e este o convidou a ser seu aluno particular de violino. “No primeiro dia de aula, ele me presenteou com um livro contendo algumas músicas que eu deveria preparar em dois meses, entre elas o arranjo do ‘Carinhoso’, que era extremamente difícil de ser tocado, tecnicamente falando. Acabou se tornando uma das minhas músicas favoritas”, conta. Para Gilson, o contexto histórico e sentimental da peça vem à tona cada vez que ele a executa. “Me sinto lisonjeado em ter tido a oportunidade de aprender esta música com o próprio arranjador, sem falar que professor Cussy foi um dos responsáveis pela minha formação e iniciação musical, afinal ele idealizou o projeto social Suzuki do Alto do Céu, no bairro de Água fria, onde eu iniciei a minha trajetória. De todas as vezes que apresentei este virtuoso arranjo, sem dúvida a mais marcante foi no dia da inauguração da Orquestra Criança Cidadã”, recorda. “Naquele dia, eu consegui mostrar para todos os meninos que se tornariam meus alunos, que a música pode, sim, transformar vidas, assim como transformou a minha”. A transmissão dos concertos via internet é uma das maneiras de a Orquestra Criança Cidadã demonstrar gratidão aos seus mestres pelo importante papel desempenhado neste período de pandemia e ainda, com o incentivo da Caixa, levar ao público o trabalho do projeto, enquanto as opções de apresentações presenciais se mantêm restritas. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. SERVIÇO [MÚSICA] Recital online – Homenagem aos Professores da Orquestra Criança Cidadã – parte 2 Local: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada) Data: 21 de setembro de 2020 (quarta-feira) Horário: 20h Duração: 15 minutos Classificação: Livre Patrocínio: Caixa e Governo Federal

Orquestra Criança Cidadã apresenta 2º recital em homenagem aos professores Read More »

A Revolução de 30 do ponto de vista nordestino

Até parece obra de ficção o drama de João Pessoa, assassinado pelo adversário político João Dantas, que foi morto na Casa de Detenção do Recife; e a morte de João Suassuna, acusado de cumplicidade no homicídio do então governador da Paraíba, vice na chapa de Getúlio Vargas à presidência da República pela Aliança Liberal. Os desdobramentos deste episódio levaram à deflagração da Revolução de 30, movimento que neste mês completa 90 anos. Oportunamente, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) publica Três homens chamados João ? Uma tragédia em 1930, da escritora Ana Maria César. O lançamento será nesta quinta-feira, dia 22, às 17h30, no canal da Cepe no YouTube, com bate-papo entre a autora e o editor Diogo Guedes. O livro traz um novo foco sobre o mais importante movimento revolucionário brasileiro, ratificando historicamente a vocação libertária de Pernambuco, que protagonizou a Revolução Pernambucana de 1817, a Convenção do Beberibe, a Confederação do Equador e a Revolução Praieira. Para escrevê-lo foram necessários quatro anos de dedicação ao tema, obedecendo à precisão historiográfica. Na pesquisa, a autora privilegiou os jornais locais a fim de captar o entusiasmo, a comoção, o desvario do povo vivendo um novo momento. Além da perspectiva nordestina da história, e da sacada dos três homens chamados João, um importante diferencial do livro está na riqueza da linguagem narrativa, que se assemelha ao que há de melhor em estilo literário. Essas características, aliadas à capacidade imagética da escritora, conduzem o leitor ao ambiente da época. É como se a própria Ana Maria tivesse vivido os acontecimentos de então. O teor passional e trágico dos acontecimentos também permitiram à autora uma construção mais despojada. Algumas vezes até mesmo poética. "Chego a ver o tumulto da Rua Nova na tarde de 26 de julho (data do assassinato de João Pessoa). Percebo a agonia de Augusto Caldas (preso injustamente com o cunhado João Dantas) na Casa de Detenção. Sinto o vento que dança nos cabelos de Ritinha (Rita de Cássia Dantas Villar, mãe do escritor Ariano Suassuna), no Porto do Recife, se despedindo de João Suassuna (que foi à capital, Rio de Janeiro, provar sua inocência, e lá foi morto). Ouço o martelar da máquina de escrever de João Dantas em Olinda, escrevendo mais um artigo contra João Pessoa. Acompanho a trajetória de desespero de Anayde Beiriz até o momento final. E então escrevo. Porque o que sou mesmo é escritora", define-se Ana Maria. A fim de apreender armas e munições que pudessem ser usadas numa possível revolta, João Pessoa mandou a polícia revistar as casas dos suspeitos. No dia 10 de julho de 1930 invadiram o escritório do advogado e jornalista João Dantas. Embora a polícia não tenha encontrado armamento, com a intenção de desmoralizar e atingir a honra de João Dantas, o jornal estatal A União iniciou a publicação dos papéis ali apreendidos, cartas e telegramas de familiares e correligionários, peças de processos de constituintes, promissórias, um diário, "confidência da mais repugnante politicagem", alardeava a folha. E no dia 26 de julho, o advogado entrou na Confeitaria Glória, no Recife, onde o presidente da Paraíba se encontrava, e matou João Pessoa com três tiros de revólver. A comoção popular levou ao movimento armado em 3 de outubro, considerado vitorioso em 24 de outubro. Fascinada pela história, a escritora recifense ressalta a ancestralidade paraibana e sertaneja. "Meus pais eram fervorosos adeptos da Aliança Liberal. Quando eu tinha 12 anos, na Praça João Pessoa, meu pai narrou para mim a Revolução de 1930. Claro que não lembro nada do que ele disse, mas possivelmente aquela narrativa ficou no meu inconsciente como uma epopeia do nosso povo. Agora me sinto em paz. É como se tivesse cumprido um pacto, contar a história do ângulo dos nossos dois Estados", destaca Ana Maria. No prefácio, a professora e escritora pernambucana Margarida Cantarelli, ocupante da cadeira 9 da Academia Pernambucana de Letras, diz que muito já se escreveu sobre a Revolução de 30, mas que a autora conseguiu ir além do que já foi produzido sobre o tema. "Ana conseguiu trazer fatos e interpretações novos ao que se supunha definitivamente esclarecido ou adormecido", diz. Sobre o teor dramático da história e sua semelhança com a ficção, a acadêmica lembra o filme da cineasta Tizuka Yamasaki, Parahyba Mulher Macho. Em 1983, quando Margarida era chefe da Casa Civil do Governo de Pernambuco, presenciou algumas cenas gravadas nas dependências do Palácio do Campo das Princesas. No elenco, Tânia Alves, como Anayde; Walmor Chagas protagonizava João Pessoa; e Cláudio Marzo, João Dantas. DESTAQUE "O subtítulo do livro - uma tragédia em 1930 revela o que penso do assassinato dos três homens chamados João. Nessa trajetória, me irmanei com o drama dos personagens e, sobretudo, com o povo, em seu entusiasmo mais verdadeiro e em sua comoção mais aterradora", ressalta a autora. Alguns capítulos foram reticulados, a pedido da escritora, para diferenciá-los dos demais, que tratam de política, dissenções partidárias, processos judiciais. Nesses, cujas páginas receberam uma cor acinzentada, Ana Maria descreve as tragédias, individuais ou coletivas. Optou por enumerar os 40 capítulos nos quais usa epígrafes e frases icônicas tomadas de empréstimo a personagens do livro para servir de abertura de cada capítulo. Em relação à figura de Anayde, Ana Maria conta que pouco se sabia a seu respeito, apenas que havia morrido no Asilo Bom Pastor, no Recife, após ingerir veneno. "Falava-se de uma carta que teria endereçada à mãe, antes de morrer, mas que havia desaparecido. No entanto, ao tomar conhecimento do meu trabalho, Margarida Cantarelli disse que o inquérito sobre a morte de Anayde, inclusive a carta que escrevera à mãe, encontravam-se no cofre do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco. A importância desses documentos é trazer à luz da História um fato novo, até então desconhecido, prova de que a História não tem ponto final", destaca a autora de Três homens chamados João - Uma tragédia em 1930. SOBRE A AUTORA Ana Maria César é pernambucana do Recife. Bacharelou-se em Direito pela

A Revolução de 30 do ponto de vista nordestino Read More »