Arquivos Cultura E História - Página 173 De 367 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Cepe Editora celebra Dia Mundial do Rock em live com Cannibal e Wilfred Gadelha

O programa Conexões Literárias da Cepe Editora celebra o Dia Mundial do Rock, na próxima segunda-feira (13) , com um bate-papo informal sobre o tema transmitido pelo canal da empresa no Youtube (https://bit.ly/LiveCepeRock). Marcada para começar às 17h30, a live terá participação do vocalista e baixista da banda Devotos, Cannibal, e do jornalista e músico Wilfred Gadelha. A mediação é da jornalista, fotógrafa e editora da revista alagoana Rock Meeting, Pei Fon. E neste sábado (11), a revista Continente estará presente no festival de música alternativa No Ar Coquetel Molotov com ação surpresa, pela plataforma Sympla, a partir das 18h. No tempo de duração da live do Dia Mundial do Rock, o trio vai conversar sobre a data comemorativa, a produção local e os trabalhos que cada um deles desenvolvem. Cannibal e Wilfred lançaram livros pela Cepe Editora em 2018 e deverão falar sobre as publicações. O vocalista da Devotos é autor de Música para o povo que não ouve, que reúne as composições da banda desde a fundação em 1988, no Alto José do Pinho, bairro da Zona Norte do Recife, até 2018. PEsado - Origem e consolidação do metal em Pernambuco, de Wilfred Gadelha, ganhou segunda edição pela Cepe e traça um panorama do rock e do heavy metal no Estado, a partir dos anos 1970. “A situação está muito difícil para a cena musical, essa foi uma das primeiras atividades suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus, show de música é sinônimo de aglomeração de pessoas”, comenta Wilfred Gadelha. As lives, caseiras ou produzidas, diz ele, têm ajudado músicos a sobreviverem à crise. Sem banda no momento (a Will2Kill deixou de atuar em 2019), o jornalista resolveu reativar o projeto Pesado: Lapada para todos os gostos com programas transmitidos pelo Facebook, todas as quartas-feiras, às 20h, para divulgar o metal pesado. ”Na situação atual, é preciso buscar novas maneiras de se relacionar com o público, aproveitando as tecnologias disponíveis”, declara Wilfred Gadelha. “Precisamos ser cada vez mais criativos para atrair o interesse do público e ter visibilidade”, reforça a jornalista alagoana Pei Fon, mediadora da live da Cepe. O Dia Mundial do Rock, segundo ela, é mais simbólico para o Brasil do que para o restante do mundo, que não cultua a data. “A Live Aid, realizada em 13 de julho de 1985, inspirou a criação do Dia Mundial do Rock no País, é uma data usada para se lançar eventos relacionados ao tema. Este ano, por causa da pandemia, as comemorações serão on-line”, acrescenta. Live Aid foi um festival beneficente realizado ao mesmo tempo em Londres e na Filadélfia para arrecadar fundos e ajudar os refugiados que passavam fome na Etiópia. A revista mensal Rock Meeting, criada por Pei Fon para divulgar o rock e o metal, completou 10 anos no mercado em 2019, sempre no formato eletrônico. “É uma das primeiras revistas digitais do gênero”, informa. Até então com foco nos shows, desde o início da pandemia, com a interrupção dos espetáculos, a publicação abriu espaço para entrevistas com bandas famosas e pouco conhecidas. O primeiro show de trash metal com distanciamento social nesses tempos de pandemia, realizado pela banda alemã Destruction em 4 de julho, na cidade de Pratteln (Suíça), também será debatido na live, diz Pei Fon. Molotov Com formato digital, o Festival No Ar Coquetel Molotov será realizado das 17h do sábado (11) às 05h do domingo (12) em plataformas de streaming. A Cepe colabora como parceira de mídia do evento e por meio da revista Continente convidou o músico Otto, o escritor Fred Caju e a poeta, bailarina, performer e palhaça Sílvia Góes para participarem com intervenções. Eles farão apresentações surpresas durante a programação, em horários variados entre as 18h e as 23h. Serviço: Live do Dia Mundial do Rock Data: 13/07/2020 Hora: 17h30 Link: https://bit.ly/LiveCepeRock

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Massangana sedia celebração virtual do aniversário do Cabo de Santo Agostinho

Município do Estado de Pernambuco, o Cabo de Santo Agostinho completa 143 anos de história nesta quinta-feira, 9 de julho de 2020. Para celebrar a data da cidade localizada na Região Metropolitana do Recife, a prefeitura local fez uma parceria com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), que cedeu o Engenho Massangana à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo para a comemoração virtual, de 9 até o próximo domingo (12), a partir das 19h nas redes sociais da prefeitura (Facebook, Instagram e YouTube). Entre as atividades estão apresentações musicais, entrevistas e divulgação do turismo do Cabo. "O Engenho Massangana tem uma representação histórica e cultural de grande relevância para a cidade do Cabo de Santo Agostinho. Esse foi o principal motivo para buscarmos a parceria com a Fundação Joaquim Nabuco na comemoração dos 143 anos de aniversário da cidade", declarou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Moshe Caminha. Equipamento cultural vinculado à Fundaj, o Engenho Massangana foi o lugar onde Joaquim Nabuco viveu parte da sua infância. No local, ele construiu a base de seus ideais abolicionistas. O conjunto arquitetônico rural do século XIX é tombado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) como Parque Nacional da Abolição Engenho Massangana desde a década de 1990. "O engenho foi escolhido pela Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho justamente por ser um dos lugares mais lindos e representativos da região. O lugar tem história, importância cultural e está aberto para ações que fortalecem as relações com a comunidade cabense", ressaltou a coordenadora de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste, Edna Silva, acrescentando que os idealizadores do evento se comprometeram com os cuidados em relação à pandemia. Não haverá público e as lives terão o mínimo de pessoas envolvidas, além dos cuidados de higienização e uso de máscaras. Serviço Lives do aniversário de 143 anos do Cabo de Santo Agostinho/PE Data: de 9 a 12 de julho Horário: a partir das 19h Transmissão: Facebook (https://bit.ly/31YPFMq), Instagram (https://bit.ly/3ea9tip) e YouTube (https://bit.ly/3fn7SXG)

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9 fotos de Olinda há quase 100 anos

A cidade de Olinda é o destaque de hoje da coluna Pernambuco Antigamente. As fotos tem quase 100 anos e foram publicadas na Revista da Cidade, nas edições que circularam no Estado entre 1926 e 1929. As imagens das praias são o principal destaque dos cliques da revista, que era bastante focada na vida social dos pernambucanos. . . . . . . . . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Crítica literária: Escrituras V (por Paulo Caldas)

* Paulo Caldas Com afagos e dengos, estes amantes da literatura reúnem mimos de letras polidas em Escrituras V - Velas a Barlavento, produção editorial da Oficina de Criação Literária Clarice Lispector, organizada pela escritora Lourdes Rodrigues (Editora Nova Presença, 2019). Os textos, ninados por acalantos, embalam contos, cordéis, poemas, artigos e crônicas nutridos pelo talento de 18 escritores (com dois artistas visuais, entre eles), celebrados em temas livres. A coletânea exibe na mesma tela gente com expertise na lida do escrever (já a partir das orelhas) e nomes premiados de mãos dadas com autores com menos passos andados nas veredas literárias. Visto pelo todo, quem lê por certo vai creditar surpresa à “Violação”, novela coletiva, tecida por meia dúzia de mãos, com tema intimista, compartilhado num drama pungente, chocante, esculpido na primeira pessoa com requintes técnicos elogiáveis (passagens de tempo e vozes entrecruzadas) que tornam a presença do leitor testemunha de cada cena. Outro momento marcante está contido em “Encontro de Rios’, que se traduz num beijo de história em forma poética, acarinha os rios enlaçados sob as vistas gentis de um Recife adolescente em uma Olinda airosa. Seria pecado não citar o projeto visual: concepção de capa de Paulo Gusmão, cortinas aquareladas, tecidas de fino trato de Adíla Morais, com mensagens expressivas de ícones literatos e a diagramação de Nélson Reis. Outras tantas referências elogiosas caberiam neste comentário, a exemplo dos encontros com Fernando Pessoa, Calvino, Clarice, contudo, ficam preteridas pela obediência aos espaços recomendados pelo editor. *Paulo Caldas é Escritor Os exemplares pode ser adquiridos pelo e-mail marilurde@gmail.com

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Fundaj recebe doação de livros do acervo de Maximiano Campos

“Tive o privilégio de figurar entre as pessoas mais próximas de Maximiano no dia a dia profissional”, destacou o historiador Frederico Pernambucano de Mello, que participará da entrega do acervo do falecido escritor recifense Maximiano Campos (1941-1998) à Biblioteca Blanche Knopf, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco. O encontro virtual no canal da Fundaj no YouTube, marcado para as 17h de hoje (8), contará com a presença do presidente da Fundaj, Antônio Campos, filho de Maximiano, além da coordenadora da biblioteca, Nadja Tenório Pernambucano. Bacharel em direito, Maximiano foi um dos intelectuais que ajudaram a fundar a Fundaj. Publicou 17 livros e trabalhou como cronista no jornal Diario de Pernambuco. “Neste ano, no Dia do Leitor (7 de janeiro), dei a biblioteca do meu pai Maximiano (Campos) ao acervo da Fundaj. A coleção é extensa, com mais de 5 mil livros catalogados, além de objetos, antigas comendas e outros arquivos. A Fundaj ganhou um grande patrimônio”, declarou Antônio Campos. Ex-superintendente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco, o escritor recifense Frederico Pernambucano de Mello, 72 anos, conviveu com Maximiano Campos na própria Fundaj. Uma amizade iniciada na década de 70. “Max - como os amigos o chamavam nesta Casa - era homem das chamadas letras artísticas. Para ele, literatura não era apenas a arte da palavra. Era também cultura”, ressaltou Frederico Pernambucano de Mello. “Cada um fala de seu tempo. No de Max, que foi também o meu, iniciado em 1972, quando éramos 80 servidores e passávamos de autarquia a fundação, o privilégio ia além do norte intelectual dado pessoalmente por Gilberto Freyre, gabinete aberto a cada fim de tarde para troca de ideias e sugestão de linhas de estudo, com aquele domínio de bruxo que Gilberto possuía sobre o tempo”, completou. Com uma formidável bagagem de atividades significativas na vida cultural do Estado de Pernambuco, Maximiano visitava raízes, projeções, grandezas e misérias. Ele deixou um legado em romances, novelas, contos, poesias e até um frevo. “A sua saliência não despontou no deserto, coisa fácil de acontecer em razão do contraste fácil, deu-se em meio a uma constelação de talentos, o que é façanha. Que a biblioteca, ora apropriada, chame ao presente novos exames do que foi sua contribuição a esta Casa e à inteligência da região”, pontuou Frederico. De acordo com Nadja Tenório, nesse primeiro momento serão doados livros. Ela, inclusive, fez uma visita técnica à casa de Maximiano, no mês de janeiro deste ano. Em agosto de 2018, a Fundaj homenageou Maximiano Campos. Na ocasião, o evento simbolizou os 20 anos do falecimento do escritor, sendo colocada uma placa no Edifício Paulo Guerra, no campus Casa Forte. Serviço Tema: doação de livros do acervo de Maximiano Campos Data: 8 de julho Horário: 17h Transmissão: canal da Fundaj no YouTube

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Nova banda no Recife lança o seu primeiro single

Apesar do momento difícil que atravessamos, a música pernambucana não para de produzir novidades e nos surpreender com lançamentos incríveis de novos artistas e bandas da cena local. Em meio a uma das maiores crises sanitárias do século XXI, a música serve como um oásis, um bálsamo de calmaria e aconchego ou simplesmente como um desafogo pra tanta notícia pesada que estamos recebendo diariamente. A pandemia vem servindo, inclusive, como inspiração para as bandas locais, como é o caso d’O Quartinho, que lançou o seu primeiro single nas plataformas digitais recentemente. Intitulada Sem Pressa, a canção fala de um tempo e de uma cidade que não existem mais. Baseada na nova rotina pandêmica que nos rodeia, a música exala a saudade de momentos juntos daqueles que amamos, e de explorar os lugares e as sensações fora de casa. Mas também nos ensina a perceber os detalhes e o lado fantástico de vivenciar nosso lar por tanto tempo. A faixa resgata na memória os momentos ensolarados de outrora, por meio de uma combinação de gêneros característicos da cidade, como o swingado do bailinho e o rock alternativo, com uma aura indie-rock misturado com elementos característicos daqui de Pernambuco. O Quartinho inicia sua trajetória na cena musical alternativa bebendo da fonte dos ritmos mais populares da cidade do Recife. A banda procura não taxar um único gênero para definir  seu estilo, mas é notório que tem como destaque forte influência da sua identidade sonora a base rítmica do Brega recifense. O conjunto evidencia nas suas canções tudo o que eles respiram dentro da capital pernambucana. Com o típico gingado do recifense, e um toque romântico e nostálgico, eles contam histórias individuais, compostas a partir da observação dos acontecimentos e como dialogam sobre eles. Um grande diferencial do conjunto está no fato dos integrantes se apropriarem cada vez mais das tecnicidades da produção musical, sendo eles próprios os produtores da faixa, feita em casa mesmo. Eles entregam um material repleto de identidade, criatividade e planejamento aos ouvintes. Um nome pra ficar de olho. Evoé!   O Quartinho é: Carlos Eduardo (Cadu) - Voz, guitarra e teclado Pedro Vilela - Voz, guitarra e teclado Lucas Bezerra - Voz e baixo Manoel Malaquias - Voz e bateria   Siga a banda nas redes sociais: Instagram: @oqu4rtinho Twitter: @oqu4rtinho

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Lançada a primeira exposição digital de Arte Sacra do Brasil

Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, foi fundado em 29 de Junho de 1970 por meio de um acordo entre o Governo Estadual e a Cúria Metropolitana e desde então está instalado numa ala do Mosteiro da Luz, edifício colonial com mais de 240 anos de história, sendo um dos poucos do gênero a resistir na capital. Este ano, estão previstas várias ações para comemorar os 50 anos do MAS/SP. O grande destaque dessas comemorações foi o lançamento da primeira e maior coleção relacionada a arte sacra e barroca no ambiente virtual do Brasil. Em parceria com o Google, o perfil do museu na plataforma Google Arts & Culture, apresenta mais de 200 peças acompanhados de textos curatoriais e comentários da equipe educacional do museu. Na ocasião do lançamento foi disponibilizada uma exposição virtual imersiva com mais de 50 itens que se relacionam com a cidade de São Paulo e suas transformações urbanas. A exposição também aborda a formação do acervo do MAS, iniciado por Dom Duarte Leopoldo e Silva ainda no ano de 1907. A importância do acervo é inestimável para a cultura nacional e a plataforma do MAS/SP no Google Arts se afirma como uma forte fonte para pesquisas acadêmicas, materiais didáticos e educativos além de proporcionar acesso sem o limite das fronteiras físicas possibilitando uma visão diferenciada de importantes partes do acervo. Todo o conteúdo do Google Arts está disponibilizado em português e inglês além de possibilitar o contato com as obras de artes que muitas vezes a própria experiência física não permite, como observar detalhes e minúcias de cada obra através do recurso de aproximação da imagem, além de poder observar algumas delas em ângulos inusitados, como a parte de trás ou até mesmo a base das peças. Este recurso tecnológico permitirá que o visitante veja as obras de maneira muito diferente, enxergando detalhes que passavam desapercebidos. Uma das peças que está nessa exposição e merece um olhar mais atento é a imagem de Nossa Senhora das Dores, de autoria do mestre Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, que foi uma das primeiras peças adquiridas pelo Governo do Estado para endossar os tesouros do acervo. Os traços angulosos do planejamento das vestes e o formato das sobrancelhas, olhos, boca e nariz foram indicados pelos técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como estilemas de Aleijadinho, figura que foi amplamente estudada e disseminada pelos modernistas como um personagem mítico no intuito de construir a história da arte brasileira. Filho de mãe negra escravizada, sabemos que teve um protagonismo na produção colonial mineira onde atuou como escultor, entalhador, arquiteto e carpinteiro. A peça é tombada individualmente pelo IPHAN. Apesar de alguns nomes de destaque, a arte sacra caracteriza-se por ter a grande maioria de suas peças de autoria desconhecida, porém de belezas surpreendentes. Além de inúmeros anônimos, o acervo do MAS/SP também conta com pinturas de Anita Malfatti, Benedito Calixto, Almeida Júnior, Jesuíno do Monte Carmelo, Henry Benard além de esculturas assinadas por Victor Brecheret, Mestre Valentim, Frei Agostinho de Jesus, Frei Agostinho da Piedade e muitos outros. Ainda fazendo parte do acervo temos uma enorme coleção de mobiliário, prataria e ourivesaria, sem contar o enorme presépio napolitano que desde o início da década de 1990 possui uma sala exclusiva com cem metros quadrados a fim de exibir as 1620 peças do século XVIII que compõe a cidade de Nápoles e a famosa cena da natividade de Jesus. Este presépio é o terceiro maior do mundo em exibição permanente, doação do empresário e mecenas Ciccillo Matarazzo. Conheça e divulgue a plataforma no Google Arts e Culture assim como as outras dezenas de atividades e conteúdos disponíveis: linktr.ee/museuartesacra

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Boleiras, doceiros , doceiras e outros ofícios do açúcar

Brasileiros de todas as localidades vivem dos ofícios culinários de fazer doces a partir do açúcar proveniente da cana-de-açúcar. Essa realidade vai muito além das indústrias, das fábricas regionais e familiares, que fazem caldo de cana, melado, rapadura e variados tipos de açúcar. Por isso, pode-se afirmar que há milhões de pessoas que vivem diretamente do trabalho de interpretar o açúcar em diferentes produtos alimentícios. São inúmeras receitas para o cotidiano e para as festas. Essa é a marca fundamental de que o doce, na vida brasileira, está na nossa formação social a partir de uma verdadeira civilização do açúcar. Civilização que começa com o estilo colonial lusitano que já traz a globalização em virtude das suas muitas relações comerciais e culturais entre o Ocidente e o Oriente, por causa das “Grandes Navegações”, nos séculos XV e XVI. Por tudo isso, há uma preferência nacional pelas comidas doces e em especial para o pernambucano. E para atender tão diverso e variado mercado, constata-se que há muitos ofícios domésticos do fazer doce, seja para consumo local, regional, nacional ou mesmo internacional. São notáveis as produções tradicionais de doceiras, boleiras, cozinheiras (os) especialistas em receitas com açúcar; juntamente com padarias, confeitarias; bancas de feiras, de mercados populares, e de vendas ambulantes; restaurantes, bares; e outros estabelecimentos que comercializam doces. As cozinhas tradicionais e domésticas trazem um dos mais notáveis acervos de técnicas culinárias de um verdadeiro artesanato da comida, no caso do doce. Muitas destas técnicas chegam da Idade Média, dos conventos ibéricos, onde se desenvolveu uma doçaria que até hoje é repetida em muitas cidades de Portugal e da Espanha. Refiro-me a uma doçaria à base de ovos, amêndoas, açúcar em diferentes “pontos” de caldas; e misturas de águas flor de laranjeiras ou de rosas, o que demonstra também uma forte e atuante presença do Magrebe. E por aqui, no Brasil, as frutas nativas, como: goiaba, abacaxi, pitanga, araçá, caju, buriti, pequi; e exóticas, na sua maioria do Oriente, tais como: manga, laranja, limão, jaca, carambola, maçã, pêssego; ganham novas interpretações nas formas de doces em calda, em massa, cristalizados; e como geleias. Estas bases ancestrais da doçaria ampliam-se em preparos de escala familiar, além de padarias e confeitarias, e com receitas que valorizam ingredientes da produção local, e também os profissionais desta tão rica cadeia produtiva do doce brasileiro. Já imaginou um aniversário sem bolo, seja especial ou mesmo um bolo de trigo. O que verdadeiramente importa é a presença simbólica do bolo, uma referência aceita pela cultura como uma comida doce que é um alimento que anuncia um rito de passagem, um ritual desejado pela sociedade. Os doceiros e doceiras preservam ainda as memórias e os valores patrimoniais que estão representados em tantas e diversas maneiras de receitas de fazer doces, e dar soluções estéticas que integram estes acervos de representação e de identidade dos nossos sistemas alimentares. As experiências vivenciadas nas casas como aprendizados familiares também buscam manter verdadeiras assinaturas de receitas e de estilos regionais de traduzir o açúcar na forma de “doce”. O aprendizado de fazer doces traz o entendimento de educação do lar, de formação social, de ofício, de possibilidades de trabalho, ora para seguir uma tradição familiar, ora para atender um momento de crise, como a que vivemos na atualidade. Desta maneira cozinhar é um recurso clássico para a complementação da renda familiar, ou como a principal renda da casa. Por tudo isso, fazer diferentes preparos doces garante o trabalho e a dignidade de milhões de brasileiros. E, assim, muitas famílias se mantêm, por gerações, com o ofício de trabalhar com o açúcar para realizar variados tipos de doces, que ganham categorias especiais conforme a região, a base étnica e a sociedade.

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Editora Massangana da Fundaj lança oito livros

Da Fundaj A Editora Massangana da Fundação Joaquim Nabuco fará o lançamento de suas publicações mais recentes pela Internet. Os autores e editores apresentarão virtualmente os títulos no canal do YouTube da Fundação Joaquim Nabuco. O primeiro encontro está marcado para a próxima sexta-feira (3), às 17h: Joaquim Nabuco: a voz da abolição, HQ assinada por Lailson de Holanda Cavalcanti, cartunista, desenhista de histórias em quadrinhos, músico, publicitário e jornalista. “Além da importância intrínseca desses livros e do periódico que materializa parte da ampla proposta de Gilberto Freyre sobre os trópicos, há a de concretizar propostas editoriais da Massagana desenvolvidas ao longo dos anos anteriores e que resultam do esforço de muitos pesquisadores, escritores, jornalistas e artistas”, diz Mario Helio Gomes de Lima, diretor da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco. Para Lailson, sua HQ tem como “espinha dorsal” o diário de Joaquim Nabuco. “O livro traz a sua história desde a infância, mostrando a formação do abolicionista. Após pesquisa, reuni os acontecimentos da trajetória de Nabuco, que conta com uma narrativa sequencial”, explica. Agenda Os demais lançamentos estão agendados para os dias 10, 17, 24 e 31 deste mês. No dia 10 será apresentada a Coleção Travessias, composta por quatro livros ilustrados por Maurizio Manzo. A coleção aborda os direitos humanos por meio da ficção. Reúne quatro livros: Travessia para se ensinar a ler o mundo em prol de uma cultura de paz, organizado por Joana Cavalcanti, e que inclui, além do seu próprio texto, os de Sandro Cozza Sayão e de Maria Ferreira; Tudo tem cor, de Sandro Cozza Sayão; Olha o mundo, de Luana Freire; e Os sapatos de Amarati, de Joana Cavalcanti. “Essa coleção almeja que crianças e professores que têm como berço a língua portuguesa, sobretudo em Cabo Verde e no Brasil, possam transformar as suas vidas e seus contextos a partir da leitura, da reflexão crítica, construindo ‘mundos no mundo’ por meio da solidariedade, da empatia e do respeito ao outro”, comenta Joana Cavalcanti. Seguindo a agenda, dia 17 será divulgada a Coleção Cinemateca Pernambucana, a partir de dois títulos: A brodagem no cinema pernambucano, de Amanda Mansur, e Verouvindo: audiodescrição e o som do cinema, de Liliana Tavares. “A coleção surge para difundir ainda mais o cinema produzido em Pernambuco, reunindo obras com abordagens históricas, técnicas e estéticas consideradas essenciais para o campo audiovisual. Além da questão da acessibilidade, que buscamos alcançar plenamente no Cinema da Fundação por meio do Projeto Alumiar”, ressalta Ana Farache, coordenadora do Cinema da Fundação e da Cinemateca Pernambucana. No dia 24, Roberto Beltrão e Rúbia Lóssio apresentarão o Almanaque Pernambucano dos Causos, Mal-assombro e Lorotas. Encerrando esse ciclo de lançamentos, no dia 31, Alexandrina Sobreira, pesquisadora da Fundação Joaquim e editora da revista Ciência & Trópico, lançará o número 43 desse periódico.

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9 fotos da Praia de Boa Viagem há quase um século

As imagens que destacamos hoje não são da Avenida Boa Viagem ou dos prédios e casas que estavam na orla em décadas passadas. Uma pesquisa no acervo da Revista da Cidade do Recife, com exemplares que estão digitalizados entre 1926 e 1929 pela Fundaj, podemos captar um pouco do lazer dos pernambucanos em uma de suas praias mais populares. As vestimentas de banho ou as roupas típicas de um passeio mais elegante são algumas surpresas. Nas próximas edições da coluna destacaremos mais fotos desse período. Algumas fotos têm alguma legenda da revista e o nome do autor. Clique nas imagens para ampliar.   . Dois cliques de F. Rabello, um dos principais fotógrafos da publicação . . Muitas poses para os registros . . Brincando de cabra cega nas areias de Boa Viagem . Confira as vestes de banho no lazer da praia . . Finalmente, uma foto apenas da paisagem dos coqueiros que enfeitam a praia . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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