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Cultura e história

Mestre Gennaro faz aulas-espetáculo no projeto Vou Contar Pra Vocês

O projeto Vou Contar Pra Vocês, com o Mestre Gennaro, integrante da segunda geração do Trio Nordestino, continua agora no mês de dezembro com aulas-espetáculo nos dias 10, 11 e 12, a partir das 19h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna. Interessados devem chegar antes do início do encontro, se dirigir à bilheteria do teatro e adquirir seu ingresso gratuitamente, graças ao incentivo do Funcultura. Cada aula-espetáculo aborda uma temática, “Efeito sanfona”, dia 10, “Um instrumento com vários sotaques”, dia 11, e “Vale a pena ouvir de novo”, dia 12, com transmissão ao vivo no Instagram da Tangram Cultural (@tangramcultural_), produtora do evento. Para o Mestre Gennaro, a sanfona é um importante instrumento cultural da nossa região e é necessário preservar sua história. “Por um momento achei que a sanfona ia se extinguir. Fico feliz por ela continuar se perpetuando na nossa cultura e me alegra poder contribuir para isso. Sou um sanfoneiro por natureza e vivo da sanfona. Por isso, convido todos que gostam da sanfona ou tem curiosidade sobre a nossa cultura, para participar desses encontros que foram preparados com muito carinho para vocês”, convida Gennaro. Para assistir às aulas-espetáculos, basta se dirigir à bilheteria do teatro uma hora antes do início de cada espetáculo e adquirir o ingresso gratuitamente. Todos deverão usar máscaras. O projeto é da Tangram Cultural com o incentivo do Governo de Pernambuco por meio do Funcultura. Serviço | Aulas-espetáculo Ingressos: Para participar, basta se dirigir à bilheteria do teatro, uma hora antes do início de cada espetáculo, e adquirir gratuitamente. Quando: 10, 11 e 12 de dezembro, a partir das 19h Onde: Teatro Arraial Ariano Suassuna, localizado na Rua da Aurora, nº 457, no bairro da Boa Vista Live: Transmissão ao vivo no Instagram @tangramcultural_ Observação: É obrigatório o uso de máscara.

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Cida Pedrosa: “Até que enfim existe um olhar para a diversidade da literatura.”

Neste final de 2020, Cida Pedrosa recebeu dois importantes reconhecimentos: o dos eleitores, ao se eleger vereadora do Recife, pelo PCdoB, e da crítica literária. Sua obra Solo para vialejo, editada pela Cepe, recebeu dois prêmios Jabuti – o mais reverenciado do País – nas categorias poesia e livro do ano. Uma trajetória e tanto dessa sertaneja de Bodocó, de uma família de 15 filhos, alfabetizada pela mãe que nunca frequentou a escola. No processo de produção do livro, a poeta resgatou uma foto da Jazz Band União Bodocoense e, surpresa, descobriu que várias cidades do sertão contavam com suas bandas de jazz. Entre sons, lembranças e paisagens, o poema narra a viagem, uma migração invertida do mar para o sertão, a mesma que fizeram os indígenas que não queriam ser escravizados na colonização e pelos negros fugidos do cativeiro. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Cida Pedrosa, que já esteve à frente da Secretaria da Mulher do Recife, fala do seu livro premiado, deste momento da literatura brasileira que tem destacado obras de mulheres, negros e indígenas, da discriminação de produções fora do eixo Rio-São Paulo taxadas como “regionais” e dos planos como vereadora e poeta. Solo para vialejo teve como ponto de partida o resgate da Jazz Band União Bodocoense. Conta um pouco dessa história. Como uma jazz band foi criada em pleno Sertão do Araripe e qual o tema do livro? Eu tinha ciência da existência da jazz band porque um amigo viu publicado num jornal de Petrolina essa foto (que consta na capa do livro). Eu sabia que Bodocó tinha uma banda de música, meu cunhado dizia que seu Miguel era o maestro, mas ninguém dizia que era um jazz band. Eu procurava essa foto há uns oito anos, já tinha conversado, com Miguelzinho, que é filho do maestro Miguel Roberto, e ele disse que a foto existia, mas a tiraram do álbum de fotografias da família. Quando eu estava saindo de Bodocó para o Crato, no meio da estrada, pegando a Serra do Araripe para a Serra do Cariri, tive uma forte iluminação e escrevi dez páginas desse poema. Na mesma viagem, fui pra Petrolina – porque eu e meu companheiro somos curadores de literatura e íamos contratar Virgílio, um poeta de Ouricuri que mora lá e o filho dele, Davi, que é neto de Raimundo Maciel, um dos músicos da Jazz band. E aí aconteceu uma coisa incrível: quando cheguei na casa dele e disse que procurava pela foto, ele falou: “eu tenho!”. Foi no computador e me deu a foto. Depois dessas dez páginas, o poema quis crescer muito e aí comecei a pesquisar quem eram os músicos. Descobri que não só tinha jazz band em Bodocó, mas Petrolina, Tuparetama, Serra Talhada também tinham, ou seja, após a Segunda Guerra Mundial, espalha-se o jazz no mundo, e no sertão começam a surgir as jazz bands. O poema é muito sobre a música, sobre o blues. Sou uma grande ouvidora de blues, inclusive, o primeiro título do livro, era Canto para Muddy Waters, que é um bluseiro que eu amo muito. Nessas dez primeiras páginas já mencionava a diáspora dos negros, porque eu já falava do algodão cultivado no sertão e de como a cultura do algodão tem a ver também com a cultura da música. É assim no blues nos Estados Unidos e é assim também no sertão, onde as pessoas cantam quando vão colher algodão, cantam benditos, aboiam, cantam canções. Aí eu comecei a tentar descobrir quem eram os músicos e eu só conseguia distinguir seu Miguel Roberto, que é saxofonista e maestro, Raimundo Maciel e Otacílio Rodrigues. E me invocou muito porque ninguém sabia quem eram os negros que tocavam banjo, ou seja, você tem o silenciamento daqueles que são negros. Isso tinha tudo a ver com a temática do livro, os negros e negras que iam no caminho dos índios e índias. Os índios foram se afastando do litoral na medida em que os portugueses queriam escravizá-los e os negros que foram escravizados, quando fugiam, partiam sertão abaixo. Esse livro é um caminho de volta do mar ao sertão, onde eu caminho com negros e indígenas e vou também descobrindo a mim mesma nessa volta. Ao mesmo tempo, vou falando dos músicos e dos artistas da minha cidade que na grande maioria são negros e são invisibilizados. Solo de vialejo é o livro de uma mulher sertaneja, que conta a sua história e conta memórias coletivas da sua cidade e das cidades que percorrem a BR- 232. É um livro que tenta entender a mim e tentando entender a mim, eu tento também entender o Brasil. Muitos escritores tornam-se conhecidos em todo o mundo por abordar a sua terra natal. Você, que é tão ligada a Pernambuco e ao Araripe, também concorda com Tolstoi que disse: “Cante a sua aldeia e serás universal”? Acredito que a aldeia é universal sim, porque a dor, a saudade, o mal, a beleza são temas universais que acontecem para uma mocinha de Bodocó ou para uma mocinha de Nova Iorque. Quando você tem a capacidade de tratar temas universais, mesmo que você coloque todo o seu arcabouço de cultura próprio, isso vai tocar pessoas em qualquer parte do mundo. Também tenho uma clareza muito grande de que existe uma forma opressora no que diz respeito à aldeia, porque é como se todas as vezes em que o Nordeste escreve, querem dizer que nós escrevemos literatura regional. Se alguém faz um romance ou poema sobre o que acontece na Avenida Paulista, isso não é regional, porque é como se o Brasil acontecesse a partir da Avenida Paulista ou de Ipanema. Agora, se eu falo de Bodocó, do Recife, é regional. Então, de que regionalismo estamos falando? Falamos do regionalismo da cultura opressora que há no Brasil e coloca a centralidade econômica e cultural no eixo Sul e Sudeste. E tudo que não for pensado e visto a partir daquele olhar, é regional. Em entrevista você declarou que Solo de

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Resgatando sentimentos de humanidade

*Paulo Caldas A ampla participação de autores (mais de uma centena), inclusive de outras regiões e do exterior, é um quesito que se destaca neste "Tempo Partido", reunião de textos tornada coletânea pelas mãos competentes da escritora Ivanilde Morais de Gusmão. Com foco voltado para gêneros diversificados, é possível observar uma visível tendência ao intimismo, narrativas nos arredores das experiências cotidianas e outras universalistas, miram, inclusive, a pandemia como mote motivador. O conteúdo traz ainda visões ampliadas, trechos instigados pelo impulso do ato de escrever, fator marcante entre a eclosão das ideias e o processo criativo. Assim, ganham vida gritos contidos, risos libertos, gestos gentis e protestos veementes que fluem na correnteza dos escritos. Dentre os autores que militam no cenário local, nomes consagrados cuja verve tem a chancela do público leitor. Dado o conteúdo selecionado com rigor, o tratamento visual (capa dura), assinado por Ricardo Cunha Melo e Salete Rego Barros, qualidade estética da impressão gráfica primorosa da Novoestilo Edições do Autor-Luci Artes Graficas Ltda, o livro se mostra ainda recomendável como presente para o final deste pandêmico 2020. *Paulo Caldas é Escritor Os exemplares podem ser adquiridos na Cultura Nordestina. Rua Luiz Guimarães, 555. Fone: 3243-3927.

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Menudo: série da Amazon conta história da boy band

Investindo forte em produções originais, a Amazon Prime Video lançou no último 27 de novembro a série Súbete a Mi Moto, projeto que conta a história da boy band Menudo. Sucesso mundial, o grupo latino vivia cercado por fãs, mas também por polêmicas, muitas delas relacionadas ao seu agente, Edgardo Díaz. Para viver o controverso empresário, foi convocado o ator porto-riquenho, Yamil Ureña. Nascido em Arecibo, Yamil também é produtor. Estudou na NYU Tisch School of The Arts e no Stella Adler Studio, em Manhattan. Contracenou com a vencedora do Oscar, Halle Berry, na série "Extant" (CBS) e com Adam Brody em "Startup" . Participou também de comerciais, um deles, ao lado do astro dos filmes de ação, Sylvester Stallone. Em entrevista à coluna Cinema e Conversa, Yamil falou sobre a nova série da Amazon e contou detalhes de sua preparação para o projeto.   Súbete A Mi Moto é uma série só para fãs do Menudo? YU: “Subete a mi moto” foi criada para celebrar a boyband icônica que foi MENUDO, sabendo que seus fãs ainda estão por aí ouvindo suas músicas. Após a série ser lançada, não somente os fãs da banda curtiram mas também uma nova geração agora é parte dos “menuditis” (apelido para os fãs de Menudo). Essa série pode ser assistida pela família toda. Como tem sido a recepção da série além das fronteiras da América Latina? YU: Estamos muito gratos pelo sucesso que a série está tendo internacionalmente. Em Porto Rico, por exemplo, está sendo exibida em uma emissora local e nós estamos em primeiro lugar. O final da série é no dia 7 de dezembro e eu vim para a ilha para comemorarmos em uma coletiva o incrível apoio que estamos recebendo do público.   Apenas duas semanas separaram a confirmação do papel e início das filmagens. Qual maior desafio enfrentou na composição de um personagem tão controverso? YU: Essas duas semanas foram intensas, não houve tempo para me sentir intimidado pela complexidade do personagem. Felizmente, eu estava cercado por uma equipe incrível que tornou mais fácil para que eu fizesse a minha parte e me sentisse à vontade desde o princípio. Tive que fazer todas as três transformações do personagem praticamente todos os dias e esse com certeza foi o maior desafio. Gosto de brincar dizendo que na verdade estava fazendo um filme de 750 páginas. "Súbete A Mi Moto" não é sua primeira série. Você também atuou em "Extant" e "Startap" ao lado de nomes como Halle Barry e Adam Brody. Como foi a experiência? YU: Para mim é sempre um processo de aprendizagem e quando chego ao set com profissionais que admiro e gosto de assistir os seus trabalhos, torna-se ainda mais interessante. Aprendi com Halle Berry que o protagonismo da série dá o tom no set, seguindo o exemplo e isso foi importante no meu caso porque tínhamos um grande elenco e dezenas de jovens atores a quem ofereci apoio enquanto estávamos filmando. Quais os projetos futuros? YU: A indústria está sendo afetada pela atual pandemia e os projetos que eu tinha foram adiados. Tive a sorte de ter essa série lançada e me deu a oportunidade de fazer uma turnê virtual. Realmente curtir o processo promocional, me conectar com os fãs de diferentes países que estão assistindo a série. Ainda não estreamos nos Estados Unidos, então por enquanto acho que vou curtir o Natal com a família enquanto o próximo projeto chega.  

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Fundaj prepara festa para o Rei do Baião

O rei do baião Luiz Gonzaga (1912—1989) celebraria 108 anos neste ano, se vivo estivesse. Pernambucano de Exu, no Sertão do São Francisco, Gonzaga registrou as histórias de sua gente, os costumes e tradições da região brasileira vítima da escassez de água e recursos, mas rica em sabedoria e valores. Para celebrar a data, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizará o Luar do Gonzação. A festa contará com a participação do forrozeiro Alcymar Monteiro, amigo e compadre do Rei do Baião, e um bate-papo com o radialista, servidor aposentado da Fundação, Renato Phaelante, autor do título Luiz Gonzaga: baião, forró e seca (Bagaço, 2017). O evento será transmitido no canal da Instituição, no domingo (13), a partir das 19h. “Homenagear Luiz Gonzaga é homenagear também ao Homem do Nordeste. Portanto, uma missão desta Casa, comprometida com o reconhecimento, preservação e difusão da identidade da região que é um celeiro cultural do País”, destacou o presidente da Fundaj, Antônio Campos. “Será um momento para todos os brasileiros”, celebra. Compadre do homenageado, Alcymar Monteiro o reconhece também como padrinho. Com ele gravou o pout-pourri Cantiga de Vem-Vem/ Roendo Unha para o álbum Forroteria (RGE, 1986) — com o qual alcançou a marca de 500 mil cópias — e, mais tarde, o xote Cor de Canela (1988). “Foi aí que eu tive a certeza que estaria entrando na música brasileira pela porta da frente”, afirma o artista. O primeiro contato com Seu Lula foi em 1985, quando abriu um show dele no Cavalo Dourado (atual Baile Perfumado). Daí em diante, além das colaborações musicais, colecionou momentos diversos, como show do cearense Belchior, o nascimento do primogênito Júnior Monteiro e aniversários do autor da Asa Branca, celebrados na própria Exu. Fatos que serão coitados com detalhes durante o evento. “Fisicamente ele não existe mais, mas artistas e espiritualmente ele permanece sempre. Porque o artista não morre, ele permanece na sua obra”, reflete Alcymar. Para a homenagem, ele promete clássicos do cancioneiro nordestino. Pagode Russo, Vida de Viajante e A Morte do Vaqueiro não ficarão de fora. “Nós vamos fazer uma viagem para os ontens, hojes e amanhãs de Luiz Gonzaga.” Essa, aliás, não é a primeira vez que lhe dedica uma homenagem. Em 2012, Alcymar lançou o CD e DVD Concerto para Gonzaga, quando retratou o repertório do músico no modelo sinfônico ao lado da Orquestra Criança Cidadã, do Recife. “Vai ser uma nova feitura, uma nova tradução, porque a música de Luiz Gonzaga é uma música plural. Cabe sinfônica, trio, metais, tudo. Neste trabalho vai ser uma maneira de ter uma releitura do seu trabalho mais compacto. Mais sanfonado, zabumbado, triangado da longa carreira e repertório”, assegura o cantor, que já realizou outras quatro lives. “É uma maneira de você se reinventar. Eu venho do LP, do cassete, do CD, do DVD, e agora das lives. Eu sou um artista contemporâneo”, diz, orgulhoso. Programação 19h - Antônio Campos, presidente da Fundação Joaquim Nabuco 19h10 - Mario Helio, diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), da Fundaj 19h20 - “Luiz Gonzaga: baião, forró e seca”, por Renato Phaelante. Autor do livro lançado em 2017 sobre o Rei do Baião, fundador e coordenador da Fonoteca da Fundação Joaquim Nabuco durante 30 anos, Renato Phaelante é um recifense apaixonado pela cultura pernambucana. 20h - “Tributo a Luiz Gonzaga”, por Alcymar Monteiro. Com repertório especial, que traduz a valorização dos ritmos nordestinos, o artista fará a apresentação musical intercalada com histórias que compartilhou com seu amigo e compadre Luiz Gonzaga. Serviço Live: Luar do Gonzagão Data: domingo, 13 de dezembro Horário: 19h às 21h Transmissão pelo canal do YouTube da Fundaj

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Prêmio Cepe Nacional de Literatura abre inscrições

De 4 de dezembro de 2020 a 15 de janeiro de 2021 estarão abertas as inscrições para o 6º Prêmio Cepe Nacional de Literatura e para o 3º Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantil e Infantojuvenil. As inscrições serão realizadas exclusivamente por meio digital através do endereço www.cepe.com.br/premio-cepe. O 6º Prêmio Cepe Nacional de Literatura contemplará as categorias Poesia, Conto e Romance com R$ 20 mil para os vencedores de cada uma. Já o 3º Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantil e Infantojuvenil agracia o vencedor de cada categoria com R$ 10 mil. O resultado será divulgado até 15 de junho de 2021. Para participar os concorrentes devem ser brasileiros natos, residentes no Brasil ou no exterior, bem como brasileiros naturalizados residentes no país, independente de sexo, etnia, idade, formação cultural, religiosa ou política, desde que atendam às normas do edital, que podem ser acessadas no site http://bit.ly/premiocepe2020. “Os dois editais marcam o compromisso da Cepe Editora com a abertura para novos autores, experientes ou estreantes. É um modo de atrair obras diversas, criativas e ambiciosas de escritores talentosos de todo o Brasil. Além disso, o prêmio tem dois focos essenciais e complementares: fortalecer a produção contemporânea com romances, contos e poesia e também buscar formar novos leitores com obras infantis e infantojuvenis”, declara o editor da Cepe, Diogo Guedes. Os vencedores terão suas obras publicadas e divulgadas pela editora pernambucana, possibilitando atingir mais leitores e alavancar a carreira de escritor, conquistando inclusive outros prêmios literários. Caso do romance Outro Lugar, do paulista Luís Sérgio Krausz, que além de premiado pela Cepe na edição de 2017 recebeu também o Prêmio Machado de Assis e o Prêmio da Biblioteca Nacional. Já o infantojuvenil A coisa brutamontes, de Renata Penzani, também vencedor da edição 2017, foi indicado ao Jabuti 2019. Entre os nomes pernambucanos, destaque para o escritor de Vitória de Santo Antão, Walther Moreira Santos, premiado pela Cepe em 2016 pelo título de poesia Arquiteturas de vento frio. Antes, porém, já trazia no currículo outros prêmios, como o da Casa de Cultura Mário Quintana, Itaú Cultural, Fundação Cultural da Bahia, entre outros. Cada prêmio terá sua comissão julgadora, formada por profissionais da área de literatura, como escritores, poetas, professores e pesquisadores. Critérios como originalidade, qualidade técnica, valorização da cultura brasileira, domínio da linguagem e estímulo à leitura serão levados em conta. Ano passado o prêmio recebeu 1.524 inscrições. Entre os escritores vencedores da edição 2019, o protagonismo feminino foi destaque. Na categoria Romance ganhou Vanessa Molnar Maluf (SP), com a obra A importância dos telhados. Já o título de Poesia contemplado foi As cartas de Maria, de Zulmira Alves Correia (BA), única nordestina da lista. O prêmio infantil ficou com Viviane Ferreira Santiago, pelo título A Biblioteca de Bia; e o juvenil foi para a obra de Contos com GIGANTES, de Carolina Becker Koppe (SC). O único homem da lista de ganhadores foi Emir Rossoni, vencedor na categoria Contos (RS) com o título Erros,errantes e afins. Os livros de conto, poesia e romance serão lançados dia 9 de dezembro, às 19h, em live durante o Circuito Cultural Digital de Pernambuco. Já os infantis ficarão para 2021.

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Teatro de Santa Isabel reabre suas portas para visitas espontâneas

Da Prefeitura do Recife O Teatro de Santa Isabel encanta recifenses e turistas por conta de sua suntuosa beleza e marcante história. Depois de reabrir as portas, em novembro, para visitas guiadas, a casa volta a receber pessoas que queiram conhecer suas instalações sem necessidade de agendamento prévio. As visitas espontâneas ocorrem de terça à sexta, das 9h ao meio-dia, e das 14h às 17h. Os interessados assinam um livro de visitantes e têm acesso gratuito à plateia da casa. O uso de máscara será obrigatório para acesso ao teatro, gerido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. "É uma forma de o público recifense e de outras localidades ter acesso, conhecer, e voltar a desfrutar da beleza arquitetônica e da história desse teatro, sempre é lembrado por sua importância na cultura brasileira", ressalta Romildo Moreira, ator e diretor da casa. Essa foi mais uma forma de o governo municipal compensar a saudade e o desejo da população em ter contato com o Santa Isabel - que precisou suspender a realização de apresentações devido à pandemia do novo coronavírus. Visitas guiadas - Antes de retomar as visitas espontâneas, que foram implementadas em 2017, o Teatro de Santa Isabel oferece visitas guiadas. Elas operam com grupos de no máximo dez pessoas, aos domingos, em três horários: 14h, 15h e 16h. A atividade é gratuita e todos precisam usar máscara. Para quem quiser levar lembranças da casa de espetáculos - que completou 170 anos, em 2020 -, estão disponíveis para compra itens como canecas e cartões postais.

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Caixa Cultural Recife reabre para visitação hoje

A CAIXA Cultural reabre para visitações a partir desta quinta-feira (3). As atividades serão retomadas de forma gradual, seguindo protocolos de prevenção ao novo coronavírus, para segurança de visitantes e funcionários. Entre as medidas preventivas adotadas estão o controle do fluxo de pessoas nas unidades, medição de temperatura dos visitantes, uso obrigatório de máscaras, sinalização de distanciamento no piso, além de disponibilização de álcool gel ao público. Neste movimento inicial de reabertura, a programação contempla exposições do acervo da CAIXA e oficinas de educação financeira e arte-educação para públicos diversos. Todas as atividades são gratuitas. O visitante poderá conferir as exposições nas unidades de Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Salvador, mediante agendamento prévio, conforme informações disponibilizadas no endereço www.caixacultural.gov.br. Oficina “Caminho das Contas”: A CAIXA Cultural promoverá ações educativas para grupos reduzidos, unindo educação financeira e democratização do acesso à cultura. Na oficina “Caminho das Contas”, o participante iniciará um processo de aprendizagem para que consiga realizar um bom planejamento financeiro adequado à sua realidade. Com foco em questões comportamentais relacionadas ao consumo, a oficina busca oferecer elementos práticos e teóricos para que os participantes possam fazer boas escolhas, equilibrando suas contas. Ao final das oficinas, serão realizadas visitas guiadas às exposições da unidade, respeitando os protocolos de segurança. As oficinas serão realizadas de acordo com a demanda do público, mediante agendamento prévio. As informações para agendamento também estão disponíveis no endereço www.caixacultural.gov.br. Confira a programação no Recife CAIXA Cultural Recife Exposição “Dentro do Prédio Tem História” Exposição reúne quadros do acervo da CAIXA que retratam o Bairro do Recife ao longo dos séculos, além de uma reprodução de serigrafia de Cândido Portinari e uma escultura de Abelardo da Hora, que ajudam a contar mais desta história. Além das obras, a mostra apresenta um vasto acervo de fragmentos de objetos (como cachimbos, faianças e azulejos), datando a partir do século XVI e que foram encontrados em 2006, quando começaram as reformas realizadas pela Caixa para instalação do centro cultural. Neste período, também foram encontrados vestígios estruturais de edificações anteriores e algumas dessas ruínas fazem parte da arquitetura do espaço, podendo ser vistas a partir da janela arqueológica no térreo do prédio. Conserva-se, também, um cofre em ferragem inglesa e um elevador em madeira de lei brasileira.

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Sonora Coletiva conversa hoje com José Miguel Wisnik

Da Fundaj “Entender e explicar o Brasil não é para amadores”, nos acostumamos a ouvir essa máxima a respeito de nosso país e o seu povo. Talvez só mesmo alguém com a experiência e o conhecimento acumulados em anos de intensas atividades no meio musical, no mundo acadêmico e na produção literária nos ajude a responder como importantes expressões de nossa cultura podem lançar uma luz sobre esse enigma chamado Brasil. Tal foi o desafio a que se propôs desde sempre o pianista e compositor, professor de literatura brasileira da Universidade de São Paulo e ensaísta José Miguel Wisnik. Ele é autor de obras seminais nessas três áreas, como O Coro dos Contrários - a Música em Torno da Semana de 22 (1977), O Nacional e o Popular na Cultura Brasileira (1982), Veneno Remédio: O Futebol e o Brasil (2008), Machado Maxixe: O Caso Pestana (2008) e Maquinação do Mundo: Drummond e a Mineração (2018). Nesta quinta-feira (03), às 19h, a Sonora Coletiva, da Revista Coletiva, recebe o autor para um bate-papo no Canal multiHlab, no YouTube. Participam também da conversa os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, responsáveis pelo canal experimental multimídia Sonora Coletiva e pelo Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra). “Essa será uma grande oportunidade para conversar sobre a produção cultural no Brasil e sua contribuição para a nossa identidade nacional, o que nos ajuda a entender e explicar o país”, afirma Velho Barreto. Ele aponta que a live pretende contribuir para a difusão do pensamento e da produção científica e cultural brasileiras, sendo este exatamente o propósito da revista eletrônica Coletiva e de sua sessão Sonora Coletiva, promotora do evento. Na live, José Miguel Wisnik vai se reportar ao debate em torno da importância da canção popular ao longo do século passado e às ideias expostas pelo estudioso e crítico musical José Ramos Tinhorão ao jornal Folha de São Paulo, em 2004, quando se reportou ao que chamou de “fim da canção”. Foi tal ideia que levou o compositor e cantor Chico Buarque, também naquele ano e no mesmo jornal, a afirmar que “talvez a canção, tal como a conhecemos, seja um fenômeno do século 20. No Brasil, isso é nítido”. Reconhecendo a relevância da canção popular na construção de nossa identidade nacional, Wisnik tem se proposto, ao lado do músico e compositor Arthur Nestrovski, a analisá-la nesse contexto em aulas-shows e nas várias temporadas do programa O Tempo e a Música, do canal pago ARTE1. Da mesma forma, Wisnik tem feito esforços no sentido de desvendar como as mudanças ocorridas no Brasil, ao longo das últimas décadas, têm nos levado a pensar, e muitas vezes a aceitar, que o nosso mundialmente conhecido, respeitado e vitorioso “futebol arte”, apesar de tão associado à identidade nacional, parece ter se esgotado. E, no contexto da literatura, Wisnik tem nos instigado a refletir, a partir da obra de Carlos Drummond de Andrade, como a exploração de nossas riquezas naturais, como o minério de ferro, e suas consequências, por exemplo, tem transformado literalmente a paisagem natural do país, outro traço marcadamente conhecido da identidade nacional. Nesse caso, tomando, como exemplo, os casos das cidades de Itabira, em que Drummond nasceu, Mariana e Brumadinho, e suas populações, com enfoque na poesia e nas crônicas do autor mineiro. Saiba mais SONORA COLETIVA​ é o canal experimental multimídia da revista eletrônica de divulgação científica Coletiva, publicada pela Fundação Joaquim Nabuco. Sediada em Recife, disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio), o Laboratório Multiusuários em Humanidades (multiHlab) e a Villa Digital, envolvendo ainda as Diretorias de Formação Profissional e Inovação e de Pesquisas Sociais. Serviço Sonora Coletiva conversa com José Miguel Wisnik Participantes: Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto Data: quinta-feira, 3 de novembro de 2020 Horário: 19h Transmissão no Canal multiHlab

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Mostra de Ploeg na Arte Plural Galeria (APG) marca triplo aniversário

O olhar apurado de um artista que se orgulha de somente conseguir pintar o que vê, mesmo que com uma visão ímpar, vai guiar o público, a partir do dia 2 de dezembro, na exposição “Ploeg e outras narrativas”. A mostra, na Arte Plural Galeria, tem um caráter comemorativo de 25 anos de dedicação às artes e de 65 anos de vida do artista plástico Roberto Ploeg, além dos 15 anos da Arte Plural Galeria. Nascido na Holanda, mas radicado no Nordeste Brasileiro há 40 anos, Ploeg volta à APG após seis anos, com obras que registram um olhar sobre a própria história e identidade de Ploeg e um olhar amoroso e, ao mesmo tempo, crítico sobre o Brasil através do retrato. A curadoria é do artista pernambucano Luciano Pinheiro. A exposição tem na maior parte trabalhos inéditos, inclusive, de tamanhos grandes, e outros mais antigos, até então carinhosamente guardados no acervo particular de Ploeg. Das 21 obras, todas em óleo sobre tela, surgem figuras das mais diversas, todas do convívio pessoal, que somam “47 pessoas habitando as paredes da galeria”, diz ele. Entre tantos personagens está o próprio artista em “Autorretrato quando triste”, quando na perda do amigo Bernard. Ploeg se sente também representado quanto aos seus sentimentos de angústia por motivos políticos no quadro “O Cavalo Desolado”, único animal retratado em meio às figuras humanas. “A arte de Ploeg não é inocente, ela anuncia e denuncia com a delicadeza dos iluminados”, ressalta Luciano Pinheiro em seu texto curatorial. Outra celebração em 2020 é o aniversário de 15 anos da Arte Plural Galeria (APG). Instalada no bairro do Recife desde 2005, a galeria se consolidou como referência no Nordeste, com mais de uma centena de mostras realizadas, além de outros projetos culturais. Em tempos de pandemia, o tradicional catálogo da exposição será digital e estará disponível no site da APG (www.artepluralgaleria.com.br), bem como um vídeo que percorrerá toda a mostra. Para os que preferem o modo presencial, a exposição será aberta para visitações na segunda, quarta e sexta-feira das 10 às 17 horas, seguindo todos os protocolos de biossegurança para prevenção da Covid-19. Aos sábados, com prévio agendamento, grupos de até oito pessoas poderão participar de visitas guiadas com a presença de Ploeg. Como participar - Aos sábados de dezembro (05/12, 12/12 e 19/12), com prévio agendamento, grupos de até sete pessoas podem participar das de visitas guiadas com a presença do artista Roberto Ploeg. Será possível marcar para às 14h30 ou 16h. O agendamento é feito no link: https://minhaagendavirtual.com.br/ploegeoutrasnarrativas Serviço: O que? Exposição “Ploeg e outras narrativas Quando? A partir do dia 2 de dezembro Como? Presencial às segundas, quartas e sextas, das 10h às 17h. Aos sábados, visitas guiadas com o artista para pequenos grupos. com agendamento aqui: (neste link - https://minhaagendavirtual.com.br/ploegeoutrasnarrativas) Onde? A APG fica na Rua da Moeda 140, Recife| Telefone: (81) 3424-4431 | @arte_plural_galeria | www.artepluralgaleria.com.brdiv

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